Post on 20-Jan-2019
1
PROJETOS DE APOIO AO SUS
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS – HSL
INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA – IEP
CURSO DE GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS
KLLÉCYA CUNHA DE ABREU
CONSTRUINDO CONHECIMENTOS SOBRE A GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE
NO SUS
CAXIAS - MA
2017
2
KLLÉCYA CUNHA DE ABREU
CONSTRUINDO CONHECIMENTOS SOBRE A GESTÃO DA REGULAÇÃO EM SAÚDE
NO SUS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa para certificação no curso de Regulação em Saúde no SUS. Orientadora: Jainara Gomes da Silva
CAXIAS - MA
2017
3
RESUMO
Este presente trabalho trata de toda a minha trajetória ao longo dos meses como
especializanda do curso de Regulação em saúde no SUS. A qualificação da regulação é
fundamental para promover a integralidade da atenção e a equidade do cuidado em saúde,
aperfeiçoando as redes integradas e regionalizadas. O curso foi uma oportunidade oferecida
a todos os profissionais da rede básica, hospitalar e para os gestores de diversos
municípios. O início das aulas ocorreram em Março de 2017 e os encontros eram mensais
ocorrendo por 3 dias da semana. O grupo formado foi bem diversificado composto por
médicos, enfermeiros, assistentes sociais e odontólogos. Um novo jeito de transmitir
informações foi realizado por meio das metodologias ativas de ensino onde o aluno é
responsável pelo seu próprio conhecimento através da aprendizagem baseada em grupos.
Várias temáticas a cerca da Regulação foram abordadas através dos textos de apoio que
em seguida se tornavam objetos de reflexão a fim de buscarmos posteriormente em
pesquisas de artigos científicos literatura pertinente que embasasse a discussão. Durante o
curso foi abordado também o pensamento crítico por meio de filmes, chamados de viagens
educacionais e através da confecção de um projeto voltado para a realidade, momento no
qual ocorreu a integração entre a teoria e a prática. O curso é resultado da parceria entre o
Ministério da Saúde e o Hospital Sírio Libanês.
Palavras-chave: Regulação em Saúde, Metodologias Ativas, SUS.
4
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 04
2 TRAJETÓRIA NO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS: CONSTRUINDO
CONHECIMENTOS ................................................................................................................. 05
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 11
APÊNDICES ..................................................................................................................... 14
APÊNDICE A - MEMORIAL DA TRAJETÓRIA ........................................................ 13
APÊNDICE B - TEXTO EXPECTATIVAS NO CURSO DE REGULAÇÃO .............. 14
APÊNDICE C - ESPECIALIZANDOS DO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE E
CONTRATO DIDÁTICO ASSINADO PELO GRUPO DIVERSIDADE
"DETERMINAÇÃO" ...................................................................................................... 15
APÊNDICE D - EQUIPES DO TBL / VÍDEO TRANSMISSÃO ................................. 16
APÊNDICE E - ÁRVORE EXPLICATIVA DO PROJETO APLICATIVO .................. 17
APÊNDICE F - PROJETO ESTRATÉGICO SITUACIONAL ................................... 18
ANEXO - QUESTIONÁRIO PERFIL DO INGRESSANTE .........................................19
5
1. INTRODUÇÃO
O curso de Especialização em Regulação em Saúde no SUS promove a
atualização e a capacitação de profissionais de saúde visando ao desenvolvimento de
capacidades para uma prática competente voltada à garantia do acesso e integralidade do
cuidado à saúde.
De acordo com o que foi apresentado inicialmente, o curso tem como foco a
promoção da regulação em saúde e a disseminação da gestão na região, criando
estratégias para ampliar o acesso e garantir o atendimento à saúde com maior qualidade e
segurança.
O programa é resultado da parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital
Sírio Libanês e parcerias como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e
o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS. Já está na sua 5º
edição e oferece ao participante uma visão ampliada da regulação em saúde, mantendo sua
atenção centrada nas necessidades do paciente, da família e dos grupos populacionais.
O Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês possui mais de uma
década de atuação e sua missão é gerar e disseminar conhecimentos e qualificar novos
profissionais, articulando habilidades e atitudes na promoção de soluções criativas e
inovadoras para os problemas do SUS.
O curso ocorreu nas dependências da Faculdade do Valeu do Itapecuru - FAI na
cidade de Caxias, Maranhão. Turma compondo 40 especializandos de diversas formações
profissionais e municípios distintos. Todos foram selecionados por inscrição e posterior
avaliação do perfil profissional (ANEXO) e confecção de um memorial da trajetória
(APÊNDICE A). Os encontros eram presenciais realizados mensalmente sob Coordenação
de Silvio Fernandes, Gestora Lara Paixão e Facilitadoras Aurilívia Barros e Jainara Gomes.
5
2. TRAJETÓRIA NO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE NO SUS: CONSTRUINDO
CONHECIMENTOS
Uma das primeiras novidades foi entender como funciona na prática a
metodologia ativa (MA) que norteia o curso. Baseiam-se em formas de desenvolver o
processo de aprender, utilizando experiências reais ou simuladas, visando as condições de
solucionar com sucesso, desafios advindos das atividades essenciais da prática social, em
diferentes contextos. (BERBEL, 2011).
Para Bastos, 2006, as metodologias ativas se definem como um processo
interativo de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas
com a finalidade de encontrar soluções para um problema.
A MA é a concepção educacional que coloca o aluno como principal agente de
sua aprendizagem. O estímulo à crítica e à reflexão são incentivados pelo professor que
conduz a aula, aperfeiçoando a autonomia individual do aluno. (CARICATI, 2016). O medo
do novo gera inseguranças com relação ao aprendizado que sempre se deu de forma a
simples transferências de informações. Foi bem complicado entender no início a real
proposta desta metodologia, uma verdadeira novidade que para mim não foi visto com
muitos bons olhos a princípio. Através de uma pesquisa bibliográfica da temática, pude
entender melhor que a MA é a melhor forma de discussão, debate, formação de conceitos
que se pode ter, o dinamismo é maravilhoso e mostra que o conhecimento adquirido vai
depender unicamente da pessoa.
Historicamente, a educação dos profissionais da saúde baseia-se no modelo
flexeriano dos cursos médicos, que enfatiza os aspectos biológicos, fragmenta o saber,
fortalece a dicotomia entre teoria e prática e desconsidera as necessidades do Sistema
Único de Saúde. Diferente da MA que trabalha com a elaboração de situações de ensino
que promovam uma aproximação crítica do aluno com a realidade; a reflexão sobre
problemas que geram curiosidade e desafio. (SOBRAL,2012).
Tais questões foram a base da elaboração de uma síntese provisória onde, a
partir de um texto, foram identificados problemas, elaboradas hipóteses e questões
norteadoras para a confecção de um produto final chamado síntese, fundamentado em
literatura pertinente ou evidências empíricas que sustentam ou não as questões levantadas.
Todo o curso de Regulação em Saúde foi pautado a extrair o máximo de
conceitos, sentimentos, reflexões do próprio aluno. Os facilitadores apenas norteavam as
discussões para que o resultado final fosse atingido. No começo muitas dúvidas surgiram,
6
no entanto, com o tempo todo o grupo já estava absorvendo bem a ideia e contribuindo
ricamente com a construção do saber coletivo.
O facilitador é alguém que ajuda um grupo de pessoas a compreender os seus
objetivos comuns, auxiliando-os no planejamento. Ao fazê-lo, o facilitador permanece
"neutro", o que significa que ele ou ela não toma uma posição particular na discussão. Ele
apoia todo o processo de avaliação promovendo a reflexão no grupo de participantes,
incentivando o diálogo e discussão e orientando os participantes para a concepção e
implementação de mudanças para melhor. Ele também garante a participação e a função
dialógica e democrática da avaliação, assegura que todos os participantes tenham a
oportunidade de expressar seu ponto de vista, a comparação entre os diferentes pontos de
vista, promove o processo de negociação e a tomada de decisão compartilhada.
(BONDIOLI, 2015).
No primeiro encontro foi realizado acolhimento dos 40 especializandos e
dinâmica para formação de grupos diversidades. Cada aluno redigiu um pequeno texto
sobre as expectativas no curso (APÊNDICE B) o qual foi compartilhado com os demais
através de palavras-chave. Em seguida elaborado em conjunto um contrato didático de
direitos e deveres e assinado por todos a ser cumprido ao longo dos 9 meses de curso.
(APÊNDICE C).
Uma estratégia didática utilizada é a Viagem Educacional, que através de filmes
eram feitas discussões com relação a nossa vivência profissional. Após exibição dos filmes,
eram feitos compartilhamentos de sentimentos em relação ao mesmo. Momento ímpar onde
refletíamos sobre a nossa própria conduta como profissional e debatíamos formas de
melhorias. Uma das viagens educacionais exibidas no curso retrata bem o dia a dia de
qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do Brasil. O primeiro episódio da série "Unidade
Básica" conta a história de uma idosa diabética que não consegue controlar seus índices
glicêmicos mesmo fazendo uso aparentemente correto das medicações. É acompanhada
por uma filha e uma cuidadora que não observam que na verdade a idosa jogava todas as
medicações fora. O filme nos fez repensar sobre a conduta enquanto profissional, as
dificuldades na adesão medicamentosa por parte dos pacientes especialmente os mais
idosos, os pedidos excessivos de exames complementares, o entendimento do contexto
familiar e relações afetivas dos pacientes.
Nos encontros subsequentes, foi apresentado que a avaliação final do curso
seria composta por 3 grandes produtos. O primeiro deles é o portfólio, a documentação de
todo trabalho já realizado.
Conforme relatado em Maia, 2016, o portfólio originou-se no campo das Artes,
constituindo um conjunto de trabalhos que o artista utiliza para divulgar sua produção a ser
7
analisada e avaliada. No contexto educacional, é uma coleção de trabalhos do aluno que
pode ser usada como proposta de avaliação. Ao oferecer a possibilidade de o aluno refletir
sobre seu desenvolvimento, relatando seu processo de aprendizagem, o portfólio assume
uma característica essencialmente reflexiva. E segundo Mendes, 2016, o portfólio pode
conter um material acumulado pelo desenvolvimento de um conjunto de ações. Pode
documentar situações interpessoais, que individualmente agregam valores ao processo por
meio de experiência desenvolvida dentro de um determinado período de tempo.
O portfólio foi avaliado em todos os demais encontros, sua construção era
contínua e revisado mês a mês pelos facilitadores. Uma grande atividade que enriqueceu
bastante na confecção dessa avaliação foi conhecer a cidade fictícia de Polis e realizar sua
cartografia. Pólis é o terceiro município mais populoso de São Paulo, possui no setor
industrial sua principal fonte de subsistência. Polis é uma cidade que se originou às margens
de um rio, altamente desenvolvida, sua população possui um nível educacional elevado, alta
longevidade, terceiro melhor IDH do estado. Apresenta um acentuado envelhecimento
populacional, com declíneo das taxas de natalidade e predomínio de doenças crônicas.
(PADILHA, et al, 2016).
O conceito segundo a Associação Cartográfica Internacional, cartografia é um
"conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base o
resultado de observações diretas ou da análise da documentação, se voltam para a
elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão e representação de objetos,
fenômenos e ambientes físicos e sócio-econômicos, bem como sua utilização". (BRASIL,
2008). Representar por meio de uma maquete a cidade foi interessante pois com ela foi
possível a construção do conhecimento de espaços vivido, percebido e concebido, além de
que acabou transformando o método de ensino a partir do ensinar para aprender.
Uma outra forma de estudar a Regulação no SUS foi através de TBL: Team
based learning. O grupo maior era dividido em grupos menores, após a leitura do texto
respondíamos as questões e em seguida debatíamos as respostas individuais e depois com
os demais especializandos pertencentes aos outros grupos. Os TBL se davam através de
vídeo transmissões com os tutores online discutindo cada questão e fazendo suas
contribuições, enriquecendo ainda mais todo o processo. (APÊNDICE D).
A aprendizagem baseada em times consiste em uma estratégia desenvolvida
nos anos 70 nos EUA que procura criar oportunidades e obter benefícios do trabalho em
pequenos grupos, uma característica importante do TBL é que não há necessidade de se ter
conhecimento prévio do assunto. Tem sua fundamentação teórica baseada no
construtivismo, em que o professor se torna um facilitador para a aprendizagem em um
ambiente despido de autoritarismo e que privilegia a igualdade. (BOLLELA, 2014).
8
O método utiliza uma estratégia instrucional que estimula o aluno a desenvolver,
processar e maximizar a discussão intelectual e a dinâmica de equipe, ou seja, sua
fundamentação teórica é baseada no construtivismo e na resolução de problemas. O
ambiente de educação se torna mais interessante, minimizando o desinteresse pelo
aprendizado (FATMI, apud MARQUES, 2015). A grande vantagem do TBL reside no fato de
que somos provocados a desenvolver um pensamento conjunto, de cooperativismo, nos
tornamos protagonistas do nosso ensino e nos sentimos motivados a participar.
Alguns instrumentos de avaliação eram utilizados no decorrer do curso, um
deles ocorria no final de cada encontro onde o facilitador orientava a fazer a avaliação
individual, avaliação do grupo e avaliação do próprio facilitador, de forma aberta, discursiva,
exigindo que todos falassem e assim cada aluno acabava analisando sua postura no
decorrer dos dias e se o contrato didático estava de fato sendo cumprido. Uma outra forma
foi o formato de avaliação "entre pares". As equipes constituíram duplas e um
especializando avaliava o outro.
Um dos maiores produtos do curso é a confecção de um Projeto Aplicativo (PA)
que se iniciou desde os primeiros encontros. O PA pode ser compreendido como
uma atividade coletiva desenvolvida em um pequeno grupo com foco na construção de uma
intervenção na realidade. Para dar início as atividades do PA foi realizado um Planejamento
Estratégico Situacional (PES), pois oportuniza o enfrentamento de problemas a partir de um
olhar abrangente junto as ações dos atores envolvidos. Foi realizada uma árvore explicativa
(APÊNCIDE E) e um macroproblema foi escolhido: "Falta de organização nos processos de
trabalho e comprometimento dos profissionais na Estratégia Saúde da Família".
Segundo Artmann, 1997, o PES é um método de planejamento por problemas e
trata, principalmente, dos problemas mal estruturados e complexos, para os quais não existe
solução normativa ou previamente conhecida como no caso daqueles bem estruturados.
Para Matus, 1993 apud Atmann, 1997, um problema não pode ser apenas um “mal-estar” ou
uma necessidade sentida pela população. Um problema suscita à ação: é uma realidade
insatisfatória superável que permite um intercâmbio favorável com outra realidade, ou seja,
somente a ação muda a realidade.
Após a construção da árvore explicativa, selecionamos os chamados "nós
críticos", que segundo o material explicativo, são as causas que devem ser alvos de
intervenção. Dois nós críticos foram selecionados para o macroproblema acima: Falta de
capacitação e educação continuada; Ausência de articulação entre os profissionais da
equipe de saúde. Cada um com os seus resultados esperados e ações necessárias para se
chegar a esses objetivos propostos.
9
A construção do PES foi mais um momento onde a equipe pode participar mais
ativamente na elaboração de um problema que afeta diretamente o serviço da atenção
básica e consequentemente da regulação e a construção de ações que possam resolver
esse problema. Sabemos que na Estratégia Saúde da Família grande parte das equipes não
têm um projeto comum, não realizam um planejamento baseado na realidade local, não
identificam as responsabilidades comuns e as específicas por profissionais, como também
não há uma participação da comunidade, ou seja, não existe uma responsabilidade coletiva
na organização do trabalho. (APÊNDICE F).
A última situação problema trabalhada intitulada "Regulação em Tarento" retrata
bem o real problema vivido diariamente pela regulação: a centralização dos serviços de
regulação, a falta de integração e consenso entre os serviços de saúde e uma classificação
de risco ineficiente. Problemas estes que foram levantados após leitura do texto e discussão
da equipe. De suma importancia relatar o que cada especializando enxerga como problema,
os pontos em comum e realizar um síntese que responda os questionamentos a cerca dos
problemas.
Através da ajuda do facilitador as áreas do perfil de competência do especialista
em Regulação em Saúde se tornaram objetos tanto de reflexão como de avaliação. As três
áreas que delimitam são: Gestão da Regulação em Saúde; Atenção à Saúde e Formação
profissional e produção de conhecimento na saúde. No quesito que se refere à gestão, foi
possível através da leitura e discussão dos textos de apoio e posterior sínteses, identificar
as principais necessidades, problemas e soluções no âmbito da regulação e mapear o perfil
de oferta e demanda de serviços, refletimos com relação a promoção de um acesso
oportuno e qualificado dos usuários. No que se refere a competência saúde, identificamos
inadequações dos processos assistenciais, perfil de morbimortalidade e risco de
vulnerabilidade da população, além claro da avaliação dos resultados e impactos das ações.
E em relação a competência da formação profissional, conseguimos desenvolver diversas
ações educacionais, buscamos atualização dos conhecimentos, sempre nos incentivando a
investigação e análise crítica-reflexiva.
Um diagnóstico das necessidades de saúde deve ser realizado e ser definido
grades assistenciais de referência pactuadas entre gestores de suas unidades federadas. É
imprescindível organizar os sistemas regionais de saúde em suas especificidades (atenção
às urgências, saúde materno-infantil e saúde do homem) e estabelecer protocolos e fluxos
dos pacientes nos diferentes níveis de atenção de suas unidades componentes – isso é o
que denominamos Regulação (BARBOSA, 2016).
10
3. CONCLUSÃO
No decorrer do curso houveram muitos momentos onde discutimos sobre o
processo regulatório, suas deficiências e resolubilidade. Os facilitadores, as vídeo-
transmissões e os TBL asseguraram de forma precisa o objetivo singular do curso, trazendo
um olhar ampliado do tema, fazendo-nos entender o processo regulatório não como um
impasse mas sim como um mecanismo de organização da assistência.
O curso proporcionou uma experiência nunca vivida no âmbito do serviço de
Regulação em Saúde e permitiu dimensionar sua importância e suas fragilidades no ponto
de vista de diversos profissionais de realidades distintas. E este aprendizado se deve em
maior parte à forma como foi conduzido o curso baseado na metodologia ativa, o que me
motiva a continuar trabalhando nessa linha de aprendizagem.
11
REFERÊNCIAS
ARTMANN, E, AZEVEDO, C.S; SÁ, M.C. Possibilidades de aplicação do enfoque estratégico de planejamento no nível local de saúde: análise comparada de duas experiências. Rio de Janeiro: Cadernos de Saúde Pública, 13(4):723-740, out-dez, 1997. Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/sites/default/files/arquivos/PossibilidadesAplica%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BARBOSA, D.V.S; BARBOSA, N.B; NAJBERG, E. Regulação em Saúde: desafios à governança do SUS. Caderno de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cadsc/2016nahead/1414-462X-cadsc-1414-462X201600010106.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BERBEL, N.A.N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. Londrina: 2011.
Disponível em: http://www.proiac.uff.br/sites/default/files/documentos/berbel_2011.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BOLLELA, V.R; et al. Aprendizagem baseada em equipes: em baseada em equipes: da teoria à prática da teoria à prática. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. 47(3): 293-300. Ribeirão Preto: 2014. Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/2014/vol47n3/7_Aprendizagem%20baseada%20em%20equipes-%20da%20teoria%20%E0%20pr%E1tica..pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BONDIOLI, A. Promover a partir do interior: o papel do facilitador no apoio a formas dialógicas e reflexivas de auto-avaliação. Revista Educação e Pesquisa, v. 41, n. especial, p. 1327-1338, dez, São Paulo: 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v41nspe/1517-9702-ep-41-spe-1327.pdf. Acesso em: 05 Out 2017. BRASIL. IBGE. Noções Básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: 2008. Disponível em:
https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/introducao.html. Acesso em: 05 Out 2017. CARICATI, L. Porque a metodologia ativa é tão importante numa graduação? Revista da Faculdade Paulista de Pesquisa e Ensino Superior. Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/aprendizagem-ativa/. Acesso em: 05 Out 2017. MAIA, M.V; STRUCHINER, M. Aprendizagem Significativa e o Portfólio Reflexivo Eletrônico na Educação Médica. Revista Brasileira de Educação Médica. vol.40 no.4. Oct./Dec. Rio de Janeiro: 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022016000400720. Acesso em: 05 Out 2017. MARQUES, A.P.A.Z; VILHEGAS, V.P.P. A EXPERIÊNCIA DO TEAM BASED LEARNING Revista da Faculdade Toledo Prudente Centro Universitário. São Paulo. Disponível em: http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewPDFInterstitial/4778/4535. Acesso em: 05 Out 2017.
12
MENDES, M. Portfólio: instrumento de metacognição para os professores em seu processo reflexivo na atividade docente. Revista Psicopedagogia. vol.33 no.100. São Paulo: 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862016000100008. Acesso em: 05 Out 2017. PADILHA, R.Q. et al. Município Polis. Caderno do Cenário Simulado. São Paulo: Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês. Ministério da Saúde, 2016. SOBRAL, F.R; CAMPOS, C.J.G. Utilização de metodologia ativa no ensino e assistência de enfermagem na produção nacional: revisão integrativa. Revista Escola Enfermagem da USP, 46(1): 208-18, São Paulo: 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n1/v46n1a28.pdf. Acesso em: 05 Out 2017.
13
APÊNDICE A - MEMORIAL DA TRAJETÓRIA
Em 2002 aos 17 anos iniciei minha vida acadêmica na Universidade Estadual do Maranhão
(UEMA) no curso de Enfermagem, apesar de não ter exercido a profissão atuei como
professora de algumas disciplinas tais como Saúde e Segurança no Trabalho e
Fundamentos de Oncologia. Em seguida, ingressei no curso de Medicina na Universidade
Federal do Maranhão (UFMA), onde realizei diversas atividades: representante discente do
Departamento de Medicina I (DMED I - Clínica Médica) por 2 anos, participando de reuniões
de planejamento do curso e melhorias juntos aos professores; presidente da Liga
Acadêmica de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão por quase 3 anos, elaborando e
organizando atividades extra curriculares, cursos de extensão e campanhas de doação de
sangue; participante do projeto de pesquisa sobre a Síndrome das Pernas Inquietas em
Pacientes Urêmicos e do projeto de extensão do Programa de Atenção ao Câncer Bucal,
além de ter sido representante de turma por 5 anos, organizando junto ao coordenador de
cada período o semestre. Sou formada há menos de 2 anos e no momento trabalho como
médica da Estratégia Saúde da Família na zona rural do município de São João do Sóter
mas também já atuei na urgência e emergência adulto e pediátrica nos municípios de São
José de Ribamar, São Luís e Caxias.
14
APÊNDICE B - TEXTO EXPECTATIVAS NO CURSO DE REGULAÇÃO
As expectativas são as melhores possíveis e vão desde as minhas enquanto aluna,
passando pelo local das aulas, qualidade do material utilizado e nível de conhecimento dos
facilitadores. Que eu possa me dedicar as atividades do curso, que o local das aulas nos
forneça um espaço agradável, confortável e com acessibilidade virtual disponível a todos,
que os impressos utilizados sejam de alta qualidade, que as aulas sejam dinâmicas e que os
facilitadores possam repassar o conteúdo de uma forma interativa. Espero também que ao
final do curso possa ter maior dinamismo nas ações desenvolvidas na Atenção Básica,
definir melhor as prioridades, ter conhecimento sobre o real processo da regulação em
saúde, o controle e avaliação. Entender como a regulação é usada como ferramenta no
SUS, poder aplicar essa teoria ao meu cotidiano e tentar melhorar como um todo o meu
processo de trabalho.
15
APÊNDICE C - ESPECIALIZANDOS DO CURSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE E
PRIMEIRO CONTRATO DIDÁTICO ASSINADO PELO GRUPO DIVERSIDADE
"DETERMINAÇÃO"