Post on 27-Jun-2020
9 e 10 de setembro de 2011
PRÁXISREVISTA
ISSN: 1984-4239ISSN: 1984-4239
Centro Universitário de Volta Redonda - Ano IIIEdição Especial - Setembro/2011
Centro Universitário de Volta Redonda - Ano IIIEdição Especial - Setembro/2011
Coordenação geral do simpósio
Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues
Comissão organizadora
Adilson da Costa Filho Aline Viviane de Oliveira
Andreza de Jesus Dutra Silva Angélica Aparecida Silva Arieira
Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues Daniel Marchi De Oliveira João Luiz Leão de Oliveira
Ligia Maria Fonseca Affonso Lijamar de Souza Bastos Luciana Sessa Generoso
Lucimar Teixeira da Silva Maria Auxiliadora Motta Barreto
Maria de Fátima Alves de Oliveira Mariane de Paula Gomes Mayara Athanázio Diogo
Renata Pereira Ribeiro Rosana Aparecida Ravaglia Soares Rosane Moreira Silva de Meirelles
Taís de Souza Santos
Comitê Científico
Andréa Carla de Souza Góes (UERJ) Andréa Espinola de Siqueira (UERJ)
Carlos Vítor de Alencar Carvalho (USS e UniFOA) Fábio Aguiar Alves (UFF)
Marcelo Paraiso Alves (UniFOA) Maria Auxiliadora Mota Barreto (UniFOA)
Maria de Fátima Alves de Oliveira (UniFOA) Ronaldo Figueiró Portella Pereira
Rosana Aparecida Ravaglia Soares (UniFOA) Rosane Moreira Silva de Meirelles (UniFOA)
Sergio Elias Vieira Cury (UniFOA) Waisenhowerk Vieira de Melo (UERJ / PMCRJ)
Palestra de Abertura
Panorama Atual do Ensino de Ciências no Brasil e Perpectivas Futuras
Dra. Luzia Marta Bellini (UEM)
Mesa-redonda: Ensino de Ciências
Escola de Inclusão – (in)formando para melhor formar: atualização sobre pessoas com necessidades especiais
Dra. Helena Carla Castro (UFF)
A práxis educativa em ensino de ciências: atuação do IFRJ/Campus Volta Redonda
Dra. Marta Ferreira Abdala Mendes (IFRJ)
Experimentação em sala de aula
Msc. Waisenhowerk Vieira de Melo (UERJ)
Mesa-Redonda: Meio Ambiente
Aspectos da descentralização da Gestão Ambiental no Brasil
Msc. Francisco Jácome Gurgel Júnior (UniFOA)
Saúde e meio ambiente: desafios da saúde ambiental
Msc. Adriano Arnóbio José da Silva e Silva (UEZO)
Manejo de Fauna
Msc Leandro de Macedo Silva Reis (UFRJ)
Sumário
A Educação Ambiental no cotidiano escolar: um estudo de caso no município de Volta Redonda, o projeto “aprendendo a reciclar” ....................................................................................................... 9
A formação de professores em ciências: representações e o fulereno - uma aplicação .................... 11
A interface entre o Diabetes Mellitus tipo II e a hipertensão arterial sistêmica: Aspectos bioquímicos .................................................................................................................................. 13
A matemática e o ensino médio noturno: uma experiência de Avaliação e de Aprendizagem......... 15
A Municipalização do Licenciamento Ambiental no Estado do Rio de Janeiro: avanços e perspectivas .................................................................................................................................. 17
Absorção de líquidos com materiais sustentáveis para aplicação em embalagens ........................... 19
Acolhimento na atenção primária: contribuições de profissionais de saúde .................................... 21
Agenda 21 do Colégio Estadual Doutor Joao Maia – Resende/RJ: Resgatando a nossa praça ........ 23
Ambientes virtuais de aprendizagem: criação e uso de um blog em educação ambiental. ............... 25
Análise dos parâmetros salivares de crianças portadoras de Artrite Idiopática Juvenil ................... 27
Aplicação da poliuretana derivada do óleo de mamona para moldes de feto .................................. 29
Aprendendo a Ensinar Zoologia com Jogos ................................................................................... 31
Associação entre memória e perda dentária em adolescentes ......................................................... 33
Atenção à Saúde do Idoso: Instrumentalizando o profissional de saúde na atenção primária .......... 35
Atividades lúdicas no ensino de Nutrição ...................................................................................... 37
Aulas de Genética: A intenção de proporcionar um letramento científico por meio de diferentes práticas metodológicas .................................................................................................................. 39
Aulas práticas virtuais como instrumento de aprendizagem no ensino de Química ........................ 42
Avaliação da declaração de nascidos vivos e a importância da orientação quanto as consultas de pré-natal e puericultura em uma unidade básica de Saúde da Família no município do Sul Fluminense ................................................................................................................................... 44
Avaliação da presença de extensões anteriores dos seios maxilares por meio de tomografia computadorizada por feixe cônico ................................................................................................. 46
Avaliação da saúde do escolar na percepção do Enfermeiro do Programa Saúde na Escola............ 48
Avaliação da translucidez de uma cerâmica dentária nacional com diferentes temperaturas de sinterização ................................................................................................................................... 50
Avaliação Motora: uma ferramenta de validação do trabalho do professor de Educação Física ...... 52
Balanço da implantação da Lei de Educação Ambiental (9795/99) na educação formal, após dez anos de existência. ........................................................................................................................ 54
Banco Ambiental: aprendendo a preservar .................................................................................... 57
Campanha educativa para o consumo consciente de energia elétrica do centro Universitário de Volta Redonda .............................................................................................................................. 59
Compostagem nas escolas ............................................................................................................. 61
Confecção de cartilha para prevenção à carie precoce infantil ....................................................... 63
Considerações iniciais da implantação do espaço da ciência no município de Barra Mansa. .......... 65
Consumo da merenda escolar entre alunos de escolas públicas ...................................................... 67
Contribuições da política nacional de educação ambiental na formação profissional dos alunos do curso de Aprendizagem Industrial do SENAI de Vassouras / RJ .................................................... 69
Contribuições inovadoras para o ensino da Gestão do Sistema de Saúde no Brasil ........................ 71
Desenvolvimento de DVD educacional: “apresentamos: as enzimas” ............................................ 73
Desenvolvimento de estratégia educativa sobre aleitamento materno visando ao ensino entre acadêmicos da área de Ciências da Saúde ...................................................................................... 75
Desenvolvimento e avaliação de software educacional sobre Assistência Neonatal para curso Técnico Profissionalizante de Enfermagem ................................................................................... 77
Diagnóstico da possibilidade de incorporação do lodo da ETA Nova em cerâmica vermelha ......... 79
Ecoturismo e educação ambiental .................................................................................................. 81
Educação ambiental como agente transformador nas empresas de Volta Redonda ......................... 83
Educação ambiental do oprimido: estudo de caso em Volta Grande IV.......................................... 85
Educação Ambiental e Ensino: mediação através da história ......................................................... 87
Educação Ambiental em trilhas interpretativas .............................................................................. 89
Educação ambiental, social e cultural a enfermagem e a temática do meio ambiente ..................... 91
Educação Ambiental, sua relevância na Literatura Brasileira ......................................................... 93
Educação Ambiental: visões e ações ............................................................................................. 95
Efeitos do ruído ambiental em salas de aula .................................................................................. 97
Ementa de educação ambiental para as engenharias da UFF em Volta Redonda .......................... 100
Enfermagem e educação ambiental: uma nova proposta para o cuidar em Enfermagem. .............. 102
Ensino de Ciências: o uso de oficinas de cor luz e pigmento como estratégia pedagógica para um ensino contextualizado e interdisciplinar ..................................................................................... 104
Ensino de Enfermagem: proposta de um manual de práticas ........................................................ 106
Ensino em Ciências da Saúde e Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular: proposta para o processo de ensino-aprendizagem na graduação de Medicina da UniFOA. ........................ 108
Esporte e natureza: produções metodológicas para o ensino da educação ambiental .................... 110
Evasão Escolar como consequência do aumento da incidência de gravidez na adolescência – análise do problema e propostas de solução ............................................................................................ 112
Experiência docente na elaboração de manual de práticas para a disciplina de microbiologia industrial ..................................................................................................................................... 114
Facebook como plataforma de Ensino em Sáude ......................................................................... 116
GPS na educação ambiental ........................................................................................................ 118
Hidroelétrica de Simplício e o rio Paraíba do Sul: remoção e relocação do lixão de Sapucaia para o aterro sanitário e a contaminação da água .................................................................................... 120
História do basquetebol em volta redonda: Possível metodologia para o Ensino em Ciências da Saúde .......................................................................................................................................... 123
Hospital sentinela: uma rede a serviço da qualidade da formação em saúde ................................. 125
II Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa .................................................... 127
(II MOCEM): Estudo preliminar da 1ª Etapa ............................................................................... 127
Instrumentalizando os Docentes do Ensino Fundamental quanto à sexualidade do Adolescente... 129
Kit sobre coleta seletiva de lixo ................................................................................................... 131
Lex Ambiente: uma ferramenta para o ensino da legislação ambiental......................................... 133
Livro Digital 3D de Embriologia Humana: uma experiência multidisciplinar. ............................. 135
Manual sobre o atendimento do adolescente para discentes de Medicina ..................................... 137
Meio ambiente e Ação: Uma proposta dinâmica e facilitadora no processo ensino aprendizagem no Ensino de Ciências e Biologia ..................................................................................................... 139
Meio ambiente e Educação Ambiental: a abordagem dos professores .......................................... 141
Método de Ensino de Endodontia de molares na graduação em Odontologia com auxílio de recurso audiovisual .................................................................................................................................. 143
Metodologia de ensino para acadêmicos de Enfermagem nas condutas do cuidar: vídeo-aula de exame físico abdominal ............................................................................................................... 145
Metodologia para o Ensino de Saúde e Meio Ambiente aos adolescentes do município de Resende: considerações iniciais .................................................................................................................. 147
Mídias escritas como suporte didático no ensino de Estatística para o 1° ano do Ensino Médio do Curso Normal ............................................................................................................................. 149
Mudanças pedagógicas no ensino de Semiologia para discentes de Medicina .............................. 151
Musicalização infantil: formação docente para Educação Ambiental ........................................... 153
Noções básicas de direito para estudantes de medicina e suas repercussões na relação médico-paciente....................................................................................................................................... 155
O Centro de Referência de Educação Ambiental De Resende – CREAR – no contexto de nossos dias ............................................................................................................................................. 157
O Enfoque CTS (Ciência - Tecnologia - Sociedade) e a Educação Ambiental – uma discussão emergente ................................................................................................................................... 159
O Ensino de Ciências e a Literatura Infantil ................................................................................ 161
O Ensino em Ciências da Saúde na estratégia de Saúde da Família: metodologias aplicadas para a capacitação de agentes comunitários ........................................................................................... 163
O ensino interdisciplinar entre Física e Matemática: uma nova estratégia para minimizar o problema da falta dos conhecimentos matemáticos no desenvolvimento do estudo de física ....................... 165
O Ensino Médico Pediátrico no país e a necessidade de mudanças .............................................. 168
O processo de aprendizagem de surdos ....................................................................................... 170
O uso de dinâmicas de grupo e aulas-passeio no ensino de ciências ............................................. 172
Oficina de prevenção de acidentes na infância: a promoção da saúde no âmbito escolar .............. 174
Oficina itinerante: espaço de construção de conhecimento........................................................... 176
Oficinas de Ciências: interação entre o saber científico e o saber popular .................................... 178
Oficinas pedagógicas em microbiologia e biologia celular........................................................... 180
Organização de prontuários: contribuições de profissionais de uma Unidade Saúde da Família ... 182
Perspectivas da pedagogia da Práxis no ensino de Física ............................................................. 184
Práticas corporais no Centro de Atenção Psicossocial CAPS Nossa Casa – Cartografia de uma oficina terapêutica ....................................................................................................................... 186
Prevalência de lesões dentárias traumáticas em indivíduos com Autismo .................................... 188
Principais propostas do novo Código Florestal Brasileiro: uma análise crítica ............................. 190
Problemas na aprendizagem de escolares devido a ruídos no ambiente de estudo ........................ 192
Procedimentos responsáveis em relação ao descarte de medicamentos no ambiente doméstico .... 194
Prova Brasil: sugestões metodológicas para a Rede Pública......................................................... 196
Reabilitação cardiorrespiratória: Orientações para pratica de atividade física com supervisão indireta ........................................................................................................................................ 198
Relação entre o Jornalismo e a Educação Ambiental ................................................................... 200
Rotulagem de alimentos: decifrando termos técnicos ................................................................... 202
Saúde do idoso: o profissional de saúde na atenção primária e a medicina humanizada ............... 204
Sustentabilidade e práticas profissionais ...................................................................................... 206
Tendências psicossocias de mestrandos profissionalizantes ......................................................... 208
Tratamento químico de efluente contaminado com cromo para reuso em aulas práticas ............... 210
Ultrassonografia multimídia como estratégia de ensino para o rastreamento de aneuploidias e patologias fetais .......................................................................................................................... 212
Uma avaliação sobre a questão da sustentabilidade nos livros didáticos de biologia recomendados pelo PNLEM-2009 ...................................................................................................................... 214
Uso de adoçantes dietéticos: Orientações para médicos, nutricionistas, professores e profissionais de saúde ........................................................................................................................................... 216
Utilização de materiais sustentáveis no desenvolvimento de compósitos ..................................... 218
Utilização da coluna de winogradsky para a demonstração do efeito dos metais pesados na microbiota oxidante de enxofre em ambientes aquáticos: uma abordagem experimental .............. 220
Uso da Tabela Periódica como aplicativo para o Ensino de Química ........................................... 222
A Abordagem da Microbiologia no Livro Didático ..................................................................... 224
9
A Educação Ambiental no cotidiano escolar: um estudo de caso no município de Volta
Redonda, o projeto “aprendendo a reciclar”
Irinéa da Gloria Pereira Brígida*¹, Cláudia Piccinini²
¹ Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio
² Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Faculdade de Educação/ Departamento de Didática
Palavras-chave: Educação Ambiental, Representações Sociais, Práxis.
INTRODUÇÃO
Apresentamos os resultados do estudo “A educação ambiental no cotidiano escolar: um estudo de
caso no município de Volta Redonda, o projeto “Aprendendo a Reciclar”, realizado em uma escola
da Rede Municipal de Ensino de Volta Redonda.
OBJETIVOS
Investigar as representações sociais de Educação Ambiental (EA) e de meio ambiente das
educadoras;
Compreender como as representações sociais de meio ambiente das educadoras
influenciaram nas práticas de Educação Ambiental escolar;
Verificar até que ponto estas práticas de EA escolar contribuíram para a transformação da
comunidade escolar e de seu entorno.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada teve como referencial a Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI,
2003) e o Estudo de Caso. Os métodos adotados para coleta de dados foram: entrevistas semi-
estruturadas, observação de aulas e de documentos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Comparando as representações de meio ambiente encontradas com as representações de EA,
percebemos o predomínio de ideias que compõem uma representação comportamentalista de EA.
As práticas pedagógicas nos informam a sobreposição de duas vertentes da EA que Carvalho (2001,
p.46) denominou EA comportamental e EA popular.
As práticas pedagógicas observadas privilegiam as mudanças no comportamento individual, em que
o meio ambiente é percebido como algo externo aos seres humanos. Essa concepção de acordo com
10 Tozoni-Reis (2007, p.201), tem como eixo “a ação empírica, ativista e imediatista para a
conservação ambiental, desvinculada da ação política”.
CONCLUSÕES
Há uma sobreposição com as representações de EA comportamentalista, ativista e
sensibilizadora;
Houve uma grande participação da comunidade escolar no projeto;
Necessidade de privilegiar o aspecto formativo nesta dimensão da educação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Isabel C. de M. Qual educação ambiental? Elementos para um debate sobre
educação ambiental e extensão rural. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural
Sustentável. Porto Alegre: v.2, n.2 abr./jun., 2001.
MOSCOVICI, Serge.Representações sociais: investigações em psicologia social. RJ: Vozes, 2003.
TOZONI-REIS, Marília. Contribuições para uma pedagogia crítica na educação ambiental:
reflexões teóricas. In: Loureiro (org). A questão ambiental no pensamento crítico: natureza,
trabalho e educação. Rio de Janeiro: Quartet, 2007.
11
A formação de professores em ciências: representações e o fulereno - uma aplicação
Edison de Sousa1*, Alexandre Yasuda Miguelote2 e Cristina Novikoff3. 1 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) 2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) 3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
Palavras-chave: ciências, educação, formação, modelos.
INTRODUÇÃO
Considerando que a educação ainda sofre alguns problemas refletidos nas práticas pedagógicas,
esse trabalho procura discutir a formação inicial e continuada dos professores (GATTI &
BARRETO, 2009); procurando, também, fornecer subsídios a aos professores com um estudo de
caso visando refletir sobre as representações dos estudantes (MANUEL & MONTERO, 1995;
PINTO, FONSECA & VIANNA, 2007) e, finalmente, o desenvolvimento de uma atividade sobre
modelos, para uma feira de ciências, cujo nome é historia do fulereno (ROCHA-FILHO, 1996).
OBJETIVOS
Visando, então, não somente discutir a formação dos professores como também propor uma
atividade relacionada ao ensino de ciências (física), o presente trabalho tem por objetivo trazer um
tema recente (a molécula denominada fulereno), buscando contextualizá-lo através da
interdisciplinaridade.
METODOLOGIA
Primeiramente foram discutidas a formação inicial e continuada dos professores; depois, alguns
problemas envolvendo o ensino de ciências e física, um estudo de caso e, finalmente, a aplicação
referente ao fulereno. Todavia, para o desenvolvimento do trabalho com os estudantes, em cada
uma das cinco turmas da 1ª série de uma escola pública federal, foi discutido como as diferentes
disciplinas poderiam contribuir com a pesquisa e também foi apresentado um relato sobre a
molécula.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Durante a apresentação dos trabalhos na feira de ciências foram fotografadas as modelagens
confeccionadas pelos estudantes, feito registros e entrevistas pelo professor orientador para
posterior análise. Desse modo, observou-se que a integração entre as disciplinas ficaria na
dependência de um planejamento com bases reais, visando relacionar as concepções e os
12 conhecimentos dos estudantes, aprofundando aspectos da vida cotidiana e mostrando que a visão
científica dos fenômenos naturais ocorre através de teorias e modelos.
CONCLUSÕES
Considerando-se os objetivos propostos no início dos trabalhos, pode-se concluir pelos assuntos
expostos, que o tema escolhido possibilita a integração entre as diferentes disciplinas escolares,
tanto em relação à aplicação de conhecimentos originados na escola quanto de informações de
outras fontes obtidas pelos estudantes.
REFERÊNCIAS
GATTI, A. B; BARRETO, E. S. de S. Professores do Brasil: Desafios e impasses. Brasília:
UNESCO, 2009.
MANUEL, J. de & MONTERO, A. M. Investigación educativa: dificuldades em la aprendizaje del
modelo Sol-Tierra, implicaciones didácticas. Enseñnza de las Ciencias de la Tierra, p.91-101, 1995.
PINTO, S. P. & FONSECA, O. M. da; VIANNA, D. M. Formação continuada de professores:
Estratégia para o ensino de astronomia nas séries iniciais. Caderno Brasileiro de Ensino de Física,
v.24, n.1, p.71-86, 2007
ROCHA-FILHO, R. C. Os fulerenos e sua espantosa geometria molecular. Química Nova na
Escola, n.4, p. 7-11, Nov, 1996.
13
A interface entre o Diabetes Mellitus tipo II e a hipertensão arterial sistêmica: Aspectos
bioquímicos
Pedro Lopes Fraga1*, Bruno José Martini Santos1, Marise Ramos de Souza Oliveira2 1Acadêmico do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
2Docente do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Inibidores da ECA
INTRODUÇÃO
O retardo para o início do tratamento do Diabetes Mellitus pode acarretar no desenvolvimento de
doenças cardiovasculares, retinopatias, neuropatias autonômicas e periféricas, nefropatias, doença
vascular periférica, aterosclerose, doença cerebrovascular, hipertensão, susceptibilidade a infecções
e doenças periodontais (ARSA et al., 2009). É, portanto, de suma importância estabelecer a
correlação entre o diabetes mellitus tipo II e a hipertensão arterial, uma vez que ambas as patologias
possuem diversos efeitos sistêmicos e necessitam de um correto tratamento para maior sobrevida do
paciente com qualidade de vida.
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é expor através de bases bioquímicas a possível interface entre o Diabetes
Mellitus Tipo II e a Hipertensão Arterial Sistêmica, tendo como principal enfoque a ativação da via
JAK/STAT/SOCS-3 nestas duas enfermidades.
METODOLOGIA
Foi feita a revisão de literatura em periódicos, livros e artigos a partir do ano de 1990 sobre o Cross
talk da via de sinalização da insulina e angiotensina II, o papel da proteína SOCS-3 sobre a
modulação do sinal intracelular da angiotensina II e as possíveis implicações moleculares.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Como revisto por Calegari (2006), as proteínas SOCS podem ser induzidas através da ativação da
via JAK/STAT por vários hormônios, como leptina, insulina, hormônio do crescimento, prolactina
e angiotensina II. Além disso, SOCS3 é capaz de se ligar diretamente às proteínas IRS e direcioná-
las para a degradação proteossômica (RUI et al., 2002). Desta forma, sugere-se que as proteínas
SOCS3 sejam potentes inibidores da sinalização da insulina. Este fato é de grande interesse, uma
vez que a expressão de SOCS3 está aumentada em várias situações associadas com resistência à
insulina (UEKI et al., 2005).
14 Além disso, a indução da SOCS-3 pela angiotensina II impede a ativação da via JAK-2/STAT-5b
pela insulina. No nível funcional, o aumento da expressão de SOCS3 induzido pela angiotensina II
impede a translocação do GLUT intracelular para a superfície da membrana. Portanto, a SOCS3
representa uma interface nos sistemas de sinalização de insulina e angiotensina II.
CONCLUSÕES
Conclui-se que há correlação direta entre a angiotensina II e a resistência insulínica em portadores
de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus tipo II.
O controle farmacológico da hipertensão arterial sistêmica deve ser instituído, sempre que possível
com inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), com o propósito de diminuir a
ativação dos receptores AT1, pela angiotensina II, portanto, assim, minimizar os efeitos de
resistência insulínica desses pacientes oriundos da ativação da via JAK/STAT/SOCS-3.
REFERÊNCIAS
ARSA, Gisela et al. Diabetes Mellitus Tipo 2: Aspectos fisiológicos, genéticos e formas de
exercício físico para seu controle. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. 2009, 11(1):103-
111
CALEGARI, Vivian Cristine. Papel da proteína SOCS3 sobre a modulação do sinal intracelular da
Angiotensina II e sobre o cross-talk entre a sinalização da Angiotensina II e da insulina em tecido
cardíaco de ratos. Campinas, SP : [s.n.], 2006.
RUI, L; YUAN, M; FRANTZ, D; SHOELSON, S; WHITE, M.F. SOCS-1 and SOCS-3 block
insulin signaling by ubiquitin-mediated degradation of IRS-1 and IRS-1. J Biol Chem 2002; 277:
42394-8
UEKI, K; KADOWAKI, T; KAHN, C.R. Role of suppressors of cytolkine signaling SOCS-1 and
SOCS-3 ind hepatic steatosis and the metabolic syndrome. HepatologyResearch 2005; 33: 185-92.
15
A matemática e o ensino médio noturno: uma experiência de Avaliação e de Aprendizagem
Márcia Oliveira da Silva Gonçalves
Clícia Valladares Peixoto Friedmann
Palavras-chave: Avaliação Educacional, Educação Matemática, Ensino Médio Noturno e
Experiência Pedagógica.
INTRODUÇÃO
Podemos observar que a matemática constitui-se como uma disciplina que geralmente causa
preocupação aos alunos. Grande parte acredita que terá dificuldade para aprender e ignora que a usa
cotidianamente nas atividades mais simples, como a compra de um produto ou pagamento de uma
conta de serviços residenciais, como a luz e o gás. Se não bastasse tal cenário, vive-se hoje um
período de grande desenvolvimento tecnológico e a escola precisa cada vez mais orientar seus
alunos para viver e produzir nesse mundo globalizado, no qual a matemática exerce uma grande
influência. Mas a realidade que vivenciamos é bem distinta, a escola não tem sido capaz de habilitar
os alunos no uso de simples conceitos matemáticos.
OBJETIVOS
A presente pesquisa tem por objetivo apresentar uma proposta de avaliação, considerando como
elementos fundamentais o aluno, o professor, o conteúdo ensinado, o contexto social, o processo
educativo, ou seja, uma avaliação que abranja todo o contexto de aquisição do conhecimento do
educando. O ensaio dessa proposta foi efetuado numa experiência de avaliação em matemática,
realizada com os alunos do primeiro ano do Ensino Médio noturno regular de uma escola pública
estadual do Rio de Janeiro, localizada na Barra da Tijuca.
METODOLOGIA
Ao se desenvolver um estudo qualitativo, é sabido que não se encontrarão as experiências em ato,
os dados postos, uma realidade como resultado. Há que, diferentemente disto, se construir uma
leitura, de fornecer uma integibilidade aos dados e de tornar a realidade também como postulado
(Martins, 2002.)
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
No decurso da pesquisa pudemos observar que a escola verdadeiramente cidadã e de qualidade não
se restringe apenas a ofertar um número suficiente de matrículas, sua existência significa oferecer
aos seus alunos uma educação de qualidade e em sintonia com o seu cotidiano. Foi no intuito de nos
indagar que escola é vivenciada pelos alunos brasileiros que optamos por analisar o ensino noturno
16 e as relações estabelecidas por seus alunos e a aprendizagem da matemática. Assim, destaca-se a
ausência de uma estrutura física, de número suficiente de professores e profissionais de apoio, de
materiais didáticos e condições de segurança. Identificamos também, nos alunos que participaram
das atividades propostas, uma séria defasagem dos conteúdos das séries anteriores, o que torna mais
complexo ainda mais o processo educativo desses alunos.
CONCLUSÕES
Na experiência organizada que serviu de observação para o nosso estudo, pudemos perceber ainda
que, quando os educandos são estimulados e é oferecido a eles material de apoio pedagógico, o
rendimento qualitativo aumenta consideravelmente e eles também se sentem mais confiantes em dar
continuidade aos seus estudos. Nesse sentido, realizar este estudo nos permitiu analisar de maneira
mais profunda as condições do ensino regular noturno da educação básica brasileira e a nossa
atuação como docente da área da matemática. Percebemos assim que a escola urge de melhores
condições de ensino e de aprendizagem. Ou seja, para efetivar uma nova proposta de escola, uma
proposta realmente democrática e solidaria é necessário à adaptação do projeto pedagógico ao seu
cotidiano, novas posturas quanto à prática em sala de aula e o processo de avaliação, e ainda a
construção de uma nova filosofia educativa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Brasília: MEC, 2010.
LÜDKE, M. A O Papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas: Papirus,
2002.
MORAES, S. Avaliação do processo de ensino e aprendizagem em Matemática: contribuições da
teoria histórico-cultural. Tese. SP: USP, 2008.
TOGNI, A. C.; SOARES, M. J. C. A Escola Noturna de Ensino Médio no Brasil. Revista
Iberoamericana de Educación: Madrid, España, n.44, p.61-76, maio/ago 2007.
17
A Municipalização do Licenciamento Ambiental no Estado do Rio de Janeiro: avanços e
perspectivas
* Tiphane Andrade Figueira1, Débora Paiva2, Paulo Cesar Pereira3, Felipe da Costa Brasil4.
Graduanda em Eng. Ambiental, Universidade Severino Sombra,Vassouras, RJ. 1
Mestrando em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ. 2
Coordenador do Mestrado em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ3
Palavras-chave: Licenciamento Ambiental, Políticas Públicas e Gestão Ambiental.
INTRODUÇÃO
O Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
responsável, licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais potencialmente ou efetivamente poluidoras,
considerando as disposições legais e regulamentares, e as normas técnicas relacionadas. Pela
Constituição Federal de 1988, compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local e
promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle de uso, do
parcelamento e ocupação do solo urbano. No Estado do Rio de Janeiro, a Resolução do Órgão
Ambiental Estadual, INEA n° 12, de 8 de junho de 2010, alterada pela Resolução INEA n° 26, de
23 de dezembro de 2010 dispõe sobre os empreendimentos e atividades cuja responsabilidade pelo
licenciamento ambiental foi transferida para os municípios, por meio de convênios (RESOLUÇÃO
CONAMA 237/97). Apesar desta descentralização trazer aos municípios uma perspectiva de maior
efetividade na utilização dos recursos ambientais, devido à proximidade para aferir os impactos
decorrentes dessas atividades, nem todos os municípios estão plenamente preparados para assumir
essas atividades.
O objetivo deste trabalho é avaliar o processo de municipalização do Licenciamento Ambiental nos
municípios da bacia do Rio Paraíba do Sul e suas adequações à Resolução INEA nº 12,
compreendendo as áreas das superintendências regionais do INEA de Volta Redonda, Itaguaí e
Petrópolis.
METODOLOGIA
Este trabalho esta sendo desenvolvido através de investigação exploratória documental junto as
fontes disponíveis do INEA, para a identificação dos principais cenários dos processos de
municipalização do licenciamento ambiental de parte da bacia do Rio Paraíba no Sul e compreende
municípios que estão compreendidos nas áreas das superintendências regionais do INEA de Volta
Redonda, Itaguaí e Petrópolis. Inicialmente foram levantados e analisados os dados socioambientais
18 destes municípios e a formalização do convênio de municipalização do licenciamento ambiental,
analisando a formação das equipes técnicas, o código ambiental municipal e as classes poluidoras
que poderão ser licenciadas pelo município através da Resolução INEA 12 de 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
O resultado preliminar obtido pelo trabalho demonstra uma desinformação e falta de estrutura
generalizada por parte das prefeituras e secretarias de meio ambiente. Entre os trinta e três
municípios que compreendem a bacia do Rio Paraíba do Sul, somente treze deles estão autorizados
a licenciar empreendimentos. Essa limitação se deve principalmente a entraves que impedem as
secretarias de meio ambiente de atender aos pré-requisitos exigidos pelo convênio do INEA para o
licenciamento das diferentes classes de potencial poluidor. As principais dificuldades encontradas
são a falta de estrutura física das secretarias de meio ambiente, a não contratação de pessoal
qualificado para formação do corpo técnico requerido, falta de um fundo para o meio ambiente,
desinteresse das prefeituras.
CONCLUSÕES
O licenciamento ambiental por parte dos municípios é uma importante ferramenta para agilizar e
incentivar a adequação de empreendimentos às leis ambientais instituídas. O cumprimento de tais
leis beneficia não só os empreendedores, como também os gestores municipais e cidadãos pela a
agilização deste procedimento. Os dados preliminares deste trabalho sugerem a necessidade de
intensificação desta pesquisa que já esta em andamento com o objetivo de auxiliar na detecção das
principais limitações e soluções para a consolidação dos convênios.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIRJAN, Manual de Licenciamento Ambiental. Rio de Janeiro: SEBRAE, 2010. 36p.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237 de 19 de dezembro de 1997.
RESOLUÇÃO INEA Nº 12 de 08 de junho de 2010.
19
Absorção de líquidos com materiais sustentáveis para aplicação em embalagens
Desiane de Carvalho M. Brum1, Marcelo Augusto Mendes da Silva1; Daniella Regina Mulinari1
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: coroa do abacaxi, PEAD, sorção de líquidos
INTRODUÇÃO
Criar produtos capazes de substituir os tradicionais plásticos fabricados à base de petróleo é o
desafio de vários pesquisadores em seus laboratórios para obter material semelhante, tendo como
matriz de transformação os biopolímeros, que são encontrados em seres vivos, como plantas e
microrganismos (ALVES et al, 2010).
Atualmente algumas rotas internacionais feitas pela TAM Linhas Aéreas, na classe econômica,
estão utilizando embalagens biodegradáveis para as refeições. As embalagens plásticas foram
substituídas por recipientes feitos de bagaço de cana de açúcar, a qual foi reduzido em 47% a
utilização do plástico nas novas embalagens. Os biodegradáveis são as bandejas, caçarolas
completas e saladeiras (REVISTA SUSTENTABILIDADE, 2011).
No entanto, esta produção apresenta alguns fatores negativos, como a baixa resistência à umidade, o
que torna elevado o custo para a utilização destes materiais. Por ser um produto biodegradável ele
sofre com a ação da água, pois, em contato com o líquido, o material pode se deformar ou degradar.
Para o uso sem problemas dessas embalagens é preciso a realização de um processo de
impermeabilização, o que eleva o custo da produção (CARVALHO et al., 2010).
OBJETIVO
O objetivo deste projeto foi avaliar a absorção de diferentes líquidos em um material biodegradável
obtido a partir das fibras provenientes da coroa do abacaxi (Ananas comosus L. Merril) e polietileno
de alta densidade (PEAD).
METODOLOGIA
As fibras provenientes da coroa do abacaxi e o polímero (polietileno de alta densidade) foram
misturados em um homogeneizador de plásticos e triturados em um moinho granulador.
Posteriormente os compósitos moídos foram secos em estufa por 2 h a 800C e foram moldados
utilizando uma injetora Jasot 300/130 com dimensões de acordo com a norma ASTM D 638 – 03.
Foram realizados ensaios de absorção de água, suco, refrigerante e NUT conforme a norma ASTM
D570-96.
20 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Os ensaios de absorção de água, refrigerante, suco e NUT no material a ser utilizado como
embalagem foi satisfatório, pois a absorção de umidade para os plásticos, em geral, é baixa,
enquanto que os materiais lignocelulósicos possuem a tendência de absorver umidade, pois estes
são constituídos principalmente por celulose, lignina e hemicelulose que absorvem a umidade
(hidrofílicos) entre 6 e 14%. No entanto, a água foi o líquido que menos sorveu.
CONCLUSÕES
Com base nos resultados foi possível concluir que o material desenvolvido possivelmente poderá
ser aplicado em embalagens para bebidas. Entretanto, serão necessários outras análises.
REFERÊNCIAS
ALVES, C.; et al. Ecodesign of automotive components making use of natural jute fiber
composites. Journal of Cleaner Production, v.18, p.313-327, 2010. Disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959652609003503.
CARVALHO, K.C.C. et al. Chemical modification effect on the mechanical properties of
HIPS/coconut fiber composites. BioResources, v.5 (2), p.1143-1155, 2010. Disponível em:
http://ncsu.edu/bioresources/BioRes_05/BioRes_05_2_1143_Carvalho_MVC_Chem_Mod_Mechan
_Prop_HIPS_Cocon_Compos_867.pdf
REVISTA SUSTENTABILIDADE. Disponível em: <http://www.revistasustentabilidade
.com.br/blogs/pecados-verdes/tam-adota-embalagens-biodegradaveis-para-refeicoes.> Acesso em:
09 de março de 2011.
21
Acolhimento na atenção primária: contribuições de profissionais de saúde
Maria de Fátima da Rocha Pinto1*, Isabella de Resende Henriques1, Ilda Cecília Moreira da Silva1,2,
Rosane M. S. Meirelles1,3
1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
3Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
Palavras-Chave: Saúde da Família; Acolhimento; Produção do Cuidado.
INTRODUÇÃO
A atenção à saúde deve ser marcada pela humanização e o acolhimento representa um importante
instrumento para humanizar as ações desenvolvidas na Atenção Primária. Conforme a prática de
acolher acontece, define a forma de cuidar por meio da criação de vínculos entre usuários e
profissionais de saúde no espaço das unidades de saúde. O acolhimento é um instrumento que
permite também reorganizar os processos de trabalho nas Unidades de Saúde.
O acolhimento na Saúde da Família é aplicado de forma profissional por pessoal capacitado para
essa função, onde o enfermeiro e todo restante da equipe estão preparados para fazer esta acolhida.
O encontro entre profissionais de saúde e os usuários estabelece a produção de vínculo. Percebe-se
uma negociação visando a identificação de suas necessidades, com o objetivo de se estimular nesses
usuários a autonomia quanto à sua saúde, ou seja, serem sujeitos da própria ação de saúde.
(SCHIMITH et al, 2004)
A produção do cuidado se dá entre o binômio: trabalhadores de saúde e usuários. Deve ser
entendido como algo abrangente, um mundo de possibilidades e a prática do cuidado ocorre em
todo o lugar onde acontece o encontro de diferentes sujeitos. É no encontro com o outro que somos
afetados e só assim se produz cuidado e vida. (FRANCO et al, 2010)
Revendo a literatura algumas práticas de cuidar implicam e se baseiam em formas de cuidado
fragmentadas e sem a percepção do outro que é o alvo desse cuidado, limitando o espaço do
encontro à realização de procedimentos com uso de tecnologias e cumprimento de normas. ”É na
ação contextualizada que integralidade e cuidado se entrelaçam”. (PINHEIRO et al, 2008)
O objetivo principal foi relatar como profissionais de saúde sugerem a prática do acolhimento e
especificar como ensinariam o acolhimento nas unidades de saúde.
22 METODOLOGIA
Utilizou-se a pesquisa de campo com abordagem qualitativa e descritiva. O cenário foram quatro
Unidades Saúde da Família. Os sujeitos foram 16 profissionais de saúde. A coleta de dados foi
através de entrevista com cinco perguntas abertas semi-estruturadas.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O estudo foi organizado em quatro categorias de análise: Escuta qualificada; Condições
desfavoráveis e favoráveis ao acolhimento; Classificação de risco; Observação da prática do
acolhimento.
Os resultados mostraram que profissionais entendem e realizam o acolhimento o que favorece a
humanização das ações. Demonstram dificuldade ao classificar o risco. Sugerem a aprendizagem
observando o outro em sua prática, identificando o problema a partir da realidade vivenciada,
envolvendo a comunidade em um processo de ensino e aprendizagem pela troca de experiências
entre trabalhadores de saúde e usuários.
CONCLUSÃO
Permitiu perceber o consenso de profissionais no entendimento e na prática do acolhimento que está
relacionado à ação de ouvir, receber bem, resolver o problema e/ou encaminhar. Os participantes do
estudo evidenciaram a importância de se colocar no lugar do outro e de se problematizar a realidade
como forma de ensino e aprendizagem. Sugerem a capacitação de profissionais para essa prática e
que se estabeleça um protocolo como guia para a prática do para o acolhimento.
REFERÊNCIAS
SCHIMITH Maria Denise; LIMA Maria Alice da Silva. Acolhimento e vínculo em uma equipe
do Programa Saúde da Família. Nov/Dez. 2004 vol.20 (6) Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro.
FRANCO Túlio Batista; GALAVOTE Heletícia Scabelo. Em Busca da Clínica dos Afetos. In:
Franco TB & Ramos VC. Semiótica, Afecção e Cuidado em Saúde. Hucitec. São Paulo, 2010
PINHEIRO Roseni; MATTOS Rubem Araújo (org.). Cuidar do Cuidado: responsabilidades com
a integralidade das ações de saúde. In: Silva FH, Gomes RS. Cuidado, integralidade e ética: em
busca da produção do comum. 1ª ed. Rio de Janeiro: CEPESC – IMS/UERJ – ABRASCO: 2008. P.
297.
23
Agenda 21 do Colégio Estadual Doutor Joao Maia – Resende/RJ: Resgatando a nossa praça
Genise de Moura Freitas Ferreira*, Pamela Ullio
Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ)
Palavras-chave: Cidadania; Educação Ambiental; Meio Ambiente
INTRODUÇÃO
A Agenda 21 Global é um documento que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de
promover um novo padrão de desenvolvimento, em escala planetária. É um instrumento de
planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas,
conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. O Colégio
Estadual Doutor João Maia comunga dessa proposta e acredita que a Educação Ambiental é uma
ferramenta importante para a concretização desses valores. Desde 2006 realiza anualmente uma
Jornada de Educação Ambiental envolvendo a comunidade escolar, parceiros e voluntários. Práticas
educativas que privilegiem Cidadania e Preservação Ambiental fazem parte da missão da escola.
OBJETIVO GERAL
O trabalho tem o objetivo de relatar o processo de elaboração da Agenda 21 do Colégio Estadual
Doutor João Maia. A construção da Agenda Escolar fez parte do curso de extensão Educação
Ambiental e Agenda 21 Escolar: Formando Elos de Cidadania à Distância - promovido pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro e oferecido a alunos e professores da rede estadual de
ensino.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Inserir a temática socioambiental no Projeto Político Pedagógico da escola;
Criar um ambiente propício ao planejamento participativo na gestão escolar;
Estimular o envolvimento da comunidade na resolução dos problemas apontados no
diagnóstico socioambiental da realidade escolar.
MATERIAIS E MÉTODO
O diagnóstico socioambiental da realidade envolveu alunos de nove turmas, 20 professores, 32
responsáveis e 05 funcionários. Optou-se pela aplicação de um questionário simplificado, direto e
aberto, por abranger um número significativo de participantes e garantir o anonimato e a liberdade
das respostas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
24 Foram relacionados 45 tipos de problemas; sendo os mais citados: a ausência de uma quadra
esportiva e as más condições de infraestrutura e segurança da praça onde a escola está inserida. O
projeto de intervenção da Agenda 21 Escolar prioriza o resgate do caráter social da praça, atrelando
a isso a conquista da quadra para as aulas de Educação Física. O cronograma do projeto de
intervenção da Agenda vem sendo cumprido com êxito. A comunidade escolar participou da
audiência pública na Câmara de Vereadores de Resende sobre um projeto de revitalização da praça
da escola e também organizou duas reuniões: uma com o secretário de arquitetura e urbanismo e
outra com a comunidade do entorno da praça e representantes da segurança pública e da prefeitura.
Além disso, alunos e professores realizaram um ato público reivindicando que a escola fosse ouvida
e opinasse sobre as mudanças propostas para a praça. Por conta da repercussão dessa manifestação,
um grupo de professores foi recebido pelo prefeito, secretários e também pelos vereadores da
Comissão de Educação da Câmara de Resende, recebendo a promessa da inclusão da quadra da
escola no projeto da praça.
CONCLUSÃO
A elaboração da Agenda 21 Escolar colabora para aumentar o envolvimento de alunos e professores
nas questões de interesse comum e consolida o papel da escola como intermediadora entre a
comunidade do entorno e o poder público no trato das questões mais urgentes da sua Agenda 21
Escolar.
REFERÊNCIAS
Agenda 21 brasileira: ações prioritárias / Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e
da Agenda 21 Nacional. 2. Ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004.
GIACOMINI FILHO, Gino. Ecopropaganda. São Paulo: Editora Senac, 2004.
ONU. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento: Agenda 21
Global. Rio de Janeiro, 1992.
25
Ambientes virtuais de aprendizagem: criação e uso de um blog em educação ambiental.
Fátima Helena da Fonseca Miranda1,2*, Rosana Aparecida Ravaglia Soares1
e Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
2Escola Municipal Noel de Carvalho
Palavras- chave: blog, educação ambiental, processo ensino aprendizagem.
INTRODUÇÃO
As novas tecnologias hoje estão sendo muito úteis na educação escolar e comunitária, pois já fazem
parte do cotidiano do sujeito contemporáneo (VALENTE, 1999). Dentre essas tecnologias da
Informação e Comunicação destacam-se os ambientes virtuais de aprendizagem, entre eles os blogs,
que vem sendo usados por professores como ferramentas que fazem parte do conjunto de possíveis
motivadores e facilitadores da aprendizagem na cultura digital (OLIVEIRA, 2006).
Neste trabalho, relata-se a criação de um recurso virtual, o blog “Educar para o Cuidado”, articulado
à educação ambiental em uma escola do Município de Resende, interior do Estado do Rio de
Janeiro.
OBJETIVOS
Criar e implantar um blog para trabalhar educação ambiental.
Usar os conhecimentos da tecnologia digital para promover a educação ambiental.
METODOLOGIA
Escolheu-se o Blogger (www.blogger.com), site de criação de blog, que pertence ao Google para
criar o Blog Educar para o cuidado por ser o popular e completo. Utilizou-se o passo a passo
disponível no site por oferecer facilidade e rapidez ao ser executado. Escolheu-se um design que o
personalizou de acordo com as necessidades da professora e dos alunos. O cabeçalho foi usado para
inserir o título e o objetivo do Blog. Em seguida iniciou-se a inserção dos conteúdos e atividades
relacionadas a educação ambiental.
Após a criação foi realizada a divulgação do blog, onde a docente apresentou sua proposta aos
alunos: usar o blog como um arquivo disponível on-line com o conteúdo e os materiais de textos,
vídeos e atividades relacionadas a educação ambiental. Depois lhes informou o endereço:
http://www.educarparaocuidado.blogspot.com/ para que pudessem acessá-lo, tanto na escola como
fora dela.
26 DISCUSSÕES
A construção de um blog possibilita a interação entre os sujeitos e promove a troca de idéias e a
resolução de desafios de forma colaborativa (Mantovani, 2011). Em virtude da facilidade de criá-
los, essas ferramentas chamadas de diários virtuais estão se multiplicando e criando possibilidades
de serem exploradas. Na Educação além da facilidade de utilização, organização de conteúdos e
comentários, ampliam-se as possibilidades de complementar as aulas dos professores de forma
inovadora e atraente.
CONCLUSÃO
A criação do blog possibilitou uma interação entre alunos e docente nesta perspectiva, nota-se que
quando o educador aproveita ao máximo esse recurso e as diversas possibilidades por ele oferecidas
aumentam o interesse dos alunos pela construção do conhecimento. Percebe-se que este recurso tem
se tornado bastante eficiente no aprendizado em educação ambiental. Até o início do mês de agosto
de 2011, após treze meses da sua criação, já se contabilizou XXXX acessos, mostrando ser esta uma
ferramenta de ensino propícia a ser utilizada em espaços formais e não-formais.
REFERÊNCIAS
MANTOVANI, Ana Margô. Weblogs na Educação: Construindo Novos Espaços de Autoria na
Prática Pedagógica. Disponível em http://www.tise.cl/archivos/tise/02.pdf. Acesso em: 12 de junho.
2011.
OLIVEIRA, Rosa Meire Carvalho de. Aprendizagem mediada e avaliada por computador: a
inserção dos blogs como interface na educação: In Marco Silva& Edméa Santos (orgs.), Avaliação
da Aprendizagem em Educação Online. SãoPaulo: Loyola, 2006, p.333-346.
VALENTE, José Armando, organizador. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas,
SP:UNICAMP/NIED, 1999. 156p.
27
Análise dos parâmetros salivares de crianças portadoras de Artrite Idiopática Juvenil
Alice Rodrigues Feres de Melo *¹ ², Mariana Ferreira Leite ²
¹ Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
² Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL
Palavras-chave: artrite idiopática juvenil; saliva; IgA
INTRODUÇÃO
A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) é a doença inflamatória auto-imune mais comum em crianças, e
pode ser definida como uma artrite de etiologia desconhecida que começa antes de 16 anos de idade
e persiste por pelo menos 6 semanas, quando outras condições conhecidas são excluídas
(HILARIO, 2005).
O número de estudos sobre a experiência de cárie em pacientes com AIJ é pequeno, porém cada
uma dessas pesquisas relata um aumento da prevalência de cárie nesses indivíduos (WELBURY et
al, 2003). O aumento de lesões de cárie é desconhecido, mas é provável que seja multifatorial
como: alto envolvimento dos membros superiores levando à incapacidade funcional e má
escovação, envolvimento da ATM com limitada abertura da boca, dificultando o acesso para a
escovação, uso de medicamentos orais contendo açúcar e dificuldades no atendimento odontológico
(WALTON et al, 2000).
A saliva desempenha um papel crucial na manutenção da saúde da boca. Uma redução na produção
desse fluido resulta não apenas na deterioração da saúde bucal, mas também na qualidade de vida
do indivíduo. Os indivíduos que sofrem do sintoma de boca seca (xerostomia) apresentam
dificuldades para comer, engolir, na fonação, sensação de queimação na mucosa oral, alterações de
paladar, infecções bucais e aumento de lesões cariosas (EDGAR; DAWES; O`MULLANE, 2010).
Dentre as diversas funções da saliva, os mecanismos antimicrobianos específicos, como a
imunoglobulina A (Ig A), e não específicos, como a lactoferrina, a lisozima e a mieloperoxidase,
auxiliam no controle da microflora oral, mantendo um equilíbrio saudável para as defesas do
hospedeiro e o ataque microbiano (EDGAR; DAWES; O`MULLANE, 2010).
O presente trabalho é um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no Programa de Doutorado da
UNICSUL, cujo objetivo é realizar análise dos parâmetros salivares de crianças portadoras de artrite
idiopática juvenil e comparar os resultados com os encontrados em crianças não portadoras de AIJ.
Os parâmetros estudados serão o fluxo salivar e a concentração de proteína total e imunoglobulina
A (IgA). Além disso, também será avaliada a condição clínica dental através do índice CPOD.
28 METODOLOGIA
Será coletada saliva de crianças atendidas na Clínica de Odontopediatria do Curso de Odontologia
do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA (grupo controle) e crianças atendidas no setor
de Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira - Universidade Federal do Rio de Janeiro
(grupo estudo). Serão analisados os valores de fluxo salivar, capacidade tampão, proteínas totais e
IgA, e comparados com o grupo controle.
REFERÊNCIAS
EDGAR M., DAWES, C., O`MULLANE, D. Saliva e Saúde Bucal: composição, funções e efeitos
protetores. Tradução de Nilson D. Martello. 3 ed. São Paulo: Santos, 2010.
HILARIO, M.O.E. Artrite idiopática juvenil. Sinopse de Reumatologia, v.7, n. 3, p. 67-73, 2005.
WALTON, A. G., WELBURY, R. R, THOMASON, J. M., FOSTER, H. E. Oral health and
juvenile idiopathic arthritis: a review. Clin Rheumatol. v. 39, p. 550–5, 2000.
WELBURY, R.R., THOMASON, J. M., FITZGERALD, J.L., STEEN, I.N., MARSHALL, N.J.,
FOSTER, H.E. Increased prevalence of dental caries and poor oral hygiene in juvenile idiopathic
arthritis. Oxford Journal. v. 42, n. 12, p. 1445-51, 2003.
29
Aplicação da poliuretana derivada do óleo de mamona para moldes de feto
Elton de Oliveira Rodrigues1, Claudia Yamada Utagawa1; Daniella Regina Mulinari1*; Moacyr
Ennes Amorin1 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras chaves: poliuretana, fibras de bagaço de cana, moldes de feto
INTRODUÇÃO
Atualmente o projeto Fetos 3D utiliza as tecnologias de modelagem tridimensional e prototipagem
rápida para o desenvolvimento de modelos físicos de fetos ainda no útero. O material usado para a
fabricação desses “bonecos fetos” é uma resina fotossensível e também um composto à base de
gesso e o resultado é uma contribuição efetiva para a ciência, com produção de modelos com
grande precisão e possibilidades de detalhamento para usos didáticos (LOPES, 2010).
Esta técnica consiste em digitalizar imagens geradas por exames tradicionais de ultrassonografia e
ressonância magnética, feitos durante a gravidez. As imagens são transformadas em modelos
matemáticos e, por meio de um programa de computador, produzem retratos em terceira dimensão
do bebê. É uma tarefa artesanal. A partir dos modelos tridimensionais são feitos os protótipos dos
fetos, de plástico ou de material mais resistente (LOPES, 2010).
Levando-se em consideração a conscientização da didática na medicina fetal e o desenvolvimento
sustentável, pesquisadores têm investigado novas técnicas e tecnologias com materiais compósitos
para diversas aplicações. Neste contexto os compósitos poliméricos reforçados com fibras naturais
têm recebido especial atenção devido às vantagens das fibras naturais quando comparadas às fibras
sintéticas (RODRIGUES, 2011).
OBJETIVO
Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do biocompósito obtido a partir da
poliuretana derivada do óleo de mamona reforçada com fibras de bagaço de cana para moldes de
fetos.
METODOLOGIA
Para a obtenção dos moldes primeiramente foi testado os biocompósitos a fim de avaliar a
densidade ideal para o desenvolvimento dos moldes. A poliuretana à base de óleo de mamona foi
obtida pela mistura em massa, do poliol com o pré-polímero, com as seguintes relações
estequiométricas: 2:2; 2:1,5; 2:1; 2:0,5 em massa, de poliol e diisocianato, respectivamente. Os
reagentes foram misturados em um copo descartável, e em seguida foi adicionado 5% m/m de fibras
30 de bagaço de cana por 3 minutos. A reação de polimerização foi exotérmica, ficando em torno de
45°C.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Após a expansão das poliuretanas derivada do óleo de mamona em diferentes proporções
estequiométricas para obter os biocompósitos, foi verificado que as proporções 2:1 e 2:0,5 não
foram adequadas. No entanto, os biocompósitos obtidos com as proporções de poliuretanas 2:2 e
2:1,5 apresentaram densidades satisfatórias para uso em moldes. Desta forma, somente as
poliuretanas nas proporções 2:2 e 2:1,5 serão utilizadas para o desenvolvimentos dos moldes.
CONCLUSÕES
Conclui-se que as poliuretanas utilizadas para aplicação em moldes de feto serão as poliuretanas
obtidas nas proporções 2:2 e 2:1,5.
REFERÊNCIAS
1. LOPES, J. Disponível em: http://oglobo.globo.com/diariosp/posts/2009/07/07/ exame-cria-
bebes-de-gesso-202565.asp. Acesso em: 22 de julho de 2010.
2. RODRIGUES, E F; et al. Tensile strength of polyester resin reinforced sugarcane bagasse fibers
modified by estherification. Procedia Engineering, v.10, p.2348-2352, 2011. Disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S18777 05811005753.
31
Aprendendo a Ensinar Zoologia com Jogos
Pamela Ullio 1
Maria Cristina Tavares M. Danelon 1, 2
1 Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ) 2 Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)
Palavras-chave: Ensino de ciências; saúde e meio ambiente;
INTRODUÇÃO
A inserção de atividades lúdicas tem sido importante instrumento na formação de professores. Ao
vivenciar a atividade, o educador tem a oportunidade de experimentar para melhor direcionar a ação
educativa. Esta prática tem sido utilizada no ambiente escolar como instrumento de promoção do
aprendizado consciente e espontâneo pelo diálogo que o jogo permite ao abrir um espaço de
interação entre os participantes. A transformação da escola em um espaço de diálogo tem sido uma
exigência, sobretudo no ensino de ciências. Esta prática disciplinar permite o desenvolvimento do
pensamento crítico pela interação entre homem e meio ambiente. Um desafio, é o ensino de
Zoologia, que no ensino básico é baseado no estudo das características e nomenclaturas dos
animais, que ainda é tratado como se a natureza fosse algo à parte da realidade humana. Uma
solução possível é a integração da saúde-meio ambiente onde a participação social se dê num
diálogo reflexivo interdisciplinar.
OBJETIVO GERAL
Analisar a utilização de prática educacional dialógica baseada no uso do jogo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Estabelecer um ambiente construtivo para o aprendizado sobre as características
morfofisiológicas dos animais.
Orientar a construção de jogos didáticos sobre animais.
Avaliar dialogicamente o uso do material elaborado.
MATERIAIS E MÉTODO:
A pesquisa envolveu 30 alunos do terceiro ano do curso normal do Colégio Estadual Pedro Braile
Neto em Resende-RJ. Os alunos confeccionaram jogos didáticos artesanais sobre as características
morfofisiológicas dos animais. Tendo como fio condutor o diálogo constante, as etapas foram:
sensibilização, elaboração dos jogos, utilização e avaliação do grupo para o uso segundo a faixa
etária e discussão em torno das atividades vivenciadas.
32 RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Percebeu-se que o diálogo estabelecido durante o processo foi um elemento necessário para o
aprendizado por possibilitar a troca de conhecimento e a integração da saúde e do meio ambiente ao
associar as características e os aspectos ecológicos como habitat, nicho, importância ambiental à
realidade humana, permitindo que os alunos chegassem à conclusão que o uso dos jogos devem
fazer parte do cotidiano escolar.
CONCLUSÃO:
Sendo o diálogo um elemento indispensável para o aprendizado consciente, o jogo se torna um
auxiliar para sua promoção no ambiente escolar, sobretudo na interação da saúde com meio
ambiente no ensino de ciências, devendo ser estimulado na formação de professores.
REFERÊNCIAS:
CORNELSEN, S. Uma criança autista e sua trajetória na inclusão escolar por meio da
psicomotricidade relacional. 200p. Dissertação. Pedagogia, UFPR, Curitiba.
MELIN, L. M.C. Cooperação ou competição? Avaliação de uma estratégia lúdica de ensino de
Biologia para o Ensino Médio e o Ensino Superior. 127p. Dissertação. Fundação Oswaldo Cruz,
Rio de Janeiro. 2009.
SANTOS, S. C. S. Meios e Recursos Didáticos Pedagógicos e o Ensino de Ciências: o caso da
Zoologia http://ensinodecienciasnaamazonia.webnode.com/meios-e-recursos-didatico-pedagogicos/,
acessado no dia 27 de julho de 2011.
33
Associação entre memória e perda dentária em adolescentes
Maria Dorotéa Pires Neves Cury 1,2*; Danilo Antônio Duarte2
1 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2 Universidade Cruzeiro do Sul – UniCSul
Palavras-chave: memória; perda dentária; adolescente.
INTRODUÇÃO
Recentemente tem sido relatado na literatura que a mastigação produz efeito sobre os aspectos
cognitivos relacionados ao desempenho da memória, estando associada à ativação de várias regiões
do cérebro (ONO et al., 2010). Estudos mostraram a existência de uma associação entre perda
dentária e diminuição da memória em adultos e idosos (GRABE et al., 2009; OKAMOTO et al.,
2010) no entanto, muito pouco ainda se sabe a respeito dessa relação (ausência dentária-mastigação-
memória).
O objetivo do presente trabalho é o de avaliar a associação entre perda dentária e memória em
adolescentes, no intuito de se investigar se indivíduos nessa faixa etária e que possuam ausência de
dentes, apresentam diminuição no rendimento escolar, tendo o mesmo sido aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do UniFOA (Protocolo 081/11).
MATERIAL E MÉTODOS
A amostra constará de 40 alunos com idades entre 13 e 19 anos, do Colégio Estadual Barão de
Aiuruóca, na cidade de Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro. Através de uma consulta feita a
Psicopedagoga da escola, serão selecionados através de amostra aleatoriamente simples, 20 alunos
que apresentem dificuldade de aprendizado, e, na secretaria da escola, serão escolhidos 20 alunos
sem dificuldade. Após serem selecionados, os alunos e seus responsáveis assinarão o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Inicialmente o aluno participante responderá a um questionário de saúde no intuito de se conhecer
se o mesmo não se enquadra em nenhum critério de exclusão (uso de medicamentos para déficit de
atenção, hiperatividade, ou outra alteração cognitiva; alunos que apresentem problemas especiais).
Posteriormente será realizado o exame da cavidade oral, para avaliação da existência ou não de
perda dentária. O referido exame será realizado por um único examinador dentro da própria escola,
em ambiente claro, com utilização de afastadores bucais de madeira e luvas de látex descartáveis.
34 Finalmente será aplicado o Teste de Memória – MMSE (Mini Mental State Examination), no intuito
de se averiguar se o participante apresenta ou não dificuldades em memorizar informações
(WAJMAN; BERTOLUCCI, 2006).
DISCUSSÃO
Projeto em fase inicial de execução, não apresentando ainda resultados ou discussão.
REFERÊNCIAS
GRABE HJ, SCHWAHN C, VÖLZKE H, SPITZER C, FREYBERGER HJ, JOHN U et AL. Tooth
loss and cognitive impairment. J Clin Periodontol. 2009 Jul; 36(7):550-7.
OKAMOTO N, MORIKAWA M, OKAMOTO K, HABU N, HAZAKI K, HARANO A, et al.
Tooth loss is associated with mild memory impairment in the elderly: the Fujiwara-kyo study.
Brain Res. 2010 Aug 19;1349:68-75. Epub 2010 Jul.
ONO Y, YAMAMOTO T, KUBO K, ONOZUKA M. Occlusion and brain function: mastication as
a prevention of cognitive dysfunction. J Oral Rehabil 2010 37; 624–40.
WAJMAN JR, BERTOLUCCI PHF. Comparison between neuropsychological evaluation
instruments for severe dementia. Arq Neuropsiquiatr 2006; 64(3-B): 736-40.
35
Atenção à Saúde do Idoso: Instrumentalizando o profissional de saúde na atenção primária
FONSECA, M M A¹; RODRIGUES, M L A²; ESCADA, D A B³;
BAYLÃO, A G P4; ALVES-OLIVEIRA,M F A5 1, 2 , 3, 4, 5 Centro Universitário de Volta Redonda- UNIFOA
5 Fundação Oswaldo Cruz- FIOCRUZ
Palavras-chave: saúde do idoso; atenção primária; ensino
INTRODUÇÃO
No Brasil o envelhecimento se deu de forma rápida, com dificuldade de reorganização das áreas da
saúde, com carência de profissionais qualificados no cuidado ao idoso (Brasil, 2006). Este fato traz
uma grande preocupação para saúde pública devido o consequente aumento da prevalência de
doenças crônicas com limitações funcionais e incapacidades nos idosos (Giacomin, 2008).
Uma das consequências desse problema é o elevado índice de morbi-mortalidade na terceira idade
por quedas e complicações evitáveis de doenças crônicas, gerando perda da auto-estima,
comorbidades e aumento no custo dos sistemas de saúde.
Para buscar o objetivo de promover o envelhecimento saudável e manter os idosos com
independência pelo maior tempo possível, faz se necessário que os profissionais dos serviços de
atenção à saúde tenham disponíveis tecnologias que permitam realizar diagnósticos corretos da
situação de cada idoso. Assim, podem planejar as intervenções com segurança, uma vez que o
processo de envelhecimento assume características particulares em cada indivíduo.
OBJETIVO
Proporcionar ao profissional de saúde na Atenção Primária, através de uma estratégia educativa,
orientação e recursos propedêuticos para que possa realizar a avaliação funcional do idoso.
METODOLOGIA
Foi elaborado questionário sobre o conhecimento dos profissionais de saúde da ESF a respeito da
avaliação geriátrica ampla e sua formação em saúde do idoso, que está sendo aplicado aos
profissionais de nível superior da ESF do município de Pinheiral, no Rio de Janeiro. Os dados estão
sendo tabulados no Google doc.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Os resultados preliminares de 18 questionários respondidos mostram que 50% dos profissionais
referiram que tiveram na graduação aulas sobre abordagem ao idoso; 50% fazem a avaliação
36 funcional do idoso; 94% sentem necessidade de informações sobre a saúde do idoso; 78% sentem
necessidade de um instrumento que permita melhorar sua prática com relação ao atendimento ao
idoso; 24% não conhecem instrumentos de avaliação funcional do idoso; 72% não conhecem o
caderno do Ministério da Saúde sobre saúde do idoso e apenas 2% o utilizam na sua prática com
idosos; as referências sobre um material educacional para suporte na sua prática cotidiana são de
47,82% para cartilhas e 30,43% para DVD.
CONCLUSÕES
Os profissionais sentem necessidade de maiores informações, atualizando seus conhecimentos sobre
saúde do idoso e de um instrumento que os instrumentalize para melhorar sua prática. Inicialmente
propomos a utilização de um vídeo como estratégia no processo de educação permanente da equipe
de saúde. Mas observamos até o momento a preferência pela cartilha.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Cadernos de Atenção Básica nº 19).
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de saúde da pessoa idosa. Brasília, 2006.
Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/.
GIACOMIN, K C; PEIXOTO, S V; UCHOA, E; LIMA-COSTA, M F. Estudo de base populacional
dos fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, 24(6): 1260-1270, jun, 2008. Rio de Janeiro.
37
Atividades lúdicas no ensino de Nutrição
Georgianna Silva dos Santos ¹*, Maria de Fátima Alves de Oliveira ²
¹ Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
² Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
Palavras-chave: atividades diferenciadas, alunos, funções dos nutrientes.
INTRODUÇÃO
O processo educativo desenvolvido na escola não tem como única finalidade a transmissão de
conhecimentos, mas também a possibilidade de mudar atitudes, que colaborem de modo positivo no
comportamento do indivíduo, por se constituir em espaço que oportuniza experiências educacionais,
permite reflexões, debates, difusão de conceitos e disseminação de posturas que possam contribuir
para o desenvolvimento intelectual, cultural e pessoal do indivíduo (DEMO, 2003, CARVALHO E
COLS., 2004, KRASILCHICK, 2005).
Neste contexto, a utilização de recursos educativos é uma estratégia utilizada para despertar o
interesse dos alunos em detrimento das atividades de memorização que ocorrem em práticas
pedagógicas tradicionais (LEMOS, 2006). Um desses recursos pode ser o desenvolvimento de
atividades lúdicas, instigadores da capacidade de iniciativa, do trabalho em equipe e do
aproveitamento da potencialidade crítica que o lúdico possui (DEMO, 2003). Partindo deste
pressuposto, no primeiro momento, investigamos os hábitos alimentares de alunos de uma escola
pública situada no município do Rio de Janeiro e o resultado desta investigação nos induziu a
elaborar uma metodologia diferenciada para a construção do conhecimento sobre o tema
“Alimentos e Nutrição”, abordado no 8º ano do Ensino Fundamental.
Nesta perspectiva, este trabalho retrata o desenvolvimento de uma atividade diferenciada para
despertar o interesse do aluno em relação ao consumo de alimentos oferecidos na merenda escolar.
METODOLOGIA
Os alunos envolvidos no estudo são do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública
situada na zona oeste do Rio de Janeiro. Para identificarmos a freqüência de consumo e os itens da
merenda consumidos pelos alunos foi utilizado o questionário denominado de Agenda Alimentar
(AGA). Após a análise das AGAs das turmas citadas, observamos a necessidade de elaborarmos
uma atividade que despertasse a atenção dos alunos para o tema a ser abordado - “Alimentos e
Nutrição”, conteúdo de Ciências do 8º ano. A atividade foi desenvolvida em três momentos nas
turmas de 8º ano do Ensino Fundamental. Os alunos trouxeram rótulos de alimentos por eles
38 consumidos. Calcularam o valor calórico dos nutrientes e buscaram as fontes corretas nos livros de
Ciências. A partir destas atividades desenvolveram cartazes e slogans sobre alimentação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
A utilização da AGA permitiu identificar o número de alunos que consumia a merenda escolar a
cada dia e a freqüência com que o faziam. O baixo consumo de merenda não parece estar
relacionado diretamente aos alimentos oferecidos, mas provavelmente a falta de informação sobre
os mesmos.
Durante o desenvolvimento das atividades os alunos participaram ativamente e ficaram surpresos
tanto com o valor calórico dos nutrientes quanto com as funções por eles desempenhadas no
organismo. Ao final desta atividade os alunos passaram a conhecer tanto as funções dos nutrientes
quanto suas fontes.
CONCLUSÕES
É necessário inserirmos em nossas práticas atividades diferenciadas que viabilizem mudanças no
comportamento dos alunos, inclusive em relação aos seus hábitos alimentares.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Anna Maria Pessoa e cols. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
DEMO, P. Educar pela pesquisa. Coleção Educação Contemporânea. 6 ed. Campinas. São Paulo:
Autores Associados, 2003.
KRASILCHICK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. rev. e ampl. 1ª reimpr. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
LEMOS, Maria Patrícia Freitas. O estudo do tratamento da informação nos livros didáticos das
séries iniciais do ensino fundamental. Ciência e Educação, v.12, n.2, p. 171-184, 2006.
39
Aulas de Genética: A intenção de proporcionar um letramento científico por meio de
diferentes práticas metodológicas
Vieira, V. ¹*, Fonseca, M. da C. V. 1, 2,Viana, L. A. ¹* e Martins, G. A. ¹* 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
2 Associação Educacional Don Bosco - AEDB
Palavras-chave: Alfabetização Científica, Mudança Conceitual, Ensino de Ciências
INTRODUÇÃO
De acordo com alguns autores, as grandes transformações sociais, políticas e econômicas que
marcaram presença a partir da metade do século XX atingiram diretamente o ensino, que precisa,
cada vez mais, se adaptar aos novos conhecimentos, e, principalmente, aos novos meios de
comunicação globalizados.
No âmbito do ensino de Ciências, é preciso compreender que a produção do conhecimento
científico não se caracteriza apenas por seu caráter cumulativo, e, sim, por rupturas de alguns
paradigmas (Cachapuz et al, 2005). Esta interpretação da ciência foge à percepção de muitos
professores. Além disso, esses mestres parecem também não atentar para o fato do aluno conviver e
interagir com fenômenos que são objetos de estudo dessas ciências para além dos muros das
escolas, apontando para a existência de um conhecimento prévio ao ensino. Portanto, muitos autores
sugerem mudanças em relação às atividades do ensino, no que tange aos papéis do professor, do
aluno e à formação daqueles profissionais. Ou seja, exorta-se uma renovação epistemológica,
acompanhada de renovação didática e metodológica.
No caso deste trabalho, sugerimos essas mudanças por meio de diversas ferramentas metodológicas
a serem trabalhadas na disciplina de Genética, no Ensino Superior, em prol de uma avaliação
formativa.
METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado em três turmas de Ensino Superior, durante o período de um ano
letivo para cada turma. O local da pesquisa foi o Centro Universitário de Volta Redonda, RJ, onde
estudantes de Ciências Biológicas, do turno noturno, têm em sua matriz curricular a disciplina de
Genética, assim dividida: no segundo período, Genética Básica, e no terceiro período, Genética
Humana. Durante os dois referidos semestres, o mesmo professor atua nas duas disciplinas,
emprega conteúdos de acordo com o Projeto Político Pedagógico da Faculdade de Biologia, e
realiza duas avaliações por semestre, formais e teóricas. No decorrer desta pesquisa, por critério do
professor responsável pelas disciplinas de Genética, essas avaliações valiam até seis pontos, sendo
40 que para compor os quarenta por cento restantes da nota, o professor aplicava diferentes meios
avaliativos, que variavam desde a discussão de artigos em grupo até a construção de mapas
conceituais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
No início dos semestres, aplicou-se nas turmas de segundo período uma primeira avaliação, com um
total de dez questões, que foram respondidas por 70 alunos. Essas questões abordavam conceitos
referentes a noções do senso comum e científicas da disciplina, com tópicos específicos. Esta foi a
primeira etapa da avaliação formativa, o levantamento do conhecimento prévio (Mortimer,
1994). Essa mesma avaliação foi repetida em outros dois momentos, no início (segunda avaliação) e
no final (terceira avaliação) do terceiro período, tendo respondido nessas duas etapas um total de 51
alunos. Foi possível, assim, realizar um mapeamento das questões referentes à disciplina de
Genética e pertinentes ao ensino de conteúdos científicos. Na análise quantitativa das respostas
dentro dessas três diferentes etapas, pôde-se notar que 60% das respostas evoluíram em direção aos
conceitos científicos.
Na segunda etapa desta proposta, textos que discutem aprendizagem significativa crítica (Moreira,
1996) e construção de Mapas Conceituais (Lemos, 2008) foram fornecidos aos alunos, no mesmo
momento que estudavam o conteúdo curricular, do terceiro período, “Heranças Genéticas”. Os
alunos divididos em grupos esboçaram na lousa o que seria um Mapa Conceitual de Herança
Genética. Ao total foram confeccionados três mapas conceituais sobre o mesmo conteúdo, em
diferentes ocasiões do semestre, arquivados para posteriores comparações.
Para a terceira etapa, planejaram-se diversos trabalhos de interdisciplinaridade, como leitura de
artigos científicos de conteúdos da grade curricular, lidos e discutidos na presença dos professores
de Genética, Bioquímica e Biologia Molecular. Foram feitos estudos dirigidos e discussões de
trabalhos, onde alguns alunos apresentavam e outros interrogavam os apresentadores, julgando as
apresentações. Ainda dentro desta perspectiva interdisciplinar, uma Turma teve a oportunidade de
visitar uma exposição (aula não-formal) (Vieira, 2005), ligada ao conteúdo de genética, na cidade
de Petrópolis, intitulada “Genômica”. Nas aulas teóricas, conceitos de genética e biologia molecular
se entrelaçavam, desde a apresentação dos genes até a compreensão de temáticas como mitose e
meiose, grupos e sistema sanguíneo e outros. Trabalhos com os temas “Origem Genética do
Câncer”, “Alimentos Transgênicos”, “A Genética e a Biodiversidade”, foram explorados por
professores de diferentes disciplinas. Os alunos, visitantes da exposição, como finalização dessa
atividade, trouxeram para seu curso diversas discussões iniciadas na visita, compartilhando o
conhecimento advindo daquela aula com as outras turmas.
41 CONCLUSSÕES
A experiência aqui relatada não é suficiente para afirmar que essas ferramentas proporcionaram um
aprendizado significativo dos conceitos científicos propostos, ou resultaram na substituição das
concepções prévias por esses. No entanto, percebe-se, no contato direto com esses aprendizes, a
identificação de estímulos que os levam a uma fase embrionária do letramento científico (Martins,
2008).
REFERÊNCIAS
CAHAPUZ, A.; GIL-PEREZ, D.; CARVALHO, A. M. P.; PRAIA, J. E VILCHES, A. (orgs.) (2005)
– A necessária renovação do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez.
MOREIRA, M. A. (1996) – Modelos Mentais. Investigações em Ensino de Ciências. 1(3): 123 –
139.
LEMOS, E. (2008) – O Aprender da biologia no contexto da disciplina de embriologia em um
curso de licenciatura em ciências biológicas. In Aprendizagem significativa: condições para
ocorrência e lacunas que levam a comprometimentos – orgs: Elcie Masini & Marco Antonio
Moreira – 1 ed. – São Paulo: Vetor.
MARTINS, I. (2008) – Alfabetização científica: metáfora e perspectiva para o ensino de
ciências. Artigo apresentado no XI Encontro de Pesquisa em Ensino em Física – Curitiba, PR.
MORTIMER, E. F. (1994) – Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: para
onde vamos? – Trabalho apresentado na III Escola de Verão de Prática de Ensino de Física,
Química e Biologia – Serra Negra, SP.
VIEIRA, V. (2005). Análise de Espaços Não-Formais e sua contribuição para o Ensino de
Ciências. Tese (doutorado) – Programa em Educação, Gestão e Difusão em Biociências. Instituto
de Bioquímica Médica – UFRJ, Rio de Janeiro.
42
Aulas práticas virtuais como instrumento de aprendizagem no ensino de Química
Eloisa Vieira 1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues 1,2 1 Centro Universitário de Volta Redonda, UniFOA 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ
Palavras-Chave: Ensino de química; experimentação; laboratório virtual; tecnologias.
INTRODUÇÃO
A química é uma ciência experimental que requer muita observação e análise. Segundo Santos e
Schnetzler (1996), um currículo para o ensino de química deve conter, dentre outras proposições, a
experimentação, por contribuir para a caracterização do método investigativo da ciência em
questão. Porém, nem sempre é possível a realização de experimentos, pois muitas escolas não tem
laboratório e quando tem, faltam vidrarias, reagentes, professor laboratorista, ou formação
insuficiente do professor para ministrar aulas de laboratório (NARDI, 1998).
Outro problema advindo da experimentação relaciona-se com as questões ambientais, pois nas aulas
práticas utilizam diversos reagentes, gerando resíduos tóxicos, que por falta de estrutura da própria
escola muitas vezes são descartados inadequadamente dentro das pias ou no lixo comum, causando
danos ao meio ambiente.
O presente trabalho tem como proposta investigar a contribuição das aulas práticas virtuais como
instrumento facilitador da aprendizagem no ensino de química para o Nível Médio. Nessa
perspectiva elaborou-se um software contendo aulas práticas virtuais de química, intitulado:
“Laboratório Virtual Química Fácil (LVQF)”.
ORGANIZAÇÃO DO SOFTWARE LVQF
Os conteúdos das aulas foram selecionados baseados na experiência dos autores. Procurou-se
abranger temas das três séries do ensino médio e também aqueles que os alunos em geral
apresentam dificuldades de compreensão. Além disso, buscaram-se temas de interesse ambiental
como, por exemplo, a questão da Chuva Ácida, inserida no tópico Reações Químicas. Este tema
específico possibilita abordagem interdisciplinar. As práticas interdisciplinares evitam que os
alunos construam uma visão reducionista das ciências naturais, permitem utilizar assuntos mais
interessantes para contextualizar as aulas, favorecem a integração de conteúdos e despertam o
interesse dos alunos para as ciências naturais (FREITAS, 2009).
Na página inicial de cada prática apresenta-se a opção de executar a prática ou retornar ao índice e
são disponibilizados links para relatório, exercícios, sites e vídeos sobre o assunto abordado.
43 O produto deste trabalho será testado em escolas públicas e privadas no município de Volta
Redonda, no estado do Rio de Janeiro. A metodologia de avaliação do software levará em
consideração tanto o paradigma educacional como métodos aplicados na avaliação de softwares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A idéia principal da elaboração do software LVQF é a utilização de novas tecnologias beneficiando
e promovendo a interação dos alunos e professores no aprendizado de química abordado em salas
de aula no nível médio. O software foi construído utilizando-se vários programas gráficos, a fim de
se obter a máxima qualidade de imagens e animações.
Acredita-se que utilização do laboratório virtual, aqui proposto, não venha substituir o laboratório
real, mas poderá contribuir para minimizar sobremaneira os óbices supra mencionados colaborando
como uma importante ferramenta no processo ensino aprendizagem de química.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREITAS, K. B. de. Estabelecendo relações entre conteúdos disciplinares por meio da
elaboração de mapas conceituais explorando o tema “Químico do amor”. São Paulo: USP,
2009. 98p. Dissertação de mestrado – Programa de Pós-Graduação Interunidades da Universidade
de São Paulo em Ensino de Ciências
NARDI, R. Questões Atuais No Ensino De Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.
SANTOS, W.L.P. e SCHNETZLER, R.P. Função Social: o que Significa Ensino de Química
para Formar o Cidadão? Química Nova na Escola. n. 4, p. 28-34, nov. 1996.
44 Avaliação da declaração de nascidos vivos e a importância da orientação quanto as consultas
de pré-natal e puericultura em uma unidade básica de Saúde da Família no município do Sul
Fluminense
André L. Ribeiro Claudino*1, Carolline Ma. Oliveira Coutinho1, Emylle Jasmim Silva1, Renan
Konrad Borges1, Rodrigo L.de Jesus Alves1, Claudia Regina O. da Costa1. 1Fundação Oswaldo Aranha - UniFOA
Palavras-chave: Declaração Nascidos vivos, Baixo-peso.
INTRODUÇÃO:
A formação de um programa único de saúde foi, e ainda é, uma revolução na melhoria de vida e no
acesso à saúde de maneira universal. Nos últimos anos observa-se uma melhoria significativa no
que diz respeito à saúde do brasileiro, podendo ser dado ênfase aos altos índices de nascidos vivos.
OBJETIVO:
Descrever o perfil dos recém-nascidos e das mães da área de uma Unidade Básica de Saúde da
Família (UBSF), partindo das “Declarações de Nascidos Vivos” (DNVs).
METODOLOGIA:
Foi realizado um estudo descritivo transversal analisando 73 Declarações de Nascidos Vivos da
área adscrita de uma Unidade Básica de Saúde, localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro,
em 2010. Identificou-se o perfil dos recém-nascidos por: idade gestacional e peso ao nascimento; e
das mães por: idade, escolaridade, ocupação, situação conjugal, frequência às consultas de pré-natal
e tipo de parto.
RESULTADOS:
As informações dos nascidos vivos de uma região são essenciais na construção de indicadores de
saúde e demográficos, como coeficiente de mortalidade infantil, proporção de baixo peso ao nascer
e taxas de fecundidade. Com base nos dados obtidos no presente trabalho, em um total de 73
nascidos vivos da área adscrita da Unidade Básica de Saúde da Família, verificaram-se variações
etárias maternas de: 71,3% entre 20-34 anos; 15% >34 anos e 13,7% < 20 anos. Foram encontrados
níveis de escolaridade, em anos de estudo concluídos, de: 45,3% entre 8-11; 30,1% >11; 21,9%
entre 4-7 e 2,7% > 4. Um estudo de Monteiro (2000) mostrou que dentre os fatores desencadeantes
de baixo peso ao nascer podemos destacar a escolaridade materna. Em relação às consultas de pré-
natal, 90,4% fizeram 7 ou mais consultas. O nascimento pré-termo – antes da 37ª semana de
gestação – é o problema perinatal atual mais importante, pois está associado à morbidade e
45 mortalidade significativas no início da vida (SAIGAL, S., et al., 2008). Quanto à idade gestacional
foi observado que 91,8% nasceram entre 37- 41 semanas, 5,4% entre 32- 36 semanas, 1,4% >41
semanas e 1,4% < 36 semanas. No Brasil, com as informações provenientes do Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), não é possível estimar-se sua prevalência devido à
baixa confiabilidade dos dados referentes à idade gestacional (THEME FILHA, M. M., et al.,
2004). Sendo assim, são necessários estudos populacionais para se avaliar a sua prevalência e
evolução ao longo do tempo. O peso ao nascimento variou de: 63% (3000- 3999g); 27,4% (2500-
2999g); 5,5% > 4000g e 4,1% (1500-2499g). No Brasil a taxa de baixo peso ao nascer variou de
7,7%, no ano de 2000 e 8,23% em 2006, com proporção média de 8,09% para o período. As
informações disponíveis pelo IBGE provêm de estimativas calculadas a partir de dados do Censo
Demográfico, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e de estimativas do registro civil.
Esse artifício quantifica o número de nascidos vivos, entretanto, inviabiliza o monitoramento e a
avaliação das ações em curso, já que as estimativas não permitem a observação do comportamento
da população (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).
CONCLUSÕES:
Por meio do estudo dos dados de nascidos vivos tem-se a possibilidade de conhecer as mães e os
recém-nascidos de uma região, revelando-se um instrumento para o monitoramento da realidade
local. O que possibilita o planejamento de intervenções de acordo com as necessidades da
população, bem como orientação quanto à importância das consultas de pré-natal e puericultura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde: dados e
indicadores selecionados 2004. Brasília: MS; 2004.
MONTEIRO CARLOS AUGUSTO; BENICIO MARIA HELENA D’ AQUINO;
SAIGAL, S.; DOYLE, L. W. An overview of mortality and sequelae of preterm birth from infancy
to adulthood. Lancet. v. 371 n. 9608, p. 261-269, 2008.
THEME FILHA, M. M.; GAMA, S. G. N.; CUNHA, C. B.; LEAL, M. C. Confiabilidade do
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos Hospitalares no município do Rio de Janeiro, 1999-
2001. Cad Saúde Pública. V. 20, Supl 1, p.83-91, 2004.
46
Avaliação da presença de extensões anteriores dos seios maxilares por meio de tomografia
computadorizada por feixe cônico
Roberta Mansur Caetano¹*, Jairo Conde Jogaib1, Alcemar Gasparini Netto1,
José Luiz Cintra Junqueira2, Márcio Yara Buscatti2
1* Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2 Faculdade São Leopoldo Mandic – Campinas – S.P.
Palavras-chave: Seio maxilar, Tomografia computadorizada por feixe cônico, Extensão anterior
INTRODUÇÃO
O seio maxilar é o maior dos seios paranasais, apresenta-se como uma cavidade preenchida por ar,
que se comunica com a fossa nasal através do óstio sinusal maxilar. Varia em relação à forma e ao
tamanho, em indivíduos diferentes, podendo apresentar variações entre os lados direito e esquerdo,
em um mesmo indivíduo. O seio maxilar pode ocupar toda a maxila com expansões em todas as
direções (ARIETA et al. 2005). A tomografia computadorizada por feixe cônico proporciona uma
avaliação precisa da localização dos seios maxilares, importante no planejamento cirúrgico para
instalação de implantes dentários (SILVEIRA et al., 2008).
OBJETIVOS
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a prevalência da extensão anterior dos seios maxilares em
pacientes de ambos os gêneros e diferentes faixas etárias, por meio da tomografia computadorizada
por feixe cônico.
METODOLOGIA
A amostra foi composta por 200 tomografias computadorizadas por feixe cônico, com intervalo
etário de 13 a 84 anos, 116 pertencentes ao gênero feminino e 84 ao masculino, totalizando 400
seios maxilares avaliados. O critério escolhido para classificar como extensão anterior, considerou
os seios maxilares que se estendiam da face distal do canino em direção à linha média.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Na amostra em estudo, a extensão anterior do seio foi verificada em 30 dos 200 exames
tomográficos avaliados, sendo assim, a prevalência da extensão anterior do seio maxilar foi de 15%
acima dos valores encontrados no trabalho de Arieta et al. (2005) que foi de 12%, contradizendo
Hauman, Chandler, Tong (2002) que afirmaram, em raros casos se estende até a região da raiz do
canino. Portanto, dos 400 seios maxilares avaliados, 50 apresentavam extensão anterior, sendo que,
em 48 casos a extensão foi até caninos e 2 até incisivos laterais.
47 Não foi observada correlação da extensão anterior do seio maxilar com o gênero, com prevalência
nos exames de 13,8% no feminino e 16,7% no masculino e também não houve correlação com a
idade.
O limite anterior do seio maxilar, do total de 400 avaliados, foi de 38,8 % em 1º pré-molar, 37,3%
em 2º pré-molar, 11,5% em 1º molar, 12% em canino e 0,5% em incisivo lateral. A prevalência
maior foi em 1º pré-molar como na pesquisa de Kim et al (2003), que foi de 58% dos casos, porém,
os outros resultados foram bem diferentes, onde ele encontrou 33% na região de caninos e 8% na
região de 2º pré-molar.
CONCLUSÃO
A prevalência da extensão anterior do seio maxilar avaliada por tomografia computadorizada por
feixe cônico foi de 15% dos exames. Dos seios maxilares com extensão anterior, 96% se estendiam
a região de caninos e 4% a região de incisivos laterais. Não houve correlação com o gênero, nem
com a idade.
REFERÊNCIAS
Arieta LC, Silva MAA, Rockenbach MIB, Veeck EB. Extensões dos seios maxilares detectadas em
radiografias periapicais. Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS. 2005 jan-mar; 20(47):
18-22.
Hauman CHJ, Chandler NP, Tong DC. Endodontic implications of the maxillary sinus: a review.
International Endodontic Journal. 2002; 35: 127-141.
Kim HJ, Yoon HR, Kim KD, Kang MK, Kwak HH, Park HD et al. Personal-computer-based three-
dimensional reconstruction and simulation of maxillary sinus. Surg Radiol Anat. 2002; 24:393-
399.
Silveira VM, Netto BA, Côsso MG, Fonseca LC. A utilização da tomografia computadorizada na
avaliação da comunicação bucosinusal. Arq Bras Odontol. 2008; 4(1): 24-27.
48
Avaliação da saúde do escolar na percepção do Enfermeiro do Programa Saúde na Escola
Mariana da Silva Braga1,*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: saúde na escola, enfermagem, ensino de ciências
INTRODUÇÃO
A escola é um dos locais em que a criança e o adolescente estão reunidos dentro de uma freqüência,
o que a torna um excelente local para o desenvolvimento das ações da saúde.
Seguindo este contexto, este projeto tem como objetivo principal levar a uma reflexão acerca da
análise dos efeitos da implantação da avaliação da saúde do escolar na percepção do enfermeiro do
Programa Saúde na Escola, tendo como objetivos específicos: Determinar a prevalência de doenças
oculares entre crianças e adolescentes matriculados em 3 (três) escolas da rede municipal de Barra
do Piraí RJ; Ensinar ao corpo docente, através de ações preventivas de saúde, sobre a necessidade
de uma avaliação ocular para se evitar futuras doenças; Realizar palestras educativas para o corpo
docente das escolas sobre medidas preventivas de doenças visuais e Elaborar vídeo educativo
acerca do tema.
METODOLOGIA
A pesquisa será realizada em três escolas municipais de Barra do Piraí: Escola Estadual Marieta
Vasconcelos Coutinho Coelho - Municipalizada; Escola Municipal Manoel Fonseca e Escola
Estadual São José do Turvo - Municipalizada. Os sujeitos da pesquisa assinarão termo de
consentimento livre esclarecido.
O desenvolvimento da Pesquisa de Campo ocorrerá em duas etapas: aplicação de Questionário aos
professores das escolas, com intuito de elaborar para o corpo docente métodos na aplicação de
ações preventivas de saúde sobre a necessidade de uma avaliação ocular para se evitar futuras
doenças visuais; avaliação de Acuidade Visual dos discentes destas escolas.
DISCUSSÃO TEÓRICA
Possivelmente, a visão seja o sentido humano mais importante, considerando-se que a maior parte
de nosso entendimento e contato com o mundo exterior realiza-se através dos olhos. Segundo Vieira
e Rodrigues (1995) a maioria dos casos de cegueira evitável ocorre nos países em desenvolvimento,
como o Brasil.
49 De acordo com Kandel (2003) apud Estacia et al (2007) a visão é responsável pela maioria de
nossas impressões sobre o mundo e nossas memórias dele, sendo também essencial para o
aprendizado intelectual, e pela maior parte da informação sensorial que se recebe do meio externo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A assistência à criança se baseia na promoção da saúde, prevenção, diagnóstico precoce e
recuperação dos agravos à saúde. Portanto, o acompanhamento programado do crescimento e
desenvolvimento, completado por atividades de controle das doenças prevalentes na infância e na
adolescência e pelas ações básicas, como, atenção a saúde ocular, imunizações entre outras podem
contribuir para a promoção de uma boa qualidade de vida nestes grupos.
Assim, pode-se dizer que a visão é fundamental para o aprendizado intelectual. Nesse sentido,
insere-se o presente projeto, ao se implantar, em parceria com a escola e seus docentes, ações
preventivas de saúde através da avaliação ocular inserida no Programa Saúde na Escola.
REFERÊNCIAS
ESTACIA, P.; STRAMARI, L.M.; SCHUCH, S.B.; NEGRELLO, D.; DONATO, L.. Prevalência
de erros refrativos em escolares da primeira série do ensino fundamental da região Nordeste
do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Oftalmologia, v.66, n.5, 2007.
VIEIRA, C., RODRIGUES, M.L.V.. Prevenção da cegueira nas escolas rurais da região de
Santa Bárbara D'Oeste. São Paulo: Revista Brasileira de Oftalmologia. 1995. Disponível em:
http//:www.scielo.com.br. Acesso em 12 mai 2011.
50 Avaliação da translucidez de uma cerâmica dentária nacional com diferentes temperaturas de
sinterização
Habibe CH*, Santos C, Habibe AF, Habibe RCH, Costa L.
Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
Palavras-chave: cerâmicas dentárias, ZrO2(Y2O3), próteses, translucidez
INTRODUÇÃO
As próteses dentárias cerâmicas possuem uma série de vantagens em relação aos metálicos. Dentre
elas podemos destacar sua estética, biocompatibilidade elevada, ótima dureza e alta estabilidade
química. A função do sistema estomatognático é a mastigação. Em conseqüência, deve-se esperar
que as próteses dentárias possuam uma estética de excelência, conseguindo reproduzir os mínimos
detalhes prar que fique o mais próximo do dente natural. Com isso a translucidez passa a ser um
fator de suma importância pois quando temos uma passagem de luz pelo corpo cerâmico similar ao
dente humano temos uma maior confiabilidade e aplicação no meio odontológico
A translucidez apresentada pela zircônia é um dos maiores atrativos deste material visando
aplicações em próteses dentárias. Sua capacidade de permitir a passagem parcial de luz possibilita
ao produto final, excelente estética, a qual deve ser utilizada como ferramenta, pelos técnicos em
prótese, para obter resultados otimizados na estética final do paciente.
OBJETIVO
O presente trabalho visa identificar a variação da translucidez em função da temperatura final de
sinterização e do tempo de sinterização utilizados, e de como modificando esses parâmetros, pode-
se obter ótimos resultados estéticos.
METODOLOGIA
Neste trabalho foi analisada a translucidez de uma Cerâmica Nacional (ZrO2-Y2O3) variando as
temperaturas e tempos de sinterização, utilizada na confecção de próteses pela técnica CAD/CAM.
Blocos pré-sinterizados com dimensões aproximadas de 40x15x15mm, utilizados em sistemas
SIRONA-Cerec InLab® foram cortados de forma a obter corpos de prova com dimensões de
15x15x1mm. Estas peças foram desbastadas em lixa de SiC visando igualar sua espessura. Em
seguida as amostras foram sinterizadas em forno de sinterização ao ar, em temperaturas distintas
que variaram entre 1450 e 16000C, por tempos de 2 ou 4 h.
51 Os corpos sinterizados foram submetidos a analise da translucidez através de uma caixa vedada que
obtinha um feixe de luz e um aparelho Luxímetro, onde este captava a passagem de luz através do
corpo cerâmico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados indicam um efeito significativo do aumento da temperatura nos valores de
translucidez. Nas condições de menores temperaturas, 14500C e 15000C, não há percepção de
grandes ganhos de translucidez relacionados aos tempos de sinterização utilizados. Pode-se ainda
ser observado que as temperaturas de 15500C e 16000C possuem maiores valores de translucidez e
que assim como a temperatura, o tempo de patamar influencia os valores finais medidos. Do ponto
de vista de aplicação odontológica, deve ser salientado que estes resultados também estão sob
influência da espessura da parede do casquete que está sendo fabricado. Além disso, deve ser
lembrado que existe uma série de aplicações posteriores de porcelana em diferentes camadas e
cores, que poderão influenciar este resultado estético. Sendo assim, o profissional de próteses
dentárias deve estar atento às características mecânicas do material que está sendo desenvolvida,
pois os parâmetros de sinterização são fortemente influenciados por eles.
CONCLUSÃO
Fica claro, portanto, que a Zircônia apresenta uma translucidez excelente e esta é aumentada
conforme a temperatura e tempo de sinterização são elevados.
REFERÊNCIAS
ANUSAVICE, K. J., Phillips Materiais Dentários. 11a Ed. Rio de Janeiro, Elsevier Editora, 2005.
KELLY, J. R., DENRY, I., 2007, Stabilized zirconia as a structural ceramic: An overview,
Journal of Dentals Materials, doi:10.1016/j.dental.2007.05.005.
STEVENS R. An introduction to zirconia: zirconia and zirconia ceramics. 2nd ed. New York:
Twickenham Magnesium Electrum; 1986.
52 Avaliação Motora: uma ferramenta de validação do trabalho do professor de Educação Física
RODRIGUES, Marisa de Almeida Silva¹, FALCÃO, Hilda Torres²
¹Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
²Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
Palavras-chave: Avaliação Motora; Educação Física Escolar; Desenvolvimento Motor.
INTRODUÇÃO
Esse estudo busca apresentar a aplicabilidade da avaliação motora de Ozeretsky no âmbito escolar,
especificamente nas aulas de Educação Física abrangendo a eficiência motora e as valências físicas:
velocidade, movimentos simultâneos, coordenação dinâmica geral, coordenação dinâmica de mãos
e coordenação estática dos alunos.
OBJETIVOS
Compreender a aplicabilidade da avaliação motora de Ozeretsky no âmbito escolar através do teste
de eficiência.
Discutir a relevância da avaliação motora de Ozeretsky na prática da Educação Física escolar.
METODOLOGIA
Este estudo é uma revisão de literatura que pretende estabelecer parâmetros condizentes com a
avaliação motora de Ozeretsky.
DISCUSSÃO TEÓRICA
A avaliação motora assume dentro da escola, caráter de ferramenta auxiliar sendo usada com a
finalidade de identificar e analisar as limitações existentes, qualificando assim a aprendizagem
motora a partir da interpretação e estudo dos dados coletados.
CONCLUSÕES
A avaliação motora de Ozeretsky pode ser considerada uma ferramenta a ser usada para
diagnosticar o estágio evolutivo em que se encontra o aluno e o que se pode fazer por ele no âmbito
da Educação Física escolar.
REFERÊNCIAS
GALLAHUE, David; OZMUN, John. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês,
crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
53 OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque
psicopedagógico. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
ROSA NETO, Francisco. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed, 2002.
54
Balanço da implantação da Lei de Educação Ambiental (9795/99) na educação formal, após
dez anos de existência. Vânia Sueli da Costa¹; Patrícia Sampaio da Silveira Souza¹; Jesimar da Cruz Alves¹; Vania Filippi
Goulart Carvalho Pereira²
Discentes do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da Universidade Severino Sombra;
Docente do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da Universidade Severino Sombra.
INTRODUÇÃO
Tendo em vista já terem decorridos mais de dez anos de promulgação da Lei 9795/99, que dispõe
sobre a educação ambiental e podermos evidenciar que grande parte das instituições de ensino não
cumpre o disposto em seus artigos, propusemos uma pesquisa de campo, através da qual foram
levantados dados que permitiram analisar se há, ou não, inoperância da lei, em particular quando ela
cita em seu Art. 10 que: “A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa
integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal”.
MATERIAL E MÉTODOS
Foi utilizada a pesquisa de opinião, expressa através de formulário contendo quatorze
questões relacionadas com o cotidiano de alunos da Fundação Educacional Unificada
Campograndense (RJ), sendo todos professores regentes nos diversos níveis de ensino e variados
componentes curriculares, lotados na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
RESULTADOS
Dos professores analisados 52% tiveram sua formação acadêmica posterior à promulgação da lei e
mesmo assim um total de 65% declarou que desconhecem o disposto em seus artigos. Dentre os
entrevistados, 52 % não consideram que o Poder Público cumpra seu papel de “promover a
educação ambiental em todos os níveis de ensino”, conforme declara o inciso I do Art. 3º da Lei.
Citam, ainda, que os órgãos governamentais atuam mais em projetos e propagandas ecológicas que
em efetivas ações ambientais. Observa-se que outros 42% acreditam que o cumprimento é parcial.
Considerando o inciso II, que trata da incumbência das instituições educativas de “promover a
educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem”, 56 %
concordam que o cumprimento tem sido parcial, apesar da apresentação de projetos fragmentados,
estanques e não integrados; a falta de cooperação de todos os envolvidos no âmbito escolar; da
dificuldade no domínio do assunto, alegada por alguns professores; da falta dos cursos de
nivelamento que permitiriam um melhor preparo para alcançar a integração e conscientização que
escasseiam nessas instituições, além de afirmarem que os programas que tratam da questão
55 ambiental são mais freqüentes na TV fechada onde o acesso é restrito, assim como a maioria ocorre
em dias e/ou horários pouco acessíveis.
A maior agravante relativa ao cumprimento da lei se encontra, entretanto, no que se refere
ao caput do Art. 10 onde se lê que “a educação ambiental será desenvolvida como uma prática
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal” e,
em particular, no que se refere ao § 3º, que declara: “nos cursos de formação e especialização
técnico-profissional, em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental
das atividades profissionais a serem desenvolvidas”, 67% dos entrevistados afirmaram não terem
cursado nenhuma disciplina da área ambiental durante o curso de graduação. Causa espanto, porém
que 81% de todos os entrevistados afirmarem já ter proferido aulas sobre a preservação do meio
ambiente, sendo que destes, 79% não se sintam inteiramente capacitados para exercer essa função.
DISCUSSÃO
Os PCNs evidenciam a importância de incluir o tema de forma transversal para que sua abordagem
apresente múltiplos focos de aprendizagem e entendimento, promovendo maior “interação do ser
humano com a natureza, por meio de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, da arte e da
tecnologia.”
Segundo Coimbra (2005), “a Educação Ambiental como disciplina integradora nos vários
segmentos educacionais, pode ser um enriquecedor exercício que antecede a inclusão dessa
perspectiva nas outras disciplinas clássicas do enfoque curricular.” Diante do exposto faz-se
necessária a indagação: por que, passada mais de uma década da promulgação da lei, ela ainda não
é cumprida? O que realmente falta para que o Poder Público, as Instituições Educativas e os Meios
de Comunicação de Massa exerçam suas respectivas incumbências?
CONCLUSÃO
Pode-se afirmar que apesar de todo aparato jurídico, quando se fala de proteção ambiental, esta só
será alcançada se existir um amplo programa de ação efetiva que eduque as diversas classes sociais
e etárias. Entretanto, os resultados da pesquisa demonstram que a falta de conhecimento específico
sobre o assunto, ligado às questões ambientais constitui fator limitante à execução de aulas
interdisciplinares no ambiente formal de educação. A ausência de disciplinas que versam sobre as
questões ambientais nos cursos de licenciatura ou no de formação de professores dificulta a
possibilidade de inserção do assunto na educação formal.
Para dirimir ou mesmo minimizar o problema é necessário que as Secretarias de Educação
observem com mais rigor a grade curricular dos cursos de graduação e antes de as aprovarem,
56 façam valer não só a LDB, mas também a lei 9795/99. Provavelmente com essa providência
associada à capacitação dos professores, possamos acelerar o processo de conscientizar melhor
nossos alunos, através da educação formal, assim como da comunidade, através da educação não
formal, alcançando melhor índice na preservação do nosso planeta.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Governo Federal. Lei de Educação Ambiental nº 9795/99. Brasília: 1999.
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC,
1997.
COIMBRA, Audrey de Souza. Interdisciplinaridade e Educação Ambiental: integrando seus
princípios necessários. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Fundação
Universidade Federal do Rio Grande, v. 14, jan – jun de 2005. Disponível em:
<http://www.virtu.ufjf.br/artigo%201a2.pdf>. Acesso em 04 jan. 2009.
57
Banco Ambiental: aprendendo a preservar
Lucas S. de Oliveira2, Juliana A. Nogueira2,
Waisenhowerk Vieira de Melo2 e Adilson da Costa Filho1,2
1- Mestrado Profissional em Ensino em ciências da Saúde e do Meio Ambiente – UniFOA
2- Departamento de Ensino de Ciências e Biologia – DECB – IBRAG – UERJ
Palavras-chave: ensino de ciências, educação ambiental, recurso didático.
INTRODUÇÃO
Uma das temáticas mais importantes na atualidade é a questão da conscientização e do incentivo a
práticas sustentáveis. Daí, também surge a necessidade de inserir no conteúdo de Ciências/Biologia
esse tipo de educação ambiental, que visa instigar nos alunos a preocupação com a preservação e
restauração da natureza, com a intenção de minimizar os impactos ambientais.
Segundo Guimarães (2007), a Educação Ambiental apresenta uma nova dimensão a ser incorporada
ao processo educacional, trazendo toda uma recente discussão sobre as questões ambientais e as
consequentes transformações de conhecimentos, valores e atitudes diante de uma nova realidade a
ser construída. A Educação Ambiental é um campo de conhecimento em construção e que se
desenvolve na prática do cotidiano dos que realizam o processo educativo.
A aplicação de um jogo didático é um recurso que tem a finalidade de estimular a participação dos
alunos; facilitar a comunicação, sendo um agente socializante; fortalecer o sentimento de união,
com a formação de grupos; impulsionar a criatividade e despertar curiosidade; motivar o exercício
das habilidades, e até mesmo, desenvolvê-las; além disso, propiciar a obtenção de melhores
resultados, funcionando como um apoio para construção do conhecimento. De acordo com Keim
(1984), a educação tradicional, abstrata e parcelada prepara mal os indivíduos, que terão de lidar
com a complexidade da realidade, então a educação ambiental deve reformular constantemente seus
métodos, conteúdos e orientações, esclarecendo as pessoas, grupos e novas situações que surgirem.
OBJETIVOS
A elaboração deste jogo tem como objetivos sensibilizar os alunos para temas importantes,
trabalhados nos conteúdos de Ecologia e Educação Ambiental; elucidando também, a necessidade
de preservar e restaurar a natureza, demonstrando que os desequilíbrios consequentes dos danos
causados por ação humana ameaçam a sobrevivência de vários seres vivos direta e indiretamente e,
mais ainda, que futuramente acabaria afetando a vida do próprio homem.
58 METODOLOGIA
A elaboração do jogo foi baseada no famoso Banco Imobiliário. O tabuleiro utilizado no jogo
“Banco Ambiental” foi um quadrado de dimensões 64 x 64 cm, ou 4096 cm2, com diferentes
retângulos e quadrados, simbolizando as “casas”, de diferentes cores, separadas por região ou
estado. Cada retângulo colorido representa uma região ou local de preservação ambiental, o qual
pode se comprar Título de Adoção, indicando também a qual estado esta localidade se refere.
Diversas cores representam diferentes regiões geográficas do Brasil, bem como as áreas de
preservação ambiental. As casas dos cantos referem-se a: Detenção, que é a cadeia do jogo e quem
for preso fica detido lá por 1 rodada, e quem não for detido ao passar lá é para visitar um adversário
que esteja detido, ao Camburão, ou seja, quem parar nesta casa terá de ir direto para a Detenção, o
canto referente a “Destruição da Biodiversidade”, na qual o jogador ao parar terá de pagar uma
multa alta. O jogador terá chance de tirar uma carta “Sorte ou Azar”, que poderá o por a frente no
jogo ou prejudicá-lo, buscando o sucesso na administração de empresas ecologicamente corretas e
de alta sustentabilidade, assim como apoio a programas de reflorestamento e conservação de
parques florestais.
REFERÊNCIAS
KEIM, Ernesto Jacob. Abordagem das relações entre os componentes ambientais nos livros
didáticos de 1º grau. Rio de Janeiro, RJ: Faculdade de Educação, UFRJ, 1984. 128p. Dissertação de
Mestrado.
GUIMARÃES, M. A.; A Dimensão Ambiental na Educação, Papirus: Campinas, 2007.
59
Campanha educativa para o consumo consciente de energia elétrica do centro Universitário
de Volta Redonda
Débora Cristina Lopes Martins1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2
1Centro Universitário de Volta Redonda, UNIFOA 2Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ
Palavras-chave: Sustentabilidade, Campanha Educativa, Consumo Consciente.
INTRODUÇÃO
Ser uma empresa sustentável. Esse é um slogan cada vez mais adotado pelas empresas em suas
declarações de missão. Para ser sustentável não basta apenas criar campanhas criativas. É preciso,
antes, adotar práticas capazes de refletir seu comportamento ético perante a sociedade e ao meio
ambiente. Segundo Barbieri (2007), a Revolução Industrial é um marco histórico do processo de
degradação ambiental, tendo em vista a necessidade imediata de utilização de recursos naturais nos
processos produtivos das indústrias. Embora empresas prestadoras de serviço não gerem passivo
ambiental como a indústria, estas podem assumir uma postura mais sustentável, através da adoção
de práticas de redução de consumo.
Partindo desse princípio e da percepção da necessidade de tornar-se sustentável, garantindo o futuro
das próximas gerações, o Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA realizou, em 2009,
uma campanha educativa em prol do consumo consciente, com objetivo de obter reduções nos
gastos de energia elétrica. Iniciativas como essa trazem benefício, a médio e longo prazo, para o
meio ambiente e para a própria empresa que poderá reverter a economia de recursos financeiros em
benefício da comunidade acadêmica, bem como promover capacitação e melhorias de condições de
trabalho para seus funcionários.
OBJETIVOS
Despertar na comunidade acadêmica do Centro Universitário de Volta Redonda a prática do
consumo consciente. Reduzir em 10% o valor financeiro da conta de energia elétrica do Centro
Universitário de Volta Redonda.
METODOLOGIA
Utilizou-se os meios de comunicação disponíveis na instituição para realização da campanha
educativa. Para ter o alcance desejado, foram eleitos os seguintes meios de comunicação para serem
utilizados de forma integrada: Informativo Eletrônico Imprensa Agora, material impresso, jornal
Via Campus, área de trabalho dos computadores administrativos e acadêmicos e Rádio Web
UniFOA que utilizou a estratégia “flagrante de consumo consciente”.
60 RESULTADOS
Durante o período de 09 de fevereiro a 30 de abril de 2009, a equipe da Rádio UniFOA flagrou 20
setores praticando atos de consumo consciente. Dentre aqueles que enviaram sugestões para
concorrer ao sorteio de camisetas, 105 foram contemplados com o brinde produzido em fibra de
garrafa PET.
Dentre as sugestões, destacaram-se aquelas que permitiram ação imediata ou implementação em
curto prazo pela direção do UniFOA. Algumas medidas institucionais foram adotadas pela direção
do UniFOA.
Tomando como referência abril de 2009, mês que finalizou a campanha educativa de energia
elétrica, pudemos perceber resultados positivos a partir da análise das contas de energia elétrica.
Nos meses de maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2009, houve redução de
energia elétrica na ordem de 25%, 24%, 31%, 58%, 39%, 27% e 26% respectivamente. No mês de
dezembro de 2009, mês em que ocorreram obras no Campus Aterrado, a redução foi de apenas
10%, ainda assim significativa, considerando que essa era a meta de redução estipulada pela direção
do UniFOA.
CONCLUSÕES
Ao instituir o programa de consumo consciente, o UniFOA despertou na comunidade acadêmica o
desejo de contribuir com a causa, evitando que a economia de energia elétrica fosse entendida como
uma restrição imposta pela instituição. A comunidade acadêmica percebeu que essa prática traria
um benefício para seu próprio bem estar e para o meio ambiente. O objetivo maior de contribuir
para a sustentabilidade da empresa e do planeta através do uso de campanha educativa foi atingido e
demonstrou que o público interno pode ser um agente de mudança indispensável para obtenção de
vantagem competitiva para as organizações.
REFERÊNCIAS
BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 382 p.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9ª ed. São Paulo: Gaia,
2004. 551 p.
KOTLER, Philip. ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007. 600 p.
61
Compostagem nas escolas
José Roberto Tavares de Paiva
Associação Ecológica Harmonia Ambiental
Centro de Referência de Educação Ambiental de Resende – CREAR/SME
Palavras-chave: educação ambiental, lixo orgânico, digestão aeróbica.
INTRODUÇÃO
Os resíduos domiciliares coletados nas cidades brasileiras são constituídos por uma grande
quantidade de matéria orgânica, superior a 60% em peso. Esse material, quando não tratado ou
disposto indevidamente no solo, provoca poluição dos recursos hídricos, pela formação de chorume
(liquido), e atmosférica, pela liberação de gases contribuintes do efeito estufa. Uma das mais
difundidas formas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos é a compostagem. A compostagem é
um processo natural de decomposição da matéria orgânica pela ação de microorganismos. O
produto final do processo de compostagem aeróbica é o composto orgânico, material rico em húmus
e nutrientes minerais, que pode ser aplicado ao solo como fertilizante.
OBJETIVOS
Desenvolver técnicas de compostagem de lixo doméstico, aliado a um programa de Educação
Ambiental que promova a técnica nas escolas e incentive os alunos a praticarem nas suas casas,
desenvolver atividades pedagógicas sobre o lixo, reciclagem, coleta seletiva e ciclos da natureza,
reutilizar o composto na horta escolar ou no jardim da escola, criar hábitos e cultura de
sustentabilidade e cidadania e reduzir o lixo orgânico disposto no aterro sanitário.
METODOLOGIA
O projeto vem sendo desenvolvido pelo CREAR- Centro de Referência de Educação Ambiental de
Resende, da Secretaria Municipal de Educação, promovendo a compostagem como prática de
resgate de cidadania e preservação do meio ambiente; a aplicação vem sendo feita em escolas do
ensino fundamental da rede pública municipal. São usadas técnicas variadas, como o uso de leiras
abertas e o de composteiras, equipamentos simples usados para conter os resíduos orgânicos.
Todos os dias as merendeiras devem coletar os restos do preparo dos alimentos vegetais em um
recipiente, como um cesto de lixo, destinado a esse fim. Elas receberão os restos de cozinha e as
folhas resultantes da varredura e do corte de grama da escola.
A participação dos alunos deve ser incentivada: cada dia um grupo de alunos de turmas distintas
deve ter a incumbência de levar o cesto com os restos de cozinha para uma das composteiras. O
62 grupo de alunos joga, espalhando os restos do cesto na área da composteira. Em seguida os restos
da cozinha devem ser cobertos com as folhas e aparas de grama que foram depositados ao lado da
composteira. Ao fim de um período de 4 a 6 meses, o composto estará pronto, podendo ser utilizado
na horta ou no jardim da escola.
RESULTADOS E DISCUSSÕES TEÓRICAS
Em várias turmas verifica-se o despertar de consciência de crianças que participam ativamente dos
processos de coleta, disposição dos resíduos e acompanham o trabalho das bactérias. Depois vêm e
aplicam o composto no jardim ou na horta da escola e percebem os ciclos da natureza e os conceitos
da agricultura orgânica. Ampliar o alcance do projeto poderá propiciar no futuro uma consciência
de separação do lixo que possa facilitar a implantação de usinas de compostagem, como as que
existem na Áustria, que coletam de 7 a 120 mil toneladas de resíduos orgânicos por ano, onde os
trabalhos começaram há 25 anos, com programas de Educação, num formato bastante semelhante
ao que estamos implantando em Resende.
REFERÊNCIAS
JahneL, Marcelo Cabral; Melloni, Rogerio ; Cardoso, Elke J. Maturidade de Compostos de Lixo
Urbano - Depto. de Solos e Nutrição de Plantas - ESALQ/USP. Depto. de Solos e Nutrição de
Plantas - ESALQ/USP, C.P. 09 - CEP: 13418-900 - Piracicaba,SP. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-90161999000200007
Toledo De Sá, Luiz. Guia de Compostagem Caseira. Disponível em
http://www.luiztoledo.net/page1.aspx
Compostagem: O que é? Site http://www.hortadaformiga.com/compostagem.cfm , Horta da
Formiga, Centro de Compostagem Caseira da cidade do Porto, Portugal.
Inácio, Caio de Teves. Projeto de Reciclagem de Resíduos Orgânicos na Grande Florianópolis.
Revista Limpeza Pública. Nº 49. Outubro de 1998. Publicação trimestral da Associação Brasileira
de Limpeza Pública – ABPL.
63
Confecção de cartilha para prevenção à carie precoce infantil
Cecília Pereira Silva 1*, Júlio Cesar Soares Aragão 2 1, 2 Centro Universitário de Volta Redonda- UniFOA
Palavras-chave: Cárie precoce, prevenção, pediatria.
INTRODUÇÃO
A cárie dentária é uma doença infecciosa multifatorial, que pode, desde a primeira infância,
manifestar-se de forma agressiva.
A saúde bucal tem grande importância na manutenção do equilíbrio orgânico, e é, portanto,
importante que as mães tenham conhecimento sobre a cariogenicidade do leite, a transmissibilidade
da cárie e o momento de visita ao dentista.
É fundamental que o pediatra, por seu contato próximo com a criança e seus pais desde o
nascimento, conscientize-se de que a cárie é uma doença evitável, e a sua prevenção inicia-se no
consultório pediátrico
OBJETIVOS
Coletar dados junto aos pediatras sobre a cárie de acometimento precoce na infância e propor um
maior comprometimento na prevenção dessa patologia.
Estimular nos discentes do curso de Medicina o reconhecimento do seu papel na redução dos
índices da cárie precoce na infância.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa que é apropriada para medir tanto opiniões,
atitudes e preferências quanto comportamento.
DISCUSSÃO
Os pediatras podem exercer um importante papel, tanto direta quanto indiretamente, na prevenção
da cárie, uma vez que são capazes de promover precocemente o aconselhamento materno quanto às
práticas alimentares de seus filhos, evitando assim o surgimento da cárie tipo mamadeira. Esses
profissionais também podem reconhecer pacientes com alto risco de desenvolvimento da doença.
Considerando, ainda, a precocidade das consultas dos bebês aos pediatras deve-se ter em mente que,
muitas vezes, esses profissionais são os primeiros agentes de saúde a manipular as crianças e por
isso passam a ter importância fundamental, não apenas na educação, mas também no
64 reconhecimento de situações que fujam à normalidade e, principalmente o encaminhamento precoce
aos odontopediatras.
CONCLUSÃO
O presente trabalho destina-se a confecção de uma cartilha que possa auxiliar na capacitação de
discentes, docentes e profissionais da saúde quanto à prevenção da cárie precoce e tópicos
correlatos de saúde oral.
REFERÊNCIAS
GALARNEAUS,C.; BRODEUR,JM. The cariogenic nature of childhood bedtime rituals. JODQ
Spplemente. Scientific Article, 2006.
LOSSO,EM; et al.Severe early childhood caries: an integral approach. J Pediatr (Rio J).
2009;85(4): 295-300.
PLUTZER,K; SPENCER,A. Efficacy of an oral health promotion intervention in the prevention of
early childhood caries. Community Dent Oral Epidemiol.2008; 36:335-46.
65
Considerações iniciais da implantação do espaço da ciência no município de Barra Mansa.
SILVA, L. G. O. 1 *, RUTA, C.2, SOUZA, M. R.3, MORAES, C. A. B. A.4, RIBEIRO, L. M.5,
SILVA, G. A.6, SOUZA, L.G.S.7
1 Secretaria Municipal de Educação de Barra Mansa*
2 Universidade Federal do Rio de Janeiro
1,3,4,5,6,7 Centro de Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro – CEDERJ
Agência financiadora - FAPERJ
Palavras-chave: Divulgação Científica, Experimentação e Ensino de Ciências.
INTRODUÇÃO:
A Educação no Brasil vem sofrendo uma forte crise de origem metodológico-pedagógica e político-
social, sobretudo no ensino de Ciências para o nível fundamental. Uma das principais causas
apontadas para o fracasso é a maneira de ensinar a disciplina, que muitas vezes é apoiada em
concepções equivocadas e não desperta o interesse das turmas. Uma das estratégias utilizadas para a
melhoria do processo ensino-aprendizagem é a experimentação (BEVILACQUA E SILVA, 2007).
Para BORGES (2002), a formação de professores, assim como todo o sistema educacional do
Brasil, não tem sido considerada uma prioridade e esta é uma das causas que podem ser apontadas
para explicar a ineficácia do sistema escolar. Entre as ações destacadas por este autor como
necessárias à melhoria do ensino estão a valorização dos espaços educacionais, a valorização da
profissão docente e programas para o aperfeiçoamento e desenvolvimento do profissional.
A utilização de um espaço para ciência é importante para o enriquecimento da educação; tão
importante quanto a experimentação é a divulgação científica.
OBJETIVOS:
Consolidar o Espaço da Ciência em Barra Mansa, utilizando-o na formação continuada dos
docentes, despertando nos alunos o interesse pela Ciência e abrindo caminhos para sua
compreensão.
METODOLOGIA:
O Espaço da Ciência está sendo implantado e consolidado no CIEP 054 – Maria José M. de
Carvalho, Rua L, s/n° - Vila Maria. Barra Mansa, RJ. Foram liberados 03 espaços, totalizando cerca
de 150 m², para os diversos ambientes que serão utilizados para o estudo formal e não formal: Sala
multimídia com vários recursos audiovisuais; laboratório multidisciplinar e museu.
66 Através de cursos, palestras, oficinas e aulas experimentais os professores de Ciências das 18
unidades escolares do município estão sendo auxiliados no seu aperfeiçoamento profissional,
participando ativamente de projetos de pesquisa e tendo acesso a materiais necessários para a
execução de atividades experimentais nas unidades escolares.
RESULTADOS PRELIMINARES:
O espaço recebeu os professores da rede municipal de Barra Mansa para participarem de diversas
oficinas em várias áreas do conhecimento.
O museu foi preparado para receber as coleções, algumas já foram montadas, como a de fósseis,
aracnídeos, moluscos e equinodermos. Essas coleções ficam expostas e podem ser visitadas pela
comunidade.
O espaço recebe agendamento para visitação orientada, oficinas e palestras através do e-mail
espacocienciabm@gmail.com.
REFERÊNCIAS:
BEVILACQUA, GD, COUTINHO-SILVA, R. 2007. O Ensino de Ciências na 5ª Série. Através da
Experimentação. Ciência & Cognição, (10): 84-92.
BORGES AT. 2002. Novos Rumos Para o Laboratório Escolar de Ciências. Cad. Bras. de Ens. Fís.,
(19)3.
67
Consumo da merenda escolar entre alunos de escolas públicas
Georgianna Silva dos Santos¹*, Maria de Fátima Alves de Oliveira²
¹Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
²Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
Palavras-chave: alunos, merenda escolar, atividades diferenciadas.
INTRODUÇÃO
O Brasil tem vivenciado uma transição nutricional muito grande, levando ao surgimento de
sobrepeso e obesidade nas diferentes classes sociais. Dados da coordenação da Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN) informam que, ao mesmo tempo em que se observa o aumento de
calorias per capita e da participação de alimentos de origem animal na mesa do brasileiro, constata-
se a substituição de cereais, frutas, verduras e legumes por gorduras em geral e açúcares.
Para o Ministério da Saúde (BRASIL, 2002), a escola é um local onde muitas pessoas vivem,
aprendem e trabalham; compreende que o período escolar é fundamental para se trabalhar saúde na
perspectiva de sua promoção, desenvolvendo ações para a prevenção de doenças e para o
fortalecimento dos fatores de proteção, pois é um espaço no qual os programas de educação e saúde
podem ter grande repercussão.
Programas de promoção de saúde e nutrição nas escolas podem melhorar a aprendizagem e os
resultados educacionais das crianças, bem como a educação de qualidade pode conduzir aos
melhores resultados de saúde e nutrição (UNICEF, 2000). Assim, a sala de aula torna-se um espaço
social privilegiado para contextualizar os conteúdos a partir da interação entre os saberes
curriculares e os demais saberes da sociedade, proporcionando a cada aluno a possibilidade de
construir o conhecimento, vivenciando e desenvolvendo as suas competências e habilidades
individuais (TORRES, 2003).
Neste estudo investigamos os alimentos da merenda escolar consumidos pelos alunos do Ensino
Fundamental de duas escolas públicas situadas na região nordeste e sudeste do Brasil.
METODOLOGIA
Os alunos envolvidos no estudo estavam distribuídos nos 5º, 6º 7º e 8º anos do Ensino Fundamental
e freqüentavam escolas públicas situadas em 2 regiões geográficas do Brasil: 103 alunos de uma
escola, situada na zona oeste do município do Rio de Janeiro/RJ e 62 alunos de uma escola, situada
na região central do município de Caxias/MA. Utilizamos um questionário denominado de Agenda
Alimentar que foi preenchido por eles com os alimentos consumidos durante uma semana.
68 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Os alunos que participaram do estudo (n= 165) são adolescentes. Os resultados mostraram que os
alunos pesquisados da região nordeste consomem os alimentos da merenda e não fazem seleção
entre os mesmos, enquanto os alunos selecionados da região sudeste fazem escolhas dentre os
alimentos oferecidos e não merendam todos os dias da semana. Preferem ingerir alimentos de baixo
valor nutricional, tais como biscoitos e guloseimas que trazem de casa.
A escola pode contribuir no sentido de estimular a alimentação saudável através do uso de
estratégias diferenciadas em relação ao tema “Alimento e Nutrição”, despertando a atenção do
aluno para o consumo de determinados alimentos, valorizando mais o consumo de alimento in
natura e reduzindo ao mínimo a presença de alimentos industrializados.
CONCLUSÕES
Percebemos que a maioria dos alunos da região sudeste se afasta dos alimentos in natura e que a
escola pode promover situações que despertem a atenção do aluno por uma alimentação saudável.
Deste modo, a escola cumpre parte de sua função social na promoção da qualidade de vida não
apenas no seu interior, mas também nas relações que o aluno estabelece entre os seus.
REFERÊNCIAS
BRASIL - MINISTÉRIO DA SAÚDE; SECRETARIA DE POLÍTICA DE SAÚDE, PROJETO
PROMOÇÃO DA SAÚDE – INFORMES TÉCNICOS INSTITUCIONAIS. A promoção da saúde
no contexto escolar. Revista de Saúde Pública. V.36, n.2, p.533-535, 2002.
TORRES, M. L. O compromisso social das escolas públicas com as novas tecnologias da
comunicação e da informação. Revista Tecnologia Educacional, Ano XXXI, n. 161/162, Abr/03-
Set/2003.
UNICEF – Fundo das Nações para a Infância. Focusing Resources on Effective School Health: a
FRESH Start to Improving the Quality and Equity of Education. Relatório final do Fórum Mundial
de Educação. Senegal, 2000. Disponível em: <http://
unicef.org/lifeskills/files/FreshDocument.pdf.>. Acesso em: 20/01/2011.
69 Contribuições da política nacional de educação ambiental na formação profissional dos alunos
do curso de Aprendizagem Industrial do SENAI de Vassouras / RJ
Jesimar da Cruz Alves
Universidade Severino Sombra – USS
Centro de Tecnologia em Alimentos e Bebidas SENAI – CTS
Palavras-chave: Educação, Competência, Ambiental
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da sociedade, o avanço das tecnologias e a quebra das barreiras de
comercialização advinda da globalização, fizeram com que a sociedade atual desenvolve-se um
comportamento mais consumista e descartável dos recursos consumidos. De acordo com pesquisas
realizadas, o lixo no Brasil é composto de: 52% de lixo orgânico, 26% de papel e papelão (26%),
3% de Plásticos, 2% de metais, 2% de vidro e 15% de lixos tecnológicos e outros tipos.
Segundo JUCÁ (2002), o crescimento populacional, aliado à intensa urbanização, acarreta a
concentração da produção de imensas quantidades de resíduos e a existência cada vez menor de
áreas disponíveis para a disposição desses materiais. Percebe-se que estes meios não são
pulverizados de forma padrão pelos órgãos de educação, levando a uma formação técnica e
profissional e se distanciando da formação de valores humanos.
Conforme a LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999, que determina que a educação ambiental
seja um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-
formal. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo compreender os estudos voltados para a
linha da educação ambiental, que de certa forma se apresenta de forma simples e aplicável, levando
a refletir sobre os benefícios da educação ambiental na construção de valores, levando ao indivíduo
que podemos chamar de sujeito a refletir suas ações e como estas ações pode proporcionar impactos
ambientais futuros e uma convivência harmônica profissional com o mercado em que vai atuar.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da pesquisa em questão, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica
minuciosa e aplicado de um questionário avaliativo, que teve como objetivo reconhecer o nível das
ações de educação ambiental desenvolvidas pela escola SENAI de Vassouras nos alunos de
aprendizagem.
70 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Ao final da minha pesquisa, pude perceber que, a necessidade de educação ambiental é de total
importância para a humanidade, o grande vilão é que compreender que as ações de educação
ambiental são fundamentais para a sobrevivência do planeta talvez seja os maiores desafios das
instituições de educação formal e informal. Durante a aplicação do questionário investigativo, pude
perceber que mesmo com a intensidade das ações desenvolvidas pela escola SENAI de Vassouras,
os alunos tocados por estas ações ainda trazem com sigo uma resistência a mudança de valores
pessoais que são adquiridos no berço, ou seja, nos primeiros ensinamentos transmitidos pelos pais.
CONCLUSÕES
Ações voltadas para a educação ambiental devem ser inseridas no cotidiano da sociedade desde
berço até a fase escolar, pois já percebemos que uma educação ambiental correta é aquela que
poderá proporcionar mudanças de valores nos indivíduos e em conseqüência na sociedade do
futuro. Vale lembrar que este estudo não se esgota com a pesquisa realizada, fazendo com que a
inquietação quanto à aplicabilidade das políticas de educação ambiental sejam cada vez mais
exploradas, levando a ampliação em instituições de ensino superior.
REFERÊNCIAS
Brasil, LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999
CARVALHO, I. C. M. A invenção do sujeito ecológico: identidade e subjetividade na formação
dos educadores ambientais. In: SATO, M; CARVALHO, I. C. M. (org) Educação Ambiental:
pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005.
JUCÁ, J. F. T. Proposta de política de resíduos sólidos para o Estado de Alagoas –
Metodologia de atuação. XVIII CONGRESSO INTERAMERICANO – AIDIS, 2002. Anais...
João Pessoa-Paraíba. Disponível em: <http://www.grs-ufpe.com.br/downloads/publicacoes/xxviii-
aidis--politicas_al.pdf >. Acesso em: junho de 2011.
LOUREIRO, C. F. B. Educação Ambiental e “Teorias Críticas”. In: Guimarães, M. (org) Caminhos
da Educação Ambiental: da forma à ação. Campinas, SP: Papirus, 2006.
71
Contribuições inovadoras para o ensino da Gestão do Sistema de Saúde no Brasil
Denize Duarte Celento1*, Cláudia Mara de Melo Tavares2
1- Universidade Federal Fluminense - UFF 2- Universidade Federal Fluminense - UFF
Palavras-chave: Educação em Enfermagem, Educação Médica, Gestão em Saúde
INTRODUÇÃO
A partir da nova Constituição da República, várias iniciativas institucionais, legais e comunitárias
foram criando as condições de viabilização plena do direito à saúde. O SUS tem como ideais: a
consolidação de vínculos com e entre diferentes segmentos sociais e atendimento com eficácia e
eficiência. A proposta deste novo modelo de gestão é centrá-lo na qualidade de vida das pessoas e
do seu meio ambiente e melhorar a relação da equipe de saúde com a comunidade.
As instituições formadoras têm perpetuado modelos essencialmente conservadores, centrados em
aparelhos e sistemas orgânicos e tecnologias altamente especializadas
Assim, reafirmando a formação dos profisisonais da sáude, as diretrizes curriculares para os cursos
de enfermagem e medicina, Resoluções CNE/CES nº 3 e nº 4de 7 de novembro de 2001,
respectivamente, que instituem a formação desses profisisonais dotados dos conhecimentos
requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais.
O objetivo geral desse estudo é o aprofundamento no processo de formação da equipe de saúde,
em especial, nos profissionais de enfermagem e medicina, que adquirem maior relevância na
relação com a comunidade. Como objetivos específicos buscaremos analisar o modelo adotado na
formação desses profissionais e o perfil preconizado pelo Sistema de Saúde no Brasil.
METODOLOGIA
Trata-se de estudo exploratório e descritivo, de busca na base de dados da SciELO, compreendendo
o período disponível de 1993 a 2010 buscando reconhecer como se dá o ensino de gestão do
sistema de saúde na formação dos profissionais de enfermagem e medicina. Sendo selecionados
para este trabalho 11 artigos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
No que diz respeito às inovações mencionadas destacam-se as realizações de mudanças de longo e
médio prazo dentro da estrutura curricular. Profundidade da reforma e ampliação dos princípios de
interdisciplinaridade, multiprofissionalidade, auto cuidado e presença significativa de docentes e
alunos juntos ao espaço comunitário (MACHADO, CALDAS E BORTONCELLO, 1997).
72 Em um artigo que relatou a transformação de uma disciplina tradicional em ensino médico
(ROCHA, BAVA, REZENDE, 2006), voltada ao ensino da política e gestão de saúde com uso de
tecnologias de informação e comunicação: e-Learning.
A disciplina de saúde mental e psiquiatria em busca de novos caminhos de ensino para a atenção em
enfermagem de saúde mental e psiquiátrica, pontuando aspectos relevantes, potencialidades e
fragilidades, integração entre disciplinas da área com outras áreas (CARVALHO, CAMPOS,
OLIVEIRA, 2009).
Em experiência inovadora de ensino de administração de enfermagem, na formação do enfermeiro
por meio da interface entre a arte e a educação, desenvolvida pela disciplina de administração em
Saúde (FERREIRA, COTTA, OLIVEIRA, 2009).
CONCLUSÃO
Os achados deste estudo permitiram constatar que os conteúdos e focos temáticos de ensino da
gestão do sistema de saúde nos cursos de graduação de enfermagem e medicina permeiam a análise
crítica da educação que temos feito no setor de saúde e a construção de caminhos desafiadores.
A mudança se inicia com o rompimento do paradigma tradicional do processo de ensino
aprendizado. Uma estratégia viável é transpor as fronteiras da sala de aula por meio de modelo
pedagógico que equilibre a excelência técnica e a relevância social.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, S.R.; CAMPOS, G.W.S.; OLIVEIRA, G.N. Reflexões sobre o ensino de gestão em
saúde no internato de medicina na faculdade de ciências médicas da universidade estadual de
campinas- Unicamp. Interface 13(29): 455-465, ND.2009 Jun.
FERREIRA, M.L.S.M.; COTTA, R.M.M.; OLIVEIRA, M.S. Construção coletiva de experiências
inovadoras no processo ensino-aprendizagem na formação de profissionais de saúde.
Rev.bras.educ.med. 33(2): 240-246, TAB. 2009 Jun.
MACHADO, J.L.M.; CALDAS JR, A.L.; BORTONCELLO, N.M.F. Uma nova iniciativa na
formação dos profissionais de saúde. Interface 1(1): 147-156, ILUS.1997.Aug.
ROCHA, J.S.Y.; BAVA, M.C.G.C.; REZENDE, C.E.M. Pesquisa-aprendizagem no ensino da
política e gestão de saúde: relato de uma experiência com e-learning. Rev.bras.educ.med. 30(1):
73-78, ND.2006 Apr.
73
Desenvolvimento de DVD educacional: “apresentamos: as enzimas”
Isabela M. de Lima1*, Felipe S. de Oliveira1, Patrícia S. de Oliveira1, Patrícia Farias1, Daniele
Maciel1, Viviane Andrare1, Claudia Y. Utagawa1,2 e M. Lucia Bianconi1 1Instituto de Bioquímica Médica – CCS/UFRJ
2 Centro Universitário de Volta Redonda – UNIFOA
Apoio Financeiro: FAPERJ e PR5/UFRJ
Palavras-chave: Recursos áudio-visuais, Educação em Ciência, Enzimas.
INTRODUÇÃO
O Ensino de Ciências tem um papel fundamental na estruturação da sociedade, facilitando a
compreensão de fenômenos e acontecimentos do cotidiano. A origem do trabalho experimental nas
escolas teve por objetivo melhorar a aprendizagem do conteúdo científico (GALIAZZI et al., 2001).
Entretanto, atividades experimentais na realidade escolar são pouco frequentes e, muitas vezes, a
forma como os conteúdos são apresentados aos alunos, inclusive no Ensino Superior, não culmina
em construção de conhecimento. Dessa forma, nosso grupo vem desenvolvendo materiais
alternativos que sirvam de subsídios a graduandos e profissionais que buscam formação continuada.
OBJETIVOS
Elaboração e distribuição de material paradidático e de divulgação científica abordando o tema
“enzimas”, direcionado a alunos de graduação, professores de Ensino Médio e profissionais da área
de Saúde.
METODOLOGIA
Estamos utilizando vídeos, animações e fotos na editoração de dois DVDs. O primeiro, direcionado
a graduandos das áreas biológicas e professores do Ensino Médio, contará com fundamentação
teórica, experimentos de baixo custo, explicações e curiosidades; o segundo apresentará, além da
fundamentação teórica, uma abordagem clínica, descrevendo enzimopatias, em particular, as
envolvidas com os erros inatos do metabolismo. Os roteiros literários do primeiro DVD já foram
concluídos, tendo sido empregada uma linguagem de fácil compreensão. O projeto encontra-se na
fase de edição de filmagem e elaboração de animações. O material está sendo avaliado por
professores de Ensino Médio e licenciandos da área biológica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Experimentos simples, que podem ser realizados sem a necessidade de laboratórios ou material
específico, foram filmados em diferentes enquadramentos e analisados por licenciandos de
74 Biologia. A avaliação foi positiva e direcionou para o melhor enquadramento, o qual passou a ser
utilizado. O tema “enzimas” foi escolhido por despertar o interesse e a curiosidade, já que faz parte
do cotidiano e tem grande importância biotecnológica, em especial, na área da Saúde. Serão
mostrados experimentos que permitem o estudo de propriedades cinéticas das enzimas (efeitos de
pH, temperatura e concentração de substrato e de enzima). Foi incluída uma introdução, além das
explicações dos resultados obtidos. As animações estão em fase inicial de preparação. Os
avaliadores também comentaram a importância de um material deste tipo como um auxiliador na
aprendizagem.
CONCLUSÕES
As particularidades de um material didático em forma de DVD permitem explorar os assuntos
através de abordagens que geram interesse do aprendiz com o tema, possibilitando o contato de um
amplo número de pessoas com experimentos e equipamentos não corriqueiros. Segundo Gaspar &
Monteiro (2005), demonstrações experimentais têm a vantagem de serem utilizadas em meio à
apresentação teórica, mantendo a continuidade da abordagem conceitual, gerando motivação e
interesse que despertam os alunos para a aprendizagem. O uso da tecnologia em forma de
multimídia pode colaborar para um ganho conceitual significativo, por levar aos profissionais e
futuros profissionais um conteúdo de qualidade, com informações atualizadas.
REFERÊNCIAS
GALIAZZI et al. Objetivos das atividades experimentais no Ensino Médio: A pesquisa coletiva
como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v.7, n.2, p.249-263,
2001.
GASPAR, A. MONTEIRO, I. C. C. Atividades experimentais de demonstrações em sala de aula:
Uma análise segundo o referencial da teoria de Vygotsky. Investigações em Ensino de Ciências. v.
10, n. 2, p. 227-254, 2005.
75 Desenvolvimento de estratégia educativa sobre aleitamento materno visando ao ensino entre
acadêmicos da área de Ciências da Saúde
Claudia Regina O. da Costa1 , Dra Rosane M.S. de Meirelles2
1,2 Programa de Mestrado em Ensino em
Ciências da Saúde e do Meio Ambiente - MECSMA - UniFOA
Palavras-chave: aleitamento materno, ensino, ciências da saúde
INTRODUÇÃO
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda
entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se
defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de
ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. Apesar de todas as evidências científicas
provando as vantagens da amamentação sobre outras formas de alimentar a criança pequena, e
apesar dos esforços de diversos organismos nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento
materno, em especial as de amamentação exclusiva, estão bastante aquém do recomendado, e para
melhoria de seus índices faz-se necessário adequado aprendizado das mães com participação ativa
dos profissionais de saúde, proporcionando orientações e suporte oportunos para as gestantes e
lactantes.
Em 1993, foi realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde um estudo sobre aleitamento
materno nos currículos das escolas de saúde. Os resultados mostraram que o número de horas
dedicado ao tema é mínimo e insuficiente, e as entrevistas com alunos ao final do curso mostraram
que, se esses têm conhecimento de como resolver casos de complicações na lactação, isso não
decorre do que foi aprendido no currículo, mas sim da prática em atividades clínicas
extracurriculares.
Sabendo-se que a formação do profissional, na graduação, em relação ao aleitamento materno
precisa ser mais atendida, propomos este projeto de pesquisa que tem como objetivo geral
identificar as dificuldades de acadêmicos do curso de Medicina relacionadas ao tema Aleitamento
Materno sugerindo estratégia educativa a fim de facilitar as discussões sobre o tema.
METODOLOGIA
Este projeto será realizado inicialmente na forma de um estudo transversal, descritivo, através da
coleta de dados por meio de um questionário semi-estruturado sobre aleitamento materno, com
perguntas elaboradas de acordo com recomendações do Ministério da Saúde, dirigido aos
acadêmicos do internato do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda-RJ. O
76 questionário conterá duas questões relativas ao conteúdo curricular, que serão respondidas por
extenso e quinze questões do tipo objetiva.
Após análise de tais resultados, realizaremos a segunda etapa do projeto que é a elaboração de uma
atividade didática sobre o tema aleitamento materno, com base nas respostas fornecidas pelos
discentes na coleta de dados iniciais. Está prevista a elaboração de uma oficina com etapas
organizadas de forma crescente com relação ao conteúdo e inserção de atividades de dinâmica de
grupo como pequenas esquetes e troca de papéis funcionais entre os participantes.
PERSPECTIVAS
Ainda não temos resultados pois o projeto começará sua execução a partir do 2º semestre de 2011.
Esperamos que a formatação de uma oficina sobre o tema Aleitamento Materno proporcione maior
discussão entre discentes e docentes para apropriação de medidas mais efetivas no aconselhamento
e prescrição dos processos de amamentação.
REFERÊNCIAS
GIUGLIANI, E.R.J. O aleitamento materno na prática clínica. J Pediatr (Rio J). 2000; 76(Supl
2):S238-52.
KROGSTRAND, K.S; PARR, K. Physicians ask for more problem-solving information to
promote and support breastfeeding. J Am Diet Assoc 2005; 105:1943-7.
______ . MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da Criança: Aleitamento Materno e Alimentação
Complementar. Brasília-DF, 2009. (Caderno de Atenção Básica, n.23)
OPAS/OMS. Encuesta sobre enseñanza de la lactancia materna en escuelas universitárias de
América Latina. Relatório mimeografado da OPS;1993.
77
Desenvolvimento e avaliação de software educacional sobre Assistência Neonatal para curso
Técnico Profissionalizante de Enfermagem
Alessandra Amorim Machado¹*, Fábio Aguiar Alves2
1,2 Centro Universitário de Volta Redonda. UniFOA.
Palavras-chave: ensino em enfermagem, informática em enfermagem, enfermagem neonatal.
INTRODUÇÃO
A Educação de nível médio em Enfermagem precisa preparar os profissionais para adequada
inserção no mercado de trabalho, com conhecimentos básicos de informática para atualização ou
mesmo para atuação destes em sua área.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB no. 9394/96, Resolução CNE/CEB 4/99, define a
educação profissional como uma “modalidade de ensino que visa ao desenvolvimento de
competências básicas da pessoa e do cidadão, bem como a preparação geral para o trabalho como
dimensão da cidadania”. As ações pedagógicas devem se voltar à construção de saberes e ao
desenvolvimento de competências ligadas à leitura e á interpretação de informações, pesquisa,
análise e compreensão de princípios de bases tecnológicas disponibilizadas; à utilização fluente de
ferramentas básicas e usuais disponibilizadas pela informática; à internalização de atitudes de
responsabilidade e comprometimento com a saúde, como direito individual e dever com o coletivo e
com a preservação do meio ambiente (BRASIL, 1996, 1997, 1998).
A educação de nível Médio na Enfermagem baseia-se na aquisição de habilidades e competências
técnicas específicas para o atendimento das necessidades dos pacientes.
É necessário que as instituições de ensino apliquem conhecimentos de informática para adequada
utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis, permitindo aos profissionais articular suas
atividades com os demais agentes de saúde, tomar decisões e relacionar-se com a equipe
multiprofissional. (BRASIL, 2000).
A utilização de tecnologias educacionais no ensino de enfermagem é uma necessidade profissional
diante das transformações que envolvem a sociedade moderna, nos aspectos políticos, sociais e no
mundo virtual (AGUIAR, 2006).
Neste contexto, o desenvolvimento de um software educacional para o ensino médio é uma
tentativa de atender as necessidades da sociedade tanto no campo da informática quanto no campo
da assistência à saúde.
78 OBJETIVOS
Desenvolver, aplicar e avaliar um software educacional na temática de assistência neonatal em um
Curso técnico de Enfermagem da cidade de Volta Redonda.
METODOLOGIA
Construção de um software educativo para o ensino de cuidados básicos de assistência neonatal a
alunos de um curso profissionalizante de enfermagem e comparar a apreensão do conhecimento
antes e após a aplicação do software. Trata-se de pesquisa descritiva de abordagem quantitativa
tendo como fundamentação teórico-pedagógica para a construção do software a Teoria de Vigotsky.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
O tema da assistência neonatal foi escolhido devido à experiência da pesquisadora com a assistência
ao neonato e sua família em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. A motivação foi a dificuldade
de acharmos profissionais de curso técnico com experiência nesta área.
Este estudo tem como proposta o desenvolvimento, aplicação e avaliação de um software
educacional sobre assistência neonatal enquanto tecnologia educacional a alunos do Curso Técnico
de Enfermagem, atendendo as definições contidas nas Referências Curriculares Nacionais da
Educação profissional de nível Técnico.
O educador comprometido com a melhoria da educação e com a formação de profissionais
capacitados, necessita considerar as tecnologias disponíveis para aprimorar os recursos a serem
utilizados, no sentido de obter resultados positivos para o ensino de determinada área do
conhecimento (AGUIAR, 2006).
REFERÊNCIAS
AGUIAR, R.V. Desenvolvimento, implementação e avaliação de ambiente virtual de
aprendizagem em um curso profissionalizante de enfermagem. Dissertação (Doutorado em
Enfermagem). USP, Ribeirão Preto, 2006.
BRASIL. Lei 9394, 20 de dezemdro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Disponível em http://portal.mec.gov.br/. Acesso em 10.dez 2010.
BRASIL. Secretaria de Educação média e tecnológica. Referências Curriculares Nacionais da
educação profissional de nível técnico. Área profissional: Saúde. Brasília, 2000. Disponível em
http://portal.mec.gov.br. Acesso em 10.dez 2010.
79
Diagnóstico da possibilidade de incorporação do lodo da ETA Nova em cerâmica vermelha
Raquel Rohr Madureira¹*, Pedro França Magalhães¹,Rosana Aparecida Soares Ravaglia¹ 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA.
Palavras-chave: lodo de ETA; cálculo; cerâmica vermelha.
INTRODUÇÃO
A escolha da destinação final de resíduos, de modo geral, não deve almejar somente à redução de
custos, mas, principalmente, soluções ambientais que satisfaçam a atual visão ambiental de oferecer
aos resíduos a disposição mais nobre possível.
Considerado um passivo ambiental, o resíduo, também denominado de lodo, gerado no tratamento
de água bruta necessita de uma destinação adequada e ambientalmente segura a fim de evitar que
maiores impactos possam ocorrer com o descarte incorreto. A busca por alternativas
ambientalmente corretas para esse descarte visa um modelo de desenvolvimento sustentável, sendo
sua incorporação à matéria prima de cerâmica vermelha, como o tijolo, uma das mais estudadas.
Para confirmar sua atratividade é importante conhecer a quantia de lodo gerado para analisar a
viabilidade de tal alternativa.
METODOLOGIA
A ETA escolhida para estudo é a ETA Nova localizada em Barra Mansa, cidade sul fluminense,
responsável pelo abastecimento da maior parte de sua população. Os dados foram obtidos
diretamente com o SAAE – BM (Serviço autônomo de água e esgoto de Barra Mansa), empresa
responsável por essa estação, que forneceu dados necessários para a realização do cálculo. A
fórmula escolhida para ser empregada neste trabalho é a elaborada pela CETESB, conforme exposto
por Saron e Leite (2001), que usa a turbidez da água bruta e dados operacionais da estação como
vazão de água bruta tratada e dosagem de coagulante empregado no tratamento.
As fórmulas são apresentada como:
P = (0,23 x AS + 1,5 x T) x 10-3 W = 86400 x P x Q
Onde, P – produção de sólidos (kg de matéria seca / m³ de água bruta tratada); AS – dosagem de
sulfato de alumínio (mg/L); T – turbidez da água bruta; W – quantidade de sólidos secos (kg/dia); Q
– vazão de água bruta tratada (m3/ s)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos referente à quantidade de lodo gerada na ETA Nova, são apresentados na
tabela abaixo:
80
Mês (2010) Produção de Lodo (base
seca) (kg.dia-1) Mês (2010) Produção de Lodo (base seca)
(kg.dia-1)
Janeiro 11.638,02 Julho 1.251,64
Fevereiro 4.768,63 Agosto 576,09
Março 8.636,49 Setembro 338,69
Abril 3.678,90 Outubro 569,95
Maio 1.209,44 Novembro 832,89
Junho 913,55 Dezembro 19.787,25
Média mensal 4.516,79
É possível observar que a quantidade de lodo gerado nessa estação é relativamente alta, podendo
afirmar que, em termos quantitativos, essa incorporação é uma alternativa viável e vantajosa, pela
eliminação do despejo dessa quantidade de poluente no corpo hídrico, e economia desse mesmo
valor de argila a ser extraída, gerando um aumento da vida útil da jazida. Além do meio ambiente,
as empresas também são beneficiadas, já que a de saneamento oferece um destino correto ao seu
resíduo e a de cerâmica reduz seus custos de extração mineral e eleva a vida útil de sua jazida. Para
comprovar a real viabilidade de mistura desse tipo de resíduo ao material cerâmico é necessária a
realização de um estudo de caracterização do lodo para verificar sua compatibilidade e qual teor
deve ser utilizado.
CONCLUSÃO
A inclusão do resíduo gerado no tratamento de água da cidade de Volta Redonda à matriz de cerâmica
vermelha é uma alternativa viável quantitativamente, oferecendo diversos benefícios para o meio ambiente
e para as empresas envolvidas. É necessário, no entanto, a efetivação de estudo de caracterização desse
resíduo para verificar sua compatibilidade qualitativa.
REFERÊNCIAS
SARON, A.; LEITE, V.M.B. Quantificação de lodo em estação de tratamento de Água. In: 21º
Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, João Pessoa. Anais. ABES. 2001.
81
Ecoturismo e educação ambiental
Glória Maria Santos Bonfim de Jesus1, Hugo Carlos Romero Novaes1, Kátia Alves Rodrigues1,
Ulisses dos Santos Lima1, Vânia Lucia de Oliveira1,2 1 Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM
2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ
Palavras-chave: ecoturismo, educação ambiental, atividade sustentável, atrativo turístico.
INTRODUÇÃO
O Ecoturismo é um dos tipos de turismo que utiliza os recursos naturais e que na teoria define-se
apenas como benéfico, porém, na prática, ficam expostos os impactos ambientais que são
provocados, levando-se em consideração os desgastes das áreas naturais que são utilizadas como
atrativo turístico.
Neiman e Rabinovich (2008) destacam a necessidade da Educação Ambiental (EA) no ecoturismo,
com isso a EA torna-se importante para a sua prática, não apenas conscientizando, mas contribuindo
com ações voltadas para mudanças de comportamentos preocupadas com a preservação da natureza.
OBJETIVOS
O objetivo do trabalho é analisar o Ecoturismo como uma atividade sustentável a partir da
preservação ambiental e evidenciar a Educação Ambiental (EA) como uma ferramenta fundamental
para que se possa realizar a prática do Ecoturismo de forma responsável.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada neste trabalho teve base no levantamento bibliográfico a partir de artigos
científicos e livros, além de sites sobre atividades de ecoturismo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
O Ecoturismo é uma atividade com duas faces, as quais demonstram seus lados positivo e negativo
em relação a natureza, sendo que a face que vai sobressair depende do planejamento que será
realizado para a sua prática (SANDERVILLE JR; SUGUIMOTO, 2010).
Portanto, para que o Ecoturismo seja tratado como uma atividade sustentável, precisa ser
desenvolvido com ideias voltadas para a preservação da natureza, educando e proporcionando aos
visitantes uma nova concepção sobre a forma de se portar junto aos ecossistemas, podendo-se
alcançar tal objetivo com a ação da EA. Nesse contexto “a Educação Ambiental pode possibilitar ao
82 indivíduo o reconhecimento do seu papel como agente responsável dentro do sistema ecossocial”
(GAZZINELLI, 1993, p. 106).
CONCLUSÃO
A prática do Ecoturismo de forma responsável só será possível a partir da associação da EA,
garantindo o desenvolvimento da atividade sustentável.
Considerando que as mudanças que afetam o planeta estão relacionadas a ação do homem, a EA no
Ecoturismo assume o papel de orientar o desenvolvimento de condutas que formem gerações com
atitudes voltadas à busca de soluções para a problemática ambiental e que de fato contribuam para a
preservação da natureza.
REFERÊNCIAS
GAZZINELLI, M. F. Educação Ambiental: uma experiência bem sucedida (longe do ideal – perto
do exequível). Em Aberto, Brasília, ano 12, n. 58, 1993. Disponível em
<http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/862/774>. Acesso em: Maio de
2011.
NEIMAN, Z.; RABINOVICH, A. A Educação Ambiental através do Ecoturismo: o diferencial das
atividades de contato dirigido com a natureza. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 3, n. 2 – pp.
77-101, São Paulo, 2008. Disponível em <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/pea/v3n2/05.pdf
>. Acesso em: Maio de 2011.
SANDERVILLE JR, E; SUGUIMOTO, F. T. Ecoturismo e (des)educação ambiental. Revista
Brasileira de Ecoturismo. v. 3, n. 1, p. 47-60, São Paulo. 2010. Disponível em
<http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/artigos/artigo18.pdf >. Acesso em: Abril de 2011.
83
Educação ambiental como agente transformador nas empresas de Volta Redonda
Lizandro Augusto Leite Zerbone¹, Maria Auxiliadora Motta Barreto,2
1,2 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: Educação ambiental; Desenvolvimento sustentável; empresas.
INTRODUÇÃO
A sociedade, atualmente, está preocupada com várias e relevantes questões que terão papel
importante no futuro da humanidade. As questões ambientais vêm despertando a atenção de todos
os países, em paridade com o fato de que os avanços tecnológico, mercantil, dentre outros, são
salutares para o desenvolvimento social. Dessa forma, as empresas, sejam de grande, médio ou
pequeno porte, possuem participação importante nesta seara.
Apesar de louváveis estas iniciativas de crescimento empresarial, aqueles que enveredam por estes
caminhos, não devem tomar decisões sem uma análise prévia dos impactos que terão no meio
ambiente. A aliança desenvolvimento e respeito sustentável deve constituir os alicerces das
organizações para os próximos tempos. A ênfase preventiva ao resultado pretendido será a principal
ferramenta das empresas para o planejamento, desenvolvimento e execução das ações norteadoras
do sucesso empresarial.
Os protocolos até então estabelecidos, serão, em breve, meros instrumentos norteadores para análise
e avaliação das questões ambientais, em face de criação de normas específicas por parte de cada
organização, de acordo com a sua atividade.
Neste contexto, o resgate paulatino do crescimento econômico da região do Sul Fluminense nos
últimos anos, chama a atenção. Instalação de empresas de diversos segmentos, processos de
reestruturação e modernização das que estão presentes, e novas linhas de produção desenvolvidas,
fazem com que observemos desconhecimento aliado a certo comodismo quanto aos problemas
ambientais que vem acontecendo continuamente, como: vazamento de poluentes em leitos de rios,
emissão de gases nocivos, construções irregulares, entre outros. Assim, surge a necessidade de
desenvolvermos e aprimorarmos o conhecimento sobre questões ambientais junto ao segmento
empresarial do Sul Fluminense, adequando uma nova cultura aos processos aplicados pelas
empresas.
84 OBJETIVO
Desenvolver estratégias que fomentem uma cultura consciente sobre o meio ambiente junto à
comunidade empresarial do Sul Fluminense, sem prejuízo ao crescimento econômico, facilitando o
desenvolvimento sustentável.
METODOLOGIA
Será feita revisão bibliográfica sobre o tema e pesquisa de campo em três empresas de cada setor
econômico (primário, secundário e terciário), visando análise de como as empresas aplicam a
problemática ambiental dentro e de acordo com os seus processos; de que forma transmitem aos
funcionários os conceitos e necessidade de preservação do meio ambiente; qual impacto da sua
produção no meio ambiente; e como é feita a recuperação de áreas degradas. Após a coleta de
dados, será desenvolvido um laudo específico para cada empresa investigada, a fim de desenvolver
um processo sistêmico de capacitação profissional a ser elaborado, estruturado e aplicado pela
universidade junto às demais empresas do sul fluminense.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Como resultado da pesquisa pretende-se criar um curso de Capacitação profissional dos
colaboradores de empresas que atuam em Volta Redonda.
CONCLUSÃO
O projeto encontra-se em fase inicial de desenvolvimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ART, H. (ed. geral). Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais. São Paulo: Melhoramentos,
1998.
MACHADO, P. A. L. Sistema orgânico para a gestão ambiental. Revista de Serviço Público
III/69-82, n. 4, Brasília, 1983.
MACHADO, P. A. L. O Ensino do Direito Ambiental – Meio de Participação Social. Revista do
Direito Ambiental 5, ano 2, janeiro-março de 1997.
85
Educação ambiental do oprimido: estudo de caso em Volta Grande IV
GUIMARÃES, Lucas Peres*, ARAÚJO, Marcus Vinícius Faria
Centro Universitário Geraldo Di Biase-UGB
Centro Universitário de Volta Redonda-UNIFOA
Palavras-chave: Práticas Educativas, Educação Ambiental, Pedagogia do Oprimido.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo trazer uma nova reflexão sobre a práxis da Educação
Ambiental, à luz da releitura das idéias de Paulo Freire, notadamente no que se refere à obra
intitulada: “Pedagogia do Oprimido”. Nesse sentido buscamos neste trabalho a formulação de novas
propostas que busquem a inclusão dos oprimidos que são atingidos por desastres ambientais nesse
processo tão essencial e emergencial que é a Educação Ambiental para assim se tornar uma
alternativa eficaz contra toda a questão ambiental que preocupa o Brasil. Para tanto foi realizado um
estudo de caso no condomínio Volta Grande IV em Volta Redonda/RJ que passa por um conflito
ambiental com a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
METODOLOGIA
A fim de testar a veracidade quanto à existência de um gap entre teoria e prática da Educação
Ambiental foi realizado um estudo de caso sobre um dano ambiental causado por um vazamento de
resíduos perigosos que estavam depositados em duas células de propriedade da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) situadas a menos de 20 metros do bairro Volta Grande IV em Volta
Redonda/RJ. Este trabalho analisou a forma com que os moradores se organizaram e lutaram frente
a um problema ambiental, analisando assim se estes são educados ambientalmente o suficiente para
combater esse dano. Para isso acompanhamos os processos vinculados ao Ministério Publico
Federal desses onze anos e algumas reuniões que aconteceram entre os moradores e a CSN no ano
de 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Um aspecto que deve ser enfatizado é a grande falta de informação e formação que os moradores
possuem com relação ao tema ambiental. Uma das principais funções da Educação, especificamente
em nosso caso, a ambiental, é ser um instrumento de mudança, transformador, libertador e de
alguma forma muitos moradores de Volta Grande IV passaram pela escola e não conseguiram ter
uma formação que seja capaz de contribuir para a transformação de sua realidade se tornando assim
cidadãos passivos em uma sociedade que prioriza o pensamento fragmentado e vazio. Morin (2000)
destaca que o dever principal da educação é de armar cada um para o combate vital para lucidez.
86 CONCLUSÃO
Por isso um ponto que deve ser citado neste dano ambiental é que para se discutir meio ambiente, é
preciso saber de meio ambiente. Portanto um grande fator colaborador para que se evitem novos
casos como o de Volta Grande IV é a reformulação da maneira de se ensinar. É fato que hoje o
ensino em sua visão fragmentada resulta em cidadãos passivos incapazes de reagir contra uma
ordem opressora.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro:Paz e Terra,1992.
GUIMARÃES, Mauro. A formação de educadores ambientais. Campinas: Papirus, 2004
MORIN, Edgar (2000). Saberes globais e saberes locais: O olhar transdisciplinar. Rio de Janeiro:
Garamond.
87
Educação Ambiental e Ensino: mediação através da história
Maria Wilma dos Santos Mynssen1*, Marcelo Paraiso Alves 1,2 (UniFOA) 1Centro Universitário de Volta Redonda – UNIFOA 2Centro Universitário de Volta Redonda – UNIFOA
Palavras-chave: Educação Ambiental, Catálogo, História, Ensino.
INTRODUÇÃO
Vivemos num tempo paradoxal, com diversas mutações produzidas pela globalização, a sociedade
do consumo, e da sociedade da informação. Simultaneamente, um tempo de estagnação, parado na
impossibilidade de pensar uma mudança no processo civilizatório, radical. Para Santos (2002),
nunca foi tão grande o distanciamento da possibilidade técnica de uma sociedade mais justa e
solidária. Esta ambigüidade cria-nos a sensação de estagnação. O interesse pelo presente projeto de
pesquisa decorre da possibilidade de sensibilização dos alunos através do uso de imagens do
impacto ambiental ocasionado (passado e presente) da cidade de Volta Redonda.
OBJETIVOS
Identificar indícios dos impactos ambientais ocasionados ao longo da história no município de
Volta Redonda;
Refletir sobre a complexidade ambiental, por intermédio de iconografias e depoimentos oral,
proporcionando a abertura de espaços para a formação de sujeitos ecológicos compromissados com
a sustentabilidade regional;
Criar um catálogo iconográfico possibilitando a identificação dos problemas ambientais
ocasionados pela relação do homem com a natureza na região de Volta Redonda;
METODOLOGIA
O presente trabalho opta metodologicamente pelo paradigma indiciário na intenção de captar os
sinais, as pistas e os indícios (GINZBURG, 1989) das práticas dos sujeitos que refletem a forma
como estabelecem a sua relação com o ambiente em que estão inseridos. O sujeito histórico dialoga
com o sujeito ecológico e através deste diálogo de imagens ou indícios busca-se a integração e
possível sensibilização do público-alvo envolvido. Os instrumentos utilizados para a compreensão
das referidas práticas, serão produzidos por intermédio da observação da iconografia (passada e
presente) e do depoimento oral de moradores de Volta Redonda, na tentativa de investigar os
sintomas, como diria Bauman (1998), do mal estar da pós modernidade e sua relação com o meio
ambiente. O paradigma indiciário valoriza a aproximação emocional do observador com o seu
88 objeto, os traços e o conhecimento individuais em detrimento à generalização. A verdade é o que se
consegue provar, às vezes, com auxílio da sensibilidade (emoção) e da razão, porque o absoluto é
inatingível. As provas extra-técnicas, ou seja, indícios mudos, também são passíveis de
averiguação. Para tal, o autor chama atenção para a combinação entre prova e retórica na tradição
filosófica ocidental desde Aristóteles e o quanto essa tradição é importante e por vezes,
imprescindível, para o ofício do historiador.
DISCUSSÃO TEÓRICA
A conflitualidade do passado, enquanto campo de possibilidades e decisões humanas é assumido
como um projeto educativo como conflitualidade de conhecimentos, e veículo que possibilitará a
sociedade perceber as conquistas e as possíveis perdas que sociedade e natureza vêm sofrendo com
o decorrer dos anos. O homem moderno, urbano, esquece que ele é parte de um todo que vem se
modificando. É necessário que essas transformações sejam percebidas pela sociedade para que
possamos rever algumas posturas e atitudes, mas de forma consciente, amadurecida e encontrarmos
alguns caminhos que permitam esse reencontro (SANTOS, 2002). O uso da História nos permitirá
um diálogo com as imagens para podermos extrair das mesmas as possíveis transformações no
“ethos” civilizatório para a sociedade atual.
REFERÊNCIAS:
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
GINZBURG, Carlo. “Sinais: raízes de um paradigma indiciário” IN Mitos, emblemas, sinais:
Morfologia e História. 1ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
SANTOS, Boaventura de Souza. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da
experiência. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.
89
Educação Ambiental em trilhas interpretativas
TUBBS, Vanusa de Souza ¹*, SOARES, Rosane Aparecida Ravaglia 1,2
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
2 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
Palavras-chave: Parque Natural, Mata Atlântica, Ecologia.
INTRODUÇÃO
O objeto do presente estudo é a interpretação de trilhas ecológicas em um Parque Natural, para
implementação de práticas de ensino, através de estudos de campo. Uma Interpretação de trilhas
ecológicas se fundamenta, na captação e tradução de informações referentes ao meio ambiente para
quem vivencia. Contudo, um estudo de campo não lida apenas com a obtenção de informações, mas
com significados, buscando firmar conhecimentos e despertar para novos. Segundo Pádua (1997), a
interpretação nas trilhas pode incluir atividades dinâmicas e participativas, em que o público recebe
informações sobre recursos naturais, exploração racional, conservação, aspectos culturais, históricos
e outros.
As trilhas são guiadas e durante o percurso o monitor interpreta o ambiente utilizando as placas e o
material de apoio, estimulando sempre a participação do grupo alvo e despertando o interesse do
mesmo. Assim, o grupo deixa de ser passivo para ser ativo “descobridor” do meio natural. Este
estudo se justifica pela importância das trilhas ecológicas residirem em estimular alunos e visitantes
acerca da preservação da natureza, o que deveria ser providencial em um país como o Brasil, onde
há uma alta diversidade biológica e uma grande escassez de recursos. Portanto, o objetivo do estudo
é desenvolver de uma educação ambiental, visando abranger educadores, alunos do ensino
fundamental e médio de escolas do Município de Volta Redonda e grupos de visitantes em geral.
METODOLOGIA
O estudo será realizado em trilhas ecológicas no Parque Natural Municipal Fazenda Santa Cecília
do Ingá, localizado no bairro Santa Cruz, no município de Volta Redonda. Compreende 211
hectares e constitui-se no maior remanescente de Mata Atlântica do município. A metodologia a ser
utilizada, será através de estudo casos, onde se estuda sobre determinado indivíduo e/ou grupos,
examinando aspectos variados da vida. O estudo é do tipo descritivo, pois trabalha sobre os fatos
onde os dados são colhidos da própria realidade e com uma forma de abordagem quantitativa,
traduzindo em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los, utilizando-se de
métodos estatísticos. Seguindo-se metodologias apresentadas por (MARCONI & LAKATOS,
2006). Será feitas excursões ao local, para determinação do trajeto, partindo-se de um percurso pré-
90 determinado com base no caminho feito pelos funcionários até a sede administrativa.
Posteriormente seguirá um plano de ação do ponto de vista teórico e prático, começando pelo
levantamento dos recursos para subsídios dos eixos temáticos.
As espécies de maior importância ecológica classificadas nas famílias reconhecidas pelo
“Angiorperm Phylogeny Group II” (APG, 2003), receberão plaquetas informativas, indicativas ou
de sinalização e educativas, feitas de alumínio ou de metal e fixadas ao solo. Serão produzidas em
laboratórios e oficinas da UniFOA, após produção, as plaquetas serão encaminhadas ao laboratório
de Biologia da Sede do Parque, onde ficarão armazenadas, para posterior colocação pelos alunos e
visitantes, ao longo das margens das principais trilhas, alternadamente em ambos os lados, sendo
todo processo registrado através de fotografias e filmagens, para um possível documentário ao final
do projeto.
REFERÊNCIAS
APG. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny classification for the orders and families of
flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society 141:399-436.
MARCONI, M. de A. e LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
PÁDUA, S.M. 1997. Cerrado casa Nossa: um projeto de educação ambiental do jardim botânico
de Brasília. Brasília. UNICEF. 35p.
91
Educação ambiental, social e cultural a enfermagem e a temática do meio ambiente
Katio Heguilar dos Santos Oliveira1,*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Programa de Pós-graduação em Ensino em
Ciências da Saúde e do Meio Ambiente 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: sustentabilidade, educação; promoção da saúde
INTRODUÇÃO
O estudo trata da educação ambiental, social e cultural através da análise do contexto histórico
nacional e internacional dos marcos legais brasileiros de proteção ambiental, da analise do processo
saúde-doença, correlacionando com as diferentes definições de saúde, tendo como cenário a
realidade sócio-econômica, política e cultural dos alunos da graduação em enfermagem.
Os conceitos básicos das Ciências Ambientais; a ação do homem sobre o ambiente; os problemas
ambientais da atualidade; a educação ambiental; o desenvolvimento sustentável; o processo ensino
aprendizagem fará parte da formação do futuro enfermeiro.
O interesse acerca desta temática surgiu durante a discussão de uma proposta de ensino a alunos da
graduação de enfermagem com foco no meio ambiente e na promoção da saúde.
OBJETIVOS
Contribuir para a formação de discentes com responsabilidade ambiental responsável por manter o
meio ambiente sustentável para as gerações futuras. Construir, colaborativamente, conhecimento
ambiental, de acordo com os princípios da Educação Ambiental; ter conhecimento dos marcos
referenciais na questão ambiental e os documentos produzidos por eles, bases para nosso agir
presente e futuro; partir para a ação, tendo conhecimento de metodologias específicas para a
Educação Ambiental; sensibilizar e conscientizar o aluno da importância da questão ambiental no
Brasil e no mundo; refletir sobre o processo ensino / aprendizagem analisando o ontem e o hoje na
educação.
METODOLOGIA
A exploração temática será desenvolvida com os alunos da graduação do curso de enfermagem do
Centro de ensino Superior de Valença; será desenvolvida uma pesquisa qualitativa observacional,
com a formulação e implantação de um questionário pré estruturado, onde será solicitada a
autorização prévia dos indivíduos para participarem da pesquisa.
92 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2007) uma das principais responsabilidades do
setor saúde é a proteção do bem-estar público com a garantia de um ambiente físico e social
saudável, que possibilite o desenvolvimento humano sustentável — quer dizer, melhora das
condições materiais para responder às necessidades da atual geração, sem comprometer a resposta
às necessidades das gerações futuras — e que proteja as pessoas mais vulneráveis da sociedade.
Para tal fim, o setor saúde precisa colaborar com outros setores, ambiente, trabalho, agricultura e
educação, entre outros.
Desta forma uma equipe de enfermagem poderá atuar nas comunidades locais, individual e
coletivamente, monitorar e rebater as muitas causas da deterioração ambiental, além de trabalhar a
promoção da saúde através do ensino da educação ambiental.
CONCLUSÃO
Como afirma Paulo Freire (2002) “Outro saber de que não posso duvidar um momento sequer na
minha prática educativa crítica é o de que, como experiência especificamente humana, a educação é
uma forma de intervenção no mundo”.
Portanto ao instrumentalizar os alunos, a partir da formação dos futuros enfermeiros, levando-os a
refletir a questão ambiental dentro de sua prática profissional, estaremos propiciando a mais uma
parcela da população a desenvolver práticas sustentáveis que vão preservar o nosso meio ambiente e
a garantia de condições de vida saudáveis para futuras gerações.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, ICM; GRUN, M; TRAJBER, Rachel. Pensar o Ambiente: bases filosóficas para a
Educação Ambiental. Brasília. Ministério da Educação, 2009
LEFF, H. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 6º edição,
Petrópolis RJ: VOZES, 2008.
REIGOTA, M. O que é educação ambiental. 2º Ed. São Paulo – SP: Brasiliense, 2009 Bruce B.
Duncan: Medicina ambulatorial/Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências 3ª Edição
Artmed 2006.
93
Educação Ambiental, sua relevância na Literatura Brasileira
ALMEIDA, Bianca Costa de1; PAIVA, Francis Gomes de2 1Mestranda da Universidade Severino Sombra (USS);
²Acadêmico da Universidade Severino Sombra (USS).
Palavras-chave: Educação Ambiental, Saúde Ambiental, Meio Ambiente e Saúde Coletiva.
INTRODUÇÃO
Vem de alguns anos a crescente preocupação com as questões que envolvem o meio ambiente, pois
elas estão intimamente relacionadas com a saúde humana.
Objetiva-se com este estudo identificar na literatura científica nacional a importância deste
instrumento de educação em saúde, pois o enfoque na educação ambiental é multidisciplinar
conforme verificado nas palavras de PATO (2009) apud CARVALHO, (2006, p. 33),
“[...] Essa temática, originária do campo das ciências biológicas, vem se
consolidando no campo das ciências humanas, em especial no da educação, ao
tempo em que se caracteriza pela ausência de um fundamento único, garantindo,
assim, a multiplicidade de sentidos em disputa.”
E todo o conhecimento gerado deve ser obviamente repassado no intuito de uma melhora a nível
social, onde possa haver uma melhora da qualidade de vida de todos, afirmado por LOUREIRO
(2009),
“[...] em que a comunidade acadêmica tem uma responsabilidade de socializar os
conhecimentos produzidos para o "povo excluído e miserável", pois este é o grande
agente das mudanças sociais.”.
METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado através das publicações pertinentes ao tema em estudo, que de
acordo com MARCONI & LAKATOS (2005, p.185), neste método “a pesquisa bibliográfica não é
mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema
sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”. Foi levantado dados de
artigos indexados nas bases de dados BVS e LILACS, através do descritor: Educação ambiental.
A inclusão dos artigos obedeceu aos seguintes critérios: artigos brasileiros disponíveis na íntegra,
em língua portuguesa, com tema relacionado ao objetivo da pesquisa e com ano de publicação igual
ou superior ao ano de 2007.
94 Foi encontrado um total de vinte e dois artigos indexados nas bases de dados já citadas, os quais
representam a amostra desse estudo. A análise dos dados deu-se a partir da classificação em duas
etapas, sendo uma referente a dados quantitativos (ano de publicação), e a outra referente a dados
qualitativos dos artigos, onde emergiu a importância nos processos educativos, como principal
núcleo temático.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
A amostra obtida teve do total três publicações no ano de 2007, três publicações no ano de 2008,
treze publicações no ano de 2009 e três publicações no ano de 2010, conforme demonstrado na
tabela 1.
Tabela 1. Artigos encontrados por ano e região.
Ano Publicação Região da Pesquisa 2007 03 2008 03 2009 13 2010 03 2011 00
Em relação ao núcleo temático dos artigos, surgiu a importância do estudo de Educação Ambiental
a partir do ensino básico e ênfase no ensino superior.
REFERÊNCIAS
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 185 p.
LOUREIRO, Carlos Frederico B. et al . Contribuições da teoria marxista para a educação
ambiental crítica. Cad. CEDES, Campinas, v. 29, n. 77, Apr. 2009.
PATO, Claudia; SA, Lais Mourão; CATALAO, Vera Lessa. Mapeamento de tendências na
produção acadêmica sobre Educação Ambiental. Educ. rev., Belo Horizonte, v. 25, n. 3, dez.
2009.
95
Educação Ambiental: visões e ações
Elisangela Nascimento Fernandes Gomes1; João Carlos da Silva Soares2; Maria das Graças
Guimarães Ávila3; Paulo Cesar Pereira4; Vania Filippi Goulart Carvalho Pereira5
1 Mestranda em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.
2 Mestrando em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.
3 Mestranda em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.
4 Mestrando em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ.
5 Professora do Curso de Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Universidade Severino
Sombra, Vassouras, RJ.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Sustentabilidade, Legislação Educacional.
INTRODUÇÃO
No Brasil, como em todo o mundo, a questão ambiental tornou-se tema preocupante para a
humanidade, deixando ser de interesse apenas de ambientalistas ou pessoas vinculadas às questões
ecológicas, para ser vista como uma problemática que perpassa toda a sociedade. A Educação
Ambiental apresenta um caráter holístico por não considerar apenas a preservação e da natureza,
mas “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL,
1999). A abordagem transdisciplinar das questões ambientais parece ser o melhor modelo do
ensino/aprendizagem da Educação Ambiental, uma vez que envolve o estudante nas diversas
esferas atingidas pelo tema dos recursos naturais. Este trabalho pesquisou como os graduandos dos
Cursos de Ciências Biológicas e Engenharia Ambiental, da Universidade Severino Sombra,
construíram em sua trajetória escolar e vivencial a abrangência e onde se deve aprender, ensinar e
aplicar os conhecimentos adquiridos em Educação Ambiental.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada através de questionários fechados e autoaplicáveis, diretos com os
graduandos, a fim de obter dados sobre alguns aspectos envolvidos na realização de ações em
Educação Ambiental, com 17 (dezessete) itens abordando conscientização, atitudes e retorno
educativos, individuais e coletivas; o nível de conhecimento sobre as legislações que contemplem a
Educação Ambiental e onde deveriam ser trabalhados os valores da Educação Ambiental.
96 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Entre as concepções e visões detectadas encontrou-se, entre os respondentes (acima de 70,0%), que
a realização de ações em Educação Ambiental, estaria em: aproveitamento do lixo, coleta seletiva
de lixo, reciclagem de material, redução da quantidade de lixo gerado, tratamento de esgoto e
tratamento do lixo. Na dimensão política, encontrou-se predominância em “campanhas
educacionais com palestras”. A maioria dos participantes informou ter pouco conhecimento sobre a
legislação ambiental, 80,0%. Segundo os participantes, a Educação Ambiental deve ocorrer nas
escolas, o espaço social e o local onde se sensibiliza o aluno para ações ambientais, quando no dia-
a-dia da vida escolar apreende, na prática, comportamentos ambientalmente corretos e os transcende
para a comunidade. A transformação de matéria-prima em produtos e em resíduos, que geram mais
resíduos, a custa de bens gratuitos como ar, água e solo que alimentam a competição, a expansão e a
dominação devem ser prioridade nos estudos acadêmicos, pois a interdependência do homem com a
natureza, a parceria e a diversidade da vida fundamentam a sustentabilidade e a preservação da
espécie humana e do planeta.
CONCLUSÕES
Este trabalho demonstrou que ainda há muito a ser feito em relação à Educação Ambiental, servindo
apenas para tornar visível que muitos aspectos devem ser aprofundados, tanto no desenvolvimento
de ações relativas ao meio ambiente como na formação de profissionais que educarão para práticas
ambientais corretas e atuarão na recuperação, preservação e sustentabilidade do meio ambiente. Há
de se buscar caminhos que forneçam subsídios para que práticas sejam reflexos de pesquisa,
produção e disseminação de conhecimentos sobre a manutenção da vida e do ambiente no qual se
desenvolve.
REFERÊNCIAS
BONOTTO D. M. B.; SILVA, L. F.; SANTANA, L. C.; CARVALHO, L. M.; CAVALARI, R.M.
F.. Grupo de Pesquisa a Temática Ambiental e o Processo Educativo: concepções e práticas.
Rev. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 5, n. 2 – pp. 41-48, 2010. Disponível em:
http://www.epea.tmp.br/revipeafiles/ revipea v5n2a3.pdf. Acessado em: 12 jul. 2011.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Coordenação de Educação Ambiental A
Implantação da Educação Ambiental no Brasil. Brasília: MEC, 1998.
97
Efeitos do ruído ambiental em salas de aula
Franco, W. O.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: poluição sonora, inteligibilidade da fala, conforto acústico.
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico da humanidade trouxe benefícios e qualidade de vida, mas tem
levantado questões que devem ser tratadas em nível de sustentabilidade e gestão ambiental no que
diz respeito aos altos índices de ruído aos quais o cidadão está sujeitado no seu ambiente de
trabalho, no seu ambiente de estudo e pesquisa, na sua residência, na sua rua e no seu ambiente de
lazer.
OBJETIVOS
O trabalho objetiva investigar, analisar e caracterizar as influências do ruído ambiental em
ambientes de aprendizagem, e nas pessoas inseridas nestes ambientes, propondo soluções
alternativas visando o conforto acústico do cidadão.
METODOLOGIA
Os níveis de pressão sonora (NPS) foram medidos em diversos locais de Colégios e Escolas. As
medidas são realizadas in sito, durante a realização das aulas ministradas, utilizando-se um
decibelímetro ICEL MANAUS DL-4020, com certificação de calibração segundo as normas
pertinentes.
A partir das medições, estima-se o nível de pressão sonora equivalente (LEQ) do ambiente,
comparando-o com aqueles previstos na NBR10152, reguladora dos níveis de pressão sonora em
ambientes de aprendizagem. Concomitantemente, analisam-se os efeitos fisiológicos do ruído sobre
o ser humano, como previsto na literatura pertinente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela abaixo mostra os resultados obtidos em uma medição realizada em escola pública estadual
na cidade do Rio de Janeiro.
98
TABELA
NPS/SINAL-RUÍDO/INTELIGIBILIDADE DA FALA/QUALIDADE ACÚSTICA(I)
NPS(dBA) S/R(dBA) IDF QA
SALA 1 76 19 90% ÓTIMA
SALA 2 76 19 90% ÓTIMA
SALA 3 77 20 90% ÓTIMA
SALA 4 67 9 70%-75% REGULAR
SALA 5 67 9 70%-75% REGULAR
SALA 6 72 15 85%-90% MUITO BOA
SALA 7 66 8 70%-75% REGULAR
SALA 8 64 6 60%-70% MÁ
Onde os índices de Inteligibilidade da Fala e Qualidade Acústica Ambiental, foram estabelecidos
através de indicações da literatura. Verifica-se dos resultados medidos e analisados, que todos os
NPS estão acima do previsto pela NBR10152 para ambientes de aprendizagem. A medida da
relação sinal-ruído indica que o parâmetro de inteligibilidade da fala favorece uma boa relação
ensino-aprendizagem, visto que a qualidade acústica ambiental é superior a regular.
CONCLUSÕES
A análise das medidas de NPS indica que os ambientes pesquisados estão em níveis de ruído
superior àqueles preconizados pela norma. Há boa relação sinal-ruído, favorecendo a
inteligibilidade da fala e as relações ensino-aprendizagem, acontecendo presumivelmente devido a
elevação do nível de voz do Professor, o que prejudica a sua saúde vocal e física, além de submeter
os discentes a níveis de ruídos prejudiciais à sua saúde auditiva.
Há necessidade de atenção e pesquisa na questão ambiental sonora, criando-se programas de
controle de ruído objetivando a conscientização da comunidade escolar e da população, a fim de
minimizar o ruído ambiental. É viável a proposição de minimização do ruído em sala de aula,
através da utilização de materiais acústicos como vidros especiais para as janelas e cortiça para
revestimento de paredes.
REFERÊNCIAS
1 - FERNANDES, J. C. Padronização para as condições acústicas em salas de aula. Disponível
em http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/823.pdf Acesso em Agosto/2011.
2 - GONÇALVES, V. S.B., SILVA L. B., COUTINHO, A. S. Ruído como agente
comprometedor da inteligibilidade da fala dos Professores. Disponível em
99 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010365132009000300005&lng=pt&nrm=
i&tlng=pt Acesso em Setembro/2011.
3 - OITICICA, M. L. G. R., GOMES, M. L. B. O estresse do Professor acentuado pela
precariedade das condições acústicas das salas de aula. XXIV ENCONTRO NACIONAL DE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Florianópolis, SC, Brasil, 03-05 de Nov de 2004.
4 - PIRES, R. R. Os ruídos do ambiente interno e externo e as influências no cotidiano escolar:
Um estudo de caso. No prelo, comunicação pessoal, 2012.
100
Ementa de educação ambiental para as engenharias da UFF em Volta Redonda
Machado, Mônica T. da Costa ¹*, Soares, Rosana A. Ravaglia ²
¹Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)
²Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)
Palavras-chave: Educação Ambiental, Engenharia e Meio Ambiente
INTRODUÇÃO
A Lei 6.938 de 17 de janeiro de 1981 dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins
e mecanismos de formulação e aplicação, e apresenta outras providências. Em seu Artigo 2º
estabelece que esta Política tenha por objetivo a preservação, melhoria, e recuperação da qualidade
ambiental propícia à vida, visando assegurar no País, condições ao desenvolvimento sócio-
econômico, aos interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana.
A Educação Ambiental traz a importância de inserir a dimensão ambiental no cotidiano
profissional, despertando uma análise crítica dos problemas que a humanidade atravessa, e
buscando estratégias que possam garantir melhoria da qualidade de vida e um Planeta mais
sustentável.
A Educação Ambiental é ainda um processo participativo, através do qual o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, adquirem conhecimentos, atitudes e competências voltadas
para a conquista e manutenção do direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado.
O desenvolvimento sócio-econômico ligado à natureza deve ser enfatizado, como justificativa para
a conscientização dos alunos a fim de evitar desperdício e degradação dos recursos naturais nas
ações profissionais, predominando a visão de natureza entendida como recurso para o ser humano.
OBJETIVOS
O objetivo deste estudo é elaborar uma ementa para a Disciplina de Educação Ambiental a ser
ministrada na Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda da Universidade
Federal Fluminense nos Cursos de Graduação em Engenharia Metalúrgica, Mecânica, de Produção
e de Agronegócios.
Esta ementa será elaborada com base em parâmetros comparativos entre a da Disciplina de Gestão
Ambiental aplicada atualmente nos cursos da EEIMVR e as linhas de ação do PRONEA e análise
curricular de EA de quatro Universidades Americanas, que posteriormente serão correlacionados
entre si.
101 METODOLOGIA
O método a ser utilizado é a pesquisa quantitativa, a ser aplicada na Escola de Engenharia Industrial
Metalúrgica para discentes do 5º ao 10º períodos e para professores das áreas de conhecimento de
Metalurgia, Produção e Agronegócios.
DISCUSSÃO TEÓRICA
A discussão teórica será baseada em Legislação, Programa Nacional de Educação Ambiental e em
autores como Freire, Reigota, Tozoni-Reis, Sorrentino e Leff.
CONCLUSÃO
A definir.
REFERÊNCIAS
LEFF, 2002, p. 247. In: HOEFFEL,JL; FADINI, AAB; MACHADO, MK; REIS,JC. Trajetórias
do Jaguary–Unidades de conservação, percepção ambiental e turismo: um estudo na APA do
Sistema Cantareira. São Paulo. Ambiente&Sociedade. Campinas. V.XI,n.1,p.131-
148.2008.ISSN1414-753X. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/asoc/v11n1/09.pdf. Acesso:
em 01 jun. 2011.
Freire, 1987, 1996; Freire; Faundez, 1985. In: LIMA, AT; REIGOTA, MAS; PELICIONI, AF;
NOGUEIRA, EJ. Frans Krajcberg e sua contribuição à educação ambiental pautada na teoria
das representações sociais. Campinas. vol.29,no.77,2009.ISSN0101-3262.Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext. Acesso: em 01 jun.2011.
LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. Acesso em: 24 mai. 2011. ProNEA - MEC. Educação Ambiental – Programa Nacional de Educação Ambiental. Ministério do
Meio Ambiente. Ministério da Educação. Brasília. 2005. Disponível em:
portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao1.pdf. Acesso em: 26 mar. 2011.
102
Enfermagem e educação ambiental: uma nova proposta para o cuidar em Enfermagem.
Andreza de Jesus Dutra Silva1,2 , Rosane Moreira Silva de Meirelles1
1Programa de Mestrado Profisional em Esnino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente - UniFOA 2Centro Universitário Geraldo Di Biasi – UGB
Palavras-chave: Enfermagem, Educação Ambiental e Educação em Saúde.
INTRODUÇÃO
Questões ambientais são atualmente um problema de saúde. Os indivíduos são responsáveis pelos
danos causados a natureza, por isso se torna necessário a reflexão acerca do bem-estar ecológico e
humano. A enfermagem está diretamente relacionada ao cuidado humano e à qualidade de vida por
meio de ações de promoção da saúde, pois objetiva manter o ambiente saudável.
A Educação Ambiental é um tema que engloba o bem-estar humano, sendo necessárias ações de
promoção da saúde que capacitem o indivíduo e a comunidade. A enfermagem, ainda que Florence
Nightingale tenha recomendado atenção ao ambiente na prestação da assistência de enfermagem,
poucos estudos têm abordado a temática ambiental em Enfermagem. Entretanto, tal lacuna deve ser
preenchida para que a enfermagem contribua para a sustentabilidade do planeta.
OBJETIVOS GERAIS
Investigar o conhecimento de acadêmicos de enfermagem sobre o tema Educação Ambiental a fim
de se criar parâmetros para a elaboração de ações educativas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Levantar a percepção de estudantes sobre educação ambiental
Elaborar um Curso de Extensão sobre Educação Ambiental.
METODOLOGIA
Será realizada uma coleta de dados junto a estudantes do curso de enfermagem, utilizando como
instrumento um questionário semi-estruturado. Estes dados subsidiarão a elaboração de um Curso
de Extensão em Educação Ambiental para estudantes de Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS
Este trabalho ainda está em fase de adequação e elaboração de etapas. Esperamos como resultados:
103 1ª fase- Análise dos conhecimentos prévio de alunos sobre Educação Ambiental: esperamos
levantar dados que possam ser discutidos à luz de outros autores que defendem a importância do
ensino do tema por alunos de cursos da área de ciências da saúde.
2ª fase- Elaboração de um Curso de Extensão sobre o tema: esperamos que as informações
coletadas e o levantamento bibliográfico subsidiem a elaboração desta ferramenta didática, a qual
será apresentada a coordenadores e docentes de cursos de enfermagens como proposta didática para
o ensino do tema Educação Ambiental.
REFERÊNCIAS
Gein EAT. Ambientar arte na Educação. In: Fhilippi Júnior A. Pellicion MCF, editores. Educação
ambiental e sustentabilidade. Barueri: Manole; 2005 p.102-13.
Moradilio EF, Oki MCM. Educação ambiental na universidade: construindo possibilidades.
Quim Noova 2004; 27 (2): 332 -6.
Silva KL, Sena RR, Sena RR, Grillo Mic. Horta NC, Prado PMC. Educação em enfermagem e os
desafios para a promoção de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem 2009; 62 (1): 86-91.
Ministério da Saúde (BR). Promoção da saúde: carta de Otawa. Declaração de Adelaide Sunsvall
e Santa de Bogotá. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.
104
Ensino de Ciências: o uso de oficinas de cor luz e pigmento como estratégia pedagógica para
um ensino contextualizado e interdisciplinar
Tatiana Santos Mello *¹ Cristina Novikoff2 Alexandre Yasuda3 1,2,3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
Palavras-chave: Ensino de Ciências, Formação Continuada; Oficina de cor e luz.
INTRODUÇÃO
As dificuldades e problemas que os alunos apresentam particularmente no Ensino de Física não são
recentes. Muitas metodologias e técnicas de ensino levam professores a refletirem sobre as causas e
consequências das dificuldades na aprendizagem dos alunos. Acredita-se que este trabalho possa
contribuir para o trabalho dos professores e entendimento maior dos alunos, visto que a proposta do
mesmo é indicar uma nova perspectiva de oficina pedagógica para o entendimento de cores e luz
em situações contextualizadas. Cabe retomar Sócrates que nos lembra que quanto mais sabemos
mais consciência temos que nada sabemos, a autora reflete que pesquisar, aprender a aprender, e
capacitar-se devem ser uma constante em nossa vida profissional.
Esse artigo é fruto de estudo de mestrado que foi desenvolvido com a preocupação e o propósito de
auxiliar e promover uma formação continuada para professores em Ensino de Ciências através de
oficinas interdisciplinares e contextualizadas com ênfase em cor luz e pigmento.
OBJETIVOS
O objetivo principal foi discutir práticas pedagógicas interdisciplinares para o Ensino de Ciências
mediado por professores do Ensino Fundamental de Colégios Estaduais de Niterói, bem como
propor atividades inovadoras para o Ensino de Ciências através de oficinas com luzes e cores.
METODOLOGIA
O desenho de investigação pautou-se nas dimensões Novikoff (2010), com abordagem mista. A
coleta de dados foi mediante questionário semiestruturado, a aplicação de experimento qualitativo
focando a interação da interdisciplinaridade com oficinas pedagógicas de cor e luz, baseados
Pedrosa (1989) e o registro via anedotário. A pesquisa foi realizada em 2011 com 15 professores
aproximadamente distribuídos em três escolas da rede Pública Estadual de Niterói/RJ. Enfim, A
análise dos resultados obtidos foi estruturada a partir do encontro interdisciplinar e da oficina
pedagógica de cor e luz.
105 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
De maneira mais didática, estruturamos a análise dos resultados a partir do questionário
semiestruturado, em seguida o encontro pedagógico interdisciplinar e por fim a oficina de cores e
luz para professores do Ensino Fundamental. Em termos percentuais, o questionário revelou que
69% são professores formados em Biologia, 15% são de Física, porém não atuam no Ensino
Fundamental, e 8% são de química e matemática. Constatou-se a ausência de professores de Física
para o Ensino Fundamental, pois dos entrevistados apenas dois tem habilitações para Física. Dos
professores pesquisados, 61% continuaram seus estudos após a graduação conforme suas
especialidades. Historicamente a Formação continuada no Brasil tem avançado muito nos últimos
10 anos. Com baixos salários o professor busca em outras instituições sua complementação
financeira, deixando cada vez mais o seu tempo curto para um curso de formação continuada ou
planejamento e pesquisa. Assim 62% deles trabalham em outros locais. A oficina pedagógica
cativou os professores principalmente no contexto e na interdisciplinaridade do Tema: espalhando
cores por toda parte. Essa oficina mostrou claramente que as dificuldades que os professores
enfrentam no ensino de ciências desaparecem quando o trabalho é conjunto e adequado a sua
realidade. Essa conclusão ficou evidenciada através dos resultados obtidos pela pesquisa, no
encontro pedagógico e pela interação da teoria junto à prática interdisciplinar da oficina.
CONCLUSÕES
Observou-se que parte dos professores que tem jornada dupla, não conseguem trabalhar com a
interdisciplinaridade, alegando falta de tempo. Mostrou também a importância em participar desses
encontros e a troca de ideias com outros professores. Por igual verificou-se que o ensino de ciências
na perspectiva pedagógica sócio-histórica, supera os aspectos conceituais e metodológicos
desenvolvendo a sensibilidade para aprender a gostar e praticar ciência no ensino fundamental.
Partindo desses dados nos foi possível ampliar a discussão sobre a importância da formação
continuada e de estratégias de ensino que auxiliem os professores de Ciências no desenvolvimento
de suas reflexões sobre o cotidiano em sala de aula.
REFERÊNCIAS
PEDROSA, Israel. Da cor á cor inexistente. 5ª ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial Ltda.,
1989.
106
Ensino de Enfermagem: proposta de um manual de práticas
Clarice Mayremi Toshimitu Hoyashi1,*, Maria de Fátima Alves de Oliveira1,
Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: Enfermagem, Central de Material e Esterilização, Reprocessamento de artigos,
Manual Didático, Ensino
INTRODUÇÃO
As ações de enfermagem devem ser constantes e voltadas para a preocupação do ambiente
hospitalar e o controle de infecções (SANTOS, 2005). Tendo visto que todo paciente, quando
hospitalizado, fica suscetível a contrair um quadro infeccioso, devido à baixa resistência do próprio
indivíduo enfermo e aos microrganismos resistentes no meio ambiente. Desta forma, o
processamento de artigos na CME ocupa um lugar importante no hospital, estando relacionado com
a qualidade do produto final, ou seja, interfere significativamente no controle das infecções
hospitalares (Tipple et al, 2005).
Neste trabalho, sobre o ensino da assistência de enfermagem aborda-se a importância da
esterilização de materiais hospitalares, como parte do cuidado indireto que se destina oferecer
artigos de qualidade no atendimento ao paciente hospitalizado.
O objetivo principal foi produzir um manual para acadêmicos de enfermagem, que possa auxiliá-los
na prática dos procedimentos da CME, como instrumento de apoio didático na graduação de
enfermagem.
METODOLOGIA
Os Instrumentos de coleta de dados foram dois questionários: o primeiro visou levantar
conhecimento prévio do aluno sobre a atuação do enfermeiro na CME, antes de ser implementada a
disciplina de Atenção à Saúde Adulto II, onde a temática é abordada. No segundo, buscou-se
analisar o nível de conhecimento adquirido durante as aulas expositivas e quais os conteúdos que
estes julgavam importantes de ser contemplados no manual.
RESULTADOS
O primeiro questionário identificou que a maioria dos alunos possuía um bom conhecimento prévio
à disciplina, quanto à finalidade e o papel do enfermeiro na CME, mesmo aqueles que nunca
atuaram no setor. O segundo questionário aplicado, que ocorreu posteriormente ao conteúdo
107 apresentado em sala de aula e aulas práticas, mostrou que a maioria relatou dificuldades em associar
ensino teórico à prática, relacionando-as a pouca carga horária na disciplina dada e dificuldade para
assimilar os procedimentos técnicos à prática em campo.
Os instrumentos didáticos sugeridos pelos alunos para contribuir para o desenvolvimento da prática,
citados pela maioria, foram vídeos, aulas práticas em hospitais e laboratório de habilidade da
universidade. Entretanto, a proposta para a melhoria desse ensino, é um instrumento que possa ser
acessível a todos os alunos, independente do local, ensino teórico ou prático, em hospital ou
laboratório.
O manual constitui-se em um material educativo, contendo 68 páginas, com dimensão 24x18 cm,
impressas na cor preta e verde, contendo fotos coloridas, presas por espiral. O manual foi
denominado “Manual de Práticas para Enfermagem – Central de Material e Esterilização”.
A idealização do Manual teve como princípio a descrição de pontos significativos da
operacionalização da prática com a descrição de textos simples e de fácil compreensão.
CONCLUSÃO
A intenção do instrumento é fornecer informações objetivas, porém com todo o conteúdo escolhido
pelos alunos.
O manual elaborado será utilizado na disciplina de Atenção à Saúde do Adulto II e com o patrocínio
de uma empresa de saúde suplementar servirá como ferramenta de trabalho. Além disso, ficará à
disposição para consultas de profissionais enfermeiros, orientando o trabalho na CME e áreas afins.
REFERÊNCIAS
SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Enfermagem na Prevenção e Controle da Infecção
Hospitalar. 2ª ed. Revisada e Atualizada. São Paulo: Iátria, 2005.
TIPPLE, A. F. V.; SOUZA, T.R.; BEZERRA, A.L.Q.; MUNARI, D.B.. O trabalhador sem
formação em enfermagem atuando em centro de material e esterilização: desafio para o
enfermeiro. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v.39, n. 2, 2005. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v39n2/07.pdf. Acesso: 11 jul. 2010.
108
Ensino em Ciências da Saúde e Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular:
proposta para o processo de ensino-aprendizagem na graduação de Medicina da UniFOA.
BASTOS, Lijamar de Souza 1* PARAÍSO ALVES, Marcelo 2
Programa de Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente – UniFOA
Palavras-chave: Ensino em Ciências; Neuroanatomofisiologia; Ensino-aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Historicamente a disciplina de Anatomia Humana tem se colocado como um desafio nos cursos da
área de Saúde: se um lado disponibiliza um conteúdo indispensável para os discentes dessa área, por
outro se apresenta como uma disciplina que possui índices de reprovação extremamente altos. De
acordo com a experiência acadêmica como docente do ensino superior, percebe-se duas questões
complementares: a primeiro, que parte da responsabilidade desse baixo desempenho se deve
à ausência de uma metodologia apropriada utilizada pelos professores, que não recebem uma
formação específica em pedagogia na sua formação profissional; a segunda parte do pressuposto de
que a carência de um processo de ensino e aprendizagem na área de anatomia necessita ter um
caráter dialógico, onde o professor ensina e aprende com trocas de vivências reais e cotidianas e,
que o aluno traga uma leitura do mundo atual à aula que se procede. A busca por uma educação
dialógica, problematizadora, ao invés de uma educação bancária que estimula a memorização
mecânica de conteúdos, propondo uma educação que estimula a criticidade e a autonomia do
aprendiz (Moreira, 2011) como uma estratégia facilitadora de ensino-aprendizagem.
OBJETIVO
O projeto de pesquisa tem como objetivo discutir e propor um processo de ensino-
aprendizagem para a disciplina de Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular
para alunos de ensino superior.
Criar um Manual de Neuroanatomofisiologia do Sistema Auditivo e Vestibular para a
disciplina de Anatomia para cursos de graduação em Medicina.
METODOLOGIA
O estudo desenvolver-se-á a partir de uma abordagem quanti-qualitativa, buscando estratégias de
investigação com influências marcantes em procedimentos não uniformes (CERVO E BERVIAN,
2006). A opção por tal ótica metodológica - pesquisa quanti-qualitativa – decorre do fato de
permitir a inserção no cenário a ser investigado, portanto, onde o pesquisador vai realizar a
pesquisa: no espaço de vivência do participante. A referida metodologia é basicamente
109 interpretativa, os pesquisadores procuram compreender os dados coletados, a partir das narrativas
dos sujeitos que vivenciam os conflitos, tensões e problemáticas estudadas. Os sujeitos envolvidos
na pesquisa serão discentes da turma de medicina da UniFOA. A opção deve-se pela necessidade de
investigar, por meio da elaboração de questionário semi-estruturado, os discursos que emergem do
depoimento de discentes envolvendo a dificuldade no processo de ensino-aprendizagem em
Neuroanatomofisiologia do sistema auditivo e vestibular.
DISCUSSÃO TEÓRICA
Na visão da teoria cognitivista de aprendizagem, para Ausubel (SOUBHIA; RUFFINO, 1992) a
aprendizagem significativa “é um processo no qual a nova informação é relacionada a um aspecto
relevante, já existente, na estrutura cognitiva do indivíduo”. O conhecimento anterior
é fundamental para a assimilação de novas informações e/ou novo conhecimento. A aprendizagem
significativa ocorre por subsunção que envolve diferenciação progressiva e reconciliação
integrativa, mediados por três fatores decisivos: características do material a ser estudado,
desenvolvimento da estrutura cognitiva e disposição para aprender. Por exemplo: a hipoacusia e
lesão das células ciliadas são conceitos diferentes que estão relacionados com a anatomia do
Sistema Auditivo. Neste caso, o aluno aprende e retem mais facilmente o conceito de disfunção
auditiva ou hipoacusia, se aprendeu anteriormente a anatomia da orelha, relacionando o novo
conceito com conhecimentos já adquiridos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, M.A. Teorias de Aprendizagem. EPU. 2011. SOUBHIA, Zeneide;
RUFFINO, Marcia Caron. Aprendizagem Significativa e suas Implicações para o Ensino de
Enfermagem. Semina: Ci.Biol./Saúde, Londrina,v.13,n.2,p.81,jun.1992;
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA R. Metodologia Científica – 6ª Edição - São Paulo –
Editora Pearson – Prentice Hall – 2006.
110
Esporte e natureza: produções metodológicas para o ensino da educação ambiental
ALVES, Marcelo Paraíso*; SILVA, Wagner Francisco Marinho da; PILLAR,
Fábio Murat do; PORTO, Paulo Roberto de Araújo
1 - Programa de Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente –
MECSMA/UniFOA e Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.
2 - Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.
3 - Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.
4 - Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Volta Redonda.
Palavras-chave: Educação Ambiental; Ensino; Metodologias; Esporte.
INTRODUÇÃO
O contexto no qual a experiência se desenvolverá é o curso de Automação Industrial do Instituto
Federal do Rio de Janeiro campus Volta Redonda (RJ). Como parte de um projeto de ensino e
extensão com princípios interdisciplinares, implementado na forma de Visitação Técnica, Ensino
de Ciências e Esporte na Natureza, este trabalho será desenvolvido de agosto de 2011 a julho de
2012, nas disciplinas de educação física, geografia, filosofia do curso de automação industrial
envolvendo estudantes e professores do referido curso desta instituição. Neste trabalho, serão feitas
descrições e discussões de uma das intervenções deste projeto em duas direções: primeiro, no
sentido da promoção de um conjunto de iniciativas e de propostas, que contenham elementos para
uma revisão crítica do modelo moderno de percepção da realidade; segundo a formação dos sujeitos
(CARVALHO, 2004) voltada para educação ambiental.
OBJETIVOS
- Discutir a interdisciplinaridade como um caminho possível para repensar o ensino de ciências e
respectivamente da educação ambiental.
- Elaborar estratégias metodológicas com princípio interdisciplinar, entrelaçando os conhecimentos
científicos desenvolvidos no IFRJ-VR para a constituição de possíveis intervenções em educação
ambiental;
- Propor estratégias para o ensino em ciências, ciências da saúde e educação ambiental no ensino
médio; Confeccionar um vídeo sobre a inserção em Áreas de Proteção Ambiental.
METODOLOGIA
Pautados nos pressupostos da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2005), estabeleceremos algumas etapas
na realização da referida pesquisa: a primeira etapa se constitui na inserção da análise, discussão e
111 debate sobre educação ambiental com as turmas do 2º período de Automação Industrial do campus
Volta Redonda, na intenção de compreender o processo de constituição do ethos civilizatório que
configura a relação do homem com a natureza na sociedade atual. A segunda etapa representa o
desenvolvimento do trabalho de campo. Especificamente as aulas com o conteúdo de Educação
Ambiental e Esporte na Natureza articuladas aos conteúdos das disciplinas de Educação Física,
Filosofia e Geografia. A terceira etapa constituir-se-á através de visitas técnicas (Parte Baixa e Parte
Alta do Parque Nacional do Itatiaia) para as turmas envolvidas na pesquisa e filmagens de
entrevistas e roteiros para o vídeo. A quarta e última etapa será configurada pela produção do vídeo.
DISCUSSÃO TEÓRICA
Partindo do pressuposto que, para a dimensão do planejamento, da gestão e da avaliação de projetos
ambientais, são considerados atualmente elementos de dinâmica biológica, ecológica,
socioambiental, bem como princípios de sustentabilidade ambiental, econômica e social como
critérios de participação dos grupos sociais envolvidos, buscaremos adotar uma perspectiva
complexa (LOUREIRO; LAYRARGUES; CASTRO, 2011) na intenção de romper com a limitação
de análises dicotômicas que limitam a compreensão da realidade. Segundo Santos (2002) o processo
pelo qual se formularam as bases do pensamento moderno introduziu no âmbito da cultura humana
transformações profundas, especialmente na relação entre o homem e a natureza. É para a
especificidade dos efeitos desse processo sobre esta relação, que voltaremos o olhar nesse estudo,
buscando estabelecer os parâmetros de uma fundamentação em dois sentidos: em relação à questão
ambiental − e para toda e qualquer perspectiva teórica superveniente a ela dirigida −, e, para uma
interpretação do lugar (sentido) da natureza no universo das práticas corporais, notadamente das
atividades esportivas, na tentativa de formular outras metodologias para o ensino em ciências da
saúde.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São
Paulo: Cortez, 2004.
LOUREIRO, C. B.; LAYRARGUES, P.P.; CASTRO, R.S. Pensamento Complexo, dialética e
educação ambiental. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação. 14ª edição. São Paulo: Cortez Editora, 2005.
112
Evasão Escolar como consequência do aumento da incidência de gravidez na adolescência –
análise do problema e propostas de solução
Ligia Maria Fonseca Affonso
Fundação Oswaldo Aranha – UNIFOA
Palavras-chave: evasão escolar, gravidez, adolescência
INTRODUÇÃO
A incidência de adolescentes grávidas vem crescendo ao longo dos últimos anos, o que acarreta
sérios impactos, não só sociais como também biológicos, familiares, econômicos e emocionais,
limitando, adiando ou impedindo definitivamente, o desenvolvimento e o ingresso destas jovens na
sociedade. Algumas consequências: menos oportunidades de emprego, menor remuneração,
dependência financeira, discriminação social, uso de drogas, prostituição, desagregação familiar,
complicações hormonais, aumento da freqüência de doenças sexualmente transmissíveis (DST),
maior incidência de abortos, depressão, ansiedade e até a morte, causada por problemas durante a
gravidez, parto e puerpério.
OBJETIVOS
O objetivo geral do estudo é a identificação da correlação entre a gravidez precoce e a evasão
escolar no município de Resende, propondo soluções que permitam a minimização ou eliminação
do problema.
Os objetivos específicos são: (1) Levantar os índices de evasão escolar no município de Resende;
(2) Levantar dados referentes aos índices de gravidez na adolescência; (3) Cruzar os dados de
evasão e gravidez, identificando a relação de causa e efeito existente; (4) Identificar os mecanismos
envolvidos na decisão de abandonar a escola, tanto sob a ótica do adolescente quanto de sua
família; (5) Pesquisar as ações em uso nas escolas, postos de saúde, conselho tutelar e demais
atores envolvidos, analisando sua eficácia; (6) Identificar junto aos atores a necessidade de outras
ações que visem obter resultados efetivos quanto à diminuição da evasão escolar.
METODOLOGIA
Levantar junto às Secretarias de Educação e Saúde os índices de evasão escolar e de gravidez na
adolescência nos últimos cinco anos no município de Resende, verificando a existência de
correlação;
Entrevistar adolescentes gestantes e adolescentes-mães recentes e suas famílias, buscando
identificar as razões do abandono escolar, e entrevistar profissionais da área da educação das
113 escolas públicas da cidade, profissionais da saúde ligados a programas voltados para os
adolescentes e Conselheiros Tutelares sobre a eficácia de práticas educativas e preventivas
existentes no município, bem como suas críticas e sugestões, as quais servirão de base para um
modelo a ser proposto para a solução do problema da pesquisa;
Geração de propostas/modelos para práticas e políticas visando a solução do problema e submissão
aos principais atores envolvidos (tomadores de decisão nas Secretarias de Educação e Saúde).
DISCUSSÃO TEÓRICA
O número de adolescentes e jovens brasileiras grávidas é hoje dois por cento maior do que na
última década. Dados preliminares da Unesco mostram que 25% das meninas entre 15 e 17 anos
que deixam a escola, o fazem por causa da gravidez, mostrando que a maternidade antecipada já é a
principal causa de evasão escolar de meninas nesta faixa etária. Isso significa dizer que 254 mil
meninas entre 15 e 17 anos de idade param anualmente de estudar.
CONCLUSÕES
Devido a todos os riscos e suas conseqüências, às mudanças físicas, psíquicas e sociais, a
gravidez na adolescência é um problema que demanda ações pró-ativas.
REFERÊNCIAS
CHABON, B.; FUTTERMAN, D.; HOFFMAN, N.D. HIV and AIDS in adolescents. Pediatric
Clin. North Am. 2000.
CRESPIN, J. Gravidez e abortamento na adolescência - novos dados, velhos desafios. Rev. Paul.
Pediatr. 1998.
FOSTER, C.; MILLER, G. Adolescent pregnancy: a challenge for counselours. Persp. Guid. J.
1980.
114 Experiência docente na elaboração de manual de práticas para a disciplina de microbiologia
industrial
Telma Temóteo dos Santos*1, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues2,3
1 Ciências Biológicas, UERJ-CEDERJ 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ 3 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: aulas práticas, docência, material didático,
INTRODUÇÃO
O conteúdo teórico da disciplina de Microbiologia Industrial necessita de uma carga horária
complementar de praticas laboratoriais. No entanto, a carga horária disponível para a realização das
práticas é curto, o que demanda do aluno um conhecimento das rotinas laboratoriais, dos
equipamentos e vidrarias utilizados e principalmente as normas de segurança.
Visando atender esta necessidade elaborou-se manual de práticas: “Microbiologia Industrial -
Roteiros das Aulas Práticas”. Este trabalho foi desenvolvido como parte das atividades de Estágio
Interno Supervisionado, nas instalações da Faculdade de Tecnologia da UERJ.
METODOLOGIA
O trabalho foi dividido em três etapas:
Na primeira foram realizadas pesquisas bibliográficas de novas práticas a serem inseridas no
manual, estudos dos temas contidos nas Notas de Aula da disciplina e formulação de textos
introdutórios para as práticas já implementadas. Para a pesquisa foram consultadas páginas na
internet e livros didáticos (BORZANI, 2001; LIMA, 2001; PELCZAR, CHAN, KRIEG, 1997).
Em uma segunda etapa foram testadas no laboratório, práticas a serem inseridas no manual. O trabalho
consistiu em: cronometrar o tempo para a realização das práticas e para a obtenção dos resultados;
quantificar e qualificar os produtos utilizados; preparar meios de cultura e materiais necessários; testar
meios de cultura em substituição aos que não são encontrados no laboratório; adequar as práticas para
que os alunos possam acompanhar e/ou obter resultados em no máximo uma semana, a fim de
elaborarem relatórios para as práticas realizadas.
A terceira etapa do projeto consistiu na produção de imagens realizadas no Laboratório: vidrarias,
equipamentos (bico de Busen, autoclave, vortex, estufa, câmara de Neubauer, dentre outros),
manobras assépticas realizadas em Microbiologia, preparação dos meios de cultura e normas de
115 biossegurança. Nesta etapa, redigiu-se os manuais e finalizou-se os exercícios dirigidos propostos
para o final das práticas.
RESULTADOS
Para a realização deste trabalho, foi dada continuidade ao trabalho anterior de elaboração da
Apostila Teórica de Microbiologia Industrial, o que permitiu um aprofundamento nos temas
abordados. Quanto à elaboração do manual de prática, obteve-se trabalho coeso com a teoria,
permitindo a participação ativa na escolha de novas praticas, desde a seleção dos materiais a serem
utilizados, até a obtenção de resultados consistentes que permitissem um entendimento da teoria das
disciplinas.
O manual encontra-se em fase de publicação e obtenção de ISBN.
CONCLUSÃO
O material didático é uma das ferramentas de transmissão do conhecimento. O trabalho docente
consiste não apenas na transmissão do conhecimento pronto e de outros autores, mas é também um
trabalho de pesquisa no qual o professor tem que atuar como pesquisador e construir sua percepção
quanto aos saberes encontrados.
Enquanto aluna do Curso de Ciências Biológicas do CEDERJ, o projeto teve importância, porque
permitiu ao aluno de licenciatura produzir o material didático e não apenas utilizar o conhecimento
já existente em outros livros ou apostilas.
REFERÊNCIAS
BORZANI, W.; Biotecnologia Industrial, v.1, Fundamentos, Ed. Edgard Blücher, Rio de Janeiro,
2001.
LIMA, U.A.; Biotecnologia Industrial, v.3, Processos Fermentativos e Enzimáticos, Ed. Edgard
Blücher, Rio de Janeiro, 2001.
PELCZAR JR, M.J.; CHAN, E.C.S.; KRIEG, N.R. Microbiologia, conceitos e aplicações. Makron
Books, 2ed., v. 2, 1997.
116
Facebook como plataforma de Ensino em Sáude
Amélia Milagres Fumian¹*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: Facebook; Ensino; Profissionais de Saúde; Novas Mídias.
INTRODUÇÃO
A falta de qualificação de profissionais de emergência é uma questão gritante no Brasil, muitos
profissionais atuantes na área encontram dificuldades no exercício de sua profissão, apresentando
dúvidas durante a assistência e não possuindo tempo ou recursos financeiros para buscar uma
capacitação na área.
O Facebook pode minimizar a dificuldade de qualificação através de sua capacidade de alcance,
facilidade de acesso e recursos extremamente funcionais que são peças para o uso deste meio como
ferramenta de ensino. Esta ferramenta permite a troca de informações e experiências em tempo real,
além de ser capaz de trazer em voga as principais dificuldades no exercício profissional. A relação
Facebook e ensino de emergência torna-se objeto de estudo quando surge a necessidade de
maximizar o ensino através de novas mídias gerando e disseminando conhecimentos.
OBJETIVOS
Desenvolver mecanismo didático com parâmetros éticos e funcionais para utilização do Facebook
como ferramenta de ensino, e produção de e-book cujo conteúdo seja relativo à emergência em
saúde e auxilie na prática profissional.
Dentre os objetivos específicos estão: Produzir de manual portátil para consulta sobre emergência
no formato de e-book auxiliando o profissional Enfermeiro em sua pratica diária; Desenvolver
mecanismo didático para o uso do Facebook no ensino de emergência em saúde e promover a troca
de informações relativas a situações e/ou procedimentos em emergência clinica por parte de
graduandos e graduados de Enfermagem.
METODOLOGIA
A abordagem da pesquisa a ser utilizada será qualitativa e o estudo será do tipo descritivo
fundamentando-se na busca da melhor forma de interação entre profissionais e nas características
do Facebook como ferramenta de ensino. O cenário será a rede social Facebook, e os sujeitos da
pesquisa serão os profissionais de saúde presentes na pagina do Facebook. Para a obtenção dos
dados necessários será utilizado a observação participante da funcionalidade do Facebook como
117 ferramenta de ensino em emergência. A análise dos dados se dará pela caracterização dos mesmos
com o objetivo de aferir os aspectos relevantes da mídia levando ao fomento de um mecanismo
didático para utilização do mesmo.
DISCUSSÃO TEÓRICA
Com o avanço do setor de saúde no Brasil, em termos de ampliação da cobertura e níveis de
atendimento. A capacitação de recursos humanos é imprescindível, a superlotação das emergências
é constante e em muitos serviços não utilizam protocolos de atendimento (O’DWYER et al, 2011).
A informação tem sofrido profundas transformações e as mídias interativas como recursos
pedagógicos oferecem ao professor uma estratégia de ensino e aprendizagem (SANTIAGO et al,
2011). Várias pesquisas de mercado vêm apontando o crescimento na utilização de ferramentas de
comunicação instantânea e gerenciamento de redes sociais (SILVA e SILVEIRA, 2011). Evoluindo
para a mais de 90 milhões de usuários ativos o Facebook pode ser utilizado em ambientes
acadêmicos para promover serviços de biblioteca, grupos de leitura e estudos em grupo.
REFERÊNCIAS
O’DWYER, Gisele Oliveira; et al. Avaliação dos serviços hospitalares de emergência do programa
QualiSUS. V. 13. Ciênc. saúde coletiva, n 5. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232008000500027&script=sci_arttext> Acesso em:
maio de 2011.
SANTIAGO, LC; et al. Multimedia interactiva como recurso de enseñanza de semiología en
enfermería. Enfermeira Global. n16. [S.L.] junho 2009 Disponível em: <
http://scielo.isciii.es/pdf/eg/n16/docencia3.pdf> Acesso em: Maio de 2011.
SILVA, Waldemar Mazza; SILVEIRA, Ismar Frango. A influência da utilização do Orkut e
Messenger no processo de Ensino de Matemática com alunos do Ensino Médio da Rede
Pública. São Paulo: Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências e
Matemática- Universidade Cruzeiro do Sul, [2009]. Disponível em:
<bibliotecadigital.sbc.org.br/download.php?paper=1264> Acesso em: março de 2011.
118
GPS na educação ambiental
Daniel de Sampaio1 Alves- Oliveira, MFA 2
1 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) 2 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)
Palavras-chave: Educação Ambiental, GPS e Alfabetização Cartográfica
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi realizado na tentativa de diminuir o grande hiato que há entre os conteúdos
ensinados em sala e sua real aplicabilidade no cotidiano dos alunos. A incorporação tecnológica na
educação é uma ferramenta a mais para promover novas metodologias de ensino que se aproximem
mais do cotidiano dos alunos que estão inseridos em uma sociedade cada vez mais dinâmica e
conectada.
Reigota (2009) observou que os problemas ambientais foram criados por homens e mulheres e deles
virão as soluções. Estas não serão obras de gênios, de políticos ou tecnocratas, mas sim de cidadãos
e cidadãs. Por isso trabalhar a educação ambiental na escola é um importante caminho de
conscientização ambiental e de construção da cidadania. Para Pontuschka (2001), a Geografia no
ensino fundamental e médio precisa formar uma criança e um jovem que deverão se movimentar
bem no mundo de hoje, com a complexa realidade deste final de milênio, e prepará-los para
enfrentar outras transformações que estão por vir.
A construção de mapas aliados a projetos de educação ambiental ajudam o aluno a perceber melhor
o local onde vive, estabelecer novas relações e desenvolver senso crítico. Este foi o nosso objetivo.
METODOLOGIA
Utilizamos uma metodologia diferenciada com os alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola
pública, localizado em Barra Mansa, Rio de Janeiro, porque o currículo desta referida série abrange
o ensino de Cartografia e de questões ambientais. No primeiro momento, os alunos tiveram aulas
teóricas sobre cartografia, funcionamento do GPS e meio ambiente. Após essa etapa, o professor e
os alunos foram para as ruas no entorno do colégio para aprender a usar o GPS, utilizando como
atividade, a marcação de todos os bueiros das ruas A, 13 de Maio e 21 de Abril. Para cada situação
encontrada nos bueiros os alunos criaram signos para identificar o problema e uma fotografia foi
tirada.
Com os dados coletados, retornaram à escola com o professor e foram até o laboratório de
informática onde os dados do GPS e da câmera digital foram transferidos para o computador. O
119 professor apresentou o programa GPS TrackMaker e os alunos puderam observar o caminho
percorrido, os pontos marcados e gerar mapas. Utilizando um dos recursos do software que mostra a
região percorrida em 3D, através do Google Earth, os alunos compararam os mapas produzidos com
a imagem de satélite e inseriram as fotos nos locais onde foram tiradas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
O trabalho realizado mostrou-se adequado para produzir mapas ambientais, pois os comentários que
surgiram sobre os mesmos nos permitiu indicar que o objetivo da atividade foi atingido, uma vez
que os mapas ficaram prontos os alunos discutiram os principais elementos cartográficos
apresentados nos mesmos, aplicando os conceitos de cartografia trabalhados em sala. Também
foram capazes de realizar leitura/interpretação dos signos e significados para produzirem, a partir
dessa interpretação, as possíveis estratégias que poderiam ser adotadas para sanar os problemas
verificados nos mapas.
CONCLUSÕES
A metodologia diferenciada mostrou-se eficaz, pois a partir da construção dos mapas os alunos
puderam trabalhar de forma prática os conhecimentos que antes só eram trabalhados na teoria como
forma de cumprir o currículo exigido.
REFERÊNCIAS
PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A geografia: pesquisa e ensino. In CARLOS, Ana Fani Alessandri
(org). Novos Caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto, 2001.
REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2009.
120
Hidroelétrica de Simplício e o rio Paraíba do Sul: remoção e relocação do lixão de Sapucaia
para o aterro sanitário e a contaminação da água
FERNANDES, Margareth1, SILVA, Julio César da2 1 e 2UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA – USS
Palavras-chave: Hidroelétrica, contaminação, lixão e aterro sanitário.
INTRODUÇÃO
A produção de energia elétrica no Brasil é um tema que vêm sendo discutido por muitos estudiosos
no assunto, principalmente depois do acidente na Usina de Fukushima, no Japão, em razão do
Tsunami, uma vez que o Governo brasileiro pretende fazer crescer o potencial energético no País,
que se associa ao aumento da produção de energia à capacidade e ao desenvolvimento econômico e
tecnológico da região. Segundo Martins (2008),
[...] a hidroelétrica é como energia limpa, é menos arriscada, quando comparada com outras
formas de geração de energia, a hidroelétrica tem sido a forma mais utilizada pelo Brasil
para prover sua demanda por energia, correspondendo a 90% da produção de energia no
Brasil. (MARTINS, 2008, p. 2)
A hidroelétrica quando comparada, por exemplo, com uma usina nuclear, tem vantagens com
relação aos custos e as técnicas. A usina hidroelétrica também provoca severas transformações nos
locais onde as grandes usinas e barragens são construídas. Parte do objeto de estudo foi realizado
em 20 de abril de 2011. A AHE Simplício – Queda Única está localizada na bacia do Rio Paraíba
do Sul, ligação com os Rios Piabanha e Paraíbuna, nos municípios de Três Rios e Sapucaia (RJ) e
Chiador e Além Paraíba (MG). É gerenciada por FURNAS Centrais Elétricas SA e construída com
recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. A
AHE de Simplício – Queda Única é formada por duas hidrelétricas: a do Distrito de Anta, em
Sapucaia/RJ e de Simplício, entre Sapucaia/RJ e Além Paraíba/MG.
OBJETIVOS
Discutir a contaminação do Rio Paraíba do Sul, em razão da construção e alagamento da AHE de
Simplício – Queda Única localizado no Rio Paraíba do Sul, na região sudeste, nos Municípios de
Três Rios e Sapucaia no Estado do Rio de Janeiro e o Município de Além Paraíba no Estado de
Minas Gerais. Todo o lixão que existia no Município de Sapucaia, esta sendo relocado em um aterro
sanitário construído por Furnas, que constrói a UHE de Anta e Simplício. A área do lixão será
alagada sem que haja um estudo preliminar da água de subsolo, lençol freático e da água de
121 superfície do Rio Paraíba do Sul, que abastece todo Município, levando em consideração a
construção do sistema de tratamento de esgoto, uma vez que com a diminuição do volume do Rio
Paraíba no Sul, em 30 km, afetará a qualidade da água do Rio Paraíba do Sul.
METODOLOGIA
O estudo se propõe a verificar os impactos ambientais em decorrência a instalação da Hidroelétrica
de Simplício, em Sapucaia/RJ. Esta pesquisa pode ser classificada como de campo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Para a construção das UHEs de Anta e Simplício, desde a década de 60, retomada por Furnas a
partir dos anos 80, vários protocolos foram propostos tendo tem vista a legislação ambiental,
respeitando a biodiversidade dos ecossistemas, a população local e a atividade pesqueira. Um dos
aspectos importantes na construção das UHEs de Anta e Simplício foi a tecnologia usada,
principalmente com o aproveitamento dos materiais de escavação dos túneis e canais e o
aproveitamento da topografia local para o direcionamento das águas, minimizando os impactos
ambientais na construção, alagamento e operacionalização das UHEs no Rio Paraíba do Sul, no
Município de Sapucaia/RJ.
CONCLUSÃO
Apesar dos inúmeros esforços para que os impactos ambientais não fossem sentidos, observa-se nas
instalações UHEs de Anta e Simplício a relocação do lixão de Sapucaia/RJ, que será alagado.
Apesar da transferência do lixão para o aterro sanitário, que foi construído por Furnas, o solo que
foi há anos exposto pelo chorume produzido no lixão poderá contaminar o lençol freático, como a
água de superfície pela diminuição do volume na área de localização das UHEs no Rio Paraíba do
Sul. A pressão no solo pela água poderá contaminar o lençol freático, comprometendo a água para
consumo.
Recomenda-se um estudo mais especializado no solo do lixão, que será alagado, para quem o lençol
freático não seja contaminado, muito menos a água do Rio Paraíba do Sul que serve para consumo.
REFERÊNCIAS
LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. A. Fundamentos da Metodologia Científica. 5a. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
MARTINS, Renato D. F. Sobre o território e os atingidos por barragens: a resistência às
hidrelétricas no Vale do Ribeira (SP/ PR). 32º Encontro da ANPOCS. Caxambu, 2008. Disponível
em http://www.abet-trabalho.org.br/docs/anaisanpocs2010.pdf Acesso em 04 de Junho de 2011.
122 PINHO, Luiz Antonio B.; GÓZ, Rogério Sales. AHE Simplício – Queda Única. 2008. Disponível
em http://www.themag.com.br/Docs/Usina%20CD.pdf Acesso em 04 de Junho de 2011.
REVISTA FURNAS nº 376 - dezembro/janeiro 2011 / (02/2011).
123
História do basquetebol em volta redonda: Possível metodologia para o Ensino em Ciências
da Saúde
BRITTO, Marcelo Dantas de; PARAISO ALVES, Marcelo
Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA
Palavras-chave: Ensino; História da Educação Física; Basquetebol.
INTRODUÇÃO
A Educação Física no Brasil emerge em uma configuração estabelecida a partir das instituições
médicas e militares (SOARES, 1992), acarretando consequências no processo de ensino e
aprendizagem ao longo de sua história: Higienismo, Militarismo, Pedagogicismo, Competitivismo.
A referida prática pedagógica influenciou significativamente o sistema de ensino escolar,
instaurando o que Caparroz (2007) denominou de esporte da escola. Para o autor, essa concepção
subordina a Educação Física escolar aos princípios do esporte, constituindo uma relação entre
professor e aluno, na ótica do professor-treinador e aluno-atleta. Portanto, o esporte adentra o
cotidiano escolar como um modelo, uma referência, um padrão de movimentos, regras,
comportamentos a ser alcançado pelos docentes e discentes.
Assim, seguindo a mesma perspectiva, o que tenho percebido, por intermédio de minha prática na
docência no Ensino Fundamental e Superior, é que o conteúdo teórico da Educação Física escolar
na atualidade, tem buscado reproduzir, especificamente no ensino do basquetebol, apenas a origem
e as conquistas do selecionado brasileiro. Dessa forma, o conteúdo é descontextualizado e não
estabelece relações com os alunos e a comunidade local onde a escola está inserida.
Nesse sentido, o projeto de pesquisa busca investigar as singularidades da história do basquetebol
do município de Volta Redonda, permitindo ao profissional da área proporcionar e ampliar o
conhecimento do aluno, por meio de reflexões através de fatos e depoimentos históricos, para que o
discente dê a esse conteúdo sentido e significado a sua prática esportiva não desperdiçando as
experiências produzidas ao longo da história (SANTOS, 2002).
Assim, o conhecimento da história local pode influenciar os alunos para que possam escolher o
sentido de sua prática esportiva partindo da melhoria na qualidade de vida, passando pela simples
prática esportiva com fins recreativos, até a busca pelo desporto de alto nível, o que promoverá a
diferença entre o esporte na escola e o esporte da escola é a possibilidade da escolha autônoma dos
sujeitos para as suas intencionalidades.
124 OBJETIVOS
- Investigar a história do basquetebol no município de Volta Redonda;
- Identificar o processo de ensino da história do basquetebol nos Anos Finais do - Ensino
Fundamental no município de Volta Redonda;
- Criar um DVD, propondo uma metodologia de ensino do Basquetebol, por intermédio da história
local, para as aulas de Educação Física escolar;
METODOLOGIA
O caminho metodológico será desenvolvido através de dois percursos complementares: Primeiro, a
pesquisa de campo de cunho qualitativo descritivo (CERVO E BERVIAN, 2006), utilizando como
instrumentos de produção de dados o questionário com perguntas abertas e fechadas e depoimento
oral. O questionário será aplicado aos profissionais de Educação Física e coordenadores de
Educação Física do município de Volta redonda, na tentativa de apreender o processo de ensino e
aprendizagem do Basquetebol na rede do referido município. Segundo, entrevistas com sujeitos que
participaram da construção da história do basquete no município de Volta Redonda. O material
produzido durante as entrevistas será utilizado para a criação de um documentário em forma de
DVD para ser disseminado como metodologia de ensino para a educação física escolar nas redes da
região Sul Fluminense.
REFERÊNCIAS
CAPARROZ, F.E. Entre a Educação Física na escola e a Educação Física da escola. Vitória:
CEFD/UFES, 1997.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA R. Metodologia Científica. 6ª Ed. São Paulo:
Editora Pearson, 2006.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A Crítica da razão indolente contra o desperdício de experiências.
São Paulo: Cortez, 2000.
125
Hospital sentinela: uma rede a serviço da qualidade da formação em saúde
Daniely Aparecida Ferreira da Silva¹*, Evandro Floriano Gomes da Silva 1,2
1 Fundação Educacional Dom André Arco Verde – FAA
Palavras-chave: Qualidade da Assistência à Saúde, Tecnovigilância, Hospital Sentinela.
INTRODUÇÃO
De acordo com (Anvisa), os hospitais sentinela são capacitados para notificar eventos adversos e
queixas técnicas de produtos de saúde. O projeto também visa prevenir óbitos e complicações não
esperados em pacientes hospitalizados e avaliar o desempenho de produtos de saúde o que é
primordial para manutenção ou retirada destes do mercado caso haja evidência de agravos à saúde.
OBJETIVOS
Objetivou refletir sobre a importância dos hospitais sentinela no monitoramento da qualidade da
assistência à saúde prestada à população e na formação profissional.
METODOLOGIA
De acordo com a legislação da Anvisa (2002) aponta os hospitais sentinela como núcleo irradiador
de práticas profissionais adequadas, por trabalharem com a GRH (Gerencia de Risco Hospitalar),
que busca a segurança, com o uso de produtos hospitalares sem defeitos e problemas, com a
qualidade dos fármacos e das ferramentas que monitoram os hemoderivados. As deficiências, em
qualquer um dos três itens avaliados, são notificadas a Vigilância Sanitária no sentido de melhorar a
qualidade dos processos e dos produtos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
A análise dos dados no período estudado possibilitou evidenciar o aumento do número de
notificações pelo Projeto Hospitais Sentinela à ANVISA. Isso foi possível devido à implementação
de um novo instrumento (ficha de rastreamento) e melhor divulgação do projeto no âmbito
hospitalar. Além disso, verificou-se também maior qualidade das informações para o
desenvolvimento das atividades de notificação do PHS, sendo possível rastrear as irregularidades e
garantir maior consistência das mesmas. E o profissional de saúde que mais notifica é o enfermeiro.
Isto pode ser explicado pelo seu vasto conhecimento na área de Tecnovigilância e por ser o
profissional que mais utiliza os produtos de saúde.
126 CONCLUSÕES
Os Hospitais Sentinela contribuem para o aperfeiçoamento da assistência e da formação de
profissionais de saúde, na medida em que lhes possibilita aprendizagem associada à qualidade dos
produtos hospitalares e às ferramentas da aprendizagem em serviços de saúde.
As demais se tornam imprescindível à realização de pesquisas que busquem melhorar a qualidade
dos materiais adquiridos, no sentido de prevenir riscos, agravos ou mesmo seqüelas a saúde, por
conta da segurança dos indivíduos envolvidos.
REFERÊNCIAS
SPADELLA CT. Gerenciamento do risco sanitário na área de tecnovigilância do HC da UNESP de
Botucatu. Boletim Informativo-Projeto Hospital Sentinela, Botucatu, ano IV, nº 20, p.4-5,
junho/julho 2005.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Cartilha de Notificações em
Tecnovigilância Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003. 30p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária Rede Sentinela.
Disponível em URL: http://www.anvisa.gov.br.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR).portal.saude.gov.br/portal/saúde.
127
II Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa
(II MOCEM): Estudo preliminar da 1ª Etapa
SILVA, L. G. O.1, MORAES, C. A. B. A.2*
1 Secretaria Municipal de Educação de Barra Mansa 2 Centro de Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro – CEDERJ
Agência financiadora - CNPq
Palavras-chave: Feiras de ciências; experimentação, divulgação científica.
INTRODUÇÃO:
As feiras de Ciências podem receber diversas denominações como “mostras de ciências”; “feiras
tecnológicas” e “feira de talentos”. Segundo Farias (2006), elas possibilitam uma ampliação na
visão de mundo dos participantes, contribuindo para socialização e troca de experiências com a
comunidade.
São eventos sociais, científicos e culturais, realizados em escolas ou comunidades com a intenção
de expor trabalhos de experimentação desenvolvidos e oportunizar diálogo com visitantes
(MANCUSO, 2000). Para Netto (2011) todos os estudantes devem realizar a divulgação científica
do que aprenderam e as feiras de Ciências são os mais eficazes meios para isso.
A II Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa (II MoCEM) é um projeto
financiado pelo CNPq através do Edital nº 051/2010. O projeto é dividido em duas etapas, sendo:
1ª – realização de feira de ciências nas unidades escolares; 2ª – exposição dos trabalhos
selecionados na 1ª etapa.
OBJETIVOS:
Identificar a realização da primeira etapa da II MoCEM e também verificar as impressões dos
estudantes, as observações dos professores quanto ao interesse e participação dos alunos e a reação
dos visitantes.
METODOLOGIA:
Foram realizadas reuniões com professores, orientadores e diretores a fim de apresentar e motivar o
desenvolvimento do projeto. Também foram realizadas reuniões com a equipe de implementação do
projeto para discussão de estratégias de ação.
Na terceira semana de junho de 2011 as 18 unidades escolares da rede municipal de Barra Mansa
participaram da 1ª etapa do projeto, cada uma das escolas realizou uma feira de Ciências, onde
128 foram apresentados trabalhos de alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Na ocasião, uma
equipe formada por funcionários da escola, avaliou os trabalhos e selecionou os três melhores.
A equipe de implementação do projeto visitou as feiras de ciências nas escolas e aplicou 180
questionários aos alunos, 16 aos professores de ciências e 72 aos visitantes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA:
A primeira etapa da II MoCEM mobilizou mais de 5000 alunos e muitas famílias. Entre os alunos,
39,4% disseram que a maior ajuda na realização do projeto foi dada por estas. Esse fato confirma o
que dizem Barcelos et.al. (2010): feiras de Ciências são eventos institucionais que mobilizam
muitas pessoas da comunidade escolar e de outros espaços. Durante o questionário, os alunos
realizaram uma auto-avaliação e 54,6% atribuíram nota dez ao seu interesse em participar da feira,
97,8% informaram que gostariam de participar novamente de eventos deste tipo. Entre os
professores, 16 responderam que a feira irá mudar a visão dos alunos em relação à Ciência. Desses,
9 disseram que o motivo da mudança é a possibilidade de experimentação. Entre os visitantes
entrevistados, 72 acharam as feiras muito interessantes.
REFERÊNCIAS:
BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C. Quando o cotidiano pede
espaço na escola, o projeto da Feira de Ciências “Vida em Sociedade” se concretiza. Ciência &
Educação. Bauru. V. 16, n.1, p. 215-233. 2010.
FARIAS, L. N. Feiras de Ciências como oportunidades de (re)construção do conhecimento pela
pesquisa. 89 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) – Núcleo
Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006.
MANCUSO, R. Feiras de Ciências: produção estudantil, avaliação, consequências. In Contexto
Educativo. N. 6. Abril de 2000. Disponível em <http://contexto-educativo.com.ar/2000/4/nota-
7.htm> Acesso em 28/06/2011.
NETTO, Luiz F. Feira de Ciências. Disponível em <http://www.feiradeciencias.com.br> Acesso
em: 29 de maio 2011.
129 Instrumentalizando os Docentes do Ensino Fundamental quanto à sexualidade do Adolescente
Souza, Ana Lúcia T. Devezas1, Alves- Oliveira, MFA2
1 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) 2 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA)
Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz
Palavras-chave: Ensino Fundamental, Sexualidade e Adolescentes.
INTRODUÇÃO
Falar sobre adolescência é falar da pessoa que vivencia mudanças relacionadas às alterações físicas,
emocionais, sociais e culturais que estarão sendo manifestadas por estímulos hormonais e também
influência do meio em que vive. Na fase da adolescência este encontra-se em busca da sua
identidade, pois está numa passagem da fase infantil para a fase adulta. Como um mecanismo de
proteção os adolescentes buscam seus pares para dividirem seus sonhos, dúvidas e projetos.
Ao definir adolescência, destacamos o início de mudanças fisiológicas e que ao chegar na vida
adulta ocorre o amadurecimento e à partir daí o seu corpo encontra-se pronto para reprodução. Ao
vivenciar as mudanças que estão acontecendo com o seu corpo e seu modo de pensar, começa a
querer expressar opinião, o que pode levar a momentos de conflitos familiares e escolares. Neste
momento cabe ao educador perceber condutas de isolamento, agressividade, desinteresse, abandono
escolar e assim saber acolher e até mesmo encaminhar este adolescente para atendimento
profissional.
Portanto a escola tem sido reconhecida como um espaço adequado para o cumprimento de um papel
integrador e organizador da comunidade. Promovendo socialização entre os adolescentes, através de
ambientes saudáveis para discussão de temas relacionados ao desenvolvimento, sexualidade,
vivencias e responsabilidades, além de contribuir para a educação em saúde, propondo cuidados
com o corpo e nas relações biopsicossociais.
Neste sentido pretende-se com este estudo levar aos docentes do Ensino Fundamental a
instrumentalização para que possam através da transversalidade proposta pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais, criar iniciativas positivas através de parcerias com vários segmentos,
profissionais da saúde e da sociedade, provendo a construção de práticas educativas capazes da
promoção de um crescimento e desenvolvimento saudável. Têm-se como objetivo neste artigo:
Identificar a visão do docente sobre a sexualidade dos adolescentes e elaborar um material didático
para docentes, relacionado à sexualidade e suas transformações durante o período da adolescência.
130 METODOLOGIA
O método utilizado para a realização deste produto será uma pesquisa descritiva com abordagem
qualitativa, pois pretende-se buscar através de pesquisa de campo as principais dúvidas dos
professores do ensino fundamental das escolas públicas municipais de Barra Mansa e esclarecê-las
através do manual que será confeccionado como produto final, à partir da análise de um
questionário composto com perguntas abertas e fechadas para que possamos identificar as principais
dúvidas dos mesmos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Pretende-se promover através elaboração do manual a instrumentalização dos docentes, utilizando-
se do mesmo para oportunizar momentos de construção e discussão sobre a sexualidade do
adolescente que poderão ajudar no dia-a-dia do docente que encontra-se diariamente com o mesmo
num espaço de construção do conhecimento.
Através desta instrumentalização será possível apoiar os docentes no esclarecimento de possíveis
dúvidas dos adolescentes, podendo apoiar ações de orientação e esclarecimento das dúvidas no
momento que surgirem.
REFERÊNCIAS
Ensinando a cuidar da criança / organização Nébia Almeida de Figueiredo - São Caetano do Sul,
SP: Difusão Enfermagem, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Estatuto da Criança e do Adolescente / Ministério da Saúde. – 3. ed. –
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.96 p.
131
Kit sobre coleta seletiva de lixo
Ensino didático da responsabilidade social e ambiental
Patrícia Soares Rocha Alves1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: Coleta Seletiva – Didática – Meio Ambiente
INTRODUÇÃO
Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção, reduzindo o desperdício,
reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva. É
importante conhecer o processo e as regras quando queremos fazer a diferença. Segundo o site
WWF Brasil (2008) uma tonelada de latinhas de alumínio, quando recicladas, economiza 200
metros cúbicos de aterros sanitários.
A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia do destino em aterros
sanitários ou lixões, resíduos sólidos que poderiam ser reciclados. Segundo o site lixo.com.br, no
artigo sobre Coleta Seletiva e Planejamento no Brasil existe coleta seletiva em cerca de 135 cidades,
de acordo com o Professor Sabetai Calderoni (autor do livro Os Bilhões Perdidos no lixo Ed.
Humanitas). Na maior parte dos casos a coleta é realizada pelos Catadores organizados em
cooperativas ou associações.
A falta de informação por parte da população em separar o lixo dificulta o trabalho dos catadores e
das empresas coletoras de lixo. Trata-se de uma questão cultural, introduzindo a cultura de
separação de lixo como material didático nas escolas acredita-se que assim os alunos irão incentivar
os pais a importância da coleta contribuindo para o desenvolvimento sustentável do município e
melhorando assim a qualidade de vida da população.
Este estudo busca identificar porque a forma de acondicionamento de lixo reciclado na cidade de
Volta Redonda não está sendo feita corretamente pela população. Pretende-se educar e
conscientizar a população em geral através dos alunos das escolas de ensino fundamental sobre a
importância e relevância para o meio ambiente da maneira correta de se fazer a separação dos
resíduos.
OBJETIVOS
Conscientizar a população sobre a forma correta e a importância da realização da coleta seletiva
para o desenvolvimento social sustentável, através do Kit Coleta Seletiva.
132 METODOLOGIA
O estudo tomará como base relatos de funcionários da empresa responsável pela coleta seletiva de
lixo no município de Volta Redonda sobre a procedência e eficácia da Coleta Seletiva.
Será desenvolvido o Kit coleta seletiva como produto do Mestrado Profissional em Ensino em
Ciências da Saúde e do Meio Ambiente do UniFOA. A composição do kit contará com três itens:
Jogo didático direcionado para alunos do ensino fundamental, cartilha voltada para o adulto e
lixeira de cozinha seletiva para incentivo da coleta dentro de casa.
Uma escola municipal do município de Volta Redonda será escolhida para aplicabilidade do Kit.
CONCLUSÃO
O processo de coleta seletiva do município a ser estudado é auto-sustentável, pois parte do lixo
arrecadado vai para duas cooperativas de reciclagem e a outra para a empresa que fornece os
plásticos para a coleta seletiva.
Espera-se que ao final deste estudo haja conscientização relevante da população quanto à
importância da coleta seletiva não só como questão essencial ao desenvolvimento sustentável do
município, mas também como meio de contribuição ao desenvolvimento de ações ambientais a
nível global.
REFERÊNCIA
WWF BASIL. Conheça os benefícios da coleta seletiva. Junho 2008. Disponível em:
<http://www.wwf.org.br/participe/acao/dicas/?14001> Aceso em: Maio de 2011.
Lixo.com.br. Artigo Coleta Seletiva e Planejamento, Pólita Gonçalves.
http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=134&Itemid=241. Aceso
em: Junho de 2011
CALDERONI, Sabetai, Os Bilhões Perdidos no lixo. Ed. Humanitas
133
Lex Ambiente: uma ferramenta para o ensino da legislação ambiental
Daniel Ferreira Jordão1 e Adilson da Costa Filho1,2
1- Mestrado Profissional em Ensino em ciências da Saúde e do Meio Ambiente – UniFOA
2- Departamento de Ensino de Ciências e Biologia – DECB – IBRAG – UERJ
Palavras-chave: ensino de ciências, educação ambiental, recurso didático
INTRODUÇÃO
Segundo Leff (2006), os problemas ambientais não são resultado de catástrofes ecológicas e
sim de uma crise cultural observada no ocidente e da sua racionalidade, cujo conhecimento ao invés de
contribuir para o entendimento do mundo objetivo, passou a ser um conjunto de artefatos que intervém e
transformam o real, refletindo na relação entre homem e natureza. Gazzinelli (2002), infere que o
princípio em que se apóia a relação entre o homem e o meio ambiente tem valor apenas quando existe
algum interesse utilitário envolvido, tendo a idéia de dominação.Sendo que a partir do questionamento
relativo às possíveis posturas e práticas dos sujeitos são construídos novos modos de pensamentos da
relação entre homem e o ambiente.
A educação ambiental (EA) é definida como um processo no qual são incorporados critérios sócio-
ambientais, ecológicos, éticos e estéticos nos objetivos didáticos da educação para construir novas
formas de pensar a realidade. (LEFF, 2001)
Ao longo de nossa prática profissional, observamos grande dificuldade, por parte da população de
uma forma geral, no entendimento e percepção dos contextos associados aos conteúdos legais em
quaisquer situações. Entendemos, pois, que existe uma necessidade de se promover o acesso à
legislação de uma maneira mais simplificada. Optamos aqui, por sua relevância indiscutível, nos
ater à Legislação Ambiental, uma vez que estando em evidência constante nos meios de
comunicação, suscita um grande número de dúvidas e questionamentos. Imaginamos e entendemos
o acesso ao conhecimento como parte da EA crítica que tem como objetivo, a melhoria da
qualidade de vida, inserindo a humanidade no mundo natural se consolidando através de uma
abordagem transformadora e emancipatória.
Dentro deste enfoque imaginamos uma maneira de, além de viabilizarmos o conhecimento do
ambiente em si, permitirmos de modo interessante e atual, o acesso à informações sobre a legislação
ambiental fomentando uma discussão sobre seus conteúdos e contextos.
134 OBJETIVOS
Este projeto tem como objetivo geral desenvolver um software que promova a possibilidade de
qualquer pessoa que tenha interesse, entenda, discuta e adquira conhecimentos sobre a legislação
ambiental de nosso país.
METODOLOGIA
Na construção do DVD-ROM pretendemos utilizar o programa Microsoft Access para funcionar em
plataforma Microsoft Windows na versão “XP” 2003 ou posteriores.
Conforme Bernardo (1996), embora os avanços tecnológicos nos permitam a geração de produtos
de qualidade, não se descartando o esforço e dedicação, quatro etapas são fundamentais para o
desenvolvimento de um software: (1) definição do escopo, (2) planejamento, (3) produção e (4)
implantação.
PERSPECTIVAS
Esperamos que esta ferramenta didática possa ser utilizada nos mais diversos níveis de ensino, por
professores e alunos, facilitando o acesso à informação sobre a legislação ambiental, sobre diversos temas.
Inicialmente focaremos os assuntos relacionados à Engenharia Genética e sua relação com o Ambiente
(módulo 1). Posteriormente enfocaremos diversos outros assuntos como, por exemplo, a legislação
associada aos recursos hídricos e zonas costeiras, poluição, crimes ambientais dentre outros (módulos
sequenciais). Mais ainda, pretendemos promover, dentro do espírito da EA crítica, indivíduos mais
completos e conscientes de seu papel na sociedade e na defesa do ambiente, atuando como multiplicadores
do conhecimento legal em suas comunidades.
REFERÊNCIAS
BERNARDO, Valéria. Metodologia para desenvolvimento de projeto multimídia aplicado ao
ensino da medicina. [dissertação] São Paulo (SP): Universidade Federal de São Paulo - Escola
Paulista de Medicina; 1996.
GAZZINELLI, M. F., Representações do professor e implementação de currículo de Educação
Ambiental Cadernos de Pesquisa, n 115, p. 173-174 março/2002.
LEFF, E. Saber Ambiental. Petrópolis-RJ: Vozes, 2001.
_______ Racionalidade Ambiental e a reapropriação social da natureza Record: Rio de janeiro,
2006.
135
Livro Digital 3D de Embriologia Humana: uma experiência multidisciplinar.
Claudia Y. Utagawa1, Tarcísio S.S. Lima1, João Marcos C. Ferreira1, Bárbara S. Domingues1,
Débora F. Lauriano1, Dimas S.Rico Junior1, Melissa Villardo1, Sabrina K. Honório1, Victor Hugo
C. Benalia1, Nathália R. Santos1, Carla C. P. Almeida1, Arthur O.R. Villela1, Matheus F.O.
Guerra1, Darwin R. Mota1, Cristiana A. Fernandes1, Rafael T. Santos1, Douglas B. Goncalves1,
Marcos T. Souza1, Thiago B. Carvalho2, Maria Aparecida R. Gouvêa1, Júlio C.S. Aragão1
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
2 Universidade Federal do Rio de Janeiro–UFRJ
Palavras-chave: Embriologia, Materiais de ensino, Recursos Audiovisuais.
INTRODUÇÃO
A abordagem do tema sobre o desenvolvimento humano requer uma maior abstração do estudante
no que concerne a compreensão e visualização tridimensional dos diversos estágios embrionário e
fetal. Isso requer a utilização de novos recursos didáticos ou ferramentas que os apóiem,
principalmente as que não utilizem material humano. O objetivo deste trabalho é relatar a
experiência na elaboração do Livro 3D de Embriologia Humana, um projeto multidisciplinar e
apresentar o resultado final do projeto.
METODOLOGIA
A equipe foi composta por 9 professores e 15 alunos dos cursos de graduação em Medicina, Design,
Sistemas de Informação, Letras e Comunicação Social do Centro Universitário de Volta Redonda –
UniFOA, subdivididos em núcleos. O livro, em formato digital, possui 10 capítulos, subdivididos
em generalidades que envolvem a concepção do embrião, seguido de capítulos que abordam o
desenvolvimento embrionário por semanas de gestação. Os 4 últimos capítulos contam com
imagens virtuais tridimensionais dos embriões e narração do desenvolvimento de estruturas
anatômicas humanas. O conteúdo do livro foi discutido e escolhido para ser escrito pelos alunos do
curso de Medicina. A revisão ortográfica e gramatical foi realizada pelos graduandos do curso de
Letras. Após a finalização do conteúdo, os colaboradores do curso de Comunicação Social
gravaram, em estúdio, a narração do livro que foi ilustrado pelos alunos dos cursos de Medicina e
Design. As imagens em 3 dimensões foram construídas utilizando o software Autodesk 3ds Max
pelos alunos do curso de Design. Ficou sob responsabilidade dos colaboradores dos cursos de
Design e Sistemas de Informação a construção do livro através do programa Adobe Premiere
ProCs3. Cada núcleo de alunos, por curso, tinha pelo menos um professor orientador dentro de sua
área de conhecimento que revisava e supervisionava as etapas de realização.
136 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
A maior dificuldade encontrada pela equipe foi a construção dos objetos tridimensionais, que exigiu
a interação constante do núcleo da Medicina com o do Design para que as imagens virtuais fossem
as mais próximas da realidade e tecnicamente corretas. Outra dificuldade superada pelo grupo foi a
terminologia técnica utilizada pelo núcleo de Medicina, revisada pelo núcleo de Letras e narrados
pela equipe de Comunicação Social. Temas como semiótica e reforma ortográfica tiveram que ser
debatidos entre os alunos e professores dos diferentes cursos, tornando o projeto um aprendizado
ainda maior para o grupo.
CONCLUSÕES
Consideramos que a forma da elaboração do livro digital foi exitosa, principalmente por fomentar a
construção coletiva e a interrelação de alunos e professores oriundos de universos de conhecimento
diferentes.
REFERÊNCIAS
McClean, P., Johnson et al. Molecular and cellular biology animations:development and impact on
student learning. Cell Biology Education 4: 169-179, 2005.
Mias, M. C.et al. The design of virtual practicals in anatomy learning: one experience. J. Anat 210:
619, 2007.
137
Manual sobre o atendimento do adolescente para discentes de Medicina
Clea Ribeiro Nunes do Vale1*, Júlio Cesar Soares Aragão2 1,2 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: Adolescência, Medicina do Adolescente, Ensino e Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas a adolescência vem sendo objeto de estudo, destacando-se não somente as
particularidades dessa faixa etária, mas também a população adolescente.
No Brasil, a população adolescente e jovem corresponde a 33% da população, tratando-se assim de
um grupo com grande expressividade populacional. (Instituto de Geografia e Estatística, 2007)
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência corresponde a uma etapa
evolutiva caracterizada pelo desenvolvimento biopsicossocial, delimitada pela faixa etária entre 10
e 19 anos. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é considerado
adolescente o indivíduo entre 12 e 19 anos de idade. (Lei Federal nº 8069 de 13 de Julho de 1990)
A adolescência é um período extremamente relevante para a construção do sujeito, marcada por
importantes transformações biopsicossociais, mas também de grande vulnerabilidade e exposição a
fatores de risco. (Saito, 2001)
Diante deste cenário, ressaltamos a importância do desenvolvimento de ações de promoção de
saúde e prevenção de doenças nesta população, através da organização de serviços e capacitação de
profissionais.
Por que então não investir na capacitação destes profissionais durante o seu curso de graduação?
Esta proposta se adéqua as novas Normas de Diretrizes Curriculares (DNC) dos cursos da área de
saúde em geral, e especificamente dos cursos de graduação em Medicina, valorizando tecnologias
pedagógicas desenvolvidas na área de educação, para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.
OBJETIVOS
Coletar dados sobre a importância da Medicina do Adolescente na formação médica e avaliar a
aquisição de conhecimentos na área Medicina do adolescente pelos discentes do curso de Medicina,
estimulando os discentes a adquirir habilidades e competências para atender o adolescente,
compreendendo as suas particularidades.
138 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, apropriada para medir opiniões e conhecimento sobre a
Medicina do Adolescente. Será realizada no campus da UniFoa, nas dependências da Policlínica,
com alunos do 8º ao 12º período do Curso de Medicina.
As informações serão coletadas por meio de um questionário estruturado contendo 15 perguntas
claras, para garantir a uniformidade dos entrevistados.
DISCUSSÃO
Embora os adolescentes gozem de boa saúde física, estão mais vulneráveis e expostos a fatores de
risco. Estas questões deixam clara a importância da construção de um sistema de saúde preparado
para atender de forma integral e com profissionais habilitados a lidar com os problemas específicos
desta faixa etária.
A elaboração de um programa, que inclui a Medicina do Adolescente no internato de Pediatria para
os discentes do curso médico, torna-se extremamente importante na formação de profissionais
habilitados para atender o adolescente. Eles aprendem a conduzir uma consulta, a vencer os desafios
de lidar com uma faixa etária repleta de particularidades, com características diferentes dos
pacientes das demais faixas etárias.
CONCLUSÃO
O presente trabalho destina-se a confecção de um manual que possa auxiliar os discentes na
capacitação de atender o adolescente.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A.; ROCHA, R.L.; Armond, L.C. O grupo de adolescentes na escola: a percepção dos
participantes. Reme Rev Min Enferm. 2008; 12 (2):207-12.
BRASIL. Lei nº8069 de 13 de julho de 1990. Dispõem sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1990.
139
Meio ambiente e Ação: Uma proposta dinâmica e facilitadora no processo ensino
aprendizagem no Ensino de Ciências e Biologia
*Ana Lúcia Rodrigues da Costa¹, Thaís Brainer Conceição¹ e Vinícius Amaral Corrêa¹
¹ Alunos de Graduação de Ciências Biológicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- UERJ
Palavras-chave: Seres vivos, Meio Ambientes, Jogos, Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Segundo, Mendes et al, (2007) o processo tradicional de se ministrar as disciplinas de ciências e
também biologia envolve conteúdos abstratos prevalecendo assim a dissociação com o cotidiano.
Para Morin (2003) o ser humano é tratado como Homo ludens, além de Homo sapiens. O jogo é
uma atividade lúdica comum em nossa cultura, envolvendo adultos e crianças, representando um
elemento cultural integrador. Reunimo-nos para torcer ou participar de equipes e paramos de
trabalhar para assistir a um jogo de Copa do Mundo ou às Olimpíadas.
Já para Vygotsky, os Jogos não são apenas inerentes ao seres humanos, pois os animais também
brincam; por isso, esse fato deve ter algum sentido biológico.
No primeiro semestre no ano de 2011, no Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (Cap-UERJ), na disciplina de graduação Instrumentação para o Ensino Lúdico oferecida
para os alunos do curso de Ciências Biológicas foi elaborado o jogo didático batizado com o nome:
Meio Ambiente e Ação.
METODOLOGIA
O jogo didático Meio Ambiente e Ação foi produzido com o objetivo de favorecer o processo ensino
aprendizagem dos alunos pertencente a séries do 7º ano do ensino fundamental e 2° ano do ensino
médio que abordam os seguintes temas relacionados aos seres vivos e a diversidade biológica com
ênfase nos cinco grandes reinos encontrados na natureza como: reino monera, reino protista, reino
fungi, reino plantae e reino animal além de tratar temas transversais encontrados nos parâmetros
curriculares nacionais (PCNs) como meio ambiente e saúde.
O jogo segue as regras do jogo imagem e ação, um tradicional jogo usado para entretenimento de
jovens e adultos. O jogo constitui-se em um tabuleiro com tamanho de 60x45cm que contém como
plano de fundo a ilustração colorida dos reinos: monera, protista, fungi, plantae e animalia, além de
conter letras correspondentes ao nível de dificuldade do jogo.
140 O tabuleiro do jogo foi elaborado usando os recursos do PowerPoint presente no sistema
operacional Windows.
O material didático contém: um tabuleiro, uma ampulheta de 1min 30 seg que pode ser facilmente
encontrada em papelaria e armarinhos, dezoito cartas que foram produzidas no Word, um dado que
também pode ser facilmente comprado ou produzido. Para iniciar o jogo o aluno (jogador) deve
levar o peão até a última casa chamada todos jogam e ser a primeira equipe a adivinhar a palavra.
O jogo deve ser praticado em equipes com quatro ou mais jogadores, divididos em quatro a seis
equipes.
A equipe vencedora é aquela que primeiro percorrer todo o trajeto do tabuleiro (uma volta inteira).
Os peões são movimentados quando os integrantes da equipe que está jogando conseguem entender
e acertar o que um integrante da sua própria equipe quer dizer através de desenhos feitos no quadro
da escola ou por meio de mímicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O jogo Meio Ambiente e Ação apresenta um modo eficiente de se trabalhar como a fixação e a
aprendizagem dos próprios alunos, ou seja, o jogo foi feito como um mecanismo de revisão do
conteúdo anteriormente já abordado pelo professor.
È importante destacar que os jogos didáticos auxiliam ao professor na dinâmica de sala de aula,
porém, se aplicado de forma não paralela ao conteúdo torna-se um recurso insuficiente. Jorge V. L.,
(2008)
REFERÊNCIAS
VIGOTSKI, Liev Semionovich; Psicologia pedagógica. Brasil, p.21, 2003.
MENDES Camila F; et al. Jogo didático ecológico aplicado a alunos do quinto ciclo: conhecendo a
nossa fauna. Rio de Janeiro, p. 3, 2007.
JORGE Viviane Loureiro; et al. Biologia limitada. Rio de Janeiro, p. 3, 2007.
141
Meio ambiente e Educação Ambiental: a abordagem dos professores
Cristianni Antunes Leal1*, Maria José da Silva de Oliveira Quirino1*,
Sabrina Bessa da Costa Ferreira1*, Vânia Lucia de Oliveira1,2*
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ 2Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM
Palavras-chave: Meio ambiente, Educação ambiental, Ensino, Professores.
INTRODUÇÃO
A reflexão sobre questões ambientais é necessária entre os atores da comunidade escolar
(professores e alunos), sendo imprescindível a iniciativa de trabalhar as suas unidades temáticas.
Entretanto, apesar de se ver na prática o senso comum de que os temas ambientais são
responsabilidade dos professores de Biologia e Ciências, tal situação já está mudando.
Considerando que os temas envolvendo o Meio Ambiente (MA) e a Educação Ambiental (EA)
estão intrinsecamente ligados a ação do homem sobre a natureza e que “(...) o processo de EA,
como em geral ocorre com todo o processo educacional, exige a participação dos professores, pois
implica tarefa didática e pedagógica” (CAMARGO; PRADO, 2008, p. 3), torna-se necessário que
professores de diferentes áreas do saber, participem ativamente desse processo.
OBJETIVOS
O objetivo do trabalho é analisar como os professores, que não são das áreas de Biologia/Ciências,
abordam a temática MA/EA durante suas aulas para a educação básica e como tal abordagem pode
ser aperfeiçoada a partir da troca de experiência entre eles.
METODOLOGIA
A pesquisa utilizou a aplicação de questionários para o levantamento de dados primários, tais
questionários foram submetidos a quinze professores das seguintes formações: Geografia (2), Artes
(1), Letras (7), Matemática (2), Pedagogia (1) e Química (2); em duas escolas públicas, uma
municipal e outra estadual, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. De posse dos dados, foi
realizada a análise do trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
A pesquisa mostrou que apenas 6% dos professores que responderam ao questionário, não abordam
a temática EA, enquanto que 94% abordam a EA trabalhando os seguintes assuntos: lixo, 91,7%;
poluição das águas, 91,7%; extinção e caça, 6%; poluição do ar, 75%; poluição do solo, 83,3%;
desmatamentos e queimadas, 91,7%; outros temas não especificados, 25%. Mesmo abordando
142 diferentes temas, Grun (2010) coloca que não é tarefa fácil adquirir uma abordagem holística sobre
o tema, como a que faz necessária hoje, por conta do contínuo processo de degradação ambiental.
Quando os professores foram questionados sobre que matéria(s) deve(m) trabalhar com a temática
ambiental na escola, 75% responderam que devem ser todas as matérias do ensino básico.
CONCLUSÃO
Foi possível perceber que os professores pesquisados compreendem a importância da abordagem do
tema em suas aulas, mas, no entanto, a EA foi identificada como sinônimo de MA.
A abordagem do tema se dá a partir de alguns assuntos que são inseridos durante as aulas,
evidenciando-se assim que, não há troca de experiência entre eles, o que poderia facilitar o trabalho
e contribuir para um resultado positivo do ensino sobre a temática ambiental.
REFERÊNCIAS
CAMARGO, R.; WOLF, R. A. P. Educação ambiental e cidadania no currículo escolar. Revista
Eletrônica Lato Sensu UNICENTRO, Ed. 6, p. 1-23, 2008. Disponível em
http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/6%20Edi%C3%A7%C3%A
3o/Agrarias/PDF/5-Ed6_CA-Educa.pdf. Acesso em Abril de 2011.
GRÜM, M. Ética e educação ambiental: a conexão necessária. Papirus: São Paulo, 2010.
143
Método de Ensino de Endodontia de molares na graduação em Odontologia com auxílio de
recurso audiovisual
Renata Pereira Ribeiro*¹, Fábio Aguiar Alves²
¹ Centro Universitário de Volta Redonda – UniFoa
² Centro Universitário de Volta Redonda – UniFoa
Palavras-Chaves: Endodontia; molares; recurso audiovisual
INTRODUÇÃO
De acordo com Berger (2002), a Endodontia é a especialidade dentro da Odontologia que se ocupa
da prevenção, do diagnóstico e do tratamento de doenças ou injúrias da polpa dental.
Assim sendo, Machado (2007) relata que a prática da Odontologia, e assim da Endodontia, requer
conhecimentos, habilidades e bom senso.
Para Sayão (2007), antes de se pensar em realizar qualquer operação no endodonto, é necessário ter
o conhecimento do todo, bem como das partes que o constituem, que são bem pequenas. É
necessária a familiarização com todas as partes e a íntima relação entre elas.
Segundo Gadotti (2000), a evolução tecnológica tem imposto uma grande mudança no processo
educacional. Cada vez mais a linguagem audiovisual tem contribuído para a consolidação do
processo educativo moderno.
As novas gerações de alunos crescem em um contexto social onde são influenciados por conteúdos
audiovisuais. Esses são considerados elementos básicos para o desenvolvimento de novas
tecnologias educacionais e pode, quando bem empregado, ser utilizado para persuadir o jovem a
aprender a pensar.
Sendo assim, a utilização de recursos audiovisuais como o DVD ajudaria os alunos da graduação de
Odontologia aprender com mais facilidade a Endodontia de molares e as etapas que a constituem.
OBJETIVOS
O ensino da endodontia visa qualificação e treinamento dos acadêmicos do 8º período do curso
noturno de Odontologia do Centro Universitário do UniFoa no diagnóstico e tratamento de dentes
molares multirradiculares, com auxilio de meios audiovisuais como facilitador do aprendizado
144 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo qualitativo descritivo da rotina prática dos procedimentos realizados para o
tratamento endodôntico de dentes molares multirradiculares pelos alunos do 8º período do Curso de
Odontologia Noturno do Centro Universitário do UniFOA.
Para o trabalho prescrito serão utilizados conceitos e técnicas de tratamento endodôntico de molares
em modelos laboratoriais e a elaboração de um DVD como produto final.
RESULTADO
Espera-se que o desenvolvimento do projeto de extensão juntamente com o recurso de audiovisual,
no caso o DVD, sejam facilitadores no aprendizado da endodontia e que os alunos do 8º período do
curso de Odontologia Noturno possam se valer desses meios para melhor compreensão e execução
do tratamento endodôntico de molares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERGER, C. Endodontia Clínica. São Paulo: Pancast, 2002.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais em Educação. São Paulo: Em Perspectiva, 14 (2), 2000.
MACHADO, M. E. L. Endodontia da Biologia à Técnica. São Paulo: Santos, 2007.
SAYÃO, S. Endodontia – Ciência, Tecnologia e Arte: do Diagnóstico ao Acompanhamento. São
Paulo: Santos, 2007.
145
Metodologia de ensino para acadêmicos de Enfermagem nas condutas do cuidar: vídeo-aula
de exame físico abdominal
GOMES, Mariane de Paula1*, AGUIAR-ALVES, Fábio1,2
1Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA 1,2Universidade Federal Fluminense - UFF
Palavras-chave: Metodologia de Ensino, Acadêmicos de Enfermagem, Vídeo-Aula, Exame Físico
Abdominal.
INTRODUÇÃO
O processo de ensino-aprendizagem há tempos vem procurando se adequar as necessidades do
mundo contemporâneo. Neste contexto, visando atender tais necessidades que cada vez mais
docentes, buscam maneiras distintas de ministrar seus conteúdos, deixando de ser apenas o
transmissor de conhecimento, passando a ser o mediador/facilitador de tal construção. Na
enfermagem não é diferente. Deslumbrado com um mundo complexo e exigente que é o ser
humano, associado a todo o ambiente que o cerca, o acadêmico de enfermagem muitas vezes
durante sua prática, se depara com uma gama de dificuldades e exigências que acabam por
minimizar/bloquear o conteúdo adquirido, sendo impedido, muitas vezes, de exercer um bom
cuidado.
Um recurso amplamente utilizado e difundido nos diversos ambientes de ensino, a vídeo-aula como
instrumento didático, permite aos acadêmicos, maior possibilidade de assimilação de conteúdos.
Neste momento, os sentidos são utilizados, uma vez que escuta e visualiza o procedimento sendo
realizado simultaneamente, o que favorece principalmente a associação teoria e prática.
O exame físico se dá por uma avaliação complexa na qual o examinador utiliza técnicas/manobras e
instrumentos para coletar dados objetivos, exigindo de quem executa instruções em diversas áreas
do conhecimento.
De acordo com Barros & Cols (2010) é necessário que os enfermeiros, além de dominarem as
técnicas propedêuticas de inspeção, palpação, percussão e ausculta, tenham uma profunda
compreensão da fisiologia normal, de patologia clínica e de diagnóstico por imagem, o que lhes
permitirá extrapolar e analisar criticamente os dados coletados e oferecer cuidados e intervenções
adequados à evolução positiva da saúde do paciente.
146 OBJETIVOS
- Elaborar vídeo-aula de exame físico abdominal como instrumento de ensino nas condutas do
cuidar para acadêmicos de enfermagem e,
- Validar o instrumento elaborado junto a acadêmicos de enfermagem que cursam estágio curricular
supervisionado que praticam o exame físico abdominal.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de campo; de abordagem quantitativa; de caráter descritivo; onde os dados
serão coletados a partir de observação sistemática, direta e não-participante.
O cenário será um curso de graduação em enfermagem de uma instituição de ensino superior do
município de Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro. O estudo de campo iniciará após aprovação
do Comitê de Ética e Pesquisa envolvendo Seres Humanos – CoEPS, do Centro Universitário de
Volta Redonda – UniFOA. Será aplicado um teste prático antes e após vídeo-aula de exame físico
abdominal, durante o qual a investigadora utilizará como instrumento de coleta um “Check-List”
em todas as fases de atuação do acadêmico de Enfermagem, desde o preparo do material, ambiente
e paciente, até a fase de evolução no prontuário, por meio de um roteiro coerente com questões
estruturadas e fechadas de acordo com seus objetivos. Os sujeitos deste estudo serão todos os
acadêmicos de Enfermagem em estágio curricular supervisionado, que assinarem previamente o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Destes acadêmicos, serão excluídos os que
acertarem a técnica de exame físico abdominal e as condutas do cuidar, o que desconsiderará a
necessidade de assistir a vídeo-aula.
PERSPECTIVAS
Temos como perspectiva ampliar conhecimentos acerca da temática, posteriormente publicar artigo
e, divulgar o produto, contribuindo com os acadêmicos de enfermagem no tocante do
aprofundamento de conhecimentos acerca da realização do exame físico abdominal e as condutas
adotadas para uma assistência qualificada junto aos pacientes.
REFERÊNCIAS
BARROS & COLS. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
147
Metodologia para o Ensino de Saúde e Meio Ambiente aos adolescentes do município de
Resende: considerações iniciais
Ligia Maria Fonseca Affonso1*, Rosane Moreira Silva de Meirelles 1
1 Fundação Oswaldo Aranha – UNIFOA
Palavras-chave: Adolescência, Vulnerabilidade, Educação em saúde
INTRODUÇÃO
O alto índice de gravidez na adolescência, de DST/AIDS, da drogadição, da evasão escolar, da
violência domestica, do abuso sexual, da degradação ambiental e redução dos níveis de qualidade
de vida são alguns dos riscos aos quais os adolescentes estão expostos e que os deixam em situação
de vulnerabilidade, impedindo-os de desenvolver plenamente suas capacidades e potencialidades na
transição para vida adulta.
Como meio de minimizar parte desses riscos, o presente estudo busca estabelecer processos
estruturados para disseminar as informações necessárias aos adolescentes, tendo como premissa o
conceito de que, por meio da informação seria possível influenciar positivamente os envolvidos.
Justifica-se, portanto, o desenvolvimento do presente estudo, cuja contribuição esperada é
estabelecer os passos do processo de envolvimento, informação e colaboração dos atores-chave
envolvidos na saúde física, mental e emocional dos adolescentes.
OBJETIVOS
O objetivo geral do estudo é a construção de uma metodologia para o ensino de ciências da saúde e
meio ambiente, a ser utilizada em escolas do ensino médio.
Os objetivos específicos são: (1) Identificação das práticas educativas relacionadas à saúde e meio
ambiente utilizadas atualmente nas escolas municipais de ensino médio no município de Resende;
(2) Identificar lacunas e oportunidades no desenvolvimento de metodologia para o ensino de saúde
e meio ambiente; (3) Desenvolver modelo piloto da citada metodologia; (4) Validar o modelo piloto
junto aos professores e alunos.
METODOLOGIA
Este projeto está em fase inicial de elaboração de procedimentos. Serão confeccionados
questionários e roteiros de entrevistas para coleta de dados junto a professores e alunos de três
escolas municipais no município de Resende/RJ, para levantamento de informação a respeito da
existência de práticas educativas relacionadas à saúde e meio ambiente e sua adequação às
necessidades identificadas.
148 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
O presente estudo encontra-se na fase embrionária: os referenciais teóricos estão ainda sendo
pesquisados, de forma a estabelecer o arcabouço teórico da pesquisa, além de nortear a elaboração
dos instrumentos de pesquisa (questionários e roteiro de entrevistas).
CONCLUSÕES
As conclusões do presente estudo serão estabelecidas a partir dos achados obtidos da coleta de
dados descrita na metodologia e na análise dos resultados obtidos.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz
e Terra, 2002.
______. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo. Ed. Cortez. (Coleção Magistério
Formação do Professor) 1994. p. 183.
MULLER, Laura. Altos papos sobre sexo. São Paulo: Globo, 2009.
149 Mídias escritas como suporte didático no ensino de Estatística para o 1° ano do Ensino Médio
do Curso Normal
Paulo Apolinário Nogueira*¹, Eline das Flores Victer2 Cristina Novikoff3 1,2,3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
Palavras-chave: Mídias Impressas, Ensino de Estatística, Didática.
INTRODUÇÃO
Trata da questão do ensino de estatística a partir de uma abordagem didática pragmática que utilize
mídias escritas nas aulas de matemática, na primeira série do Ensino Médio, na Modalidade Curso
Normal. Tal proposta está de acordo com a Reorientação Curricular da Secretaria de Educação do
Estado do Rio de Janeiro em sua versão 2010, que colocou a Estatística como componente do
currículo da primeira série do Ensino Médio.
A Estatística está presente no cotidiano dos alunos por intermédio das diferentes mídias e, ainda
assim, eles mostram grande dificuldade em responder questões que envolvam conceitos dessa
subárea da matemática ou quando competências ligadas a essa subárea são necessárias em provas de
vestibulares e concursos públicos.
OBJETIVOS
Objetivou-se a elaboração de um Caderno com uma Sequência Didática para o Ensino de Estatística
com o uso das mídias impressas. A proposta foi proporcionar o ensino de estatística com a
participação direta dos alunos no manuseio de jornais, revistas e outras publicações impressas. Este
possibilita ao professor trabalhar variados tipos de habilidades e competências preconizadas nas
Matrizes de Referência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio de Janeiro (SAERJ) e do Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM).
METODOLOGIA
A pesquisa de campo envolveu a aplicação de testes com questões do exame Nacional de Ensino
Médio - ENEM e o uso de revistas e jornais nas aulas de Matemática. As mídias impressas serão a
fonte que proporcionará ao aluno a oportunidade de (re)descobrir, analisar, discutir, apropriar-se de
conceitos e formular suas próprias ideias. Para melhor desenvolver cada etapa da pesquisa adotamos
os referenciais de Novikoff (2010) propondo um modelo de planejamento, desenvolvimento e
apresentação de pesquisa dialeticamente estruturada. Os 118 sujeitos da pesquisa (alunos do curso
de Formação de Professores), após aplicarmos o Teste Diagnóstico e produzirmos a Intervenção
Didática com o uso das mídias impressas, passamos à terceira etapa, a Avaliação, objetivando
produziras informações para estabelecer parâmetros de comparação para as etapas anteriores. Para
150 isto foi aplicado um Teste Avaliativo, composto por 16 itens selecionados nas provas da série
histórica do ENEM.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Os resultados do estado do conhecimento revelou: 1)Durante a busca pelas dimensões teóricas,
além das obras e textos que discutem o ensino e a didática (FACCI, 2004; GHIRALDELLI, 2002)
foram encontrados diversos trabalhos com historicidade, críticas e sugestões relativas à Educação
Estatística, Lopes (2005), Batanero (2001), entre outros. Aqui nos chamou a atenção, o fato de que
os trabalhos que envolvem o uso dos jornais são voltados para Língua Portuguesa com o enfoque na
leitura e na escrita e não foram encontrados trabalhos voltados para a matemática com o uso das
Mídias Impressas, como por exemplo, jornais, denotando a relevância do presente texto. Daí o valor
em ressaltar a importância crescente da Estatística e do Tratamento da Informação na Educação
Básica, indicando os jornais como um recurso para auxiliar e enriquecer seu ensino. 2) O uso de
uma didática pragmática levou a um acerto de aproximadamente 32,5% nas questões do ENEM,
demonstrando que o Teste Diagnóstico com 5,2 de acerto subiu para 8,1 no Teste Avaliativo.
CONCLUSÕES
Em síntese, trazemos uma conclusão esperando contribuir de maneira efetiva para o fortalecimento
da Educação Estatística, utilizando o potencial das mídias escritas, contribuindo para uma formação
mais ajustada com as necessidades do educando no que se refere às competências e habilidades, em
particular, nas questões referentes ao exercício da cidadania.
REFERÊNCIAS
ABRANTES, P.; SERRAZINA, L. & OLIVEIRA, I. - A Matemática na educação básica. Lisboa:
Ministério da Educação, 1999. 130p.
BATANERO, C. Didáctica de la Estadística. Granada: Universidad de Granada, 2001. LOPES, C.
A. E.; CARVALHO, C. Literacia Estatística na Educação Básica, In: LOPES, C. E.;
NACARATO, A. M. (Orgs.) Escrituras e Leituras na Educação Matemática. Belo Horizonte:
Autêntica, p. 77-92, 2005.
151
Mudanças pedagógicas no ensino de Semiologia para discentes de Medicina
Werneck, S.M.B.V1,2, Alves, M.F.O2,3
1 Universidade Severino Sombra – USS
2 Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA
3 Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz
Palavras-chave: Ensino médico, cenários de prática, mudanças pedagógicas
INTRODUÇÃO:
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Medicina determinam
modificações pedagógicas no currículo do curso e orientam para um novo modelo de prática
docente e o perfil do médico formado (DCN 2001). Este novo modelo comporta as metodologias
ativas. Segundo Mitre e colaboradores (2008) as metodologias ativas utilizam a problematização
como estratégia de ensino-aprendizagem, com o objetivo de alcançar e motivar o discente, pois
diante do problema, ele se detem, examina , reflete, relaciona a sua história e passa a ressignificar as
suas descobertas.
OBJETIVO:
Investigar a respeito de novas técnicas de ensino e de novos cenários de práticas no Programa de
Aproximação a Prática Médica do Curso de Medicina de uma instituição superior para o ensino da
Semiologia Médica, desde o primeiro semestre do curso.
METODOLOGIA:
Os discentes envolvidos estavam cursando o quarto período do Curso de Medicina de uma
instituição de ensino superior, localizada na cidade de Vassouras/Rio de Janeiro. Estes discentes
foram escolhidos por terem sido inseridos na nova matriz curricular desde o primeiro período e por
ser o local de trabalho da autora. Para avaliarmos os resultados deste novo modelo entre os alunos,
utilizamos o questionário com questões objetivas e subjetivas sobre as novas metodologias
desenvolvidas no curso. Esse questionário foi aplicado aos alunos na sala de aula no final do
semestre. Nesse estudo foram avaliadas apenas dois dos novos métodos de ensino: As oficinas que
consistem em uma reunião de um pequeno grupo de alunos com interesses comuns, a fim de estudar
e trabalhar para o conhecimento ou aprofundamento de um problema, e a metodologia da resolução
de problemas que envolveram o caso, e o uso do laboratório de habilidades.
152 RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram analisados 65 questionários, no qual foram avaliadas algumas das metodologias utilizadas no
Programa desde o primeiro período. A maioria dos discentes investigado acharam válida a
realização da oficina de anamnese, como uma metodologia utilizada para rever o conteúdo estudado
no semestre anterior e 64,61% dos discentes disseram não necessitar de um professor para orientá-
los na execução do conteúdo.
Outro ponto questionado foi a utilização do laboratório como pré requisito para as aulas práticas a
beira do leito de Semiologia Cardiovascular e Respiratória, 84,61% disseram que é importante. Um
dos argumentos utilizados para justificar essa resposta foi que realizando a técnica efetuada
primeiro no manequim e depois no paciente, faz com que se sentiam mais seguros. Por outro lado
os que não aprovaram a técnica disseram que os motivos são que os manequins não são como os
pacientes, pois a relação não fica pessoal e por isso preferem as aulas diretamente a beira do leito
com o paciente. Segundo Pezzi e Pessanha Neto (2008), para aprender a clinicar efetivamente, os
estudantes de Medicina e médicos devem ter acesso a essa importante ferramenta de ensino-
aprendizagem (o laboratório de habilidades) que, inevitavelmente, fará parte do arsenal didático
obrigatório de todas as escolas médicas e hospitais do Brasil.
CONCLUSÕES
As mudanças no ensino médico, a partir dos objetivos propostos pelas DCN do Curso de Graduação
de Medicina, propõem nova construção didática pedagógica. Nesse sentido foi oportuno avaliar
uma dessas mudanças instituídas em nosso programa de ensino da Semiologia Médica, onde
podemos observar que houve uma boa aceitação por parte dos discentes nas novas praticas de
ensino e que estão receptivos as mudanças na construção do seu conhecimento.
REFERÊNCIAS:
CRESWELL, JOHN W. Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. São
Paulo: Artmed, 2009.
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais do
Curso de Graduação de Medicina. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 4/2001.
Diário Oficial da União. Brasília, 09 de novembro de 2001. Seção 1, p. 38.
PEZZI, Lucia, NETO, Sílvio Pessanha. O laboratório de habilidades na formação médica.
Cadernos ABEM, Vol. 4, Out., 2008.
153
Musicalização infantil: formação docente para Educação Ambiental
Herica Cambraia Gomes* e Cristina Novikoff**
*Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA
**Universidade do Grande Rio – UNIGRANRIO
Palavras-chave: musicalização Infantil, formação docente, educação ambiental
INTRODUÇÃO
Discute-se o estado do conhecimento sobre musicalização e educação ambiental a partir da
percepção da necessidade de se pensar estes conceitos de modo a interagi-los na Educação Infantil.
Objetiva-se discutir a compreensão do impacto da musicalização, como procedimento didático-
pedagógico no processo ensino-aprendizagem da Educação Infantil (0 a 5 anos) para desenvolver a
Educação Ambiental. Para se alcançar este objetivo foi trabalhado o mapeamento dos conceitos
acerca de formação continuada e de sua trajetória histórico-política, analisando seus pressupostos
teóricos e limites empíricos, bem como sobre a legislação que aborda a educação ambiental. A
ancoragem teórica para tratar da musicalização buscam-se Granja (2008), Gordon (2000) Willems
(1968) e Gardner (1995). Toma-se o entendimento de Educação Ambienta de Lucy Sauvé (1997) e
de formação de professores Gatti, (2003, 2008, 2009); Zeichner e Diniz-Pereira (2005). A
metodologia qualitativa se apóia nas dimensões Novikoff (2010) com denso estudo do
conhecimento (ROMAWISKI e ENS, 2006). A contribuição se ajunta ao pressuposto de que
valores, atitudes, comportamentos e habilidades adquiridas na infância podem ter impacto
duradouro na vida adulta, assim a educação deverá ocupar objetivamente um lugar importante nos
movimentos planetários para o desenvolvimento sustentável e um caminho prudente para o sujeito
ecológico.
METODOLOGIA
Considerando que a pesquisa qualitativa, segundo Creswell (2007, p.35, apud NOVIKOFF, 2007,
p.53) é aquela “em que o pesquisador configura os conhecimentos pautando-se nos significados
diversos das experiências individuais ou sociais e historicamente construídos”, a proposta em
apreciação é qualitativa. Igualmente, o pesquisador procurará apreender e compreender a
aprendizagem significativa do ensino do meio ambiente, utilizando-se como estratégia de ensino a
musicalização no processo de formação continuada de professoras da rede municipal de ensino de
Porto Real. Os participantes, professoras da educação infantil, participarão das atividades
levantando problemas no ensino de meio ambiente e criarão as soluções em grupo. Portanto, o
fenômeno (aprendizagem significativa) será desenvolvido e observado segundo a perspectiva dos
participantes da situação estudada e, a partir daí apresenta sua interpretação. Portanto, não enumera
154 nem mede eventos, bem como não se prende a instrumental estatístico para suas análises, mas o usa
para dar visibilidade aos dados. Entendendo que na pesquisa qualitativa, segundo Novikoff (2007)
“o foco de interesse do pesquisador qualitativo é diversificado e busca a obtenção de dados
descritivos mediante contato direto e interativo com a situação objeto de estudo”, reafirma-se que a
pesquisa aqui é desta natureza. Enfim, a pesquisa qualitativa que possui caráter mais exploratório,
descritivo e indutivo é o propósito em questão pois parte da vivência em formação continuada junto
às professoras de Educação Infantil.
ETAPAS:
Observação do comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real;
Criação de situação artificial (formação continuada) para levantar problemas frente ao ensino do
meio ambiente e observar o comportamento diante das tarefas definidas para essas situações;
Questionamentos sobre o comportamento e seus estados subjetivos;
Observação o comportamento em atividade pós-facto (pós-oficina) em sala de aula.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Pesquisa em andamento, com algumas discussões significativas:
Criação do conceito de impressão sonora ambiental (Cambraia, 2011), como uma das estratégias
didático-pedagógica do processo de musicalização para a formação do Sujeito Ecológico
(CARVALHO, 2008), na educação infantil.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, I.C.M. (2008). Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 3. ed. São
Paulo: Cortez
GARDNER, H. (2001). Inteligência Um conceito Reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva
GORDON, E. E. (2008). Teoria da Aprendizagem Musical para recém-nascidos e crianças em idade
pré-escolar. Lisboa. Gulbenkian Educação.
NOVIKOFF, C. (2010). Dimensões Novikoff: um constructo para o ensino aprendizado da
pesquisa. In: ROCHA, J. G.; NOVIKOFF, C. (orgs) Desafios da práxis educacional à promoção
humana na contemporaneidade. Rio de Janeiro: Espalhafato Comunicação.
155 Noções básicas de direito para estudantes de medicina e suas repercussões na relação médico-
paciente
¹Carlos José Pacheco, ²Maria Auxiliadora Motta Barreto
¹´²Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
Palavras-chave: educação, estudantes de medicina, direito.
INTRODUÇÃO
Nas instituições de ensino superior, apesar das diversas áreas acadêmicas possuírem suas
particularidades, seus caminhos, direta ou indiretamente, se cruzam, tendo em vista a amplitude e
dimensão do conhecimento. Neste contexto, entre o Direito e a Medicina existe uma íntima relação,
pois os atos praticados pelo profissional da Medicina incidem sobre o bem mais precioso do ser
humano - a vida -, tutelado por diversas normas jurídicas e assegurado na Constituição Federal de
1988. Por consequência, apesar da relação médico-paciente ser, em regra, uma obrigação de meio, e
não de resultado, o paciente, ou seus familiares, entendendo ter sofrido um dano por ação ou
omissão por parte do profissional médico, ou não ter alcançado a satisfação pretendida, poderá
acionar o Poder Judiciário para tutelar seus direitos e/ou reparar eventuais danos. É crescente, nos
Tribunais de nosso país, o número de ações de responsabilidade civil por não terem, os médicos,
proporcionado aos seus pacientes o resultado desejado, ou por não terem observado preceitos
jurídicos em determinadas ações diante de casos concretos, deparando-se com sanções civis, penais
e éticas. Não raro, isso reflete ausência de conhecimentos sobre aspectos legais que deveriam ser
respeitados na relação médico-paciente. Neste viés, apesar dos cursos de Medicina possuírem
disciplinas que, em conjunto, contribuem na formação global de seus discentes, é fundamental
proporcionar uma formação multidisciplinar com outras áreas. Assuntos como autonomia da
vontade, consentimento informado do paciente, dever de sigilo, prontuário médico, imprudência,
imperícia e negligência, danos iatrogênicos e opções religiosas do paciente, dentre outros, reclamam
conhecimento de normas jurídicas cíveis, penais e éticas. Esse conhecimento se prestará a
fundamentar ações e evitar dissabores futuros quando decisões forem questionadas diante dos
diversos direitos e deveres existentes na relação médico-paciente.
OBJETIVOS:
Trata-se de dissertação de mestrado profissional que tem por objetivo demonstrar a importância do
aprendizado de conhecimentos básicos em Direito, por acadêmicos dos Cursos de Medicina, sobre
diversos preceitos jurídicos e éticos que envolvem a relação médico-paciente.
156 Evitar questionamentos judiciais ou perante os Conselhos de Classe de certas ações ou omissões,
por ausência de conhecimento e cumprimento de deveres legais.
METODOLOGIA:
Será feita revisão bibliográfica extensa sobre direito médico e assuntos afins, além de pesquisa de
campo, junto aos discentes do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda –
UniFOA, com questionário para levantamento de conhecimentos sobre questões atuais que
interligam a prática médica com o Direito.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA:
Pretende-se desenvolver, como produto de mestrado, um curso de extensão e/ou proposta de criação
pedagógica de tema transversal no currículo do Curso de Medicina do Centro Universitário de Volta
Redonda – UniFOA, sobre aspectos legais e éticos que disciplinam a relação médico-paciente.
CONCLUSÕES:
Pelo fato da atuação médica envolver bens jurídicos amplamente tutelados pelo Direito – vida
humana – e transcender conhecimentos técnicos e científicos, acreditamos que proporcionar noções
sobre aspectos legais e éticos da relação médico-paciente, aos graduandos de Medicina, venha ao
encontro de uma formação completa.
REFERÊNCIAS:
BARROS JÚNIOR, E. A. Código de ética Médica 2010: comentado e interpretado: (resolução
CFM 1.931/2009). 1. ed. São Paulo: 2011
DINIZ, M. H. O Estado Atual do Biodireito. 8. ed. rev. aum. e atual. São Paulo: Saraiva, 2011.
FRANÇA, G. V. de. Direito Médico. 10. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2010.
KFOURI NETO, M. Responsabilidade Civil do Médico. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2010
157
O Centro de Referência de Educação Ambiental De Resende – CREAR – no contexto de
nossos dias
Cláudia Luiza de Oliveira*1, Krishna Govinda Simpson2 1Secretaria Municipal de Educação de Resende – SME/EDUCAR
2Centro de Referência de Educação Ambiental de Resende- CREAR/EDUCAR
Palavras-chave: educação ambiental, projetos educacionais
INTRODUÇÃO
O Centro de Referência de Educação Ambiental de Resende (CREAR) foi instituído pelo Decreto
nº 045 de 04 de abril de 2000. A característica principal deste trabalho é a atuação de um professor
acompanhando e promovendo trabalhos de educação ambiental nas escolas, com suporte técnico
pedagógico da equipe de referência da Secretaria Municipal de Educação.
OBJETIVO
Elaborar e encaminhar as Diretrizes da Política Municipal de Educação Ambiental, promover a
Educação Ambiental Formal e Não Formal, fomentar, iniciar e encaminhar a Agenda 21 Local,
instituir a “Equipe Referência de Educação Ambiental” da Rede Municipal de Educação, elaborar
materiais estratégicos com enfoque pedagógico, voltados para a Educação Ambiental e ser um
ponto de referência com suporte teórico-científico nos temas relacionados à Educação e Meio
Ambiente.
METODOLOGIA
A metodologia aplicada do CREAR é a atuação nas escolas Municipais da Equipe de Referência,
formada por professores de diversas áreas do saber, que possuam afinidade com a temática
ambiental. Cada um desses professores recebe tempos extras (remuneração no salário) para a
realização de atividades de educação ambiental, as quais podem ocorrer no turno ou no contra-
turno. Ocorrem atividades como vídeo-aula, caminhadas ecológicas, plantio de mudas arbóreas
dentro da escola e no entorno desta, mutirões de limpeza, montagem de hortas e jardins, confecção
de composteiras para matéria orgânica, separação de resíduos sólidos, em orgânicos e inorgânicos,
campanhas de arrecadação de “pet” e demais recipientes plásticos, coleta de óleo de cozinha usado,
combate à dengue, com a realização de gincanas, palestras e passeatas, incentivo à economia de
água nos banheiros e refeitórios, entre outras. Atualmente os esforços estão voltados também para a
implantação da Agenda 21 Escolar em cada unidade, além de se aproveitar a reformulação dos
Projetos Políticos Pedagógicos de algumas escolas para inserir os objetivos e metas ambientais no
corpo de documento. O CREAR/SME conta com diversas parcerias: Viva Óleo, SOS4PATAS, INB
158 (Indústrias Nucleares do Brasil), Harmonia Ambiental, Ampla, WSPA, Associação Educacional
Dom Bosco e diversas Secretarias de Resende.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
O principal resultado obtido pelo trabalho do CREAR é a continuidade das atividades dentro das
Escolas Municipais por ter se tornado um Decreto de Lei. As Escolas têm autonomia de elaborar os
projetos de acordo com a realidade local e com o diagnóstico do Projeto Político Pedagógico.
Alguns projetos de educação ambiental: coleta seletiva, turismo ecológico, horta escolar, projetos
pedagógicos com temas pré-determinados, Educação Humanitária em Bem Estar Animal,
compostagem de resíduos orgânicos, Projeto Aquecedor Solar de Baixo Custo, oficinas ecológicas e
formação continuada dos professores.
CONCLUSÃO
Este trabalho de educação ambiental é um processo contínuo que depende da continuidade, do
compromisso e envolvimento de toda comunidade escolar, e espera-se como resultado que o aluno
aprenda e pratique na escola, sendo multiplicador de ideias de modo a despertar para uma
consciência ambiental e ecológica, gerando assim a mudança de comportamento.
REFERÊNCIAS
Decreto de lei Municipal nº 045 de 04 de abril de 2000.
Lei 9.795 de 1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental
Lei de Diretrizes e Bases, 1966.
159
O Enfoque CTS (Ciência - Tecnologia - Sociedade) e a Educação Ambiental – uma discussão
emergente
*Taís Conceição dos Santos1, Elienae Genésia Correa Pereira2
1 Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ 2 Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro – SME-RJ
Palavras-chave: CTS, Educação Ambiental e Ensino de Ciências
INTRODUÇÃO:
Atualmente vivemos em um mundo bastante influenciado pela ciência e pela tecnologia. Este
cenário tem levado a uma valorização de uma abordagem educacional que interligue os conteúdos
científicos aos aspectos políticos, econômicos, sociais e ambientais.
A proposição de um ensino de ciências que habilite o aluno a compreender a realidade ao seu redor,
de modo que o mesmo possa participar de forma crítica dos debates e decisões da sociedade na qual
o mesmo está inserido, é o foco do ensino CTS.
Esta perspectiva enfatiza a alfabetização científica da população e fornece subsídios para que o
ensino de ciências se torne relevante para os alunos. Desta forma, as disciplinas escolares além de
propiciar o conhecimento dos fenômenos da natureza devem desenvolver nos alunos a capacidade
dos mesmos assumirem posições em relação a problemas do mundo atual.
Os docentes têm um papel de destaque na implantação da Educação Ambiental na formação de
futuros cidadãos com uma conduta crítica face às questões socioambientais, além da formação de
uma cidadania ambiental que os mobilize para a questão da sustentabilidade. Dentro deste contexto,
incluem-se os problemas ambientais. Cabe ressaltar que Aikenheade foi um dos pioneiros em
integrar a dimensão ambiental ao movimento CTS (Farias e Freitas, 2007).
Sendo assim, este trabalho, fruto de um curso apresentado durante a Semana de Química em uma
Universidade Pública, se propôs a discutir com os alunos de graduação a inserção da temática
ambiental e do enfoque CTS na educação básica.
METODOLOGIA:
Para a execução deste trabalho primeiramente foi realizada uma conversa informal com o
coordenador do curso em questão com a finalidade de descobrir as necessidades dos alunos do
curso de graduação em Química desta Universidade. Diante das demandas optou-se por realizar um
mini-curso voltado para o enfoque CTS e a temática ambiental no campo educacional.
160 Num segundo momento foi realizado um levantamento bibliográfico em literatura pertinente a área
de Ensino de Ciências buscando apresentar aos discentes um panorama do enfoque CTS e da
temática ambiental na educação desde seu surgimento até os dias atuais. Neste levantamento
buscou-se informações acerca do surgimento, dos objetivos, do desenvolvimento, da viabilidade;
além de exemplos de aulas pautadas nestas temáticas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Através deste trabalho pode-se evidenciar que a abordagem CTS ainda é muito pouco discutida nas
graduações, o que acaba por perpetuar o modelo de prática docente atual. Faz-se necessária uma
maior discussão destes temas para derrubarmos de vez a visão ingênua de progresso cientifico e
tecnológico, por parte dos futuros professores. Esta conclusão é alarmante, haja vista que as
licenciaturas estão diretamente envolvidas com a formação de novos docentes. Discutir de maneira
singela o enfoque CTS e a Educação Ambiental dificulta a inserção destas temáticas na prática
docente e dificulta a alfabetização científica dos alunos do nível básico.
As discussões geradas durante o curso permitiram uma maior reflexão por parte dos futuros
docentes em relação à temática ambiental e o enfoque CTS na educação.
CONCLUSÕES:
Para as autoras ficou evidente que a discussão a respeito da inserção da temática ambiental e do
enfoque CTS na educação está apenas no início. É indispensável que estes temas tenham um maior
espaço para debates ao longo da formação docente, de modo que os professores possam ter
ferramentas para promoverem mudanças significativas no ato de lecionar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AULER, D. Enfoque Ciência – Tecnologia – Sociedade: Pressupostos para o contexto brasileiro.
Ciência & Ensino, vol. 1, número especial, novembro de 2007.
SANTOS, W. L. P e MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S
no contexto da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 2, n. 2,
dezembro de 2002.
FARIAS, C. R. O e FREITAS, D. Educação ambiental e relações CTS: uma perspectiva
integradora. Ciência & Ensino, vol. 1, número especial, novembro 2007.
161
O Ensino de Ciências e a Literatura Infantil
Paula Teixeira Araujo¹*, Luís Paulo de Carvalho Piassi 1,2
1 Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP – EACH - USP 2 Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP – EACH - USP
Palavras-chave: literatura infantil, alfabetização, ecologia, animais.
INTRODUÇÃO
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental a preocupação com o processo de alfabetização – ler e
escrever – é sempre muito enfatizada em relação a outros aspectos da aprendizagem. Porém, outras
disciplinas poderiam ajudar neste processo visto que auxilia no desenvolvimento de habilidades
importantes para essa etapa.
Nesse sentido os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem o uso de literatura ligado ao ensino
de ciências “incentivo à leitura de livros infanto-juvenis sobre assuntos relacionados às ciências
naturais é uma prática que amplia os repertórios de conhecimentos da criança, tendo reflexos em
sua aprendizagem” (BRASIL, 1997, p. 81). Sendo assim, a utilização da literatura infantil voltada
ao ensino de ciências, pode se configurar como uma ferramenta útil para o desenvolvimento tanto
de alfabetização científica, quanto para o processo de aquisição do código - leitura e escrita.
OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho consiste em verificar se o uso de literatura infantil com temas de ciências,
em uma atividade didática, pode contribuir tanto para o processo de alfabetização, quanto para o
despertar de noções de ciências.
METODOLOGIA
A estratégia utilizada para incorporar os livros de literatura infantil aos processos de ensino-
aprendizagem em sala de aula foi a elaboração e aplicação uma atividade a um grupo de 1º ano do
ensino fundamental – idade entre 6 e 7 anos, utilizando os livros “O Falcão bateu asas e voou”
(Maia, 1998) e “O passeio de Rosinha” (HUTCHINS, 2004) Nos dois casos, o foco central estava
em temas ligados à ecologia e aos animais, e o meio em que vivem.
A realização da atividade em grupo foi escolhida por proporcionar às crianças oportunidade de troca
de informações e o contato com diferentes compreensões a partir do livro apresentado. Segundo o
referencial da teoria sócio-histórica de Vigotski (2003) essa estratégia “funciona como meio de ação
na interação entre o parceiro mais capaz com outros”.
162 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Após a leitura inicial realizada pelo grupo, de maneira autônoma, foram dirigidas algumas
perguntas problematizadoras, para verificar a compreensão dos alunos, referente aos temas de
ciências, como: habitat natural, extinção dos animais e cadeia alimentar.
Em relação ao habitat natural, verificou-se que as crianças compreendiam a importância de respeitar
a vida dos animais, para que os mesmos não corram o risco de serem extintos. Quanto à cadeia
alimentar, foi possível notar que os alunos, devido a identificação com os personagens, denotam
cunho sentimental ao fato de um animal querer, ou comer, o outro. Por meio da discussão dirigida,
os próprios alunos convenceram uns aos outros a necessidade de tal atitude, para sobrevivência das
espécies. Ambos os grupos se identificaram com a história, devido a presença de animais
conhecidos.
CONCLUSÕES
Com a aplicação dessa atividade, foi possível perceber que o livro infantil pode se configurar como
um estímulo não apenas ao interesse pela leitura, mas também à interação entre os alunos em torno
de temas de ciências.
REFERÊNCIAS
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2003. MAIA, V. O
Falcão Bateu Asas e Voou. Coleção Fantasias Ecológicas. São Paulo: Difusão Cultural do Livro,
1998.
HUTCHINS, P. O Passeio de Rosinha. Coleção Crianças Criativas. São Paulo: Global, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências
Naturais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
163
O Ensino em Ciências da Saúde na estratégia de Saúde da Família: metodologias aplicadas
para a capacitação de agentes comunitários
DIOGO, Mayara Athanázio*, ALVES, Marcelo Paraíso – UniFOA
Palavras-Chave: Ensino, Capacitação, Agente Comunitário, Saúde.
INTRODUÇÃO
A educação do Agente comunitário de saúde surge do reconhecimento da necessidade de
sistematizar e socializar os saberes fundamentais à formação desses profissionais, saberes estes que
transcendem o nível local e confrontam uma base comum ao trabalho. O presente projeto de
pesquisa busca como ponto de partida investigar o discurso dos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) dos Programas de Agentes Comunitários (PACS) e Estratégia de Saúde da Família de Angra
dos Reis, a respeito da forma como organizam suas atividades. A intenção é apreender, por
intermédio do discurso, as carências por parte dos agentes comunitários das competências
necessárias ao exercício profissional na interioridade dos PACS e ESF no referido município.
OBJETIVO
Compreender o papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS) na Estratégia de Saúde da Família
(ESF) no município de Angra dos Reis, por intermédio de observação sistemática, propondo um
curso de capacitação e elaboração de um manual para tal segmento profissional.
METODOLOGIA
Como opção metodológica utilizar-se-á um estudo de característica exploratório de abordagem
qualitativa, o instrumento proposto para a produção dos dados será o questionário semi-estruturado
com questões abertas. Pretende-se com este estudo, partir das questões teórica, epistemológica e
metodológica, contribuir para a melhoria do ensino, da pesquisa e em decorrência da prática
profissional para desdobrar-se em duas direções complementares: primeiro, possibilitar aos
profissionais de saúde, principalmente aqueles envolvidos com atenção básica, um olhar que
compreenda a complexidade em seu entorno; segundo, sensibilizar e conscientizar as autoridades
competentes no que refere a necessidade imediata de capacitação dos Agentes Comunitários de
Saúde visto que, os agentes são a mola propulsora para a consolidação do Sistema Único de Saúde,
a organização e a prática regionalizada e hierarquizada de assistência, na estruturação dos distritos
sanitários.
164 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
O presente projeto de pesquisa opta pela discussão das questões que influenciam o Ensino em
Ciências da Saúde na Estratégia de Saúde da Família, mais especificamente atravessado pelas
metodologias de capacitação dos Agentes Comunitários. Partindo desse pressuposto, as
competências dos ACS serão consideradas basilares para o desenvolvimento do produto a ser
gerado, um curso de capacitação que possibilite aos agentes comunitários as seguintes ações:
planejar, organizar ações, e posteriormente, ser capaz junto a equipe da ESF acompanhar e avaliar
seus resultados. Para tal procedimento é relevante ressaltar as seguintes questões norteadoras: O que
é ser Agente Comunitário de Saúde? Qual importância do ACS para o serviço de saúde e para
sociedade? Como o ACS organiza suas atribuições diárias?
Pretende-se com este estudo, partir de questões teóricas, epistemológicas e metodológicas,
contribuir para a melhoria do ensino, da pesquisa e em decorrência da prática profissional para
desdobrar-se em duas direções complementares: primeiro, possibilitando aos profissionais de saúde,
principalmente aqueles envolvidos com atenção básica, um olhar que compreenda a complexidade
em seu entorno; segundo, sensibilizar e conscientizar as autoridades competentes no que refere a
necessidade imediata de capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde, visto sua importância
para a consolidação do Sistema Único de Saúde, a organização e a prática regionalizada e
hierarquizada de assistência, na estruturação dos distritos sanitários. Enfim, o trabalho é concebido
como um princípio educativo na área do Ensino em Ciências da Saúde e na formação profissional
como um processo contínuo, no qual a pesquisa e o ensino se articulam com uma única finalidade: o
processo de trabalho permanente com qualidade.
REFERÊNCIA
MINAYO, M.C.S Pesquisa Social.Teoria Método e Criatividade 23º edição. Editora Vozes
Petropolis 2004.
MOROSINI, Márcia Valéria G.C..Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro:
EPSJV/Fiocruz, 2007. 11p
165
O ensino interdisciplinar entre Física e Matemática:
uma nova estratégia para minimizar o problema da falta dos conhecimentos matemáticos no
desenvolvimento do estudo de física
Willis Sudário de Lima Neto ¹*, Luiz Eduardo Silva Souza 2
1 Universidade do Grande Rio -UNIGRANRIO
2 Universidade do Grande Rio -UNIGRANRIO
Palavras-chave: ensino, interdisciplinaridade, Física.
INTRODUÇÃO
Durante o dia a dia de sala de aula observa-se uma situação muito preocupante em relação ao ensino
de Física e muitas razões influenciam nesses resultados. Neste trabalho tentamos contribuir para a
solução de um desses problemas, a falta dos conhecimentos matemáticos que influenciam
diretamente na não compreensão adequada dos conteúdos apresentados na disciplina de Física.
Muitas vezes esses conteúdos matemáticos são estudados nos anos finais do Ensino Fundamental e
quando o aluno chega ao Ensino Médio não se lembra mais desses conhecimentos que são de
fundamental importância para a compreensão e desenvolvimento do estudo da Física. Na maioria
dos casos o aluno também não tem onde relembrar estes conteúdos, pois seus livros se perderam.
OBJETIVOS
Neste trabalho propomos a aplicação de um material que apresentasse o conteúdo de Física ligado a
todo o embasamento matemático necessário ao desenvolvimento desse estudo. Buscou-se descobrir
se esse embasamento teórico, com toda a revisão de Matemática necessária ao estudo da Física,
faria com que o desempenho dos alunos em Física melhorasse, não apenas em relação às notas, mas
também em motivação e interesse pelo estudo das ciências.
METODOLOGIA
Foram utilizadas três turmas, uma turma A, onde o material proposto não foi aplicado e duas turmas
B e C onde foi aplicada a nova proposta para o ensino de Física no primeiro ano do ensino Médio.
A pesquisa se deu em três etapas: a primeira com a aplicação de um questionário para a avaliação
do público alvo; uma segunda etapa, onde o material foi aplicado e uma terceira, onde foram
avaliados os resultados obtidos pela aplicação do material. Nesta terceira etapa foram utilizadas
duas ferramentas de avaliação, um teste com três exercícios nos mesmos moldes dos aplicados na
aula e um questionário de avaliação da atividade.
166 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Na primeira etapa da atividade foram percebidos vários fatos interessantes e que apóiam nosso
trabalho. Dentre estes cabem destacar que as três disciplinas que os alunos sentem mais dificuldades
são: Física, Matemática e Química, respectivamente. Oitenta e oito por cento declararam sentir
dificuldades na disciplina de Física.
Com relação ao seu processo de ensino/aprendizagem, setenta e três por cento dos alunos
consideram regular, ruim ou muito ruim. Enquanto setenta por cento dos entrevistados acreditam
que a maioria dessas dificuldades são consequencia da falta de conhecimentos matemáticos
adequados. Também declaram sentir dificuldades na resolução dos problemas de Física, assim
como, na interpretação dos exercícios.
Ao analisar o fato dos alunos possuírem algum material de Matemática que possa servir como apoio
para revisar conteúdos necessários ao estudo da Física, sessenta e um por cento dos alunos
declararam não possuir nenhum material do Ensino Fundamental, daí se justifica a importância do
material aqui proposto. Também se deve destacar que a maioria dos alunos declarou ter muita
vontade de adquirir o material, pois acreditam que uma das suas maiores deficiências no ensino de
Física seja a falta da Matemática e declaram que uma revisão poderia ajudar bastante, mas que
devido às suas condições financeiras esse material deve ter um preço acessível.
Na segunda etapa da atividade, os alunos se mostraram muito interessados e participativos e
declararam em vários momentos que a aula era bem diferente e se esta forma não poderia ser
repetida em outros momentos do ano. Deve-se destacar que muitos alunos quiseram ficar com o
material aplicado e até mesmo perguntaram se não poderiam reproduzir ou comprar, o que não foi
permitido, pois não queríamos que nenhum aluno das três turmas tivesse um contato maior com o
material do que os outros.
Na terceira etapa da atividade, os alunos foram submetidos a um teste de três questões no mesmo
formato de questões feitas em sala durante a aplicação da segunda etapa. Na turma A, onde o
material não foi aplicado, dos seis alunos avaliados apenas um aluno conseguiu resolver as três
questões, todos os outros apenas conseguiram montar a equação, porém sem conseguir resolvê-las.
Devemos destacar que estes cinco alunos, devido a uma troca de dados na terceira questão, não
conseguiram nem montar corretamente a equação.
Na turma B, um aluno acertou totalmente a primeira questão e quatro acertaram quase que
totalmente a questão, esquecendo apenas do segundo pedido da questão, em que era necessário apenas
somar o comprimento final. Na segunda questão três alunos acertaram totalmente e um parcialmente a
167 questão. Já na terceira questão, nenhum aluno acertou a questão, todos apresentaram dificuldades de
mondar a equação devido à mudança dos dados do problema.
Na turma C, cinco alunos acertaram totalmente a questão e quatro acertaram parcialmente, o que
nos mostra que apenas um aluno não conseguiu fazer a questão. Na segunda questão, seis alunos
acertaram totalmente e um aluno acertou parcialmente a questão. Na terceira questão, ocorreu o
mesmo fato da turma B, nenhum aluno acertou a questão.
CONCLUSÕES
Foi observado que o desempenho dos alunos das turmas em que a nova estratégia e o material
foram usados foi melhor do que o dos alunos da turma em que não houve inovação na forma de se
ensinar. Portanto, os resultados obtidos mostram que um melhor embasamento matemático melhora
o desempenho dos alunos e pode facilitar muito a situação do professor que não precisará parar sua
aula para revisar esses conteúdos, pois eles já terão sido revisados anteriormente, permitindo que o
professor se preocupe somente com o ensino da Física.
REFERÊNCIAS
ALEGRO, Regina Célia. Conhecimento prévio e aprendizagem significativa de conceitos históricos
no ensino médio. Tese (Doutorado em Educação). UNESP, Marília, 2008.
ALVES, Raimunda F.; BRASILEIRO, Maria do Carmo E. ; BRITO, Suerde M. de O.
Interdisciplinaridade: Um conceito em construção. In: Episteme, Porto Alegre, n. 19, p. 139-
148, jul./dez. 2004.
FAZENDA, Ivani (Org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.
FORTES, Clarissa Corrêa. INTERDISCIPLINARIDADE: ORIGEM, CONCEITO E VALOR.
Disponível em: www3.mg.senac.br/NR/rdonlyres/.../Interdisciplinaridade.pdf Acesso em
15/10/2010.
168
O Ensino Médico Pediátrico no país e a necessidade de mudanças
Maria Valdília N. Torres, Ilda Cecilia Moreira, Rosane M.S. Meirelles
Programa de Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente – UNIFOA.
Palavras-chave: Ensino Médico Pediátrico; formação, prontuário médico.
INTRODUÇÃO
O presente resumo pretende mostrar a importância da aquisição e do desenvolvimento de
habilidades no Ensino Médico Pediátrico no Brasil. Nesse contexto, após análise acerca do
preenchimento e completude do prontuário médico pediátrico, de pacientes egressos, agendados
para primeira revisão pós-alta hospitalar nas Unidades Ambulatoriais da Rede do SUS, em parceria
com o UniFOA entre janeiro de 2006 a dezembro de 2008, ficou evidenciada a importância do
correto preenchimento do prontuário médico. Para sanar esse problema sugere-se a utilização de um
Manual que, uma vez implementado, pode permitir uma efetiva articulação entre as políticas de
saúde elaboradas e a educação, com vistas à formação de profissionais mais adequados às
necessidades da população a ser tratada e aos preceitos do Sistema Único de Saúde. (SUS)
METODOLOGIA
O método utilizado para o estudo foi de caráter descritivo e abordagem quantiqualitativa,
exploratória, com pesquisas de campo, comparativa, aleatória e bibliográfica. Foram selecionados
100 prontuários. Foi observado que 5% dos analisados não mencionavam os nomes completo dos
pacientes; 11% ignoravam dados referentes às mães dos pacientes; 47%, o nome do pai; 7% não
citavam a data do nascimento; 16% deixavam de citar o sexo do paciente; 3% não apresentavam
dados acerca do endereço e telefone do paciente. Também, quanto à anamnese, em 37% não havia
alusão à queixa principal; 24% não caracterizavam a doença 94% dos prontuários nada informavam
quanto a avaliações auditivas, visuais e orais; Com relação ao exame, apenas 22% dos prontuários
analisados apresentavam dados referentes ao estado geral, a nutrição e hidratação dos pacientes.
Quanto aos dados antropométricos dos pacientes, apenas em 28% dos prontuários examinados os
apresentavam; e 82% dos prontuários não faziam referência aos sinais vitais e 25% não traziam
registro de exame clinico. O diagnóstico foi corretamente registrado em 66% dos prontuários, assim
como o plano terapêutico foi em 64% dos prontuários, embora 34% prontuários não fizessem alusão
à prescrição realizada: 11%s não constavam carimbo do médico;10% sem assinatura e 44% nada
mencionassem acerca de encaminhamentos realizados a posteriori.
169 DISCUSSÃO
O ensino, na graduação em Pediatria, deve fazer frente ao desafio e responder às modificações a que
foram submetidos os currículos médicos no País, na busca de formar um profissional médico
humanista, dotado de capacidade crítica e de poder de reflexão (BRASIL, 2002; PUGA;
BENGUIGUI, 2003; LESLIE et al., 2000). Dentre os problemas, a que o profissional deve
responder, emerge o preenchimento inadequado do Prontuário Médico Pediátrico (BRASIL, 2011).
CONCLUSÃO
A busca de alternativas para o Ensino Médico Pediátrico deve continuar, visando o aprimoramento
do ensino, a qualidade da formação profissional/pesquisa e o compromisso com os preceitos
constitucionais que informam o Sistema Único de Saúde. Nesse sentido, acredita-se que um Manual
de Preenchimento de Prontuário Médico Pediátrico pode ajudar na instrumentalização do
profissional para que ele enfrente os problemas mais comumente encontrados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PUGA, T.F.; BENGUIGUI, Y. Ensino de pediatria em escolas de medicina da América Latina.
Washington: OPAS; 2003.
LESLIE, L.; RAPPO, P.; ABELSON, H.; JENKINS, R.R.; SEWALL, S.R.; CHESNEY, R.W.;
MULVEY, H.J.; SIMON, J.L.; ALDEN, E.R.. Final report of the FOPE II education of pediatric
generalists of the future workgroup. Pediatrics, n. 106, p. 1175-98, 2000.
170
O processo de aprendizagem de surdos
Livia Ferreira Vidal¹, Maria Auxiliadora Motta Barreto² 1,2 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
Palavras-chave: Aprendizagem, Surdos, Tecnologias adaptáveis.
INTRODUÇÃO:
É considerando a evolução de diversas concepções em torno do desenvolvimento humano que
somos capazes de colaborar com as práticas educativas que podem facilitar os processos de
aprendizagem. Isso se dá com as pessoas em geral, independente das classificações a elas
atribuídas.
A disseminação da informação baseada em tecnologias adaptáveis pode suprir necessidades
diversas. Para isso, é muito importante que ferramentas de ensino sejam utilizadas de forma
adequada, ou seja, como parte integrante do enfoque educacional. A tecnologia deve se adequar à
abordagem educacional, e não o contrário. (RIBEIRO, 2003). O uso dos recursos tecnológicos
educacionais estimula a percepção e oferece maiores possibilidades de exploração, quando
desafiadora para a criança, permitindo que o conhecimento adquirido reflita em seu comportamento.
No caso de pessoa deficiente auditiva, ela está, normalmente, em grande desvantagem e arrisca-se a
viver em condições de isolamento. Este não é causado pelo fato de ela ser surda, mas pelo fato de
que outras pessoas são acostumadas a ter relações rápidas através do código verbal. (GOTTI, 1992).
Para facilitar a adaptação num mundo em que a maioria ouve, o desenvolvimento de estratégias
educativas para os surdos se mostra como alternativa para diminuição das diferenças. A partir dessa
idéia, está sendo desenvolvido um produto de dissertação de mestrado que virá ao encontro da
proposta de aprimorar a aprendizagem de surdos.
OBJETIVOS:
- Auxiliar na ampliação do conhecimento de surdos.
- Criar um instrumento que torne pessoas surdas capazes de praticar a leitura, favorecendo o contato
com novas ferramentas, através do desenvolvimento de um produto com linguagem funcional.
- Facilitar a leitura de surdos, sem a necessidade de intérprete.
METODOLOGIA:
Revisão bibliográfica em artigos publicados em periódicos indexados e livros sobre o tema: surdez,
aprendizagem de surdos, aprendizagem, desenvolvimento de software educativo. Visitas a
171 instituições especializadas em ensino para surdos e outras que inserem alunos surdos, mesmo não
sendo especializadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Está sendo desenvolvido um produto de dissertação que constituirá um software educacional
apresentado como um livro interativo. Nele o aluno seleciona um dos objetos existentes e cria uma
história sobre os assuntos disponíveis no ambiente.
Conforme aponta Larman (2003), o processo de desenvolvimento de um software tem como
principal objetivo contextualizar a análise e projeto dentro de uma metodologia de desenvolvimento
que define quem faz o que, quando e como, para atingir um certo alvo.
CONCLUSÕES:
O projeto ainda se encontra em desenvolvimento, mas acreditamos que uma proposta de
aprendizagem para surdos, que leves em conta as necessidades concretas de pessoas surdas,
favorecerá que os projetos político-pedagógicos não fiquem restritos à implantação de novas
práticas nas escolas, e efetivamente possam aprofundar e criar as condições necessárias para o
desenvolvimento da aprendizagem.
REFERÊNCIAS:
GOTTI, Marlene de Oliveira. Português para Deficiente Auditivo. Brasília, DF: Universidade de
Brasília, 1992.
LARMAN, C. Utilizando UML e Padrões: uma introdução à análise e projeto orientados a
objetos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
RIBEIRO, Angela; GRECA Ileana. Simulações computacionais e ferramentas de modelização em
educação química: uma revisão de literatura publicada, 2003.
VIANNA, P.M; RAMOS M. I; D’Ávila Márcia. Psicologia do desenvolvimento e da linguagem do Deficiente Auditivo. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2008.
172
O uso de dinâmicas de grupo e aulas-passeio no ensino de ciências
*Elienae Genésia Corrêa Pereira1, *Taís Conceição dos Santos2 1Secretaria Municipal de Educação – SME/RJ
2Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ
Palavras-chave: Práticas pedagógicas, ensino de ciências, interdisciplinaridade.
INTRODUÇÃO
A escola atual deve estar sintonizada com a vida e com currículos abrangentes, proporcionando
experiências cognitivas, sociais, culturais e afetivas para que possibilite a formação global do
educando. Para Piaget (1977), o professor deve proporcionar ao aluno a descoberta e a elaboração
dos saberes através da participação ativa, exercendo o papel de mediador entre o conhecimento e o
aluno, de modo que favoreça a construção de sua aprendizagem em integração com o mundo. Freire
(1994), por sua vez, insiste no uso do diálogo entre professor e alunos e alunos entre si objetivando
de problematizar a realidade, admitindo uma pedagogia libertadora e humanista (e não humanitária)
e uma práxis (ação/reflexão). Neste sentido, as ações pedagógicas que serão abordadas – dinâmicas
de grupo, aula-passeio – proporcionam espaço para a ocorrência de um mapeamento ambiental e de
discussões em grupo, que irão assegurar ao aluno a captação dos significados socialmente
compartilhados em determinado contexto.
Alguns julgam que, para que ocorra aprendizagem, o aluno precisa estar sempre quieto. Contudo,
privilegiar a mente e relegar o corpo pode levar a uma aprendizagem empobrecida. Segundo Freinet
(1974), é preciso ver o homem como ser total e único que quer aprender de forma dinâmica,
prazerosa. Para o autor não podemos condenar a criança a ficar imóvel porque certamente
falharíamos e a prejudicaríamos. Desta forma, é importante que a produção de conhecimentos
contemple as inter-relações do meio natural com o social e a análise do papel dos diversos atores
envolvidos e determinantes do processo (JACOBI, 2003). Neste contexto, foi realizado um mini-
curso com o objetivo de disseminar e discutir o uso das dinâmicas de grupo e de aulas-passeio com
alunos de licenciatura em Química da UERJ, durante a Semana de Química.
METODOLOGIA
Após sondagem junto aos organizadores da Semana de Química da UERJ/2010 quanto às
necessidades dos alunos do curso de Licenciatura em Química, decidiu-se pela realização de um
mini-curso abordando metodologias facilitadoras do aprendizado significativo em Ciências. Assim,
baseando-se em referenciais teóricos relacionados à esta temática e em práticas pedagógicas e
pesquisas das autoras, elaborou-se seu planejamento e respectivas atividades, das quais incluía
173 apresentação da temática e sua discussão, realização de algumas dinâmicas de grupo e descrição de
aulas-passeio realizadas com alunos do Ensino fundamental e discussão de seus resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mediante este estudo pôde-se observar que o grupo, constituído por alunos do 5º-8º períodos,
apresentava dificuldades em articular a teoria com a prática pedagógica (mesmo aqueles que já
estavam estagiando), o que, segundo eles, era devido ao fato dos professores não os orientarem
efetivamente para a prática escolar, ministrando os conteúdos dissociados da atual problemática
escolar, além de também não conhecer as atividades propostas enquanto práticas pedagógicas, que
podem ser usadas nos variados episódios da prática de ensino (incentivação, atividade introdutória
ou de fixação e avaliação). Em contrapartida, as atividades realizadas no curso proporcionaram aos
sujeitos um espaço para esclarecimento e ampliação de suas percepções quanto à importância da
área de ensino de Ciências.
CONCLUSÕES
Neste estudo, concluiu-se que os sujeitos conseguiram rever seus conceitos, percebendo a
necessidade de repensar suas responsabilidades, tendo consciência de que seus atos poderão
interferir na sociedade enquanto profissionais de ensino, estando mais conscientes de seu papel. Em
contrapartida, ficou clara a necessidade de que se proporcionem mais oportunidades para alunos de
licenciatura de discutirem amplamente a realidade de uma sala de aula contribuindo para o
desenvolvimento de uma proposta de ensino de Ciências ampliada, concreta (inserida na realidade)
e contextualizadora.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREINET, C. Conselho aos pais. 2 ed. Lisboa: Estampa, 1974.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 23 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.
JACOBI, PR. Educação Ambiental, cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118,
mar, p. 190-193, 2003.
PIAGET, J. Psicologia da inteligência. Rio de Janeiro: Zahar; 1977.
174
Oficina de prevenção de acidentes na infância: a promoção da saúde no âmbito escolar
Alessandra Amorim Machado ¹, Angélica Cristina Monteiro ², Cecília Pereira Silva3*,
Cléa Ribeiro Nunes do Vale 4, Maria de Fátima Alves 5 1,2,3,4,5 Centro Universitário de Volta Redonda. UNIFOA.
Palavras-chave: oficina, acidentes na infância, prevenção de acidentes.
INTRODUÇÃO
Sabemos que os acidentes são situações inevitáveis, não desejadas pelas pessoas e até acreditamos
que nunca acontecerão conosco. Porém, quando enfrentamos um acidente podemos perceber que,
na maioria das vezes, ele poderia ser evitado.
À medida que se intensificam os métodos preventivos contra as doenças infecciosas mediante o
progresso das medidas de higiene e elevação do nível de vida dos povos, o mundo observa um
aumento importante da morbidade e mortalidade envolvendo crianças em acidentes. (SOUZA,
1999)
A prevenção consiste em antecipar os acontecimentos, evitando que algum dano aconteça, mediante
o exercício de cuidados físicos, materiais, emocionais e, mormente sociais, motivo pelo qual as
precauções se fazem necessárias, devendo ser compreendidas e praticadas pelas famílias. (SOUZA,
1999)
A prevenção deve ser abrangente, incluindo as ações dos profissionais de saúde e educação, dos
especialistas e dos responsáveis pela viabilização das estruturas socioeconômicas. (SOUZA, 1999)
A sociedade tem estabelecido redes de saberes e práticas. Os espaços de conexão têm se redobrado
à medida que o fluxo das informações e atividades se intensifica, em resposta à demanda crescente
de novos acordos sociais na vida dos povos. A Saúde, rediscutida nessa complexidade, abre-se à
realização de suas possibilidades e limites mediante a construção, contínua, de formas de olhar e
pontos de contato. (MALTA, 2007)
OBJETIVOS
Favorecer a promoção e adoção de comportamentos e ambientes seguros e saudáveis.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, realizada em julho de 2011
na Escola Estadual Vila Maria no município de Barra Mansa, RJ. Os participantes eram alunos do
ensino fundamental, médio e seus professores. Foi realizada uma dinâmica de socialização com os
participantes, seguindo-se de explanação oral sobre o tema de prevenção de acidentes na infância.
Totalizados 14 participantes, divididos em três grupos que, ao final da apresentação, deveriam
175 elaborar um modelo de “uma casa segura”, a partir de material de escritório disponibilizado. O
instrumento de avaliação foi relatório escrito respondido pelos participantes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
A oficina favoreceu a integração e participação de alunos e professores. Enfatizou a importância da
presença do Mestrado Profissional no contexto escolar. A Abordagem de um tema complexo com a
prevenção de acidentes na forma de oficina permitiu ao aluno construir representações complexas
para uma melhor compreensão do seu cotidiano.
CONCLUSÕES
A iniciativa de oficina permite abertura para criação de futuros espaços para o debate sobre
prevenção de acidentes na infância.
REFERÊNCIAS
MALTA, Deborah Carvalho; et al. Iniciativas de vigilância e prevenção de acidentes e volências no
contexto do Sistema único de Saúde (SUS). Epidemiologia e Serviços de saúde, 16 (1):45-55,
2007.
SOUZA, Luiza J.E.X; BARROSO, Maria G.T. Revisão Bibliográfica sobre acidentes com crianças.
V 33. Rev. Esc. Enfermagem USP, n 2. São Paulo, 1999.
176
Oficina itinerante: espaço de construção de conhecimento
Alves-Oliveira, MFA¹*; Alves, FA²; Barreto, MAM³; Soares, RAR4; Vieira, VS5
1*, 2, 3, 4, 5 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
Palavras-chave: Estratégias de ensino, Oficina Itinerante, espaço de aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A preocupação com o meio ambiente e com a saúde está presente nos valores sociais, fazendo parte
do cotidiano dos estudantes e da população em geral. Na concepção de Costa et al (2001), tais
valores podem e devem ser trabalhados na escola com os alunos, porque eles necessitam interagir
na comunidade rompendo os limites físicos da sala de aula, levando consigo informações que
possam inserir no cotidiano tornando-se agentes de mudanças na família.
Para facilitar a aprendizagem em relação aos diferentes temas abordados no ensino de Ciências,
buscamos apresentá-los de um modo diferenciado da prática tradicional, uma vez que os critérios de
seleção de conteúdos adotados refletem demandas que se formam na sociedade ao longo dos anos,
assim como as políticas educacionais conduzidas no país (KRASILCHICK, 2000). No ensino de
Ciências a abordagem dos conteúdos precisa ser contextualizada e conectada ao cotidiano a ponto
de oferecer mais significado ao que se aprende (CARVALHO, 2004). Nesse contexto, buscamos
identificar a receptividade de uma Oficina Itinerante entre alunos e professores da Educação Básica.
METODOLOGIA
A 1ª Oficina Itinerante foi desenvolvida em uma escola pública do município de Barra Mansa, Rio
de Janeiro, com duração de duas horas e meia. Os Oficineiros foram os alunos do Mestrado
Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente que construíram recursos didáticos,
a partir de alguns conteúdos trabalhados nas disciplinas. Os participantes das oficinas foram alguns
alunos e professores da Educação Básica de uma escola do interior do estado do Rio de Janeiro.
A Oficina se desmembrou em: Prevenção de acidentes na infância, Ressuscitação cardiopulmonar
no cotidiano e Educação ambiental: novos olhares, diferentes caminhos. A apresentação foi
simultânea em salas de aula distintas. Foram utilizados recursos áudio-visuais e, com participação
ativa dos alunos e professores da escola, desenvolveu-se a problematização da questão e suas
impressões sobre o assunto. Ao final da Oficina, os participantes responderam a um questionário e
apresentaram de forma lúdica o que haviam entendido do que foi apresentado. Para confecção dos
produtos foram ofertados materiais como: cola, lápis de cor, revistas para recorte, cartolinas, papel
pardo, etc. Foram disponibilizados 45 minutos para a conclusão da atividade, que foi apresentada
por dois relatores de cada grupo.
177 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Todos participaram ativamente das Oficinas questionando os oficineiros e focaram nos seus
cartazes o que assimilaram durante a atividade. Nas suas falas se colocaram como responsáveis em
disseminar esse conhecimento na comunidade.
Em relação às respostas dadas nos questionários, a maioria relata que a oficina correspondeu às suas
expectativas “Porque eu não sabia muitas coisas e vocês me ensinaram”, “Aprender mais coisas
sobre o mundo em que vivemos hoje”, “Eu acho que de vez em quando poderia ter mais dessas
oficinas, pois elas são muito interessantes”. As oficinas pedagógicas em ensino de ciências da saúde
são momentos privilegiados de reflexão entre os participantes. Os temas científicos podem ser
explorados em atividades interativas e lúdicas, integrando docentes e discentes em espaços formais
e não formais que propiciem a aprendizagem.
CONCLUSÃO
A realização da Oficina Itinerante é uma experiência que possibilita aproximação do mestrando em
ensino de ciências da saúde e meio ambiente com a realidade das comunidades escolares,
proporcionando uma maior interação entre o mundo científico e acadêmico com a população.
REFERÊNCIAS
COSTA E.Q. et al. Programa de alimentação escolar: espaço de aprendizagem e produção de
conhecimento. Revista de Nutrição, Campinas, 14(3):225-229, set/dez, 2001.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa e cols. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
KRASILCHIK, M. Reformas e realidade: o caso do ensino de Ciências. São Paulo em
Perspectiva, São Paulo, 14 (1), 2000.
178
Oficinas de Ciências: interação entre o saber científico e o saber popular
Fonseca,MMA¹*; SILVA, E. A²; Braga, MS3;
Werneck, SMBV4; Costa, CRO5; Alves-Oliveira,MFA6
1,2,3,4,5,6 Centro Universitário de Volta Redonda- UNIFOA
Palavras-chave: oficina; ensino de ciências; acidentes na infância.
INTRODUÇÃO
Um problema quase crônico na educação é o distanciamento entre as questões teóricas e aquilo que
a realidade suscita (Charlot, 2010). As oficinas para o ensino de ciências da saúde podem ser uma
estratégia na tentativa de minimizar esse problema. A prevenção de acidentes na Infância foi
escolhida como tema devido à sua importância no cotidiano de uma comunidade, sendo a escola e o
professor atores no processo de orientação e divulgação do tema. Para elaboração desta estratégia
de ensino nos apoiamos na teoria de Aprendizagem Significativa de Ausubel, que ocorre quando a
nova informação relaciona-se com várias outras informações já presentes na estrutura cognitiva do
aluno (Moreira, 1998; Pelizzari, 2002). Mitre (2008) refere que “a aprendizagem que envolve a
auto-iniciativa, alcançando as dimensões afetivas e intelectuais, torna-se mais duradoura e sólida.”
Os objetivos deste trabalho são: sensibilizar alunos e professores da educação básica ao
engajamento na prevenção de acidentes na infância, através de uma oficina, espaço aberto para a
discussão e reflexão do tema, tornando-os multiplicadores dos processos educativos, identificando
os fatores de acidentes na infância e suas formas de prevenção.
METODOLOGIA
A Oficina sobre Acidentes na Infância foi realizada em uma escola pública do estado do Rio de
Janeiro. Os participantes foram alunos e professores da educação básica. A oficina constou de sete
etapas: 1.dinâmica onde foram ressaltados os sentimentos de medo, ansiedade, curiosidade,
responsabilidade, e relacionados aos prováveis sentimentos das crianças quando expostas ao perigo
ou às novas descobertas; 2.socialização de experiências e conhecimentos dos participantes sobre
acidentes na infância; 3.explanação sobre o tema com recursos visuais; 4.divisão de grupos de
trabalho para confecção de uma casa ou escola segura, a partir do conhecimento disseminado;
5.apresentação dos trabalhos pelos participantes; 6.dinâmica de encerramento com as conclusões de
cada grupo e posterior distribuição de folder sobre o tema; 7.Os participantes responderam a um
questionário avaliativo. Os dados estão sendo tabulados e analisados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
179 Ao final da Oficina os participantes produziram cartazes, ilustrados com recortes de revistas e
objetos que promovem os acidentes na infância. Abordaram os temas bullying e a segurança nas
escolas como uma responsabilidade social e política. A experiência extra-escolar foi trazida para as
discussões valorizando o conhecimento prévio dos participantes. E nas suas falas se colocam como
responsáveis em disseminar esse conhecimento na comunidade. Evidenciou-se um processo
dinâmico com interação entre o conhecimento prévio, saber popular e o conhecimento científico,
permitindo a modificação do saber.
CONCLUSÕES
A oficina para o ensino de ciências da saúde pode ser um momento privilegiado de reflexão pelos
participantes, devendo ser desenvolvido como prática. A realização de oficinas é uma experiência
que possibilita uma aproximação do mestrado profissional em ensino de ciências da saúde com a
realidade das comunidades escolares e proporciona uma maior interação entre o mundo científico e
a comunidade.
REFERÊNCIAS
CHARLOT, B. Desafios da educação na contemporaneidade: reflexões de um pesquisador.
Entrevista concedida a Teresa Cristina Rego e Lucia Emilia Nuevo Barreto Bruno. Educação e
Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. especial, p. 147-161, 2010 p. 150.
MOREIRA, M A. Aprendizagem significativa. Brasília: Ed. da UnB, 1998.
PELIZZARI, A; KRIEGL, M L; BARON, M P; FINCK, N T L; DOROCINSKI , SI. Teoria da
aprendizagem significativa segundo Ausubel. Revista do Programa de Educação Corporativa,
Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002.
MITRE, SM. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde:
debates atuais. Ciência e saúde coletiva. vol.13 suppl.2, Rio de Janeiro. Dec. 2008.
180
Oficinas pedagógicas em microbiologia e biologia celular
Nayara Torres Cardoso2, Adilson Costa Filho1,2
1- Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente – UniFOA
2- Departamento de Ensino de Ciências e Biologia – DECB – IBRAG – UERJ
Palavras-chave: Inclusão, modelo didático, integração.
INTRODUÇÃO:
A ciência biológica consiste na fundamentação da experimentação e observação dos seres vivos e
de fenômenos naturais, porém para alunos cegos a compreensão de fenômenos naturais ou de
estruturas anatômicas de tamanho mensurado como micro ou microorganismos torna-se inviável
pelo uso único do discurso oral. Ao decorrer de uma aula sobre citologia ou microorganismos
causadores de patologias a preferência do professor regente tende a ser o uso do quadro negro unido
ao discurso oral, onde este apresenta o conteúdo aos alunos, o que para os alunos cegos torna a
aprendizagem e compreensão impossível, por este, que consiste no método tradicional de ensino,
visualização unida ao discurso oral. Para a integração deste é necessário que o professor utilize
recursos onde o aluno possa tocar o modelo destas estruturas ou microorganismos.
Com a utilização de recursos didático-pedagógicos, pensa-se em preencher as lacunas que o ensino
tradicionalmente geralmente deixa, e com isso, Além de expor o conteúdo de uma forma
diferenciada, fazer dos alunos participantes do processo de aprendizagem (Castoldi e Polinarski,
2009). A criação de modelos como recursos possibilita a integração dos alunos deficientes visuais e
compensa a infra-estrutura deficiente em recursos para a experimentação e observação de estruturas
observáveis apenas a microscópio óptico. Mediante Constituição da República Federativa do Brasil
o art. 206, inc. I que diz que todos devem ter acesso à educação de forma igual. E a lei de inclusão
dos alunos portadores de deficiências, alunos cegos podem estudar em escolas comuns. Sabe-se que
há um grande déficit na infra-estrutura na rede publica de ensino, o que torna aulas práticas para
alunos de saúde plena inviáveis, no entanto estas aulas de caráter observatório não poderiam
alcançar alunos cegos.
OBJETIVOS:
Proporcionar a um deficiente visual a possibilidade gerada por recursos didáticos de compreender
estruturas morfologicamente e em dimensão aproximada de células e bactérias.
Produzir material didático-pedagógico objetivando minimizar as carências encontradas pelo
profissional dentro da estrutura de ensino.
181 METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa para produção de recursos didático-pedagógicos nas áreas de biologia
celular e microbiologia para a sala de aula em instituições publicas de ensino visando à integração
de alunos portadores de deficiência visual aos demais. Tem como instrumento de análise a
observação da compreensão dos alunos mediante ao material exposto, serão analisados caracteres
como: interesse, compreensão e fixação do conteúdo ministrado pelo professor. O trabalho
encontra-se em fase de confecção do material, e experimentação de materiais que melhor se
adéqüem a critérios estabelecidos, como segurança, custo ao professor e toxicidade. O processo de
montagem pretende antes de aplicar averiguar a aplicabilidade do modelo, para o uso em sala de
aula. Se este realmente pode ser esclarecer por consulta a alunos cegos.
PERSPECTIVAS FUTURAS:
Montar uma oficina pedagógica onde haja a interação do futuro professor com o portador de
deficiência, promovendo debates e a busca do aperfeiçoamento das técnicas. Tornando o
aprendizado dinâmico, com maior relevância para uma possível publicação. Aplicar as oficinas para
alunos graduandos e alunos do ensino médio, cada um enfocando um ponto do ensino.
REFERÊNCIA:
Castoldi R. Polianarski C. A.(2009) A utilização de recursos didáticos-pedagógicos na motivação
da aprendizagem. Ι simpósio Nacional de ensino e ciência e tecnologia. ISB: 978-85-7014-048-7
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro
Gráfico (promulgada em 05/10/1988), 1988.
182 Organização de prontuários: contribuições de profissionais de uma Unidade Saúde da Família
Maria de Fátima da Rocha Pinto1,2*, Eliz Regina de O. Silveira1, Rosimere H. Guedes1 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
2Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda – SMS/VR
Palavras-chave: Saúde da Família. Processo de Trabalho. Prontuários.
INTRODUÇÃO
As atividades assistenciais representam a principal função e a mais valorizada pelos usuários na
Saúde da Família. Pode-se apontar com igual importância as funções de planejamento das ações, a
promoção e vigilância, o trabalho interdisciplinar em equipe, com destaque para a organização do
processo de trabalho e o registro das informações de saúde no prontuário dos usuários. (BRASIL,
2001).
Pela organização do processo de trabalho, profissionais de saúde se instrumentalizam pelos
protocolos que adotam, portanto apresentando maior autonomia nas funções que exercem, podendo
decidir sobre suas ações, exatamente no momento em que elas ocorrem e integradas ao trabalho em
equipe. (FRANCO et al, 1999).
Os prontuários representam importantes fontes de informação. Deve-se valorizar e dar credibilidade
a esse instrumento. São documentos construídos pela equipe multidisciplinar pelos registros de toda
a assistência prestada aos usuários por todos os profissionais. Também oferece segurança para todos
que se apropriam desse instrumento, seja em seu aspecto clínico como no aspecto legal.
Revendo a literatura, autores afirmam que na Saúde da Família: “Um dos requisitos fundamentais
do programa é o uso do prontuário familiar enquanto instrumento de trabalho, garantindo
informações e permitindo, de forma ágil o acesso às ações realizadas pela equipe de saúde”.
(PEREIRA et al, 2008).
O objetivo principal foi construir um roteiro para a organização de prontuários com base na
contribuição de profissionais de saúde e nas políticas que embasam o Sistema Único de Saúde
(SUS).
METODOLOGIA
Os dados foram obtidos por pesquisa descritiva com abordagem qualitativa e pesquisa – ação. O
instrumento de coleta de dados foi um questionário com quatro perguntas abertas. Os sujeitos foram
10 trabalhadores de saúde que compõem a equipe mínima de uma unidade Saúde da Família.
183 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O estudo apreendeu cinco categorias de análise: Ordenar as informações do prontuário; Ordem
lógica e cronológica das anotações pelos profissionais; Continuidade no cuidado pela sequência dos
prontuários da família; Arquivar informações nos formulários; Falta de Padronização na ordem dos
prontuários. Os resultados mostraram que profissionais entendem a organização de prontuários e
apontam facilidades como: a continuidade no cuidado pela sequência dos prontuários por entender
que compõem a assistência e o cuidado ao usuário. Referem-se ao arquivamento e guarda de
informações, a facilidade no manuseio e o ganho de tempo como fatores contribuintes para a
organização dos prontuários. Identificaram uma dificuldade que se refere à falta de padronização na
ordem das informações e no mesmo momento afirmam que pode ser sanada com o envolvimento de
todos numa ação conjunta como a que se propuseram a fazer e fizeram com resultados positivos.
CONCLUSÃO
Sugerem que se construa um roteiro com a ordem proposta na reunião de equipe e se socialize para
todos os profissionais das demais unidades de saúde. A intenção do roteiro é favorecer a consulta
quando se fizer necessário, principalmente na chegada de novos componentes à equipe e
recomendam ainda que fique em local de fácil acesso.
Conclui-se que a organização dos prontuários beneficia tanto a equipe de profissionais de saúde
quanto os usuários, buscando desta forma possibilitar a compreensão das necessidades desses
profissionais em ter acesso a um prontuário organizado, facilitando o manuseio e o registro das
informações e a continuidade do cuidado. Recomenda-se uma auditoria semestral para manter a
organização dos prontuários.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia prático do Programa
Saúde da Família. Brasilia, Ministério da Saúde, 2001.
FRANCO, Túlio Batista; BUENO, Wanderlei Silva; MERHY, Emerson Elias. O acolhimento e os
processos de trabalho em saúde: o caso de Betim (MG). “Cadernos de Saúde Pública – N 15”,
ENSP – Rio de Janeiro, Junho de 1999.
PEREIRA ATS; NORONHA J; CORDEIRO H; DAIN S; PEREIRA TR; CUNHA FTS. O uso do
prontuário familiar como indicador de qualidade da atenção nas unidades básicas de saúde.
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24 Sup 1:S123-S133, 2008; Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v24s1/17.pdf.
184
Perspectivas da pedagogia da Práxis no ensino de Física
Vera Lucia Lavrado Cupello Cajazeiras *¹ Cristina Novikoff2
1,2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
Palavras-chave: Ensino de Física, Pedagogia da Práxis, Tecnologias
INTRODUÇÃO
Apresenta-se o estudo de mestrado desenvolvido com a preocupação de apresentar outras
alternativas para o ensino de Ciências, buscando desenvolver o interesse do aluno pelo
conhecimento de Física e uma aprendizagem significativa crítica e, consequentemente a cidadania.
Esse é o caminho preconizado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e objetivado
nos PCNs de se alcançar uma educação escolar que assegure ao educando a formação indispensável
para o exercício da cidadania, além da qualificação para o trabalho e para a continuidade dos
estudos (BRASIL, 1996). Para percorrer tal caminho apresentamos alguns pontos de reflexão sobre
a Pedagogia da Práxis de Gadotti (2004), mediada pelas novas tecnologias, que nos darão o suporte
teórico necessário para uma aprendizagem significativa e crítica, que acreditamos ser a marca de
uma escola engajada na construção do conceito de cidadania.
OBJETIVOS
O objetivo principal foi compreender o papel da pedagogia da práxis, mediada por tecnologias de
informação e comunicação no ensino de Física, com foco na aprendizagem significativa crítica para
propor estratégias pedagógicas de ensino-aprendizagem, integrando o ensino de Física com a
questão da cidadania, de modo a despertar no aluno maior interesse pelo conhecimento. O produto é
CD-Rom de aulas.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada é de natureza quanti-qualitativa foi pautada nas dimensões Novikoff,
organizada didaticamente passando por cinco etapas: epistemológica, teórica, técnica, morfológica e
analítico-conclusiva (NOVIKOFF, 2010). Entre os procedimentos metodológicos adotamos como
instrumental de coleta de dados para os alunos: questionários, pré e pós-teste, auto-avaliação e para
o professor pesquisador: diário de observação.
A proposta pedagógica desenvolvida utilizou o conteúdo curricular de Física sugerido para o
primeiro bimestre no 1° ano do ensino médio, na perspectiva da práxis pedagógica, ou seja,
preparar os alunos para compreender o papel da ciência na sociedade, pensar criticamente, resolver
problemas, participar de debates e tomar decisões. Utilizamos alguns instrumentos tecnológicos
185 (animações e vídeos do YouTube) como ferramenta pedagógica para desenvolver o projeto. A
amostra envolveu uma turma do 1° ano de uma escola estadual de ensino médio do turno da tarde,
formada por vinte e sete alunos de 14 a 16 anos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
A análise dos resultados, estruturada de acordo com os instrumentos de coleta de dados, possibilitou
estabelecer parâmetros de comparação entre o conhecimento prévio dos alunos antes da proposta
pedagógica e depois. O resultado do pré-teste evidencia que nenhuma das questões obteve acerto
superior a 40%. Já no pós-teste, após o desenvolvimento da proposta pedagógica, observou-se
acerto em 80% das questões, o que representa uma aprendizagem significativa do conteúdo mediada
por uma práxis pedagógica diferenciada e com utilização das novas tecnologias. Fato esse
confirmado na análise da auto-avaliação dos alunos.
Comparando todos os instrumentos utilizados, percebemos que apesar de mais de 95% dos alunos
informarem inicialmente no questionário que a disciplina era de difícil aprendizagem, a proposta
pedagógica desenvolvida proporcionou aprendizagem do conteúdo escolar, posicionamento crítico e
reflexivo diante de questões do mundo e da ciência e demonstração de interesse pelo estudo de
Física.
CONCLUSÕES
Ensinar para a cidadania é propiciar ao aluno condições para construção de seu próprio
conhecimento, fazendo suas próprias inferências, levantando hipóteses e tirando conclusões de
forma independente, além de analisar e interpretar informações veiculadas através dos diversos
meios de comunicação. Assim, a melhoria da educação está estreitamente ligada à reelaboração da
prática pedagógica.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 9.394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, dez.1996.
GADOTTI, M. Pedagogia da Práxis: A Escola Como Projeto Sócio-Cultural. São Paulo: Cortez,
2004.
MEC – Ministério da Educação; Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio; Brasília:
MEC/Secretaria de Educação Básica, 2000.
186 Práticas corporais no Centro de Atenção Psicossocial CAPS Nossa Casa – Cartografia de uma
oficina terapêutica
CARVALHO, Maria Fernanda P. da S*; PARAISO ALVES, Marcelo
Centro Universitário UniFOA
Centro Universitário UniFOA/IFRJ – VR
Palavras-chave: Saúde Mental, Práticas Corporais, Qualidade de Vida, Prevenção.
INTRODUÇÃO
Com o advento da Reforma Psiquiátrica iniciada no Brasil no final da década de 70, o modelo de
atenção em saúde mental passou por significativas mudanças no que tange ao cuidado oferecido aos
portadores de transtornos mentais (Brasil, 2005). É neste contexto de busca por novos paradigmas
que surge a crítica ao modelo hospitalocêntrico pautado na doença e promotor de exclusão social,
caracterizado por retirar destas pessoas a possibilidade de ocupar diferentes espaços na sociedade.
Assim, novas práticas passam a compor o cenário do cuidado àquele que sofre, buscando a
desconstrução da lógica manicomial, além da criação de um novo lugar social para a loucura
(ALVES et al, 2009, p. 93).
De acordo com Alves (2009, p. 93), a reinserção social passa a ser o principal objetivo da Reforma
Psiquiátrica, na medida em que procura dar ao portador de transtorno psíquico a possibilidade do
exercício de sua cidadania, tendo em vista potencializar a rede de relações do sujeito.
No município de Barra do Pirai/RJ, em consonância com as atuais políticas públicas de saúde, o
Centro de Atenção Psicossocial CAPS Nossa Casa é um dispositivo extra-hospitalar de cuidados em
saúde mental, componente da rede de serviços sanitários do Sistema Único de Saúde - SUS, que
oferece assistência integral aos portadores de transtornos mentais graves. Neste sentido, busca
estender suas ações para a construção da cidadania e reinserção social pautadas no movimento da
Reforma Psiquiátrica, através da realização das oficinas terapêuticas.
Este estudo procura acompanhar a Oficina de Caminhada enquanto dispositivo terapêutico de
cuidado no território, além da promoção de práticas corporais diversificadas que contemplem
também a corporeidade destes usuários.
OBJETIVOS
- Compreender as experiências que emergem do Programa de Saúde Mental, por intermédio das
práticas corporais desenvolvidas no Caps Nossa Casa do município de Barra do Piraí;
187 - Ampliar a discussão sobre os programas de saúde mental, trazendo a intervenção da Oficina de
Caminhada;
- Analisar os processos e melhorias na qualidade de vida dos sujeitos participantes da Oficina
enquanto um dispositivo que interfere no cuidado, a partir da inserção no território.
METODOLOGIA
O estudo centra suas investigações a partir do método cartográfico, fundamentada na obra de Giles
Deleuze e Felix Guatarri (1995), com o seu potencial voltado para a análise e acompanhamento da
Oficina de Caminhada do Centro de Atenção Psicossocial Nossa Casa, localizado em Barra do
Piraí/RJ. Como opção de instrumento para a produção dos dados utilizar-se-á o caderno de campo
na intenção de atuar na pesquisa com uma perspectiva de processualidade, a intenção é observar
sistematicamente os sujeitos envolvidos na caminhada na intenção apreender indícios e sinais de
mudanças comportamentais e melhorias na qualidade de vida dos usuários do CAPS Nossa Casa. A
referida opção metodológica busca apreender os conflitos e tensões que possam emergir no
processo, apreender os diálogos informais que possam auxiliar o estudo proposto.
REFERÊNCIAS
ALVES, Carlos Frederico de Oliveira et al. Uma breve história da reforma psiquiátrica. Revista
de Neurobiologia, v. 72 (1) p. 85-96, jan./mar., 2009.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral de Saúde
Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à
Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas.
OPAS. Brasília, novembro de 2005. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal
/arquivos/pdf/relatorio_15_anos_caracas.pdf.> Acesso em: 25 de abril de 2011.
DELEUZE, Gilles & Guattari,Félix. Mil Platôs. São Paulo. Editora 34, 1997.
188
Prevalência de lesões dentárias traumáticas em indivíduos com Autismo
Rosiléa Chain Hartung Habibe *¹ ², Maria Teresa Botti Rodrigues dos Santos ²
¹ Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA
² Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL
Palavras-chave: trauma dental, autismo, lesões dentárias traumáticas.
INTRODUÇÃO
As injúrias dentárias traumáticas constituem um problema de saúde pública que vem sendo
negligenciado (OLIVEIRA et al., 2007), apresentando-se com alta prevalência, especialmente em
populações jovens (SORIANO et al., 2004). Representam um sério problema, afetando muitos
aspectos da vida do paciente. A maioria dessas injúrias envolve dentes anteriores, comprometendo a
aparência, linguagem e mastigação (CALDAS; BURGOS, 2001).
Muito se tem estudado sobre a prevalência do trauma dental em crianças e adolescentes. Porém,
poucos estudos são encontrados na literatura descrevendo a prevalência de trauma dental em
indivíduos com necessidades especiais.
O autismo é considerado um distúrbio de desenvolvimento complexo, definido de um ponto de vista
comportamental, de etiologia desconhecida, com comprometimentos qualitativos na interação
social, linguagem e comportamento imaginativo. Apesar de muitos fatores influenciarem o risco
individual ao trauma dental, não há evidências suficientes que determinem se o autismo é um fator
de risco para injúrias traumáticas dentárias (ALTUN et al.,2010).
O presente trabalho é um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no Programa de Doutorado da
UNICSUL, cujo objetivo é avaliar a prevalência de traumatismo dentário em crianças e
adolescentes com autismo e comparar os resultados com os encontrados de prevalência de trauma
dental em crianças e adolescentes não autistas.
METODOLOGIA
Serão analisadas crianças e adolescentes autistas e não autistas, de 0 a 17 anos, através de
questionário aos responsáveis e exame clínico visual, realizado por um único cirurgião-dentista
calibrado a identificar trauma nos tecidos dentários, com o auxílio de espátulas de madeira, espelho
e lanterna.
Por intermédio de questionário serão coletados, no caso do grupo de autistas (GA), os dados
pessoais, o diagnóstico médico, o uso de medicamentos, e a história de trauma dental. Para o grupo
controle (GC) serão coletados os dados pessoais e a história de trauma dental.
189 Através de exame visual serão observados e registrados em fichas próprias os sinais de trauma
dentário nos dentes anteriores (4 incisivos superiores e 4 incisivos inferiores).
Os dados dos questionários e os registros clínicos obtidos pelo exame visual serão submetidos à
análise de distribuição de freqüência.
REFERÊNCIAS
ALTUN, C.; GUVEN, G.; YORBIK, O.; ACIKEL, C. Dental Injuries in Autistic Patients. Pediatr
Dent. v. 32 n. 4 p 343-6, 2010.
CALDAS JR, A. R.; BURGOS, M. E. A. A retrospective study of traumatic dental injuries in
Brazilian dental trauma clinic. Dental Traumatology. v. 17, n. 6, p. 250-3; 2001.
OLIVEIRA, L. B.; MARCENES, W.; ARDENGHI, T. M.; SHEIHAM, A.; BONECKER, M.
Traumatic dental injuries and associated factors among Brazilian preschool children. Dent
Traumatol. v. 23, n. 2, p. 76-81, 2007.
SORIANO, E. P.; CALDAS, A. F.Jr.; GOES, P. S. Risk factors related to traumatic dental injuries
in brazilian schoolchildren. Dent Traumatol. v. 20, n. 5, p 246-50, 2004.
190
Principais propostas do novo Código Florestal Brasileiro: uma análise crítica
*Julio Rezende Mauricio Neto 1, David Vilas Boas Campos2, Felipe da Costa Brasil2.
Engenheiro Ambiental, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ. 1*
Docente do Curso Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra,
Vassouras, RJ. 2
Palavras-chave: Lei 4771/65, APP, Degradação Ambiental.
INTRODUÇÃO
Desde o início das atividades busca-se a ocupação de maiores faixas de terras florestadas. Este fato
foi marcante na época da colonização portuguesa em nosso país, que gerou consequentemente um
grande impacto sobre a flora e fauna brasileira. Apenas no século XX, em 1934 foi criado o
primeiro Código Florestal brasileiro no governo de Getúlio Vargas, em plena expansão das
fronteiras agrícolas e da revolução industrial brasileira. Somente em 1965 foi sancionada a Lei
Federal 4771referente ao segundo Código Florestal que visou preencher as lacunas deixadas pelo
código anterior. Os processos de ocupação urbana-industrial-portuária e da expansão agrícola
brasileira (BRITO & SOUZA, 2005), também não foram compatíveis com as restrições de uso
previstas neste novo Código. O Deputado Federal Aldo Rebelo relator do Projeto de Lei Federal
1.876 de 1999, apresentou algumas propostas para revisão do código atual, que se tornou motivo de
intensas discordâncias, debates e polêmicas de pontos delicados do código de 1965, como as Áreas
de Preservação Permanente (APPs), a Reserva Legal, o Reflorestamento e a Anistia aos
desmatadores.
O objetivo geral deste trabalho foi avaliar os principais pontos positivos e negativos da proposta de
mudança do código florestal brasileiro em relação aos códigos florestais de 1934 e 1965.
METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas e análise das informações atuais
produzidos pelo Congresso Nacional e a mídia popular. Foi traçado um comparativo dos pontos
evolutivos e retroativos em relação aos códigos existentes e a essa nova proposta do Deputado
Federal Aldo Rebelo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Em relação às APPs, essas áreas ficariam reduzidas a preservação de 15 metros em rios com largura
inferior a 10 m. Nas encostas será permitido o cultivo de algumas culturas e o pastoreio no topo dos
morros elevados (> 1.800 m). Para a Reserva Legal manterá os mesmos percentuais da legislação
atual, porém altera o cálculo da reserva legal dentro da propriedade. Antes as APPs eram somadas
191 as reservas, na proposta a reserva legal já inclui as APPs, sendo assim será reduzido os percentuais
de preservação dos biomas. Em relação ao Reflorestamento cada medida varia de acordo com a
região do país (Norte de 50 a 100 hectares, Nordeste de 15 a 90 hectares, Centro-Oeste de 5 a 110
hectares, Sul de 5 a 40 hectares, Sudeste de 5 a 70 hectares) não precisam recompor a vegetação das
áreas de reserva legal exploradas, sendo assim, libera o produtor de recuperar a área desflorestada
por ele anteriormente e continuaríamos tendo clareiras abertas em nossas matas. Para a Anistia a
proposta prevê que quem desmatou as florestas de reservas legais até julho de 2008 fica livre de
multas e sanções. No dia 24 de maio de 2011 ocorreu a votação das propostas, com 410 votos a
favor, 63 contra e 1 abstenção quanto essas propostas. Agora o processo de votação seguiu para o
Senado, poderá retornar para os Deputados ou seguirá diretamente para a presidente que poderá
usar o seu veto para a reformulação do Código Florestal (Rezende, 2011).
CONCLUSÕES
O Código Florestal de 1965 ainda mais restritivo que o de 1934, não foi suficiente para a resolução
dos problemas Florestais no Brasil. Esta nova proposta poderá proporcionar um crescimento
econômico nas áreas de APP, além da redução das áreas de Reserva Legal. Estas alterações poderão
ser extremamente prejudiciais às áreas florestadas do país, com inúmeros prejuízos à ocupação das
áreas de APPs.
REFERÊNCIAS
BRITO, F. & SOUZA, J. Expansão urbana nas grandes metrópoles: o significado das migrações
intrametropolitanas e da mobilidade pendular na reprodução da pobreza. São Paulo Perspec., São
Paulo, v. 19, n. 4, p.48-63, out/dez, 2005.
REZENDE, J. Análise Critica da Proposta do Novo Código Florestal Brasileiro: Potencialidades e
Fragilidades. Vassouras: Universidade Severino Sombra, 2011. 37p.
192
Problemas na aprendizagem de escolares devido a ruídos no ambiente de estudo
Luiz Fernando Ferreira dos Santos ¹
¹Graduando da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavra-chave: Ruído, Ambiente de estudo, Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, com a pavimentação de ruas, calçadas e construção de grandes edifícios cresceu a
preocupação com planejamento e análise de impactos ambientais das edificações, todavia a
qualidade acústica das vias e ambientes fechados não acompanhou este progresso, que agora é de
extrema relevância (Murgel, 2007). O presente trabalho visa identificar e classificar as fontes de
ruído em ambientes de aprendizagem, assim como analisar os efeitos das fontes de ruído sobre
educadores e alunos.
METODOLOGIA
Foi feita uma revisão bibliográfica das fontes relacionadas ao tema.
CONCEITOS SOBRE RUÍDO E AMBIENTES DE APRENDIZAGEM
Pode-se afirmar que o ruído é um som não harmônico de frequências e níveis de intensidade
variados (OITICICA, 2003). Assim o som de um instrumento é diferente do ranger de uma porta.
Nas escolas, entende-se que a principal fonte de sinal é a voz do professor e tudo que compete com
ela é classificado como ruído. Logo, este ambiente deve favorecer a oratória do professor para que o
mesmo não se desgaste ao exercer o seu trabalho. Por isso, entende-se que a inteligibilidade da fala
do professor deve ser próxima de ótima afim de não distorcer a mensagem. É interessante que o
tempo de reverberação seja baixo e o ambiente esteja bem isolado de ruído externo
(NASCIMENTO, 2009).
DESCONFORTO AUDITIVO/ PROBLEMAS AUDITIVOS
Em recentes estudos, comprovou-se que indivíduos têm alterado o grau de irritabilidade e
problemas auditivos quando expostos continuamente a ruídos de alto nível de intensidade sonora.
Este incômodo pode se manifestar em dores de cabeça ou em falta de concentração. Em algumas
situações, as exposições excessivas podem causar danos irreversíveis como, surdez parcial ou total
(NASCIMENTO, 2009).
DISCUSSÃO E RESULTADOS
Estudos recentes sobre a questão da poluição sonora em ambientes de aprendizagem diversos da
cidade do Rio de Janeiro têm mostrado que docentes e discentes estão sujeitos a altos níveis de
193 pressão sonora, que podem ser prejudiciais às relações de ensino-aprendizagem em salas de aula e à
saúde e bem estar de profissionais de ensino e estudantes. (FRANCO, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando-se em conta as possíveis consequências fisiológicas, percebe-se que estes problemas
ocorrem mais frequentemente nos indivíduos inseridos nos ambientes com exposição intensa aos
altos níveis de intensidade sonora (NASCIMENTO, 2009). Logo, é preciso analisar melhor os
padrões destes ambientes, implantar medidas para identificar como os efeitos fisiológicos afetam o
desempenho destes sujeitos e propor as devidas medidas que minimizem o problema.
REFERÊNCIAS
MURGEL, Eduardo Fundamentos da Acústica Ambiental São Paulo: Editora SENAC São Paulo,
2007.
OITICICA, Maria Lúcia; Duarte, Elisabeth Albuquerque Cavalcanti; Silva, Luiz Bueno da Análise
da inteligibilidade da fala de uma sala de aula em situações diversas de climatização dentro do
contexto acústico In: VII ENCONRO NACIONAL SOBRE CONFORTO NO AMBIENTE
CONSTRUIDO III CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA SOBRE CONFORTO E
DESEMPENHO ENERGÉTICO DE EDIFICAÇÕES, Curitiba, PR, Brasil, 2003. p 479 - 486.
NASCIMENTO, Ludimila Souza A influência do ruído ambiental no desempenho de escolares
nos testes de padrão tonal de frequência e padrão tonal de duração, 2009, 193f. Monografia de
fim de curso título de graduação em fonoaudiologia. Universidade Federal de Minas Gerais,
Faculdade de Medicina, Belo Horizonte, 2009.
FRANCO, Wislanildo Oliveira Efeitos do ruído em ambientes de aprendizagem. Trabalho
parcial submetido a 62° Reunião anual SBPC, Natal, RN, Brasil, julho 2010.
194 Procedimentos responsáveis em relação ao descarte de medicamentos no ambiente doméstico
SANTOS, Taís de Souza¹, SOARES, Rosana Aparecida Ravaglia1
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: descarte final de medicamentos, meio ambiente, resíduos de medicamentos,
contaminação do meio ambiente.
INTRODUÇÃO
Segundo Rodrigues (2009) o Brasil junto com os Estados Unidos, França e Alemanha constituem os
maiores consumidores de medicamentos do mundo.
Esses mesmos medicamentos são descartados diariamente. De acordo com a ANVISA (2011) cerca
de 20% dos medicamentos adquiridos no Brasil são descartados de maneira inadequada. É um
material tóxico, também chamado de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), e, portanto, não deve
seguir o mesmo caminho do lixo comum. Tratar incorretamente esses resíduos, como depositá-los
em aterros comuns ou despachá-los pela rede de esgoto, pode ocasionar contaminação de solo,
lençóis freáticos, lagos, rios e represas, atingindo também a fauna e flora que participam do ciclo de
vida da região afetada.
De acordo com Resolução CONAMA nº 358/05, os resíduos oriundos da produção, formulação,
preparação e utilização de produtos farmacêuticos, bem como resíduos de medicamentos, estão
enquadrados como resíduos perigosos e devem ser tratados com a devida atenção. (RODRIGUES,
2009)
Os órgãos responsáveis e regulamentadores buscam estabelecer normas e programas para que o
destino desses materiais seja o mais adequado possível, minimizando os efeitos ao meio ambiente e
ao ser humano. Entretanto, a legislação é direcionada apenas para os estabelecimentos de saúde e
não engloba a população geral, não havendo coleta adequada por parte das prefeituras ou outros
órgãos específicos, evidenciando a ineficiência desta lei.
Como mostra a pesquisa realizada por SILVA (2005) 88% da população fazem uso de
medicamentos em casa; 83% despejam seu remédio vencido no lixo domiciliar comum, conhecido
como lixo sem nenhum tipo de tratamento; 58% sugerem uma coleta especial para os
medicamentos; quanto ao hábito de ler a bula 63% da população estudada o fazem e 30%
eventualmente. Ao perguntar ainda aos participantes se já foram orientados pela bula quanto ao
descarte deste produto, quando vencido, obtivemos e quase unânimes que 95% nunca foram
orientados pelas mesmas.
195 À sociedade atribui-se uma parcela de responsabilidade, que diz respeito à vigilância da qualidade
dos medicamentos, o que inclui data de vencimento, aspecto do medicamento e integridade da
embalagem. Essa atenção se justifica pelo fato de que medicamentos em suas formas intactas
podem ser usados indevidamente, e mesmo que não utilizados por outras pessoas, ao serem
dispersos no ambiente podem se tornar disponíveis ao homem através da água, do solo, e do ar e,
consequentemente, causar impactos sobre a natureza e a saúde pública. (FALQUETO et al. 2010)
Diante do exposto entende-se que este estudo é relevante, pois permite que a população seja
informada sobre o correto destino que deve ser dado aos medicamentos para que, no futuro, estes
não venham a contaminar o meio ambiente. Sendo assim este trabalho tem como objetivo a
conscientização das pessoas em relação ao que deve ser feito com medicamentos que não serão
mais utilizados
METODOLOGIA
Com a população do UniFOA e entorno será feita uma pesquisa de caráter qualiquantitativa através da
aplicação de questionário, com duração aproximada de seis meses.
REFERÊNCIAS
ANVISA. Anvisa discute formas de regulação – Coleta de remédios vencidos. Disponível em:
<http://189.28.128.179:8080/descartemedicamentos/news/anvisa-discute-formas-de-regulacao>
Acesso em julho de 2011
FALQUETO, Elda; KLIGERMAN, Débora Cynamon; ASSUMPÇÃO, Rafaela Facchetti. Como
realizar o correto descarte de resíduos de medicamentos? Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 2)
:3283-3293, 2010. Disponível em: <www.aonp.org.br/fso/O_LEGAL _004.DOC > Acesso em
julho de 2011
RODRIGUES. Carla Regina Blanski. Aspectos legais e ambientais do descarte de resíduos de
medicamentos. Ponta Grossa. 2009. Disponível em: <http://www.pg.utfpr.edu.br/
dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/121/Dissertacao.pdf> Acesso em julho de 2011
SILVA, Evelyn Ribeiro da. Problematizando o Descarte de Medicamentos Vencidos: para onde
destinar? - Rio de Janeiro – 2005. Disponível em:
<http://www.epsjv.fiocruz.br/beb/Monografias2005/evelyn.pdf > Acesso em julho de 2011
196
Prova Brasil: sugestões metodológicas para a Rede Pública
Luiz Carlos Marinho da Silva *¹ Eline das Flores Victer2 Cristina Novikoff3
1,2,3 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
Palavras-chave: Prova Brasil. Matemática. Análise de Erros. Prática Docente.
INTRODUÇÃO
Apesar da expansão do ensino fundamental, o sistema educacional brasileiro é afunilado,
apresentando altas taxas de retenção, revelando que o país ainda não conseguiu oferecer à
população o pleno acesso a todos os níveis de ensino. E, os estudos acadêmicos recentes e
avaliações formais sobre os sistemas educacionais brasileiros demonstram o fracasso do ensino
aprendizado de Matemática. Apesar de ser uma ferramenta fundamental para que o cidadão
desenvolva uma correta leitura do mundo que o cerca, e, isso “significa desenvolver a capacidade
do aluno para manejar situações reais, que se apresentam a cada momento, de maneira distinta”
(D’AMBROSIO, 1990, p. 16), a matemática exclui e retém mais alunos que as outras matérias.
Esse artigo é fruto de estudo de mestrado que foi desenvolvido com a preocupação e o propósito de
auxiliar os educadores em desvelar as implicações de uma educação matemática que parta de um
diagnóstico sério embasado sobre os erros, enquanto processo de ensino e aprendizagem.
OBJETIVOS
O objetivo principal foi estruturar um livreto sobre a Prova Brasil, adaptado aos professores para o
ensino de matemática. Partiu-se da análise quantitativa e qualitativa dos “erros” cometidos pelos
alunos na simulação da Prova Brasil, com a finalidade de propor estratégias para superar as
dificuldades de aprendizagem da matemática na educação básica.
METODOLOGIA
A pesquisa de abordagem mista (NOVIKOFF, 2010) apropriou-se de um Simulado de Matemática
da Prova Brasil disponibilizado pelo INEP/MEC, com o intuito de identificar, quantificar, analisar
e, de maneira interpretativa, bem como discutir os resultados apresentados pelos alunos nessa
avaliação, em especial os “erros”. Neste trabalho, foram adotadas as dimensões Novikoff (2010)
como caminho teórico-metodológico do pensar-fazer pesquisa científica. A pesquisa foi realizada
em 2009 junto a duzentos e cinquenta e sete alunos distribuídos em oito turmas de 9º ano do ensino
fundamental, matriculados em seis escolas da rede Pública Municipal de Duque de Caxias/RJ.
Enfim, A análise dos resultados obtidos foi estruturada a partir dos quatro temas presentes na Matriz
de Referência de Matemática para o 9º ano do Ensino Fundamental.
197 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
De maneira mais didática, estruturamos a análise dos resultados a partir dos quatro temas presentes
na matriz de referência de Matemática para o 9º ano do ensino fundamental. Em termos percentuais,
o Simulado privilegia o Tema III (Números e Operações/ Álgebra e Funções) com
aproximadamente 61% dos itens. Em seguida temos o Tema I (Espaço e Forma) com cerca de 27%
dos itens. Os Temas II (Grandezas e Medidas) e IV (Tratamento da Informação) estão presentes em
apenas 4% e 8% dos itens, respectivamente. Essa distribuição embora pareça injusta, é proporcional
ao número de Descritores presentes em cada um dos Temas. Historicamente o ensino e a
aprendizagem de geometria representam um dos grandes fatores de dificuldade para professores e
alunos. Os itens relativos a esse Tema obtiveram uma média de 59% de distratores. O resultado só
não foi pior porque o Item 01 do Bloco 1 representou o Item com o maior percentual individual de
acerto (84,4%), o que acabou por diminuir essa média. Se desconsiderássemos esse Item,
elevaríamos o percentual de distratores para cerca de 67%. A análise dos resultados mostrou
claramente a dificuldade dos alunos com questões relativas à geometria. A ausência de visão
espacial, de conceitos e propriedades elementares ficou evidenciada através dos resultados obtidos
pela pesquisa.
CONCLUSÕES
Observou-se o baixo desempenho dos estudantes no Tema I (Espaço e Forma) e Tema II
(Grandezas e Medidas), o que nos mostrou claramente a dificuldade dos alunos com questões
relativas à geometria, evidenciando a ausência de visão espacial, do domínio de conceitos e
propriedades geométricas elementares. Partindo desses dados nos foi possível ampliar a discussão
teórico-epistemológica sobre a educação matemática e indicar estratégias de ensino que auxiliem os
professores de Matemática no desenvolvimento de suas reflexões sobre o cotidiano em sala de aula.
REFERÊNCIAS
D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a modernidade. São Paulo,
Brasil: Ática, 1990.
198 Reabilitação cardiorrespiratória: Orientações para pratica de atividade física com supervisão
indireta
Angélica Cristina Teixeira Monteiro ¹ *, Fabio Alves Aguiar 1
1- Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA
Palavras-chave: reabilitação cardíaca, atividade física, eficiência, saúde.
INTRODUÇÃO
A diretriz de reabilitação cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 2005) descreve a
reabilitação cardíaca como o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes
portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social, de forma que eles
consigam, pelo seu próprio esforço, reconquistar uma posição normal na comunidade e levar uma
vida ativa e produtiva. Esta mesma diretriz recomenda a estratificação de risco e a medida da
capacidade aeróbica antecedendo a prescrição da reabilitação cardíaca, pois, apesar dos benefícios
da atividade física regular no sistema cardiovascular, durante a pratica de exercício físico intenso, o
risco relativo de eventos cardiovasculares é maior que em atividades habituais.
No Brasil existe escassez de centros estruturados para reabilitação cardíaca com supervisão médica
para os pacientes de maior risco, o que gera grande demanda reprimida de pacientes crônicos
estáveis (SBC, 2006). Deve-se, portanto, considerar a possibilidade de que a reabilitação cardíaca
seja aplicada por meio de programa de reabilitação não supervisionada, ou de supervisão indireta,
onde a prescrição individualizada de exercícios pelo médico responsável é preservada, mas com
acompanhamento, através de protocolos de atendimento, por profissionais da área de treinamento
físico (professores de educação física e/ou fisioterapeutas). Esta prática bem orientada reduzirá
riscos e aumentará benefícios.
Este estudo pretende avaliar se profissionais de educação física estão sendo formados para integrar
uma equipe multidisciplinar de um programa de reabilitação cardíaca e orientar as atividades dos
mesmos em programas de exercício sem supervisão médica direta, mas mantendo eficiência,
eficácia e segurança necessários nos programas de exercícios em portadores de doenças
cardiovasculares.
OBJETIVOS
Orientar profissionais de saúde e educadores físicos na prescrição de atividade física para
portadores de doenças cardiovasculares.
199 Discutir a importância da execução orientada da atividade física em portadores de doença crônica
na Unidade de Atenção Básica do Programa Saúde da Família.
METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos, pretende-se aplicar questionário de questões fechadas a alunos do curso
de Educação Física do UniFoa e, analisar os dados baseados no estado da arte a cerca do tema .
DISCUSSÃO TEÓRICA
De acordo com Araújo (2004) dados indicam uma redução de 20% a 30% na mortalidade de
pessoas que participam de programas formais de reabilitação cardiovascular.
É importante destacar o caráter multiprofissional que deve ter um programa de reabilitação
cardiovascular, para que esse possa exercer influência positiva em várias esferas da vida do
paciente. Neste estudo o enfoque é a atuação do profissional de Educação Física no processo de
reabilitação cardiovascular com ênfase no exercício.
CONCLUSÕES
Os programas de reabilitação cardiovascular com ênfase em exercícios físicos são importantes
formas de controle das Doenças cardiovasculares, apresentam bom custo efetividade, e podem ser
expandidos com segurança de maneira a ampliar seus benefícios.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Claudio Gil Soares de (Ed.). Normatização dos equipamentos e técnicas da reabilitação
cardiovascular supervisionada. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, Nov. 2004. v. 83.
n. 5.
Diretriz de Reabilitação Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Arq. Bras.
Cardiol., São Paulo, v. 84, n. 5, May 2005 .
Diretriz de reabilitação cardiopulmonar e metabólica: aspectos práticos e responsabilidades (SBC).
Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 86, n. 1, Jan. 2006.
200
Relação entre o Jornalismo e a Educação Ambiental
Angélica Aparecida Silva Arieira1, Cristina Novikoff1,2 1 Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)
2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
Palavras-chave: Divulgação, Ciência, Jornalismo.
INTRODUÇÃO
O estudo trata da relação entre o Jornalismo e a Educação Ambiental (EA), considerando as
problemáticas da divulgação desta área. Embora haja no Brasil uma crescente produção de trabalhos
científicos, segundo Moreira (2006), há pouca aplicabilidade e divulgação dos mesmos. Após
verificação junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, 2000 a
2010), percebeu-se a ausência de estudos sobre o tema em questão, o que reflete o valor desta
pesquisa no Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente (MECSMA), em
especial na linha de pesquisa: “Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente”.
Vê-se que os meios de divulgação propostos ainda estão aquém da necessidade da academia e de
quem usufrui de sua produção da EA, tanto de conhecimento, quanto de tecnologias, pois estes
meios, quando existem, são excludentes, ora pelo acesso, ora pela linguagem que apresentam.
Propõe-se, por tanto, analisar a criação de um programa de TV que seja capaz de levar o estudo,
práticas e tecnologias acerca da EA. Pretende-se delinear um produto de natureza transdisciplinar,
onde o Jornalismo se articulará com o Meio Ambiente para tratar de práticas que envolvam o ensino
e recursos didáticos e tecnológicos da EA. Enfim, a proposta de estudo é implementar esta
ferramenta de divulgação no UniFOA.
OBJETIVO
- Discutir a relação entre o jornalismo e a EA com a finalidade de criar um programa televisivo no
UniFOA, de modo a divulgar os conhecimentos e tecnologias voltados tanto para a academia
quanto para as escolas de Ensino Fundamental.
METODOLOGIA
Pesquisa de campo de natureza quanti-quali (NOVIKOFF, 2010), será criado um programa de TV,
com três eixos (Desastres, Entrevistas e Ações Educativas) para experimento qualitativo com os
professores e mestrandos do UniFOA e professores de escolas de Ensino Fundamental de Volta
Redonda. A escolha destas pessoas decorre de que são estes os sujeitos, em especial, que deveriam
desenvolver os conhecimentos científicos gerados no UniFOA; em segundo pela necessidade de
201 transmissão de conhecimento acerca da EA. A pesquisa será feira no Campus Três Poços, no
período de dois meses e com 30 pessoas, que avaliarão o programa como ferramenta de EA.
DISCUSSÃO TEÓRICA
Glaci T. Zancan (2000) em seu artigo sobre a educação científica, assinala que é necessário
expandir a atividade prática científica e fazer com ela seja percebida e absolvida por mais pessoas e
não apenas elitizá-las. A criação de um veículo de comunicação, por tanto, com técnicas
jornalísticas teria como deixar as produções de EA mais interessantes, não só para pesquisadores ou
quem já está em cursos de pós-graduação, mas para quem poderá, futuramente, se interessar pela
pesquisa, a exemplo de alunos da Educação Fundamental. E, deste modo, democratizar a EA como
Zancan (apud Unesco, 2000), aponta, ou seja, que a ciência não é distribuída entre todos como
deveria, ora por falta de incentivo, ora por falta de interesse.
REFERÊNCIAS
MOREIRA, Ildeu de Castro. A inclusão social e a popularização da ciência e tecnologia no Brasil.
Inclusão Social, Vol. 1, No 2 (2006). Disponível em:
<http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao/article/view/29/50> Acesso em: julho de 2011.
novikoff, Cristina. “Dimensões Novikoff: um constructo para o ensino-aprendizado da
pesquisa”. ROCHA, José Geraldo e NOVIKOFF (orgs.). – Rio de Janeiro: Espalhafato
Comunicação, 2010.
ZANCAN, GLACI T.. Educação científica: uma prioridade nacional. São Paulo Perspec.
[online]. 2000, vol.14, n.3, pp. 3-7. ISSN 0102-8839. doi: 10.1590/S0102-88392000000300002.
202
Rotulagem de alimentos: decifrando termos técnicos
Paula Alves Leoni1, Vanessa de Souza Castro1, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2 1Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: Rotulagem de alimentos, termos técnicos, nutrição.
INTRODUÇÃO
De acordo com a definição da ANVISA (RDC n°259/02), rotulagem “é toda inscrição, legenda,
imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica, escrita, estampada, gravada, gravada em relevo ou
litografada ou colada sobre a embalagem do alimento”, com isso entende-se que o rótulo é a forma
de comunicação entre o produto e o consumidor.
A rotulagem dos alimentos tem como principal função orientar o consumidor sobre a qualidade e
sobre a quantidade dos constituintes nutricionais dos produtos para que estes possam fazer as
melhores escolhas quanto à uma alimentação saudável. (CÂMARA et al.,2008)
Dados do Ministério da Saúde apontam que muitas pessoas tem o hábito de ler os rótulos dos
alimentos, mas que a grande maioria não entende seu significado visto que muitos termos usados na
rotulagem são técnicos e que a população em geral desconhece (Manual do consumidor – ANVISA,
2005)
Desta forma o objetivo desta pesquisa é fazer um levantamento dos produtos mais consumidos pela
população em geral, fazendo uma comparação com a legislação vigente e formulando um glossário
com os termos técnicos encontrados para posterior utilização em espaços formais e não-formais de
ensino.
METODOLOGIA
Foram coletados dados contidos nos rótulos de 48 produtos nos supermercados da cidade de Volta
Redonda RJ e em sites dos fabricantes de alguns destes produtos. Esses dados foram comparados
com a legislação vigente. Posteriormente será publicado um glossário com alguns termos
encontrados nesses rótulos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos ainda não foram totalmente conclusivos, pois a pesquisa se encontra em
andamento. As análises feitas até o momento permitem identificar a diferença entre a legislação
vigente e o que realmente é posto em prática nas embalagens de acordo com a regulamentação dos
rótulos de alimentos e bebidas.
203 Sob tais condições, os rótulos avaliados, freqüentemente apresentam informações que podem causar
dúvidas dispondo de termos técnicos que não satisfazem o conhecimento do consumidor em relação
ao produto, além de levar consumidores vulneráveis como diabéticos, hipertensos, e outros que
necessitam de cuidados na alimentação ao engano e colocar a saúde dos mesmos em risco.
CONCLUSÃO
O curso de nutrição possui uma disciplina sobre a importância da compreensão dos rótulos, tanto no
que diz respeito à lista dos ingredientes como na rotulagem nutricional obrigatória., pois essas
informações muitas vezes influenciam o consumidor na hora da compra. Sob esse ponto, de vista a
principal conclusão que chegamos até o momento é que é preciso haver uma maior fiscalização das
autoridades competentes quanto à aplicação da legislação sobre a rotulagem e uma clareza nas
informações contidas nos rótulos para melhor compreensão por parte dos consumidores. Diante
disso, acredita-se que o glossário em elaboração será útil para discentes de cursos de nutrição e
áreas afins, e também para o público em geral.
REFERÊNCIAS
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº259, de 20 de setembro
de 2002. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/
connect/36bf398047457db389d8dd3fbc4c6735/RDC_259.pdf?MOD=AJPERES > Acesso em abr
de 2011.
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Orientação aos consumidores.
Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/
662e6700474587f39179d53fbc4c6735/manual_consumidor.pdf?MOD=AJPERES> Acesso em abr
de 2011.
CÂMARA, Maria Clara Coelho; et al. A produção acadêmica sobre rotulagem de alimentos no
Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública vol.23 nº1. Washington, 2008. Disponível em: <
http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1020-49892008000100007
&lng=pt&nrm=iso> Acesso em abr de 2011.
204
Saúde do idoso: o profissional de saúde na atenção primária e a medicina humanizada
BAYLÃO, A. G. do P.¹*, FONSECA, M. M. A.², ESCADA, D. A. B.³, RODRIGUES, M. L. A.4 &
ALVES - OLIVEIRA, M. F.5
¹,2,3,4,5Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda – Centro Universitário de Volta Redonda
(ECMVR/ FOA – UNIFOA) 5Fundação Oswaldo Cruz (IOC/ FIOCRUZ)
INTRODUÇÃO:
O Envelhecimento é um processo natural, inerente a qualquer ser humano influenciado por
condições sócio-econômicas, geográficas, habitacionais, discriminação/ exclusão associadas a
gênero e etnia (BRASIL, 2006). E o conceito de saúde da pessoa idosa é a interação entre a saúde
física, a saúde mental, a independência financeira, a capacidade funcional e o suporte social
(RAMOS, 2002).
No entanto, a realidade da atenção aos idosos no Brasil é problemática em virtude da incorporação
de um número crescente de idosos na população geral, cerca de 650 mil/ano e, por conseguinte
aumento do número de doenças e/ ou agravos crônico-degenerativos (IBGE, 2000). Isso traz
impacto no sistema de saúde, com necessidade de mais recursos e profissionais para atuar por mais
tempo, isto é, uma elevação dos custos de atendimento pelo sistema público e complementar.
Segundo Stewart e colaboradores (2010), muito mais do que valorizar a doença do indivíduo é
preciso valorizar a “experiência da doença”, ter empatia e compaixão pelo outro - “sentir o
sofrimento, angústias, medos e preocupações” deste. Na medicina centrada na pessoa a prática do
profissional deve levar em consideração a perspectiva do sujeito que procura atendimento, suas
expectativas, angústias e perdas funcionais. Tendo o idoso, dentro do seu contexto sócio-cultural,
como foco do cuidado deve-se pensar em processos de qualificação dos trabalhadores da saúde que
tenham como referência as necessidades de saúde desses sujeitos.
O nosso trabalho tem como objetivo desenvolver material para a educação continuada e permanente
para os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), sobre atenção à saúde do idoso baseado
nos princípios da medicina centrada na pessoa.
METODOLOGIA:
Foi elaborado e aplicado um questionário para os profissionais de saúde da Estratégia Saúde da
Família (ESF) do município de Pinheiral, Rio de Janeiro (RJ), inquirindo sobre sua formação e
atualização em atenção à saúde do idoso. Os dados estão sendo tabulados utilizando-se o Sistema
Google Docs.
205 RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados preliminares de dezoito (18) questionários evidenciam: 50% dos profissionais tiveram
na graduação, aulas sobre abordagem e avaliação propedêutica do idoso; 50% fazem a avaliação
funcional do idoso; 94% sentem necessidade de informações sobre a saúde do idoso; 78% sentem
necessidade de um instrumento que permita melhorar sua prática com relação ao atendimento ao
idoso; 24% não conhecem instrumentos de avaliação funcional do idoso; 72% não conhecem o
caderno do Ministério da Saúde sobre saúde do idoso e apenas 2% o utilizam na sua prática com
idosos; as referências sobre um material educacional para suporte na sua prática cotidiana são de
47,82% para cartilhas e 30,43% para DVD.
CONCLUSÃO:
Os profissionais sentem necessidade de maiores informações, atualizando seus conhecimentos sobre
a saúde do idoso e de um instrumento que os instrumentalize para melhorar sua prática. Praticando-
se uma abordagem humana, consegue-se maior credibilidade ao sistema de saúde, maior a adesão a
terapêutica adequada proposta, menor risco de complicações, redução significativa dos custos e,
sobretudo melhoria da qualidade de vida dos indivíduos idosos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de saúde da pessoa idosa. Brasília (DF). 2006. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf. (Acesso em Março de 2011). Brasil. IBGE. http://www.ibge.gov.br/censo/ (Acesso em Março de 2011). Ramos, L. R. - Epidemiologia do envelhecimento in: Tratado de Geriatria e Gerontologia, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro (RJ), 2002. Cap. 7, p. 72 - 78. Stewart, M & et al. – Medicina Centrada na Pessoa, Transformando o Método Clínico, 2ª. Edição, Editora Artmed, Porto Alegre (RS), 2010.
206
Sustentabilidade e práticas profissionais
Luciana Sessa¹*, Maria Auxiliadora Motta Barreto,2
1,2 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: Meio Ambiente, Práticas Profissionais, Sustentabilidade, Distribuição de
Medicamentos
INTRODUÇÃO
Este trabalho parte de estudos existentes sobre os efeitos do comportamento das pessoas sobre o
meio ambiente, que comprovadamente está relacionado ao uso indevido dos recursos renováveis e
não renováveis.
Recentemente, algumas pesquisas investigaram um grupo específico de compostos químicos
presentes no meio ambiente que são responsáveis por causar perturbações no sistema endócrino
(hormonal) de organismos humanos e animais: são os chamados perturbadores endócrinos. Dentre
esse grupo de substâncias estão os estrogênios naturais e contraceptivos. Alguns autores relatam
que, dependendo da dose e do tempo de exposição, é possível que essas substâncias estejam
relacionadas com doenças como câncer de mama, testicular e de próstata, ovários policísticos e
redução da fertilidade masculina (BILA e DEZOTI, 2003).
Embora não existam normas ou leis que fiscalizem e orientem a forma adequada do descarte de
medicamentos para distribuidoras e farmácias, acreditamos que através da informação divulgada
por uma estratégia adequada se obtenha uma valiosa ferramenta de influência positiva para o
comportamento sustentável de profissionais dessa área, que poderão agir diretamente na melhoria
da qualidade do meio ambiente.
OBJETIVO
Desenvolver uma abordagem que proporcione um entendimento significativo de profissionais de
distribuição de medicamentos em relação ao ensino de Meio Ambiente, provocando mudança de
comportamento nesses indivíduos.
METODOLOGIA
Será feita revisão bibliográfica sobre o tema e pesquisa de campo em uma distribuidora de
medicamentos do interior do Rio de Janeiro, visando análise do conhecimento que os colaboradores
dessa empresa têm sobre a problemática ambiental que envolve o produto com o qual elas
trabalham; de que forma transmitem aos clientes finais os conceitos e a necessidade de preservação
do meio ambiente; qual impacto da sua produção no meio ambiente; e como é feito o descarte dos
207 produtos que são inutilizados, para não causar danos ao meio ambiente. Após a coleta de dados,
será elaborado um laudo específico para a empresa investigada, a fim de desenvolver um processo
sistêmico de capacitação profissional com possibilidade de ser aplicado a outras empresas do
mesmo seguimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Como resultado da pesquisa pretende-se criar um curso de Capacitação profissional dos
colaboradores de empresas que atuam nesse seguimento, que se configurará no produto de um
mestrado profissional.
CONCLUSÃO
O projeto encontra-se em fase inicial de desenvolvimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ART, Henry (ed. geral). “Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais”. São Paulo:
Melhoramentos, 1998.
MACHADO, Paulo Afonso Leme “O Ensino do Direito Ambiental – Meio de Participação Social”.
Revista do Direito Ambiental 5, ano 2, janeiro-março de 1997.
BILA, Daniele Maia; DEZOTTI, Márcia. Fármacos no meio ambiente. Quím. Nova, São Paulo, v.
26, n. 4, Aug. 2003. Available from <http://www.scielo.br
/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422003000400015&lng=en&nrm=iso>. access on 18
Aug. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422003000400015.
208
Tendências psicossocias de mestrandos profissionalizantes
Eliara Adelino da Silva1*, Cristina Novikoff2 1Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA)
2 Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
Palavras-chave: Formação de Professores; Enfrentamento; Mestrado Profissional
INTRODUÇÃO
Trata-se de estudo acerca da formação de professores em nível de mestrado a partir da análise do
discurso e das formas de enfrentamento de professores nesse processo formativo. O estudo delimita-
se dentro da linha de pesquisa “Ensino em Ciências da Saúde e Meio Ambiente: Metodologia de
Avaliação em Ensino e Recursos Didáticos e Tecnológicos de Ensino em Ciências da Saúde”.
Segundo Facci (1995) os efeitos da mudança social sobre a atividade dos professores vem marcado
pela desvalorização social, mudanças do conteúdo curriculares, a relações professor - aluno e o
aumento das exigências em relação ao papel do professor, contribuindo para o mal estar docente, e
afetando a saúde e o exercício da docência. Diante deste contexto problematizado questiona-se:
Quais são as representações sociais de formação continuada para professores que estão se
qualificando em cursos de mestrados profissionais? Como os professores compreendem a própria
formação? Quais os enfrentamentos são adotados pelos professores? Quais os apoios que estes
professores buscam para o enfrentamento?
OBJETIVOS
Elaborar um livro sobre as Tendências Psicossociais de mestrandos do Programa de Mestrado
Profissional, perspectivando contribuir com/para o processo dessa formação.
METODOLOGIA
Pesquisa de campo de natureza qualitativa baseada na Etnografia, que segundo Erickson (2009) é
um método de investigação dos problemas educacionais, com o potencial para desvelar as crenças,
valores, interesses, perspectivas dos sujeitos envolvidos no processo educacional. Para dar conta e
razão foi delineada nas Dimensões Novikoff (2010). Teve aprovação do Comitê de Ética do
UniFOA. Os instrumentos de coleta de dados para 20 sujeitos da pesquisa (mestrandos
profissionalizantes) foi o questionário sócio cultural e o inventário de Valoração e Enfrentamento.
DISCUSSÃO TEÓRICA
Adotou-se o referencial teórico da Teoria das Representações Sociais de Moscovici (2003), na
compreensão do agir de um mesmo grupo ou indivíduo apoiado em seus valores, conceitos e
209 crenças. Também ancora-se em Duarte (2001), para compreender as políticas educacionais ao qual
estamos inseridos e a valorização do professor com respaldo a pedagogia histórico crítica. Nota-se,
assim o valor para a educação, em especial, para a formação de professores que segundo Gatti
(2003), os sujeitos são eles mesmos que falam, refletem e intervém no processo em estudo. A
dialética marca a pesquisa e tem potencial de sua intervenção para superar o vazio teórico em
tempos “profissionalizantes”, ressaltando os valores e as formas de enfretamento de mestrandos do
Programa de Mestrado profissional”.
REFERÊNCIAS
DUARTE, Newton. Vigotski e o Aprender a Aprender: Críticas as Apropriações Neo-liberais e
Pós- Moderna da Teoria Vigotskiana. Campinas São Paulo: Autores Associados, 2001.
FACCI, Marília G. Dias. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? Um estudo
crítico-comparativo da teoria do professor-reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana.
Campinas, SP: Autores Associados, 2004.
GATTI, Bernadete Angelina. Grupo Focal na Pesquisa em Ciências Sociais e Humanas.
Brasília: Liber Livro, 2005.
MOSCOVICI, Serge. Representações Sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis:
Ed.:Vozes, 2003.
210
Tratamento químico de efluente contaminado com cromo para reuso em aulas práticas
Douglas Martins Torres1*, Anderson Antonio Rosa1, Carlos Eduardo Cardoso1 1* Universidade Severino Sombra - USS
Financiamento: PIBIC-USS, FUSVE.
Palavra-chave: Cromo Hexavalente, Matéria Orgânica, Método Walkley-Black.
INTRODUÇÃO
A análise química do solo é um dos métodos mais utilizados na avaliação da fertilidade deste para
fins de recomendação de adubação e calagem. A matéria orgânica do solo (MOS) é definida como
um conjunto de resíduos de plantas e animais decompostos que melhora as propriedades químicas,
físicas e biológicas do solo. O Laboratório de Química Analítica Aplicada (LaQAAp) da USS
desenvolve projetos de pesquisa relacionados a diferentes tipos de solos, gerando resíduos químicos
altamente tóxicos para o ser humano e o meio ambiente. O dicromato de potássio em meio acido,
que age como oxidante da matéria orgânica, gera cromo tri e hexavalentes, entre outros rejeitos. Os
estados de oxidação 3+ e 6+ do cromo são os mais estáveis e o cromo hexavalente (Cr6+) é uma
espécie altamente tóxica podendo causar ulceração nasal, dermatite, lesões mutagênicas,
carcinogênicas e leucemia.
Assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver um tratamento químico capaz de reduzir a
toxicidade do efluente gerado nas análises de MOS realizadas no LaQAAp. Adicionalmente, o
trabalho visou otimizar um procedimento de conversão do hidróxido de cromo (III) precipitado em
óxido de cromo (III) para que este pudesse ser utilizado nas aulas práticas do curso de química
industrial da USS.
METODOLOGIA
Foram utilizadas amostras de solo adquirido no comércio local da cidade de Vassouras, RJ. O
procedimento de secagem seguiu a metodologia EMBRAPA (1997) e as análises de MOS foram
feitas segundo o método de Walkley-Black Modificado (EMBRAPA, 1997). No procedimento
foram utilizados ferro metálico e palha de aço como agentes redutores. A purificação foi feita
precipitando-se novamente o hidróxido de cromo e lavando-se o precipitado com hexano e água.
Posteriormente, o sólido foi filtrado, seco em estufa a 105 °C por 2 horas e calcinado em mufla a
400ºC por 2 horas. Após secagem em dessecador, a calcinação foi repetida até massa constante.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As análises foram realizadas separadamente em cada solução contaminada e para todos os
experimentos foram feitas medições do pH e do tempo reacional e avaliados os agentes redutores. A
211 melhor faixa de pH para precipitação do Cr3+ foi de 10,0 a 11,0, utilizando-se um volume otimizado
de 30 mL de hidróxido de sódio (NaOH). A adição de iodeto de potássio (KI) 10 g L-1 permitiu
verificar a presença de Cr6+ e a eficiência do processo de redução. No tratamento químico
utilizaram-se dois agentes redutores: a palha de aço e ferro metálico. A massa de “palha de aço”
gasta para total redução do Cr6+ em Cr3+ foi de 0,65 g, com tempo reacional de 10 minutos. Assim,
para tratar 10 L de solução foram usados 130,0 g de “palha de aço” com custo aproximado de R$
3,90. Utilizando-se ferro metálico, foram necessários 0,45 g para reduzir o mesmo volume de
efluente. Para 10 L de efluente foram necessários 90 g de ferro metálico (R$ 5,40) com tempo
reacional de 7 minutos.
CONCLUSÕES
A metodologia desenvolvida se mostrou eficiente na remoção de cromo de efluentes gerados na
determinação de MOS podendo-se concluir que é mais vantajoso utilizar a “palha de aço” para
promover a redução do contaminante. Em função dos bons resultados alcançados, da simplicidade
do processo químico e do baixo custo dos materiais o uso desta técnica em laboratórios de analise
de solo apresenta boas perspectivas para o tratamento de efluente, evitando seu descarte no meio
ambiente. Alem disso, com a reutilização do óxido de cromo (III) gerado, pretende-se introduzir a
recuperação pelos próprios alunos dos resíduos por eles gerados nas disciplinas, a fim de capacitá-
los a definir estratégias adequadas e conscientizá-los da importância das questões ambientais,
inerentes ao trabalho do químico..
REFERÊNCIAS EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisas do Solo (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise do
solo. Rio de Janeiro, 1997. 212 p.
212 Ultrassonografia multimídia como estratégia de ensino para o rastreamento de aneuploidias e
patologias fetais
Guilherme de Almeida Bastos1, Rosane M. S. de Meireles1,2 , Júlio César Soares Aragão1
1 Centro Universitário de Volta Redonda (Unifoa) 2 Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Palavras-chave: ultrassonografia, diagnóstico, rastreamento, ensino.
INTRODUÇÃO
A assistência médica à gestante, desde a consulta mais simples até a medicina fetal, representado
por exames e procedimentos altamente sofisticados de ultrassonografias (USG) ajudam a
diagnosticar complicações durante a gestação. O exame ultrassonográfico é um método diagnóstico
não invasivo, sem liberação de radiações ionizantes e não deletério para o feto, a gestante e o
operador envolvido. A ferramenta multimídia tem a finalidade de proporcionar aos alunos uma
visão da feitura da ultrassonografia no primeiro trimestre de gestação com a finalidade de identificar
patologias e aneuploidias fetais.
OBJETIVOS
Desenvolver multimídia (DVD) para o ensino de medicina obstétrica, contemplando a visualização
de imagens sugestivas das aneuploidias fetais, através da USG.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo aplicado, desenvolvido entre as áreas de medicina obstétrica e informática
em saúde. Está em fase de desenvolvimento uma ferramenta multimídia (DVD) baseada no modelo
proposto por Bernardo (1996) que contempla as seguintes fases: a. definição do escopo; b.
planejamento; c. produção e implantação.
RESULTADOS E DISCUSSÂO
Com base nos dados teóricos levantados sobre o tema foi produzido um primeiro protótipo do
DVD. Os resultados deste produto poderão ser utilizados em atividades discentes da área de
ciências da saúde. O exame ultrassonográfocpo se torna um importante marcador de aneuploidias e
malformações estruturais fetal, principalmente cardiopatias, com resultados adversos para essa
gestação, e um aumento do risco de abortamento, óbito intrauterino e neonatal. Um estudo que
contribua para o ensino médico nesta temática é relevante, uma vez que pode ser acrescentada uma
ferramenta de discussão e melhoria do ensino-aprendizagem sobre o tema.
213 CONCLUSÕES
Espera-se com este estudo contribuir para o ensino-aprendizado do futuro discente da área de
ciências, no que tange a solicitação e interpretação da USG obstétrica, na idade gestacional
preconizada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAETANO, R. A imagem em progresso: estudo da trajetória tecnológica do tomógrafo
computadorizado. 1996. 181f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) Instituto de Medicina
Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1996.
CRANE, J P. Routine obstetrical ultrasound screening – is it appropriate? Ultrasound Update, v. 2
p. 3 oct. 1933.
FREITAS F. et al., Rotinas em obstetrícia. 2006, 5ª edição, Editora ARTMED.
SKLANSKY, M. et al. New dimensions and directions of fetal cardiology. Current Opinion in
Pediatrics, v. 15 n 5, p 463-471, 2003.
214
Uma avaliação sobre a questão da sustentabilidade nos livros didáticos de biologia
recomendados pelo PNLEM-2009
Tatiana Galdino da Silva1*, Bruno Leite Moreira1, Hélio Moulin Curti1 1Universidade Federal do Rio de Janeiro, Consórcio CEDERJ, Polo de Piraí/RJ
Palavras-chave: Sustentabilidade, Educação Ambiental, Livros Didáticos.
INTRODUÇÃO:
No Ensino Médio brasileiro, o livro didático é o material pedagógico mais utilizado nas salas de
aula e é suporte para a organização curricular na maioria das instituições de ensino. Loreto e Sepel
(2003 apud XAVIER et al., 2006), colocam como papel fundamental do livro didático reduzir, ou
mesmo eliminar, o abismo entre a ciência e a cidadania. Considerando que a cidadania plena está
vinculada a ações que visem a sustentabilidade, este trabalho pretende avaliar a forma como esta
questão é discutida nos livros didáticos de Biologia.
METODOLOGIA:
Foram analisados os livros didáticos de Biologia do Ensino Médio recomendados pelo MEC através
do PNLEM - 2009 (BRASIL, 2008), verificando a existência de textos que abordassem as questões
relacionadas a sustentabilidade. Os livros avaliados estão dispostos na tabela abaixo:
Autor Apresentação Editora
Sérgio Linhares e F. Gewandsznajder Volume único Editora Ática
José Arnaldo Favaretto e C. Mercadante Volume único Editora Moderna
J. Laurence Volume único Ed Nova Geração
Augusto Adolfo, Marcos Crozetta e Samuel Lago Volume único Editora IBEP
César da Silva Júnior e Sezar Sasson Volumes 1, 2 e 3 Editora Saraiva
José M. Amabis e Gilberto R. Martho Volumes 1, 2 e 3 Editora Moderna
Wilson Roberto Paulino Volume único Editora Ática
Sônia Lopes e Sergio Rosso Volume único Editora Saraiva
Oswaldo Frota-Pessoa. Volumes 1, 2 e 3 Editora Scipione
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Nas três obras avaliadas que fazem referência à questão da sustentabilidade, em duas percebe-se
uma discussão muito superficial deste tema, havendo apenas uma definição do termo
desenvolvimento sustentável, afirmando a necessidade de se buscar este tipo de desenvolvimento.
Tanto o autor Frota-Pessoa, quanto o Paulino definem desenvolvimento sustentável como o
215 processo dinâmico voltado para a satisfação das necessidades humanas sem comprometer as
necessidades das futuras gerações. No livro de Favoretto e Mercadante, não existe um texto
discutindo diretamente a sustentabilidade, mas a abordagem da questão aparece em alguns textos.
Este tipo de discussão passa longe do ideal, pois os livros didáticos deveriam trabalhar textos que
exemplificassem atitudes e iniciativas que contribuam para a sustentabilidade e o desenvolvimento
sustentável. Uma das formas de se trabalhar essas questões no seria o estudo de casos. Ou seja, os
livros poderiam apresentar textos que mostrem algumas iniciativas de empresas, comunidades ou
até mesmo ONGs que contribuam para uma vida sustentável, propondo aos alunos uma reflexão
sobre iniciativas capazes de promover a sustentabilidade dentro da sua própria comunidade.
CONCLUSÃO
Cabe ao educador buscar outras ferramentas pedagógicas para desenvolver dentro da sala de aula o
necessário debate sobre a sustentabilidade, lembrando que a Educação Ambiental para uma
sustentabilidade eqüitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas
as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação
humana e social e para a preservação ecológica. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis e Responsabilidade Global).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Biologia: catálogo do Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio: PNLEM/2009.
Secretaria de Educação Básica, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
XAVIER, M.C.F., Freire, A.S., Moraes, M.O. A nova (moderna) Biologia e a genética nos livros
didáticos de Biologia do Ensino Médio. Ciência & Educação, v. 12, n. 3, p. 275.
216
Uso de adoçantes dietéticos: Orientações para médicos, nutricionistas, professores e
profissionais de saúde
Danúzia Pacheco Natividade¹*, Denise Celeste Godoy Rodrigues1,2, Valéria Vieira1 1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFoa
2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: Aspartame, Ciclamato de Sódio, Sacarina Sódica, Cartilha.
INTRODUÇÃO
O uso de adoçantes dietéticos no mercado brasileiro ocorreu, principalmente, a partir de 1988,
quando a legislação deixou de classificar os produtos dietéticos como fármacos, ou seja, produtos
destinados para portadores de doenças específicas, e passou a aceitá-los como passível de consumo
pela população em geral. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos
(ABIAD) o mercado para esses produtos cresce 10% ao ano (TROMMER, 2010).
O Aspartame, o Ciclamato de Sódio e a Sacarina Sódica, foram os pioneiros no mercado,
atualmente, conhecidos como adoçantes dietéticos, pois se tornaram alimentos para fins especiais de
acordo com a ANVISA, mas por conterem substâncias químicas em suas formulações, é necessário
que se tenha alguns cuidados no uso.
O uso abusivo e continuo dessas substâncias químicas é capaz de produzir uma determinada
resposta tóxica a um organismo vivo, em consequência da frequência da dose e sua interação com o
organismo, características físicas e genéticas da população exposta e também seus hábitos
alimentares (TOCCHETTO, 2007).
Diante do exposto, surgiu o interesse por montar uma cartilha com orientações e esclarecimentos
sobre o uso dos adoçantes dietéticos e suas possíveis possibilidades de reações adversas, para ser
usada por tutores, orientadores, professores e profissionais da área.
METODOLOGIA
Participaram da pesquisa 112 gestantes, entre o primeiro e o oitavo mês de gestação, que assinaram
termo de consentimento livre e esclarecido.
Foi aplicado um primeiro questionário, com o propósito de verificar o nível de conhecimento das
participantes sobre a temática. Logo após, a gestante recebeu uma cartilha intitulada “Saiba mais
sobre os adoçantes artificiais: Aspartame, Ciclamato de Sódio e Sacarina Sódica”. Foi aplicado um
segundo questionário para avaliar se o uso da cartilha desempenhou algum tipo de aprendizagem.
217 Nesta etapa também houve perguntas acerca do conteúdo e da disposição gráfica do mesmo na
cartilha.
RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Das gestantes entrevistadas, 86 (76.8%) utilizam o açúcar para adoçar e somente 26 (23,2%) usam
adoçantes, sendo que, entre as que usam, 11 (42.30%) o fazem por iniciativa própria e 15 (57.70%)
por recomendação médica.
Dentre as entrevistadas, noventa e três (93) leram a cartilha e dezenove (19) não leram. Das que
leram, sobre a pergunta quais informações contidas na cartilha desconheciam sessenta e três
responderam que todas; quatorze que tinha algum conhecimento; quatro desconheciam muitas
coisas; as demais deram outras respostas.
Verificou-se que a cartilha foi bem avaliada em relação à organização, parte gráfica, assunto
abordado e possibilidade de utilização, com a maioria das respostas sendo ótima e boa.
CONCLUSÕES
Nos resultados observou-se que muitas pessoas desconhecem que a utilização de adoçantes
dietéticos deve obedecer a certos critérios de ingestão e que muitos produtos, inclusive os
destinados ao público infantil, possuem em sua composição estes edulcorantes, sem, no entanto,
apresentar qualquer menção em destaque na embalagem.
REFERÊNCIAS
TOCCHETTO, Marta Regina Lopes. Toxicologia e Segurança de Laboratório. Caderno Didático
2007. Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Química. Setor de Química Industrial
e Ambiental. Disponível em: http://marta.tocchetto.com/site/?q=node/34
http://www.bv.fapesp.br/projetos-pipe/547/utilizacao-cultura-celulas-monitoramento-toxicidade-
xenobioticos/. Acesso em: 15 mai. 2009.
TROMMER, Renata. Consumo de adoçantes durante a gravidez e lactação é seguro?
Disponível em:
http://www.nutrociencia.com.br/upload_files/arquivos/artigo_ado%C3%A7antes_lacta%C3%A7%
C3%A3o_final.pdf. Acesso em: 29 jul 2011.
218
Utilização de materiais sustentáveis no desenvolvimento de compósitos
Juliana Marques Resende1, Franciny Lima de Oliveira1; Daniella Regina Mulinari1*
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: coroa do abacaxi, fibra de vidro, polipropileno.
INTRODUÇÃO
A busca por novas tecnologias têm acarretado alterações irreversíveis ao meio ambiente e com
consequências cada vez mais impactantes (ALVES et al, 2010).
Dessa forma as empresas têm investido em novas tecnologias para substituição de fibra de vidro por
fibra natural. O uso de fibras naturais como reforço em polímeros têm aumentado devido ao seu
baixo custo, abundância e por produzir materiais com boas propriedades mecânicas (CARVALHO
et al, 2010). E dentre as diversas fibras naturais a coroa do abacaxi é bem interessante, por ser um
produto descartado, é uma ótima alternativa para reforço em compósitos poliméricos.
No entanto, para que as fibras naturais e a matriz polimérica atuem conjuntamente em uma
determinada aplicação, o contato interfacial entre elas deve ser adequado. Desta forma, várias
modificações têm sido realizadas na superfície para diminuir seu caráter hidrofílico (RESENDE et
al, 2011).
OBJETIVO
O objetivo desse projeto foi avaliar o efeito da modificação das fibras provenientes da coroa do
abacaxi com solução alcalina para avaliar o comportamento mecânico dos compósitos de
polipropileno (PP) reforçados com fibras modificadas (5 % m/m). Também foram avaliados os
compósitos de polipropileno (PP) reforçados com fibras de vidro (5 % m/m) e os compósitos
híbridos de polipropileno reforçados com fibras de vidro (2,5 % m/m) e fibras modificadas (2,5 %
m/m).
METODOLOGIA
As fibras e o polímero foram misturados em um homogeneizador de plásticos e triturados em um
moinho granulador. Posteriormente os compósitos moídos foram secos em estufa por 2 h a 800C e
foram moldados utilizando uma injetora Jasot 300/130 para os ensaios de tração, flexão e impacto
com dimensões de acordo com a norma ASTM D 638 – 03, ASTM D 790 – 03 e ASTM D6110- 06.
Também foram realizados ensaios de absorção de água, conforme a norma ASTM D570-96.
219 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Os compósitos apresentaram melhores propriedades mecânicas quando comparado ao polímero
puro. No entanto, os compósitos híbridos apresentaram valores de resistência à tração, flexão e ao
impacto intermediários quando comparados aos demais compósitos. Nos ensaios de absorção de
água foi observado comportamento semelhante, sendo que os compósitos praticamente não
absorveram água. Este fato pode ser explicado pela boa interação fibra/matriz. Desta forma, pode-se
afirmar que os compósitos híbridos são materiais que apresentam bom sinergismo entre os reforços.
CONCLUSÕES
Com base nos resultados dos compósitos e do PP puro, foi possível concluir que os compósitos
híbridos apresentaram melhores propriedades mecânicas e absorção de água se comparadas aos
compósitos reforçados com fibras de vidro e aos compósitos reforçados com fibras provenientes da
coroa do abacaxi tratadas.
REFERÊNCIAS
ALVES, C.; et al. Ecodesign of automotive components making use of natural jute fiber
composites. Journal of Cleaner Production, v.18, p.313-327, 2010. Disponível em:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959652609003503.
CARVALHO, K.C.C. et al. Chemical modification effect on the mechanical properties of
HIPS/coconut fiber composites. BioResources, v.5 (2), p.1143-1155, 2010. Disponível em:
http://ncsu.edu/bioresources/BioRes_05/BioRes_05_2_1143_Carvalho_MVC_Chem_Mod_Mechan
_Prop_HIPS_Cocon_Compos_867.pdf.
RESENDE, J M et AL. Avaliação de compósitos híbridos para aplicações em engenharia.
Cadernos UniFOA, v.15, p.11-18, 2011. Disponível em:
http://www.unifoa.edu.br/cadernos/index.html.
220
Utilização da coluna de winogradsky para a demonstração do efeito dos metais pesados na
microbiota oxidante de enxofre em ambientes aquáticos: uma abordagem experimental
Anderson Gomes1*, Lara dos Santos Osório1
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: microbiologia, coluna de winogradsky, metais pesados.
INTRODUÇÃO
A importância de conhecer o efeito da ação de metais pesados aos microrganismos presentes em
ambientes aquáticos nas condições próximas daquelas existentes na natureza é de vital importância
no ensino da Microbiologia no curso de Engenharia Ambiental, em contraste ao estudo dos
microrganismos em condições in vitro. Isto se dá devido à diversidade de espécies microbianas
envolvidas na ciclagem de nutrientes num ecossistema. Por este motivo é necessário um
instrumento apropriado para a demonstração dessas condições em ambientes naturais. A coluna de
Winogradsky é um modelo interessante que simula as condições de ecossistemas naturais.
OBJETIVOS
O presente trabalho teve como objetivo a montagem de colunas de Winogradsky, utilizando as
amostras de sedimento e de água coletadas em um manancial e contaminando-as com metais
pesados e o monitoramento do desenvolvimento das sulfobactérias nestes ambientes contaminados,
de forma que possa ser avaliada a alteração da diversidade da microbiota presente nesta coluna.
Verificar se os efeitos da contaminação por metais pesados nas colunas de Winogradsky podem ser
observados sem a utilização de instrumentos ópticos, de forma que possa ser utilizada como
demonstração didática em aulas práticas de Microbiologia Aplicada.
METODOLOGIA
A amostra de sedimento e água para a confecção da coluna foi retirado no córrego Secades, bairro
Conforto na cidade de Volta Redonda/RJ. As colunas foram confeccionadas utilizando 100 g do
sedimento fresco, como fonte de carbono orgânico (carboximetilcelulose), como fonte de carbono
inorgânico (CaCO3) e como fonte de enxofre (CaSO4) e diluído com a água coletada no manancial.
Nas colunas foram adicionados os metais pesados, tendo como referencia a portaria CONAMA 357
de 2005, sendo adicionada a cada coluna uma concentração de metal pesado, dez vezes a
concentração máxima estabelecida na portaria. Monitorado o desenvolvimento das colônias por um
período de 60 dias e registrar as alterações ocorridas nas cinco colunas, e comparar com a coluna
que não recebeu a contaminação (branco).
221 RESULTADOS E DISCUSSÃO TEÓRICA
Observou-se que nas colunas contaminadas com mercúrio e cromo VI, as bactérias que habitam o
sedimento e a zona anaeróbia tiveram o desenvolvimento retardado em relação à coluna sem
contaminação. Na coluna contaminada com chumbo, houve inibição de bactérias fotossintetizantes
oxigênicas, devido à coloração negra formada ao longo da coluna. Na coluna contaminada com
cádmio não apresentou uma alteração no desenvolvimento das colônias microbianas quando
comparado com a coluna sem contaminação, sugerindo que a concentração de cádmio adicionada
não causou tanto impacto nos microrganismos presentes na coluna.
CONCLUSÕES
Através das colunas de Winogradsky foi possível demonstrar a interdependência da diversidade
microbiana presente num ecossistema, e que a presença de determinados metais pesados na água,
afeta a sobrevivência e desenvolvimento desta comunidade.
A coluna de Winogradsky se mostra como um eficiente instrumento didático a ser adotado numa
aula de microbiologia para um curso de engenharia ambiental, pois nele é possível formular
infinitas variações de contaminantes onde se pode verificar virtualmente qualquer processo de
desenvolvimento ou inibição de comunidades microbianas.
REFERÊNCIAS
APHA – AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for examination
of water and wastewater. 20 ed. Washington D.C., 1998, 1316p.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. 2005. Resolução Conama nº
357. Disponível em:< www.mma.conama.gov.br/conama> Acesso em 24/04/2011.
222
Uso da Tabela Periódica como aplicativo para o Ensino de Química
Juliana Arbex Montenegro1*, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues1,2
1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Palavras-chave: Ensino de química; Softwares educacionais; Tabela Periódica.
INTRODUÇÃO
O interesse do presente estudo decorre da prática docente nos últimos 10 anos em colégios do
estado do Rio de Janeiro e em colégios da rede particular onde se observou a dificuldade do
aprendizado da química por alunos do ensino médio por acharem essa uma matéria abstrata e bem
distante do seu cotidiano.
De acordo com o próprio texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicado em 1999
(BRASIL, 1999, p. 207), o Ensino Médio deve
(...) envolver, de forma combinada, o desenvolvimento de conhecimentos práticos, contextualizados, que respondam às necessidades da vida contemporânea, e o desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos, que correspondam a uma cultura geral e a uma visão do mundo. Para a área das Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, isto é particularmente verdadeiro, pois a crescente valorização do conhecimento e da capacidade de inovar demanda cidadãos capazes de aprender continuamente, para o que é essencial uma formação geral e não apenas um treinamento específico.
É, portanto, "preciso objetivar um ensino de Química que possa contribuir para uma visão mais
ampla do conhecimento, que possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a construção
da cidadania, colocando em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes, que
façam sentido e possam se integrar à vida do aluno” (BRASIL, 1999, p. 241).
No entanto, utilizar os Parâmetros Curriculares Nacionais não se constitui uma missão corriqueira
segundo André Pimentel (G1, 2011):
É preciso utilizar novos recursos como o computador, jogos interativos e novas metodologias de ensino só assim os alunos vão conseguir ser atraídos pela disciplina. Se o professor ficar só no giz não vai conseguir atrair a atenção do estudante. Hoje, o aluno precisa que o assunto que está sendo ensinado seja transmitido numa forma diferente, com muita tecnologia.
A utilização das novas tecnologias de informação e comunicação no ensino, especificamente a
Internet e softwares educacionais, tem sido alvo de grande interesse. O computador precisa ser
utilizado como uma ferramenta para auxiliar a construção do conhecimento (VEIT e TEODORO,
2002).
223 OBJETIVOS
Desenvolver uma tabela periódica interativa que possibilitará ampliar o conhecimento do aluno. O
aplicativo permitirá ao usuário extrair dados e informações a respeito dos elementos químicos, além
de suas utilizações, constituição das moléculas e suas implicações no meio ambiente. Pretende-se
que, através do uso de técnicas de ensino mais integradas à realidade, o aluno tenha uma melhor
qualidade no ensino aprendizagem visto que a química é uma matéria difícil de ensinar e de
aprender.
METODOLOGIA
O aplicativo será desenvolvido utilizando-se vários programas. Após a etapa de construção da
Tabela Periódica esta será testada e avaliada através de questionários por professores do ensino
médio e profissionais de informática.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa em questão se encontra baseada na dificuldade do aprendizado de química ressaltada
neste trabalho. Esse software a ser desenvolvido poderá ser aplicado em todas as séries do ensino
médio tanto em escolas estaduais quanto em escolas particulares.
REFERÊNCIAS
1 - BRASIL. MEC. SEMTEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília, DF,
1999.
2 - G1 Vestibular e Educação. Disponível em: <http://g1.globo.com/vestibular-e-
educacao/noticia/2011/05/professores-buscam-alternativas-para-fazer-alunos-gostarem-de
quimica.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis> Acesso em: 25
mai 2011.
3 - VEIT, E. A; TEODORO, V. D. Modelagem no ensino/ aprendizagem de Física e os novos
parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio. Revista Brasileira de Ensino de Física,
v.24, n.2, 2002.
224
A Abordagem da Microbiologia no Livro Didático
Telma Temóteo dos Santos*1, Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues2,3
1 Ciências Biológicas, UERJ-CEDERJ 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ 3 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Palavras-chave: microbiologia, ensino, livro didático.
INTRODUÇÃO
Desde as primeiras observações de micro-organismos realizadas por Antoni van Leeuwenhoek no
século XVII, os estudos na área da Microbiologia têm se expandido graças às novas tecnologias. A
Microbiologia é uma ciência que se dedica ao estudo de micro-organismos – bactérias, vírus, algas,
protozoários – e graças a estes estudos, novas técnicas e novos produtos foram produzidos –
vacinas, alimentos, bebidas e fármacos (MADIGAN; MARTINKO; PARKER 2004).
Mesmo com vários produtos obtidos graças à aplicação biotecnológica desses micro-organismos na
indústria, vários textos didáticos abordam apenas os conceitos de saúde – os malefícios que os
micróbios causam.
Este trabalho foi uma proposta do curso de extensão Microbiologia Básica, com carga horária de 30
horas, oferecido à distância pelo Cecierj – Cederj. Teve como objetivo analisar a abordagem da
Microbiologia no livro didático, os conteúdos apresentados e os conceitos errôneos.
METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, foi analisado o livro didático utilizado no Ensino Médio de uma
escola pública, situada no município de Resende, RJ. Foi escolhido o livro didático: Biologia,
volume único de Sônia Lopes e Sérgio Rosso, da Editora Saraiva.
A análise procurou responder os seguintes quesitos:- Quais os conceitos abordados de
Microbiologia? - Quais os conceitos errôneos referentes à Microbiologia? - Quais os conceitos que
não foram abordados?
RESULTADOS
Em relação à quais conceitos de Microbiologia são abordados no livro, foram encontrados: Capitulo
2 – Das origens até os dias de hoje, subtópicos 1 e 2, os quais abordam o surgimento dos primeiros
seres vivos; as bactérias e o surgimento das células mais complexas, com ênfase na teoria da
endossimbiose. Os capítulos 13, 14 e 15 tratam dos vírus, o reino Monera e o reino Protista
225 respectivamente. O livro traz abordagens direcionadas nos capítulos, com ênfase nos temas saúde e
meio ambiente.
No que diz respeito aos conceitos errôneos referentes à Microbiologia verificou-se: ao abordar a
transmissão de doenças, o livro não traz a informação de que nem todas as pessoas são suscetíveis
aos vírus e bactérias. Para que os micro-organismos causem virulência, dependem de que as células
do hospedeiro possuam um complexo enzimático capacitado para o estabelecimento,
desenvolvimento e multiplicação destes micro-organismos (CHAN; KRIEG; PELCZAR JÚNIOR,
2005). Por tratar de enzimas e metabolismo, seria essencial estabelecer a relação entre virulência e
capacidade enzimática da célula.
No quesito – Quais conceitos não foram abordados – o livro faz uma rápida abordagem das
aplicações na indústria, produção de fármacos e recuperação do meio ambiente. A abordagem
desses temas ficou restrita a quadros informativos, ou a exercícios retirados de questões dos últimos
vestibulares.
CONCLUSÃO
Concluiu-se que apesar da importância dos micro-organismos na ciclagem dos elementos,
manutenção e recuperação dos ecossistemas e obtenção de diferentes produtos, os conhecimentos
sobre os micro-organismos, no livro analisado, ainda são restritos à área da saúde. Isto se deve ao
fato que a sociedade sofreu danos e perdas com os grandes surtos de doenças nos séculos passados
– peste negra, malaria, cólera, dentre outras. A importância da área de saúde é indiscutível, mas é
necessário que as pessoas também tenham conhecimento dos amplos benefícios que estes seres
trazem para a sociedade atual.
REFERÊNCIAS
CHAN, E. C. S; KRIEG, Noel R; PELCZAR JÚNIOR, Michael J . Microbiologia. conceitos e
aplicações. 2.ed. São Paulo: Makron Books. 2005. 2.v
MADIGAN, Michael T; MARTINKO, John M; PARKER, Jack. Microbiologia de Brock. 10.ed.
São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004. 608p.