Curso de iniciação à Pedagogia Histórico-Crítica

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Trata-se de um conjunto de slides utilizados em um curso sobre Pedagogia Histórico-Crítica, por Adnilson José da Silva

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Curso sobre

Fundamentos da Educação

Pedagogia Histórico-Crítica

Prof. Ms. Adnilson José da Silva

Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO

Guarapuava - PR

Programa

Pedagogia Histórico-Crítica

Fundamentos político-pedagógicos

O estudo das teorias / tendências a que se filiam esses autores permite compreender os sentidos das suas propostas, superando, assim, a simples memorização.

A abordagem é embasada também nos conteúdos constantes do Edital do Concurso Público, e ajuda a entendê-los melhor.

Educação, trabalho e cidadania

Função social da escola

outros...

Trabalho

latim tripallium

Instrumento de tortura formado por três paus

Modelos de produção industrial

Taylorismo /

Fordismo

Toyotismo Volvismo

Sistema MECÂNICO de produção

Sistema ELÉTRICO

de produção

Sistema ELETRÔNICO de produção

o trabalhador age sozinho

os trabalhadores agem em grupos

os trabalhadores dependem de um supervisor central

os trabalhadores tomam decisões

a escola ensina o controle do tempo e do

espaço

os currículos incluem relações humanas, criatividade e formação continuada

HABILIDADES e COMPETÊNCIAS

No novo modelo (toyotista e volvista) de produção requer as seguintes habilidades e competências:

Organizar e dirigir situações de trabalho

Administrar a progressão dos processos

Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação

Envolver os demais sujeitos em seu trabalho

Trabalhar em equipe

Participar da gestão coletiva

Utilizar novas tecnologias

Administrar sua própria formação continuada

São também as “novas

competências para ensinar”,

segundo PERRENOUD

“A procura de homens regula necessariamente a

produção de homens como de qualquer outra

mercadoria. Se a oferta é muito maior que a procura ,

então parte dos trabalhadores cai na miséria ou na

fome. Assim, a existência do trabalhador torna-se

reduzida às mesmas condições que a existência de

qualquer outra mercadoria. O trabalhador transformou-

se numa mercadoria e terá muita sorte se puder

encontrar um comprador. E a procura, à qual está

sujeita a vida do trabalhador, é determinada pelo

capricho dos ricos e dos capitalistas.”

(MARX, 2004, p. 66, com grifos do original)

1. O sistema de produção industrial

caracterizado pelo paradigma

mecânico é o

a) taylorista / fordista

b) toyotista

c) volvista

2. O sistema de produção industrial em

que o trabalhador precisa desenvolver

capacidades para implementar novas

tecnologias e tomar decisões referentes

ao incremento dos processos produtivos

é o

a) taylorista / fordista

b) toyotista

c) volvista

3. No modelo produtivo chamado de

toyotismo, os trabalhadores passaram a

a) desenvolver atividades laborais

individualmente

b) dominar todo o processo produtivo

c) desenvolver atividades laborais

coletivamente

4. Na medida em que se superou o paradigma mecânico de produção, rumo às configurações flexíveis dos sistemas industriais,a) extrapolou-se o modelo taylorista / fordista e se exigiu dos trabalhadores novas habilidades e competências laboraisb) valorizou-se ainda mais as capacidades de cálculo e de domínio das relações espaço-temporais nos ambientes fabrisc) a figura do supervisor central se tornou ainda mais necessária

5. Em relação à evolução dos modelos e

produção industrial, pode-se dizer que a escola

a) foi atualizada, reforçando os conteúdos de

cálculo, classificação e disciplina corporal

b) ficou desatualizada, restrita aos saberes

matemáticos, lingüísticos e de educação física

basilares

c) foi atualizada em seus currículos, mais

direcionada para as capacidades criativas, de

relações humanas e de liderança

empreendedora

6. Considerando que cada grupo que se torna

hegemônico, ocupando e exercendo o poder

político, se vale de intelectuais que disseminam a

sua ideologia, pode-se afirmar que a passagem dos

governos FHC e de Jaime Lerner e a ascensão dos

governos Lula e Requião implicaram

a) na substituição de Saviani por Perrenoud como

referência para as políticas educacionais

b) na substituição de Perrenoud por Saviani como

referência para as políticas educacionais

c) na substituição de Saviani por Marx como

referência para as políticas educacionais

A Pedagogia Histórico-Crítica

é uma teoria marxista da Educação

é uma teoria da Educação filiada às políticas de esquerda

é uma teoria embasada na dialética materialista e no materialismo histórico/dialético

como Marx concebe a educação?

quais são as tendências pedagógicas de esquerda?

quais são as tendências pedagógicas de direita?

o que são políticas de esquerda?

o que são políticas de direita?

o que é dialética materialista?

o que é materialismo histórico/dialético?

Modernidade industrial

Revolução industrial (Europa, século XVIII)incorporação de

tecnologia no processo produtivo

êxodo rural

formação de cidades

concentração de renda

X

aumento da pobreza

Para Marx, o trabalho é uma capacidade exclusivamente humana

O homem planeja antes de executar o trabalho.

O trabalho deve satisfazer o homem.

no sistema capitalista o

trabalho desumaniza o

homem, gerando a

alienação.

PORÉM

Nas obras Nas obras Manuscritos Econômico-fiosóficosManuscritos Econômico-fiosóficos, , A Sagrada A Sagrada FamíliaFamília, , A Ideologia AlemãA Ideologia Alemã e e A Miséria da FilosofiaA Miséria da Filosofia, , Marx e Engels testificam que em funçãoMarx e Engels testificam que em função “ “do idiotismo do idiotismo do ofício, gerado pela divisão do trabalhodo ofício, gerado pela divisão do trabalho” ” oo ““indívíduo não vai além de um desenvolvimento indívíduo não vai além de um desenvolvimento unilateral, mutiladounilateral, mutilado”, ”, sendosendo “ “considerado pela considerado pela economia política como besta de carga ou peão, um economia política como besta de carga ou peão, um animal reduzido às mais estritas necessidades animal reduzido às mais estritas necessidades corporaiscorporais”. ”.

Essa é a tal da alienação.Essa é a tal da alienação.

O sujeito O sujeito alienadoalienado é é unilateralunilateral, ou seja, tem , ou seja, tem desenvolvidas somente as capacidades de produção desenvolvidas somente as capacidades de produção industrial, industrial, sem que evoluam as suas capacidades sem que evoluam as suas capacidades políticas e estéticaspolíticas e estéticas..

A divisão do trabalho torna o trabalhador “A divisão do trabalho torna o trabalhador “cada vez mais cada vez mais unilateral e dependenteunilateral e dependente” por exigir especializações sempre ” por exigir especializações sempre crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos às máquinas e aos processos industriais. (MARX)às máquinas e aos processos industriais. (MARX)

Com a automatização

O trabalho humano foi substituído pelas máquinas.

O homem continua perdendo sua “humanidade”.

Gerou-se um grande número de desempregados.

“Para qualificar o escravo, Aristóteles emprega a expressão instrumento animado. (...) O robô é isso: uma máquina que dispensa o operador, um instrumento que trabalha sozinho e, portanto, um instrumento animado.”

SAUTET, Marc. Um café para Sócrates. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p. 262-3

“Quanto mais o trabalhador produz, menos tem de consumir; quanto

mais valores cria, mais sem valor e desprezível se torna; quanto mais

refinado o seu produto, mais desfigurado o trabalhador; quanto mais

civilizado o produto, mais desumano o trabalhador; quanto mais

poderoso o trabalho, mais impotente se torna o trabalhador; quanto

mais magnífico e pleno de inteligência o trabalho, mais o trabalhador

diminui em inteligência e se torna escravo da natureza.”

(MARX, Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 113)

Tempos Modernos. Charles Chaplin

Alienação

Como antítese à unilateralização, o conceito marxista de politecnia propõe “(...) a síntese dialética entre formação geral, formação profissional e formação política, promovendo o espírito crítico no sentido de uma qualificação individual e do desenvolvimento autônomo e integral dos sujeitos como indivíduos e atores sociais, possibilitando não só a sua inserção mas a compreensão e o questionamento do mundo tecnológico e do mundo sociocultural que os circundam.” (DELUIZ, 1996)

A PHC se orienta por um modelo de sujeito que supera o estado de alienação.

Trata-se da pessoa onilateral, formada pelo princípio da politecnia.

Mas, o que é POLITECNIA?

Embora não tenham escrito exclusivamente sobre educação, Marx e Engels falam de um modelo de pessoa onilateral.

A pessoa onilateral é o oposto da pessoa unilateral.

A formação unilateral

(alienadora)

“[...] o trabalhador transformou-se numa mercadoria” (MARX)

A formação onilateral

(politécnica)

“[...] a ratificação do homem como ser genérico lúcido”. (MARX)

formado exclusivamente

para a produção

formado para o trabalho, para a política e para as

artes

7. O conceito marxista de alienação nasce da

constatação de que no sistema capitalista de

produção

a) o trabalhador se desenvolve na mesma medida

em que se desenvolve o seu trabalho

b) o trabalhador se beneficia do seu trabalho como

fator de evolução espiritual

c) o trabalhador se caracteriza como mero

instrumento produtivo

8. A divisão do trabalho torna o trabalhador “cada vez mais

unilateral e dependente” por exigir especializações sempre

crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos

às máquinas e aos processos industriais. (MARX) Isso

significa que

a) a unilateralização decorre do processo de alienação e

impede o sujeito de desenvolver sua sensibilidade e sua

capacidade crítica

b) a unilateralização combate a alienação ao exigir do

trabalhador que desenvolva sua sensibilidade e sua

capacidade crítica

c) a unilateralização decorre da alienação ao exigir do

trabalhador que desenvolva sua sensibilidade e sua

capacidade crítica

9. A onilateralização é um processo pelo qual os

sujeitos

a) se tornam dependentes do sistema produtivo

para poderem desenvolver as capacidades de

crítica e a sensibilidade estética

b) superam a alienação e desenvolvem as

capacidades de crítica e a sensibilidade estética

c) cristalizam as relações entre a evolução dos

meios de produção e as suas liberdades individuais

10. É correto afirmar que

a) A politecnia é a base formadora necessária para

proporcionar a superação da unilateralidade em que a

formação voltada exclusivamente para capacitação

produtiva mantém o trabalhador.

b) A politecnia é a base formadora necessária para

proporcionar a superação da onilateralidade em que a

formação voltada exclusivamente para capacitação

produtiva mantém o trabalhador.

c) A politecnia não é a base formadora necessária para

proporcionar a superação da unilateralidade em que a

formação voltada exclusivamente para capacitação

produtiva mantém o trabalhador.

11. O conceito marxista de politecnia pode ser

entendido como

a) a oposição dialética entre formação geral,

formação profissional e formação política

b) a síntese dialética entre formação unilateral,

formação profissional e formação política

c) a síntese dialética entre formação geral,

formação profissional e formação política

12. Respectivamente, a formação unilateral e a

formação onilateral designam as situações em que

o trabalhador

a) “[...] transformou-se numa mercadoria” (MARX)

e é formado para o trabalho, para a política e para

as artes

b) é formado para o trabalho, para a política e para

as artes e “[...] transformou-se numa mercadoria”

(MARX)

c) nda

Com base em Marx se explicitam as relações entre

EDUCAÇÃO

TRABALHO

CIDADANIA

alienado

X

politécnico

marginalizaçãopolítica

X

centralidade política

unilateral

X

onilateral

Relações entre EDUCAÇÃO, TRABALHO e CIDADANIA

EDUCAÇÃO unilateral

TRABALHO alienadoO

implica uma

que colabora para uma

CIDADANIA de marginalidade política.

OTRABALHO politécnicoimplica uma

EDUCAÇÃO onilateral

que colabora para uma

CIDADANIA de centralidade política.

X

13. Sobre as relações entre educação e trabalho,

pode-se afirmar que

a) a educação onilateral está relacionada ao

trabalho alienado

b) a educação unilateral está relacionada ao

trabalho politécnico

c) a educação unilateral está relacionada ao

trabalho alienado

14. Sobre as relações entre trabalho e educação, é

possível dizer que

a) o trabalho politécnico está relacionado à

educação alienadora

b) o trabalho alienado está relacionado à educação

onilateral

c) o trabalho politécnico está relacionado à

educação onilateral

15. Sobre as relações entre trabalho e cidadania,

diz-se que

a) o trabalho alienado se relaciona à

marginalização política

b) o trabalho politécnico se relaciona à

marginalização política

c) o trabalho alienado se relaciona à centralidade

política

16. Sobre as relações entre trabalho e cidadania, é

correto afirmar que

a) a centralidade política não está para o trabalho

politécnico

b) a centralidade política está para toda forma de

trabalho

c) nda

17. Sobre as relações entre educação e cidadania,

pode-se afirmar que

a) a educação unilateral está para a centralidade

política

b) a educação onilateral está para a centralidade

política

c) a educação onilateral não está para a

centralidade política

18. Sobre as relações entre cidadania e educação,

é correto afirmar que

a) a centralidade política está para o

desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade

crítica

b) a marginalidade política está para o

desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade

crítica

c) nda

A PHC prevê uma ascensão epistemológica, ou seja, uma evolução no conhecimento.

SOPHÓI

EPISTÉME

DOXA

sabedoria

senso comum

conhecimento científico

Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas ainda está presa a algumas idéias que não ainda está presa a algumas idéias que não correspondem à realidade. Por exemplo: correspondem à realidade. Por exemplo: pode ter bom coração, mas acredita em pode ter bom coração, mas acredita em mula-sem-cabeça e deixa que políticos mula-sem-cabeça e deixa que políticos

corruptos a enganem.corruptos a enganem.

Aqui a pessoa consegue entender o que Aqui a pessoa consegue entender o que acontece no mundo, sem as sombras das acontece no mundo, sem as sombras das

dúvidas e do medo. Entende a si mesma e o dúvidas e do medo. Entende a si mesma e o meio em que vive. Sabe do presente e do meio em que vive. Sabe do presente e do

passado. Tem melhores condições de passado. Tem melhores condições de trabalhar e de apreciar as artes e a cultura.trabalhar e de apreciar as artes e a cultura.

Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o MAL Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o MAL e tem CONHECIMENTO para agir no mundo e tem CONHECIMENTO para agir no mundo sem que ninguém a explora, a engane e a sem que ninguém a explora, a engane e a

faça sofrer.faça sofrer.

19. Aqui a pessoa consegue entender o que

acontece no mundo, sem as sombras das dúvidas

e do medo. Entende a si mesma e o meio em que

vive. Sabe do presente e do passado. Tem

melhores condições de trabalhar e de apreciar as

artes e a cultura.

a) nível doxológico

b) nível epistemológico

c) nível filosófico (sophói)

20. Aqui a pessoa aprende muita coisa boa, mas

ainda está presa a algumas idéias que não

correspondem à realidade. Por exemplo: pode ter

bom coração, mas acredita em mula-sem-cabeça e

deixa que políticos corruptos a enganem.

a) nível doxológico

b) nível epistemológico

c) nível filosófico (sophói)

21. Aqui a pessoa sabe diferenciar o BEM e o MAL

e tem CONHECIMENTO para agir no mundo sem

que ninguém a explore, a engane e a faça sofrer.

a) nível doxológico

b) nível epistemológico

c) nível filosófico (sophói)

22. Entende-se que a evolução epistemológica

ocorre

a) em uma evolução qualitativa ascendente que

dispensa processos de negação

b) em uma evolução qualitativa descendente que

inclui processos de negação

c) em uma evolução qualitativa ascendente que

inclui processos de negação

23. É errado afirmar que

a) o senso comum (epistéme) compreende as

aprendizagens decorrentes de processos

sistemáticos

b) o senso comum (doxa) compreende

aprendizagens decorrentes de processos

assistemáticos

c) nda

24. É correto afirmar que

a) à epistéme corresponde o conhecimento

científico e cultural desenvolvido

assistematicamente

b) o conhecimento científico e cultural

desenvolvido pela humanidade compreende a

sophói

c) nda

Dialética

Do grego dialetiké debate

A dialética é considerada como a mais elaborada

forma de filosofia.

O debate é a arte da negação.

Mas, como ocorre a negação dialética?

A dialética se deflagra mediante a dinâmica entre dois elementos,

implicando em um terceiro, assim:

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE

A TESE é uma situação dada,

posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade,

crença, convicção.

A ANTÍTESE nega a TESE.

A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação

dada, posta, ocupando lugar na consciência como nova verdade, crença, convicção.

A dialética se caracteriza pela continuidade, assim:

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

eternamente...

TESE

TESE

25. É correto afirmar que

a) a dialética vem do grego dialetiké e significa

diálogo

b) a dialética é considerada como a mais

elaborada forma de filosofia

c) a dialética é a arte da confirmação

26. O elemento que deflagra o processo dialético é

a) a tese

b) a antítese

c) a síntese

27. Uma situação dada, posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade, crença, convicção, é

chamada, na dinâmica dialética,

a) de síntese

b) de antítese

c) de tese

28. É correto que a síntese

a) é uma atualização da tese

b) é um aperfeiçoamento da antítese

c) nega tanto a tese quanto a antítese

29. São características da dialética:

a) a provisoriedade, a continuidade e a

contradição

b) a contradição, a continuidade e a permanência

c) a permanência e a provisoriedade

30. Há dialética quando se percebe

a) concessão entre os elementos envolvidos no

diálogo

b) contradição entre os elementos envolvidos no

debate

c) concessão entre os elementos envolvidos no

debate

A PHC se embasa na dialética MATERIALISTA e se opõe à dialética IDEALISTA.

dialética MATERIALISTA

dialética IDEALISTA

a dinâmica da dialética se dá

em plano mental

tudo ocorre antes em nível

mental, e somente

depois, em nível material

Hegel

idéia

prática social

Marx e Engels

a dinâmica da dialética se dá

em plano material

tudo ocorre antes em nível

material, histórico, e somente

depois, em nível mental

pauta

=

“(...) a estrutura econômica da

sociedade é a base real sobre a qual se

eleva uma superestrutura jurídica

e política e à qual correspondem formas sociais determinadas

de consciência.” (MARX)

materialismo histórico/dialético

Dialética

Do grego dialetiké debate

A dialética é considerada como a mais elaborada

forma de filosofia.

O debate é a arte da negação.

dialética materialista

N E G A

Ç Ã

O

Vamos rever a ascensão epistemológica, dialeticamente.

SOPHÓI

EPISTÉME

DOXA

sabedoria

senso comum

conhecimento científico

Compreende as opiniões aprendidas Compreende as opiniões aprendidas assistematicamente. assistematicamente.

Compreende o conhecimento científico e Compreende o conhecimento científico e cultural acumulado pela humanidade e cultural acumulado pela humanidade e

ensinados sistematicamente (pela escola). ensinados sistematicamente (pela escola).

Diz respeito às atitudes adotadas pelo Diz respeito às atitudes adotadas pelo sujeito, com conhecimento e valores, tendo sujeito, com conhecimento e valores, tendo

em vista suas intenções pessoais e políticas. em vista suas intenções pessoais e políticas.

RELAÇÃO DE NEGAÇÃORELAÇÃO DE NEGAÇÃO

RELAÇÃO DE NEGAÇÃORELAÇÃO DE NEGAÇÃO

31. Segundo a dialética idealista

a) de Hegel, a dinâmica da dialética se dá em

plano mental

b) de Marx e Engels, a dinâmica da dialética se dá

em plano mental

c) nda

32. Segundo a dialética materialista

a) de Hegel, a dinâmica da dialética se dá em

plano mental

b) de Marx e Engels, a dinâmica da dialética se dá

em plano mental

c) nda

33. Tudo ocorre antes em nível material, histórico,

e somente depois, em nível mental

a) equivale a afirmar que o desenvolvimento das

idéias precede a prática social

b) equivale a afirmar que o desenvolvimento das

idéias é posterior à prática social

c) equivale a afirmar que o desenvolvimento da

prática social é posterior ao que ocorre no nível

das idéias

34. A “(...) a estrutura econômica da sociedade é a base real

sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e

à qual correspondem formas sociais determinadas de

consciência.” Essa afirmação de Marx

a) a) equivale a afirmar que o desenvolvimento das idéias

precede a prática social

b) equivale a afirmar que o desenvolvimento das idéias é

sempre posterior à prática social

c) equivale a afirmar que o desenvolvimento da prática

social sempre é posterior ao que ocorre no nível das idéias

35. Dialeticamente,

a) a sophói confirma a síntese entre doxa e

epistéme

b) a sophói é um aperfeiçoamento da doxa

c) a doxa é negada pela epistéme e pela sophói

36. Diz respeito às atitudes adotadas pelo sujeito,

com conhecimento e valores, tendo em vista suas

intenções pessoais e políticas:

a) conhecimento doxológico

b) conhecimento filosófico

c) conhecimento científico

Relações entre EDUCAÇÃO, TRABALHO e CIDADANIA

EDUCAÇÃO unilateral

TRABALHO alienadoO

implica uma

que colabora para uma

CIDADANIA de marginalidade política.

OTRABALHO politécnicoimplica uma

EDUCAÇÃO onilateral

que colabora para uma

CIDADANIA de centralidade política.

X

RELEMBRANDO...

O que há de ideológico nisso?

A função social da escola!!!

Na introdução de uma antologia de textos de autoria Na introdução de uma antologia de textos de autoria de Marx e Engels sobre educação e ensino, de Marx e Engels sobre educação e ensino, organizada por MASPERO (s/d), lê-se queorganizada por MASPERO (s/d), lê-se que

Talvez exista alguma nostalgia do artesão perdido Talvez exista alguma nostalgia do artesão perdido nos socialistas utópicos, porém, não em Marx e nos socialistas utópicos, porém, não em Marx e Engels. Sua pretensão não é retornar a situações Engels. Sua pretensão não é retornar a situações pré-capitalistas nem criar o oásis do pré-capitalismo pré-capitalistas nem criar o oásis do pré-capitalismo e artesanato na sociedade industrial. (...) Marx e e artesanato na sociedade industrial. (...) Marx e Engels não pretendem voltar atrás, mas sim ir a Engels não pretendem voltar atrás, mas sim ir a frente, não pretendem voltar ao artesanato mas sim frente, não pretendem voltar ao artesanato mas sim superar o capitalismo, e essa superação só pode se superar o capitalismo, e essa superação só pode se realizar a partir do próprio capitalismo, acentuando realizar a partir do próprio capitalismo, acentuando suas contradições, desenvolvendo suas suas contradições, desenvolvendo suas possibilidadespossibilidades. (p. 4) . (p. 4)

Mas o que há no capitalismo como possibilidades Mas o que há no capitalismo como possibilidades que poderiam servir à causa da superação do que poderiam servir à causa da superação do homem unilateral? homem unilateral?

Certamente, o fantástico desenvolvimento científico Certamente, o fantástico desenvolvimento científico e tecnológico do qual o capital de serve que, se e tecnológico do qual o capital de serve que, se apropriado pela totalidade das pessoas, passaria a apropriado pela totalidade das pessoas, passaria a servir à coletividade sem se configurar como servir à coletividade sem se configurar como propriedade material privada.propriedade material privada.

A democratização dos conhecimentos produzidos A democratização dos conhecimentos produzidos pela humanidade e dos benefícios proporcionados pela humanidade e dos benefícios proporcionados por esses conhecimentos em nível material e por esses conhecimentos em nível material e espiritual constitui o ambiente do homem onilateral. espiritual constitui o ambiente do homem onilateral. Este é Este é

um nexo recíproco pelo qual o indivíduo não pode um nexo recíproco pelo qual o indivíduo não pode desenvolver-se onilateralmente se não há uma desenvolver-se onilateralmente se não há uma totalidade de forças produtivas, e uma totalidade de totalidade de forças produtivas, e uma totalidade de forças produtivas não pode ser dominada a não ser forças produtivas não pode ser dominada a não ser pela totalidade dos indivíduos livremente pela totalidade dos indivíduos livremente associados; é, em suma, o desenvolvimento original associados; é, em suma, o desenvolvimento original e livre dos indivíduos na sociedade comunista.e livre dos indivíduos na sociedade comunista. (MANACORDA, op. cit., p. 79) (MANACORDA, op. cit., p. 79)

Em forma de conclusão, os tipos humanos Em forma de conclusão, os tipos humanos considerados pelo pensamento marxista são considerados pelo pensamento marxista são basicamente dois: o homem unilateral e o homem basicamente dois: o homem unilateral e o homem onilateral. Para se conhecer as qualidades do onilateral. Para se conhecer as qualidades do primeiro recorre-se aos determinantes históricos de primeiro recorre-se aos determinantes históricos de sua condição e aos mecanismos que garantem a sua sua condição e aos mecanismos que garantem a sua reprodução e permanência; no tocante ao segundo, reprodução e permanência; no tocante ao segundo, se defende uma alteração radical na estrutura se defende uma alteração radical na estrutura econômica e na superestrutura jurídico-política e econômica e na superestrutura jurídico-política e ideológica para a sua realização.ideológica para a sua realização.

O homem onilateral é o projeto antropológico da O homem onilateral é o projeto antropológico da pedagogia marxista. pedagogia marxista.

A PHC no quadro das tendências pedagógicas

ESQUERDA

socialista

materialismo dialético

DIREITA

capitalista

liberalismoneo

positivismoCrítico-

reprodutivistas Não críticas

Para além da crítica

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Teoria da Escola Dualista

Teoria da Escola como Violência Simbólica

Teoria da Escola como Aparelho Ideológico do Estado

Pedagogia Histórico-Crítica

37. As tendências pedagógicas de esquerda

a) não têm orientação socialista e materialista-

dialética

b) têm orientação liberal e positivista

c) nda

38. As tendências pedagógicas de direita

a) têm orientação socialista e materialista-dialética

b) não têm orientação liberal e positivista

c) nda

39. São teorias não-críticas da educação

a) a Escola Tradicional, a PHC e o Tecnicismo

b) a Escola Tradicional, a Escola Nova e o

Tecnicismo

c) a Escola Tradicional, a Escola Nova e a PHC

40. São teorias crítico-reprodutivistas

a) a Teoria da Escola como Aparelho Ideológico do

Estado e a Teoria da Escola como Violência

Simbólica

b) a Teoria da Escola como Violência Simbólica e a

PHC

c) a Teoria da Escola Dualista e a PHC

41. As teorias crítico-reprodutivistas

a) são cinco: de Bourdieu, de Passeron, de

Baudelot, de Stablet e de Althusser

b) são três: de Bourdieu e Passeron, de Baudelot e

Stablet e de Althusser

c) são três: de Marx e Engels, de Saviani e de

Gasparin

42. A PHC

a) faz a crítica do capitalismo e não apresenta PPP

b) faz a apologia do capitalismo e apresenta PPP

c) faz a crítica do capitalismo e apresenta PPP

Teorias não críticas

Escola Tradicional

Excluído é o sujeito ignorante de conhecimento enciclopédico.

Repassa conteúdos em quantidade, estanques, e sem articulação conceitual que permita a crítica.

Teorias não críticas

Escola Nova

Excluído é o sujeito deslocado socialmente, frente às instituições democráticas.

Desloca o eixo do conteúdo para os processos de aprendizagem.

Promete a inclusão total e promove uma pseudo-inclusão social.

Além de não efetivar o que prometeu, ainda eliminou o que se tinha antes, ou seja, a valorização do conteúdo.

Teorias não críticas

Tecnicismo

Excluído é o sujeito incompetente para as funções produtivas sofisticadas.

Enfoca a capacitação instrumental de pensamento e de ação corporal.

Promove a disciplinarização do comportamento de acordo com o modelo industrial.

Destitui a importância dos conteúdos humanísticos em favor da hipervalorização ds ciências exatas.

A função social da escola é vista de maneiras diferentes nas diversas tendências pedagógicas

Teorias não críticas

Escola Tradicional

Escola Tecnicista

Ensinar conteúdos para combater a ignorância

enciclopédica.

Ensinar para incluir socialmente.

Escola Nova

Ensinar para capacitar tecnicamente para o

setor produtivo.

Função social da escola

43. Para a Escola Tradicional, segundo SAVIANI,

a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento

enciclopédico

b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,

frente às instituições democráticas

c) excluído é o sujeito incompetente para as

funções produtivas sofisticadas

44. De acordo com SAVIANI, a Escola Nova

considera que

a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento

enciclopédico

b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,

frente às instituições democráticas

c) excluído é o sujeito incompetente para as

funções produtivas sofisticadas

45. No Tecnicismo,

a) excluído é o sujeito ignorante de conhecimento

enciclopédico

b) excluído é o sujeito deslocado socialmente,

frente às instituições democráticas

c) excluído é o sujeito incompetente para as

funções produtivas sofisticadas

46. É um diferencial da Escola Tradicional

a) promover a disciplinarização do comportamento

de acordo com o modelo industrial

b) deslocar o eixo do conteúdo para os processos

de aprendizagem

c) repassar conteúdos em quantidade, estanques,

e sem articulação conceitual que permita a crítica

47. Caracteriza a Escola Nova

a) a promoção da disciplinarização do

comportamento de acordo com o modelo industrial

b) o deslocamento do eixo do conteúdo para os

processos de aprendizagem

c) o repasse de conteúdos em quantidade,

estanques, e sem articulação conceitual que

permita a crítica

48. O Tecnicismo se destaca por

a) promover a disciplinarização do comportamento

de acordo com o modelo industrial

b) deslocar o eixo do conteúdo para os processos

de aprendizagem

c) repassar conteúdos em quantidade, estanques,

e sem articulação conceitual que permita a crítica

Teorias crítico-reprodutivistas

O Sistema de Ensino como Violência Simbólica

seguem orientação marxista e foram concebidas no campo da sociologia por teóricos europeus. Descrevem mecanismos sociais de segregação, de alienação e de dominação, destacando o papel reprodutivista da educação na escola: a escola reproduz a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominado.

São as teorias:

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

A Escola Dualista

Teorias crítico-reprodutivistas

O Sistema de Ensino como Violência Simbólica

Bourdieu e Passeron.

São marginalizados os membros de grupos ou de classes sociais dominados.

A marginalização é dupla:

é SOCIAL porque não possuem força material (capital financeiro)

A escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominador.

é SIMBÓLICA porque não possuem força axiológica (capital cultural).

Teorias crítico-reprodutivistas

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

Louis Althusser

São marginalizados os expropriados, a classe trabalhadora.

O Estado mantém aparelhos ideológicos que agem

pela força da ideologia e depois pela repressão (escolas, igrejas, meios de comunicação social...)

Os aparelhos ideológicos do Estado são utilizados pelo Estado a favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicas.

e também aparelhos repressivos que agem antes pela repressão e depois pela ideologia (polícia, exército...)

Teorias crítico-reprodutivistas

A Escola Dualista

Baudelot e Stablet

São marginalizados os expropriados, a classe trabalhadora.

A escola é organizada em dois níveis básicos:

Primário Profissional (PP):

Critica a divisão do trabalho, que reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem.

Secundário Superior (SS): os trabalhadores que gerenciam

os trabalhadores que executam

A função social da escola é vista de maneiras diferentes nas diversas tendências pedagógicas

Teorias crítico-reprodutivistas

Teoria da Escola como Violência

Simbólica

Teoria da Escola Dualista

Denunciam que a função social da escola

é a de atender ao capitalismo, excluindo

conteúdos críticos, formando mão-de-obra especializada e dócil e

reproduzindo a estrutura de classes.

Teoria da Escola como Aparelho

Ideológico do Estado

Função social da escola

Comparando:

Teorias não críticas Teorias crítico-reprodutivistas

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Sistema de Ensino como Violência Simbólica

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

A Escola Dualista

Colaboram para manter a estrutura de classes.

Mantêm a idéia de que a escola é uma instituição isolada da sociedade.

Consideram a escola como uma instituição articulada na sociedade.

Fazem a crítica do capitalismo e de suas estratégias educacionais de reprodução da estrutura de classes.

Apesar de fazerem a crítica, não apresentam proposta de ação (PPP).

Apresentam propostas de ação (PPP).

49. As teorias crítico-reprodutivistas consideram quea) a escola reproduz a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominadob) a escola contradiz a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominadoc) a escola é independente e indiferente à a segregação em uma sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominado

50. É errado afirmar que

a) as teorias crítico-reprodutivistas da educação

seguem orientação marxista e foram concebidas

no campo da sociologia por teóricos europeus

b) as teorias crítico-reprodutivistas da educação

fazem a crítica do capitalismo, todavia, não

apresentam PPP

c) nda

51. Segundo a teoria do Sistema de Ensino como Violência Simbólicaa) a escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominadorb) o Estado age em favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicasc) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem

52. Para Louis Althussera) a escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominadorb) o Estado age em favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicasc) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem

53. De acordo comas teorizações de Baudelot e Stableta) a escola repassa a todos os valores da classe dominante, negligenciando os valores do proletariado. O efeito é um contingente de educados pobres financeira e culturalmente, dados a desejar a condição impossível do dominadorb) o Estado age em favor do capital pelo convencimento (ideologia) ou pela força (repressão) e colaboram para manter (reproduzir) a divisão social em classes econômicasc) a divisão do trabalho reproduz na escola e nos locais de trabalho a mesma estrutura social, dividida em classes, em que uns mandam e outros obedecem

Prosseguindo:

Teorias não críticas Teorias crítico-reprodutivistas

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Sistema de Ensino como Violência Simbólica

A Escola como Aparelho Ideológico do Estado

A Escola Dualista

Faz a crítica da educação capitalista

Teoria para além da crítica

Pedagogia Histórico-Crítica

Apresenta proposta de ação (PPP)

Considera a escola como instituição

articulada à sociedade

A função social da escola é vista de maneiras diferentes nas diversas tendências pedagógicas

Teoria para além da crítica

Pedagogia Histórico-Crítica

Ensinar os conteúdos referentes ao conhecimento produzido e acumulado pela

humanidade,

articular educação, trabalho e cidadania em perspectiva politécnica e onilateral,

proporcionar a ascensão dialética do senso comum à

consciência filosófica.

Função social da escola

Não confundir !!!

Para Libâneo:

Tendências liberais Tendências progressistas

Escola Tradicional

Escola Nova

Tecnicismo

Libertadora (Paulo Freire)

Libertária (anarquista)

Crítico-Social dos Conteúdos (PHC)

Libâneo erra:

1. ao colocar a PHC na mesma categoria da Pedagogia Libertadora (Freireana)

2. ao negligenciar aspectos políticos e econômicos ligados às teorias pedagógicas; tais aspectos revelas as relações entre educação, trabalho e cidadania

Não confundir !!!

A Pedagogia Libertadora, de Paulo Freire, é

DIALÓGICA.

A PHC, de Dermeval Saviani,

é DIALÉTICA.

DIÁLOGODEBATE

luta de classes concessão

solidariedade

E a prática pedagógica?

São elementos da prática pedagógica:

PLANEJAMENTO

ENSINO

AVALIAÇÃO

Como esses elementos se

articulam na PHC?

DIALETICAMENTE !!!

A dialética se caracteriza pela continuidade, assim:

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

SÍNTESE ANTÍTESE

eternamente...

TESE

TESE

Para Gasparin:

TESE ANTÍTESE SÍNTESE

Prática Social Inicial

Problematização

Instrumentalização

Catarse

Prática Social Final

Condição provisória

Espaço de ação

didáticaCentro da ação

dialética

Nova condição provisória

senso comum

conhecimento científico

consciência filosófica

54. É correto afirmar sobre a PHC, que essa teoria

da educação

a) faz a crítica da educação capitalista, apresenta

proposta de ação (PPP) e considera a escola como

instituição articulada à sociedade

b) faz a crítica da educação capitalista, não

apresenta proposta de ação (PPP) e considera a

escola como instituição articulada à sociedade

c) faz a crítica da educação capitalista, apresenta

proposta de ação (PPP) e não considera a escola

como instituição articulada à sociedade

55. Ensinar os conteúdos referentes ao

conhecimento produzido e acumulado pela

humanidade, articular educação, trabalho e

cidadania em perspectiva politécnica e onilateral e

proporcionar a ascensão dialética do senso comum

à consciência filosófica

a) é função social da escola negada pela PHC

b) denota que a PHC não supera a crítica à escola

capitalista

c) nda

56. Ao propor uma didática para a PHC, Gasparin

considera que a escola deve

a) apresentar a antítese ao senso comum,

considerado como prática social inicial

b) salvaguardar as visões de mundo trazidas pelos

alunos, com cuidados didático-pedagógicos

adequados

c) nda

57. Gasparin considera que a ação didática deve

se constituir como

a) forma de valorizar a doxa

b) prática social final

c) centro da ação dialética

58. São passos que proporcionam a antítese no

processo didático dialético

a) a prática social final, a problematização e a

catarse

b) a prática social final, a problematização e a

instrumentalização

c) nda

59. Pode-se afirmar que a cada nova

aprendizagem os sujeitos são colocados

a) em uma condição provisória de seu

desenvolvimento

b) em uma prática social final absoluta

c) em um nível doxológico sintetizado a partir de

sua prática social inicial

60. É incorreto afirmar que a PHC prevê

a) dialeticamente, uma ascensão do senso comum

ao conhecimento científico

b) dialogicamente, uma ascensão do senso comum

à consciência filosófica passando pelo

conhecimento científico

c) nda

ComparandoComparando

a Pedagogia Histórico-Crítica a Pedagogia Histórico-Crítica com o pensamento com o pensamento

pedagógico de Paulo Freirepedagógico de Paulo Freire

Paulo Freire

Pensa a Educação em um contexto político caracterizado pelo PERSONALISMO e em um contexto existencial caracterizado pela PSICANÁLISE.

Como é que é?

Pensamento Freireano

libertador

diálogo

conscientização

Personalismo

Psicanálise

DIÁLOGO

Personalismo

condena

o

INDIVIDUALISMO

próprio do CAPITALISMO

o

COLETIVISMO

próprio do SOCIALISMO

dominação luta de classes

valoriza a solidariedade

a concessão

o diálogo

é contra

MANDO COMBATE

Nicolau Copérnico:

“A Terra não é o centro do

universo.”

Charles Darwin:

“O ser humano é o resultado de um processo de evolução natural, tal

qual os outros

animais.”

Sigmund Freud:

“O homem não exerce

total controle consciente

sobre si mesmo e sobre a

cultura.”

Conflitos modernos:

três golpes no orgulho do homem

““Acredito que para Acredito que para um zeloso um zeloso trabalhador sempre trabalhador sempre haverá um lugar, por haverá um lugar, por mais modesto que mais modesto que seja, entre as fileiras seja, entre as fileiras da humanidade da humanidade laboriosa.”laboriosa.”

Sigmund Freud Sigmund Freud (1856 – 1939) (1856 – 1939)

ID

Conceito SENTIDO de vida.

Corresponde a aspectos naturais da existência.

EROS THANATOS

Pulsão de VIDA Pulsão de MORTE

Princípio do PRAZER Princípio de DESTRUIÇÃO

SUPEREGOConceito APRENDIDO de vida.

Corresponde a aspectos CULTURAIS da existência.

CERTO ERRADO

O que é “moral”. O que é “imoral”.

O que PODE. O que NÃO PODE.

SOCIALMENTE ACEITO. CONDENÁVEL.

ID SUPEREGODESEJO X LEI

PRAZER X OBRIGAÇÃO

QUERO!!! X NÃO PODE!!!

-sexo

-bater

Como fica o sujeito neste conflito?

O sujeito nasce deste conflito!

X

ID SUPEREGO

EGO

Conceito PENSADO de vida.

Aspectos RESOLUTÓRIOS da existência.

Aqui surge o EU (ego) em esforço de busca para resolver os conflitos entre o ID (desejo de prazer / agressividade) e o SUPEREGO (lei / proibição).

IDEu quero!

SUPEREGONão pode!

EGOPensando melhor...

E N T Ã O

Mas, e quando o conflito não se resolve assim, pacificamente?

NÍVEL CONSCIENTE

pensamento, imaginação, meditação

NÍVEL SUBCONSCIENTE

memórias, conhecimento acumulado

NÍVEL INCONSCIENTE

medos, desejos proibidos, experiências vergonhosas, necessidades egoístas, motivações violentas contidas

Quando, mediante forte REPRESSÃO ou RECALQUE, o EGO não consegue resolver

pacificamente o conflito, a fim de aliviar o sofrimento consciente este mesmo conflito é remetido ao nível

INCONSCIENTE.

Lá, os desejos, medos... não resolvidos permanecem latentes e chegam mesmo a resultar em neuroses e

psicoses.

Os sintomas mais comuns destes conflitos recalcados são os sonhos e os atos falhos. É

possível, também, a somatização (percebida através de dores inexplicadas).

A cura psicanalítica criada por Freud prevê três técnicas:

- associação livre

- interpretação de sonhos

- hipnose

as quais buscam GARIMPAR o inconsciente a fim de conhecer os objetos de conflito e trazê-los para o nível consciente para enfrentamento e superação...

Ou seja, para um conflito consciente.

CONSCIENTIZAÇÃO

Segundo a Psicanálise

É no nível da consciência que conseguimos conhecer e

resolver os nossos problemas, criticamente.

Quando eu me deparo claramente com os meus problemas, eu entro

em crise.

Enquanto eu não sou consciente dos meus problemas, o meu

sofrimento tende a se prolongar; é preciso ter consciência deles

para resolvê-los.

Enquanto eu não aprendo sobre as razões dos meus problemas, o

meu sofrimento tende a se prolongar; é preciso aprender

para resolver.

Quando eu aprendo claramente sobre os meus problemas, eu

entro em crise.

É pela aprendizagem que conseguimos conhecer e

resolver os nossos problemas, criticamente.

Segundo Pedagogia Freireana

Quando eu conheço os meus problemas e

procuro agir de acordo com a minha necessidade social e pessoal, eu sou

autônomo

Pedagogia da autonomia

Avaliação pedagógica

Gasparin: a dialética e o sujeitoLuckesi: a dialética e o processo

síncrese análise síntese

todo caótico

realidade que não

compreendo, que me

interessa e a qual quero

compreender

processo que eu empreendo

para compreender e apreender a

realidade

todo cosmétic

orealidade que compreendo

A avaliação pedagógica é um trabalho de verificação dessa evolução

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE

A TESE é uma situação dada,

posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade,

crença, convicção.

A ANTÍTESE nega a TESE.

A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação

dada, posta, ocupando lugar na consciência como nova verdade, crença, convicção.

A avaliação, na PHC, é DIALÉTICA

É a percepção consciente de que há algo SINCRÉTICO, caótico, que

eu não compreendo.

É a minha atitude de ANÁLISE

inteligente sobre o objeto.

É a minha percepção consciente SINTÉTICA de um todo cosmético.

da linguagem

A aprendizagem

ocorre entre pessoas em processos interpsicológicos e proporciona o desenvolvimento.

ocorre entre pessoas em processos interpsicológicos

idéia

prática social

pauta

a aprendizagem

o que

pauta

=materialismo histórico/dialético

Nesse caso, além da aprendizagem da norma culta, é preciso verificar a aprendizagem

do domínio de diferentes linguagens para diversos

contextos.

Cipriano Luckesi

Avaliação

Classificatória Diagnóstica

Dialética

as notas são usadas para fins de

classificação de alunos, de acordo

com os seus desempenhos

QUANTITATIVOS

permite conhecer a situação e o sentido

da prática pedagógica para reorientá-la de acordo com as necessidades

instrumento estático e freador do processo de crescimento

a avaliação deflagra um processo

QUALITATIVO de alteração de

concepções e de práticas pedagógicas

TESE ANTÍTESE

SÍNTESE

A TESE é uma situação dada,

posta, que ocupa lugar na

consciência como verdade,

crença, convicção.

A ANTÍTESE nega a TESE.

A SÍNTESE nega tanto a TESE quanto a ANTÍTESE, e se constitui como a nova situação

dada, posta, ocupando lugar na consciência como nova verdade, crença, convicção.

O centro da teoria de Luckesi é a DIALÉTICA

É a minha prática

pedagógica!

É a necessidade de mudança apontada pela avaliação da

minha prática.

É a minha NOVA prática pedagógica!

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.

GASPARIN, João Luiz. Um didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. Alex Martins. São Paulo: Martin Claret, 2003.

FERNANDES, Florestan (org.) MARX e ENGELS: História. São Paulo: Ática, 1984.