12. Estudo de Caso - TGD

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    CURSO DE TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO-TGD

    Transtorno do Espectro Autista

    RELATO DE CASO  – TGD - Autismo

     A criança S.S.D, do gênero masculino, de acordo com informações da avó, nasceu nointerior de São Paulo, na região de Marília, no dia 03 de agosto de 1999. Segundo a avó, durante

    o período gestacional do paciente, a mãe fumou e fez uso das anticonvulsivantes, devido àscrises convulsivas que a levavam a apresentar quedas constantes. A criança nasceu de cesárea,pesando 2,3 kg, tendo permanecido na incubadora por cinco dias, devido ao baixo peso.

    Em relação ao desenvolvimento motor geral, a criança apresentou controle cervical aosquatro meses, não engatinhou, sentou-se com apoio aos quatro meses, andou com um ano,apresentou controle esfincteriano anal e vesical, aos três anos. Quanto ao desenvolvimento delinguagem, conforme a avó, a criança não balbuciou, falou as primeiras palavras com três anos equatro meses, embora já conseguisse escrever e realizar leitura. A avó relatou que a mãe tinhaum comportamento agressivo e que sofria de alucinações visuais. Em relação aos demaisparentes de sua família, os históricos são de envolvimento com drogas e crimes.

     Atualmente, a criança mora com a avó e o avô, que obtiveram sua guarda, além da irmã ede um irmão mais novo. O pai da criança faleceu, em 2008, por motivos não evidenciados nosdocumentos, ao passo que a mãe se encontra internada em uma clínica psiquiátrica.

     A criança passou por avaliação psiquiátrica, aos quatro anos, em que se constatou síndromede Asperger, realizando atendimento fonoaudiológico duas vezes, semanalmente, numa clínica-escola. Aos cinco anos de idade, observou-se a presença de ecolalias tardias e principalmenteimediatas, sem função comunicativa; a criança não realizou trocas de turnos, nem mesmo utilizougestos para se comunicar e apresentou contato visual restrito. A criança compreendeu ordenssimples e complexas, embora sua atenção se mostrasse variável. Não nomeou objetos, quandosolicitado, ainda que fosse capaz de repeti-los, conseguindo nomear números não sequenciados.Em relação ao uso funcional de utensílios de higiene pessoal, a criança não foi capaz de utilizá-los de forma funcional, diante de uma atividade proposta. Observou-se ainda a presença deflappings, comportamento inquieto, como pulos, risos e vocalizações, quando estava interessadapor alguma atividade. Demonstrou interesse maior por letras do que pelas figuras,comportamento associado ao quadro de hiperlexia.

    Em terapia fonoaudiológica, foram enfatizadas atividades de contagem e recontagem dehistórias, por meio de jogos de sequência lógica, alfabeto, soletração. A criança apresentouintenção comunicativa, iniciativa de diálogo, passou a respeitar a troca de turno e, em algunsmomentos, apresentava contato visual. Observou-se fala repetitiva e estereotipias, como baterpalmas e sorrir para tudo o que era dito a ela. Foi trabalhada também a habilidade sintática, pormeio de jogos de sequência lógica, notou-se dificuldade de colocar as figuras em ordem.

    Consequentemente, observou-se que a criança narrava usando frases simples, de sorte que aterapeuta intervinha, fazendo questionamentos (Onde? Como? Com quem?) acerca do tema.Tais atividades foram trabalhadas por intermédio de leitura, em razão do interesse da criança.

    Foram trabalhados outros recursos de comunicação, com expressões faciais, gestos econtato visual, sempre contextualizando as emissões do paciente. Nessa ocasião, foramobservados raros episódios de ecolalias imediatas, todas com intenção comunicativa econtextualizada. A criança mostrou-se mais atenta, nas atividades, compreendia facilmente asregras dos jogos e não ficava irritada, ao perder. A habilidade semântica e pragmática também foitrabalhada, por meio de piadas e expressões de duplo sentido.

    Foram feitas também visitas à escola, semestralmente, desde o início do processo

    terapêutico fonoaudiológico. Durante as visitas, foram realizadas entrevistas com a professora,questionando sobre os aspectos de interação, desempenho escolar e comportamentos. Nosquase dois anos de relatos das professoras, ficou evidente a característica de uma criançaagressiva com os demais alunos da sala, o que desfavorecia seu envolvimento social. Ao longo

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    dos anos, a agressividade diminuiu e ocorreu uma maior aproximação com os colegas de sala. Acriança estuda em uma EMEF, na 4º série do ensino regular, com desempenho que se destacana matéria de português.

    Caso Pedro: Objetivos de aprendizagem 

      Elaborar um Plano de Desenvolvimento Individual que corresponda às especificidades de

    aprendizagem e desenvolvimento do aluno em questão, considerando as possibilidades de

    parcerias quando pertinentes.