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FERNANDA BOABAID 0 USO DAS PROTEÍNAS DERIVADAS DA MATRIZ DO ESMALTE (EMDOGAIN® STRAUMANN) ASSOCIADO A IMPLANTODONTIA o 00 o •zr FLORIANÓPOLIS, (SC) 2006

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FERNANDA BOABAID

0 USO DAS PROTEÍNAS DERIVADAS DA MATRIZ DO ESMALTE

(EMDOGAIN® STRAUMANN) ASSOCIADO A IMPLANTODONTIA

o

00

o •zr

FLORIANÓPOLIS, (SC) 2006

Universidade Federal de Santa Catarina

0 USO DAS PROTEÍNAS DERIVADAS DA MATRIZ DO ESMALTE

(EMDOGAINO STRAUMANN) ASSOCIADO A IMPLANTODONTIA

Fernanda Boabaid

Trabalho de conclusão apresentada ao

curso de Especialização de Periodontia da

universidade Federal de Santa Catarina,

como parte dos requisitos para obtenção do

titulo de Especialista em Periodontia

Orientador: Dr. Ricardo de Souza Magini

Florianópolis (SC), Outubro de 2006.

O USO DAS PROTEÍNAS DERIVADAS DA MATRIZ DO ESMALTE

(EMDOGAIN8 STRAUMANN) ASSOCIADO À IMPLANTODONTIA

Este trabalho de conclusão foi julgado adequado para obtenção do titulo de Especialista em Periodontia e aprovado em sua forma final pelo Curso de Especialização em Periodontia.

Florianópolis, 27 de outubro de 2006.

BANCA EXAMINADORA:

Orientador: Prof. Doutor Marco Aurélio Bianchini

Prof'. Doutor Aguedo

Prof Mestre Ariadne Cristiane Cabral da Cruz

DEDICATÓRIAS

A DEUS,

Que na sua imensa bondade concedeu-me clareza, determinação e força de vontade para alcançar e realizar mais este sonho.

Ao meu marido,

Panaioti Jean Jordanou,

Por fazer parte da minha vida e das minhas escolhas de forma tão intensa e amável.

Aos meus pais,

Carlos e Márcia Boabaid

Que não so deram origem a minha vida, mas a capacidade de torná-la perfeita e repleta de realizações.

Aos meus familiares,

Jean, Carlos e Maria Helena, Valeria e Luciano, Renato e Maria Carolina, Lorena, Helena e Carlos Henrique,

Por completarem a estrutura que somos!

AGRADECIMENTOS

Ao Centro de Pesquisa em Implantes Dentários (CEPID) da Universidade Federal

de Santa Catarina por oferecer curso de excelência na área de Periodontia e

Implantodontia.

Aos professores do CEPID, pelos ensinamentos constantes que serão úteis por

todos os anos de trabalho que virão.

Aos professores convidados do curso de Especialização em Periodontia, pelo

enriquecimento e complementação do conteúdo ministrado.

Aos alunos mestrandos, doutorandos e residentes, pela ajuda sempre solidária e

importante para nosso crescimento.

Aos funcionários do CEPID e da UFSC, pela disponibilidade e dedicação

oferecida.

Aos colegas de curso, por dividirem conhecimentos e questionamentos,

problemas e soluções, alegrias e desânimos, frustrações e esperança.

RESUMO

BOABAID, Fernanda. 0 uso das proteínas derivadas da matriz do esmalte (Emdogain® Straurnann) associado à implantodontia. 18f. Trabalho de conclusão (Especialização em Periodontia) Curso de Especialização em Periodontia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Nas últimas décadas, a odontologia em geral, apreciou uma série de

modificações de conceitos, teorias, técnicas e utilização de biomateriais. Na

periodontia e implantodontia, ainda hoje, não existe uma verdade absoluta a

respeito da melhor terapia para regeneração/reparação dos tecidos perdidos

como conseqüência da doença periodontal. Corn os avanços da biologia celular e

molecular, muito tem sido revelado a respeito da formação original dos tecidos

dentais e periodontais, bem como as moléculas envolvidas na sinalização destes

eventos. Porém a reprodutibilidade destes eventos ainda não foi possível

clinicamente. As proteínas da matriz do esmalte têm sido amplamente estudadas,

pois foi reconhecida como biomolécula envolvida na sinalização e formação de

tecidos dentais e periodontais. Comercialmente, as proteínas da matriz do

esmalte estão presentes na formulação do Emdogain0 (Straumann). Este produto

tem sido amplamente avaliado em estudos experimentais e clínicos em defeitos

ósseos periodontais, defeitos de furca grau II, recessões gengivais e ao redor de

implantes. Resultados positivos, que justifiquem o seu uso clinico, têm sido

mostrados principalmente em técnicas regenerativas associadas ao uso de

membranas reabsorviveis. Em implantodontia, alguns poucos estudos mostraram

resultados favoráveis para o uso das proteínas da matriz do esmalte como

biomaterial de preenchimento ao redor de implantes, bem como tratamento de

superfície dos implantes. Em conclusão, esta revisão mostrou que é possível

obter a regeneração/reparação dos tecidos periodontais e periimplantares com

uso de proteínas da matriz do esmalte, porém estudos adicionais serão

necessários para a sua precisa utilização.

Palavras-chaves Emdogain, proteínas da matriz do esmalte, cementoblastos,

regeneração periodontal, implantes osseointegrados.

ABSTRACT

BOABAID, Fernanda. 0 uso das proteínas derivadas da matriz do esmalte

(Emdogain® Straumann) associado A implantodontia. 18f. Trabalho de

conclusão (Especialização em Periodontia) Curso de Especialização em

Periodontia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

In the last decade, a series of modifications in dentistry were observed in relation

to concepts, theories, techniques and biomaterial innovations. In periodontology

and innplantology, there are no conclusions for the best therapy for regeneration of

periodontal lost tissues as a result of periodontal disease. The knowledgement in

cellular and molecular biology is bringing a series of information about the original

formation of dental and periodontal structures, as well as the signaling molecules

involved on these events. However, so far, these events are not possible to be

clinically reproduced. Enamel matrix proteins are well recognizing as a molecule

involved during the signaling events for dental and periodontal tissues formation

These proteins are commercially known as Emdogain® (Straumann).

Experimental and clinics studies are being widely explored in periodontal bone

defects, degree II furcation defects, and gingival recessions and around implants

Associations with regenerative techniques with membranes have been show

better results when compared with Enndogain alone. In innplantology, a few studies

showed favorable results to justify the use of Emdogain around implants as a

biomaterial as well as a treatment for implants surfaces. In conclusion, this review

showed that is possible to reproduce regeneration of periodontal tissues with

application of enamel matrix derivative proteins, however additional studies are

necessary to elucidate the events of periodontal tissues regeneration.

Key-words - Emdogain, enamel matrix derivative proteins, cementoblastos,

periodontal regeneration, implants, cementoblasts.

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO 01

2 OBJETIVO 03

3 REVISÃO DE LITERATURA 04

3.1. Formação do cemento e proteínas derivadas da matriz do esmalte 04

3.2. Doença Periodontal e proteínas derivadas da matriz do esmalte 05

3.3. Indicações Clinicas 06

3.4. Evidências Histológicas 07

3.5. Evidências Clinicas 08

3.6. Implantodontia e proteínas derivadas da matriz do esmalte 10

4 DISCUSSÃO 11

5 CONCLUSÕES 14

6 REFERÊNCIAS 15

I INTRODUÇÃO

A doença periodontal não tratada tem corro conseqüência a perda dental

através da destruição do aparato e das estruturas de suporte do dente. Fatores

locais, muitas vezes associados as doenças sistêmicas, afetam os componentes

teciduais e consequentemente a integridade das estruturas periodontais. A

doença periodontal é a causa mais notável, pois leva a inflamação dos tecidos,

degradação dos componentes da matriz, perda de fibras de inserção e

reabsorção do osso alveolar e da superfície radicular (cemento) (AUKHIL et al.

1990)

As terapias periodontais visam não sorrente o fim da progressão da

doença, mas também a regeneração das estruturas perdidas através da doença.

As técnicas cirúrgicas convencionais são um dos métodos mais eficazes de

acesso a superfície da raiz, visando a redução de bolsas periodontais. No

entanto, estas técnicas oferecem limitado potencial de reconstrução dos tecidos

destruidos durante a progressão da doença. Recentemente, procedimentos

cirúrgicos tern como objetivo buscar a regeneração dos tecidos periodontais e de

um aparato funcional o mais próximo possível aos tecidos originais (WANG et al

2005).

O restabelecimento de urn periodonto higido não pode ser obtido na

ausência do cemento (LINDSKOG & BLOMLOFF, 1983), deste modo um fator

crucial para a regeneração clinica do periodorto é a formação de um novo

cemento, além do novo ligamento periodontal e novo osso alveolar. A função do

cemento é a inserção das fibras do ligamento periodontal a superfície radicular.

Alguns estudos têm avaliado a origem e os fatores relacionados a formação do

cemento bem como os fatores associados a promoção da regeneração desse

tecido mineralizado altamente especializado (LYNCH et al. 1999).

A importância e o papel das proteínas da matriz do esmalte, conhecidas

principalmente como amelogeninas, tem sido idetificado como fator iniciador da

cementogenese durante a formação radicular (HAMMARSTROM, L. 1997b). As

proteínas derivadas da matriz do esmalte, conhecidas comercialmente como

Emdogain® Straumann, podem ser utilizadas na clinica atual como um dos

materiais biologicos, capazes de promover a regeneração/cicatrização dos

componentes originais do periodonto de inserção: o ligamento periodontal,

cemento e osso alveolar. Vários estudos relatam resultados positivos deste

material (AUKHIL et al. 1990; GESTRELIUS et al 1997a; GESTRELIUS et

al1997b; HAMMARSTROM et al 1997a; HAMMARSTROM 1997b; HEIJL 1997;

HEIJL et al 1997; BEERTSEN et al 1998; PETINAKI et al 1998). No entanto, muito

pouco é estudado sobre o efeito das proteínas da matriz do esmalte associado

aos implantes ósseo-integrados.

2 OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo revisar a literatura atual a respeito do uso

das proteínas da matriz do esmalte, Emdogain® Straumann, em periodontia e

trabalhos associados em implantodontia.

3 REVISÃO DE LITERATURA 1

3.1. Formação do cemento e amelogeninas

Classicamente, o cemento é um tecido mineralizado único que recobre a

superfície das raizes dentais e que, em conjunto com as fibras colágenas e o

osso alveolar, formam o aparato do periodonto de sustentação responsável pela

manutenção dos dentes nos seus alvéolos (KATCHBURIAN & ARANA-CHAVEZ,

1999). A alteração patológica em um destes componentes periodontais é capaz

de promover a moléstia periodontal com conseqüente perda de função normal

(LYNCH et al. 1999).

Durante o processo de formação dos tecidos dentais e periodontais de

suporte, uma série de eventos e interações celulares ocorrem simultaneamente,

sendo estes dependentes e coordenados através de moléculas sinalizadoras

(THESLEFF et al. 1996). Anteriormente a formação dos tecidos periodontais,

acontece os eventos relacionados com a formação da coroa dental. Os eventos

celulares e moleculares envolvidos na formação do esmalte, dentina e polpa

dental são sinalizados a partir de células de origem epitelial (epitélio externo e

interno do órgão do esmalte — ameloblastos) e que atuariam como moléculas

ativadoras das células de origem ectomesenquimal (células ectomesenquimais do

foliculo dental — odontoblastos), caracterizando assim as interações epitélio-

mesênquima essenciais para a formação da maioria dos tecidos do organismo.

Durante o processo de desenvolvimento do germe dental, as proteínas da

matriz do esmalte são secretadas a partir dos restos da bainha epitelial de

Hertwig, e a sua função é induzir a diferenciação de células do foliculo dental

(indiferenciadas) em cementoblastos para a formação do cemento (OWENS PD,

1978; HAMMARSTROM L, 1997).

A bainha epitelial de Hertwig (BEH) constitui a extensão apical do órgão

dentário e a camada interna desta bainha representa a extensão da camada

ameloblástica na coroa. Tem sido proposto que proteínas dessa bainha epitelial

estejam envolvidas na formação do cemento acelular. (SLAVKIN & BOYDE, 1975;

SLAVKIN H.C. 1976).

1 Baseado na MBR 10520 ago. 2002 da ABNT

Estudos radiograficos e de microscopia eletrônica de varredura,

demonstram que as células da bainha epitelial de Hertwig exibem organelas

sugestivas de atividade secretora. Em humanos, tem sido mostrada a presença

de amelogenina na região apical da raiz do dente em desenvolvimento, sugerindo

que proteínas relacionadas a formação do esmalte estejam envolvidas na

formação do cemento acelular (OWENS PD, 1978; OVVENS PD, 1980;

LINDSKOG & HAMMARSTROM,1982; LINDSKOG S, 1982a; LINDSKOG S,

1982b; HAMMARSTROM L,1997a).

3.2. Doença Periodontal e Amelogeninas

A periodontite é caracterizada pela destruição dos tecidos periodontais de

suporte (cemento radicular, ligamento periodontal e osso alveolar), observada

clinicamente por perda de inserção e formação de bolsa periodontal. Mesmo

parcialmente destruidos, os tecidos do periodonto abrigam células com

capacidade para regenerá-lo (AUKHIL et al 1990; WANG et al 2005). Tal fato tern

aumentado o interesse no desenvolvimento de procedimentos que estimulem a

capacidade regenerativa destas células (ex. células mesenquimais

indiferenciadas e fibroblastos), que levariam a formação de um novo aparato de

inserção (PITARU et al 1994).

Uma alternativa para se obter a regeneração periodontal é a tentativa de

imitar os eventos que acontecem durante o desenvolvimento radicular. Existem

evidências crescentes de que as células da bainha epitelial de Hertwig, que é a

extensão apical do órgão do esmalte, secretem proteínas durante a formação

radicular e que estas estão envolvidas na formação do cemento acelular durante

o desenvolvimento dentário (SLAVKIN & BOYDE, 1975; OVVENS PD, 1978;

HAMAMOTO et al 1996).

Proteínas derivadas da matriz do esmalte, tendo a amelogenina como seu

principal componente, tem sido utilizado corno material para regeneração

periodontal baseado em evidências de que as mesmas são ativas durante a

embriogênese do cemento (CATON JG, 1997).

Em 1997, Hammarstronn (1997b) e HeijI (1997), introduziram uma técnica

alternativa para regeneração periodontal baseada na formação dental embrionária

e no uso das proteínas derivadas da matriz do esmalte. EmdogainO, o primeiro

produto comercial a disposição do clinico, foi produzido inicialmente por Biora

(Malmo, Suíça) e que atualmente é comercializada por Straumann (Suíça).

Emdogain0 Straumann é composto por amelogenina suína, extraídas diretamente

do germe dental permanente de suínos jovens, (BLOMLOFF & LINDSKOG, 1998;

ARAÚJO et al, 2003), que é homóloga à huriana, evitando assim reações

imunológicas indesejadas. Esta matriz de proteínas é composta 90% de

amelogeninas e o restante 10% formado por outras proteínas do esmalte como

prolinas, tuftelinas, pelo menos uma proteína salivar e fatores de crescimento

como TGF-13 (BROSJO et al, 1990; ESPOSITO et al, 2003).

A descoberta de urn veiculo ideal para transportar e manter as proteínas

derivadas da matriz do esmalte (PDME) na região aplicada foi fundamental para a

sua comercialização. (HAMMARSTRM L,1997c). Foi observado que a solução de

alginato propileno glicol (PGA) preenche os requisitos essenciais de um veiculo

para facilitar a aplicação de proteínas da matriz do esmalte. Segundo o fabricante.

Emdogain0 Straumann, o PGA serve de agente mediador na formação do

cemento radicular do dente em desenvolvimento, providenciando uma base para

todos os tecidos necessários a uma fixação efetivamente funcional. Ao imitar os

processos biológicos de desenvolvimento natural dos dentes, o Emdogain®

Straumann forma uma matriz extracelular tridimensional insolúvel. Esta matriz

permanece na superfície da raiz durante 2 a 4 semanas e permite a colonização

seletiva, a proliferação e a diferenciação das células. Recentemente, Bosshardt et

al. (2005), mostraram a formação de um tecido similar ao osso ao longo de raizes

raspadas e tratadas com Emdogaine Straumann no período de 2 a 5 semanas.

3.3. Indicações Clinicas

Segundo o fabricante do Emdogain0 Straumann, o uso das proteínas da

matriz do esmalte está indicado para os seguintes procedimentos clínicos:

recessões gengivais, defeitos intraosseos e defeitos mandibulares de furca classe

II com minima perda óssea interproximal; e indica o uso de Emdogain Plus®

Straumann (uma variação do produto contendo na sua composição partículas

ósseas) para o caso de defeitos ósseos extensos.

Segundo Heard & Mellonig (2000), as principais terapias reconstrutivas

empregadas por periodontistas são a regeneração tecidual guiada (RTG),

enxertos ósseos e mediadores biológicos, sendo possível obter regeneração

quando são utilizados enxertos autógenos, halógenos e xenógenos, bem como as

proteínas derivadas da matriz do esmalte. Porém, a indicação de cada técnica

regenerativa deve estar associada à avaliação precisa do quadro apresentado.

3.4. Evidências Histológicas

Relevantes trabalhos experimentais foram realizados, principalmente nas

décadas de 80 e 90, com objetivo de mensurar 'iistologicamente o potencial de

regeneração das proteínas derivadas da matriz: do esmalte.

A capacidade de diferenciação das células epiteliais odontogenicas foi

estudada, onde a presença de amelogenina na polpa foi observada

histologicamente e imunohistoquirnicamente. 0 estudo mostrou que as células da

bainha epitelial de Hertwig podem diferenciar-se em ameloblastos e produzir

amelogenina (HAMAMOTO et al, 1996). Hammarstróm (1997c) comparou o

envolvimento das proteínas da matriz do esmalte na formação do cemento

acelular de fibras extrínsecas, dando ênfase a amelogenina. Uma seqüência de

estudos foi realizada por Lindskog e colaboradores (1982, 1982a, 1982b).

Lindskog (1982a) experimentou e analisou a distribuição da amelogenina, por

imunohistoquimica. Os resultados demonstraram que a mesma é encontrada na

fase inicial da mineralização dos molares em ratos e no término apical da

formação radicular de dentes (molares) humanos. No segundo experimento,

(LINDSKOG, 1982c) a matriz do esmalte foi exposta experimentalmente as

células do foliculo dentário. Um tecido similar ao cemento acelular foi observado

recobrindo as areas previamente expostas. No terceiro, (LINDSKOG &

HAMMARSTROM, 1982), uma matriz de esmalte suína foi depositada em

cavidades experimentais. Como resultado, foi observado que a matriz do esmalte

induziu a formação de um cemento acelular. Estes estudos suportam a hipótese

de que proteínas da matriz do esmalte estão envolvidas no desenvolvimento do

cemento e que estas proteínas podem ser usadas como meio para regenerar

fibras extrinsecas de cemento acelular.

A capacidade das proteínas da matriz do esmalte em influenciar

propriedades especificas das células do ligamento periodontal foi determinada in

vitro. Migração, proliferação, mineralização e tarnbém as mudanças da resposta

imune dos linfocitos após a exposição às proteínas da matriz do esmalte

(EMDOGAIN ®, BIORA AB, Malmo, Suécia) foram testadas. Análises imunológicas

demonstraram que as proteínas da matriz do esmalte formavam agregados

protéicos, fornecendo urn meio único para a interação das células com matrizes

extracelulares. As proteínas da matriz do esmalte podem fornecer urna matriz

positiva para células do ligamento per iodontal em sítios regenerativos

(PETEINAKI et al, 1998).

A natureza das células associadas corn a formação de cemento reparativo

acelular de fibras extrínsecas foi constatada por Beertsen et al (1998) através de

lesões periodontais em incisivos inferiores de ratos e implantação de membranas

de colágeno calcificadas, partículas de hidroxiapatita e/ou membranas não

reabsorviveis de politetrafluoretileno expandido (ePTFE). A conclusão do autor foi

que camadas de cemento reparativo acelular de fibras extrínsecas são formadas

apenas em superfícies calcificadas e que as células do ligamento periodontal corn

fenotipo fibroblástico estão associadas com esta atividade reparativa.

Em defeitos ósseos, o uso de proteínas da matriz do esmalte e sua

associação em técnicas de regeneração teciclual guiada com uso de membranas

reabsorvíveis, foram capazes de induzir a formação de novo cemento sobre a

superfície da raiz (SALLUM et al. 2004)

0 efeito das proteínas derivadas da matriz do esmalte na cicatrização da

ferida periodontal foi avaliado também em defeitos de furca Classe Ill em animais.

Estes trabalhos mostraram que as proteínas derivadas da matriz do esmalte,

quando aplicadas sobre uma dentina instrumentada e condicionada corn ácido,

podem criar um meio propicio para a formação de um cemento acelular (ARAÚJO

& LINDHE, 1999; HOVEY et al. 2006).

Trabalhos realizados in vitro mostraram ainda a capacidade das proteinas

da matriz do esmalte em estimular a proliferação, migração e diferenciação de

fibroblastos, cementoblastos e células indiferenciadas em cultura (TOKIYASU et

al. 2001; RINCON et al. 2003; BOABAID et al. 2034).

3.5. Evidências Clinicas

Foi mostrado através de uma revisão sistemática que existem evidências

suportando o uso das proteínas da matriz do esmalte para defeitos ósseos

periodontais com objetivo de reduzir profundidade de sondagem e melhorar os

níveis clínicos de inserção (GIANNOBILE & SOME.RMAN, 2003)

Zetterstróm et al (1997), avaliaram a eficácia e tolerabilidade com uso

repetido do EMDOGAIN ® (BIORA AB, Malmii, Suécia) associado à cirurgia

periodontal. Foi constatado que o potencial imunogênico do EMDOGAIN® é

extremamente baixo quando utilizado junto à cirurgia periodontal. Clinicamente,

durante o período de 8 meses a 3 anos, diferenças estatisticamente significantes

entre os grupos teste e controle foram encontradas para redução de profundidade

de bolsa, ganho de inserção clinica e ganho de osso em exame radiografico, para

o grupo teste. Concluindo, o maior ganho de inserção a sondagem foi obtido com

o uso de EMDOGAIN® .

HeijI et al (1997) comparou clinicamente em longo prazo o efeito do

EMDOGAIN® como adjunto para a cirurgia a retalho de Widman modificado

(RWM). Os resultados para ganho de inserção clinica nos lados teste e controle

foram, respectivamente, 2.1mm e 1.5mm em 8 meses; 2.3mm e 1.7mm em 16

meses; e 2.2mm e 1.7mm em 36 meses; apresentando diferenças

estatisticamente significantes em cada período. Radiograficamente o nível ósseo

aumentou durante os 36 meses de acompanhamento nos sítios tratados com

EMDOGAIN®, enquanto nos sítios controle, este permaneceu perto da altura

inicial. Este estudo demonstrou que a aplicação tópica de EMDOGAIN em

superfícies radiculares previamente tratadas associadas com defeitos infra-

ósseos, promoveu um aumento no ganho ósseo e inserção clinica comparado a

cirurgia controle.

Segundo Abbas et al (2003), a nível clinico, o uso de cirurgia mucogengival

em combinação com a aplicação de gel de proteínas da matriz do esmalte,

Emdogain, resulta em recobrimento gengival e ganho de inserção clinica.

Ainda hoje, alguns trabalhos têm mostrado outros benefícios para o uso do

Emdogain associado a cirurgia periodontal em paciente com periodontites. Myrhe

et al (2006), associaram a ação das proteínas da matriz do esmalte a sua

capacidade de modular a liberação de citocinas pró-inflamatórias. Wennstrom &

Lindhe (2002), mostraram que quando aplicado topicamente em bolsas

periodontais instrumentadas, o Emdogain promove uma melhora na resposta

cicatricial dos tecidos moles periodontais.

3.6. Amelogeninas e lmplantodontia

Em implantodontia, o uso das proteínas da matriz do esmalte, corn o

objetivo de estimular a formação de tecidos mineralizados ao redor de implantes

de Mani° têm sido recentemente avaliado. Foi demonstrado que a aplicação de

proteínas da matriz do esmalte sobre a superfície de implantes pode favorecer a

formação de osso trabecular, agindo como uma matriz biológica efetiva para

melhorar a indução de novo trabeculado ósseo resultando na osteointegração de

implantes no osso (SHIMIZU-ISHIIRA et al. 2002).

Por outro lado, Franke Stenport & Johansson (2003) indicaram que o

Emdogain® Straumann não contribuiu para a formação óssea ao redor de

implantes de titânio implantados em fêmur de coelhos, pois clinicamente a

osteointeg ração ocorreu sem qualquer interferência.

No entanto, Cangini & Cornelini (2005), mostraram que em implantes

colocados em alvéolos após extração dental, tiveram melhor formação de tecido

ósseo e cicatrização de tecido mole, quando associado o uso de membranas

reabsorviveis com as proteínas da matriz do esmalte. Da mesma forma, a

associação do uso de proteínas da matriz do esmalte e técnicas de regeneração

óssea guiada promoveu a cicatrização de defeitcs ósseos ao redor de implantes

(CASATI et al. 2002). Muitas situações podem ocorrer à carência de tecido ósseo

ou a presença de defeitos periodontais na area receptora do implante. Nestes

casos, técnicas regenerativas tornam-se necessárias para a correção do defeito

periodontal e colocação do implante (KAO et al. 2005).

4. DISCUSSÃO

De acordo com a revisão da literatura, foi observado que as proteínas

derivadas da matriz do esmalte apresentam poder regenerador, quando aplicadas

sobre a superfície radicular, atuando de forma distinta das demais técnicas para

regeneração periodontal conhecidas até o momento, pois apresentam um

componente biológico.

As proteínas da matriz do esmalte têm sido utilizadas para promover

neoformação do cemento inserido à dentina subjacente em estudos

experimentais. 0 mecanismo de ação não é completamente conhecido, mas

sugere-se que simule o papel das proteínas do esmalte na cementogenese

(SLAVKIN & BOYDE, 1975; THESLEFF e al, 1996). Assim, a deposição

temporária de proteínas da matriz do esmalte sobre a superfície radicular seria

um passo essencial para induzir a neoformação de cemento acelular, que pode

eventualmente ser seguida pela formação de urn novo ligamento periodontal e

osso alveolar. A ampla indicação para a utilização das proteínas do esmalte em

conjunto com a cirurgia periodontal regenerativa, parece promover uma matriz

extracelular natural para re-colonização de superfícies radiculares previamente

doentes por células que expressam o fen6tipo do cementoblastos (HEARD &

MELLONIG, 2000; KAO et al, 2005; WANG et al, 2005).

Durante os últimos 20 anos, proteínas relacionadas ao esmalte tern sido

associadas com a formação de cemento. Os estudos revisados mostram a

formação do cemento acelular de fibras extrínsecas, em seguida a utilização de

proteínas da matriz do esmalte. 0 cemento form a-se concomitantemente com a

dentina e na presença da bainha epitelial de Hertwig, desenvolvendo um papel

importante como tecido de sustentação graças à presença de fibras colágenas

(fibras de Sharpey) incorporadas a maior parte de sua extensão (SLAVKIN, 1976;

LINDSKOG, 1982a; LINDSKOG, 1982b). É interessante notar também que as

células perto da superfície radicular parecem carregar a mensagem não apenas

para formação de cemento acelular, mas também para formação do ligamento

periodontal e osso alveolar.

Grande parte dos trabalhos que demonstram a eficácia das prnteínas da

matriz do esmalte em produzir regeneração periodontal foi feita em defeitos

experimentais em animais. Tais defeitos foram confeccionados com broca após

retalho cirúrgico e utilizados para comparação morfométrica. Esses modelos

demonstram que é possível se obter a formação de um cemento acelular de fibras

extrínsecas com ligamento periodontal e osso associado (BEERSTEN et al 1998:

CASATI et al, 2002; SALLUM et al. 2004). Contudo, a maior desvantagem de

estudos em animais é a interpretação relativa do prognóstico em humanos. Além

disso, a confecção de defeitos ósseos artificiais não reproduz as condições locais

causadas pela doença periodontal aos tecidos, principalmente com relação a

alterações microbianas e resposta do hospedeiro.

HeijI (1997) utilizou um defeito experimental em humanos para analisar os

efeitos das proteínas da matriz do esmalte no periodonto. Apesar das

desvantagens de defeitos artificiais descritas anteriormente, este artigo teve seu

valor pela analise histológica de tecido humano. Os resultados destas análises

foram semelhantes as encontradas nos estudos em animais, mostrando um

aumento no ganho ósseo e inserção clinica quando o EMDOGAINO foi utilizado

Porém, a falta da doença periodontal nos leva a questionar a reprodutibilidade

destes resultados em defeitos naturais.

Clinicamente, as proteínas da matriz do esmalte, analisadas com o uso do

EMDOGAIN® , tem mostrado ter uma boa eficácia em longo prazo. Foi observada

uma melhora no nível de inserção, na profundidade de bolsa e no ganho ósseo .

Essa melhora tende a progredir com o tempo, o que não aconteceu nas regiões

onde o EMDOGAIN ® não foi utilizado (ZETTERSTROM et al. 1997), bem como

uma excelente tolerabilidade e baixa reação imunológica contra o EMDOGAIN"

confirmando a homogeneidade existente entre a proteína humana e a suma.

A descoberta de um veiculo ideal para transportar e manter as proteínas da

matriz do esmalte na região necessária foi fundamental para a sua

comercialização. As proteínas da matriz dc esmalte têm características

hidrófobas, o que causa agregação protéica em areas úmidas, além de se

tornarem praticamente insolúveis em pH fisiológico e temperatura corporal. A

solubilidade aumenta em pH ácido e/ou alcalino, e em baixa temperatura. Uma

formulação liquida adequada deve, desta forma, ter um pH não neutro e permitir

uma precipitação gradual ce matriz quando condições fisiológicas são

restabelecidas (HAMMARSTROM L,1997c).

De acordo com Caton em 1997, com desenvolvimento e aprovação das

proteínas da matriz do esmalte, iniciou-se urna nova fase na terapia de

regeneração periodontal. Após uma década, Os estudos mostraram que os

sucessos das terapias regene-ativas periodontais dependem principalmente da

associação de biomateriais e tecnicas corretas para cada sitio a ser tratado, bem

como as características do hos )edeiro e a resposi:a ao tratamento.

5 CONCLUSÕES

De acordo com trabalhos experimentais, as proteínas derivadas da matriz

do esmalte parecem induzir a formação de um cemento acelular de fibras

extrínsecas. A formação de um novo ligamento periodontal e osso alveolar podem

ocorrer em decorrência da formação deste ..-.:emento, proporcionando uma

regeneração parcial do periodo to destruido.

Clinicamente, resultados positivos com ganho de inserção clinica e

diminuição de profundidade ( e sondagem podem ser atribuídos ao uso das

proteínas da matriz do esmalt , associado, na rraioria das vezes, a técnicas de

regeneração tecidual guiada, ri as não ao uso isolado destas proteínas.

O número de trabalho E clínicos associados a implantodontia é restrito,

porém estes descrevem resultados satisfatórios, quando proteínas da matriz do

esmalte são associadas as cir Argias periodontais visando regeneração do tecido

ósseo essencial para a osseoir tegração de implantodontia.

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