Domínios morfoclimáticos

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BIOMASDOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS

Prof° Léo Fonseca

>AMAZÔNICOÉ a maior floresta pluvial tropical do mundo, pois abrange grande parte da região Norte do Brasil e está presente nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Portanto, a Floresta Amazônica ocupa quase metade do território brasileiro, o que faz com que o Brasil seja um campeão de biodiversidade, encabeçando a lista dos países megadiversos.

•O desmatamento, as queimadas, a garimpagem, o agropastoreio e a biopirataria representam os principais problemas ambientais enfrentados pelo bioma amazônico. O conjunto formado por essas ações devastadoras é responsável por graves mudanças climáticas em todo o planeta, pois a Amazônia é um grande “resfriador” atmosférico, removendo o excesso de gás carbônico disperso na atmosfera, que provoca o aquecimento global. Atualmente a proliferação de culturas de soja tem sido motivo de grande preocupação por estar gerando inúmeras áreas de desmatamento, a maioria ilegais.

>ÁRVORES NATIVAS

PupunhaAçaíMognoCedroSumaúmaSeringueiraAndirobaCastanha-do-pará

>ANIMAIS DO BIOMA• Anta

Arara-vermelhaAriranhaCachorro-vinagre CatetoGato-maracajáIraraJaguarundiJaguatiricaKinkajouMacaco-aranhaMacaco-barrigudoOnça-pintadaPeixe-boiPreguiçaSagüi-de-bigode

>Domínio amazônico

• Localiza-se na área que abrange a Floresta Amazônica, em latitudes predominantemente baixas. Seu relevo é formado por depressões que ocorrem entre planaltos e vastas áreas de planícies (várzeas).

• Essa região é cortada pela linha do Equador, que origina o clima equatorial (quente e úmido durante todo o ano). Devido às chuvas constantes e abundantes, esse domínio morfoclimático possui uma densa rede hidrográfica, formada pelas bacias do Atlântico Norte e do Amazonas.

• A floresta é densa, higrófila (adaptada à umidade excessiva) e muito diversificada. Em virtude de sua exuberância, o solo parece ser muito fértil, porém sua fertilidade é baixa. Por ser uma região constituída de solos aluvionares (solos aluviais) e de terra roxa, é a vegetação amazônica que se auto-sustenta, se ela não existir, os solos tornam-se pobres e de baixa produtividade.

>FAIXAS DE TRANSIÇÃO:

•São áreas limítrofes entre duas ou mais regiões naturais, que podem possuir características pertencentes a dois ou mais domínios morfoclimáticos, envolvendo o clima, o relevo, a rede hidrográfica, o solo e/ou a vegetação. Um exemplo dessa ocorrência é a área ocupada pelo Pantanal, no sudoeste do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul. Nessa região, a variedade vegetal é vasta, pois ela pode ser composta por espécies características do Cerrado, de florestas e até mesmo da Caatinga. O relevo é formado por planícies e rios extensos e volumosos, características resultantes do clima quente e úmido, que ocasiona uma estação de chuvas intensas, que provoca o transbordamento dos rios, e outra de seca.

>CERRADO

Localiza-se principalmente no Planalto

Central e é constituído pela região Centro-Oeste, ou seja, Tocantins, Bahia, Minas Gerais e partes do Maranhão. Nesse domínio, predominam os planaltos e chapadas (elevações tabulares que apresentam encostas escarpadas), que dão origem a terrenos sedimentares. Além da ocorrência da vegetação caducifólia (plantas que perdem suas folhas no outono), peculiar do Cerrado (savana brasileira), existem as matas ciliares ou de galerias que margeiam os solos úmidos dos rios.

• O Cerrado é típico do clima tropical semi-úmido, que

apresenta duas estações bem definidas: verões chuvosos e invernos secos.

• Quanto à rede hidrográfica, a região possui o principal divisor de águas do país e as nascentes de grandes bacias hidrográficas, como as do Araguaia-Tocantins, São Francisco e Paraná. Seu tipo de solo, o latossolo, é um fator limitante para a região, pois apesar de ser profundo e apresentar coloração avermelhada, é pobre e ácido.

 

>CAATINGA

• Localiza-se entre a Chapada das Mangabeiras e do

Espigão Norte e o Planalto da Borborema e a Chapada Diamantina, no Sertão Nordestino. Em seu relevo predominam os planaltos com incelbergs (montanhas-ilhas) e as chapadas, além de áreas formadas por depressões, como a Sertaneja e do São Francisco.

• O clima característico desse domínio é o tropical semi-árido, que apresenta pluviosidade escassa e irregular. Razão pela qual essa região é muito sensível e propensa à desertificação ecológica (Polígono das Secas). Por causa da ocorrência de chuvas breves e ocasionais, sua vegetação é arbustiva e espinhosa, características que permitem que a caatinga seja classificada em seca, arbustiva e arbórea.

• Sua principal rede hidrográfica é formada pelas bacias secundárias do Nordeste, com rios temporários ou intermitentes (secam na época de estiagem), e tem como seus representantes os rios Parnaíba e São Francisco. Os tipos de solo são, em sua maioria, rasos (pouco profundos) e pedregosos, por causa do forte intemperismo. Essa região ainda possui pequenas manchas de solos férteis, encontradas nas fronteiras do Rio Grande do Norte e do Piauí.

>MARES DE MORROS

• Localiza-se na faixa ocidental do Brasil, ocupa desde a Zona da Mata (RN) até a Lagoa dos Patos (RS).

• Seu relevo é composto de planaltos e serras com rochas magmáticas e metamórficas, muito antigas e desgastadas por orogênese e intensos processos de intemperismo. Esses processos geraram morros com cumes arredondados semelhantes aos das serras (mamelonamento). Nessa faixa territorial, impera o clima tropical úmido. Também há a presença dos ventos alísios vindos do mar, que trazem dele uma grande umidade, causadora de chuvas frontais e orográficas, principalmente no verão. Originalmente esse domínio natural era coberto por densa Mata Atlântica: floresta latifoliada (plantas que apresentam folhas largas que permitem intensa transpiração) tropical, que atualmente é encontrada apenas em áreas de preservação.

• Sua rede hidrográfica é formada pelas bacias secundárias do Leste e do Sudeste do Brasil e tem como principais rios o Doce, o Paraíba do Sul e o Itajaí. Quanto à pedologia, predominam o massapê (gnaisse e calcário decompostos) nas regiões da Zona da Mata e do Recôncavo Baiano e a terra roxa nas regiões Sul e Sudeste do país.

>ARAUCÁRIAS

• Localiza-se no Planalto Meridional e em áreas da Serra da Mantiqueira. Possui alternância estrutural geológica entre camadas de arenito e de basalto.

• O clima preponderante desse domínio morfoclimático é o subtropical úmido, que apresenta chuvas bem distribuídas durante o ano, estações bem diferenciadas e invernos relativamente rigorosos, com a ocorrência de neve em algumas áreas. Por conseqüência do clima e dos tipos de solo, a vegetação que se formou é composta por floresta aciculifoliada (plantas que apresentam folhas roliças e pontiagudas em forma de agulhas, como o Pinheiro-do-Paraná ou Araucária) e árvores latifoliadas (com folhas largas e adaptadas a regiões úmidas, como a Imbuia e a Erva-mate).

Sua principal rede hidrográfica é formada pelo rio Paraná, que banha grande parte das regiões que possuem o solo composto pela fértil terra-roxa, originada da decomposição do basalto.

>PRADARIAS

• Localiza-se no extremo sul do país, na região conhecida como Pampa ou Campanha Gaúcha, e se estende até o pampa argentino e uruguaio.

• Esse domínio natural é composto de campos (pampa), coxilhas e relevo que apresenta áreas baixas, levemente arredondadas e permeadas pelos vales dos rios que cruzam a região, que são margeados pelas matas de galerias. Nos campos, há formações herbáceas dotadas de grandes áreas alagadas (banhados) situadas ao redor de lagunas e região costeira. Também estão presentes extensas áreas cobertas por gramíneas em meio a florestas de Araucária. Nas suaves encostas das coxilhas, ocorre a vegetação arbórea e o cume dessas formações é coberto por gramíneas.

A composição pedológica é originária da

decomposição das rochas magmáticas e sedimentares, que formam o solo fértil conhecido como brunizens. Existem ainda os areais, formações originárias do processo de arenização ocorrido em regiões que possuem depósitos areníticos, onde o regime pluviométrico é regular, aspecto que o difere do processo de desertificação, que ocorre devido à escassez de água.