1867-Aula-02

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Capítulo 1 Introdução e Descrição dos Motores Prof.: Flavio Vanderlei Zancanaro Júnior Engenharia Mecânica Departamento de Engenharias e Ciência da Computação Disciplina de Máquinas Térmicas II

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Motores

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  • Captulo 1 Introduo e Descrio dos

    Motores

    Prof.: Flavio Vanderlei Zancanaro Jnior

    Engenharia Mecnica

    Departamento de Engenharias e Cincia da Computao

    Disciplina de Mquinas Trmicas II

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 2

    1.3 Descrio dos Motores

    Principio de Funcionamento 4 Tempos OTTO:Com o mbolo (tambm designado por pisto) no

    PMS (ponto morto superior) aberta a vlvula de

    admisso, enquanto se mantm fechada a vlvula de

    escape. A dosagem da mistura gasosa regulada pelo

    sistema de alimentao, que pode ser um carburador ou

    pela injeo eletrnica.

    O pisto interligado a biela e

    esta por sua vez interligada ao

    eixo de manivelas, impulsionando-

    o em um movimento de rotao.

    O pisto move-se ento at ao

    PMI (ponto morto inferior). A

    este passeio do mbolo

    chamado o primeiro tempo do

    ciclo, ou tempo de admisso.

    .

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 3

    Principio de Funcionamento 4 Tempos OTTO:Fecha-se nesta altura a vlvula de

    admisso, ficando o cilindro cheio

    com a mistura gasosa, que agora

    comprimida pelo pisto,

    impulsionado no seu sentido

    ascendente em direo cabea do

    motor (cabeote) por meio de

    manivelas at atingir de novo o

    PMS.

    Observa-se que durante este

    movimento as duas vlvulas se

    encontram fechadas. A este

    segundo curso do mbolo

    chamado o segundo tempo do

    ciclo, ou tempo de compresso.

    .

    1.3 Descrio dos Motores

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 4

    Principio de Funcionamento 4 Tempos OTTO:Quando o mbolo atingiu o PMS, a mistura gasosa que

    se encontra comprimida no espao existente entre a face

    superior do mbolo e a cabea do motor, denominado

    cmara de combusto, inflamada devido a uma

    centelha produzida pela vela e queima o combustvel.

    O aumento de presso devido

    ao movimento de expanso destes

    gases empurra o mbolo at ao

    PMI, impulsionando desta maneira

    por meio de manivelas e

    produzindo a fora rotativa

    necessria ao movimento do eixo

    do motor. A este segundo curso do

    mbolo chamado o terceiro

    tempo do ciclo, ou tempo

    de expanso.

    .

    1.3 Descrio dos Motores

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 5

    Principio de Funcionamento 4 Tempos OTTO:

    O cilindro encontra-se agora cheio de gases

    queimados. nesta altura, em que o mbolo

    impulsionado por meio de manivelas retoma o seu

    movimento ascendente, que a vlvula de escape se abre,

    permitindo a expulso para a atmosfera dos gases

    impelidos pelo mbolo no seu movimento at ao PMS,

    .altura em que se fecha a vlvula de

    escape. A este quarto curso do

    mbolo chamado o quarto tempo

    do ciclo, ou tempo de exausto.

    1.3 Descrio dos Motores

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    Principio de Funcionamento 4 Tempos DIESEL:

    1.3 Descrio dos Motores

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 7

    Principio de Funcionamento 2 Tempos:

    medida que ocorre o movimento ascendente do mbolo, este obstrui as

    janelas, e em seguida comprime a mistura gasosa existente na parte superior do

    cilindro.

    Ao mesmo tempo cria-se um vcuo no crter, que fora a admisso de ar

    atmosfrico no interior do mesmo.

    1.3 Descrio dos Motores

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    Principio de Funcionamento 2 Tempos:

    Quando o mbolo atinge o PMS d-se a ignio, devido libertao da

    centelha. Os gases pressionam o pisto em direo ao PMI, produzindo assim

    trabalho. Durante esta etapa, o mbolo libera a janela de escape possibilitando

    a sada dos produtos de combusto.

    Prximo ao PMI, o pisto abre a

    janela de transferncia. Ao mesmo

    tempo, seu movimento descendente

    pressuriza o crter, forando a nova

    mistura a penetrar na cmara o que

    tambm contribui na exausto de

    gases de combusto. Ao trmino

    desta fase o motor fica nas condies

    iniciais permitindo que o ciclo se

    repita.

    1.3 Descrio dos Motores

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    1.4 Anlise de CiclosIntroduo:

    J visto no estuda da termodinmica diversas vezes as centrais de potncia

    (vapor) como sendo um dispositivo que opera segundo um ciclo.

    O que caracteriza um ciclo?

    O fluido de trabalho sofre uma srie de

    processos e finalmente retorna o estado

    inicial.

    Existem ainda outros ciclos. Motor de combusto interna

    Turbina a gs

    Nestes casos o fluido de trabalho no apresenta as mesmas condies

    iniciais aps o final do ciclo. Ciclo aberto

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 10

    1.4 Anlise de CiclosNomenclaturas e clculo de quantidades:

    O curso do pisto dado por:

    O volume deslocado pelo pisto pode ser

    calculado por

    A relao de compresso (razo entre os vol.

    mximo e mnimo)

    O trabalho especfico lquido do ciclo completo

    utilizado para definir a presso mdia efetiva

    O trabalho lquido realizado por um cilindro

    manRS 2

    SANVVNV cilcilcildesl minmax

    min

    max

    VV

    RCrv

    minmax vvppdvw mefliq

    minmax VVpmwW mefliqliq

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 11

    O Ciclo padro a Ar Otto

    Ciclo ideal que se aproxima do motor de combusto interna por centelha,

    1-2: Compresso isoentrpica de ar (ponto morto inferior para o superior).

    2-3: Transferncia de calor ao ar A VOLUME CONSTANTE (motor

    real: centelha, ignio e combusto).

    3-4: Expanso isoentrpica

    4-1: Transferncia de calor do ar A VOLUME CONSTANTE

    (descarga dos gases de combusto)

    1.4 Anlise de Ciclos

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 12

    O Ciclo padro a Ar Otto

    O rendimento do ciclo padro Otto funo apenas da relao de

    compresso. MAIOR RELAO, MAIOR RENDIMENTO (motores

    aspirados e turbinados).

    Qual seria o limite dessa relao de compresso?

    As propriedades do combustvel limitam. A grandes presses tem-se a

    chamada auto ignio. Maior o n de Cetanos mais baixa a presso limite. A

    adio de chumbo tetraetil ajudou a aumentar o ponto de detonao dos

    combustveis - poluio.

    11

    1

    k

    v

    trmicor

    3

    4

    2

    1

    V

    V

    V

    Vrv

    1.4 Anlise de Ciclos

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 13

    O Ciclo Padro Stirling

    A figura abaixo apresenta o ciclo que opera segunda os processos proposto

    por Stirling

    1-2: Compresso ISOTRMICA.2-3: Transferncia de calor a volume constante.3-4: Expanso ISOTRMICA. 4-1: Transferncia de calor a volume constante

    OBS. O ciclo Stirling igual ao ciclo Otto, porm com os processos

    adiabticos sendo substitudos por processos isotrmicos. Motores desse tipo

    so chamados de motores de COMBUSTO EXTERNA e apresentam o

    mesmo rendimento do ciclo de Carnot.

    1.4 Anlise de Ciclos

  • Engenharia MecnicaDisciplina de Mquinas Trmicas II 14

    O Ciclo padro a Ar Diesel

    A figura abaixo mostra o ciclo a Ar Diesel, tambm chamado de motor de

    ignio por compresso

    1-2: Compresso isoentrpica at o ponto morto superior

    2-3: Calor transferido ao fluido de trabalho a PRESSO

    CONSTANTE (injeo e queima para o motor real).

    3-4: Expanso isoentrpica at o ponto morto inferior

    4-1: Rejeio do calor a VOLUME CONSTANTE (descarga para motor

    real)

    1

    1

    111

    2

    3

    1

    4

    2

    1

    23

    14

    TT

    TT

    kT

    T

    TTc

    TTc

    Q

    Q

    p

    v

    H

    Ltrmico

    1.4 Anlise de Ciclos