Dissertação Adriano

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Apresentação da Dissertação de ADRIANO FONSECA

Orientador: Prof. Dr. Pedro Paulo Scandiuzzi

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

MATEMÁTICO DE UMA TURMA DE

ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NUM

ESPAÇO SOCIOCULTURAL: UMA

POSTURA ETNOMATEMÁTICA

Estrutura da dissertação Introdução

Capítulo 1- O caminho percorrido

Capítulo 2 – Tratamento dos dados do projeto de leitura com um olhar matemático

Capítulo 3 - Tratamento dos dados do projeto de leitura com um olhar etnomatemático

Capítulo 4 - Discussão

Referências

Trajetória profissional

termina a graduação em 2001

começa a lecionar em 2002

ingressa como aluno especial neste programa de Pós - Graduação em 2004

ingressa no Mestrado em 2007

inicia como Prof. Assistente em 2009

Aporte filosófico e espiritual

“ Só sei que nada sei”(Sócrates)

“ Tudo posso naquele que me fortalece”( Filipenses, 4, 13)

Questões iniciais

Professor, para que serve Matemática?

Onde vou usar na minha vida?

Objetivo principal da pesquisa

Buscar compreender a construção do

conhecimento matemático de um

grupo social específico, uma turma

do 2º ano do Ensino Médio da

Escola “Estadual Prof. Marcelo de

Mesquita” em Ipeúna/SP

Pergunta diretriz

De acordo com os princípios

etnomatemáticos, como agir de modo

que a sala de aula se torne um

espaço sociocultural, onde aconteça

a construção do conhecimento

matemático do/pelo grupo social

envolvido?

Capítulo 1

Influências teóricas

“Professor, porque a Matemática não é ensinada numa linguagem que a gente entenda?”

Caminhos metodológicos

Pesquisa etnográfica com caráter qualitativo – destaca três momentos da pesquisa: coleta de dados, tratamento e discussão.

Os projetos, o ambiente e o grupo social

Projeto de leitura com um olhar matemático – 2006

Projeto de leitura de Mundo com um olhar Etnomatemático - 2007

O projeto de 2006

Fazer com que os alunos percebessem e compreendessem a utilização dos conceitos da matemática escolar em artigos impressos e digitais, buscando dar sentido a esta disciplina.

A classe foi dividida em 7 grupos: 3 grupos com 5 alunos e 4 grupos com 6 alunos.

Cada grupo trabalhou um tema sugerido pelo professor

O projeto de 2007

a busca pela aprendizagem da matemática escolar deixou de ser o foco do projeto, dando lugar à busca pelo conhecimento matemático produzido pelo grupo social pesquisado.

discutir a realidade, o ambiente circundante, refletindo sobre ele, buscando por explicações sobre fatos e fenômenos aos quais se tem contato ...

A classe foi dividida em 5 grupos: um com 6 alunos e quatro com 5.

Cada grupo trabalhou um tema escolhido por eles mesmos professor

A relação professor/aluno O professor é a pessoa que interage com um grupo que detém um saber diferenciado do dele e, pelo diálogo, o conhecimento é produzido nas duas direções:professor/aluno e também aluno/professor.(Scandiuzzi, 2007)

Existe uma relação mais completa aluno-aluno, pois está sempre presente a figura do professor, representante da outra cultura. ( Fonseca, 2009)

Colar o esquema

alunos →alunos

Professor

Sobre a avaliação

“ Considerando que esse projeto não vislumbrou a matemática escolar, mas todas as formas de pensamento matemático, a avaliação tradicional não teve espaço” .

“ Os alunos fizeram uma auto-avaliação sobre a participação no projeto: como sujeitos que desconstroem, reconstroem e constroem conhecimento dentro do seu grupo social” .

Capítulo 2

TRATAMENTO DOS DADOS DO PROJETO DE LEITURA COM UM OLHAR MATEMÁTICO

Adriano

1) Leu o Projeto p/ os alunos

2) Alunos demonstraram Interesse e curiosidade

Organizados7 GruposG1

G2G3 G4 G5

G7

G6

• só homens • c/ dificuldade aprendizagem• pouco engajados

•Só mulheres / amigas• facilidade de aprendizagem

•Só mulheres• grande nível de engajamento

•Grupo misto•Dificuldade aprendizagem• pouco engajamento

Organizados7 GruposG1

G2G3 G4 G5

G7

G6

•grupo misto• grande nível de engajamento• facilidade aprendizagem

• grupo misto• grande nível de engajamento• facilidade aprendizagem

•Só mulheres• dificuldade aprendizagem

Definidos os grupos, cada um deveria montar uma apresentação sobre um tema de interesse do grupo.

Adriano, tinha como objetivo fazer com que os alunos percebessem e compreendessem a utilização das expressões matemáticas presentes em artigos impressos e digitais.

* Cada grupo teve 2 aulas (50 min. Cada) para apresentação

Proposta para apresentação

O grupo deveria ler o texto em voz alta e depois discutiam o assunto.

Os outros grupos receberiam uma cópia do texto.

Primeiras apresentações

Confusão, pois todos queriam falar ao mesmo tempo.

Professor precisou chamar atenção dos alunos

G1

MEDICINA

Artigo: O BRASIL NA CONTRAMÃO

• Estavam perdidos... Não sabiam o que fazer...• Não trouxeram o artigo completo• com o auxilio do prof. aconteceu a discussão• Foi trabalhado os conceitos de porcentagem, proporção e função afim.

G2

CARROS ESPORTIVOS

Artigo: ESPORTIVIDADE NA MEDIDA CERTA

• Prepararam as perguntas e dúvidas.• Foi trabalhado os conceitos de porcentagem, operações básicas, velocidade e posição no Movimento Uniformemente Variado (MUV)

G3

ONGs

Artigo: Mais do que bons resultados, sua ajuda trouxe esperança. Muito obrigado

• A discussão permitiu verificar o quanto os jovens têm consciência dos problemas sociais• Através da discussão souberam que na Comunidade há uma Organização Não Governamental que dá apoio as crianças com necessidades especiais.• Foi trabalhado valores monetários e gráficos

G4

SAÚDE

Artigo: Doenças crônicas atingem quase um terço da população brasileira

• A apresentação deste grupo superou a expectativa do Adriano• Para responder as questões discutidas, foram conversar com outros profissionais• Foi trabalhado conceitos de porcentagens, operações básicas e situações problemas

G5

MEDICINA

Artigo: Síndrome de Down não é doença

• O assunto despertou muito interesse dos participantes• uma das integrantes do grupo é filha da fundadora do CAICAFI (Centro de Apoio e Integraçãoe Crianças, Adolescentes e Famílias de Ipeúna) • Foi trabalhado com conceitos porcentagem, equação exponencial, e gráfico

G6

SAÚDE

Artigo: A Aids perde velocidade

• Salto na quantidade de leitura• compreensão, aprofundamento do assunto, defesa de idéias e posturas, pesquisa.• Esse texto abriu a possibilidade de explorar o pensamento matemático presente nele e resolução de problemas.

G7

COMPORTAMENTO HUMANO

Artigo: Sutil e cruel agressão

• Trabalhou a violência dentro da escola.• Assunto diretamente ligado ao cotidiano dos alunos.• Foi trabalhado tabelas e gráficos

AVALIAÇÃO DO PROJETO

Alunos apontaram:

Pontos POSITIVOS

Pontos NEGATIVOS

Quanto aos momentos de discussão dos assuntos, que envolviam interpretação, inferência, organização de idéias, explicação de pontos de vista e defesas frente a outros divergentes, argumentação, experiência de vida, aprendizado, troca de conhecimentos, todos os grupos foram favoráveis ao projeto.

Alguns alunos perceberam que se pode aprender matemática de outra maneira e outros afirmaram que o que foi feito não tinha nada a ver com matemática.

Foram avaliados os seguintes itens:

riqueza de linguagem matemática presente no texto escolhido;

participação na discussão sobre o texto;

questionário sobre o texto;

resolução das situações-problema.

ADRIANO encerra esse capítulo com o seguinte questionamento:

Como agir, que postura tomar frente à avaliação, de modo que se leve em conta a autonomia e a individualidade do aluno?

Capítulo 3

TRATAMENTO DOS DADOS DO PROJETO DE LEITURA COM UM OLHAR MATEMÁTICO

A necessidade da aprendizagem da matemática escolar deixou de ser o foco do projeto

A busca pelo conhecimento matemático produzido pelo grupo social pesquisado, conhecimento que enxerga o ser humano como um todo, conectado com sua realidade e com o mundo. (as ticas de matema do etno).

Pergunta relevantes

Como fazer para que tudo isso fosse contemplado no trabalho de sala de aula? ( Pesquisador)

É obrigatório conter informações matemática relativas a matemática escolar?

Porque este projeto será trabalhado na aula de matemática?

As apresentações

O grupo 1 com o tema “Violência” Sobre as causas, consequências e soluções para a violência (Artigo de um jornal de Ipeúna)

- Destaques do grupo: o descaso social do governo, a passividade das pessoas, as leis falhas e a inversão de valores.

- Professor, mas isto é matemática?

O grupo 2 com o tema “Abuso Sexual Infantil”

Sobre as causas, consequências e soluções para os casos de pedofilia e negligencia infantil. (Artigo digital e um vídeo clip em inglês).

- Destaques do grupo: abuso sexual, negligência, problemas psicológicos, conflitos familiares

- Como os professores estão instruídos para tratar uma criança que sofre abuso ou negligência na sala de aula?

O grupo 3 com o tema “Drogas” Sobre as drogas, suas causas,

consequências e possíveis soluções (Artigo digital)

Observações do pesquisador:

- O grupo faz uma leitura deficiente, desmotivadora, sem musicalidade e sem emoção

- Será que o desinteresse dos nossos alunos nas aulas de matemática não está relacionado ao fato que ela é apresentada da forma acima?

O grupo 4 com o tema “Violência Infantil”

Sobre violência e exploração infantil, suas causas e suas relações com a família, trabalho e escola; lidando com os conflitos(Artigo digital e rap)

- Destaques: causas do problema da violência infantil, relação entre pais e filhos, relação entre a criança e o trabalho, relação entre trabalho(primeira necessidade) e escola(última necessidade)

- Discussões e conflitos

O grupo 5 com o tema “Inclusão Escolar” Sobre inclusão escolar (Artigo Revista Nova Escola -2005)

“ Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”- entrevista com a educadora Maria Tereza Égler Mantoan.

- Uma criança com necessidades especiais pode produzir conhecimento matemático?

- Estando com o diferente, aprende mais? - Nossa escola trem estrutura para receber

um deficiente físico?- Qual a diferença entre incluir e integrar?

Finalizando

... “este projeto proporcionou liberdade aos educandos de desconstruir, reconstruir e construir seu conhecimento matemático, interagindo com o outro e com meio circundante, fazendo do familiar , algo estranho, para que pudessem refletir sobre as diferenças humanas, ampliar seus conhecimentos, em colaboração uns com os outros, num diálogo simétrico” .

PARTICIPANTES:

Antonio Noel Filho

Marcílio Leão

Maria Ângela de Oliveira Oliveira

Maria da Penha Rodrigues de Oliveira Godinho