Ferramentas integradoras entre Indústria / Fabricantes com Varejistas / Fulfillment
04 PRÁTICA DE GESTÃO DE ESTOQUE EM EMPRESAS VAREJISTAS DE...
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Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, V. 5, N° 1, art. 4, p 71-110 maio 2016, ISSN 2317-0727
Revista Ampla de Gestão Empresarial www.revistareage.com.br
PRÁTICA DE GESTÃO DE ESTOQUE EM
EMPRESAS VAREJISTAS DE ROUPA INFANTIL
Giulia Costa Cardoso1
Samara Melissa Gomes Fagundes1 Carlos Eduardo Pinto2
RESUMO O presente estudo aponta como é realizada a pratica de gestão de estoque, em três empresas que atuam no ramo varejista de roupas infantis na cidade de Registro. A pesquisa tem como objetivo geral verificar a importância das práticas de gestão de estoque para as empresas de ramo varejista de roupas infantis situadas na cidade de Registro/SP. Procurando especificamente identificar a colaboração da gestão de estoque na obtenção da vantagem competitiva, bem como identificar quais os benefícios adquiridos pelas empresas que praticam a gestão de estoques de maneira eficiente. O trabalho estudou a relação entre gestão de estoque e vantagem competitiva, foi elaborado um estudo de caso, no qual os dados foram obtidos através de entrevistas aplicadas aos gestores das empresas. Ficando constatado que a vantagem competitiva, não é totalmente obtida através de um bom gerenciamento de estoques, e sim por meios alternativos como o atendimento diferenciado ao cliente, adotando também técnicas de divulgação e venda. Palavras Chave: Logística; Gestão de estoques; Competitividade.
1 Alunos Curso Técnico em Logística. Instituto Federal de São Paulo (IFSP) - Campus Registro. 2 Mestre em Administração pela Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Especialista em Administração de Marketing (FESP). Graduado em Administração (UFPR). Professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
Prática de Gestão de Estoque em Empresas Varejistas de Roupa Infantil Cardoso, G. C.; Fagundes, S. M. G.; Pinto, C. E.
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1 INTRODUÇÃO
O varejo de vestuário no Brasil, nas últimas décadas, tem apresentado um
crescimento inigualável devido a melhora na distribuição de renda e o crescimento
de varejo de rua e de shopping centers. Segundo com Caetano (2013) no primeiro
semestre de 2013, a categoria Moda e Acessórios liderou pela primeira vez o
ranking dos produtos mais vendidos na internet. Outro resultado que comprova o crescimento desse ramo foi que o Brasil subiu duas posições na lista dos países que
mais consomem roupas, saltando do sétimo para o quinto lugar.
O mercado não para de crescer, então nos últimos anos este tipo de ramo
sofreu uma elevação na concorrência, onde que as empresas, para se manterem
ativas no mercado, necessitam adequarem sua gestão, com o intuito de garantir seu
lugar neste vasto mercado. Diante do cenário varejista atual, surge a necessidade de as empresas
assumirem posturas estratégicas que levem a diferenciais competitivos. No qual, as
mesmas visam modificar suas práticas empresariais, principalmente em relação à
atividades de gestão de estoque, por este setor estar diretamente relacionado com a
satisfação do cliente. Pois a área da gestão de estoques é responsável pela
disponibilização do produto na hora e no local correto com condições propicias para consumo. Ou seja, este setor funciona como uma ferramenta de diferenciação que
auxilia na obtenção da vantagem competitiva.
Nesta linha de raciocínio, a busca pela melhoria e maximização no processo
deixou de ser apenas um fator de diferenciação entre as empresas, e passou a
assumir um papel determinante para a sobrevivência no mercado varejista.
Para as empresas que atuam no ramo varejista, existem vários benefícios que
podem ser identificados com uma boa gestão de estoques, tais como: maximização
dos fluxos de informação, agilidade na movimentação interna, potencialização dos
processos logísticos e elevação do nível de serviço oferecido ao cliente que estão
mais exigentes atualmente. Além disso, a melhoria no gerenciamento de estoques
pode garantir o aumento dos lucros devido à redução de custos logísticos. Diante do levantamento feito, o presente estudo deseja responder a seguinte
questão: A vantagem competitiva é obtida através de um bom gerenciamento de
estoques?
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Tendo como objetivo geral verificar a importância das práticas de gestão de
estoque nas empresas do ramo varejista de roupas infantis na cidade de Registro. E
como específicos: levantar fundamentação teórica sobre a gestão de estoque; identificar, através de entrevistas, as práticas de gestão de estoque; analisar os
resultados obtidos; verificar se as práticas de gestão de estoques auxiliam na
obtenção da vantagem competitiva; apresentar resultados obtidos;
Este trabalho se estrutura em seis partes, onde a primeira é apresentada a
introdução. O capitulo dois trata da definição de estoques, importância e
gerenciamento do mesmo, bem como discorre sobre o conceito de Vantagem
competitiva e as etapas de obtenção da mesma. Tal capítulo mencionado é
constituído por uma revisão literária através de uma pesquisa bibliográfica feita em
livros e artigos da internet. Em seguida é apresentada a metodologia utilizada nesse
estudo que viabilizará o alcance dos objetivos propostos. No quarto capitulo, é
apresentado a análise dos dados obtidos com a pesquisa no ramo varejista de roupas infantis. E no quinto, é apresentada a análise dos mesmos. Por fim, tem-se
as conclusões do estudo em questão.
Atualmente, devido à grande competividade no mercado, as empresas
buscam métodos logísticos para melhorar sua gestão e aperfeiçoar seus processos,
bem como para diminuir custos. Uma das estratégias adotadas pelas empresas é a
gestão de estoques. A gestão de estoques é uma atividade de suma importância dentro da
empresa, pois é no estoque que está todos os produtos que irão gerar lucro para a
empresa, tornando-se essencial em uma gestão eficiente. Para entender-se mais
este setor, é necessários estudos que delimitem o mesmo, apontando seus
objetivos, suas características e suas vantagens e desvantagens.
Este trabalho, além de explicar melhor a gestão de estoques, também tem a
função de aliar a pratica com a teoria, para verificar se as empresas e seus gestores
aplicam a teoria que está contida na literatura. 2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 LOGÍSTICA
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Para Pozo (2010) a logística é um conjunto de atividades de movimentação e
armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o intuito de gerar níveis de serviço
adequados aos clientes ao menor custo possível.
Dias (2010) comenta que a Logística engloba o suprimento de materiais, a
movimentação o controle de produtos e o apoio ao esforço de venda dos produtos
finais, até a colocação do produto acabado para o consumidor. Ainda seguindo essa
linha de raciocínio é possível entender qual a importância do setor logístico em uma
empresa, e enxergar a necessidade de um melhor fluxo contínuo dos materiais,
controle da produção, embalagem e transporte.
Para Dias (2010) pode-se dividir a logística em dois principais subsistemas de
atividades: Administração de Materiais e Transporte/ Distribuição Física, cada uma
envolvendo o controle da movimentação e a coordenação da demanda-suprimento.
2.2 ARMAZENAGEM
Segundo Lambert, Stock e Vantine (1998) a armazenagem é definida como a
parte do sistema logístico da empresa que estoca produtos (matérias primas, peças,
produtos semiacabados e acabados) entre o ponto de origem e o ponto de consumo e proporciona informações à diretoria sobre a situação, condição e disposição dos
itens estocados.
Para Banzato et al. (2003) armazenagem tem como função principal a
administração do tempo e do espaço, bem como servir como proteção para
incertezas. Ainda para o mesmo autor, a armazenagem influencia os aspectos
fundamentais para alcançar o sucesso da organização, tais como o nível de serviço
ao cliente, a produtividade organizacional e a qualidade de produtos e serviços.
Portanto, pode-se observar que a armazenagem é um recurso importante
para o bom desempenho da empresa, pois envolve diretamente o manuseamento
dos materiais necessários para o funcionamento da mesma, além de maximizar os
processos de movimentação.
2.3 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (TI)
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De acordo com Banzato (2010) a Tecnologia de informação (TI) permite que a
organização disponha de vários recursos tecnológicos que auxiliam em seus
setores, aumentando a produtividade e se destacando competitivamente perante seus concorrentes.
Para Banzato (2010) investir em Tecnologia de Informação é certamente um
excelente investimento, sendo possível verificar o seu retorno em pouco tempo. Em
um mercado competitivo, a exigência por soluções eficazes e mudanças inovadoras
no setor logístico aumenta a cada dia. Grandes investimentos tornam-se
justificáveis, quando o assunto em questão destaca a necessidade da atualização de
uma empresa diante dos desafios da logística. Perante esses desafios, a Tecnologia
da Informação (TI) ganha um papel fundamental no setor logístico, em que oferece
modernas ferramentas especializadas. Tem como objetivo ser uma ferramenta
facilitadora no processo da tomada de decisão, e possibilitando ainda a integração e
a troca de informações entre as atividades que fazem parte da cadeia de valor de uma empresa, ou seja, as chamadas atividades primárias (que cuidam desde a
entrada de pedidos até sua entrega ao cliente) e as atividades secundárias (que
procede a infraestrutura e a tecnologia para possibilitar o atendimento ao cliente da
melhor forma possível).
2.4 ESTOQUE: conceito e importância
Segundo Moreira (2013) pode-se entender por estoque quaisquer
quantidades de bens físicos que sejam conservados por algum tempo de forma
improdutiva. Ainda, segundo o mesmo autor, os estoques são constituídos tanto por
produtos acabados que aguardam venda ou despacho, quanto por matérias primas
e componentes que aguardam utilidade no processo de produção. “Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão”. (VIANA, 2009, p. 109)
De acordo com Viana (2009) os estoques são recursos ociosos que possuem
valor econômico, além disso eles representam um investimento no qual o objetivo é
promover as atividades de produção e servir aos clientes. O autor também afirma
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que seu gerenciamento deve projetar níveis adequados, com o propósito de manter
o equilíbrio entre estoque e consumo.
Desse modo, o estoque pode ser definido como armazenamento de bens físicos que possuem valor econômico e que são conservados em determinados
locais improdutivamente. Eles podem ser classificados como: Matéria-prima,
produtos em transformação e produtos acabados.
Para Bertaglia (2009) a existência dos estoques está ligada ao desiquilíbrio
existente entre a demanda e o fornecimento, pois se a demanda for maior que o
fornecimento poderá faltar produtos, e se o fornecimento for maior que a demanda o
estoque aumentará. Portanto, se o fornecimento dos itens ocorresse exatamente de
acordo com o momento da demanda, nuca haveria a necessidade dos estoques.
Segundo Ballou (2013) é impossível determinar de forma precisa a demanda
e nem sempre os suprimentos estão disponíveis, então é preciso formar estoques
para garantir a disponibilidade de mercadorias e, consequentemente, reduzir os custos totais de produção e distribuição.
Para Dias (2010) o estoque tem extrema importância para o funcionamento
da empresa, pois ele é o amortecedor entre várias etapas da produção até a venda
final do produto.
De acordo com essas afirmações pode-se perceber que o estoque é um
recurso no qual seu principal objetivo é estabelecer o equilíbrio entre a oferta e a demanda, para que não falte produto, mas também para que não tenha produtos em
abundância. Outro objetivo do estoque é minimizar os custos das operações
logísticas, tais como na distribuição, transporte e no processo operacional das
empresas.
2.4.1 Tipos de estoques
Para Bertaglia (2009) há vários tipos de estoques, tais como: estoque de
antecipação; estoque de flutuação ou estoque de segurança; estoque por tamanho
de lote ou estoque de ciclo; estoque de proteção; e o estoque em transito ou
estoque no canal de distribuição.
O estoque de antecipação é geralmente aplicado para os produtos que tem a
demanda sazonal, as empresas produzem os produtos e os estocam fora do período de pico de demanda. Esse estoque é consumido durante os períodos de pico.
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Estoques de flutuação ou estoque de segurança tem como função proteger a
empresa contra imprevistos na demanda e no suprimento, portanto os estoques de
segurança diminuem a possibilidade dos riscos de falta. Os estoques por tamanho de lote ou estoque de ciclo existem quando os
pedidos exigem um lote mínimo de produção ou venda normalmente maior que a
quantidade para satisfazer uma demanda imediata.
O objetivo do estoque de proteção é proteger a empresa contra imprevistos
que envolvem especulação de mercado, tais como greves, aumento de preços,
situação econômica e política instáveis, ambientes inflacionários e imprevisíveis.
Essas eventualidades podem afetar os resultados da empresa e suas estratégias
organizacionais. Esse tipo de estoque tem grande semelhança com o estoque de
segurança, entretanto o estoque de proteção tem duração temporária e o estoque de
segurança, cujo o objetivo é manter o equilíbrio entre consumo e fornecimento, é
perene. Os estoques em trânsito ou estoque no canal de distribuição corresponde à
guarda de produtos ou materiais que estão em processo de transição ao longo da
cadeia de suprimentos. Há três etapas de estoques em trânsito: suprimento,
processamento interno e entrega do produto.
2.4.2 Categorias de estoque Segundo Bertaglia (2009) as categorias de estoques estão vinculadas ao
fluxo de material e à forma em que pode ser encontrado nas diferentes etapas do
processo. Há sete categorias nas quais os estoques podem ser classificados, dentre
elas estão: matéria-prima; produto em processo; produto semiacabado; produto
acabado; estoque de distribuição; estoque em consignação; e provisão de materiais
para manutenção, reparos e operações produtivas – MRO.
Os itens classificados como matéria-prima correspondem a aqueles materiais
comprados ou extraídos que irão sofrer mudanças durante o processo de
transformação. Os produtos em processo referem-se a aqueles materiais que estão
nos estágios do processo de fabricação. Os produtos semiacabados são aqueles
itens que ficam armazenados, aguardando processos de produção adicionais que os
adaptem para usos distintos. A classificação dos produtos acabados refere-se a aqueles itens que já passaram por todas as etapas do processo produtivo e
aguardam para serem distribuídos aos clientes.
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O estoque de distribuição corresponde aos produtos que já passaram por
todas as etapas de testes e inspeções e foi transferido ao centro de distribuição.
Esses estoques já estão prontos a serem distribuídos aos clientes finais. Os estoques em consignação são aqueles estoques de produto acabado ou
peças de reposição que permanecem sob a guarda do cliente, porém, através de
acordos mútuos, ainda pertence ao fornecedor.
Na categoria de provisão de materiais para manutenção, reparos e operações
produtivas – MRO entram os itens que são consumidos ou usados nas operações de
processo e que não compõem o produto final. Eles apenas apoiam as operações da
empresa.
2.5 GESTÃO DE ESTOQUE
Para Bertaglia (2009) O gerenciamento de estoques é um ramo da administração de empresas que está relacionado com o planejamento e o controle
de estoques de materiais ou produtos que serão utilizados na produção ou na
comercialização de bens ou serviços. ”Gestão é um conjunto de atividades que visa, por meio das respectivas políticas de estoque, ao pleno atendimento das necessidades da empresa, com a máxima eficiência e ao menor custo, através do maior giro possível para o capital investido em materiais. Assim, seu objetivo fundamental consiste essencialmente na busca do equilíbrio entre estoque e consumo[...]” (VIANA, 2009, p. 117)
Segundo Viana (2009) há atribuições, regras e critérios para alcançar o objetivo fundamental da gestão: manter o equilíbrio entre estoque e consumo. Tais
atribuições, regras e critérios são:
Impedir entrada de materiais desnecessários, mantendo em estoque somente
os de real necessidade da empresa;
Centralizar as informações que possibilitem o permanente acompanhamento e
planejamento das atividades de gestão;
Definir os parâmetros de cada material incorporado ao sistema de gestão de
estoques, determinando níveis de estoques respectivos (máximo, mínimo e
segurança);
Determinar, para cada material, quantidades a comprar, por meio dos
respectivos lotes econômicos e intervalos de parcelamento;
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Analisar e acompanhar a evolução dos estoques da empresa, desenvolvendo
estudos estatísticos a respeito;
Desenvolver e implantar política de padronização de materiais;
Ativar o setor de compras para que as encomendas referentes a materiais com
variação nos consumos tenham suas entregas aceleradas; ou para
reprogramar encomendas em andamento, em face das necessidades da
empresa;
Decidir sobre a regularização ou não de materiais entregues além da
quantidade permitida, portanto, em excesso;
Realizar frequentemente estudos, propondo alienação, para que as matérias
obsoletos e inservíveis sejam retirados do estoque.
De acordo com Viana (2009) as atribuições do gerenciamento de estoques
são: verificar a necessidade do material; padronização da especificação; codificação;
fixação de níveis de estoque; e cadastramento do item no sistema.
Para Ballou (2013) há uma série de problemas que são comuns na
administração de estoques, tais como os custos associados, os objetivos do
inventario e a previsão das incertezas.
2.5.1. Custos de Estoque Para Pozo (2010) o objetivo de custos em estoque é claro e objetivo:
minimizar o custo total, que é a somatória de todos os custos incidentes ao estoque,
buscando então um balanceamento dos custos de armazenagem, de pedidos e de
falta, para que assim, possa ser oferecido um bom nível de serviço aos clientes.
Retorno de Capital investido em estoque. De acordo com Pozo (2010) a
avaliação do Retorno de Capital investido em estoque é baseada no lucro das
vendas sobre o capital investido em estoques. Custos relacionados ao estoque. De acordo com Dias (2010) os custos
relacionados ao estoque podem ser definidos como os custos que incidem
sobre as atividades envolvidas na gestão do mesmo, dizendo ainda que os
custos relacionados à ele podem ser chamados de custos de armazenagem,
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ressaltando, que os custos de armazenagem sempre são proporcionais à
quantidade e ao tempo que um material permanece em estoque.
Custo de armazenagem. Juntamente com o desenvolvimento industrial e a
concorrência acirrada vem a preocupação com a diminuição de custos, entre
eles está o custo decorrente da estocagem e armazenamento dos materiais,
fator que merece extrema atenção. Segundo Dias (2010) p. 36 anteriormente,
os custos relacionados à armazenagem eram considerados inofensivos
comparado aos demais custos pertencentes ao setor logístico, porém esse
custo era considerável, tendo-se em vista que representava uma parcela de
grande eficácia para diminuir o custo total da empresa, e consequentemente,
era uma arma poderosa para enfrentar a concorrência.
Custo de Pedido. Pozo (2010) diz cada vez que uma aquisição ou um pedido
é enviado, incorrem custos referentes a esse processo, ou seja, por trás de
todo pedido feito existem outros custos, além é claro do valor do material
comprado.
Custo por falta de estoque. Segundo Dias (2010) existem certos elementos
de custo que não podem ser calculados com grande precisão, mas que
acontecem quando um pedido demora ou não pode ser entregue pelo
fornecedor, causando então a falta de estoque. Custo total. De acordo com Dias (2010) custo total engloba todos os custos,
sendo eles, de armazenagem, custo de pedido e por falta de estoque.
2.5.2. Inventario Físico
De acordo com Viana (2009) o objetivo do inventario físico é garantir exatidão
e confiabilidade de registros contábeis e físicos. Essa atividade é essencial para o
funcionamento de um sistema de estoques, e além disso, possibilita o
funcionamento do mesmo com a eficiência exigida.
Para Pozo (2010) o inventário físico pode ser entendido como a contagem
física de seus itens em estoque, em processos ou bens acabados, afim de comparar
a quantidade física com os dados contabilizados em seus registros ou em seu
sistema, com o intuito de acabar com os erros que possam existir entre os valores
contábeis e o que realmente existe no estoque. Servindo também para a contagem
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do valor total do estoque para que seja feito o balanço do ano fiscal e seu imposto
de renda. 2.5.3. Demanda
Viana (2009) caracteriza demanda como intenção de consumo e que tem
como objetivo fazer previsões. Para Bertaglia (2009) é possível classificar a demanda de duas maneiras; demanda independente e demanda dependente.
A demanda independente não é afetada pelas necessidades de produção do
mercado, apesar de ser determinada pelas condições do mesmo. O consumidor é
responsável em gera-la. Seus estoques incluem: o comercio geral, como atacadistas
e varejistas; indústria de serviços; bens de consumo e peças de substituição para empresas de manufatura; e manutenção de peças de reposição em organizações
produtivas.
A demanda dependente está vinculada com a demanda independente e é
determinada pelas decisões de produção. Um exemplo é o pneu de um automóvel.
A quantidade de pneus que serão usados para a fabricação de um carro está
relacionada à quantidade de carros demandados. Ou seja, para que a fábrica
compre o número certo de pneus, é preciso saber a quantidade de carros que serão
produzidos, então, a demanda de pneus é dependente de um item de demanda
independente.
2.5.4. Previsão
Dias (2010) afirma que toda gestão de estoques é guiada pela previsão do
consumo do material. A previsão da demanda determina estimativas futuras dos
produtos acabados que serão comercializados e vendidos. Estabelece, portanto,
quais produtos, quanto desses produtos e quando serão comprados pelos clientes.
Ainda para Dias (2010) as informações básicas que possibilitam decidir quais
serão as proporções e a distribuição no tempo da demanda dos produtos acabados
podem ser classificadas em duas categorias: quantitativas e qualitativas. As
informações quantitativas baseiam-se no estudo da evolução das vendas no
passado; já as informações qualitativas são formadas por opinião de gerentes,
vendedores, compradores e principalmente com pesquisa de mercado.
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2.5.5. Ferramentas para gestão de estoques
Curva ABC De acordo com Dias (2010) a curva ABC proporciona ao administrador a
identificação dos produtos de maior importância para a empresa e que justificam atenção e tratamento adequado quanto ao seu gerenciamento. Ainda, para o mesmo
autor, a curva ABC tem sido usada para diversas atividades executadas dentro das
empresas, tais como para administração de estoques, para a definição de políticas
de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação da produção
e uma série de problemas usuais nas empresas.
Citando o mesmo autor, após os itens terem sidos classificados de acordo com sua importância relativa, as classes da curva ABC podem ser classificadas das seguintes
maneiras:
Classe A: são os itens com mais importância e que devem ser tratados com
elevada atenção pelos gestores.
Classe B: são os itens intermediários entre a Classe A e a Classe C.
Classe C: são os itens de menor importância que não necessitam de tanta atenção dos gestores.
Pozo (2010) elaborou quatro passos necessários para a montagem da curva
ABC. O primeiro passo diz respeito ao levantamento dos itens do problema a ser
resolvido, com os dados de suas quantidades, preços unitários e preços totais; o
segundo passo é caracterizado pela colocação dos itens em uma tabela em ordem
decrescente de preços totais e suas somatórias totais. Na tabela devem estar os dados sobre os itens, nome ou número da peça, preço unitário, preço total do item,
preço acumulado e porcentagem; o terceiro passo é dividir cada valor total de cada
item pela sua própria quantidade total de itens e colocar a porcentagem obtida em
sua respectiva coluna; e por último, deve-se dividir todos os itens em classe A, B, C,
de acordo com determinada prioridade e tempo disponível para tomar decisões
sobre o problema.
Lote Econômico de Compra – LEC Para Gonçalves (2013) o lote econômico de compras tem por finalidade
determinar a quantidade ideal de materiais a serem adquiridos, tendo como objetivo
a minimização dos custos totais em cada operação de ressuprimento de estoque.
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O LEC é a quantidade de material a ser adquirida em cada compra a fim de
atingir o menor custo possível em cada operação. Os custos que devem ser levados
em conta na hora do cálculo do LEC são os custos de armazenagem e o custo do pedido. Também deve-se verificar o histórico da demanda e coloca-la no cálculo.
Ponto de Pedido - PP Segundo Dias (2010) Ponto de Pedido é o momento em que deve ser feito o
pedido, e a quantidade, conforme a variação da demanda, da oferta e dos custos do
sistema. “A grande vantagem desse método consiste numa substancial redução do processo burocrático de reposição de materiais” (Dias, 2010, p. 108)
Estoque de segurança - ES
De acordo com Gonçalves (2013) não é possível prever com exatidão a
demanda do próximo período, sendo assim, estabelece-se um lote de segurança,
que pode ser definido como um estoque adicional com intuito de amortecer os
efeitos da imprevisibilidade. Todo estoque gera custos, por isso é necessário utilizar
métodos que auxiliam no cálculo do lote ideal de segurança.
Estoque médio - EM De acordo com Dias (2010), o estoque médio é qualificado como o parâmetro
de compras e consumo que se realizaram, sendo que o estoque médio pode ser representado pela expressão Q/2 no qual Q equivale a quantidade a ser adquirida
para o consumo. Ainda de acordo com Dias (2010) o estoque de segurança é um meio que só deve ser utilizado em caso de necessidade, sendo assim, vista como
uma constante Q dito como o estoque a ser usado, que pode variar entre o mínimo e
o máximo acima do limite do estoque de segurança.
Indicadores de desempenho Para Bertaglia (2009) as variações nos níveis de estoques influenciam nas
finanças das empresas, então medir o desempenho do estoque é uma atividade
fundamental para que as organizações que administram modernamente seus
estoques, uma vez que as mesmas enfatizam a redução dos estoques. Há vários
tipos de indicadores de desempenho, tais como Giro de estoque, cobertura de
estoque, nível de serviço ao cliente e acurácia de estoques.
Giro de Estoque
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Para Bertaglia (2009) o giro de estoque corresponde ao total de vezes que o
estoque foi consumido durante um determinado período de tempo (normalmente um
ano). Para o mesmo autor, caso o giro de estoques seja alto para determinada empresa é provável que a mesma tenha um alto retorno do capital investido; porém,
esse índice não reflete nos benefícios de se manter estoques.
Cobertura de estoque Para Bertaglia (2009) a cobertura de estoque baseia-se no cálculo da
quantidade de período de duração do estoque antes de ser ressuprido. A cobertura
de estoques é geralmente indicada em números de semanas ou meses,
dependendo do produto e suas características.
Nível de serviço ao cliente Para Bertaglia (2009) as organizações preocupadas com os clientes e suas
necessidades utilizam este indicador de desempenho para avaliar o desempenho de
seus estoques. As empresas que utilizam esse método adicionam o conceito de
tempo, onde o papel da organização é atender à quantidade combinada dentro de
um tempo pré-determinado. Além de satisfazer os clientes, esse método também
atende as demandas diretamente dos consumidores. Para o mesmo autor, esse
indicador é o ponto de partida para melhorar os procedimentos internos.
Acurácia de estoques
Para Bertaglia (2009) A acurácia de estoque é determinada pela relação entre
a quantidade existente nos registros de controle dos estoques e a quantidade real,
existente no armazém. Para o mesmo autor, manter uma acurácia sem erros pode trazer várias vantagens para a empresa, tais como: nível de serviço adequado ao
cliente; determinação de um cálculo de ressuprimento em que o nível de estoque
permaneça ideal para atender as necessidades da empresa; garantia da
disponibilidade do material; eliminação dos excessos de estoques; controle da
obsolescência; e análise da situação financeira com base nas informações corretas
dos estoques.
2.6 VANTAGEM COMPETITIVA
Segundo Dessler (2003) só é possível obter a vantagem competitiva quando
as organizações conseguem destacar sua participação no mercado por meio de
recursos que diferenciam seus produtos com os de seus concorrentes.
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Para Milkovich; Boudreau (2000) obter-se vantagem competitiva atualmente é
necessário que as organizações possuam algo novo que crie valor sobre os
produtos ou serviços oferecidos. Ou seja, precisam ter um diferencial competitivo que é, basicamente, algo que seus concorrentes não tenham e desejam possuir.
Para adquirir a vantagem competitiva é necessário que as organizações agreguem
valor ao seu produto e façam com que os clientes percebam o mesmo.
Cadeia de valor Para Potter (1990) as organizações conseguem com mais facilidade a
vantagem competitiva a partir do momento em que as mesmas entendem quais as
fontes e o comportamento dos custos, bem como o potencial interno de
diferenciação. Para agregar valor a um produto ou serviço é preciso que as
atividades primárias e de apoio tenham os custos reduzidos, menores aos tidos pela
concorrência, para realizar as mesmas funções. Tais atividades, sejam elas primárias ou de apoio, são cruciais para a obtenção da vantagem competitiva. Logo,
as atividades que tem valor são os fatores que constituem a vantagem competitiva,
onde deve haver sincronia entre as mesmas. Formas de obtenção de vantagem competitiva
Para Potter (1990) as organizações podem optar em buscar conseguir dois tipos de vantagem competitiva, tais como: Vantagem de custos e Vantagem de
diferenciação. Os custos é uma forma de vantagem competitiva possível de ser
adquirida pelas empresas. De modo que sempre que os custos totais de execução
das atividades são inferiores aos tidos pela concorrência, as mesmas acabam tendo
vantagem em relação aos demais. A vantagem de diferenciação consiste na
necessidade da empresa de possuir algo valioso e singular em relação aos seus concorrentes.
Potter (1990) reforça que na medida em que acontece a diferenciação, as
organizações conseguem o preço prêmio, vendendo as mercadorias com valores
atrativos para os clientes, bem como garantem a fidelização dos mesmos. A
vantagem competitiva é obtida em função do valor percebido pelos clientes, e essa percepção se da a partir do momento em que se oferta produtos ou serviços a preço
menores do que a concorrência ou quando há existência de fatores que singularize o
que é ofertado pela empresa.
Potter (1990) ressalta que a eficácia operacional e as estratégias competitivas
são fatores nas quais a vantagem competitiva tem dependência. Portanto, torna-se
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necessário que se encontre as atividades que estão incluídas na cadeia produtiva,
responsáveis por elevar o valor do produto ou serviço. Por sua vez, o valor pode ser
elevado por meio da diminuição dos custos operacionais ou através de melhorias no sistema como um todo. Mas, só isso não é suficiente. Há também a necessidade de
posicionamento da empresa com relação a estratégias.
Estratégias genéricas de competição Para Potter (1990) a empresa pode ter dois tipos de vantagem competitiva: a
diferenciação ou o baixo custo. Logo, quando combina o tipo de vantagem
competitiva com a estrutura que uma empresa deseja ter, surge às estratégicas
genéricas: Liderança em custos: acontece quando as organizações produzem com
custos reduzidos, seja para produtos ou serviços. Os meios utilizados para
conseguir reduzir os custos são: economia em escala, uso de tecnologias patenteadas, preferencia de matéria prima.
Diferenciação: ocorre quando a organização tem por objetivo apresentar
valor aos seus clientes, seja por posicionamento singular diante ao mercado
ou utilizar fatores que despertam interesse aos clientes a um preço prêmio. Enfoque: ocorre quando se escolhe um setor competitivo reduzido, onde a
empresa é apta a atender suas necessidades, essa estratégia se divide em duas partes: enfoque na diferenciação e enfoque em custos, onde a primeira
busca diferenciar seus produtos ou serviços em relação ao mercado,
enquanto a segunda busca adquirir vantagem diminuindo seus custos.
Para Kotler (1998) a satisfação é originada por meio da comparação entre os
resultados tidos pelos produtos ou serviços com as expectativas criadas pelos
clientes. Logo a satisfação do cliente está diretamente relacionada com a qualidade dos produtos ou serviços ofertados. Caso as expectativas dos clientes sejam
tendidas, irá gerar a fidelização, caso contrario os clientes irão optar pela
concorrência em decorrência da experiência passada.
3 METODOLOGIA
Neste capitulo apresenta-se a metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho. A pesquisa foi estruturada da seguinte maneira: problema, tipo de
pesquisa, universo e amostra, coleta de dados, análise dos dados.
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De acordo com Marconi e Lakatos (2003) o método é o conjunto das
atividades sistêmicas e racionais que, com maior segurança e economia, permite
alcançar o objetivo, conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
A abordagem escolhida para a realização desta pesquisa foi o quantitativo e
qualitativo, através de entrevista estruturada aplicada aos gestores das empresas
estudadas. Os dados obtidos foram transformados em informações e posteriormente
analisados. O conceito de pesquisa quantitativo, para Richardson et al. (1999),
caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de
informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde a
mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas como
coeficiente de correlação, analise de regressão etc. Já a metodologia qualitativa,
segundo Marconi e Lakatos (2011) preocupa-se em analisar e interpretar aspectos
mais profundos. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc. Segundo a mesma autora, a entrevista
trata-se de uma conversa oral que tem como principal objetivo a obtenção de
informações para a compreensão das perspectivas e experiências das pessoas
entrevistadas.
Foi realizado uma pesquisa bibliográfica descritiva, cujo o objetivo é buscar
um conjunto de conhecimentos sobre o assunto estudado e depois observar, descrever e analisar os fenômenos que acontecem nas empresas estudadas.
Segundo Cervo (2007), a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a
partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses.
Busca-se conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado
sobre determinado assunto, tema ou problema. Ainda para o mesmo autor, a
pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos
(variáveis) sem manipula-los. Procura descobrir, com maior precisão possível, a
frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua
natureza e suas características.
Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizado o método de estudo de caso
que abordou e explicou o problema em questão.
O universo da pesquisa é formado por três lojas do setor de comércio varejista de moda infantil na cidade de Registro-SP acompanhado de seus
respectivos donos, ambos responsáveis pela gestão de seus estoques.
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A coleta de dados é a parte da pesquisa responsável pela obtenção de dados
sobre o alvo da pesquisa, para classifica-los de acordo com suas características.
Nessa pesquisa, o levantamento dos dados foram obtidos diretamente no campo de pesquisa (lojas), com sua aplicação realizada pelos membros da equipe que
compõem esse trabalho.
No que se refere ao modo adotado para a realização e aplicação do
questionário, temos: a criação do questionário, a formatação do questionário,
autorização para realizar a aplicação nas lojas, e finalmente a aplicação do mesmo.
Depois da análise dos dados obtidos, as informações passaram por um
processo de formatação gráfica, contendo também o percentual das respostas para
melhor entendimento e visualização dos resultados.
Pode-se entender o objeto de estudo como o alvo, ou melhor dizendo, o foco
da pesquisa, que se compõem de três lojas do setor varejista de roupas infantis na
cidade de Registro, no qual as mesmas são empresas de pequeno porte que praticam atividades econômicas de fornecimento de roupas e artigos infantis.
As lojas em estudo nos permitiram a realização da pesquisa e nos
autorizaram a citar o nome das mesmas com o único fim de colaborar
voluntariamente com o estudo em questão.
4 RESULTADOS 4.1 PESQUISA NA EMPRESA 01
P1. O gerenciamento do estoque é importante para a empresa e seus resultados
Em relação ao questionamento sobre gerenciamento do estoque o gestor
concorda plenamente com a sua importância para a empresa e para o resultado da
mesma. Justificou que com o gerenciamento dos estoques é possível determinar a quantidade de produtos na empresa e a quantidade de suprimentos a serem
comprados futuramente. Em relação as vantagens de ter um bom gerenciamento de
estoques, o gestor destaca que dentre as inúmeras vantagens de gerenciar de forma
eficiente os estoques, é possível perceber que o sistema de informação utilizado
facilita várias operações, tais como planejamento de compras e a movimentação
interna de materiais, além disso é possível ter uma visão sistêmica dos vários
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setores da empresa, tais como compras, finanças e as entradas e saídas dos
produtos. A empresa utiliza um sistema de gerenciamento, mas também confere
manualmente o estoque, pois facilita a determinação dos produtos que faltam no estoque. P2. A empresa utiliza alguma ferramenta para controle de estoque?
Em relação a ferramentas utilizadas para controlar estoques, o gestor afirma
que utiliza sistema de informatização próprio e também controla seu estoque de
forma visual. Justificou que se encontra satisfeito com o método, pois o mesmo
atende todas as necessidades requeridas pela empresa. O gestor ainda argumenta
que com o sistema de informação, a empresa busca a maximização dos processos
logísticos, a redução de custos de estocagem e o melhor controle dos produtos em
estoque. P3. Foi percebido algum tipo de maximização dos processos internos (compras, movimentação, planejamento da demanda) se comparado a antes da ferramenta estar em uso?
Em relação à melhoras dos processos internos provenientes das ferramentas
utilizadas, o gestor afirma que houve muitas melhorias após o sistema de
informatização próprio ser implantado. Dentre os benefícios proporcionados por tal
ferramenta, o gestor já identificou o aumento da velocidade dos processos logísticos
e o aumento da capacidade de gerenciar o estoque, pois com o sistema é possível ter uma visão sistêmica e geral de todo o controle dos recursos da empresa, tanto
na compra de suprimentos quanto na venda dos produtos. P4. O estoque é verificado constantemente?
Em relação a verificação de estoques, o gestor afirma que seu estoque é
verificado diariamente. P5. Acontecem discrepâncias no gerenciamento do estoque?
No que diz respeito à discrepâncias de estoque, o gestor afirma que em sua
empresa o índice de discrepância não é elevado. P5. Existe um critério de importância para a classificação dos produtos em estoque?
Em relação à critérios de importância para classificação em estoque, o gestor
comenta que seu critério de importância consiste em classificar como os mais importantes os produtos de segmentos que são mais vendidos, como camisetas e
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vestidos, ou seja, roupas básicas. Ainda ressalta que a empresa não classifica seus
produtos pelo preço. P6. Há algum profissional responsável pelo controle dos estoques?
Em relação à profissionais encarregados para gerenciar o estoque, o gestor
afirma que é ele mesmo quem faz tal gerenciamento, e ainda ressalta que ele é um
técnico em logística. P7. A empresa enfrenta alguma dificuldade para administrar o estoque?
Em relação a dificuldades para administra o estoque, o gestor afirma que sua
principal dificuldade é no processo de compras, que mais tarde refletirá no estoque.
Argumenta que Como se trata de uma empresa que trabalha com variedades e
tendências, tem-se a dificuldade em prever os produtos que serão vendidos aos
seus clientes, pois os gostos e estilos são diferentes do encarregado em fazer as
compras. Quando ele não ocorre a compra “certa”, os produtos ficam no estoque e o
gestor opta em fazer liquidações, para obter capital, e desse modo, perde o lucro que ele poderia ter caso não fizesse a liquidação. P8. A empresa consegue minimizar os custos com um bom gerenciamento de estoque?
Em relação a diminuição de custos e gerenciamento de estoques, o gestor
afirma que seus custos são baixos quando acontece um bom gerenciamento de
estoques. Argumenta que quando há um bom gerenciamento de estoques ele evita custos, tais como custo com obsolescência e custo com falta. Ele ainda enfatiza que
consegue diminuir tempo dos processos logísticos. P9. Qual a posição de custos com estoque da empresa?
Em relação com a posições de custos com estoque, o gestor comenta que
seus custos são equilibrados. P10. A empresa trabalha com estoque mínimo?
Em relação à estoque mínimo, o gestor afirma que em sua empresa é
essencial que tenha o estoque mínimo, pois sem ele, torna-se improvável o
funcionamento de uma empresa que sempre esteja pronta para imprevistos. Ou
seja, com isso, o nível de serviço ao cliente aumenta. P11. Como é estabelecida a quantidade de produtos a serem requeridos?
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No que se refere à forma de requerer os produtos e suas quantidades, o
gestor afirma que ele determina tais variáveis com base na ferramenta de gestão de estoques e com base na sua percepção por experiência. P12. A empresa utiliza métodos para cálculo da demanda?
Com relação a utilização de métodos para cálculo da demanda, o gestor
comenta que não faz uso de tais métodos, pois, pois, os produtos estão no
segmento de moda e tendências, sendo assim, torna-se difícil ter uma demanda
predeterminada por um cálculo. Porém há exceções quando se trata de peças
básicas, como camisetas, que sempre são vendidos, desse modo, o gestor aumenta
a quantidade requerida desses produtos. P13. A empresa consegue manter o equilíbrio entre o fornecimento e a demanda?
No que diz respeito à equilíbrio entre fornecimento e demanda, o gestor
afirma que consegue manter tal equilíbrio. P14. Qual o intervalo de tempo para a reposição dos estoques?
Referente a intervalo de tempo para a reposição dos estoques, o gestor
comenta que a reposição ocorre num intervalo de quatro meses. Ainda argumenta
que isso ocorre devido à coleções e tendências que variam de estação para
estação. P15. Como são efetuados os pedidos dos produtos?
No que diz respeito a forma de efetuação de produtos, o gestor comenta que
ele adota várias maneiras, tais como: efetuação por telefone, efetuação por internet,
efetuação por representante comercial e compra direta. P16. Como é feita a formação dos preços dos produtos?
Em relação a formação dos preços dos produtos, o gestor identifica que seus
preços são formados tomando por base a média do mercado, o custo dos produtos e
também pela decisão interna de quanto ele quer obter de lucro. P17. Os preços em relação ao mercado são?
No que diz respeito à preços de produtos em comparação ao mercado, o
gestor afirma que seus preços são médios. P18. A empresa determina a quantidade de materiais a serem requeridos pelo LEC?
No que diz respeito à utilização do LEC para determinação de quantidades a
serem requeridas, o gestor afirma que não faz uso de tal método.
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P19. A empresa utiliza o inventario para controle dos estoques? Em relação à utilização de inventários de estoque, o gestor afirma que faz o
uso de tal ferramenta. Ainda argumenta que é através do inventario que é possível obter maior controle de peças em estoque e evitar as faltas. P20. Qual é a estratégia competitiva adotada pela empresa?
Com relação a estratégias competitivas adotadas pela empresa, o gestor
comenta que a empresa procura divulgar seu nome através do marketing. Ele utiliza
meios de comunicação como redes sociais e carros de som pela cidade de Registro.
Outra estratégia é trabalhar com produtos de qualidade e marcas exclusivas. Ainda
comenta que a empresa faz promoções às segundas e quartas feiras com 30% de
desconto e as formas de pagamento até em 6x para ajudar o cliente. Mas, a
principal estratégia da empresa é tratar adequadamente o cliente, priorizando o
atendimento do mesmo. Desse modo, o cliente divulga os benefícios de comprar na
empresa em questão para outras pessoas levando o nome da empresa pela cidade de maneira positiva. P21. Tal estratégia oferece bons resultados para a empresa?
Em relação aos resultados provenientes da estratégia, o gestor comenta que
tais estratégias são boas para a empresa, pois fidelizam os clientes que divulgam de
maneira positiva o nome da empresa em questão. P22. O crescimento da empresa no ano é:
No que diz respeito de crescimento anula da empresa, o gestor comenta que
o crescimento identificado é mais de 5% ao ano. 4.2 PESQUISA NA EMPRESA 02
P1. O gerenciamento do estoque é importante para a empresa e seus resultados?
Ao que diz respeito ao questionamento sobre gerenciamento do estoque o
gestor concorda plenamente com a sua importância para a empresa e para o
resultado da mesma. Justificou que com o gerenciamento de estoques é possível ter
maior controle dos estoques, pois quando o estoque está organizado é possível
visualizar melhor os itens que faltam e os que precisam serem requeridos. Além disso, por ser bem controlado, o estoque da empresa em questão não tem um índice
alto de sobras de produtos. O gestor não deixa que seu estoque fique por muito
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tempo parado, porém, ele guarda as roupas básicas que sobram para serem
vendidas em outra estação. Ou seja, o estoque torna-se importante para que não
seja comprado quantidades erradas. Outro fator importante é prevenir a falta de estoques, pois quando se tem faltas, a empresa perde credibilidade. Dentre as
vantagens identificadas em ter um bom gerenciamento de estoques, o gestor
comentou que, a movimentação interna de produtos é maximizada,
consequentemente, o atendimento ao cliente é mais rápido. Ou seja, um estoque
organizado auxilia nas vendas e eleva o nível de serviço ao cliente. Além disso, as
peças de roupas são conservadas quando se tem um bom gerenciamento de
estoques, evitando que a qualidade do produto se perca. E para o gestor, estoque
organizado é essencial. P2. A empresa utiliza alguma ferramenta para controle de estoques?
Em relação ao questionamento sobre a utilização de ferramentas para
controle do estoque, o gestor afirmou que utiliza um sistema informatizado, além disso também controla seu estoque de forma visual. Argumentou que com o sistema
é possível visualizar todos os produtos da loja, facilitando na hora do atendimento ao
cliente. Além disso, com o sistema é possível visualizar a empresa de forma
sistêmica, pois, ele oferece dados sobre: Crescimento de venda, entrada e saída
dos produtos, quantidades em estoque, preço dos produtos, custos das
mercadorias, data de entrada, fornecedores, registro de nota fiscal, entre outros. Outra vantagem identificada pela proprietária é a não necessidade de mão de obra
para controlar o estoque. As perspectivas que a empresa tem sobre o sistema de
informação consiste basicamente na em melhorar a eficiência e aumentar a
velocidade dos processos logístico, bem como elevar a qualidade das informações
na compra e venda de produtos. P3. Foi percebido algum tipo de maximização dos processos internos (compras, movimentação, planejamento da demanda) se comparado a antes da ferramenta estar em uso?
Em relação a melhoras dos processos internos provenientes das ferramentas
utilizadas, o gestor comenta que identificou benefícios a partir do momento da
implantação, pois o sistema ajuda os processos internos da empresa, oferecendo
visualização de vários setores internos, tais como finanças, compras, estoques, ressuprimento. Porém, uma das dificuldades identificadas é o cadastramento dos
produtos no sistema, que não é ágil e rápido.
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P4. O estoque é verificado constantemente? No que diz respeito à verificação de estoques, o gestor comenta que seu
estoque é verificado num intervalo de três ou quatro meses, pois a empresa trabalha com coleção e o tempo de duração de cada duração é de três meses e meio. A
empresa trabalha com três coleções ao ano, tais como, primavera verão, alto verão
e outono inverno. P5. Existe um critério de importância para a classificação dos produtos em estoque?
Em relação à classificação de produtos em estoque, o gestor afirma que em
sua empresa é utilizada a classificação ABC, pois existem produtos com maior
importância e que requerem mais cuidados, bem como existem os produtos com
menor importância para empresa. P6. Há algum profissional responsável pelo controle dos estoques?
Referente ao questionamento sobre profissionais responsáveis pelo controle de estoque, o gestor comenta que é ele mesmo o responsável por executar tal
atividade. Ele enfatiza que fez cursos do Sebrae e tem experiência anteriores no
setor de estoques. P7. A empresa encontra alguma dificuldade para administrar o estoque?
Com relação ao questionamento referente a dificuldade enfrentada pela
empresa para administrar seu estoque, o gestor comenta que tal dificuldade não está necessariamente no setor de estoques, e sim no setor de compras. Entretanto,
tais setores estão interligados e está dificuldade refletirá posteriormente no setor de
estocagem. Ele argumentou que a dificuldade enfrentada pela empresa é prever
quais são os produtos que irão ser vendidos. Pois, quando a empresa não faz a
“compra certa” e os produtos não são vendidos, o valor do mesmo se perde, pois, as
roupas infantis tem um período de vida de 6 meses. As providencias tomadas pela
empresa com relação a produtos não vendidos são: primeiramente a empresa
abaixa os preços, caso a estratégia não funcione, os produtos são doados para
instituições filantrópicas. P8. A empresa consegue minimizar os custos com um bom gerenciamento de estoque?
No que diz respeito a minimização de custos com um bom gerenciamento de estoques, o gestor identifica que quando há um eficaz gerenciamento, não são
necessariamente os custos que minimizam, e sim o tempo com as operações de
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movimentação interna. Consequentemente, oferecendo um atendimento rápido e
eficaz ao cliente e elevando o nível de atendimento ao mesmo. P9. Qual a posição de custos com estoque da empresa?
Em relação ao questionamento sobre as posições de custos com estoque, o
gestor afirma que seus custos são baixos. Argumentou também que seus custos são
baixos devido ao controle, que é eficaz. Outro fator é o cuidado no processo de
compras. Tal cuidado se deve a situação econômica atual do país. P10. A empresa trabalha com estoque mínimo?
No que diz respeito ao questionamento referente a estoque mínimo, o gestor
afirma fazer uso de tal método para garantir estoques, pois quando faltam produtos
nos estoques que tem uma demanda elevada perde-se clientes e abaixa o nível de
serviço da empresa. P11. Como é estabelecida a quantidade de produtos a serem requeridos?
Com relação a determinação de quantidade de produtos a serem requeridos, o gestor determina tal quantidade através de sua percepção por experiência. P12. A empresa utiliza métodos para cálculo da demanda?
Em relação à utilização de cálculos de demanda, o gestor afirma basear-se
em períodos anteriores para ter um número pré-determinado de quanto deve ser
requerido. P13. A empresa consegue manter o equilíbrio entre o fornecimento e a demanda?
Referente ao questionamento sobre equilíbrio entre oferta e demanda, o
gestor afirma que em sua empresa é possível manter tal equilíbrio. P14. Qual o intervalo de tempo para a reposição do estoque?
Em relação ao questionamento sobre intervalo de tempo para reposição de
estoques, o gestor afirma que varia, de acordo com o produto, o tempo de
ressuprimento de estoque. Quando se trata de roupas, o intervalo de tempo é de
três meses, pois é quando as coleções mudam. Entretanto, existem produtos que
exigem outro intervalo de tempo, como os carrinhos de bebe, que os pedidos são
feitos semanalmente (pois são compradas poucas quantidades), além disso, a
empresaria prefere que os produtos não fiquem muito tempo em estoque. P15. Como são efetuados os pedidos dos produtos?
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No que diz respeito à formas de efetuação de pedidos, o gestor comenta que
em sua empresa os produtos são requeridos por meio de internet, representante
comercial e compra direta. P16. Como é feita a formação dos preços dos produtos?
Referente a formação dos preços dos produtos, o gestor afirma que se
determina os preços levando em conta a decisão interna, ou seja, o lucro que o
proprietário espera em ter com seu produto. P17. Os preços em relação ao mercado são?
No que diz respeito ao questionamento sobre os preços em relação ao
mercado, o gestor afirma que seus preços são elevados comparados à outras lojas
de mesmo segmento. Argumentou que isso se deve a seu produto ter um perfil
especifico de cliente. P18. A empresa determina a quantidade de material a serem requeridos pelo LEC?
Em relação à utilização do LEC para determinar a quantidade de produtos a
serem requeridos, o gestor afirma que não faz uso de tal ferramenta. P19. A empresa utiliza o inventário para controle dos estoques?
Com relação à utilização de inventario físico, o gestor afirma que não faz uso
de tal ferramenta para controle de estoques. P20. Qual a estratégia competitiva adotada pela empresa?
No que diz respeito a estratégia competitiva adotada pela empresa, o gestor
identifica que seu principal diferencial é o tratamento com o cliente. O proprietário
sempre matem contato com os clientes, consequentemente, o cliente acaba se
fidelizando à empresa. O gestor ressalta que tal estratégia é uma das prioridades da
empresa. Além disso, a empresa divulga seu nome nas redes sociais e tem um
espaço para o cliente dentro da empresa, onde ele pode sentir-se confortável no
ambiente. Outra estratégia são as promoções, que acontecem em março e agosto.
O gestor comenta que existem clientes que compram apenas nas promoções, então,
quando começa a chegar perto desses meses, os funcionários entram em contato
com tais clientes. P21. Tal estratégia oferece bons resultados?
Em relação aos resultados já identificados com as estratégias, o gestor comenta que tais estratégias atraem os clientes para comprarem na loja em
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questão, além disso, existem clientes que já compram há muitos anos na empresa
logo a proprietária faz vínculos de amizade com os clientes. P22. O crescimento da empresa no ano é:
No que diz respeito ao questionamento sobre crescimento da empresa ao
ano, o gestor identifica que a taxa está entre 12% e 13% ao ano. 4.3 PESQUISA NA EMPRESA 03
P1. O gerenciamento do estoque é importante para a empresa e seus resultados?
Com relação ao questionamento sobre a importância do gerenciamento para
os resultados da empresa, o gestor concorda completamente sobre tal importância,
pois é a partir do controle de estoques que é possível ter o conhecimento da
quantidade existente de produtos em estoque e por consequência, torna-se possível determinar a quantidade de produtos que necessitam serem requeridos para o
funcionamento da empresa. Além disso, um estoque organizado permite a
maximização da movimentação interna, ou seja, todos os processos ficam mais
rápidos, consequentemente o nível de serviço ao cliente é elevado. P2. A empresa utiliza alguma ferramenta para controle de estoques?
No que diz respeito ao questionamento sobre ferramenta utilizada para controle de estoques, o gestor comenta que ele não adota nenhum meio
informatizado para controlar seu estoque, entretanto ele já existe o planejamento
para uma planilha eletrônica ser implantada no próximo ano. O gestor utiliza um
caderno com as anotações referente ao controle de estoques. P3. Foi percebido algum tipo de maximização dos processos internos (compras, movimentação, planejamento da demanda) se comparado a antes da ferramenta estar em uso?
No que diz respeito à maximização dos processos internos após a
implantação da ferramenta, o gestor afirma não possuir ferramenta informatizada,
porém o método adotado, apesar de ter algumas falhas, consegue atender parte das
necessidades da empresa. P4. O estoque é verificado constantemente?
Em relação a verificação dos estoques, o gestor afirma que seu estoque é
verificado mensalmente, pois como não há sistema informatizado na empresa, o
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estoque requer maior atenção, logo ele é verificado manualmente pelo próprio gestor
para que o mesmo tenha maior controle. P5. Existe um critério de importância para a classificação dos produtos em estoque?
Com relação ao questionamento sobre classificação de produtos em estoque,
o gestor comenta que ele trata seus produtos igualmente sem distinguir marca, valor
ou qualidade. P6. Há algum profissional responsável pelo controle dos estoques?
Com relação à profissionais responsáveis pelo controle de estoques, o gestor
afirma que é ele mesmo o responsável por gerenciar e controlar o estoque. Ele tem
um funcionário que ajuda nesse processo e, por ser uma empresa familiar, os
familiares também ajudam a administrar a empresa de forma geral. P7. A empresa encontra alguma dificuldade para administrar o estoque?
Em relação a dificuldade enfrentada pela empresa para administrar o estoque, o gestor comenta que sua maior dificuldade diz respeito ao próprio controle por não
haver nenhum sistema informatizado. Ele ressalta que se houvesse, vários
processos internos iriam ser maximizados e acelerados, tais processos como
compras, saídas de estoques, controle dos custos e entre outros. Outra dificuldade
enfrentada pela empresa é o processo de compras, que ocasionalmente, é possível
identificar gastos com produtos que acabam sendo desnecessários, pois não há uma fácil visualização dos produtos existentes no estoque. P8. A empresa consegue minimizar os custos com um bom gerenciamento de estoque?
No que diz respeito a minimização de custos com um bom gerenciamento de
estoques, o gestor identifica que sua empresa tem custos que são difíceis de serem
identificados por não haver um sistema informatizado. Um dos custos que fica fácil
sua identificação é o custo com o tempo de registro em caderno e custo com perdas,
pois há momentos em que o vendedor não sabe ou esquece que há tal produto no
estoque, e acaba perdendo a venda, entretanto, apesar de não haver um sistema, o
gestor afirma que seu estoque é bem organizado para não haver tanta dificuldade na
localização de produtos. P9. Qual a posição de custos com estoque da empresa?
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Em relação à custos com estoque, o gestor afirma que seus custos são
equilibrados. Pois são comprados apenas o que é necessário, ou seja, não sobra
estoques e consequentemente, os estoques são equilibrados. P10. A empresa trabalha com estoque mínimo?
No que diz respeito ao questionamento referente a estoque mínimo, o gestor
afirma fazer uso de tal método para que não falte produtos em seu estoque, pois
quando falta produtos a empresa perde o seu nível de atendimento ao cliente, e o
cliente não sai satisfeito da empresa. P11. Como é estabelecida a quantidade de produtos a serem requeridos?
Com relação a determinação de quantidade de produtos a serem requeridos,
o gestor verifica o estoque para verificar quais produtos estão faltando. A partir da
sua verificação aliada com a sua percepção por experiência é que o gestor ira
determinar a quantidade que deve ser requerida. P12. A empresa utiliza métodos para cálculo da demanda?
Em relação à utilização de cálculos de demanda, o gestor afirma que ela não
utiliza métodos para cálculo da demanda. Justifica que a quantidade de produtos a
serem comprados é determinada pela sua percepção por experiência. P13. A empresa consegue manter o equilíbrio entre o fornecimento e a demanda?
Referente ao questionamento sobre equilíbrio entre oferta e demanda, o gestor afirma que em sua empresa é possível manter tal equilíbrio. P14. Qual o intervalo de tempo para a reposição dos estoque?
Em relação ao questionamento sobre intervalo de tempo para reposição de
estoques, o gestor comenta que seu estoque muda num intervalo de tempo de entre
cinco a seis meses, pois seu estoque é influenciado pelas estações básicas, ou seja,
verão e inverno. Entretanto há as meias estações que são caracterizadas pela
primavera-verão, outono-inverno e alto verão. Nessas meias estações só ocorre a
reposição dos produtos que faltam, mas o estoque ainda permanece de acordo com
a estação vigente. No final das estações sobram estoques, então o gestor faz
liquidações e guarda o que sobra das liquidações para clientes que procuram roupas
de estações diferente da que está vigente no momento. P15. Como são efetuados os pedidos dos produtos?
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No que diz respeito a formas de efetuação de pedidos, o gestor comenta que
em sua empresa os produtos são requeridos por meio de representante comercial e
compra direta. P16. Como é feita a formação dos preços dos produtos?
Referente a formação dos preços dos produtos, o gestor afirma que se
determina os preços levando em conta os custos do produto e suas despesas
internas, ou seja, é calculado um preço que atenta os custos com produtos e os
custos para o funcionamento da empresa. P17. Os preços em relação ao mercado são?
No que diz respeito ao questionamento sobre os preços em relação ao
mercado, o gestor afirma que seus preços estão na média do mercado de mesmo
segmento. Argumentou que isso se deve à preço acessível aos públicos de várias
classes sociais. P18. A empresa determina a quantidade de material a serem requeridos pelo LEC?
Em relação à utilização do LEC para determinar a quantidade de produtos a
serem requeridos, o gestor afirma que não faz uso de tal ferramenta. P19. A empresa utiliza o inventário para controle dos estoques?
Com relação à utilização de inventario físico, o gestor afirma que não faz uso
de tal ferramenta para controle de estoques. P20. Qual a estratégia competitiva adotada pela empresa?
Com relação ao questionamento sobre estratégias competitivas adotada pela
empresa, o gestor afirma que a prioridade de sua empresa é tratar os clientes da
melhor maneira possível, ou seja, o atendimento ao cliente é prioridade.
Consequentemente nasce uma afinidade nesse meio. Outra estratégia é trabalhar
com produtos de qualidade. Também é feita a divulgação através de mídias sociais.
A empresa faz entregas nas casas do cliente, para levar maior comodidade e
conforto ao mesmo. P21. Tal estratégia oferece bons resultados?
Em relação aos resultados já identificados com as estratégias, o gestor
comenta que tais estratégias atraem os clientes para comprarem na loja em
questão, pois a empresa tenta favorecer o cliente de várias formas, dentro dos padrões de funcionamento da empresa. P22. O crescimento da empresa no ano é:
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No que diz respeito ao questionamento sobre crescimento da empresa ao
ano, o gestor identifica que a taxa está entre 5% a 6% ao ano.
5 ANALISE
Em relação ao questionamento sobre a importância do gerenciamento de
estoques, ambas as empresas concordaram plenamente com sua importância para
os resultados das empresas. Em cima dos resultados pode-se verificar que um bom
gerenciamento de estoques permite o atendimento das necessidades da empresa,
bem como a maximização dos processos internos com o menor custo e tempo
possível.
No que diz respeito a ferramentais utilizadas para o controle de estoques,
66,7% das empresas pesquisadas utilizam sistema de informação para
gerenciamento de estoques. Os sistemas informatizados permitem o aumento da produtividade, cujo o intuito de obter vantagem competitiva para destacar-se perante
seus concorrentes.
Gráfico 01
Fonte: Dados da pesquisa 2016.
Com relação ao questionamento referente a maximização proveniente da
implantação do sistema de informação, 66,7 % das empresas que utilizam
ferramentas informatizadas afirmaram observar melhorias após a implantação do
sistema, tais como o aumento da capacidade de processamento e a maximização de
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vários setores da empresa. O investimento em tecnologia de informação é
proveitoso, pois é possível ver o seu retorno em pouco tempo.
Gráfico 02
Fonte: dados da pesquisa 2016.
Com relação a intervalo de tempo de verificação de estoque, todas as
empresas afirmaram que seus estoques são verificados, sendo que cada uma delas
adotam intervalos de tempo diferentes. A verificação de estoques é importante, pois
minimiza a ocorrência de erros de estoque, bem como permite o maior controle e
gerenciamento do mesmo.
Com relação a critério de importância utilizado para a classificação de
materiais, verificou-se que cada empresa adota um método. Uma empresa classifica
de acordo com os itens que tem maior giro de estoque, outra classifica com o
método de classificação ABC, e a última não adota nenhum método de classificação.
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Gráfico 03
Fonte: dados da pesquisa 2016
No que diz respeito a dificuldades enfrentadas pelos gestores para
administrar os estoques, todas as empresas relatam tais dificuldades. Entre 66,7 %
das empresas a dificuldade está identificada no processo de compras, pois é difícil prever a demanda real dos produtos. Então, caso os produtos não forem vendidos,
eles serão acumulados nos estoques acarretando custos. Em 33,3 % das empresas
relatam que enfrentam dificuldades por não haver sistema informatizado de
gerenciamento de estoques. A partir deste resultado é possível verificar a
importância de um sistema de informação para controle de estoques em uma
empresa, e como o mesmo auxilia nas atividades, maximizando o estoque. Gráfico 04
Fonte: dados da pesquisa 2016
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Com relação a redução de custos com gerenciamento de estoques, 66,7%
das empresas afirmam que com um bom gerenciamento de estoques torna-se
possível minimizar custos, nas quais relatam que os custos são referentes a obsolescência e a faltas. Esses custos são provenientes da gestão de estoques, ou
seja, um bom gerenciamento de estoque aliado com um bom controle de custos
minimiza os custos totais e oferece maior rentabilidade a empresa.
Gráfico 05
Fonte: dados da pesquisa 2016
Todas as empresas relatam que trabalham com estoque mínimo, ambas
entendem a importância do estoque de segurança para a empresa, pois não é
possível prever com exatidão a demanda do próximo período.
De acordo com os dados, 66,7% afirmam que utilizam a percepção por
experiência para determinar a quantidade de produtos a serem requeridos, e 33,3%
usam o sistema informatizado para obter tal informação. Podemos então concluir
que o método utilizado pela maioria tem sido eficaz, e tem gerado bons resultados
para a organização.
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Gráfico 06
Fonte: dados da pesquisa 2016
De acordo com os dados 66,7% das empresas afirmam não utilizar métodos
para cálculo da demanda, e 33,3% obtém informações baseando-se em períodos
anteriores. Na previsão da demanda destacam-se dois métodos: os qualitativos e
quantitativos, porém a realidade das empresas nos mostram que em sua maioria
não são usados nenhum dos métodos citados acima e ainda assim, são obtidos resultados satisfatórios.
Gráfico 07
Fonte: dados da pesquisa 2016
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Todas as empresas afirmam conseguir manter o equilíbrio entre o
fornecimento e a demanda, provando assim, que o método de percepção própria
utilizado tem sido eficaz. Cada empresa analisada tem um tempo de reposição diferenciado, sendo que
ambas adotam respectivamente a reposição a cada 3 meses, 4 meses e 5 meses.
Entendemos que a reposição é relativamente proporcional às estações do ano.
O Lote Econômico de Compras tem por finalidade determinar a quantidades
de produtos a serem adquiridos com o principal objetivo de minimizar os custos
relacionados ao estoque, porém, nenhuma das empresas faz uso do cálculo para
determina-lo, no entanto, continuam apresentando bons resultados.
O principal objetivo do inventario é garantir exatidão dos registros contábeis,
mas ao serem questionadas sobre o uso do inventário apenas 33,3% utilizam o
controle através do mesmo, os restantes não praticam a atividade, mas reconhecem
a importância dele. As três empresas declaram adotar estratégias competitivas. As estratégias
mais utilizadas são: Tratamento diferenciado ao cliente, o uso de redes sociais e
promoções com descontos. A partir da análise, entendemos que a gestão de
estoque não está diretamente relacionada a competitividade da empresa, a gestão a
auxilia, porém, não é ela a responsável pela imagem que a empresa tem diante do
mercado, e sim as formas de atendimento ao cliente, a divulgação por meio da internet e promoções oferecidas.
As empresas observaram que as estratégias trazem bons resultados para a
organização.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização deste trabalho conclui-se que a vantagem competitiva, não
é totalmente obtida através de um bom gerenciamento de estoques nas empresas pesquisadas, e sim por meios alternativos como o atendimento diferenciado ao
cliente, adotando também técnicas de divulgação e venda.
Entende-se que o gerenciamento de estoques é um fator importante para o
bom funcionamento da empresa, pois permite o melhor controle em relação à
entradas e saídas de produtos, bem como oferece melhor acompanhamento dos
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custos, controle e maximização da movimentação interna e organização refletindo
na velocidade das atividades.
É possível perceber que o gerenciamento de estoques está indiretamente relacionado com a obtenção da vantagem competitiva. A gestão de estoques
influencia na maximização dos processos internos. Consequentemente, eleva a
velocidade das atividades para oferecer um melhor nível de serviço ao cliente.
Porém, percebe-se nas empresas analisadas que as vantagens competitivas se dão
pelo modo de atendimento ao cliente, fidelizando-o e oferecendo maior dedicação ao
mesmo. Bem como conceder qualidade de produtos e marcas exclusivas. Outro
meio de obtenção é a divulgação em redes sociais e promoções com desconto para indução de consumo.
Foi identificado em uma das empresas não há um sistema informatizado para
controle de estoques, dificultando o gerenciamento do mesmo. Ou seja, a
implantação de sistemas informatizados auxiliaria os processos logísticos que abrangem o controle, a gestão e a consulta de produtos disponíveis, aumentando a
produtividade da organização.
A maioria das empresas pesquisadas não utiliza sistema de inventários, ou
seja, ocorrem discrepâncias em seus estoques que são difíceis de serem
identificados. Com a implantação de um sistema de inventários, tais discrepâncias
poderiam ser identificadas e solucionadas. Além disso, o inventario tem como objetivo garantir exatidão e confiabilidade de registros contábeis e físicos.
Duas empresas relataram ter dificuldades no processo de compras para
definir quais produtos serão vendidos. Neste contexto, conhecer o perfil da clientela
é essencial para atender as necessidades do mesmo, e consequentemente, obter
maior lucratividade com os itens que, anteriormente, não foram vendidos. Portanto,
com as informações sobre o fluxo de saída de suas mercadorias será possível
planejar a entrada delas.
Não estocar o que é desnecessário é fundamental, liberando espaço
produtivo. Desse modo, permitindo uma melhor organização gerando maior rapidez,
eficiência nas atividades de venda e aumento do controle visual dos artigos.
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