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7a SRIE 8oANOENSINO FUNDAMENTAL IICaderno do ProfessorVolume1
CINCIASCincias da Natureza
CINCIAS_PROFESSOR.indd 8CINCIAS_PROFESSOR.indd 8CINCIAS_PROFESSOR.indd 8CINCIAS_PROFESSOR.indd 8CINCIAS_PROFESSOR.indd 8CINCIAS_PROFESSOR.indd 8 08/12/12 08:0508/12/12 08:0508/12/12 08:0508/12/12 08:05
MATERIAL DE APOIO AO CURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
cinciasENSINO FUNDAMENTAL 7 SRIE/8 ANO
VOLUME 1
1a edio revista
governo do estado de so paulo
secretaria da educao
So Paulo, 2013
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governo do estado de so paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretrio da Educao
Herman Voorwald
Secretrio-Adjunto
Joo Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretrio de Articulao Regional
Rubens Antonio Mandetta de Souza
Coordenadora da Escola de Formao e Aperfeioamento dos Professores EFAP
Vera Lucia Cabral Costa
Coordenadora de Gesto da Educao Bsica
Maria Elizabete da Costa
Coordenador de Gesto de Recursos Humanos
Jorge Sagae
Coordenadora de Informao, Monitoramento e Avaliao
Educacional
Maria Lucia Guardia
Coordenadora de Infraestrutura e Servios Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Oramento e Finanas
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE
Herman Voorwald
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CONCEPO E COORDENAO GERAL
COORDENADORIA DE GESTO DA EDUCAO BSICA CGEB
Coordenadora Maria Elizabete da Costa
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gesto da Educao Bsica Joo Freitas da Silva
Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Mdio e Educao Profissional CEFAF Valria Tarantello de Georgel
Coordenao Tcnica Roberto Canossa Roberto Liberato
EQUIPES CURRICULARES
rea de Linguagens Arte: Carlos Eduardo Povinha, Ktia Lucila Bueno, Pio de Sousa Santana e Roseli Ventrela.
Educao Fsica: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosangela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira.
Lngua Estrangeira Moderna (Ingls e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Neide Ferreira Gaspar e Slvia Cristina Gomes Nogueira.
Lngua Portuguesa e Literatura: Claricia Akemi Eguti, Ide Moraes dos Santos Barreira, Joo Mrio Santana, Ktia Regina Pessoa, Mara Lcia David, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
rea de Matemtica Matemtica: Joo dos Santos, Juvenal de Gouveia, Otavio Yoshio Yamanaka, Patrcia de Barros Monteiro, Sandra Maira Zen e Vanderley Aparecido Cornatione.
rea de Cincias da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce.
Cincias: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli e Maria da Graa de Jesus Mendes.
Fsica: Carolina dos Santos Batista, Fbio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza Luz Stroeymeyte.
Qumica: Ana Joaquina Simes S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, Joo Batista Santos Junior e Natalina de Ftima Mateus.
rea de Cincias Humanas Filosofia: Tnia Gonalves e Tenia de Abreu Ferreira.
Geografia: Andria Cristina Barroso Cardoso, Dbora Regina Aversan e Srgio Luiz Damiati.
Histria: Cynthia Moreira Marcucci, Lydia Elisabeth Menezello e Maria Margarete dos Santos.
Sociologia: Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
PROFESSORES COORDENADORES DO NCLEO PEDAGGICO
rea de Linguagens Educao Fsica: Ana Lucia Steidle, Daniela Peixoto Rosa, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mary Lizete Loureno dos Santos, Mnica Antonia Cucatto da Silva, Patrcia Pinto Santiago, Sandra Pereira Mendes, Thiago Candido Biselli Farias e Welker Jos Mahler.
Lngua Estrangeira Moderna (Ingls): Clia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Edna Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldo, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Ktia Vitorian Gellers, Ldia Maria Batista Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tpias, Patrcia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Jos de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos, Silmara Santade Masiero e Slvia Cristina Gomes Nogueira.
Lngua Portuguesa: Andreia Righeto, Angela Maria Baltieri Souza, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Joo Mrio Santana, Letcia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Mrcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria Jos de Miranda Nascimento, Maria Mrcia Zamprnio Pedroso, Patrcia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Rosinei Aparecida Ribeiro Liborio, Selma Rodrigues e Slvia Regina Peres.
rea de Matemtica Matemtica: Carlos Alexandre Emdio, Clvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glria, Everaldo Jos Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Ins Chiarelli Dias, Ivan Castilho, Jos Maria Sales Jnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mrio Jos Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de S, Rosana Jorge Monteiro, Rosngela Teodoro Gonalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Igns Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.
rea de Cincias da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Claudia Segantino Leme, Evandro Rodrigues Vargas Silvrio, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli de Araujo e Sofia Valeriano Silva Ratz.
Cincias: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Lus Prati.
Fsica: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, Andr Henrique Ghelfi Rufino, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simes e Rui Buosi.
Qumica: Armenak Bolean, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antnio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Slvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
rea de Cincias Humanas Filosofia: lex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Aparecido Antnio de Almeida, Claudio Nitsch Medeiros, Jean Paulo de Arajo Miranda e Jos Aparecido Vidal.
Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Clio Batista da Silva, Cleunice Dias de Oliveira, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Mrcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mnica Estevan, Regina Clia Batista, Rita de Cssia Araujo, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano.
Histria: Aparecida de Ftima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin SantAna Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Loureno, Regina Celia Bertolino Munhoz, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Sociologia: Aparecido Antnio de Almeida, Jean Paulo de Arajo Miranda, Neide de Lima Moura e Tnia Fetchir.
GESTO DO PROCESSO DE PRODUO EDITORIAL
FUNDAO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat
Vice-presidente da Diretoria Executiva Hugo Tsugunobu Yoshida Yoshizaki
GESTO DE TECNOLOGIAS APLICADAS EDUCAO
Direo da rea Guilherme Ary Plonski
Coordenao Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Gesto Editorial Denise Blanes
Equipe de Produo
Editorial: Ana C. S. Pelegrini, Cntia Leito, Luiza Sato, Michelangelo Russo, Olivia Frade Zambone, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpo Mendes Mesquita e Tatiana F. Souza.
Direitos autorais e iconografia: Dbora Arcio, rica Marques, Jos Carlos Augusto e Maria Aparecida Acunzo Forli.
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A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo autoriza a reproduo do contedo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educao do pas, desde que mantida a integridade da obra e dos crditos, ressaltando que direitos autorais protegidos*devero ser diretamente negociados com seus prprios titulares, sob pena de infrao aos artigos da Lei n- 9.610/98.
* Constituem direitos autorais protegidos todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que no estejam em domnio pblico nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.
* Nos Cadernos do Programa So Paulo faz escola so indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos contedos apresentados e como referncias bibliogrficas. Todos esses endereos eletrnicos foram checados. No entanto, como a internet um meio dinmico e sujeito a mudanas, a Secretaria da Educao do Estado de So Paulo no garante que os sites indicados permaneam acessveis ou inalterados.* As fotografias da agncia Abblestock/Jupiter publicadas no material so de propriedade da Getty Images.* Os mapas reproduzidos no material so de autoria de terceiros e mantm as caractersticas dos originais, no que diz respeito grafia adotada e incluso e composio dos elementos cartogrficos (escala, legenda e rosa dos ventos).
Catalogao na Fonte: Centro de Referncia em Educao Mario Covas
So Paulo (Estado) Secretaria da Educao.
Caderno do professor: cincias, ensino fundamental - 7- srie, volume 1 / Secretaria da Educao; coordenao-geral, Maria Ins Fini; equipe, Cristina Leite, Joo Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Mara Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Renata Alves Ribeiro. So Paulo: SEE, 2013.
ISBN 978-85-7849-180-2
1. Cincias 2. Ensino Fundamental 3. Estudo e ensino I. Fini, Maria Ins. II. Leite, Cristina. III. Micheletti Neto, Joo Carlos Miguel Tomaz. IV. Limp, Lucilene Aparecida Esperante. V. Silva, Mara Batistoni e. VI. Pereira, Maria Augusta Querubim Rodrigues. VII. Ribeiro, Renata Alves. VIII. Ttulo.
CDU: 373.3:5
S239c
S239c
COORDENAO TCNICA Coordenadoria de Gesto da Educao Bsica CGEB
COORDENAO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEDOS PROGRAMTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira
CONCEPO Guiomar Namo de Mello Lino de Macedo Luis Carlos de Menezes Maria Ins Fini (coordenadora) Ruy Berger (em memria)
AUTORES
Linguagens Coordenador de rea: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jssica Mami Makino e Sayonara Pereira.
Educao Fsica: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Srgio Roberto Silveira.
LEM Ingls: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lvia de Arajo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo.
LEM Espanhol: Ana Maria Lpez Ramrez, Isabel Gretel Mara Eres Fernndez, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia Gonzlez.
Lngua Portuguesa: Alice Vieira, Dbora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, Jos Lus Marques Lpez Landeira e Joo Henrique Nogueira Mateos.
Matemtica Coordenador de rea: Nlson Jos Machado. Matemtica: Nlson Jos Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, Jos Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moiss, Rogrio Ferreira da Fonseca, Ruy Csar Pietropaolo e Walter Spinelli.
Cincias Humanas Coordenador de rea: Paulo Miceli. Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Lus Martins e Ren Jos Trentin Silveira.
Geografia: Angela Corra da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimares, Regina Araujo e Srgio Adas.
Histria: Paulo Miceli, Diego Lpez Silva, Glaydson Jos da Silva, Mnica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari.
Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers.
Cincias da Natureza Coordenador de rea: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabola Bovo Mendona, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Cincias: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, Joo Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Czar Foschini Lisba, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Mara Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogrio Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordo, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Fsica: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Iv Gurgel, Lus Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurcio Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da Purificao Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume.
Qumica: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valena de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidio.
Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.
EQUIPE DE PRODUO Coordenao executiva: Beatriz Scavazza. Assessores: Alex Barros, Antonio Carlos de Carvalho, Beatriz Blay, Carla de Meira Leite, Eliane Yambanis, Heloisa Amaral Dias de Oliveira, Jos Carlos Augusto, Luiza Christov, Maria Eloisa Pires Tavares, Paulo Eduardo Mendes, Paulo Roberto da Cunha, Pepita Prata, Renata Elsa Stark, Solange Wagner Locatelli e Vanessa Dias Moretti.
EQUIPE EDITORIAL Coordenao executiva: Angela Sprenger. Assessores: Denise Blanes e Luis Mrcio Barbosa. Projeto editorial: Zuleika de Felice Murrie.
Edio e Produo editorial: Adesign, Jairo Souza Design Grfico e Occy Design (projeto grfico).
APOIO Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE
CTP, Impresso e Acabamento Esdeva Indstria Grfica S.A.
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Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colaboradores na reedio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises que permitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abordagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforos ao intensificar aes de avaliao e monitoramento da utilizao dos diferentes materiais de apoio implementao do curr-culo e ao empregar o Caderno nas aes de formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, firma seu dever com a busca por uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa So Paulo Faz Escola, apresenta orientaes di-dtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo Oficial do Estado de So Paulo, que pode ser utilizado como complemento Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias, dependendo do seu planeja-mento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposio de apoi-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avaliao constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a diversificao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.
Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu tra-balho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.
Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.
Bom trabalho!
Herman VoorwaldSecretrio da Educao do Estado de So Paulo
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SumrioFicha do Caderno 7
orientao sobre os contedos do volume 8
Situaes de Aprendizagem 10
Situao de Aprendizagem 1 O que estamos comendo: os nutrientes 10
Situao de Aprendizagem 2 O que estamos comendo: a energia 15
Situao de Aprendizagem 3 Alimentao balanceada: a pirmide alimentar 24
Situao de Aprendizagem 4 Como aproveitamos os nutrientes: os sistemas de nutrio 27
Situao de Aprendizagem 5 Sistema cardiovascular: transporte de substncias pelo organismo 31
Situao de Aprendizagem 6 Sistemas de defesa do organismo: o sistema imunolgico 34
Grade de avaliao 38
Situaes de Recuperao 44
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso do tema 47
Consideraes finais 48
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7FiChA do CAdernoSer humano e sade: manuteno do organismo
nome da disciplina: Cincias
rea: Cincias da Natureza
etapa da educao bsica: Ensino Fundamental
Srie/Ano: 7/8
Volume: 1
Temas e contedos: Manuteno do organismo
Os nutrientes e suas funes
Funcionamento e inter-relaes dos sistemas
de nutrio
Sistema imunolgico
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8orienTAo Sobre oS ConTedoS do VoLumeCaro(a) professor(a),
Este Caderno prope Situaes de Apren-
dizagem que foram elaboradas com o prop-
sito de auxili-lo no desenvolvimento de um
ensino de Cincias cada vez mais instigante
aos seus alunos e que, ao mesmo tempo, con-
tribua para a formao de indivduos capazes
de participar do processo de transformao
da sociedade e de construir uma conscincia
sobre o prprio corpo voltada para a promo-
o da sade fsica, mental e social.
O tema norteador de todo o trabalho so
as relaes que podem ser estabelecidas entre
as funes e os processos do corpo, enten-
dendo-o como um sistema integrado e din-
mico que interage com o ambiente. Com base
neste tema, so abordados os seguintes
contedos:
f os nutrientes e suas funes; f necessidades dirias de energia e nutrientes;
f alimentao balanceada; f contedo energtico dos alimentos; f sistema digestrio: processamento dos ali-mentos e absoro dos nutrientes;
f sistema respiratrio: movimentos respiratrios e trocas gasosas;
f sistema circulatrio: circulao sistmica e pulmonar, o sangue e suas funes;
f sistema excretor: funo e produo de urina;
f sistemas de defesa do corpo humano: funo, antgenos e anticorpos, vacinas e soros.
Valorizando o trabalho de construo de
conceitos e atitudes sobre estes contedos,
espera-se auxiliar o aluno a conhecer e com-
preender melhor seu corpo e a trabalhar
para a promoo da sade fsica, mental e
ambiental. Alm disso, com base na escolha
dos materiais a ser usados nas atividades,
como a seleo dos textos e a elaborao
das diversas questes de interpretao, todo
o trabalho com os contedos da disciplina
de Cincias ser usado como ferramenta
para a formao leitora e escritora dos
estudantes.
Dessa forma, este Caderno prope Situa-
es de Aprendizagem que objetivam o desen-
volvimento das competncias e habilidades
que todo bom leitor deve apresentar:
f dominar linguagens: ler e interpretar textos de diferentes naturezas e fazer uso das lin-
guagens matemtica, artstica e cientfica;
f construir e aplicar conceitos de vrias reas do conhecimento para a compreenso de
fenmenos naturais;
f selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informaes representados de dife-
rentes formas para tomar decises e enfrentar
situaes-problema;
f relacionar informaes, representadas de diferentes formas, e conhecimentos disponveis
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9Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
em situaes concretas para construir uma
argumentao consistente.
As estratgias usadas para o desenvolvi-
mento destas competncias e habilidades,
tendo por base os contedos especficos de
Cincias, foram escolhidas de forma a valo-
rizar o trabalho prtico dos estudantes. Com
isso, pretende-se estimular o papel mais ativo
dos alunos no processo de aprendizagem. As
seguintes estratgias foram utilizadas: leitura
e interpretao dirigida de textos e figuras,
resoluo de problemas experimentais, ela-
borao e discusso de hipteses, observao
dirigida de fenmenos, pesquisa em diferen-
tes fontes de informao, discusses para
elaborao de correo e snteses coletivas.
As atividades propostas oferecem um con-
junto variado de oportunidades de avaliao.
Os estudantes so estimulados constante-
mente a elaborar produtos das atividades que
realizam e que funcionam tambm como
formas de verificao de seu processo de
aprendizagem. Alm destas produes: ques-
tes de interpretao, descries de observa-
es realizadas, propostas de resoluo de
problemas e hipteses elaboradas, o profes-
sor, como condutor e mediador das discus-
ses realizadas em sala, tem na observao
cotidiana um importante procedimento de
avaliao.
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roteiro da Situao de Aprendizagem 1
Parte 1 o que estamos comendo?
Convide os estudantes leitura coletiva do
texto Flavonoides, de Antnio Prata. Voc
Tempo previsto: 3 aulas.
Contedos e temas: os nutrientes e os alimentos.
Competncias e habilidades: ler e interpretar rtulo de um alimento; procurar informaes numa tabela; comparar dados e tirar concluses; construir uma tabela organizando as informaes; buscar informaes em um texto; responder perguntas de forma objetiva; emitir opinies e argumentar.
estratgias de ensino: atividade de organizao de conhecimentos prvios mediante discusso em grande grupo, pesquisa e organizao de tabelas.
recursos: embalagens de alimentos; roteiro de atividade em grupo contendo o texto a ser lido e orientaes para o trabalho com as embalagens; quadro-negro e giz.
Avaliao: qualidade das manifestaes, tanto oral quanto escrita, dos alunos sobre os temas abordados e organizao das informaes nas tabelas e na sntese produzida.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 O QUE ESTAMOS COMENDO: OS NUTRIENTES
sobre a utilizao, pela mdia, de argumentos
cientficos como fatores de rejeio ou escolha
de determinados produtos. Pesquisando emba-
lagens, espera-se que os alunos compreendam
os principais tipos de nutrientes, associando-os
aos alimentos mais comuns presentes na dieta
diria para, ento, conhecer as diferentes fun-
es que os nutrientes tm no organismo.
Esta Situao de Aprendizagem prope,
aps a leitura e interpretao de um texto, a
identificao de substncias presentes nos ali-
mentos por meio do estudo de embalagens.
Com a interpretao de um texto de Ant-
nio Prata, pretende-se que o aluno reflita sobre
os fatores que levam escolha dos alimentos e
pode optar por oferecer a sua leitura como
modelo, solicitar a leitura em voz alta por
alguns alunos ou, ainda, intercalar a sua lei-
tura com a dos alunos. O trabalho de leitura
e interpretao poder ser realizado em uma
aula, com a primeira parte destinada discus-
so de preparao e leitura propriamente
SiTuAeS de APrendizAgem
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11
Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
dita, e a segunda parte, para a discusso ba-
seada nas questes propostas a seguir.
Antes da leitura, apresente para a sala
apenas o ttulo do texto e inicie uma discus-
so sobre os possveis assuntos que sero
abordados na leitura. Com certeza, os alunos
apresentaro hipteses muito interessantes,
e isso tambm constitui uma preparao
para a leitura, pois o desconhecimento sobre
o conceito dos termos cientficos o tema
central do artigo. Esta discusso pode ser
iniciada com questes do tipo:
f Com um ttulo como este, sobre o que o texto tratar?; O que um flavonoide?;
Quem j ouviu falar em flavonoide?; Onde
voc j leu ou j ouviu falar este termo?
Aps a discusso prvia, encaminhe a leitura.
Flavonoides!
Antonio Prata
Uns creem em Deus, outros no Diabo e h at quem espere do capitalismo a redeno de nossas pobres almas: eu acredito em substncias. Analiso a tabela nutricional no rtulo de um chocolate com a seriedade de um exegeta*, procuro verdades obscuras por trs da quantidade de calorias ou carboidra-tos de um suco de laranja como um rabino cabalista. Sei que, pela interpretao correta daqueles mseros gramas de fibras, sdio ou fsforo, pode-se vislumbrar a verdadeira face de Deus ou do Diabo. Se, na boca do povo, o demnio atende por nomes como Tinhoso, Belzebu e Lcifer, nas tabelas nutricionais esconde-se sob a alcunha de gorduras saturadas, fenilalanina, colesterol, sdio e, de uns tempos para c, gorduras trans (no se deixe enganar por esse nome simptico, com ar de disco do Caetano em 79: as gorduras trans, dizem os especialistas, colam feito argamassa nas paredes das artrias).
Comecei a temer as substncias com a fenilalanina. No tenho a menor ideia do que seja, mas faz alguns anos que a Coca-light traz o aviso, misterioso e soturno: contm fenilalanina. O McDonalds, ainda mais incisivo, colou um adesivo no balco de suas lanchonetes: Ateno, fenilcetonricos: contm fenilalanina. Desde ento, toda noite, ao pr a cabea no travesseiro, imagino dilogos como ... pois , menina, o Antonio! era fenilcetonrico e no sabia. Fulminante. To novo, judiao...
O cidado atento deve ter notado que o glten, de uns anos para c, tambm ganhou uma certa notoriedade nos rtulos. Contm glten, dizem embalagens de uma infinidade de alimentos, sem mais explicaes. Qual a do glten? Faz bem pra vista? Ataca o fgado? Derrete o crebro? Podem os fenilcetonricos comer glten sem problemas?
Como bom crente, sei que as substncias matam, mas tambm podem salvar. Pelo menos, o que espero do ch verde e seus incrveis flavonoides, que venho consumindo com fervor e regularidade nas ltimas semanas. Voc sabe o que so flavonoides? Pois , eu tambm no, mas o rtulo do tal Green Tea avisa, com grande jbilo (um pequeno grfico), que uma garrafinha tem quatro vezes mais flavo-noides do que o suco de laranja e treze vezes mais do que o brcolis. Diz ainda, guisa de explicao, tratar-se de poderoso antioxidante. Fico muito tranquilo: posso cair fulminado pela fenilalanina ou sofrer as insuspeitas mazelas do glten, mas de enferrujar, ao que parece, estou a salvo.
O Estado de S.Paulo, Caderno O Guia, 6 out. 2006.
* Pessoa que faz explicao ou interpretao de obra literria.
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12
Inicie a leitura compartilhada e, sempre que
for necessrio, estimule a consulta ao dicion-
rio, justificando esta ao como uma forma de
enriquecimento do vocabulrio individual.
Voc pode optar por explicar o texto aps cada
pargrafo lido.
Ao final da leitura, conduza um dilogo
para discutir o que foi lido. Voc pode utili-
zar as seguintes questes para conduzir a
discusso:
a) Que fatores interferem na escolha dos
nossos alimentos?
b) Voc tambm acha que substncias podem
curar ou matar?
c) Atualmente qual o papel da cincia nas
nossas escolhas alimentares?
d) Sabemos identificar os produtos com os
quais nos alimentamos?
e) Sabemos como eles interferem no nosso
organismo?
f) Para conhecer o que estamos comendo,
basta ler os rtulos dos alimentos?
Aps essa discusso inicial, implemente a
dinmica: sabemos o que estamos comendo?
Preparao para a atividade: solicite que os alunos tragam para a prxima aula quatro rtulos de alimentos industrializados consumidos em sua residncia. Se possvel, separe-os de modo que todos os grupos recebam alimentos diferentes de agrupamentos semelhantes e que todos tenham represen-tantes das diferentes categorias: diet, light, de origem animal, vegetal, enlatados, liofilizados etc.
Parte 2 Todos os alimentos cumprem as mesmas funes?
Inicie essa parte da atividade com ques-
tes desafiadoras como:
f Sabemos identificar as substncias presentes nos alimentos que comemos?
f Ser que todos os alimentos contm as mesmas substncias?
f Todos cumprem as mesmas funes?
Para discutir essas e outras questes, vamos
analisar o contedo de alguns alimentos por meio
das informaes constantes em suas embalagens.
Organize os alunos em grupos. Distribua
rtulos de alimentos para os grupos e pea-lhes
que localizem dois tipos de informao: as in-
formaes nutricionais e os ingredientes. Alm
desses dados, pea que identifiquem outras in-
formaes nos rtulos (diet, light, contm gl-
ten, colesterol baixo ou no contm colesterol,
contm fenilalanina, entre outros) e completem
as questes.
Pesquisa dos rtulos Utilizando os rtulos contendo tabelas nu-
tricionais de diferentes alimentos. Junto com
seus colegas, identifique os ingredientes e pre-
encha as tabelas a seguir para cada alimento:
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
Pesquisa dos ingredientesAlimento ingredientes outras informaes
Nutrientes voc deve ter encontrado na
tabela de composio nutricional um conjun-
to das substncias que compem os alimen-
tos, bem como a quantidade delas por uma
poro definida do produto: estas substn-
cias so chamadas de nutrientes.
Inicie uma discusso sobre a quantidade
dos nutrientes em cada um dos alimentos.
Explique o significado e a importncia da
poro referncia para comparar os ali-
mentos. Discuta a relao entre as quantida-
des de carboidratos, lipdios e protenas
(macronutrientes), cujas medidas esto em
gramas (g), e vitaminas e minerais (micronu-
trientes), em mg ou mcg. Outra informao
importante relativa quantidade de gua
presente nos alimentos. Explique para os
alunos que, embora a maioria das embala-
gens no informe a quantidade de gua, ela
est presente. Basta somar as quantidades de
nutrientes, e os estudantes percebero que o
resultado no 100%, em virtude da omisso
da quantidade de gua. A ideia, neste mo-
mento, que os estudantes possam perceber
que os alimentos so compostos de elemen-
tos comuns os nutrientes e que suas quan-
tidades variam de alimento para alimento.
Ajude-os a agrupar os alimentos de acor-
do com essas quantidades. Voc pode utilizar
o agrupamento tradicional (energticos, re-
guladores e construtores) ou outro que achar
conveniente. importante que os alunos
entendam que h vrias formas de agrupar
os alimentos: pela funo, pela origem etc.
Se houver tempo e disponibilidade, pode
complementar a atividade com testes de
identificao dos nutrientes nos alimentos.
Como sntese dos assuntos discutidos at
aqui podem ser usados textos disponveis nas
colees didticas do PNLD.
Para sistematizar os assuntos discutidos em
aula, anote no quadro as informaes adicio-
nais dos rtulos e possveis interpretaes:
valores dirios recomendados para tantos
gramas do alimento, produtos light e diet, in-
formaes importantes para quem tem restri-
es alimentares, informaes desnecessrias e
ilusrias, como, por exemplo, os produtos de
origem vegetal virem com a informao 0%
de colesterol quando deveriam vir com a ex-
plicao de que alimentos de origem vegetal
so naturalmente isentos de colesterol.
Depois de realizada a discusso prvia,
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14
oriente os alunos para que resolvam as ques-
tes propostas a seguir:
a) Qual a relao entre alimentos e nutrientes?
Os alimentos so constitudos de nutrientes.
b) Todos os alimentos contm as mesmas
quantidades de nutrientes? Justifique.
Os alimentos contm quantidades diferen-
tes de nutrientes, assim como so constitu-
dos por nutrientes diferentes.
c) Voc deve ter notado com seu grupo que o
rtulo de muitos alimentos no indica a
presena de gua. Isso significa que eles no
contm gua? Converse com seu colega.
O fato de no aparecer a quantidade de gua
nos rtulos ou nas tabelas nutricionais no
significa que os alimentos no contm gua,
mas que a opo indicar a quantidade dos
nutrientes. Como a soma da porcentagem dos
nutrientes dos rtulos sempre inferior a
100%, em princpio a diferena poderia ser
atribuda presena de gua nesses
alimentos.
d) Qual a poro de referncia para cada
alimento? Com essa poro de referncia,
fcil avaliar a quantidade de alimento que
voc ingere?
A resposta vai variar de acordo com o ali-
mento trabalhado. O objetivo que os alunos
percebam que nem sempre a poro de refe-
rncia permite avaliar facilmente a quanti-
dade de nutrientes que se est ingerindo em
cada refeio.
e) Qual dos alimentos fornece a maior varie-
dade de nutrientes?
A resposta vai variar de acordo com o ali-
mento trabalhado. Voc pode aproveitar
para discutir a diferena entre variedade e
quantidade.
f) Qual nutriente aparece em maior quantida-
de em cada um dos cinco alimentos? Qual
a importncia deste nutriente para o funcio-
namento do corpo humano?
A resposta vai variar de acordo com o
alimento trabalhado. Carboidratos so a
principal fonte de energia; protenas so im-
portantes para a constituio do corpo; gor-
duras fornecem energia e tambm so
importantes para a constituio dos seres
vivos; vitaminas e sais minerais so chama-
dos de nutrientes reguladores, pois partici-
pam de diferentes atividades do organismo e
so essenciais para o seu funcionamento
adequado; fibras no so consideradas nu-
trientes, pois no so absorvidas pelo corpo
humano, mas so importantes para garantir
o bom funcionamento do trato digestrio.
g) Compare um alimento de origem animal
com um de origem vegetal. Quais as diferen-
as notadas? Compare a informao com
seus colegas e verifique se eles tambm
chegaram mesma concluso.
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
Os alimentos de origem animal normalmen-
te possuem mais protenas, gorduras satu-
radas e colesterol, enquanto os alimentos de
origem vegetal normalmente possuem mais
gorduras insaturadas e fibras.
h) Proponha um agrupamento para os alimen-
tos estudados por seu grupo. Explique o
critrio utilizado para agrup-los.
Resposta pessoal. Voc pode sugerir agrupa-
mentos por origem ou, ainda, por tipo de
nutrientes presentes em maior quantidade.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 O QUE ESTAMOS COMENDO: A ENERGIA
Em continuidade anlise dos rtulos,
esta Situao de Aprendizagem dar nfase
ao contedo energtico dos alimentos. Esta
atividade prope a leitura de um texto e a
realizao de uma atividade experimental
para definio de caloria e determinao do
contedo calrico dos alimentos. A segunda
parte objetiva promover a relao entre
sade com hbitos alimentares e atividade
fsica. Espera-se, com ela, que os alunos
sejam capazes de identificar a composio
e a quantidade de alimentos como fatores
que interferem na energia fornecida pelos
alimentos.
Tempo previsto: 3 aulas.
Contedos e temas: contedo calrico dos alimentos: calorias e peso corpreo e distrbios alimentares.
Competncias e habilidades: interpretar situao do cotidiano; fazer relaes; ler e interpretar uma foto; fazer snteses; fazer registros claros num quadro para ser mostrado, compreendido e analisado pela classe; ouvir a exposio dos colegas fazendo anotaes e esperar sua vez de falar; fazer pesquisa (busca de informaes) nos livros; conduzir um experimento com base em um roteiro.
estratgias de ensino: atividade experimental para definir caloria e comparar o contedo calrico dos alimentos. Clculo do gasto calrico dirio pelo uso de uma tabela como referncia.
recursos: roteiro da atividade experimental; giz; lousa; materiais para o experimento.
Avaliao: produo dos alunos na atividade experimental realizada.
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Quantidade de energia fornecida pelos alimentos
Utilizando as embalagens em sala de aula, descobrimos que os alimentos so cons-titudos por vrias substncias: os nutrientes. Os nutrientes apresentam propriedades espe-cficas que lhes permitem desempenhar funes muito diferentes dentro do nosso organismo. Uma das funes exercidas pelos nutrientes o fornecimento de energia. Na atividade com embalagens, vimos que a quantidade de energia fornecida pelos ali-mentos conhecida como calorias.
roteiro da Situao de Aprendizagem 2
Preparao: professor, construa previa-mente os calormetros (kit combusto) con-
forme orientaes abaixo:
prenda-o com uma pina de madeira (como
na Figura 3), para que fique 3 cm acima do
azulejo. Para aumentar a segurana durante
a execuo do experimento, recomenda-se
que todas as partes de papelo sejam cober-
tas com papel-alumnio.
Tambm necessrio que se tenha acesso a
uma balana analtica para determinar a quan-
tidade de cada alimento, de preferncia duran-
te a aula. Se o material ficar exposto, perder
gua e, portanto, haver variao na massa. Se
no houver balana, voc pode considerar a
massa da poro de referncia ou da embala-
gem e dividir pelas unidades que a compem.
Exemplo: 1 pacote de amendoim possui 25 g e
contm 50 unidades. Nesse caso, cada unidade
possui aproximadamente 0,5 g.
250 mm
40 mm
40 mm
120 mm
gura 1
ta adesiva
gura 2 gura 3
Experimento retirado de: Secretaria da Educao do Estado de So Paulo; Coordenadoria de Estudos e Normas Pedag-gicas. Subsdios para implementao da Proposta Curricular de Qumica para o 2 Grau. SE/Cenp/Funbec: 1979.
Inicie a aula retomando a discusso sobre
nutrientes. Pode utilizar o pargrafo a seguir:
Voc deve ter encontrado em todos os
rtulos informaes sobre o valor energtico,
Providencie um retngulo de papelo (de
preferncia canelado) de 250 mm x 120 mm
e recorte uma janela no retngulo (Figura 1).
Enrole o retngulo formando um cilindro e
una as extremidades com fita adesiva (Figura
2). Coloque o cilindro em cima do azulejo.
Em um quadrado de papelo de 10 mm de
lado, mea o dimetro do tubo de ensaio e
faa um furo na medida, no centro do pape-
lo quadrado. Introduza o tubo de ensaio.
Complete a montagem colocando o papelo
com o tubo de ensaio sobre o cilindro e
A
desi
gn
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
O valor calrico ou calorias indica a quantidade de energia fornecida pela por-o identificada do produto. Na maioria das embalagens, o valor calrico vem ex-presso em quilocalorias (kcal), que equi-vale a 1 000 calorias.
contedo calrico ou a quantidade de calo-
rias que aquele alimento fornece. Voc sabe
o que isso significa?
Aguarde as manifestaes dos alunos e
complemente-as com uma caracterizao
simplificada de valor calrico:
Proponha, ento, o seguinte desafio:
todos os alimentos fornecem a mesma quanti-
dade de energia? Quais os fatores que interfe-
rem na quantidade de energia fornecida pelos
alimentos?
Reserve um tempo para que os alunos
reflitam sobre essas questes. Se achar con-
veniente, anote as hipteses na lousa. Rela-
cione a energia fornecida pelos alimentos e a
fornecida pelos combustveis dos automveis.
A continuao do texto pode auxiliar:
Os combustveis dos automveis fornecem
quantidades diferentes de energia. Ser que
os alimentos tambm? Vamos acelerar a
queima de trs alimentos para compararmos
a quantidade de energia que cada um deles
fornece: o po, o coco e o amendoim.
Divida a classe em grupos, inicie a ativi-
dade prtica (ver roteiro a seguir) e pea que
os alunos resolvam as questes propostas. Se
o tempo no for suficiente, solicite que resol-
vam as demais questes como exerccio de
casa.
experimento Queima de alimentos
objetivo: comparar o contedo energtico de alguns alimentos.
material:
f 1 azulejo de porcelana ou pires de vidro; f 1 kit sistema de combusto (como na foto);
f 3 tubos de ensaio de 16 mm x 150 mm; f 1 pina de madeira para tubo de ensaio; f 1 proveta de 10 mL; f 1 termmetro de -10 oC a 110 oC (lcool); f estilete de madeira (se no houver, monte com uma agulha e um pedao de bambu,
como na foto da pgina seguinte);
f lamparina a lcool ou vela; f gua; f alimentos: gros de amendoim, po torrado e um pedao de coco.
Sem combustvel, o automvel no fun-ciona. Nosso corpo tambm no funciona sem alimentos. Os alimentos atuam como combustveis para nosso corpo: precisam ser queimados para fornecer energia. Esse processo ocorre de forma gradual, dentro de nossas clulas. Essa queima recebe o nome de respirao celular.
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Ateno: cuidado com o uso do fogo!
roteiro para a realizao do experimento
Quantidade de energia fornecida pelos alimentos
Procedimento:
O professor dever medir a massa do ali-
mento na balana. Anote na tabela.
Monte o kit combusto. A vela ou lampa-
rina ficam do lado de fora da casinha de
papelo (calormetro). Prenda o tubo de ensaio
com a pina de madeira e coloque-o no furo
superior da tampa.
Mea com a proveta 10 mL de gua e adi-
cione ao tubo de ensaio.
Introduza o termmetro no tubo de ensaio
e verifique a temperatura inicial da gua. Aten-
o: coloque delicadamente o termmetro para
no quebrar o tubo. Anote o valor da tempera-
tura inicial na tabela. Caso a escola no possua
um termmetro, voc pode utilizar como medi-
da indireta da quantidade de energia contida em
cada alimento o tempo de durao da combus-
to, usando, para isto, um cronmetro.
Inicie a queima de um dos alimentos
usando uma chama de lamparina ou vela.
Ao observar que o alimento est queimando,
introduza-o no orifcio inferior do calormetro,
deixando-o prximo ao tubo de ensaio.
Quando terminar a combusto do alimento,
verifique de novo a temperatura da gua, agi-
tando-a previamente. Anote a temperatura fi-
nal da gua e calcule a variao de temperatura.
Com outro tubo de ensaio, repita o procedi-
mento queimando outro alimento.
resultados:
Podemos facilitar o entendimento dos re-
sultados utilizando tabelas e grficos. Em
nossa atividade verificamos que determinada
quantidade de um tipo de alimento (aproxima-
damente 0,3 g) provoca uma variao na tem-
peratura da gua (temperatura final menos
temperatura inicial).
Complete a tabela. Anote outras observa-
es que achar importante, como o aspecto final
do alimento aps a queima etc.
Sistema de combusto montado
A
gnal
do R
ocha
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
Alimento massa do alimento (gramas)Temperatura inicial (oC)
Temperatura final (oC)
Variao de temperatura (oC)
Po
Coco
Amendoim
interpretando os resultados
1. O que aconteceu com a temperatura da gua durante a queima dos alimentos?
Durante a queima dos alimentos a tempera-
tura da gua subiu.
2. De onde vem a energia (calor) que provocou o aquecimento da gua?
A energia trmica (calor) que provocou o
aquecimento da gua veio dos alimentos.
Durante a combusto, a energia qumica
armazenada nos alimentos foi transformada
em calor.
3. Segundo o dicionrio Aurlio (Novo Dicio-nrio Aurlio. 3.ed. verso em CD-Rom.
Curitiba: Positivo, 2004), caloria a quanti-
dade de calor necessria para elevar de 14,5 oC para 15,5 oC a temperatura de 1 grama de
gua. De acordo com essa definio, qual a
quantidade aproximada de energia que cada
alimento fornece para a gua?
A resoluo exige grande compreenso do
processo por parte dos alunos. Indicamos que
voc os auxilie a obter o resultado. Exemplo
de resoluo: 10 mL de gua possuem 10 g
de massa. Caso a temperatura da gua tenha
aumentado em 30 oC, significa que o alimento
forneceu 30 cal para cada grama de gua.
Logo, o alimento possua cerca de 300 cal,
pois havia no tubo de ensaio 10 g de gua.
4. Qual dos alimentos forneceu mais energia?
Resposta pessoal. O esperado que o amen-
doim fornea mais energia, seguido do coco
e do po torrado.
5. Procure dar uma explicao para o fato constatado acima.
O alimento que forneceu mais energia para a
gua o alimento que possui mais energia
(calorias). Esta energia est armazenada
nos nutrientes. Como existem nutrientes mais
energticos do que outros, o valor calrico de
cada alimento depende de sua composio
nutricional.
6. Para esta atividade importante utilizar tor-rada ou po amanhecido, e no po fresco.
Explique por que esta exigncia necessria.
importante utilizar torrada ou po amanheci-
do pois eles j perderam parte da gua. Como a
gua dificulta a combusto dos alimentos, o po
fresco no queimaria e daria o falso resultado de
que possui pouca energia armazenada.
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Leitura e anlise de tabela
Tabela 1 relao entre a composio de alguns alimentos e a quantidade de energia fornecida em 100 g desse alimento
Alimento gua (%)Protena
(g)gorduras
(g)Carboidratos
(g)energia (kcal)
Alface lisa, crua 95 2,4 0,3 4,6 24
Laranja ou pera crua 89,6 1,0 0,3 4,6 49
batata-baroa crua 73,7 2,6 0,1 21,0 93
Fil de frango sem pele e assado 63,2 23,8 3,8 0 136
Po 9,0 8,7 3,2 50,0 269
Amendoim 6,4 15,0 64 15,0 651
margarina 15,8 0,6 81 0,4 720
Coco 42,2 3,5 27,2 13,7 296
Fonte: UNICAMP e MINISTRIO DA SADE. Tabela brasileira da composio dos alimentos. Disponvel em: . Acesso em: 28 set. 2012.
1. Analise a Tabela 1 e depois responda s questes a seguir:
a) Quais alimentos fornecem mais energia?
O que estes alimentos tm em comum em
relao composio?
A margarina e o amendoim so os alimentos
que fornecem mais energia. Ambos possuem
em sua composio bastante gordura.
b) Quais alimentos fornecem menos energia?
O que estes alimentos tm em comum em
relao composio?
A alface e a laranja so os alimentos que for-
necem menos energia. Ambos possuem alta
porcentagem de gua em sua composio.
c) Qual a relao entre a quantidade de energia
fornecida por um alimento e sua composio?
A quantidade de energia fornecida por um
alimento est relacionada aos tipos de nutrien-
tes que o compem. Alimentos que possuem
bastante gordura so mais energticos, pois
cada grama de lipdio fornece aproximada-
mente 9 kcal. J alimentos ricos em protenas
so menos energticos, pois cada grama de
protena fornece 4 kcal.
2. Como vimos, a Tabela 1 indica a quanti-
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
dade de energia fornecida por 100 g de
cada alimento.
a) Por que utilizamos a base 100 g?
Utilizamos a base de 100 g para todos os
alimentos para que possamos compar-los.
Caso cada um tivesse uma poro de refern-
cia diferente, no poderamos dizer que um
mais energtico do que outro sem, previa-
mente, fazer algumas converses.
b) O que acontece com a quantidade de ener-
gia se dobrarmos a quantidade dos ali-
mentos? Calcule.
Se dobrarmos a quantidade de alimento,
dobraremos tambm a quantidade de ener-
gia. Isso porque a energia est nos nutrientes
que compem o alimento.
c) Qual a quantidade de energia fornecida
por 200 g de coco? E por 300 g?
A quantidade de energia fornecida por 200 g de
coco o dobro daquela fornecida por 100 g, ou
seja, 592 kcal. J 300 g de coco fornecem o
triplo, que equivale a 888 kcal.
d) Quantos gramas de alface uma pessoa preci-
saria comer para conseguir a mesma quan-
tidade de energia que 100 g de amendoim?
100 g de alface fornecem 24 kcal, enquanto
100 g de amendoim fornecem 651 kcal (27,125
vezes maior). Portanto, para ingerir 651 kcal
apenas comendo alface, uma pessoa teria que
consumir 27,125 vezes mais alface do que 100
g, ou seja, 2 712,5 gramas (quase 3 kg!).
Concluindo
Do que depende a quantidade de energia
fornecida por um alimento?
Inicie a discusso usando as respostas dos
alunos dando nfase aos fatores que interferem
na quantidade de energia fornecida pelos alimen-
tos. Espera-se que os alunos identifiquem a com-
posio dos alimentos e a quantidade como
fatores que interferem na quantidade de energia.
Como utilizamos a energia?Aps a discusso e a correo das ques-
tes, inicie a prxima atividade colocando as
seguintes perguntas para os alunos:
f Como utilizamos a energia fornecida pelos alimentos?
f Por que engordamos ou emagrecemos?
Liste as respostas na lousa. Continue dia-
logando com a classe, tendo como base as
seguintes questes:
f Todas as atividades utilizam energia? f Quando dormimos estamos utilizando energia?
Conduza a discusso tendo por base as
respostas, de modo que os alunos percebam
que todas as atividades utilizam energia.
Pea-lhes que observem a Tabela 2 e resol-
vam as questes a seguir.
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Tabela 2 gasto de energia por hora de atividade
Atividade Kcal/h Atividade Kcal/h Atividade Kcal/h
Tomar banho e vestir-se 58 Pedalar (como lazer) 243
Correr (8 km/h ritmo moderado) 486
Sentar, lendo 60 Jogar futebol 437 Caminhar (em ritmo moderado) 272
Sentar, escrevendo 63 Jogar voleibol 170
Correr (16 km/h ritmo rpido) 972
Assistir aula 126 Nadar (como lazer) 291 Varrer cho 189
Conversar 87 Ficar de p, em repouso. Sentar comendo 73 Lavar roupas 282
Descer escadas 345 Capinar (hortas e jardins) 272 Subir escadas (ritmo moderado) 486
Baseada em: SHARKEY, B. J. Condicionamento fsico e sade. 4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
A Tabela 2 mostra uma lista de atividades
e a quantidade de calorias gasta por hora em
sua prtica, para uma pessoa de 56 kg de
massa corporal. O gasto energtico depende
da intensidade com que realizado o exerc-
cio, da durao e do peso corporal da pessoa.
No site (acesso
em: 28 set. 2012), possvel encontrar outras
informaes sobre o gasto energtico para
atividades fsicas, que podem ser utilizadas
para completar as atividades.
Pea que, por meio da anlise da Tabela 2,
os alunos resolvam as seguintes questes:
1. Qual a atividade que utiliza mais energia?
De acordo com a tabela, a atividade que utili-
za mais energia correr em ritmo rpido.
2. Qual a atividade que utiliza menos energia?
De acordo com a tabela, a atividade que
utiliza menos energia sentar ou ler.
3. Carolina uma menina de 13 anos, tem 56 kg e 1,48 m de altura. Numa tarde, foi
de bicicleta at sua escola para a aula de
educao fsica. O percurso demorou 15
minutos. O professor iniciou a aula com
um aquecimento de 10 min correndo
(velocidade moderada). Carolina passou
os outros 30 minutos da aula jogando
vlei. Saiu da aula e pedalou, por mais
30 minutos, at a casa da Ana. Estuda-
ram matemtica por 1 hora. Carolina
voltou para casa de bicicleta. O percurso
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
durou 15 minutos. Chegando em casa,
cansada, resolveu ler um romance, senta-
da no sof da sala por 2 horas. No final
da tarde, a menina varreu a casa para
sua me, atividade que demorou aproxi-
madamente 10 minutos. Qual o total de
energia utilizada por Carolina no pero-
do considerado?
Atividade Tempo gasto energtico
Pedalar 15 min 60,75 kcal
Correr em ritmo moderado 10 min 81 kcal
Jogar vlei 30 min 85 kcal
Pedalar 30 min 121,5 kcal
Sentar / ler 60 min 60 kcal
Pedalar 15 min 60,75 kcal
Sentar / ler 120 min 120 kcal
Varrer cho 10 min 31,5 kcal
Total gasto = 620,5 kcalBaseada em: SHARKEY, B. J. Condicionamento fsico e sade. 4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
Aps toda essa atividade, Carolina estava
com fome. Comeu um lanche de 230 kcal.
O lanche foi suficiente para repor a energia
gasta?
O lanche de 230 kcal no foi suficiente para
Carolina repor a energia gasta, pois ela uti-
lizou 620,5 kcal. Ela precisaria comer mais
ao longo do dia para repor toda a energia.
4. O que acontece quando ingerimos menos
energia do que necessitamos para nossas
atividades? Explique.
Quando ingerimos menos energia do que
necessitamos, emagrecemos, pois nosso orga-
nismo utilizar a energia armazenada no te-
cido adiposo (gorduroso).
5. O que acontece quando ingerimos mais energia do que necessitamos para as
atividades?
Quando ingerimos mais energia do que
necessitamos, engordamos, pois nosso or-
ganismo armazenar a energia extra, pro-
duzindo gorduras que ficam acumuladas no
tecido adiposo.
6. Obesidade um distrbio relacionado alimentao. Quais suas causas?
A obesidade, na maior parte dos casos,
um distrbio relacionado alimentao.
Sua causa est associada ao excesso de
energia em nosso corpo, que armazenada
na forma de gordura. Podemos ter excesso
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24
G
ilmar
9. Discuta sobre os comportamentos atuais que tm contribudo para aumentar a taxa
de obesos. Proponha a anlise da figura
abaixo.
de energia devido a duas situaes: comer
mais do que gastamos ou gastar menos do
que comemos.
7. Que dicas daramos para uma pessoa que no quer engordar?
As dicas para quem no quer engordar so:
ingerir alimentos que forneam exatamente
a mesma quantidade de energia que gasta
durante as atividades dirias ou realizar
atividades fsicas de tal forma que a energia
ingerida seja utilizada, e no armazenada.
8. Retome as embalagens. Pea aos alunos que verifiquem a coluna que contm o VD (va-
lores dirios recomendados). Pea que refli-
tam: esses valores so vlidos para todas as
pessoas?
Os alunos devem perceber que os valores cor-
respondem mdia da populao e, portanto,
se aplicam a adultos saudveis. Logo, crian-
as, pessoas portadoras de doenas, idosos etc.
podem necessitar de dietas especiais.
Quais os hbitos em destaque na figura
que podem levar obesidade? Explique.
Embora a discusso possa abranger vrios
aspectos, fundamental deixar claro que o
sedentarismo e a dieta inadequada so dois
comportamentos que vm contribuindo para
a obesidade infantil e nas demais faixas
etrias.
Esta Situao de Aprendizagem prope a
comparao da alimentao diria com o
equilbrio proposto pelas pirmides alimen-
tares. O objetivo que os alunos entendam
os fundamentos de uma dieta variada e ba-
lanceada, identifiquem os tipos de alimentos
e as quantidades necessrias manuteno
da boa sade.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 ALIMENTAO BALANCEADA: A PIRMIDE ALIMENTAR
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
Tempo previsto: 2 aulas.
Contedos e temas: necessidades dirias de alimentos; dieta balanceada (alimentao variada).
Competncias e habilidades: interpretar situao do cotidiano; fazer relaes; ler e interpretar uma figura, tabela ou um grfico; fazer snteses; fazer registros claros num quadro para ser mostrado, compreendido e analisado pela classe.
estratgias: comparao de dados coletados com a figura da pirmide alimentar.
recursos: caderno de Cincias; imagem da pirmide alimentar.
Avaliao: as respostas dos alunos, tanto orais quanto escritas, para as questes sobre dieta balanceada.
roteiro da Situao de Aprendizagem 3
Depois de terem percebido a presena dos
nutrientes na alimentao e sua funo ener-
gtica, proponha as seguintes questes para
orientar as prximas atividades:
f Sua alimentao supre as suas necessidades energticas e nutricionais?
f Como saber se estamos comendo bem?
Explique que, para nos ajudar a escolher os
alimentos adequados para constituir uma ali-
mentao saudvel, os nutricionistas e mdicos
criaram a pirmide alimentar, uma diviso dos
alimentos em nove grupos que devem ser con-
sumidos em quantidades diferenciadas. A pi-
rmide alimentar um guia para auxiliar a nos
alimentar de forma balanceada, isto , de for-
ma que nossas necessidades energticas e nu-
tricionais sejam atendidas.
Para tentar responder s questes orienta-
doras, pea aos alunos que descrevam seus
hbitos alimentares, registrando todos os ali-
mentos e suas respectivas quantidades que
foram consumidos nas ltimas 24 horas. De-
pendendo da sua organizao, voc pode soli-
citar esta atividade como lio de casa, o que
aumenta a qualidade dos registros, pois os
alunos no dependero da memria para indi-
car as quantidades consumidas.
Depois, apresente para os alunos o esquema
da nova pirmide alimentar, reproduzida a se-
guir. Discuta com os alunos os princpios da
pirmide alimentar, sempre associando os tipos
de alimentos s pores recomendadas.
Para orientar a sua explicao, os seguintes
artigos abordam os princpios desta nova
pirmide:
VALDEJO, R. de Gspari. Pesquisadores
de Harvard propem nova pirmide alimentar.
Folha On-line, maio 2006. Disponvel em:
26
Pirmide alimentar: os alimentos que precisam ser consumi-dos numa quantidade maior esto na base da pirmide e os que precisam ser consumidos em menor quantidade esto no topo da pirmide.
g
ilmar
noticias/ult263u4123.shtml>. Acesso em: 28
set. 2012.
WILLET, Walter C.; STAMPFER, Meir J.
Bases da pirmide alimentar. Scientific Ame-
rican Brasil, n. 9, fev. 2003. Disponvel em:
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/
bases_da_piramide_alimentar_9.html>. Aces-
so em: 28 set. 2012.
2. Quais alimentos poderiam ser trocados, excludos ou acrescentados para que a sua
alimentao fique mais adequada?
Resposta pessoal.
3. Construa uma pirmide alimentar com os alimentos que voc escolheu para fazer
parte da sua alimentao, colocando-os nos
andares adequados e indicando o nmero
de pores adequadas. No se esquea de
colocar as atividades fsicas que voc prati-
ca na base da pirmide.
Resposta pessoal.
Por fim, voc pode finalizar esta Situao
de Aprendizagem dialogando com os alunos
sobre as questes abaixo, resolvendo-as oral-
mente e fornecendo tempo para que os alunos
registrem as respostas no caderno. Dessa for-
ma, voc auxiliar o desenvolvimento da habi-
lidade de registro de informaes.
1. Comer bem comer muito?
Comer bem significa ingerir os alimentos
adequados nas quantidades necessrias para
suprir as recomendaes energticas e nutri-
cionais de cada indivduo.
2. O que pirmide alimentar? Quais os prin-cpios da dieta baseada no modelo da pir-
mide alimentar?
Pirmide alimentar um guia para auxiliar
na escolha dos alimentos e manter uma
Aps a exposio, proponha que os alunos
revejam os registros sobre os alimentos consu-
midos ao longo de um dia e respondam s
questes a seguir. Esta atividade pode ser uti-
lizada como forma de avaliar a compreenso
dos princpios da pirmide alimentar e tambm
a habilidade de interpretao de imagens.
1. Sua alimentao est de acordo com as re-comendaes da pirmide alimentar?
Resposta pessoal.
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 COMO APROVEITAMOS OS NUTRIENTES:
OS SISTEMAS DE NUTRIO
O objetivo desta Situao de Aprendizagem
orientar os alunos para que sejam capazes de
perceber a integrao entre as funes de nutri-
o. Partindo de questes simples como O que
acontece com o alimento que ingerimos?ou
Onde fica o ar que voc respira?, pretende-se
estabelecer relaes entre as diferentes funes
de nutrio: digesto, que transforma os ali-
mentos em elementos to pequenos que so
capazes de atravessar a parede do tubo digest-
rio, sendo levados para todos os rgos do
corpo para permitir seu funcionamento; respi-
rao, que garante a aquisio do gs oxignio;
circulao, responsvel pelo transporte e excre-
o, relacionando-a eliminao dos resduos
celulares. Esta Situao de Aprendizagem ser
realizada em etapas. Inicialmente, apresentare-
mos o problema e faremos a proposta da ativi-
dade; depois, pesquisa documental orientada
e exposio das concluses. Finalmente, os
grupos compartilham os resultados e so
orientados concluso.
alimentao balanceada. Os princpios fun-
damentais da pirmide alimentar so mode-
rao e variedade, de tal modo que voc
obtenha todos os nutrientes necessrios para
o bom funcionamento do seu corpo, mantendo
o equilbrio energtico.
3. Qual o papel da atividade fsica na pirmide alimentar apresentada?
A prtica diria de exerccios fsicos diminui
os riscos de desenvolvermos diversas doenas,
como, por exemplo, obesidade, diabetes, oste-
oporose e problemas no corao.
Tempo previsto: 5 aulas.
Contedos e temas: digesto: o processamento dos alimentos e a absoro dos nutrientes; respirao: os movimentos respiratrios e as trocas gasosas; distrbios do sistema respiratrio; circulao sistmica e circulao pulmonar: o sangue e suas funes; excreo: a estrutura do aparelho urinrio e a produo de urina.
Competncias e habilidades: dominar a norma culta da Lngua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemtica, artstica e cientfica; coletar e organizar informaes, relacionar informaes repre-sentadas na forma escrita e conhecimentos prvios para construir uma argumentao consistente.
estratgias de ensino: leitura e interpretao de texto, exposio dialogada, pesquisa orientada.
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o caminho dos alimentos
O corpo est constantemente utilizando energia. Para correr, pular, brincar, falar e pensar, o corpo necessita de energia e, mesmo quando est em repouso, para manter as funes vitais. Nas atividades anteriores, vimos que essa energia vem dos alimentos e que, alm de energia, os alimentos tambm fornecem materiais que sero utilizados para compor e regular as atividades do organismo.
Quando comemos um sanduche, por exemplo, estamos ingerindo materiais que fizeram parte de outros seres vivos. Os alimentos produzidos pelos vegetais so transferidos para os animais pelas cadeias alimentares. Para que sejam utilizados pelas clulas, os alimentos devem passar por sucessivas trans-formaes para que possam ser absorvidos, isto , entrar no sangue e depois nas clulas.
Parte deste processo de transformao conhecida como digesto. Nos seres humanos, a digesto comea pela boca, segue pelo estmago e finaliza no intestino delgado, onde, alm de transformados, os nutrientes so absorvidos pelo sangue para que sejam transportados para as clulas.
O sangue, alm de transportar os nutrientes simples, tambm responsvel por levar o gs oxignio que recolhe no pulmo e por eliminar o gs carbnico produzido pela respirao celular.
As clulas utilizam os nutrientes para produo de energia e de novas substncias. Para isso, elas tm estruturas responsveis pela transformao dos materiais.
Os resduos produzidos pelas clulas so jogados no sangue. No pulmo, o gs carbnico passa para o ar enquanto o gs oxignio entra no organismo. Os rins retiram excretos nitrogenados e pro-duzem a urina.
As substncias que no foram aproveitadas, absorvidas, continuam no tubo digestrio e so eli-minadas pelas fezes. A celulose, por exemplo, conhecida como fibra, no digerida, mas auxilia o funcionamento intestinal.
roteiro da Situao de Aprendizagem 4
Professor, nesta primeira etapa o problema
ser apresentado. Proponha leitura coletiva
do texto e solicite que os alunos identifiquem
os processos pelos quais os recursos necess-
rios para as clulas (como alimento e gs
oxignio) devem passar at ser aproveitados
por elas.
recursos: roteiro, materiais de pesquisa diversos, como livros antigos, revistas, jornais, acesso internet, impressora, cartolinas brancas, giz e lousa.
Avaliao: qualidade das manifestaes dos alunos sobre os temas abordados, organizao das informaes no relatrio e ordenao das informaes no esquema produzido.
Aps a primeira discusso, solicite que
respondam s questes a seguir:
1. Por que os alimentos precisam ser transformados?
Os alimentos precisam ser transformados
para que os nutrientes que os constituem
possam ser absorvidos pelo sangue e levados
at as clulas.
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
2. Por quais etapas o alimento passa antes de ser absorvido pelas clulas?
Os alimentos passam pela digesto, que se
inicia na boca, continua no estmago e fina-
liza no intestino.
3. Como so eliminados os resduos da digesto?
Os resduos da digesto (substncias que no
foram aproveitadas) continuam no tubo di-
gestrio e so eliminados pelas fezes.
4. Como so eliminados os resduos produzi-
dos pelas clulas?
Os resduos produzidos pelas clulas so jo-
gados no sangue e, posteriormente, retirados
pelos rins e eliminados na urina.
Corrija as questes enfatizando as pala-
vras-chave transformao, absoro,
transporte e relacione-as aos processos de
digesto, respirao e circulao. Com o aux-
lio dos livros do PNLD, pea que identifiquem
os rgos responsveis por todas essas etapas.
Aps a reflexo, divida a classe em grupos,
sorteie o tema e proponha que realizem a pes-
quisa baseando-se no roteiro. Parte da pesquisa
envolve o desenho do contorno de um corpo
contendo os rgos que compem o sistema.
Oriente que utilizem este cartaz para o momen-
to de socializao com a classe.
Os sistemas de nutrioVamos estudar como ocorrem as grandes
funes vitais no corpo humano com base em
um roteiro. A classe ser dividida em quatro
grupos, sendo que cada um ficar responsvel
por um tema.
Neste trabalho, prope-se desenvolver um
estudo, seguido da produo de um relatrio
sobre digesto, circulao, respirao e excreo,
levando em conta a integrao funcional que es-
ses processos promovem nos organismos vivos.
Os temas so:
I digerir: processo de preparao dos nu-trientes para atuarem nas clulas.
II respirar: processo de trocas de gs oxignio e gs carbnico com o meio ambiente.
III Circular: processo de distribuio e co-leta de substncias nos organismos.
IV excretar: processo de eliminao das subs-tncias desnecessrias vida das clulas.
roteiro de pesquisa
f O que (digerir, respirar, circular, excretar)? f Qual a relao da funo (digesto, respirao, circulao, excreo) com a manuteno do
organismo?
f Explique o processo (digesto, respirao, circulao, excreo) no corpo humano. Iden-
tifique os rgos e suas respectivas funes.
f Represente o sistema (digestrio, respiratrio, circulatrio, excretor) com suas estruturas
e funes utilizando como referncia o con-
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torno do corpo de um colega. Se quiserem,
podem optar pela representao em acetato
(transparncia para retroprojetor).
Os resultados devem ser apresentados em
um relatrio contendo as informaes solicita-
das pelo roteiro de pesquisa. Deve ser utilizado
um cartaz com o contorno do corpo de um
colega, com os rgos relativos ao sistema pes-
quisado, para explicar os rgos e processos.
Nas prximas aulas, os alunos trabalha-
ro em grupo, pesquisando informaes com
base nas questes sugeridas no roteiro.
Oriente-os para que todos mantenham seus
registros no caderno e que, no final, provi-
denciem uma sntese coletiva. Ajude-os, in-
dicando, no incio do trabalho, alguns
materiais de pesquisa que possam ser utiliza-
dos. Se for possvel, providencie um atlas do
corpo humano para cada grupo. No traba-
lho, na internet ou na biblioteca, instrua-os
sobre o uso de palavras-chave que possam ser
utilizadas para iniciar a pesquisa. Discuta
sobre sites confiveis e no confiveis e
aconselhe a utilizao de sites de universida-
des, museus, institutos de pesquisa e rgos
governamentais.
A superviso do professor durante o pro-
cesso de pesquisa fundamental. Verifique se
todos entenderam o que fazer, se esto partici-
pando e cumprindo os objetivos propostos.
A ltima etapa constitui o momento de
socializao. Cada grupo pode utilizar de 10 a
15 minutos para expor suas concluses. Oriente
os alunos para que faam anotaes sobre a
exposio dos colegas e elaborem questes que
devero ser esclarecidas pelo grupo no final. Se
for possvel, em vez de utilizarem cartazes com
a localizao dos rgos no corpo humano,
usem transparncias, slides ou, se houver pos-
sibilidade, projeo em data show.
Complete a atividade com a produo de
um esquema coletivo. Utilize retngulos de
cartolina contendo os seguintes termos: ali-
mentos, ar, gs oxignio, gs carbnico, nu-
trientes simples, clula, urina, sistema
digestrio, sistema respiratrio, aparelho ex-
cretor, sistema circulatrio. Providencie tam-
bm vrias setas. Entregue aos alunos o
material e solicite que elaborem um esquema
(sntese) que relacione a aquisio de recursos
presentes no ambiente, como alimento, gua e
gs oxignio, com a sobrevivncia das clulas,
bem como a eliminao dos resduos. Propo-
nha a elaborao de um esquema coletivo. Veja
modelo a seguir:
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
SITUAO DE APRENDIZAGEM 5 SISTEMA CARDIOVASCULAR:
TRANSPORTE DE SUBSTNCIAS PELO ORGANISMO
O objetivo fazer com que, por meio da
atividade de medir pulsaes, os alunos rela-
cionem o sistema cardiovascular com as ativi-
dades realizadas pelo organismo e conheam
mais a sade do sistema cardiovascular, por
intermdio de pesquisa e produo de pardias
ou folders que orientem os familiares e a comu-
nidade quanto sade desse sistema, dos fato-
res de risco, das doenas e dos procedimentos
de primeiros socorros que envolvem o corao
e o sistema vascular.
G
ilmar
gs carbnico + excretas
gs oxignio + nutrientes
excretas
excretas
gs oxignio
gs carbnico
gs oxignio
nutrientes
nutrientes
Tempo previsto: 4 aulas.
Contedos e temas: funes do sistema circulatrio; principais estruturas; hbitos de vida e sade.
Competncias e habilidades: interpretar situao do cotidiano; fazer relaes; ler e interpretar uma foto; fazer snteses; fazer registros claros num quadro para ser mostrado, compreendido e analisado pela classe; ouvir a exposio dos colegas fazendo anotaes e esperar sua vez de falar; fazer pesquisa (busca de informaes) nos livros; respeitar as opinies dos colegas, sabendo argumentar quando no concordar com elas; coletar e organizar informaes; relacionar informaes representadas na forma escrita e conhecimentos prvios para construir uma argumentao consistente; recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaborao de propostas de interveno solidria na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
gs carbnico
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estratgias de ensino: atividade de determinao da pulsao em diferentes situaes; exposio dialogada; pesquisa orientada.
recursos: roteiro; giz; lousa; caderno.
Avaliao: qualidade das manifestaes dos alunos sobre os temas abordados, organizao das informaes nos grfi cos, tabelas e folders produzidos.
roteiro da Situao de Aprendizagem 5
Inicie a atividade propondo aos alunos as
seguintes indagaes:
f Para que serve o corao? f O corao de todas as pessoas bate no mesmo ritmo?
f Seu corao bate sempre no mesmo ritmo?
Se achar conveniente, coloque as respos-
tas dos alunos no quadro.
Pea aos alunos sugestes sobre as maneiras
pelas quais eles conseguem sentir o prprio
corao. Pergunte-lhes se sabem o que o pul-
so que se sente ao apoiar os dedos perto da
mo. Aps chegarem concluso de que, no
pulso, podemos sentir o bombear do sangue
pelo corao, instrua-os sobre como sentir o
prprio pulso, apoiando os dedos de uma mo
no pulso da outra, como na fi gura ao lado
Pea que relatem o que conseguiram sentir.
Solicite que faam a medida da pulsao,
colocando a mo no pulso e contando os ba-
timentos durante 15 segundos. A seguir, pea
para multiplicarem o resultado por quatro
para saber a pulsao por minuto e anotarem
os resultados no caderno.
Faa uma tabela no quadro com os resul-
tados obtidos pelos alunos.
Pea que realizem uma atividade fsica in-
tensa, que pode ser uma corrida (na quadra ou
no ptio), ou, ainda, que faam polichinelos
(na prpria classe), por aproximadamente 5
segundos, e meam a pulsao novamente uti-
lizando o mesmo mtodo. Instrua-os a anota-
rem os resultados no quadro, ao lado do
primeiro valor.
Solicite agora que elaborem uma explica-
o para o fato, levando em conta o que j
estudaram sobre a funo do sangue nas ati-
vidades anteriores.vidades anteriores.
Medio da pulsao sangunea no pulso
C
onex
o E
dito
rial
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
D tempo para que os alunos elaborem
suas hipteses e, em seguida, estabelea uma
relao entre a frequncia cardaca e a de-
manda das clulas por gs oxignio devido
atividade fsica. O aumento da frequncia
cardaca faz com que o gs oxignio chegue
mais rpido s clulas, assim como faz com
que o gs carbnico seja eliminado e no se
acumule nos tecidos. Desenhe na lousa o es-
quema da circulao sangunea, destacando
para onde vai e de onde vem o sangue arterial
(rico em gs oxignio) e o sangue venoso (rico
em gs carbnico). Neste momento, impor-
tante utilizar duas cores de giz para facilitar
a compreenso do esquema. Voc pode utili-
zar, tambm, imagens disponveis nos livros
das colees didticas do PNLD, porm
importante explicar os esquemas, pois estes
no so de fcil compreenso.
Pesquisa sobre hbitos de vida e a sade do sistema circulatrio
Proponha uma reflexo sobre como os
fatores relacionados aos hbitos de vida afe-
tam a sade do sistema cardiovascular. Os
mais importantes so: hipertenso, sedenta-
rismo, colesterol, diabetes, obesidade, taba-
gismo e estresse. Sugira que:
f pesquisem, em diferentes fontes, sobre as doenas que esses fatores de risco podem
levar: infarto, AVC, parada cardaca, ateros-
clerose e outras;
f pesquisem, tambm, que medidas podem ser tomadas para evitar essas doenas e como
reconhecer quando elas acontecem.
Na aula seguinte, aps uma breve reflexo
sobre o assunto estudado, divida a classe em
grupos e solicite que produzam uma pardia
de utilidade pblica, isto , que orientem seus
ouvintes sobre a vida saudvel e a preveno das doenas cardiovasculares.
Duas aulas devem ser reservadas para a con-
feco das pardias.
No dia da audio das pardias, discuta com
os alunos como os fatores interferem na sade.
Retome a discusso sobre os diferentes tipos de
gorduras (Situao de Aprendizagem 3) e os
problemas causados pelas gorduras saturadas e
as gorduras trans. Explique a importncia do
consumo de gorduras insaturadas para a boa
sade do sistema cardiovascular. Nesse momen-
to, muito importante retomar a discusso so-
bre a importncia das atividades fsicas na
manuteno da integridade do organismo. Se,
por acaso, voc sentir que a composio de pa-
rdias no uma atividade adequada aos seus
alunos, pode instru-los a produzir cartazes para
divulgao na famlia e na comunidade sobre as
caractersticas das doenas, os fatores de risco e
as formas de preveno.
Pardia, segundo o dicionrio Aurlio (Novo Dicionrio Aurlio. 3.ed. verso em CD-Rom. Curitiba: Positivo, 2004.) uma imitao cmica de uma composio, no nosso caso uma msica.
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O objetivo desta Situao de Aprendizagem
que os alunos, estimulados pela leitura de dois
textos diferentes, sejam capazes de explicar
Tempo previsto: 5 aulas.
Contedos e temas: manuteno e integridade do organismo.
Competncias e habilidades: interpretar situao do cotidiano; fazer relaes; fazer snteses; ouvir a exposio dos colegas fazendo anotaes e esperando sua vez de falar; fazer pesquisa (busca de informaes) nos livros; respeitar as opinies dos colegas sabendo argumentar quando no concordar com elas; selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informaes representados de diferentes formas, para tomar decises e enfrentar situaes-problema; relacionar informaes representadas na forma escrita e conhecimentos prvios para construir uma argumentao consistente.
estratgias de ensino: leitura e interpretao de texto e exposio dialogada.
recursos: textos Vacinas: ajudando nosso organismo a se defender dos micro-organismos que causam as doenas e Por que temos febre?, giz, lousa.
Avaliao: qualidade das manifestaes dos alunos sobre os temas abordados.
como o corpo se defende para manter a integri-
dade do organismo.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 6 SISTEMAS DE DEFESA DO ORGANISMO:
O SISTEMA IMUNOLGICO
roteiro da Situao de Aprendizagem 6
Pesquise ou ento pea aos alunos que
pesquisem letras de msica que tratem de
doenas. Uma sugesto a cano O Pulso,
de Marcelo Fromer, Tony Belloto e Arnaldo
Antunes, que cita doenas, como pneumonia,
tuberculose etc. Outra a Z Meningite, do
Grupo Revelao. A seguir, se possvel, oua
com os alunos as msicas por eles pesquisa-
das, e proponha uma discusso sobre o tema.
Questes f Das doenas citadas, quais os alunos conhecem?
f Quais as causas destas doenas?
Pea ento que anotem na lousa palavras
que tenham relao com sade e outras com
doena.
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Cincias 7a srie/8o ano Volume 1
Possivelmente, a lista de palavras que os
alunos puseram na lousa faa meno a di-
ferentes condies que predispem sade,
como alimentao, atividade fsica etc.
Levante com os alunos as ideias que tm
sobre as defesas do corpo.
provvel que alguns j tenham ouvido
falar de anticorpos e de defesas do organismo.
Converse com os alunos sobre a presena
de mecanismos de defesa em nosso corpo e
organize na lousa as informaes, destacando
as etapas de defesa: barreiras, primeira linha
de defesa (fagcitos e o processo de infeco)
e segunda linha (imunidade). Discuta o con-
ceito de vacina e soro com base no funciona-
mento do sistema imunolgico. Relacione
com o sangue. Reflita sobre a importncia de
termos um sistema de defesa associado ao
sangue. Solicite aos alunos que leiam os textos
a seguir e respondam s questes.
Vacinas: ajudando nosso organismo a se defender dos micro-organismos que causam as doenas
Para que o nosso organismo permanea saudvel, isto , com sade, necessrio que consiga controlar a entrada de micro-organismos vrus, bactrias e protozorios , uma vez que estes podem causar inmeras doenas quando penetram em nosso corpo.
Para isto, contamos com um sistema de defesa o sistema imunolgico , cuja funo exa-tamente esta: sempre que um desses micro-organismos entra em nosso corpo, o sistema imunol-gico produz substncias para destru-los.
Pode parecer curioso, mas assim mesmo que este mecanismo funciona: da mesma maneira que um micro-organismo pode causar esta ou aquela doena, ele tambm consegue fazer com que o nosso prprio organismo reaja, produzindo substncias para destru-lo e nos protegendo de determinadas doenas.
Voc j ouviu dizer que as vacinas nos protegem de certas doenas? Pois as vacinas so produ-tos biolgicos, isto , so fabricadas com base em pedaos dos micro-organismos que causam as doenas. Elas estimulam o organismo de quem vacinado a produzir a sua prpria proteo. Para reduzir os riscos da vacinao, h estratgias para enfraquecer estes micro-organismos e as vacinas funcionam mesmo quando produzidas com base em micro-organismos mortos.
Quando voc vacinado (ou imunizado), o seu organismo comea a produzir anticorpos que previnem contra a doena que seria causada pelo micro-organismo, sem os riscos da prpria infeco. Estes anticorpos destroem o micro-organismo causador da doena.
Depois de vacinado, o organismo consegue continuar produzindo esses mesmos anticorpos durante muito tempo, todas as vezes em que entrar em contato com os micro-organismos utiliza-dos na fabricao da vacina. Assim, se a pessoa vacinada for novamente exposta ao agente cau-sador da doena, os anticorpos conseguiro inibir os micro-organismos antes que eles consigam causar a doena.
Parece simples, no?! Acontece que a memria do nosso sistema imunolgico no funciona da mesma maneira para todos os micro-organismos e para todas as doenas. No caso do sarampo, por exemplo, temos a doena uma nica vez na vida, o que significa que a memria imunolgica
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As etapas de defesa do nosso corpo so: bar-
reiras, que impedem ou evitam a entrada do
micro-organismo, primeira linha de defesa
(fagcitos e o processo de infeco) e segun-
da linha (imunidade).
3. Qual a importncia de termos um sistema de defesa associado ao sangue?
A importncia de termos um sistema de de-
fesa associado ao sangue que os agentes
defensores podem chegar em qualquer local
do nosso organismo para atacar o micro-or-
ganismo nocivo sade.
1. Como agem as vacinas? Qual a importncia delas para a manuteno da nossa sade?
As vacinas funcionam como agentes patge-
nos atenuados, que apenas provocam o sis-
tema imunolgico, criando uma memria
imunolgica. Quando o corpo entra em
contato com o agente natural, a resposta
imunolgica mais rpida e mais eficiente.
2. Indique quais so e como funcionam as etapas de defesa do nosso corpo para
combater um micro-organismo nocivo
sade.
Por que temos febre?
Temperatura alta sinal de que seu organismo est sendo atacado por micrbios
Dr. Renato Minoru Yamamoto. Departamento de Pediatria Ambulatorial, Sociedade Brasileira de Pediatria
Voc acorda e parece que o dia ser como outro qualquer. Pula da cama, mas um cansao logo toma conta do seu corpo. Ento, voc volta para o quarto e se esconde debaixo do cobertor. Sente frio e, em seguida, comea a suar. O corao s vezes acelera, a respirao fica ofegante e suas
para o micro-organismo causador desta doena funciona durante toda a nossa vida.
Esta mesma regra no vale para o ttano, motivo pelo qual temos que tomar outras doses da vacina a cada dez anos. Em outras palavras, a memria imunolgica para o micro-organismo que causa o ttano dura apenas dez anos e as novas doses de vacina fazem o papel de ativ-la nova-mente, mantendo protegido o nosso organismo contra esta doena.
Outra possvel complicao em relao s vacinas o comportamento dos prprios micro--organismos quando entram em contato com as substncias que podem prejudic-los. Para se defend