0607070945 Palestra Capacitacao Sta Maria Nelson Back

Capacitação em Desenvolvimento Integrado de Produtos

Palestra em Santa Maria Junho de 2007

Prof. Nelson BackDepartamento de Engenharia MecânicaUniversidade Federal de Santa Catarina

2 Prof. Nelson Back

Conteúdo da apresentação:1. Introdução;

2. Evolução do conhecimento de desenvolvimento de produtos;

3. Desenvolvimento de produtos e sua importância para competitividade;

4. Capacitação em desenvolvimento de produtos e a experiência do NeDIP/UFSC;

5. Valor estratégico da capacitação em desenvolvimento de produtos; e

6. Perspectivas futuras na capacitação e pesquisa no domínio de conhecimento


3 Prof. Nelson Back

Introdução


4 Prof. Nelson Back

Desenvolvimento do produto é um conceito amplo e compreende os aspectos de planejamento e projeto, ao longo de todas as atividades da seqüência do processo, desde:

a pesquisa de mercado;o projeto do produto;o projeto do processo de fabricação;o plano de distribuição e de manutenção;o uso do produto; e o descarte ou desativação do produto.

Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosIntrodução

5 Prof. Nelson Back

Desenvolvimento integrado de produto considera todo o processo de transformação e geração de informações necessárias:

na identificação da demanda;na produção;no uso do produto;

É efetuado por uma equipe multidisciplinar,e os requisitos e restrições, do produto ao longode todas as fases do processo, são consideradosou pensados simultaneamente


6 Prof. Nelson Back

O termo de engenharia simultânea também éusado para expressar o desenvolvimento integrado do produto, integrated productdevelopment.

Engenharia simultânea é a tradução adotada para o termo de concurrent engineering do inglês.


7 Prof. Nelson Back

Modelo de desenvolvimento integrado de produtos

IMPLEMENTAÇÃOPROJETO do PRODUTO (Projetação)

PROCESSO de DESENVOLVIMENTO de PRODUTOS INDUSTRIAIS

PLANEJAMENTO

Validação

Validação do Projeto

Lançamento

Lote Inicial

Preparaçãoda Produção

Liberação do

Produto

ProjetoDetalhado

Detalhamento do produto

ProjetoPreliminar

Viabilidade técnica e Econômica

Projeto Conceitual

Concepção

Projeto Informacional

Especificações de Projeto

Planejamentodo Projeto

Plano do Projeto


8 Prof. Nelson Back


Validação

Validação do Projeto

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

IMPLEMENTAÇÃOPROJETO do PRODUTOPLANEJAMENTO

Lançamento

Lote Inicial

Preparaçãoda Produção

Liber. doProduto

ProjetoDetalhado

Document do produto

ProjetoPreliminar

Viab. Técn. e Econôm.

Projeto Conceitual

Concepção

Projeto Informac.

Especif. de Projeto

Planejamentodo Projeto

Plano do Projeto

Gestão Empresarial - GE -Gestão Empresarial - GE -

Gerenciamento De Projeto - GP -Gerenciamento De Projeto - GP -

Marketing - MK -Marketing - MK -

Projeto Do Produto - PP -.Projeto Do Produto - PP -.

Projeto Da Manufatura - PM -Projeto Da Manufatura - PM -

Suprimentos - SU -Suprimentos - SU -

Qualidade - QU -Qualidade - QU -

Pós-vendas - PV -Pós-vendas - PV -

Segurança - SE -Segurança - SE -

Dependabilidade (confiabilidade e mantenabilidade) - DP Dependabilidade (confiabilidade e mantenabilidade) - DP

Administrativo-financeiro - AF -Administrativo-financeiro - AF -

Produção -PRProdução -PR

9 Prof. Nelson Back

Para desenvolver um produto com eficácia, énecessário saber:

o que fazer;para quem fazer;quando fazer;com que fazer; ecomo fazer.

Metodologia de projeto ou metodologia de desenvolvimento de produtos é o conjunto de métodos e ferramentas, utilizado para o desenvolvimento de produtos.


10 Prof. Nelson Back

Com a globalização os produtos devem apresentar alta qualidade, no mais amplo sentido do termo, ou seja o produto deve ser competitivo.

Para alcançar esta competitividade o produto deve ser desenvolvido de forma integrada, com competências em múltiplas disciplinas.

Deve-se falar em equipes integradas de profissionais das diversas funções dentro de uma empresa, ou que atuam, simultaneamente, ao longo do processo de desenvolvimento do produto.



O desenvolvimento do produto é iniciado, planejado, executado, controlado e finalizado sob a forma de gerenciamento de projeto.

A gerência é importante para que a equipe de profissionais das mais diversas competências alcance bons resultados: desenhistas industriais; de marketing; de custos; engenheiros mecânicos, eletricistas, eletrônicos, de informática, de materiais, de embalagens; assistência técnica; consumidores; fornecedores; etc.

Esta ação de gerência é denominada de gestão ou gerenciamento de projeto (Project Management)




Evolução do conhecimento em

desenvolvimento de produtos


1- Em 1962, ASIMOV, M (Introduction to design: fundamentals of engineering design)

Primeira obra orientada para atividades de projeto de engenharia.

2 - Em 1966, WOODSON, T. T (Introduction to engineering design)

Melhor visão sobre o abrangente processo de projeto de engenharia.

Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosEvolução do conhecimento em desenvolvimento de produtos


3 - Em 1969, CAIN, W. D. (Engineering product design)

Adotou o termo de projeto de produtos e, apresentou capítulos: projeto para função; projeto para uso; projeto para aparência e projeto para manufatura.

4 - De 1972 – 1974, PAHL, G. e BEITZ, W. (Für der Konstruktions Praxis. Série de 36 artigos publicados na revista Konstruktion)

(Technische Hochshule Darmstadt e Technische Universität Berlin)Publicaram 36 artigos na revista Konstruktion, descrevendo a prática de projeto como resultado de pesquisas de diversos centros na Alemanha.



5- Em 1976, KOLLER, R. (Konstruktionslehre für den Maschinen, Geräte und Apparatebau) (Aachen na Alemanha)

Resultado de pesquisas desenvolvidas na Alemanha semelhantes ao material de PAHL & BEITZ.

6- Em 1976, RODENACKER, W. G. (Methodisches konstruieren)Semelhante à obra de KOLLER.



7- Em 1977, PAHL, G. e BEITZ, W. (Konstruktionslehre)

A obra foi republicada, até o presente, em várias edições, inclusive em inglês. Provavelmente estes dois autores sejam, mundialmente, os mais referenciados neste domínio de conhecimento.(estátraduzida para o português pela Edgard Blücher)

8- Em 1977, VDI 2222 (Konstruktionsmethodik, Konzipieren technischer Produkte)

Esta norma apresenta uma sistemática de projeto de sistemas técnicos. Em 1985 foi publicada a VDI 2221.



9- Em 1981, BLANCHARD, B. S. e FABRYCKY, W. J. (Systems engineering and analysis) (Virginia Polytechnic Institute)

Obra de engenharia de sistemas com a melhor visão global do processo de desenvolvimento de produtos. Conceitos de projeto do produto para o consumidor e para o ciclo de vida do produto, próxima da atual visão da engenharia simultânea.

10- Em 1983, BACK, N. (Metodologia de projeto de produtos industriais)

Primeira obra sobre metodologia de projeto de produtos industriais em português.



11- Em 1985, ASME (Goals and priorities for research on design theory and methodology, National Science Foundation Report)

A ASME realizou pesquisa, para identificar razões pelas quais os produtos dos Estados Unidos estavam perdendo competitividade frente a produtos do Japão e da Alemanha. Constatou-se baixa qualidade do projeto de seus produtos e que teve como principal causa os descuidos no ensino e pesquisa na área de desenvolvimento de produtos.

12- ASME (1986) (Design theory and methodology: a new discipline)

Publica artigo (Na revista, Mechanical Engineering) com recomendações e diretrizes para o ensino e pesquisa na área.



13- Em 1987, WALLACE, K. M. e HALES, C. (Some applications of a systematic design approach in Britain. Revista, Konstruktion)

Publicam um artigo abordando os resultados de pesquisa realizadana Inglaterra, semelhante ao estudo efetuado pela ASME.

14- ULLMAN, D.G. em 1992 (The mechanical design process);

KUSIAK, A. em 1993 (Concurrent engineering: automation, tools and techniques);

e CLAUSING, D. em 1994 (Total quality development - a step-by-step guide to world-class concurrent engineering).

Obras que representam um número elevado de publicações, que surgiram a partir do final da década de 80, nas quais são descritas metodologias de desenvolvimento de produtos com as visões de engenharia simultânea, qualidade total, desenvolvimento integrado ou projeto para competitividade.



Novos conceitos e métodos que surgiram a partir de 1985:

projeto para o ciclo de vida do produto (Design For Life Cycle– DFLC);

projeto para o consumidor (Design For Consumer);

projeto para custo (Design for Cost – DFC);

projeto para manufatura (Design For Manufacturing – DFM);

projeto para montagem (Design For Assembly – DFA);

projeto para meio ambiente (Design For Enviroment – DFE);



Novos conceitos e métodos que surgiram a partir de 1985:

projeto para confiabilidade (Design For Reliability);

projeto para mantenabilidade (Design For Maintainability);

engenharia simultânea (Concurrent Engineering – CE);

projeto para a qualidade (Design For Quality – DFQ);

projeto para competitividade (Design For Competitiveness); e

desenvolvimento integrado do produto (Integrated ProductDevelopment – IPD).



Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosMetodologia de projetoPesquisa de

mercado

QFD

Análise da concorrência

Lista de verificação

Síntese de funções

Métodos de criatividade

Métodos de seleção

Modelagem geométrica

Seleção de materiais

Protótipos Norma lização

Análisedetalhada

Técnicas de representaçãoetc. DFX

Projeto Conceitual

Síntese de funções

Métodos de criatividade

Métodos de seleção Etc.

Projeto Preliminar

Modelagem geométrica

Seleção de materiais

Protótipos Etc.

Projeto Informacional

Pesquisa de mercado QFDAnálise da

concorrênciaLista de

verificação Etc......

Projeto Detalhado

Normalização Análisedetalhada

Técnicas de representação Etc.

.....

Processos da organização (processo de projeto)

Gerenciamento de projetoIniciação Planejamento Execução Controle Encerramento

Integração Escopo Tempo Qualidade RecursosComunicações CustoRiscos Aquisições etc.

etc.

Ciclo de vida

Contratação

Projeto

Produção

Comercialização

Utilização

Desativação

Tecnologia da Informação

Planilhas eletrônicas

Base de dados

Sistema Especialista

Sistemas CAD/CAE/CAM

Linguagens computacionais

Padrões de modelagem

etc.



Desenvolvimento de produtos e sua

importância para a competitividade


Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosDesenvolvimento de produtos e sua importância para a competitividade


Os fatores internos são os que estão sob a sua esfera de decisão e através dos quais se distingue de seus competidores.

Entre estes pode-se citar:

capacidade tecnológica e produtiva; qualidade e a produtividade de seus recursos humanos;conhecimento do mercado e a capacidade de se adequar às suas especificidades; qualidade e a amplitude de serviços pós-vendas;relações privilegiadas com usuários e fornecedores; etc



A qualidade tem hoje em dia um conceito bem amplo.

A qualidade deve estar integrada ao produto em todo o ciclo de vida.

O ponto de partida é o projeto do produto, no qual devem ser considerados os aspectos da boa qualidade, desde a atividade de identificação das necessidades até o descarte.



Efeitos das diferentes fases do ciclo de vida sobre o custo do produto (DOWNEY, 1969).



Influência sobre o custo do produto, devido às decisões tomadas, referentes ao projeto, material, mão-de-obra e instalações (SMITH, 1991)



Efeito de escala de custos de mudanças do produto nas diversas fases de desenvolvimento (HUTHWAITE & SCHNEBERGER , 1992).


Lançamento

ProduçãoCusto demudança Protótipo

Projeto

Início10 100 1.000 10.000

Estágios de desenvolvimento

1


Pelas observações verifica-se que a competitividade dos produtos é, fundamentalmente, dependente da atividade de projeto:

de 70% a 90% dos custos do ciclo de vida do produto são comprometidos com as decisões tomadas até o final do projeto do produto;

o projeto conceitual de um produto deve ser bem elaborado de início, para evitar os elevados custos de modificações em estágios avançados do desenvolvimento;



cerca de 40% de todos problemas de qualidade podem ser associados a projetos deficientes

a aplicação de metodologias ou procedimentos de desenvolvimento integrado do produto ou de engenharia simultânea, tem apresentado consideráveis vantagens nos seguintes aspectos:

redução de tempo de desenvolvimento do produto;redução de modificações do projeto; eaumento da qualidade sob os mais diversos aspectos.




Custo de desenvolvimento do produto versus tempo de comercialização



Capacitação em desenvolvimento de

produtos e a experiência do NeDIP


A capacitação neste domínio foi considerada, ser adquirida somente com anos de experiência e por profissionais que tinham certas aptidões especiais. (de origem genética e da personalidade).

Pouco se pesquisava por princípios, métodos, ferramentas ou metodologias de projeto de produtos industriais.

Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosCapacitação em desenvolvimento de produtos e a experiência do NeDIP


Em 1970, iniciou-se na Alemanha grande esforço de pesquisa por princípios, métodos e metodologias genéricas de projeto de produtos industriais.

Surgiram a obras de PAHL e BEITZ (1977), KOLLER (1976), RODENACKER (1976) e ROTH (1982) e

Surgiram centros de excelência no ensino e pesquisa nesta área de conhecimento, tais como: Aachen; Berlin; Braunschweig e Ilmenau.



Nos Estados Unidos da América, o ensino e pesquisa surgiram, com maior intensidade a partir dos resultados publicados pela ASME (1985 e 1986).

Surgiram textos para ensino, com visão de desenvolvimento integrado de produtos ou de engenharia simultânea:

BLANCHARD e FABRICKY (1981);PUGH (1991);ULLMAN (1992);CLAUSING (1994); eOTTO e WOOD (2001)



Em 1991 Dixon pesquisou junto a empresas (Xerox, IBM, GE, etc.) de alta competitividade que recomendavam a capacitação de projetistas nas seguintes áreas:

1- Projeto de engenharia no contexto do negócio2- Engenharia simultânea e princípios de trabalho em equipe3- Manufatura4- Análise e prototipagem5- Estatística6- Projeto de sistemas7- Projeto assistido por computador8- Teoria e metodologia de projeto9- Projeto e otimização de componentes e sistemas

10- Projeto de montagens e tolerâncias



No Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, o ensino neste domínio de conhecimento iniciou em 1976

No curso de mestrado em engenharia mecânica, introduziu-se uma disciplina sob o título de Projeto de Produtos Industriais

Textos adotados: PAHL & BEITZ, 1974 (artigos); RODENACKER, 1976 (livro);KOLLER, 1976 (livro);PAHL & BEITZ, 1977 (livro);BLANCHARD & FABRICKY, 1981 (livro)BACK, 1983 (livro).



Em 1980 desdobrou-se em duas disciplinas de Projeto de Produtos Industriais na pós-graduação e a disciplina de Metodologia de Projeto na Graduação

1990 houve uma reformulação com desdobramento em quatro disciplinas:

• Projeto Conceitual;• Projeto para Manufatura;• Modelagem e Simulação de Sistema Mecânicos; e• Projeto para Confiabilidade e Mantenabilidade.

Em 1997 o Laboratório de Projeto foi renomeado para Núcleo de Desenvolvimento Integrado de Produtos - NeDIP



Colaboradores no NeDIP (atualmente):

Professores:

Acires Dias, Dr Eng, André Ogliari, Dr EngJonny Carlos da Silva, Dr EngNelson Back, Ph D, aposentado

Alunos de doutorado: 16 Alunos de mestrado: 14Bolsistas de graduação: 6

Concluiram 89 mestres e 16 doutores, desde 1975



Vistas do NeDIP



Disciplinas atuais na pós-graduação

Projeto ConceitualProjeto para a ManufaturaModelagem e Simulação de Sistemas MecânicosGerenciamento do Desenvolvimento de ProdutosSistemas Especialistas para Projeto em engenhariaProjeto para Confiabilidade e MantenabilidadeAnálise e Gerenciamento de Risco em Engenharia



PRINCIPAIS LINHAS DE PESQUISA

Desenvolvimento de Metodologias de Projeto

Desenvolvimento de Sistemas Computacionais de Apoio ao Projeto

Confiabilidade Funcional e Mantenabilidade em Sistemas Mecânicos

Gestão do Desenvolvimento de Produtos

Desenvolvimento de Protótipos de Máquinas e Equipamentos



Para ampliar o conhecimento são propostos trabalhos de dissertações de mestrado e teses de doutorado, desenvolvendo protótipos de máquinas e equipamentos, usando e validando metodologias de projeto .

Conteúdos dos trabalhos:levantamento e estabelecimento das especificações de projeto;desenvolvimento de concepções alternativas;seleção da melhor concepção;projeto preliminar e detalhado;construção e testes do protótipo; e sugestões para melhoramentos do protótipo.



Protótipo de processamento de mexilhões ( Regis Scalice)

MÉTODO DA SÍNTESE FUNCIONAL E ENGENHARIA REVERSAMétodo da síntese funcional – desenvolvimento da estrutura funcional - Exemplo

LEGENDA

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LISTA DE FUNÇÕES

4 Desgranar mexilhões 4.1 Agrupar mexilhões 4.2 Agitar mexilhões 4.3 Individualizar mexilhões 4.4 Lavar mexilhões 4.5 Separar detritos 4.6 Guiar água com detritos 4.7 Coletar água com detritos 4.8 Pegar mexilhões 4.9 Transportar mexilhões 4.10 Coletar mexilhões

energia mecânicaFG 4

mexilhões unidos mexilhões separados

FE 4.2 FE 4.1

mexilhões separados

energia mecânica

mexilhões unidos FE 4.8 FE 4.3

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água

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água com detritos

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FE 4.9

energia mecânica


Protótipo de processamento de mexilhões ( Regis Scalice)Processo de desgranação dos mexilhões

MÉTODO DA SÍNTESE FUNCIONAL E ENGENHARIA REVERSAMétodo da síntese funcional - Exemplo


Protótipo de processamento de mexilhões ( Regis Scalice)

MÉTODO DA SÍNTESE FUNCIONAL E ENGENHARIA REVERSAMétodo da síntese funcional - – desenvolvimento da estrutura funcional Exemplo

LEGENDA

Função Global

FEFunção Parcial Função Elementar

FPFG

Energia

Sinal Material Fu

nção

gl

obal

N

ível

1 d

e de

sdob

ram

ento

energia mecânica

LISTA DE FUNÇÕES

5 Limpar mexilhões 5.1 Agrupar mexilhões 5.2 Agitar mexilhões 5.3 Extrair detritos dos mexilhões 5.4 Lavar mexilhões 5.5 Separar detritos 5.6 Guiar água com rejeitos 5.7 Coletar água com rejeitos 5.8 Pegar mexilhões 5.9 Transportar mexilhões 5.10 Coletar mexilhões

FG 5 mexilhões

água com rejeitos

FE 5.2

FE 5.7

FE 5.5 FE 5.3

energia mecânica

mexilhões sujoságua

mexilhões sujos

mexilhões limpos

água com rejeitos

FE 5.8

água

FE 5.10

FE 5.1

FE 5.4

FE 5.6 energia mecânica

FE 5.9

energia mecânica


Protótipo de processamento de mexilhões ( Regis Scalice)processo de limpeza dos mexilhões

MÉTODO DA SÍNTESE FUNCIONAL E ENGENHARIA REVERSAMétodo da síntese funcional - Exemplo


Módulos Básicos Desenvolvidos



Configurações do Projeto Modular

Tarefas:

Desgranação, Limpeza, Seleção e Limpeza Refinada.



Outras Configurações Possíveis

DescarnaçãoEncordoamentoRetirada da corda do cultivo e extração dos mexilhões da corda



Layout Preliminar – Configurações



Tranplantadora modular



Tranplantadoramodular



MÉTODO DA SÍNTESE FUNCIONAL E ENGENHARIA REVERSAReator de processamento de sinterização por plasma de materiais metálicos

MaterialprocessadoAmbiente de processamento por plasmaMaterial

bruto

Obtenção devácuo

Suprimento deenergia

Suprimentode mistura

gasosa

Funçãoestrutural

Contenção doprocesso

E/SMate-

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MÉTODO DA SÍNTESE FUNCIONAL E ENGENHARIA REVERSAReator de processamento de sinterização por plasma de materiais metálicos

Cilindros de gás

Fluxímetros de massaFonte de potência

Amperímetro e voltímetro

Grupo de bombas de vácuo

Válvula controladora de pressão

Suporte da câmara

Elevador da câmaraPirômetro óptico

Câmara de vácuoJanela de inspeção

Manômetro capacitivo (vacuômetro)

Acionamento do elevadorTomada para espectrômetro de massa

Ponteira de fibra óptica para espectroscopia

Rodas para movimentação

Condicionadores de sinais

Módulo de controle do ambiente de vácuoPlaca de aquisição de dados A/D - D/ A

Bancada de operação

Microcomputador / Software LabVIEW

Arrefecimento por camisa d'água; coleta de vapor (fole)

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22


Financiamento:

PRONEX

Reator de Processamento de

Materiais por Plasma



Semeadora de Arroz Pré-Germinado




Valor estratégico da capacitação em

desenvolvimento de produtos


De 1974 até os anos 1990 a demanda, na indústria do Brasil, por profissionais desta área de conhecimento era pequena

Época das restrições de importações e assim muito se copiava e sobreviviam produtos de baixa qualidade, devido à falta de interesse e de investimento em projeto de produtos.

Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosValor estratégico da capacitação em desenvolvimento de produtos


Após 1990, na abertura da economia brasileira houve, por parte de instituições de ensino superior e da indústria, uma procura muito grande de profissionais nesta área de conhecimento.

A indústria nacional precisa inovar concepções e desenvolver produtos, de alta e integrada qualidade, para alcançar a necessária competitividade



Para conseguir competitividade, fator importante é a capacitação de profissionais com conhecimentos e formação para trabalho em equipe, dentro de ambientes de engenharia simultânea.

Esta consciência evoluiu desde 1990, tanto na formação de profissionais em diversas instituições brasileiras de ensino superior e na organização de congressos, como nas indústrias pela adoção de metodologias avançadas de desenvolvimento de produtos.



Algumas empresas já adotam processos de desenvolvimento integrado de produtos ou de engenharia simultânea,

Exemplos de empresas:

Multibrás S.A. (eletrodomésticos) ;Embraer (aviões) ;AGCO do Brasil (máquinas agrícolas); eJohn Deere do Brasil (máquinas agrícolas).



É preciso alertar as instituições e empresas nacionais, mesmo que sejam de pequeno e médio porte, que:

“”para o Brasil se tornar uma nação avançada -competitiva e com poder e real equilíbrio nos

diversos acordos de comércio exterior - é necessário conscientizar-se do fator fundamental, que é a

capacitação de profissionais para o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia e de alto valor agregado, dentro de conceitos modernos””.



O Brasil é competitivo em uma série de produtos, mas em sua maioria, com produtos, com pouco valor agregado, como por exemplo: café; soja: suco de laranja; celulose; minério de ferro.

Alguns exemplos do comércio mundial de mercadorias

Placa de computador de 100g ao valor de U$ 250,00 vale 20 toneladas de minério de ferro.

1kg de soja Custa US$ 0,10

1kg de automóvel Custa US$ 10,00

1kg de aparelho eletrônico Custa US$ 100,00

1Kg de avião Custa US$ 1.000,00

1kg de satélite Custa US$ 50.000,00




Perspectivas futuras na capacitação e

pesquisa no domínio de conhecimentos


Nos últimos anos pesquisou-se muito sobre métodos e metodologias mais eficazes de desenvolvimento de produtos industriais e sobre experiências e métodos de ensino.

Procura-se a capacitação em cursos convencionais de graduação e de pós-graduação, bem como na capacitação continuada de profissionais, tentando encurtar o tempo de formação e aumentar a produtividade e a eficácia de equipes que atuam em problemas de desenvolvimento de produto.

Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosPerspectivas futuras na capacitação e pesquisa no domínio de conhecimento


Conforme experiências do NeDIP e de vários outros relatos, como por exemplo, DIXON (1991) e LOVEJOY & SRINIVASAN (2002):

O curso deve apresentar um conjunto de disciplinas genéricas básicas, conforme já apresentado, e uma atividade prática de desenvolvimento de produto na forma, o mais próximo possível, do que ocorre num ambiente de indústria.



Na graduação:

disciplinas de seus cursos de formação;

metodologia de projeto;

gerenciamento de projetos;

noções de desenvolvimento integrado ou de engenharia simultânea; e

princípios básicos de custos e organização de negócios.



Na pós-graduação, mestrado profissionalizante, curso de especialização, capacitação continuada, recomenda-se um elenco de disciplinas básicas cobrindo os seguintes aspectos: processo de desenvolvimento de produtos;

engenharia simultânea;gerenciamento do desenvolvimento de produtos; modelagem e análise computacional de soluções;metodologia de seleção de materiais e de processos de fabricação;métodos de estimativa e avaliação de custos;otimização integrada de produtos;dependabilidade de produtos;prototipagem rápida;métodos de ensaios; evalidação de produtos.



Para ser mais eficaz na capacitação de profissionais, é fundamental a realização de uma :

“”atividade prática de desenvolvimento de um produto industrial, de complexidade e intensidade de trabalho compatível com o tempo e os recursos disponíveis,

atendendo as recomendações””:

1. as informações a serem apresentadas, devem ser na forma de necessidades detectadas ou especificações de um produto que deve ser projetado e não uma descrição de algo já projetado ou existente que precisa ser analisado;



2. permite a formação de equipes de três a cinco membros com as capacidades principais necessárias, como por exemplo, para desenvolver um protótipo de máquina agrícola: engenharia mecânica; engenharia agrícola; desenho industrial; previsão e análise de custos e instrumentação;

3. que os problemas de projeto sejam tais que possibilitam à equipe tomar decisões com o objetivo de gerar alternativas de soluções, que atendam um determinado segmento de mercado, um preço de venda e que possa ser fabricado um protótipo com os recursos disponíveis;



4. que a equipe de desenvolvimento tome decisões na escolha da melhor solução, não somente em termos de desempenho técnico mas, também, de custos, manufaturabilidade e otimização dos vários aspectos do ciclo de vida do produto; e

5. que o projeto seja viável quanto à fabricação de um protótipo, que seja testado e submetido à avaliação de possíveis usuários, para que a equipe tenha retorno de avaliações do projeto realizado.




Fontes de Informação


Livros de Metodologia de Projeto e Engenharia Simultânea

PAHL, G.; BEITZ, W. Engineering Design a systematic approach. Springer- Verlag 1996

ROOZENBURG, N.F.M.; EEKELS, J. Product Design: Fundamentals and Methods. John Wiley & Sons 1995

ULRICH, K.T. Eppinger, S.D. Product Design and Development. McGraw-Hill 1995

ULLMAN, D.G. The Mechanical Design Process, McCraw-Hill.1997

PUGH, S. (1991). Total design: integrated methods for successfulproduct engineering. Addison Wesley.

CLAUSING, D. (1993). Total quality development: a step-by-step guideto world-class concurrent engineering. New York, AsmePress

Capacitação em Desenvolvimento Integrado de ProdutosFontes de Informação


Livros de Metodologia de Projeto e Engenharia Simultânea

BOOTHROYD, G.; DEKKER, M. Assembly Automation and ProductDesign, Inc, New York, NY, 1992,

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BOOTHROYD, G.; DEWHURST, P.; KNIGHT, W.; DEKKER, M. Product Design for Manufacture and Assembly, Inc, New York, 1994.

BACK, N. Metodologia de Projeto de Produtos Industriais. Rio de Janeiro : Guanabara Dois, 1983.

OTTO, K. & WOOD, K. Product Design: Techniques in ReverseEngineering and New Product Development. Prentice Hall. 2001



Gerenciamento de ProjetosKERZNER, H. Project Management: A Systems Approach to

Planning, Scheduling and Controlling. 7th. Edition. John Wiley& Sons, Inc. 2001.

MEREDITH, J. R. and MANTEL JR, S. J. Project Management: A Managerial Approach. 4rd. Edition, John Wiley & Sons, Inc. 2000.

PINTO, J. K. Project Management Handbook.. Jossey-BassPublishers. 1998.

VALERIANO, D. L. Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos, Makron Books, 2001, São Paulo.

VERZUH, E. MBA Compacto: Gestão de Projetos.. Editora Campus, 2000.

A Guide to the Project Management Body of Knowledge. Project Management Institute, 130. South State Road, Upper Darby, PA 19082 USA



Muito obrigado pela atenção de

todos


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