óleos voláteis

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Seminário para a disciplina de Princípios e bases de produtos naturais do curso de biologia molecular e celular da ulbra.

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ÓLEOS VOLÁTEIS/ESSENCIAISProfª. Msc. Maria Teresa Bicca Dode

ULBRA

2014

DEFINIÇÃO

Os óleos essenciais são definidos como compostos voláteis originados pelas plantas e possuem como principais características o cheiro e o sabor.

Composição complexa Princípios voláteis e menos modificados;

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

Sabor: geralmente ácido e picante; Cor: incolores ou ligeiramente

amarelados; Estabilidade: instáveis, principalmente

na presença de ar, luz, calor, umidade e metais;

Índice de refração e opticamente ativos

COMPOSIÇÃO

A estrutura química desses compostos é constituída pelos elementos carbono, oxigênio e hidrogênio, no entanto sua classificação química é mais complexa, visto que, por serem formados por uma mistura de diversas moléculas orgânicas, tais como: hidrocarbonetos, ácidos carboxílicos, acetatos alcoóis, ésteres, aldeídos, cetonas, fenóis entre outras.

CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA

Fenilpropanóides

Ácido chiquímico

Ácido p-cumárico

Ácido cinâmico

Propilbenzenos/alilbenzenoscumarinas

Aldeídos aromáticosReduções enzimátic

as

oxidações

TerpenóidesTodas as substâncias cuja origem biossintética deriva de unidades de isopreno.

Monoterpenos Sesquiterpenos

CH3

ICH2 = C – CH = CH2 Isopreno

UNIDADES ISOPRÊNICAS

GRUPO DE COMPOSTOS

Hemiterpenos

2 Monoterpenos

3 Sesquiterpenos

1

4 Diterpenos

5 Sesterterpenos

6 Triterpenos

8 Tetraterpenos

> 8 Politerpenos

QUIMIOTAXIA ver exemplos

Abundantes em angiospermas dicotiledôneas

Asteraceae

Lamiaceae

Apiaceae

Myristicaceae

Piperaceae

Rutaceae

MyrtaceaeLauraceae

LOCALIZAÇÃO

Estruturas secretoras especializadaspêlos glandularescélulas parenquimáticascanais oleíferos

Estocados em certos órgãosfloresfolhascascasfrutos

aldeído cinâmico

Casca de canela

eugenol

Folhas e raízes

cânfora

FATORES DE VARIABILIDADE

Quimiotipos Ciclo vegetativo Fatores extrínsecos Processo de obtenção

EXTRAÇÃO

Varia conforme a localização do óleo na planta e a utilização do mesmo.

-Enfloração-Arraste por vapor d’água-Extração com solventes orgânicos-Prensagem-Extração por CO2

CONSERVAÇÃO

Armazenamento

POLIMERIZAÇÃOOXIDAÇÃO

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE

Testes organolépticos Controle da identidade e da pureza

-fração solúvel em água-hidrocarbonetos alogenados-metais pesados-ésteres do ácido ftálico-resíduo de evaporação-miscibilidade em etanol

MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS

Cromatografia por camada delgada Cromatografia gasosa Cromatografia líquida

COLOCAR AS FIGURAS

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

Utilização crescente indústria;

DADOS FARMACOLÓGICOS

Ação carminativa Ação antiespasmódica Estimulante de secreções gastrointestinais Ação cardiovascular Irritante tópico Ação secretolítica Ações sobre o SNC Anestésico Antiinflamatório Anti-séptico

TOXICIDADE

Dose-dependente Fototoxicidade Administração oral Reações cutâneas Reações no SNC

PLANTAS MEDICINAISÓLEO ESSENCIAL

ISOLADO

ÓLEOS ESSENCIAIS CLÁSSICOS

HOTELÃ PIMENTA Nome científico: Mentha x piperita (oficinal) Família: Lamiaceae Parte utilizada: folhas Composição: 1-3% de óleo volátil (mentol, mentona,

mentofurano e pulegona) Usos: flavorizantes e tratamento de problemas

respiratórios e gastrointestinais.

VERBENA Nome científico: Lippia citriodora Família: Lamiaceae Parte utilizada: folhas Composição: 1% Óleo (aldeidos citral, neral e geranial). Outros

monterpenos encontrados são limoneno, carvona, dipentene, linalool, nerol and geraniol

Usos: Refrescante, relaxante, enaltecente, efeito calmante tônico em nervos e emoções, ajuda em tensão, ansiedade, insônia, letargia, esgotamento mental. Estimulante digestivo, estômago parado, náusea e flatulência. Tônico ao sistema respiratório em bronquites e congestão de seio da face (sinusite), acalma tosses asmáticas.

Anis estrelado Nome científico: Illicium verum Família: Illiciaceae Parte utilizada: frutos maduros Composição: 2 à 8% de óleo essencial à base de

phenilpropanóides e de monoterpenos • 85 à 95% de trans-anetol • 1,4-cineol (permite diferenciar do anis verde) • Traces de : felandreno, safrol, terpineol e eugenol Usos: flavorizantes e Facilita a digestão, elimina

gases e fermentações intestinais. Contra espasmos, vesícula biliar, intestino y útero.

Anis verde Nome científico: Pimpinella anisum Família: Umbelliferae Parte utilizada: frutos maduros Composição: 2-3% de óleo volátil (anetol e

estrangol) Usos: flavorizantes e carminativos

Funcho ou erva-doce Nome científico: Foeniculum vulgare Família: Umbelliferae Parte utilizada: frutos maduros Composição: 2-5% de óleo volátil (anetol, fenchona e

estrangol) Usos: flavorizantes e carminativos. Dor de estômago,

constipação, problemas digestivos, retenção de fluido, auxiliar as funções renais e náusea

Camomila Nome científico: Matricaria chamomilla Família: Compositae Parte utilizada: flores dessecadas Composição: 0,3-1,5% de óleo volátil (Bisabolol

A, Bisabolol B e Camazuleno) Usos: Óleo essencial de Camomila é calmante e

tem efeito antiinflamatório. Satisfatório para todos os tipos de pele, especialmente para inflamadas ou pele sensível

Canela ou canela do Ceilão Nome científico: Cinnamomum zeylanicum Nees.

Sinonimia: Cinnamomum verum J.S. Presl. Família: Lauraceae Parte utilizada: cascas do caule dessecadas Composição: 1-2% de óleo volátil (cinamaldeído,

eugenol e acetato de cinamil) Usos: Flavorizante, carminativo e estimulante. Também

é um pouco adstringente. Adicionado a medicamentos ou para melhorar o gosto deles ou conferir as qualidades dele. Como estimulante e tônico é indicado em todos os casos caracterizados por fragilidade e fraqueza. Como um adstringente é empregado em diarréia

CHO

Mellissa officinalis - Labiatae Usos:

• Palpitações nervosas, debilidade do coração.

• Asma Bronquial, tosse, inflamação de garganta.

• Cãibras de estomago, intestino de origem nervosa.

• Tonturas e enjôos.     

• Vômitos de gravidez.

• Insônia.     

• Combater epilepsia.

CHO

REFERENCIAL TEÓRICO

DEWICK,P.M. Medicinal natural products: a biosynthetic approach; 3ª ed.; editora Wiley, Nottingham,2008.

SIMÕES,C.M.O. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento; 6ªed.;editora UFRGS; Porto Alegre, 2007.

EVANS,W.C. Trease and Evans’ Pharmacognosy; 14ª ed.; editora Saunders; Notthingham,;1996.

BRUNETON,J. Farmacognosia: fitoquímica plantas medicinales; 2ª ed.; editora Acribia; Madrid;2001.