Norbet Elias, A Sociedade de Corte Revisado

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  • 7/30/2019 Norbet Elias, A Sociedade de Corte Revisado

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    UNIVERSIDADE FEDERAL D PELOTAS.

    INSTITUTO DAS CINCIAS HUMANAS.

    DEPARTAMENTO DE HISTRIA E ANTROPOLOGIA.

    Docente: Lorena Almeida Gill.

    Discente: Ana Paula S. Gouva.

    VII. A formao e a transformao da sociedade de corte francesa como funes dedeslocamentos sociais de poder.

    - Toda a forma de dominao resultado de uma luta social, a consolidao do modo dedistribuio do poder que resulta dessa luta. pp.160 161.

    - ( ...) o absolutismo prussiano, que s adquiriu uma forma consolidada e s incluiu anobreza feudal em sua estrutura de dominao muito depois do absolutismo francs, pode criaruma estrutura para qual ainda faltaram condies na poca do estabelecimento do regimeabsolutista ( ...) p160.

    - Essas duas estruturas de dominao foram antecedidas por lutas entre os reis ea nobreza feudal. p160.

    - O fato de o rei francs sentir se como um nobre e proclamar se Le premiergentilhorme, o fato de ele ter sido educado segundo os costumes e a mentalidade da corte, deser formado por esses costumes em termos de atitudes e pensamento, um fenmeno que nopode ser compreendido caso no retracemos a origem e o desenvolvimento da realeza na

    Frana desde tempos remotos.p160

    - A nobreza constitua sua sociedade. p161.

    A nobreza espalhada por todos os pases deu origem a nobreza de corte reunidaem torno do rei como centro e poder determinante. p162.

    - E se procurarmos um exemplo de como o rei se tornaria um aristocrata decorte em seu comportamento, e tambm de como sua pessoa desfrutava de um prestgio

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    especial na sociedade de corte, o qual o distanciava dos nobres restantes,, podemos citar estadescrio que Ranke faz de um torneio de cavaleiro no ano de 1662, sob o reinado de LusXIV. p162.

    Eram cinco equipes, cada uma usando cores

    diferentes e representando uma nao diferente;

    romanos, persas, turcos, mouros, russos, cada

    equipe obedecendo a seu lder supremo. O rei

    conduzia a primeira tropa, que representava os

    romanos; sua divisa era o sol que dispersava as

    nuvens. Entre os cavaleiros de seu squito,, oprimeiro levava um espelho que refletia os raios

    do sol, o outro carregava um ramo de louros,

    pois essa rvore consagrada ao sol, o terceiro

    uma guia que voltava os olhos para o sol...

    Se no fosse um torneio, diz Ranke, soaria como idolatria. Todas as divisas daprimeira tropa tm o mesmo sentido; as dos outros o indicam. como se todosdesistissem de ser algo em si mesmos, eles s so alguma coisa na medida em que se

    encontram em relao com o rei.

    - Lus XIV embora vivendo em meio sociedade de corte, havia se tornado seu nicocentro, e isso em uma medida que ultrapassava a de todos os seus antecessores. p163.

    - Essa atitude ambivalente do rei em relao nobreza ( ...) no era a expresso dearbtrios pessoais de soberano. p164.

    - A primeira conseqncia do aumento de dinheiro em circulao d uma inflaoextraordinria.p165.

    - A maioria dos membros de natureza estava mergulhada em dvida aps o trminodas guerras religiosas, em muitos casos, os credores tomara posse de suas terras. p165.

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    Os pobres tinham que arcar sozinhos com a maior parte das despesas para ospreparativos militares ( ...) usando os lucros de suas propriedades ou, em certos casos,os prprios produtos das pilhagens!. p167.

    No decorrer do sculo XVI, as modificaes na prtica da guerra, que vinham sendopreparadas fazia tempo e que, em partes, estavam ligadas aos crescimentos dasoperaes financeiras, fizeram se cada vez mais perceptveis. p167.

    - Ao considerarmos a economia das penses do Ancien Regime, no podemosesquecer o fato de que as antigas relaes feudais esto presente nessa economia,mesmo transformadas pela corte. p170.

    - Entretanto, o ethos feudal era baseado, originalmente, em uma dependncia equilibrada arecproca por parte dos envolvidos. p170.

    - Os vassalos precisavam do primeiro soberano como um comandante que coordenavaas aes, como um detento distribuidor das terras conquistadas. p170.

    _ Com o passar do tempo, os princpios suseranos foram se destacando cada vez maisda nobreza, passando por diferentes estgios. 170.

    - Eles podiam ampliar o prprio poder em detrimento dos outros nobres, em parte,confiando a indivduos de outra ordem ( ...) funes antes reservadas apenas nobreza eao clero. p170.

    - ( ...) acontecia uma espcie de revoluo e no que diz respeito nobreza, no setratava apenas de uma transformao, mas quase de uma reconstruo. p172.

    - Ao que se acrescenta outra circunstncia de importncia considervel, quanto maiorse tornava a corte, mais difcil era abastec la em um s local durante muito tempo.p173

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    - Apenas um conjunto de diversos fatores, como os progressos da circulao dodinheiro e das mercadorias, a expanso do comrcio, a comercializao do camposocial, permite manter uma quantidade de pessoas permanentemente reunidas em umnico lugar cujos arredores no eram suficientes para a alimentao de grandescontingentes.pp173 174.

    - Quanto mais unificada a administrao e eficincia da administrao civil e militar,tanto maior podia tornar se a sociedade consumidora que vivia e se beneficiava diretaou indireta, dos rendimentos e posses do rei. p174.

    .

    - ( ...)se os nobres decididos a viver dos recursos naturais, renunciando ao dinheiro, atudo o que s podia se adquirido com dinheiro, se ficasse satisfeito em se tornar

    melhores agricultores, ento poderiam viver muito bem.p 193.

    - Os nobres empobrecem porque, em virtude de uma determinada tradio e de umaconcepo social, so obrigados a viver de rendas, sem profisso, a fim de conservarsua posio social e seu prestgio na sociedade. p193.

    - A cultura de corte foi se tornando uma cultura dominante. No decorrer do sculoXVI e XVII porque a sociedade de corte tornou se a principal formao de elite ao

    longo da progressiva centralizao da estrutura estatal, especialmente na Frana. p198.

    - O que restou como base de sustento para a nobreza, alm da propriedade de terras,das penses e presentes do rei, foram, sobretudo, cargos na corte e alguns postosdiplomticos militares. p198.

    - Mas isso s foi acontecer durante o reinado de Lus XIV.p198.

    - Ningum pode ficar indiferente ao carter trgico dessa perda de funo pelo qualindivduo, cuja existncia e conscincia esto ligadas a uma determinada posturatradicional. p201.

    - ( ...) se a nobreza perdia algumas de suas funes tradicionais, por outro lado, elaganhava uma nova funo, ou melhor dizendo, no caso dela, uma nova funo passava aaparecer em primeiro plano, a que ela tinha para com o rei.p210.

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    - Quando percebemos o indivduo como uma pessoa em figurao que ele constituiujunto com outras pessoas, isso aprofunda, e do valor nossa compreenso deindividualidade. p218.

    bibliografia.

    Elias, Norbert, 1897 1990. A Sociedade de Corte: Investigao sobre a Sociologiada Realeza e da Aristocracia de Corte. Norbert Elias; traduo, Pedro Sssekind;

    prefcio, Roger Chartier- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Edio, 2001.

    consideraes finais.

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    VENTURI, Franco. Utopia e Reforma no Iluminismo. Bauru, So Paulo:

    EDUSC,Franco Venturi; Traduo: Modesto Florenzano. Bauru, So

    Paulo: EDUSC, 2003.