Post on 03-Dec-2018
I A N N O D O M I3STG O , 2 3 D B S E T S M B R O D E 1 9 0 1 N.° io
SEM AN A RI O N O T I C I O S O , L I T T E R A R Í O E A G R Í C O L A
w , R E f l A c c A f i A M i r a i a e r f í f f l í t í f f l tNa cobrança pelo correio, accresce ò prémio do vale. f í , — ;--------- ( , r r .~y,................— ---------r. r -0 ., - .,— T r ------------------------Avulso, no dia da publicação, 20. réis. M RUA DE JOSÉ MARIA DOS SAN^TOS P n*10 restituem quer sejam ou não publicados.
EDITOR — José Augusto Saloio a j l d e g a l l k g a <s 7' ~ ! 4 °
P u b lic a ç õ e sAnnuncios— i . a publicação, 40 réis a linha, nos seguintes,
20 réis. Annuncios na 4.? pagina, contracto esp ciai. Os auto-1 í i graphos não se restituem <
PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio
E X P E D I E N T E
A c c e ita m -se c o m g r a t idão q u a e s q u e r n o t ic ia s q u e se ja m d e in t e r e s s e p u fclico .
Não nos cansamos de repetir que a instrucção em Portugal está atrazadissi- ma. E’ infelizmente urna verdade que se impõe aos olhos de todos e que nos envergonha perante as demais nações.
Segundo uma estatística feita sobre o censo de 1898, apurou-se a seguinte percentagem de analphabetos sobre a população do universo :
Portugal occupa o logar de honra com 67,35 por cento; Italia, 52,g3 ; Polo- nia, 39,82; Hungria, 37,69; Russia,36,42; Áustria,32,70; Grecia, 25, i8 ; Roumania, 17,75; Bélgica, 15,22; Turquia da Europa, 14,79; Bo- hemia e Moravia, 8,98; Hespanha, 8,71; Irlanda, 7,28; França, 3,5o; Inglaterra, 3,49; Hollanda, 3,38; Escócia, 2,83 ; Allemanha, 2,49; Noruega, 1,02; Suécia, 0,74; Suissa, 0,60, Dinamarca, 0,49.
Se nas cidades e víllás a percentagem dos analphabetos é grande, no campo é enorme. E’ rarissimo encontrar ahi um rapaz que saiba ler e escrever. No campo, em geral, os paes dão por mal empregado o tempo que os filhos gastam na Escola, preferindo vel-os entregues á mais profunda mandrice, affirmando (como ainda ha bem poucos dias um nos disse) que isto de saber ler e escrever só é bom para gente rica, que nos pobres é perfeitamente dispensável, que os seus paes e avós não sabiam ler e nem por isso deixaram de viver bem, que na Escola mettem idéas novas na cabeça dos rapazes e que os. estragam para o serviço do campo, e outras mil razões íijual delias a mais disparatada e absurda!
Não comprehendem que a melhor fortuna que um pae pode legar a seus filhos é a Instrucção, porque essa não está sujeita ás con tingencias da sorte, e uma vez adquirida só acaba com a existência do indivíduo; não -CQmpre.hendcm que a Iast rucç ão c ngrandec en do e elevando moral, £ muitas vezes materialmente o ho mem, habilka-o a trilhar desassombradamente o caminho da vida e a vencer com facilidade os attritos, insuperáveis na maioria dos casos para os inscientes!
Veja-se a Suissa!Nesse paiz de tão peque
nas dimensões, mas cuja organisação se pode tomar como modêlo, a Instrucção é obrigatoria.
P or isso, lá se dão fa ctos, como o que vamos narrar:
Um indivíduo resolveu- se a correr toda . a Europa. Encontrava-se já na Suissa quando teve que procurar um ferrador, porque o ca- vallo que montava, precisava ferraduras novas. Emquanto o ferrador procedia a este trabalho, ia conversando com o viajante, e perguntou-lhe para onde ia. Respondeu-lhe este, que se- dirigia á Russia e dissê-lhe ao mesmo tem* po qual o caminho que tencionava seguir. O ferrador objectou-lhe que esse não era o caminho mais curto e á vista dum mappa que o viajante trazia comsigo, mostrou-lhe o itinerário que devia seguir.
Por aqui se vè como a Instrucção está desenvolvida na Suissa e que lá não se limita simplesmente á leitura e escripta.
J. M. S.
E r r a taNo nosso n.° 8,110 artigo
intitulado Samouco, e começando na linha 35, onde se lê : — ... situada á beira rio, é surprehendente o espectáculo que offerece o Tejo, ora, manso cordeiro, espreguiçando-se indolentemente, beijando a praia, leão indomável, etc.— deve
lêr-se: — situada á beira rio, é surprehendente o espectáculo que offerece o Tejo, ora, manso cordeiro, espreguiçando-se indolentemente, beijando a praia, o ra leão indomável, etc.
Ao nosso distincto co!la bcjrador, o cxm-,-:sr. Mendes Pinheiro, auctor do ar cigo, pedimos desculpa.
-iõ5—
PeiIIssaos a»s nossos estámaTcIs asslgaaaatcs, que aíada não mandaram pagar as suas asslgaatu- ras. a especial íSaesa de as satisfazerem-, a Sim de são soffrerena in te rru p ção sa reanessa d© nos sd sensansaio.
A VIDA N’ALDEIABrevemente começará o
nosso jornal a publicação d’um romance intitulado: A: vida 11aldeia, escripto expressamente para 0 Domingo, por um dos nossos redactores.
Temos a certeza de que A.vida ri aldeia, escripta em linguagem simples" e des- pretenciosa, receberá bom acolhimento dos nossos leitores, proporcionando-lhes uns momentos agradaveis.
; A cpEcan cosnpetlr
Pedimos a a':tenção, a quem competir, para os desmandos que o rapazio faz constantemente, ora provocando os transeuntes, ora dizendo palavrás obscenas,' ou impedindo o transito, em risco de muitas vezes serem attingidos pelos diversos carros que circulam na villa.
E’ com especialidade nas ruas de S. Sebastião, Conde, Fabrica e praça de Ser- pa Pinto, é onde se juntam :á tarde e á noite) aosma- gqtes, atirando com pedras e areia.
Estamos certos que algumas providencias se hão de tomar, a bem da moral e do publico.
Mais uma vez pedimos para que se não consintam
as correrias dos diversos carros dentro da villa, pois ha occasiões em que o movimento da população é bastante grande, estando os habitantes á mercê dos bons carroceiros que aqui trabalham.
Tanto se importa a elles que qualquer pessoa íique debaixo dum carro ou não. Muitas vezes nem o delicado arreda dizem.
Sempre a galope. . .Ficamos hoje por aqui,
mas temos que voltar ao assumpto.
lâaivaO sr. Annibal Gouveia,
carteiro desta villa, foi no dia 18 do corrente, na rua do Pateo do Conde, mordido por um cão que se julga estar atacado de raiva. No dia seguinte foi a Lisboa para lhe ser examinada a mordedura.
Oxalá que não seja a maldita doença.
Novamente pedimos ás auctoridades competentes, para que faça extinguir os cães que não andem açaimados e que não tenham licença.
E’ um bem para a humanidade.
Está quasi completamente restabelecido 0 nosso amigo o exm.° sr. dr. Lu- ciano Tavares Móra, com o que muito nos congratulamos.
O exm.° sr. Manuel Neves Nunes, d’Almeida, foi passar alguns dias, para a Quinta Rôta, propriedade do exm.° sr. Antonio Tavares da Silva, no Samoco.
Estimamos que tivesse gosado bastante.
Não se encontra infelizmente melhor, o sr. Raphael Gonçalves d’Azevedo, pae do nosso amigo Emygdio Gonçalves d’Azevedo.
Fazemos votos pelo seu prompto restabelecimento.
Já regressaram a suas casas, vindos do Salaman
ca, os nossos estimáveis amigos, os srs. Manuel Ferreira Giraldes e José Maria Mendes Junior.
Felicitamol-os pela sua vinda.
A lc o c lse te
No domingo passado rea- lisou-se aqui uma soireé, 110 salão da sociedade Phy- larmonica i 5 de Janeiro de i8 g 8 , promovida por uma commissão de rapazes da mais elevada sociedade.
A commissão era composta dos srs. Manuel Gomes da Costa Sobrinho, Francisco Rodrigues Tirito, Plagio Gonçalves de Oliveira, João Baptista Palhaço Junior, José Lucio da Costa e Manuel de Sousa Leiria, que empregaram todos os esforços possíveis para conseguirem um bom exito.
Foi mestre-sala o sr. Ro- zendo Sampaio d’01iveira, que tambem se mostrou in~ cansavel em conseguir o que, maior brilhantismo e- explendor trouxesse a esta importante festa.
Consta-nos que a commissão, desarmára a sala no dia immediato. Deve causar pena a muita gente.
V in d im a s
Começaram na semana passada as vindimas nestas regiões.
Calcula-se que a produ- cção este anno seja inferior á de alguns annos anterio- es.
B a r r e ir o
Realisaram-.se como noticiámos nos dias i 5 e 16 as festas a Nossa Senhora do Monte do Carmo, no pittoresco Alto de Santa Barbara, na elegante villa do Barreiro.
Abrilhantaram estas festas, a banda da Armada Real e phylarmonica / de Dezembro de Aldegallega. Esta foi para alli contratada por um dia, e satisfez tanto as exigencias do publico,, que a commissão dos festejos chegou a querer que
2 O D O M I N G O
A V I S C O N D E S S A
Um dia o amor — creança loura Que f a \ perder tanta cabeça—Achou morada encantadora No coração da viscondessa.
A bella estatua muda e fria ,Que fo ra gelo até então,V i animar-se um certo dia Ao sopro ardente da paixão.
Quem f o i o deus myslerioso Que praticou milagre tal?Pois esse peito desdenhoso Ia curvar-se d lei fatal?.
De mil respeitos sendo alvo,Tendo as geraes adorações,Ella passava sempre a salvo,Calcando aos pés os corações.
Mas não se \omba impunemente D'essa creança alada e viva.Um dia acorda e de repente A viscondessa, pensativa,
Sentiu no peito não sei quê. . .Subiu-lhe ás faces o rubor. . .Vencida estava e d mercê Do vingativo deus do amor.
Buscou em si qual o motivo Daquella subita mudança E disse em tom meditativo:« Pois amarei uma creança?
« Dezoito annos! Que delicias!« Quem dera ter edade egual!« Que importa! Offerta-me as primicias « Do seu amor puro e leal!
« Estou quasi velha e nunca amei,«Sinto-me agora reviver.« Está decidido, entregarei « Minfialma virgem de mulher. »
A viscondessa abandonou As festivaes reuniões E o deus alado registou Mais dois amantes corações.
J o a q u im d o s A n j o s .
PENSAMENTOS— Os patetas, os lórpas, os atiradiços, são por via dê
regra os mais festeiros e festejados na sociedade, umas ve-es com a christã virtude da indulgência, outras com o riso ^ombeteiro da ironia.— C. C. Branco.
O homem sem barba é uma creança com muita f o r ça.— Oiolas.
— 0 maior ornamento na cara do homem é um bigode bem talhado.— Oiólas.
ANNIVERSARIOS
ficasse para o outro, (custasse o que custasse) a que não accedeu devido ao transtorno que iria causar a alguns dos executantes.
No recinto do arraial era grande a confusão de barracas de comes-e-bebes, escola de tiro, fantoches, pim- pam-pum, muitos tabolei- ros, assim como algumas roletas que são de uso nes- tes arraiaes.
E as auctoridades dormem!
O fogo d’artificio agradou a todos, sendo o pyro- technico muito palmeado.
Affluiu alli muitos forasteiros.
Um bravo á commissão de .tão brilhantes festejos.
AO S I . MI NISTRO D M 0 B 1 U S P U B L I C A S
R e c e n s e a m e n to g e r a l tia p o p u la çã o
Decididamente vamos caminhando de mal para peor. Estamos num paiz desgraçado, num paiz de calotice, onde por todos os meios e feitios, se trata de explorar os pequenos e de sugar o suor daquelles que ainda teem a ingenuidade de acreditar sinceramente nas promessas officiaes, regulamentos, etc.
Vem isto a proposito da maneira como foram gratificados os recenseadores de Aldegallega do Ribatejo. Como os nossos leitores devem saber, foi publicado o anno passado um decreto, ordenando o recenseamento geral da população em todo o reino.
Constituída conforme o mesmo decreto preceitua, a Commissão P arochial desta villa, tratou esta de nomear dois indivíduos aptos para se desempenharem da ardua missão de recenseadores.
Recahiu a escolha nos srs. José Cândido Rodrigues d’Annunciação, que foi encarregado do serviço
FOLHETIM
Traducção de J. DOS ANJOS
A ULTÍfflA CRUZADAV III
Pegou no cordão da campainha, com vontade cfe prohibir a entrada áquelle aventureiro que; lo g o á primeira vez, a tratava, como uma mulher vulgar. O seu orgulho revoltava se.
Conhecia a triste reputação do jo- ven camarista d;i sexagenaria ra nha da Moldavia. Quantas vezes tinham pronuncado em casa d'ella, com um
da villa, e Antonio Francisco Moreira de Sá a quem foi confiado o recenseamento do campo.
No dia io de setembro do mesmo anno, deram co- meco aos seus trabalhos e>de tal modo se desempenharam do seu cargo que o sr. Administrador pessoalmente os elogiou pelo seu zêlo e diligencia, e a Commissão Parochial, composta de homens serios e honrados, tendo como presidente o revd.0 prior João Vicente P ereira Ramos, no seu relatorio definitivo, se referiu aos recenseadores nos termos mais honrosos para estes; propondo para os mesmos a gratificação supplementar de que trata o artigo 28." § 3.° das Ins- trucções para a execuçãodo serviço do recenseamen-. >to geral da população no i.° de dezembro de 1900.
Querem agora saber os nossos leitores o mais curioso da historia? Só no dia 1 g de setembro de 1901, um anno depois, foi que estes recenseadores foram avisados para irem receber os honorários que lhes eram devidos pelo seu trabalho consciencioso e honrado. E sabem qual foi a quantia recebida ? Admirem .. .
O recenseador da villa, o sr. José Cândido Rodrigues d’Annunciação recebeu 62$5oo réis, e o sr. Antonio Francisco Moreira de Sá, a quantia de 15$o6o réis.
Quer dizer: a este ultimo que levou 78 dias a desempenhar-se da difficil tarefa que lhe foi confiada, que se sujeitou a levantar-se de noite, e a voltar tambem de noite, para sua casa, que teve por diversas vezes de caminhar léguas ou em charnecas, ou em caminhos dareia, ou em pinhaes, á procura dos ca- saes geralmente dispersos na nossa região, que teve de voltar aos mesmos ca- saes, uma, duas e mais vezes, que prejudicou a sua saude expondo-se ao sol e á chuva, que desenvolveu
desprezo absuluto, o nome de Mohilow!
Sabia tambem que a sr.a; Stockford adorava o seu amante, que teria sacrificado a vida para não o perder. E Mohilow já estava farto d elia.
Quasi certa de ter a desforra, de ferir no coração a sua inimiga, de lhe encher os olhos de lagrimas doloro- ras, Regina estava resolvida a tudo, a atraiçoar o homem honrado que lhe dera o seu nome, a ãviltar-se nos braços d’aquelle reles aventureiro.
O ruido da porta que se abria tirou-a das suas reflexões.
— Desculpa-me, minha senhora? disse Mohilow a Regina, entrando no salão.
— Bem o ve, replicou ella, com umn inditíerença estudada.
E como elle.se desculpasse, allegan- do um negocio importante, Regina'
um trabalho enforme em convencer os habitantes a dardhe informações exactas, que se prestou a encher 5 o 2 boletins, paga-se com 15$^6oque nem chega para satisfazer as despezas imprescindíveis em trabalhos d’esta responsabilidade, e nega-se a gratificação, a que de direito tem jus»
Com certeza que S. Ex.il o Sr. Ministro ignora estes factos que são uma vergonha para nós todos, e constituem urn deplorável precedente, pois que, em vista d’isto, daqui para o futuro ninguém se prestará a desempenhar estes cargos, com receio que lhe succe- da o mesmo.
Quem sabe quantos fo- ctos analogos se terão dado no nosso paiz!
Esperamos do espirito esclarecido de S. Ex.“ que tratará de remedear isto, de modo que ninguém fique descontente.
Completou no dia 19 do corrente o 34.°anniversario natalicio, o nosso amigo Antonio Augusto dos Santos.
Tambem completou no dia 19 do corrente o 12." anniversario natalicio, o filho José, do nosso amigo Antonio Augusto dos Santos.
A ambos, enviamos os nossos sinceros parabéns.
---------- .................................. - -
F acada
Pelas 4 horas da manhã de sexta-feira, fòra aggre*- dido com uma facada na cara, por Francisco Rato, o pescador Rodrigo Fadi- nho.
O Fadinho foi curar-se á pharmacia do nosso amigo Manuel Ferreira Giral- des.
Consta-nos que o Fadinho vae dar parte para juizo.
riu-se com ar incrédulo e olhou pa ra elle fixamente.
— Serio? interrompeu ella. Pois eu acredito antes que se demorou em casa da bella sr.a Stockford. Ora con- fe/se.
Não parecia assim mais fria que da primeira vez. Parecia que a queimava uma febre interior, colorindo-lhe asmaçãs do rosto. A voz arrastava-se. sua visava-se, n’um tom monotóno e voluptuoso; o coração batia-lhe em pulsações rapidas. De repente levan- tòu-se, altiva e serena, e tornou a encher o salão com o seu riso incrédulo.
— Não vá imaginar, meu caro, que tenho algum interesse por es a paixão! exclamou.
E acrescentou negligentemente:— Tem a bondade de pôr o guar
da fogo no fogão? este lume cega-me!Mohilow calnvarse; nunca estivera
tão perturbado ao pé de uma mulher. Sentia uma sensação desconhecida. Estava acanhado, timido.
Seria por efleito da sombra perfumada do salão? Seria o s lencio profundo em que as palavras tinham uma sonoridade musical? Seriam os cabel- lo.v louros de Regina que luziam na seda do canapé? Seria o attractivo capitoso, inexplicável, daquella mu lher? Ivan estava enamorado como um c llegial de dezeseis annos que e:n tudo acredita devotamente.
— Faiemos de outra coisa, tornou a marqueza. La Croix-Ramilies as is- tju ao leilão de Milway? Aquelle sce- ptico incorrigível não larga as saias da pequena Fannv Rob. Sabe quem é,a segunda filha da baroneza Gulden, de Vienna, essa creança viciosa que a'n- da devia an.Jar de saias curtas e que já tem tido tantos amantes?
Vi-a uma noite nos aposentos da rrinha, no meio de um circulo de casacas pretas, d;sse distrahidamente Mohilow. Contava uma aventura p icante com um ar virginal, como uma creança que diz as coisas sem as com- préhender.
— E ’ um par bem e g u a l!... Quer unía chavena de chá?
Levantou-se para tocar a campainha. Elle recusou.
Então, como dominada pela mesma idéa fixa, interrogou-o segunda vez.
— Entao não estava em casa da sr.a Stockford; juram'o?
Regina dissera o final da phrase com uma doçura terna. uma supplica. como quem precisa de ser consolada' e amada. Parecia sofirer.
(Continua; .
O D O M I N G O 3
Parte hoje, em companhia de sua esposa, para Fornos de Algodres, o nosso bom amigo e assignan- te, o exm.° sr. Arthur Augusto Affonso Coelho.
Desejamos-lhes que gozem bastante.
Chamamos a attenção dos nossos leitores para o annuncio que na secçãp respectiva vae com respeito á mercearia do sr. José Bernardo Pires, sob a direcção do nosso amigo e assignante o sr. Joaquim Pinhão.
Aproveitamos a occa- sião para lembrar que esta casa, situada na rua da Fabrica, tem um excellente bacalhau sueco a 220 réis o kilo.
■------- — -------------------
Hontem, pelas 10 horas da noite na rua da Graça, um tal Zé Canhoto já muito conhecido por provocador, fôra ter as suas turras com uns mundinos em companhia de dois dilectos collegas, estes puzeram-se ao largo quando viram o partido contrario ser superior, sendo então mimosea- do o tal Canhoto com uma forte chavada na cabeça, o que lhe resultou um enorme ferimento.
S E C Ç Ã O L I T T E t A M A
flôr estava alli guardada. Mas a chave! onde estava a chave? De repente percebeu a fita côr de rosa que Fahny tinha ao pescoço: lembrou-se da delicada chave que nella se suspendia; tirou-a; abriu a caixinha, e achou dentro um ramo de flôr de laranjeira, e mais nada. Porque rasão tinha Fanny guardado com tanto cuidado tão mesquinha coisa? Mil idéas extravagantes lhe vieram ao espirito; uma delias o sur- prehendeu; então indo para o sophá, e abalando o braço dessa infeliz mulher, lhe disse:
— «Está aqui flôr de laranjeira, que me faz dôr de cabeça; vou deital-a fóra, sim?
— Não, não, disse ella ainda um pouco fóra de s i; não a deiteis fóra.
— Que razão ha para estimardes tanto estas flores?
— Nenhuma.— E’ mentira! vossa voz
vae enfraquecendo.— A h! matai-me, mas
não me intorregueis.— Que dizeis? Quero sa
ber o que significam estas flores, e que sentido lhes daes.
(Continua)
A tr a iç ã o d e u m a flôr(Continuação,)
Posto que ligeiramente ferida, Fanny cahiu no chão como uma victima aos pés do sacrificador. Ao grito que seu marido havia dado, acudiram os creados da casa, porém elle os despediu: deitou sua mulher sobre um sophá, prodigalisou-lhe os mais minuciosos cuidados, e fez tenção d alli passar a noite. Sem duvida esperava que lhe levassem em conta este zelo desinteressado !
Emquanto reflectia, pensando que realmente havia pessoa desconhecida que estava na confidencia de sua mulher, e a malquistava com elle, sentiu um cheiro ao principio suave, e depois importuno. Procurou desembaraçar-se o mais depressa delia, porque o forte aroma o incommoda- va muito na atmosphera de um quarto fechado. O cheiro era de flôr de laranjeira; sentia-o muito perto de si, mas não via a flôr Por fim o olfacto o levou £ uma caixinha de cedro on de madama d’Aulnayes tinha as suas joias mais pré- ciosas* e reconheceu que a
A c c u sa m o s as s e g u in te s a s s ig n a tu r a s r e c e b idas
Dos exm.os srs. :
Antonio Augusto dos Santos, um semestre, 5oo réis.
Sociedade Philarmonica 0 de Dezembro, um se
mestre, 5oo réis.Domingos Antonio Sa
loio, um semestre, 5oo réis.Francisco da Costa Mou
ra,: um semestre, 5oo réis.Antonio Joaquim da Sil
va Batana, um ! semestre, 5oo réis.
Manuel Cypriano P io, um semestre, 5oo réis.
José Antonio da Costa, um semestre, 5oo réis.
Francisco dos Santos, um semestre, 5oo réis.
Jacintho Tavares Rama- Iho, um semestre, 5oo réis.
José de Sousa Fortunato, um semestre, 5oo réis.
Francisco da Silva, um semestre, 5oo réis.
Gregorio José Alcobia, um semestre, 5oo réis.
Cesar Augusto Coelho, um semestre, 5oo réis.
Francisco T. S. Ribeira- dio, um semestre, 5oo réis.
Antonio Luiz Gouveia, um semestre, 5 00 réis.
Manuel de Jesus Callado, um semestre, 5oo réis.
Joaquim Sequeira Fana- naya, um s2mestre, 5oo réis.
Joaquim Miguel de Campos, um semestre, 5oo réis.
Justino Simões, um semestre, 5oo réis.
Ambrozio da Silva, um semestre, 5oo réis.
Estevam Augusto dO li- veira, um semestre, 5oo réis..
Francisco Maria de Jesus Relogio, um semestre, 5oo réis.
Antonio Rodrigues Cal- leiro Junior, um semestre, 5oo réis. .
Joaquim Manuel Mendes, um semestre, 5òo réis.
fConlimia)
A N N U N C I O S
o0 5 ►—i
£3
W
m0«'■H
fc
m
i . I -
=0 pí*J •£ £o - o
5 orç2 *—<^ H w n
'-o Çj H
S . o •R <r!a.'-0K»<3
A ' < ?
X
< w
o
Ofiu
0P '§P5.1
S T
«o _O
H
pq
-HGQ0
a
m I
PZ.
§I
O m 1
oo «e£ aí
K Ooo -âá <
Cu„ 55 X5)O . > r>“ O
S«.<3
-Sto s ^ 55t) op ,
A Ê f i A L L E l i í D J 1 1 I E J 0
da Silva, Secretario da Ca- mara o subscrevi.
O P r e s i d e n t e
Domingos Tavares
ADUBOSHa para vender ás sac-
cas em boas condicções.Para tratar com Julio
Castro, em Sarilhos Grandes.
J 0 R N A E SC o IIecçoes d e d if fe r e n -
tc s jo r n a e s q u e s c v e n d em .
S e c u lo
Desde o dia 20 de dezembro de 1897, até ao presente.
S u p p lc m e n to ao S e c u lo
Desde o n.° 1 até ao n.° 165.
P a r o d ia
Desde o n.° 1 até ao n.° 5o.
P im p ã o
Desde o n.° 1 até ao fim do anno passado. Esta col- lecção está incompleta.
Na redacção deste jornal, indica-se a pessoa que trata desta venda.
EUCALYPTOS
C O N C U R S O
A Gamara Municipal deste Concelho faz publico que se acha aberto concurso per espaço de 3o dias, a contar da data da segunda publicação deste annuncio no D iário do Governo, para o logar vago de guarda do Cemiterio da freguezia de Sarilhos Grandes, deste Concelho, com o vencimento annual de 24^000 réis. Os concorrentes deverão apresentar dentro do referido prazo na Secretaria da Camara os seus requerimentos legalmente documentados.
Aldegallega do Ribatejo, 10 de setembro de 1901.
E eu Antonio Tavares
Na horta do sr. José Bessa, na rua do Poço, d’esta Villa, ha uma grande quantidade de EUCA- LYPTOS em vasos pro- prios, para transplantar, que se vendem por mais ou menos preço, segundo a quantidade que se pretenda e segundo o seu tamanho.
CONSIILTORIOMED1C O -C IR U R G IC O
O medico-cirurgião J. J. Marques Guimarães, tendo deixado de dar consultas na Pharmacia Maneira, instal- lou o seu consultorio na Rua Direita, 11° ig , j.° andar, onde continua a dar consultas pelos mesmos preços porque as dava n’a- quella pharmacia. Aos pobres continua tambem a dar consultas gratuitas.
ADEGASArrendam-se em Alde
gallega, duas, para envasilhar, tendo uma lagariça, tanque para deposito d; uvas e agua canalisada pa ra o serviço, e outra so
mente para envasilhar, tendo a agua nas mesmas condicções.
Teem os respectivos cachorros e mais pertences que dizem respeito ás adegas.
Quem as pretender, pó- de dirigir-se a Arthur Coelho, no Largo da Misericórdia, d’esta villa.
r-» I I I£ d *5 s*. .0 .0O ^ '
«4,2 c =•
W»-a*53w«52
o_ CL
^ Q <
« 3___. cc:
S 5bes
■ 1 1 = 1 l | | 3<5i ^ O ^
s o «4, O >q to 3íi 1) 3 ^■|s 3-s 2^ jT cT ^ ^
"Q Oo S Ki ' ÍJ ~
u IQ £ cf.S Uj oo 5 'p ^4-J O-s S
<1 HO
H ' to SS I0 e 0*2
fé
¥ w <
cnm I 0 g o a H
Pk
CO
i aos
co o —o m m h
ag0
£
r£3pm
* 2
1 H1 Aeaí*
s Ut í
4 ' O D O M I N G O
C A S À C O M M E R G I A LDE
J U S T IN O S I M Õ E SR U A D A F A B R JC A ;— Aldegallega
Especialidade em chá. café, rssucar, inanteigas nacionaese estrangeiras, massas; dôres, seraeas,;an-oz, \egumes, azeite, ] etroleo, sabão de tod;.s as qualidades; ai tigos í e fanqueiro e retrozeiro, louças; carne dé porco', taba cos,' etc:, etc.
O propriet rio d’esta casa vende.tudo por preços convidativos, e além d’isso todo o freguez tem direito a uma senha quando compre a importan- cia de 200 réis para cima, e quando juntar 5o senhas terá direito a um brinde bonito e valioso.
< vi ~00 o
CO
w
> '
CC!D
O
WwQ
c c
<
o
o
JW
c c
o
0
1O '.
%
Is
Cq
OQ
S
Qs
- o"O c/>
^ .5 0 ,:►> ;-< .tljs > g4>73 CU V
a £ QJj t-."ã fcDCDs 0 3 <D .tJ PhÍ/J £* ■<U O ^ N -Q- ctí ^ - .GCL> • ^o o '■*-* +á g w GO Q J rs■55 £ ,y>O G qj
'ri ■*->D oí tíG — cj g o u, S jD - C Cd.om S U P « O m 3 f3 « S oO ■ (j« o - ca c S .ft _
■ B | "
' 1 1 r1‘VrHàs$ t/TSb
60■8 .S £CC CC
£ P h “C _ai co O u C3
Pi*.2 *C3 V
cu ro 'v> cd
o V o sfe «"ÕJ 0^ -? <u O § « S o S S A s G íí, C j
u i o H
<OCQ00 t— *
wQC/t)oO ''UJP iCu
COo—1UJCLCOoâQ2w>
O> <coCOoHOw---5P3O
- CO a u j
COwCOoQ
53©m
a
•w ^ « «ffj ^ 4>
£ ls *a<©« O
'S e
N © ê |3 g 2ofr-i Ea3 3/
e e « 1 H Z
e © ps SXff) a\
« § S » «W “ m TS ■ -©
s»5 » 2 «
? g 2 Q K l â l e ®
© RS
© *T a, «e.S
” ira n ©«
« i j0 «f3 í í
S ' « ® p S » « - i* B © « © - i ® 2 g ' s © s® ® á » » gj © « e
. © *S
<' O
wK-J
= — 1 1 < l o1U JIQ1—1! <
J? ^ 53
fg © ê «^ OnÍ , r S «s í È
1 1 1 I I *
® Ití & l 6388 2 ™ a a« e .«a « £ ej 53; ® S
A 9(S-1® í™ ‘SJ S« & I 3 ©Tfj s « e s ^
PLS K
S. ô M « © © s a < a ® i..«a ® « a i : i §
« I I3S » « a B ‘?© « a
| | |S S « . « u « © gg
« * ! s B S * a s ? g 5 wp ,
« &.® Sa S ©^ •*-a
® l 4 s » ® S
e á H : - * i sg i s - r . í : ~ a
T ® 2 « ^ »> 53 2 1
? I | l ? i ! r- M S l i i l l? S S Ê 5 2 “ l !
^ a ÍS-©‘ S ^ B - â - a * » « © 3 « 2 -
- 1 © s 1 i
es »■« I ©
© 1
0Eh
SHI
%PhiHCQ
e©
<1o<1P5
K'to5B©
©
©
josi m um iiCosas ofílclsEsU
D E
CORREEIRO E SELLEIRO 18, RUA DO FORNO, 18
A IiSíEíiA Íi£í2© A
JOSE’ AUGUSTO SALOIOEncarrega~se.de todos os
trabalhos typographicos.R.[ D E JO SÉ M A R IA DOS SANTO S
4k&»lSGASiI*E«A
C O I P A I V H I A F A B R I L M G E f iP o r Soo réis semanaes se adquirem as cele
bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador
da casa a SB CO CIí £!.a e concessionário em Portugal para a venda das ditas machinas.
Enviâ catalogos a quem os desejar, 70, rua do Rato 70-— Alcochete.
M E R C EA R IA ALDEGALLENSEDE
Jo sé A n ton io N u n es
hTesle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos próprios do seu ramo de commercio, podendo po r isso offerccer as maiores garantias aos seus estimáveis fregueses e ao respeitável publico em geral.
Visite pois 0 publico esta casa.
i y L A K G O J D J k . Ê G R E J A - 1 9 - A
.A ld ega llega d o fltSS>aíejo
A N T I G A M E R C E A R I A 1 ) 0 P O V O. m - ; -jC V / l i : . , >n >■ .
D O M I M G O S A N T O N I O S A L O I OI$?cs4 e es.is.foeFeeissseatío eatcoatíra-sc á «ej id a p e lo s pB*cç.os m a is co isv l-
dáíiv© #. ssEEs v a r la d ô «©ríIaieiEío «2è gcsÉeros |»s*©}»rio» d o scci í a m o d e eoan- secipcIo , ©Ifterccèádi» §>©r I s s o as' Èíáalorcs' gii^áai.tlas :a o s scéts cst!-ya»aveis f r e ges czíés e a© r e s p e i tá v e l p H U e o .
R U A . D O G A E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
l-TSi
A L D E G A L L S G - A D O R I B A T E J O .Grande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende
todos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, e algunsA I N D Á M A I S B A R A T O S
Grande collecção dartigás de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .
Setins prelos e de cor para fó rro s de fatos para homem, assim como todos os accessorios para os mesmos.
Esta casa abriu uma SECÇÃO ESPECIAL que muito util é aos habitantesdesta villa, e que éa CO M P R A ÈM LJSB O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o %êlo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.
B O A C O L L E C Ç Ã O de meias pretas para senhora e piuguinhas para crean- ças de todas as edades.
A CO R PRETA D’ESTE A RTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa d GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO.
JOAO BENTO & NUNES DE CARVALHO88, R. DIREITA, 90-2, R, DO CONDE, 2
H s s
D E P O S I T OD E
VINHOS, V INAGRES E A G UA RD EN TESE FABRICA DE LICORES
G R A N D E D E P O S I T O D l A C R E D I T A D A F A B R I C A D lJÂNSEN & C.
D E
<3Ow
v-j
owQ
CERVEJAS, GAZOZAS, PIROLITOSVENDIDOS PELO PREÇO DA FABRICA
— ' ã u c A S - i : c / —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
V in h o sVinho tinto de pasto de i.a, litro 5o rs
» » ». » » 2.?, » 40 »» branco » » V.í, »“ 70 »» verde, tin to .. . . »: » 100 »» abafado, branco » » . i 5o »»• de GoJlares, tinto «ígârràfa 160 »»' Carcavéllos br.co » » 240 »» de Palm élla.. . . » )> 240 »» do Porto, superior » 400 •>)» da M adeira............ ; » . 5oo ».
V h sagrcsVinagre t nto de i . a, lit r o ... . . . 60 is.
» » » 2.a, » ............. 5o »» branco » i . a, » ............. 80 »» » » 2.a, » ............ 60 ».
L icores:L ico r de ginja dé n?; litro .......... 200 »
» » aniz » » . . . . . . 180 »» » tanella.......................... 180 »» »• ros ' ....................1......... 180 »
. >>' ;», hortelã pimenta .......... 180 »Granito................................ .. 280 »■
C o irra garrafa mais 6q réis.
j A g u a r d e n te s| Alcool 40o................... > . .litroI Aguardente de prova 3o°. »1 g in ja ............. »
» de bagaço 20o » i . a» » » 20o » 2.a» » » 18°.»
I » » figo 20 o. v» » Evora 18 ’.»
| C auua B ra u ca| Parati........................ litro1 Cabo V e rd e . .................... »| Cognac............. ......... garrafaI , d .................... »1 G ehebra.. . . . . . . . 1 . .. » '
320 rs. 320 » 240 » 160 » i 5o » 140 » 120 » 140 »
700 rs. 6 0 0 »
I$200 » I$EOO »
36o »
> t* O M O >■ Í7* T-* M O >
1 CERVEJAS, GAZOZAS E PIROLITOSPosto ém caía do cbrrsurfiidor
| Gerveja 3 e Março, dúzia.,{ » Pilcenei-, j» . . . . . .| » da pipa, meió barril .í GazòãiS, duzia . .............. .! Pirolitos,-faixa,.24 garrafas, .r.,-r 1 '• > j 4 A__ — L - ; 4, /
480' rs. 720 ■ p 75o » 4-20 »r
t 36o »
C a p ilé , l i t r o 8 8 © r é is . cosa g a rra fa 1840 r é is
E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S
PARA REVENDERV E N D A S A D I N H E I R O
PEDIDOS A LUCAS & C.A - ALDEGALLEGA