Post on 15-Oct-2021
A Persistência da Memória2
A mostra A Persistência da Memória¹ apresenta a trajetória das obras que compõem o acervo de arte do Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Não se trata de apresentar o resumo da história da coleção, mas de distinguir momentos do passado que se deixaram reconhecer como carregados de memória e atualidade.
Contando com seis módulos curatoriais que se sucederão por 24 meses – Brasil Brasileiro, Entre a Figuração e a Abstração, O Poder da Arte, Anos Rebeldes, Da Multiplicidade de Formas e Conceitos e A Persistência da Memória –, a exposição aborda diferentes aspectos da coleção, no contexto político, econômico e cultural do século XX.
Além das salas Cenas Brasileiras e Bandeira do Brasil, que simbolizam os dois principais períodos de aquisição de acervo, há um ambiente de reserva técnica, em que será exibida grande parte das obras. Com isso, busca-se suspender temporariamente a mística que cerca tais espaços e representar visualmente o fio condutor da
1 • Título com base na obra La persistencia de la memoria, de Salvador Dalí.
Introdução
Da Multiplicidade de Formas e Conceitos 3
exposição: trazer à tona a história pulsante desses objetos que elevamos à categoria de arte e as conexões, nada aleatórias, entre eles e a malha da vida.
A Persistência da Memória é parte de um projeto maior, de reclassificação do acervo, que contempla também o lançamento do catálogo da Coleção de Arte do Museu de Valores.
Ao realizar essa mostra, o Banco Central espera contribuir não só para suscitar a reflexão sobre nosso passado, mas também o entendimento do presente como um tempo em permanente construção.
A Persistência da Memória4
Da Multiplicidade de Formas e Conceitos
O Módulo 5 abrange do final da década de 1970 ao início dos anos 1990, período caracterizado pelo surgimento de uma nova configuração global, com a redemocratização da América Latina, a queda do muro de Berlim, o final da Guerra Fria e a ascensão do neoliberalismo. Chamada de pós-modernismo, a era pós-colapso da União Soviética se caracteriza pela descrença na razão e no progresso, os ideais iluministas.
Se, nos anos 1960/1970, os artistas repudiaram as linguagens tradicionais, o retorno da pintura, a partir dos anos 1980, rompeu com os procedimentos e as formas que caracterizaram a década anterior, e os trabalhos passaram a transitar entre fragmentos da tradição, da modernidade e do mundo contemporâneo. Entre outras, temáticas como globalização e ambientalismo passam a ser propostas para/pelos artistas.
Este Módulo tem como foco obras da Coleção Eco Art, um conjunto de reproduções serigráficas de
Da Multiplicidade de Formas e Conceitos 5
Da Multiplicidade de Formas e Conceitos
algumas das pinturas realizadas especialmente para a II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em exposição no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAM-RJ), em junho de 1992. Recentemente integradas ao acervo de arte do Banco Central, as gravuras foram doadas ao Banco pela Companhia Bozano Simonsen, responsável pela organização da exposição no MAM.
Visando ressaltar o hibridismo característico da arte produzida nos anos 1980/1990, as treze serigrafias aqui expostas aparecem acompanhadas de obras do acervo realizadas em décadas anteriores, e que funcionam como contraponto às questões pontuadas neste Módulo. O leque de discussões que a Coleção Eco Art propõe vai da preservação da natureza ao aquecimento global; do desenvolvimento social à sustentabilidade. Toda a diversidade assimilada pelos artistas por ocasião da Eco-92 serve, agora, de matéria-prima para esta exposição.
A Persistência da Memória6
Alberto da Veiga Guignard
Jarro de floresTêmpera sobre tela | 72cm x 59cm | 1958
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Aldemir Martins
PaisagemAcrílica sobre tela | 38cm x 61cm | 1972
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Aldo Bonadei
Sem títuloXilogravura sobre papel | 51cm x 36cm | 1971
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Alfredo Volpi
Composição, Bandeira do Brasil Óleo sobre tela | 336cm x 280cm | c. 1962
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Antonio Bandeira
Horizontes azuisTécnica mista sobre tela | 161cm x 96cm | s.d.
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Antonio Henrique Amaral
AmeaçaSerigrafia sobre papel | 66cm x 63cm | 1992
A Persistência da Memória14
Arcangelo Ianelli
No silêncio da mataSerigrafia sobre papel | 63cm x 73cm | 1992
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Arnaldo Roche-Rabell
Mene, Tekel, Peres (Tu Reino-Medido-Pesado-Dividido)Serigrafia sobre papel | 67cm x 65cm | 1993
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Beatriz Milhazes
Você me olha por quê? Por que você está me olhando?Serigrafia sobre papel | 64cm x 62cm | 1992
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Candido Portinari
Descobrimento do BrasilÓleo e têmpera sobre tela | 492cm x 393cm | 1954-1955
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Carlos Vergara
FornoSerigrafia sobre papel | 82cm x 62cm | s.d.
A Persistência da Memória20
David Manzur
Requiem para un paisaje amazônicoSerigrafia sobre papel | 84cm x 63cm | 1993
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Guilherme de Faria
BacanteNanquim sobre papel | 48cm x 63cm | 1968
A Persistência da Memória22
Gonçalo Ivo
Rio São Francisco (Vista de Ibotirama, BA)Serigrafia sobre papel | 65cm x 82cm | 1993
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José Pancetti
MarinhaÓleo sobre tela | 57cm x 91cm | s.d.
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Jorge Tacla
Representacion y apuntesSerigrafia sobre papel | 82cm x 63cm | 1992
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Maciej Babinski
Porta abertaÁgua-forte sobre papel | 15cm x 10cm | 1972
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Maciej Babinski
Duas mulheres e caveiraÁgua-forte sobre papel | 20cm x 15cm | 1970
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Miguel Ángel Rojas
Sem títuloSerigrafia sobre papel | 57cm x 84cm | 1992
Da Multiplicidade de Formas e Conceitos 29
Santiago Cardenas
AmazonaSerigrafia sobre papel | 75cm x 64cm | 1992
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Siron Franco
Peles e tripas do Brasil (série Peles)Serigrafia sobre papel | 86cm x 63cm | 1993
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Tomie Ohtake
Sem títuloSerigrafia sobre papel | 69cm x 64cm | 1992
Módulo 5Da Multiplicidade de
Formas e Conceitos
De terça-feira a sexta-feira, das 10h às 18h.O primeiro sábado de cada mês, das 14h às 18h.*
Consulte o site <http://www.bcb.gov.br/?ARTEACERVO>.
*O painel Descobrimento do Brasilpoderá ser apreciado pelos visitantes aos sábados.
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A exposição apresenta a trajetória das obras que compõem a Coleção de Arte do Museu de Valores e conta com
seis módulos que se sucederão por 24 meses.