2 NOV - PÚBLICO

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rui dias Aumentou número de casais em que ambos os cônjuges caíram no desemprego p12 Insolvências subiram 300% num período de cinco anos, revelam estatísticas p9 Tribunais têm quase 1,7 milhões de processos parados Desconto de 6% vai ser obrigatório para casais sem emprego ESTADOS UNIDOS MAIORIA ACREDITA QUE OBAMA VAI SER REELEITO Destaque, 2/3 FURACÃO PODE TER DESTRUÍDO ANOS DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA Mundo, 18 JEWEL SAMAD/AFP Pedido de ‘apoio técnico’ ao FMI leva PS a acusar o Governo de ‘farsa’ A confirmação, pelo Ministério das Finanças, de que o Governo pediu “apoio técnico” ao FMI para estudar os cortes de despesa deixou o PS à beira de um ataque de nervos. Passos ainda não respondeu Portugal, 4 Cameron sofre derrota “humilhante” em votação sobre a UE p19 SEX 2 NOV 2012 EDIÇÃO LISBOA Ano XXIII | n.º 8243 | 1,60€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos PUBLICIDADE PUBLICIDADE HOJE 3 DVD James Bond – 50 Anos Licença para Matar; GoldenEye; O Amanhã nunca Morre Por + 3,99€/cada PETER HOOK TOCA EM LISBOA COM JOY DIVISON AINDA NO SANGUE MÚSICA ípsilon Apostar no Euromilhões também é apoiar Boas Causas ESTA SEXTA-FEIRA JACKPOT 119 * MILHÕES *Previsão A criar excêntricos de um dia para o outro M ípsilon

Transcript of 2 NOV - PÚBLICO

rui dias

Aumentou número de casais em que ambos os cônjuges caíram no desemprego p12

Insolvências subiram 300% num período de cinco anos, revelam estatísticas p9

Tribunais têm quase 1,7 milhões de processos parados

Desconto de 6% vai ser obrigatório para casais sem emprego

ESTADOS UNIDOSMAIORIA ACREDITA QUE OBAMA VAI SER REELEITODestaque, 2/3

FURACÃO PODE TER DESTRUÍDO ANOS DE INVESTIGAÇÃO MÉDICAMundo, 18

JEWEL SAMAD/AFP

Pedido de ‘apoio técnico’ ao FMI leva PS a acusar o Governo de ‘farsa’A confi rmação, pelo Ministério das Finanças, de que o Governo pediu “apoio técnico” ao FMI para estudar os cortes de despesa deixou o PS à beira de um ataque de nervos. Passos ainda não respondeu Portugal, 4

Cameron sofre derrota “humilhante” em votação sobre a UE p19SEX 2 NOV 2012EDIÇÃO LISBOA

Ano XXIII | n.º 8243 | 1,60€ | Directora: Bárbara Reis | Directores adjuntos: Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Miguel Gaspar | Directora executiva Online: Simone Duarte | Directora de Arte: Sónia Matos

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HOJE 3 DVD James Bond – 50 AnosLicença para Matar;GoldenEye;O Amanhã nunca Morre

Por + 3,99€/cada

PETER HOOKTOCA EM LISBOACOM JOY DIVISON AINDA NO SANGUEMÚSICA

ípsilon

Apostar no Euromilhões também é apoiar Boas Causas

ESTASEXTA-FEIRAJACKPOT

€119*

MILHÕES

*Previsão

A criar excêntricos de um dia para o outro

M

ípsilon

2 | DESTAQUE | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

PRESIDENCIAIS EUA

Maioria acredita que Obama vai ser reeleito

A contagem decrescente para

o dia das eleições presiden-

ciais americanas começou

a ser feita em horas, não

dias. Depois da campanha

mais cara de sempre (seis

mil milhões de dólares, segundo

a última estimativa do Center for

Responsive Politics), dos anúncios

negativos, dos debates entre os can-

didatos, das polémicas quase diá-

rias, a corrida para a Casa Branca

continua essencialmente igual ao

primeiro dia, isto é, empatada.

No último ano, nem Barack Oba-

ma nem Mitt Romney conseguiram

assegurar uma vantagem decisiva nas

intenções de voto dos eleitores que

permita antecipar quem será o pró-

ximo Presidente dos Estados Unidos

com toda a fi abilidade. Analistas po-

líticos e especialistas em sondagens

avançam todo o tipo de cenários, al-

guns quase apocalípticos. Mas existe

um grupo de pessoas que profetizou

correctamente o vencedor do voto

popular das últimas quatro eleições

presidenciais e que acredita que Oba-

ma vai ser eleito para um segundo

mandato: o povo americano.

Cinquenta e quatro por cento dos

americanos consideram que Oba-

ma tem mais chances de ganhar na

terça-feira, segundo uma sondagem

da Gallup, uma das mais respeitadas

empresas de estudos da opinião pú-

blica americana. Apenas 34 por cen-

to prevêem que o republicano Mitt

Romney seja o vencedor. A pergunta

feita pela Gallup a uma amostra na-

cional de 1063 adultos foi: “Indepen-

dentemente do candidato em que irá

votar, e tentando ser o mais objectivo

possível, quem é que pensa que vai

ganhar a eleição de 6 de Novembro?”

Os resultados são consistentes com

uma sondagem Reuters/Ipsos em que

53 por cento dos eleitores dizem que

Obama vai ganhar, contra 29 por cen-

to que responderam “Romney”.

Nestes dias fi nais, as duas campa-

nhas não estão apenas a tentar ganhar

a batalha eleitoral; estão a tentar ga-

nhar a batalha da percepção pública

sobre quem tem o favoritismo do seu

lado. A equipa de Obama diz que é o

seu candidato, com base nas sonda-

gens nos estados mais decisivos, que

lhe atribuem alguma vantagem ou

estão empatadas. Na última semana,

a campanha de Romney começou a

investir recursos em três estados que

não eram considerados competitivos,

sugerindo que os democratas estão a

perder apoio nesses lugares — Michi-

gan, Minnesota e Pensilvânia.

Na quarta-feira, enquanto Obama

e Romney cumpriam rigorosamente

um hiato na campanha causado pe-

la tempestade Sandy que os levou a

cancelar comícios e a evitar ataques

sobre o adversário, os seus estrategas

participaram em conferências tele-

fónicas com jornalistas acusando o

outro lado de manipular a realidade

em relação ao estado da corrida. “O

desespero de Romney é palpável”,

disse Jim Messina, director da cam-

panha de Obama. “Nós temos os nú-

meros e eles têm os mitos.”

“Acho que estamos numa posição

óptima para ganhar”, afi rmou Russ

Schriefer, um operativo de Romney,

citado pelo Washington Post, referin-

do que o mapa eleitoral é cada vez

mais favorável ao republicano.

Os candidatos regressaram à fren-

te de batalha e os últimos dias pro-

metem uma campanha frenética

por todo o país, mas concentrada

nos estados onde a disputa é mais

renhida. Obama iniciou ontem uma

maratona de dois dias pelos quatro

fusos horários do continente norte-

americano. Na sua campanha, fez

saber que o Presidente americano

também irá “atravessar o país” no

fi m-de-semana para os seus comí-

cios fi nais. Quando terminar, terá

visitado os oito estados mais críticos

destas eleições: Ohio, Virgínia, Flo-

A corrida à Casa Branca mantém-se quase como começou, ou seja, empatada. Mas nestes últimos dias de campanha as sondagens dão vantagem a Obama

Kathleen Gomes, em Washington

LARRY DOWNING/REUTERS

Obama com vítimas da tempestade Sandy, anteontem, em New Jersey

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | DESTAQUE | 3

BRIAN SNYDER/REUTERSMitt Romney, pouco antes de se dirigir aos apoiantes em Jacksonville, na Florida, a 31 de Outubro

rida, Colorado, Nevada, Iowa, New

Hampshire e Wisconsin.

Mitt Romney passou o dia de on-

tem em comícios na Virgínia, um dos

estados onde precisa de ganhar para

bater Obama. Nestes últimos dias, os

dois candidatos contam ainda com

uma série de aliados que fazem cam-

panha noutros lugares, garantindo

que o blitz é total: Michelle Obama,

Joe Biden, Bill Clinton, no caso do

Presidente; o candidato vice-presi-

dencial Paul Ryan, Ann Romney e o

senador da Florida Marco Rubio, no

caso de Romney.

A campanha de Obama lançou

ontem um novo anúncio televisivo

com Colin Powell, no qual o ex-se-

cretário de Estado de George Bush

elogia o Presidente declarando que

o país deve “continuar no rumo em

que está”. Powell, um republicano,

apoiou Obama em 2008 e voltou a

fazê-lo recentemente. A campanha

de Romney também inaugurou um

anúncio com um apoiante de Oba-

ma: Hugo Chávez. O vídeo contém

uma declaração pública feita há me-

ses pelo Presidente venezuelano de

que, “se fosse americano”, votaria

em Obama. O anúncio está a ser

exibido em Miami, um enclave de

cubano-americanos conservadores

que desprezam Chávez pela sua li-

gação a Fidel Castro.

Jovens, conservadores, pró-casamento gay…

Vince Szilagyi, um fi nalista

da Universidade de Denver

que vai votar pela primeira

vez numas eleições presi-

denciais, lembra-se perfei-

tamente do momento em

que concluiu que era republicano.

Em 2006, ele deparou-se com um

discurso de William Buckley, um

infl uente intelectual tido como um

dos ideólogos do conservadorismo

americano moderno, no YouTube.

Ouvir discursos políticos quando se

tem 15 anos é invulgar. Quando isso

é uma das primeiras coisas que al-

guém se lembra de fazer no YouTube

é ainda mais invulgar.

“Ele estava a falar da importância

da tradição e de cada geração ter a

arrogância de pensar que tem solu-

ções melhores do que as gerações que

existiram antes. Achei que o que ele

estava a dizer fazia todo o sentido.

Por que é que havemos de mudar

constantemente as coisas por julgar-

mos que temos uma ideia melhor?”,

diz Vince Szilagyi, hoje com 21 anos.

“Foi isso que suscitou o meu interesse

no conservadorismo enquanto ideo-

logia, o que muito naturalmente fez

de mim um republicano.”

Szilagyi é o líder dos Jovens Repu-

blicanos do Colorado (Colorado Col-

lege Republicans), uma organização

equivalente às juventudes partidá-

rias portuguesas. Nos últimos me-

ses, os seus membros têm dedicado

horas à campanha presidencial em

regime de voluntariado, tentando

inscrever jovens universitários nos

cadernos eleitorais e, segundo Tyler

Dumont, 20 anos, “educá-los sobre

o que está em jogo nestas eleições”

— jargão político que, na verdade,

quer dizer que têm procurado moti-

var jovens para votarem no candida-

to republicano, Mitt Romney.

É um esforço que, no mínimo,

soa árduo: não só os jovens são o

grupo etário com menos participa-

ção eleitoral, como as sondagens

mostram que os americanos entre

os 18 e os 29 anos são os que menos

uniões civis são mais viáveis porque

a palavra ‘casamento’ ganhou uma

carga política muito pesada” — e

apoiou a eliminação da política Don’t

Ask, Don’t Tell (Não Perguntes, Não

Reveles) que impunha um pacto de

silêncio aos militares americanos em

relação à sua orientação sexual.

Aborto? “Na minha vida privada,

sou pró-vida. É um tema de discus-

são complicado para a maior parte

das pessoas porque ninguém quer

ser antivida ou antiescolha. O aborto

é legal [nos Estados Unidos] e eu não

faço planos de mudar isso. Se hou-

vesse um referendo, nunca poderia

votar numa lei que criminalizasse

todos os casos de interrupção vo-

luntária da gravidez.”

Como outros jovens republica-

nos, as posições de Vince Szilagyi

relativamente a temas sociais dis-

tanciam-no da linha do partido,

que pretende rever a Constituição

americana para tornar o casamento

entre pessoas do mesmo sexo ilegal

e criminalizar o aborto, mesmo em

Kathleen Gomescasos de violação, incesto ou quan-

do a vida da mãe está em causa.

“É complicado porque existem fi -

guras como Rick Santorum, que são

radicalmente contra o casamento

gay, em quaisquer circunstâncias,

ponto fi nal. E alguns jovens republi-

canos têm uma visão diferente. Isso

é um ponto de confl ito no partido

neste momento”, reconhece Alex

Johnson, de 19 anos, estudante de

Ciência Política e vice-director do

núcleo de Jovens Republicanos da

Universidade de Denver.

Em todo o caso, nota, todo o seu

trabalho em prol do partido é volun-

tário. “Portanto, se o partido nacio-

nal me pedir para defender uma coi-

sa com a qual não concordo, posso

sempre recusar gentilmente.”

E depois, os temas sociais quen-

tes não são a principal preocupação

para os jovens republicanos neste

momento. “Especialmente com a

economia da maneira que está”, diz

Vince. “Um terço da minha geração

voltou para casa dos pais depois de

terminar a licenciatura. 56% estão

desempregados ou vivem de traba-

lhos precários.”

“Os jovens não se apercebem de

que há problemas que precisam de

ser resolvidos e que vão ser afectados

por eles muito mais depressa do que

imaginam. Eu terei de encontrar um

emprego dentro de dois anos e meio,

o que é daqui a nada”, diz Tyler Du-

mont. Questões como a dívida nacio-

nal e o desemprego, que têm estado

omnipresentes no debate nacional,

associadas quase sempre a uma visão

pessimista do futuro, ganharam uma

nova urgência para estes republica-

nos sub-30. “É que somos nós que

vamos herdar este país dentro de 10

ou 15 anos”, diz Vince Szilagyi.

“As ideias republicanas podem

não ser tão sexy quanto as demo-

cratas. Mas têm um sentido prático

muito maior. São mais orientadas

para a economia e para o negócio.

E parece-me que muitas vezes os

jovens eleitores não conseguem

ver isso”, diz Alex Johnson. “Hou-

ve alguém que disse que se não for-

mos liberais [termo que designa a

esquerda americana] antes dos 20

é porque não temos coração. E se

não formos conservadores aos 40,

é porque não temos cérebro. Por-

tanto, suponho que sou uma pessoa

cerebral sem coração.”

A nova direita americana é menos conservadora do que a geração dos pais

se identifi cam como republicanos.

Em 2008, 66% do eleitorado jovem

votou em Barack Obama e quatro

anos depois a campanha democrata

está a contar que esse grupo vote

novamente de forma triunfante pa-

ra reeleger o Presidente. Na última

sondagem da Gallup, Obama lide-

rava Romney nas intenções de voto

dos jovens com uma margem de 23

pontos percentuais.

Os cientistas sociais notam que

existe uma maior diversidade étni-

ca entre os jovens americanos, que

também são mais seculares do que

as gerações mais velhas em termos

de orientação religiosa. Eles tendem

a ser mais tolerantes ou mais favorá-

veis a questões “fracturantes” como

o casamento homossexual ou a inter-

rupção voluntária da gravidez e mais

progressistas relativamente à igualda-

de de género do que as gerações dos

seus pais e avós — e tudo isso costuma

ser apontado como uma das razões

principais por que se identifi cam

mais com o Partido Democrata.

Mas também é verdade que as no-

vas gerações de jovens republicanos

são socialmente menos conservado-

ras do que os mais velhos ou do que

manda a ortodoxia do partido — e

isto parece ser um fenómeno inteira-

mente novo. “Não há dúvida de que

muitos dos jovens republicanos com

quem tenho contacto são socialmen-

te liberais”, confi rma Lindsey Goo-

dwin, de 22 anos, presidente dos Jo-

vens Democratas da Universidade de

Denver. “Isso é uma diferença entre a

nossa geração e a dos nossos pais.”

Perguntámos a Vince Szilagyi se é

possível ser pró-casamento gay ou

pró-aborto e ser republicano. “Acho

que sim. O melhor exemplo disso é

o facto de os Log Cabin Republicans

[organização ligada ao Partido Re-

publicano que promove a igualdade

de direitos para todos os cidadãos

independentemente da sua orienta-

ção sexual] serem republicanos ho-

mossexuais e lésbicos e os seus nú-

meros terem aumentado de forma

consistente nos últimos 20 anos. O

meu antecessor nas funções de líder

estadual dos Jovens Republicanos é

um Lob Cabin Republican.”

Ele diz ser um defensor “pragmá-

tico” das uniões civis para casais do

mesmo sexo — “As pessoas têm to-

do o direito de estar juntas e devem

ter os mesmos direitos. Acho que as

EMMANUEL DUNAND/AFP

“As ideias republicanas podem não ser tão sexy quanto as democratas. Mas têm um sentido prático muito maior”, diz Alex Johnson

4 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

PS acusa Governo de “farsa” em torno da “refundação” do memorando

Marques Mendes anunciou e o Governo confi rmou ontem o pedido a técnicos do FMI e do Banco Mundial para estudar cortes na despesa do Estado. Os socialistas não gostaram e Seguro adiou a resposta a Passos

ENRIC VIVES-RUBIO

António José Seguro não gostou de saber por Marques Mendes o que Passos não lhe disse

A confi rmação, pelo Ministério das

Finanças, de que o Governo pediu

“apoio técnico” ao Fundo Monetário

Internacional e ao Banco Mundial pa-

ra estudar os cortes de despesa em

4000 milhões de euros deixou o PS à

beira de um ataque de nervos. No dia

seguinte à carta enviada pelo primei-

ro-ministro ao secretário-geral do PS

concretizando o desafi o para partici-

par no processo de “refundação do

memorando”, dois socialistas próxi-

mos de António José Seguro vieram

criticar a presença “às escondidas”

dos técnicos estrangeiros. E fi cou

adiada a resposta a Passos Coelho.

“É uma farsa com um mau guião.

O Governo diz que quer convidar o

PS para um diálogo sério e afi nal sa-

bemos que já estão em Portugal os

técnicos do FMI e até se conhecem

com detalhe áreas onde cortar a des-

pesa, que, na grande maioria, têm a

ver com cortes nas funções sociais do

Estado”, disse Pedro Marques.

O deputado referia-se à informa-

ção veiculada pelo ex-presidente do

PSD Luís Marques Mendes, na TVI24,

na quarta-feira à noite, de que o Go-

verno está a preparar a reforma do

Estado anunciada pelo primeiro-mi-

nistro com técnicos do FMI que já

estão em Portugal, tendo tido reuni-

ões nos ministérios da Administração

Interna e Defesa. Uma informação

confi rmada ontem de manhã à Lusa

por um membro do Governo: “Estão

a ser realizadas reuniões com os mi-

nistérios para análise das principais

áreas de despesa e para percepção

do que pode ser feito em matéria de

reformas”, explicou a fonte gover-

namental, que precisou tratar-se de

“uma missão técnica preparatória

para a sexta revisão do programa de

ajustamento”.

Marques Mendes tinha dado mais

pormenores. Disse que a reforma

passará por várias concessões a pri-

vados, nas fl orestas, centros de saúde

e transportes públicos e implicará

rescisões com funcionários, o apro-

fundamento da mobilidade especial

na função pública e por um aumento

dos co-pagamentos dos cidadãos na

Saúde e na Educação. E afi rmou que

a distribuição dos cortes será sensi-

velmente de 3500 milhões nas áreas

sociais (Educação, Saúde e Seguran-

ticas, às escondidas de toda a gente?

Caiu a máscara, outra vez!”, escreveu

este dirigente, muito próximo de An-

tónio José Seguro.

Ao fi m da tarde, o Ministério das

Finanças confi rmou, em nota envia-

da à Lusa, o pedido de apoio a téc-

nicos do FMI e do Banco Mundial,

justifi cando a escolha com o “pro-

fundo conhecimento e experiência

no aprofundamento do corte da des-

pesa”. Mas tentou esvaziar o efeito da

notícia, afi rmando que Vítor Gaspar

já o tinha anunciado antes, na con-

ferência de imprensa de 3 de Outu-

bro, quando afi rmou a necessidade

de aprofundar os cortes de despesa

em 4 mil milhões de euros. A nota

lembra que Vítor Gaspar anunciou,

na mesma conferência, que os cortes

na despesa serão “identifi cados num

contexto duma avaliação global do

conjunto das funções do Estado e das

administrações públicas” e que esse

exercício “benefi ciará do apoio de

organizações internacionais”.

O apoio técnico pedido às organi-

zações internacionais “é um exercí-

cio autónomo ao programa de assis-

tência económica e fi nanceira (PAEF)

a que Portugal está sujeito”, garante

o ministério.

Para o PCP, o FMI está em Portugal

para “ajudar o Governo a destruir as

funções sociais do Estado e a arrui-

nar mais rápida e defi nitivamente o

país”, nas palavras do dirigente co-

munista Jorge Cordeiro. No mesmo

sentido, o BE afi rma tratar-se de uma

“guerra aberta contra Portugal e con-

tra o nosso Estado social”. Catarina

Martins dá voz à indignação bloquis-

ta: “Ninguém acredita que um Go-

verno possa estar a estudar com o

FMI a salvaguarda do Estado social.

(A) experiência do FMI por todo o

mundo é de destruição do Estado

social”, referiu à Lusa.

GovernoLeonete Botelho

ça Social) e 500 milhões na Defesa,

Segurança e Justiça.

Para o deputado socialista, o Go-

verno está “a tentar chamar o PS a es-

ta encenação, muito tarde, quando,

afi nal já defi niu os principais termos

dessa encenação. Tudo isto é uma

forma de fugir da discussão do Or-

çamento do Estado e tentar colocar

o PS numa atitude de radicalização”,

sustentou.

No Facebook, o secretário nacional

socialista João Ribeiro considerou ha-

ver hoje “um Governo escondido dos

portugueses”, “tutelado por burocra-

tas, por interesses fi nanceiros e por

interesses dos políticos conservado-

res alemães”. “Como é possível um

Governo de uma democracia euro-

peia aceitar sequer falar em reforma

do nosso Estado, ou refundação, ou

lá o que querem dizer com isso, com

técnicos e burocratas estrangeiros,

ignorando as instituições democrá-

“Temos um Governo tutelado por burocratas, por interesses fi nanceiros e por interesses dos políticos conservadores alemães. Isto é intolerável. É inaceitável. Basta!”

João Assunção Ribeirosecretário nacional do PS

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6 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

A chanceler alemã, Angela Merkel,

vai estar em Portugal, a 12 de Novem-

bro, para uma visita que pretende

mostrar a solidariedade, confi ança

e apoio, por parte da Alemanha, aos

esforços de Portugal no cumprimen-

to do programa de ajustamento assi-

nado com a troika, nas palavras de

uma fonte ofi cial citada pela Lusa.

A visita, ainda que curta, é consi-

derada de alto risco e está a ser pre-

parada pelas forças e serviços de se-

gurança em Portugal.

Durante a manhã, Merkel vai en-

contrar-se com o primeiro-ministro,

Pedro Passos Coelho, e com o Presi-

dente da República, Cavaco Silva. A

tarde está reservada para uma visita

à Autoeuropa, em Palmela, com Pas-

sos Coelho, e para uma conferência

de investidores, que decorrerá no

Centro Cultural de Belém (CCB).

Segundo a mesma fonte, o fórum

vai ser aberto com os discursos da

chanceler e do primeiro-ministro

e contará com a presença de dois

ministros de Estado, Vítor Gaspar e

Paulo Portas. O fórum é visto como

“uma oportunidade para fomentar

e reforçar as relações económicas”

e, por isso, vão participar empresas

alemãs com representação em Por-

tugal, como Volkswagen, Siemens,

Bosch e BASF.

No âmbito da visita vai também ser

anunciada a concessão de cem bol-

sas de estágio para licenciados por-

tugueses, na Alemanha, sobretudo

para áreas técnicas, de engenharia

e novas tecnologias.

A possível aplicação, em Portugal,

do sistema dual de formação profi s-

sional alemão, que pretende que um

jovem aprenda qualifi cações teóri-

cas enquanto pratica essa teoria em

contexto de trabalho nas empresas,

tem sido um dos temas abordados

nas várias reuniões mantidas entre o

ministro da Economia, Álvaro Santos

Pereira, e o seu homólogo alemão,

Philipp Rösler.

O governante português salientou

a importância da formação e do ensi-

no técnico-profi ssional como forma

de aumentar a empregabilidade e a

qualifi cação e referiu que o Governo

quer alargar, ainda este ano, o siste-

ma dual de aprendizagem. Lusa

Merkel reúne-se com Passos e Cavaco

União Europeia

Numa visita a Portugal considerada de alto risco, a chanceler alemã vai visitar a Autoeuropa e abrir um fórum económico no CCB

DR

O voto de Rui Barreto contra o OE desrespeita o acordo de coligação

A afronta a Lisboa, ao estilo de Al-

berto João Jardim, foi delineada para

render votos na região, onde o CDS-

Madeira pretende assumir-se como

alternativa ao PSD já nas próximas

eleições autárquicas e, numa even-

tual antecipação, nas eleições regio-

nais. Umas e outras dependentes do

resultado das eleições internas para

a liderança dos sociais-democratas

madeirenses, marcadas para hoje.

Se Miguel Albuquerque, o primei-

ro candidato a enfrentar Jardim des-

de 1976, obtiver uma boa votação, o

partido governamental poderá en-

trar numa crise sem precedentes.

Face a este cenário, o líder regional

do CDS-M, José Manuel Rodrigues,

deixou o seu lugar na Assembleia da

República para melhor preparar o

seu projecto de alternativa ao PSD.

Ou, como acusam os outros partidos,

entrar numa coligação se o PSD per-

der a maioria absoluta.

Inicialmente, quando o líder do

CDS-M e vice-presidente do partido

defendeu o “chumbo” do Orçamento

para forçar o PSD a rever o agrava-

mento fi scal, a estratégia tinha sido

concertada com Paulo Portas. Peran-

te a intransigência do ministro das

Finanças, apoiado pelo primeiro-mi-

nistro, o ministro de Estado e dos Ne-

gócios Estrangeiros viu-se obrigado

a recuar para evitar uma crise po-

lítica. Mas não conseguiu demover

o deputado madeirense que – num

“ataque de jardinismo”, como consi-

derou Ribeiro e Castro – votou contra

em São Bento a pensar nos próximos

desafi os eleitorais na Madeira.

Deixando ao seu substituto, Rui

Barreto, a ingrata tarefa do voto des-

favorável, Rodrigues manteve-se no

Funchal indiferente à pressão exerci-

da pelos mais destacados dirigentes

nacionais do partido. O líder parla-

mentar do CDS, Nuno Magalhães,

também tentou a todo o custo, como

confessou, demover o novo deputa-

do madeirense “variadíssimas vezes,

reiteradamente, compulsivamente

desde sábado” até à hora da votação.

Tudo em vão, apesar das ameaças de

procedimento disciplinar.

“O Orçamento do Estado é uma

questão nacional e, por isso, os nos-

Estratégia concertada com Portas acabou em rebeldia do CDS-Madeira

sos estatutos dizem com clareza que

a responsabilidade pelo sentido de

voto num OE que é nacional é uma

responsabilidade da direcção nacio-

nal do partido”, lembrou Paulo Por-

tas depois da votação. “Eu não me in-

trometo das decisões de voto do CDS

da Madeira sobre o Orçamento da

Madeira no Parlamento da Madeira.

Respeito a autonomia que os nossos

estatutos também consagram, mas

em questões nacionais, protegerei

sempre o princípio da integridade e

da unidade territorial”, sustentou,

advertindo que quem não respeitar

os estatutos do partido “terá obvia-

mente consequências”.

Mas o líder do CDS-M já afi rmou

que tanto ele como o novo deputado

assumirão as consequências partidá-

rias do voto contra o OE, decidido

pela comissão política regional. “Pre-

ferimos violar os estatutos do partido

a violar os compromissos que assu-

mimos perante os eleitores quando

nos candidatamos às eleições”, rea-

giu ontem Rodrigues.

Signifi cativamente, o seu primei-

ro acto público no regresso ao Parla-

mento Regional, na véspera da vota-

ção do OE, foi o anúncio da ruptura

com o “Pacto pela democracia” assi-

nado por todos os partidos da oposi-

ção regional. Enquadrando-a numa

nova estratégia eleitoral, os restantes

subscritores do acordo consideram

que a “infeliz e nervosa” decisão

do líder do CDS-M “vem compro-

var que este partido, tal e qual na

República, também na região está

ao lado do PSD, ou seja está do lado

errado”. Acusam ainda de “dema-

gogia” e “fugir” de São Bento, onde

“esteve a ziguezaguear”, enviando,

em seu lugar, um “cordeiro para o

sacrifício”.

PartidosTolentino de Nóbrega

Tendo as próximas eleições no horizonte, o CDS-M não receia as consequências da quebra da disciplina de voto no Orçamento

Perfil

Barreto lembra orçamento limiano

Do quase completo anonimato, Rui Barreto concentrou em si as atenções do Parlamento na

votação do Orçamento quando, depois de ter aplaudido de pé o discurso de Paulo Portas, quebrou a disciplina de voto. Sem conseguir quaisquer contrapartidas para a sua região, como Daniel Campelo quando viabilizou os orçamentos de Guterres em 2001 e 2002, enfiou o barrete madeirense nos líderes da coligação, de cabelos em pé, mas o seu gesto, tão corajoso quanto inconsequente, dificilmente atingirá a notoriedade do deputado de Viana do Castelo.

Com 36 anos, feitos antes de se estrear na Assembleia da República a 10 de Outubro (quando substituiu José Manuel Rodrigues), é casado, pai de dois filhos, benfiquista e apreciador de bossa nova. Inscreveu-se na Juventude Popular em 1997, quando frequentava o ISLA de Santarém, onde se licenciou em Gestão de Empresas. Em 2003 filia-se no CDS-Madeira, de que hoje é vice-presidente e presidente da concelhia do Funchal. Em 2011 chega à na Assembleia da Madeira. T.de N.

O “capitão de Abril” Vasco Louren-

ço considera que uma guerra na Eu-

ropa é inevitável, se esta se conti-

nuar a “esfrangalhar”, referindo-se

à “destruição do Estado social” e à

“falta de solidariedade que está a

haver na Europa”. O presidente da

Associação 25 de Abril, em entrevis-

ta à agência Lusa, recordou que a

Europa tem atravessado o maior pe-

ríodo de paz da sua história, desde a

Segunda Guerra Mundial, o que só

foi possível graças à conquista pelos

cidadãos do direito ao Estado social,

à protecção, à saúde, à educação e

à Segurança Social.

“O ideal seria sairmos [do euro]

com outros países, porque as difi cul-

dades serão muito maiores se sair-

mos isolados. Agora se houver um

conjunto de países em difi culdades

que se unam e concertem a sua sa-

ída, é capaz de ser muito melhor e

dá-nos a possibilidade de darmos a

volta por cima.” Reconhecendo que

não será fácil conseguir essa articula-

ção, Vasco Lourenço mostra-se con-

victo de que muito provavelmente os

outros países em situação semelhan-

te à portuguesa estarão a discutir o

mesmo tipo de possíveis saídas.

Por outro lado, acusa o Governo

de estar a empobrecer o país de for-

ma “intencional” e ao serviço do ca-

pital fi nanceiro internacional, o que

classifi ca de “criminoso”. O “capitão

de Abril” não tem dúvidas de que

Portugal está mais perto da ditadura

do que da democracia. O “ditador”

é, na opinião de Vasco Lourenço,

o “capital fi nanceiro que está cego

pelo lucro intensivo e imediato e

não vê que está a matar a sua pró-

pria galinha dos ovos de ouro”. Mas

alerta que “vem aí a revolta dos es-

cravos” e que por este andar haverá

violência.

Na entrevista, Vasco Lourenço

referiu-se também àquilo a que cha-

ma de “ataque” à comunicação social

com um fi m específi co: “Se pretendo

atingir uma sociedade não democrá-

tica, uma sociedade extremamente

injusta, empobrecida, com desem-

prego enorme, tenho de atacar a

imprensa livre.” Lusa

Vasco Lourenço fala em guerra “inevitável”

Cidadania

“Capitão de Abril” considera que se está hoje mais perto da ditadura do que da democracia e fala já numa “revolta dos escravos”

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | 7

A Portugal Telecom (PT) afi rmou,

em comunicado, que “repudia vee-

mentemente todas as acusações de

que foi alvo” por parte de Sergio De-

nicoli. O investigador da Universida-

de do Minho revelou, na tese de dou-

toramento defendida na terça-feira,

que “a Anacom favoreceu a PT” na

implementação da televisão digital

terrestre (TDT), em Portugal.

Uma investigação que, segundo

a PT, “revela um total desconheci-

mento sobre o processo da TDT e

põe em causa o bom nome da PT e

de todos os seus trabalhadores que,

com elevado profi ssionalismo, im-

plementaram a rede TDT em tempo

recorde, cumprindo escrupulosa-

mente todas as condições impostas

pelo caderno de encargos defi nido

pelo regulador”.

É com base neste argumento que

a PT vai recorrer a meios judiciais

para “repor a verdade e defender os

seus direitos”, já que foi posto em

causa o “bom nome e reputação”

da empresa. Contudo, a PT garante

no comunicado “desconhecer em

pormenor” o conteúdo da tese de

doutoramento (termo que foi colo-

cado entre aspas).

A PT critica ainda Sergio Denicoli

por nunca ter contactado a empresa

durante a investigação. Contudo, o

académico disse ter analisado todos

PT desvaloriza tese que académicos dizem ser rigorosa

os documentos que a PT divulgou

sobre o processo, obtendo uma

“perspectiva institucional”.

Por sua vez, a Autoridade Nacio-

nal de Comunicações (Anacom) as-

segurou, numa nota à imprensa, que

“seguiu todos os procedimentos a

que estava obrigada nos termos da

legislação em vigor, tendo sempre

actuado de acordo com o princípio

da imparcialidade e da transparên-

cia”.

Em sintonia com a PT, a Anacom

admite “accionar os mecanismos

legais” para reparar os “danos re-

correntes para a instituição”. No

documento, o Conselho de Admi-

nistração da entidade reguladora

destaca: “São de natureza injuriosa,

caluniosa e difamatória quaisquer

afi rmações que visem atingir o bom

nome desta instituição.”

Em resposta, o investigador da

Universidade do Minho Sergio De-

nicoli disse ao PÚBLICO que o seu

trabalho é “académico e científi co”

e acrescentou ter sido feito “num

centro de excelência”. O investiga-

dor lamentou que a PT não venha a

público “esclarecer em pormenor as

dúvidas da tese”, mas salientou que,

até ao momento, não teve nenhum

pedido de envio da tese por parte

da empresa.

Sergio Denicoli considera a res-

posta da PT como “uma tentativa

de censurar a investigação em Por-

tugal” e confessou ao PÚBLICO estar

tranquilo, já que, se forem a tribu-

nal, “vai ser uma oportunidade para

discutirem o assunto”.

Helena Sousa, orientadora que

acompanhou a realização da tese,

assegurou ao PÚBLICO que “é um

trabalho independente, de grande

rigor e excelência e que foi muito

elogiado pelo júri”. A professora

catedrática acrescentou que “foi

feito um controlo metodológico” e

realçou: “O trabalho científi co não é

feito para agradar a ninguém.”

Luís Miguel Loureiro, um dos

arguentes da tese apresentada na

terça-feira, considera que a investi-

gação não deixa dúvidas, pois “está

muito bem fundamentada”. O pro-

fessor universitário salienta que o

trabalho teve nota máxima da aca-

demia, uma vez que foi aprovado

por unanimidade, o que demonstra

a “excelência” da investigação.

Sergio Denicoli defendeu, na úl-

tima terça-feira, que o processo de

implementação da TDT “foi feito de

uma forma deliberada para não fun-

cionar, de modo a favorecer as em-

presas de televisão por cabo”, em

particular para “favorecer a PT”.

MediaFabíola Maciel

PT e Anacom rejeitam favorecimentos no processo da TDT. Académicos garantem “boa fundamentação” da tese

A PT vai processar investigadorNúmero Nacional/Chamada Local

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8 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Logo pela manhã, iam mulheres

e homens de ar solene, guarda-

chuva pendurado no braço, ao

cemitério de Agramonte, um

dos maiores do Grande Porto.

Passavam pelos vendedores de

velas e de fl ores que tomaram

conta dos passeios no dia de

Todos os Santos, aproveitado para

visitar os mortos, feriado nacional

“suspenso” em nome da crise.

“Uma cerinha, mor?”

Do lado esquerdo da porta

principal do cemitério aberto

em 1855, após uma epidemia de

cólera, sentara-se uma mulher

de mão estendida e sotaque

estranho: “Uma ajuda, uma

ajudinha, por favor”. Do lado

direito, de pé, um homem repetia

uma frase, numa cadência muito

própria: “Uma esmola ao cego”.

Nada parecia distinguir este 1 de

Novembro de tantos outros que

cada um já vivera neste e noutros

cemitérios do país. Cheirava a

malmequeres e a crisóstomos e

havia quem reclamasse a atenção

de quem entrava e de quem saía,

talvez mais gente do que nos anos

anteriores à crise omnipresente.

Duas senhoras distribuíam

jornais religiosos. “Todos

precisamos de um estímulo

para viver.” Meninos vendiam

calendários dos escuteiros. “Bom

dia, gostaria de comprar um

calendário?” Antes e depois da

porta, sorriam mulheres de caixas

redondas ao peito e pequenos

autocolantes nas mãos:

— Quer ajudar a Liga Portuguesa

Contra o Cancro?

— Tanta gente a pedir —

respondeu uma idosa à mulher de

óculos enormes que a interpelou.

— É preciso ajudar as

instituições.

— Pois é. E quem nos ajuda a

nós?

Eram mulheres e homens

de ar solene, como já se disse.

Ultrapassados os pontos de vendas

e de peditório, caminhavam entre

mausoléus, alguns com esculturas

de Soares dos Reis, Teixeira

Lopes e Alves Pinto, e paravam

em frente aos seus mortos. Só a

atenção às conversas, como a das

Ontem houve toque de fi nados pelo feriado de Todos os Santos

Pelo menos durante os próximos cinco anos não haverá feriado a anteceder o dia dos fi éis defuntos, ocasião aproveitada por muitos para ir aos cemitérios visitar familiares mortos

NELSON GARRIDO

mulheres que correram para a

casa de banho mal a chuva se fez

sentir, revelava que tudo aquilo

era, afi nal, o toque de fi nados pelo

feriado de Todos os Santos.

— Para o ano, não há — dizia

uma mulher baixa, muito magra.

— Haver, há. Passa para o

domingo a seguir — respondia-lhe

a amiga, robusta.

— Mas o dia já passou à História.

— Estamos a perder a História e

o capital.

— É o Governo que temos.

Há um ano, o Governo apregoou

a sua intenção de reduzir o

número de feriados. O porta-voz

do episcopado disse então que a

Igreja Católica aceitaria negociar

dois feriados religiosos. Os bispos

indicaram o Corpo de Deus e

a Assunção de Nossa Senhora,

mas o Vaticano não deixou cair

o 15 de Agosto. Acabou-se por

“suspender” o Corpo de Deus e o

dia de Todos os Santos por cinco

anos. Diz-se que Portugal e a Santa

Sé voltarão a conversar sobre este

assunto.

Ontem mesmo, havia quem já

não se fi asse na futura reposição

do feriado. Era o caso de Fátima

Pereira, uma empresária que

conversava com a família em

frente à capela embelezada

com frescos de estilo bizantino.

“Vai-se perder o hábito de ir aos

cemitérios neste dia.” Tantos

feriados sem tradição. Não

percebe como foram escolher este

que, por anteceder o dia dos fi éis

defuntos, mobiliza tanta gente.

Nem o irmão, que ali viera visitar

a campa da mãe. Dali, Alcino

Pereira iria a Lordelo, onde estão

os sogros. “E a Vizela, porque

tenho lá o meu pai”, revelava o

empresário, de 57 anos. “Isto vai

acabar tudo, mas este Governo

vai embora e vai voltar tudo ao

mesmo.”

Quem vive perto, não terá

tanto desgosto. Abrigadas num

jazigo, Idalina do Céu Santos,

de 54 anos, e a prima, Maria

Manuel, de 62, não pareciam

preocupadas. “Todas as semanas

venho cá, tenho cá o meu pai”,

dizia a primeira, que vive perto

e trabalha ainda mais perto e

aproveita a hora do almoço para

dar ali um salto. Traziam dois

ramos de crisóstomos. “É a fl or

da saudade”, explicava Maria

Manuel. E dois sacos de velas.

Num saco 11, noutro 13. Era uma

vela por cada morto.

As velas e as fl ores coloriam

o mármore. Poucos espaços

pareciam abandonados. Talvez

só os 126 jazigos e sepulturas que

a Câmara do Porto quer vender

na próxima quarta-feira, em

hasta pública, na expectativa

de encaixar uns 611 mil euros —

contas feitas pela agência Lusa,

atendendo ao facto de o valor base

das licitações oscilar entre os 2404

euros para um “jazigo térreo” e

os 24.085 euros para uma capela

com 16 lugares.

ReportagemAna Cristina Pereira

O deputado do CDS-PP Ribeiro e Castro alertou ontem para o que considera uma

“mentira”. “Expresso a minha indignação por esta história que é repetidamente contada de que houve uma suspensão de quatro feriados, quando o que houve foi uma eliminação. O artigo 10.º da lei 23/2012, de 25 de Junho, elimina os feriados sem apelo nem agravo e, portanto, não há nenhuma previsão nem nenhuma obrigação legal de, em cinco anos, reavaliar a decisão”, disse à agência Lusa. O deputado acusa ainda a Igreja Católica e o Vaticano de colaborarem no que qualifica de “logro”.

Suspensão de feriados é “logro”

Houve grande movimento, ontem, no cemitério de Agramonte, um dos maiores do Grande Porto

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | PORTUGAL | 9

Quase 1,7 milhões de processos

estão pendentes nos tribunais ju-

diciais de 1.ª instância, revelam os

últimos indicadores estatísticos da

Direcção-Geral de Política de Justiça

(DGPJ) agora divulgados. O relató-

rio da DGPJ, que analisa os dados

dos últimos cinco anos, evidencia

um aumento da pendência dos pro-

cessos nestes tribunais. Em 2007, a

pendência era de cerca de 1,5 mi-

lhões de processos, número que em

2010 chegava já a 1,6 milhões e con-

tinuou a crescer no último ano. Os

números mais recentes referem-se

a 31 de Dezembro de 2011.

“Os processos pendentes corres-

pondem a processos que, tendo

entrado [nos tribunais], ainda não

tiveram decisão fi nal, na forma de

acórdão, sentença ou despacho. São

processos que aguardam a prática

de actos ou de diligências, podendo

ainda, em certos tipos de processos,

aguardar a ocorrência de determi-

nados factos ou o decurso de um

prazo”, explica a DGPJ.

Já o total de processos-crime em

fase de julgamento fi ndos diminuiu

cerca de 12,3% entre 2007 e 2011. E

entre os processos-crime na fase de

julgamento, são os crimes rodoviá-

rios que ocupam o lugar de maior

relevo nos tipos de crime julgados,

com cerca de 36,1% do total. A seguir

surgem os furtos e roubos (11,6%) e

Tribunais têm quase 1,7 milhões de processos parados

os crimes de ofensas à integridade

física (11,3%).

No campo da área cível, destaca-

se a diminuição do número dos pro-

cessos fi ndos referentes a divórcio e

a separações. Em 2009 registavam-

se mais de 11.300 processos, número

que diminuiu para 10.594 em 2011.

O documento indica ainda uma

diminuição da duração média dos

processos na Justiça Cível, que pas-

sou de 33 para 29 meses em 2011.

Também na Justiça Penal, a duração

média dos processos passou de onze

para nove meses.

Por outro lado, o número de pro-

cessos na Justiça Laboral está a au-

mentar, com o número de acções

fi ndas a crescer quase 17% entre

2007 e 2011. Nesta área, são as ac-

ções de acidentes de trabalho ou

doença profi ssional as que surgem

com maior expressão e tendência de

crescimento, representando 59,8%

do total de processos laborais fi ndos

em 2011.

Insolvências disparamEm contexto de crise e de difi cul-

dades económicas e fi nanceiras no

país, o número de processos rela-

tivos a falências, insolvências e re-

cuperação de empresas sofreu um

aumento exponencial. Entre 2007

e 2011, o crescimento foi de 248%.

Em 2007 movimentavam-se nos tri-

bunais cerca de 10.200 processos

daquele tipo, enquanto em 2011 o

número subiu para 31.800 proces-

sos. Só o número de insolvências de-

cretadas pelos tribunais subiu 293%

nesses anos.

As pessoas singulares são, contu-

do, quem agora mais recorre à in-

solvência. Em 2011, representavam

já 55,2% dos processos. Em 2007,

esse número era de apenas 18,6%.

E se, por um lado, houve quase uma

triplicação do peso dos singulares

nas estatísticas das insolvências,

verifi cou-se ao mesmo tempo uma

redução signifi cativa — de 80,1% em

2007 para 44% em 2011 — do núme-

ro de insolvências referentes às em-

presas.

O relatório da Direcção-Geral de

Política de Justiça sublinha, porém,

que o total de insolvências — singu-

lares e colectivas — cresceu de 2500,

em 2007, para mais de dez mil no

ano passado. Só no segundo trimes-

tre de 2012 os tribunais decretaram

mais de 3800 insolvências, segundo

o boletim de Outubro do Destaque

Estatístico Trimestral publicado em

cumprimento com o previsto no me-

morando de entendimento com a

troika.

JustiçaPedro Sales Dias

Crimes rodoviários representam mais de um terço dos crimes julgados. Insolvências subiram 300% num período de cinco anos

Pendência agravou-se em 2011

Breves

Condução

Um só exame para tirar carta de veículos ligeiros e motociclosOs novos condutores que pretendam obter carta de condução de motociclos e de veículos ligeiros vão passar a fazer uma única prova teórica, segundo o novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir. As novas regras, que entram hoje vigor, estabelecem que esta prova terá 40 questões, sendo necessário acertar a pelo menos 36 para passar no exame. Também o número de faltas que levam à reprovação na prova prática é reduzido, passando de 15 para 10.

A associação ambientalista Quercus

anunciou ontem que vai denunciar

ao Comité dos Altos Responsáveis das

Inspecções do Trabalho da União Eu-

ropeia (UE) o incumprimento, pelo

Estado português, do levantamento

de edifícios públicos com amianto

existentes no país.

Pedro Carteiro, da Quercus, disse

à agência Lusa que “foi apresentada

uma data concreta [para divulga-

ção da lista dos edifícios], que seria

em Outubro”, data essa que, “mais

uma vez, não se cumpriu”. “Neste

momento, estamos em condições

de apresentar uma denúncia junto

do comité” de peritos, um órgão de

aconselhamento da Comissão Euro-

peia que congrega representantes

dos serviços de inspecção do traba-

lho de cada Estado-membro da UE.

Em Fevereiro de 2011 foi publicada

Quercus acusa Estado de incumprimento no controlo de edifícios com amianto

uma lei que dava um ano ao Gover-

no para elaborar a lista dos edifícios

públicos que contêm materiais com

amianto, uma substância canceríge-

na. Esse prazo não se cumpriu e, já

em Março deste ano, o secretário de

Estado do Ambiente, Pedro Afonso

de Paulo, disse que o Governo ia

aprovar uma resolução para clarifi -

car competências e defi nir metodolo-

gias para identifi car os edifícios com

amianto, um trabalho que deveria

estar concluído em Outubro e seria

coordenado pelo ministério liderado

por Assunção Cristas. Com o mês de

Outubro no fi m, a Quercus perguntou

à Secretaria de Estado do Ambiente

como estava a situação e não obte-

ve resposta. “Estão em causa não só

aspectos ambientais mas também de

segurança dos utilizadores dos edifí-

cios, como os funcionários públicos e

os clientes que usam os vários servi-

ços disponíveis pela administração”,

salientou Pedro Carteiro.

Ambiente

CICLO DE CONFERÊNCIASO FUTURO DA ALIMENTAÇÃO:

AMBIENTE, SAÚDE E ECONOMIA9 M A R Ç O A 1 3 D E Z E M B R O 2 0 1 2

F u n d a ç ã o C a l o u s t e G u l b e n k i a n A u d i t ó r i o 2 / E n t r a d a L i v r e

13/ 12Alimentação, cultura

e ética

WORKSHOP Desperdício alimentar em Portugal

Informaçõestel. 21 782 36 46 [email protected]

5/NOVAlimenta çã o, A g ricultura e Ambiente

18h00 CONFERÊNCIAPresidente da sessão: Maria Teresa Andersen

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Oradores

David Baldock

Diretor do Instituto Europeu de Políticas Ambientais

A sustainable agriculture for Europe? From evidence to policy reform Uma agricultura sustentável para a Europa? Dos factos à reforma de políticas.

José Lima Santos

Instituto Superior de Agronomia

O papel das tecnologias e das políticas públicas na agricultura e no ambiente.

10 | PORTUGAL | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

GOVERNO EM BALANÇO

Uma contagem decrescente pouco

saudável: 5,8% em 2009, 5,4% em

2011 e 5,1% em 2013. Falamos das des-

pesas do Estado com a Saúde em re-

lação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Ano após ano, há cada vez menos di-

nheiro para tratar da saúde aos por-

tugueses. Em 2010, o orçamento era

de 9,8 mil milhões, em 2013 teremos

menos 15%. Com os 7,8 mil milhões

de euros para transferências para o

Serviço Nacional de Saúde (SNS) no

próximo ano é bom que, para evitar

o colapso, todos tratem de fi car mais

saudáveis.

Em 2011, Paulo Macedo propôs-se

arrumar as contas de um SNS que

ele próprio defi niu como insusten-

tável, “bloqueado por ameaças de

credores com iminente interrupção

de fornecimentos, de recusa de trata-

mentos e de transportes de doentes

não urgentes”. “Pela sua reconhecida

competência técnica na área fi nan-

ceira e de gestão, Paulo Macedo foi

convidado para um dos mais comple-

xos e sensíveis ministérios do actu-

al Governo, o Ministério da Saúde”,

reconhece o bastonário da Ordem

dos Médicos (OM), José Manuel Sil-

va, que defende ainda que o ministro

“foi dramaticamente condicionado

pela imposição de sucessivos e drás-

ticos cortes no orçamento da Saúde

por parte do Ministério das Finan-

ças e pela necessidade de conseguir

números em muito pouco tempo”.

Concedido um tempo de adaptação à

difícil tarefa, o bastonário da OM viu

um ministro “um pouco perdido e

Há outro Ministério das Finanças e usa bata brancaOs muitos cortes e o controlo da despesa não afastaram as dúvidas sobre a sustentabilidade do SNS. Pior do que isso, há novos medos: o racionamento, os problemas na acessibilidade e a indefi nição de um plano global para o futuro da saúde

392 milhões (cerca de 5%) nas verbas

disponíveis face a 2012. Contas fei-

tas, resta saber se estes milhões são

sufi cientes. É que há ainda muitos

milhões de dívidas e outras despesas

para pagar, e assim, das duas, uma:

ou há mais orçamentos rectifi cativos

em 2013 ou é preciso usar para isso

o já pouco dinheiro disponível para

o próximo ano.

Aperto promete piorarSolução de Paulo Macedo? “Racio-

nalizando e concentrando será feita

uma mudança de fundo qualitativa”,

apontou esta semana no debate do

OE. Os elogios às competências do

gestor com a pasta da Saúde, que foi

vice-presidente do BCP e director-

geral dos Impostos, não são novida-

de. Aliás, era isso que se exigia para

este ministério: melhores e mais ri-

gorosas contas. Era preciso cortar e

Paulo Macedo cortou. E todos con-

cordaram que havia gorduras para

eliminar. O problema é que alguns

sentem que as medidas de corte e

controlo de despesa estão a magoar

o músculo do sistema. E a verdade é

que o ministro já não consegue ex-

plicar a ninguém as diferenças entre

racionalizar e racionar.

São cada vez mais os que denun-

ciam o racionamento e os proble-

mas de acessibilidade no SNS. As

dificuldades das administrações

hospitalares em gerir os orçamen-

tos começam a manifestar alguns

sintomas na resposta dos serviços.

O caso agrava-se quando se entra

no domínio das respostas aos doen-

tes com cancro. “O senhor ministro

tanto cortou que cortou nos direi-

tos dos doentes”, queixa-se Manuel

SaúdeAndrea Cunha Freitas

Vilas-Boas, porta-voz do Movimento

de Utentes dos Serviços de Saúde.

O aperto dos hospitais promete pio-

rar com o incómodo grilhão da Lei

dos Compromissos — que, tal como

Paulo Macedo já afi rmou, todos os

hospitais deverão estar a cumprir no

fi nal deste ano. Com menos dinheiro

faz-se menos.

Mas para tudo há um ponto e con-

traponto. Se por um lado se fala no

aumento das taxas moderadoras

para mais do dobro (no início deste

ano), por outro o MS sublinha que

mais de 60% dos portugueses estão

isentos. Quando o tema é o descon-

tentamento da classe médica que

levou à maior greve de sempre, o

MS acena com a vitória do acordo

conseguido em Outubro, após me-

ses de negociação. Neste processo,

Paulo Macedo reforçou o reconhe-

cimento das suas qualidades como

negociador e como “político hábil

na gestão de lobbies”. “Como ponto

forte, o estabelecimento do acordo

com os médicos para os aspectos de

carreira. É um importante contributo

para o objectivo traçado, e desejá-

vel, de levar a que cada residente em

Portugal tenha acesso a um médico

de família”, avalia Pedro Pita Barros,

especialista em economia da saúde.

Não é o único: Manuel Vilas-Boas

também aplaude esta conquista: “O

aumento do número de pessoas com

médico de família é, no balanço que

faço, o ponto forte deste ministério.”

Guadalupe Simões, do Sindicato dos

muito receoso dos lobbies da Saúde”

dar lugar a “uma progressiva adap-

tação ao lugar, um mais aprofunda-

do conhecimento dos dossiers, uma

maior disponibilidade para o diálogo

e uma melhoria do desempenho”.

Vendo as restrições fi nanceiras atin-

gir gravemente a Saúde, José Manuel

Silva deixa um surpreendente elogio

ao ministro que, aos seus olhos, se

tornou “e muito bem, um dos prin-

cipais críticos internos do ministro

das Finanças” e que tem gerido a

pasta “de uma forma globalmente

equilibrada”.

Parece impossível falar hoje de saú-

de sem falar de dinheiro, de quanto

custa, se poupa ou se gasta. As actu-

ais contas da Saúde propostas no OE

podem ser vistas de duas maneiras,

com ou sem os orçamentos rectifi -

cativos que juntaram quase dois mi-

lhões de euros para pagamento de dí-

vidas em 2012. Assim, se tivermos em

conta estes reforços extraordinários,

a Saúde tem menos 17% das verbas

(cerca 1,5 mil milhões de euros) no

próximo ano. Sem essa parcela, o mi-

nistério benefi cia de um aumento de

Enfermeiros, também realça esta vi-

tória, mas contrapõe que, “ao mes-

mo tempo, será feita a limpeza das

listas e retirado este direito a quem

não recorrer ao médico de família

durante três anos”.

A dúvida é simples: num cenário

de crise e quando se reduzem os salá-

rios e subsídios de todos os portugue-

ses, é, para muitos médicos, difícil

acreditar que o acordo se cumpra

totalmente. Teme-se, assim, que o

alargamento de horário de trabalho

para as 40 horas semanais avance ra-

pidamente e que as remunerações

inerentes sejam adiadas ou, pelo me-

nos, colocadas no terreno de forma

faseada. Aí, rasga-se uma parte do

acordo conseguido. E note-se tam-

bém que — apesar de os sindicatos e

Ministério da Saúde terem aparen-

temente feito as pazes — a Federa-

ção Nacional dos Médicos já avan-

çou com o pré-aviso de greve para o

próximo dia 14 de Novembro.

Sem a poupança desejadaEm muitos discursos, Paulo Macedo

faz o favor de lembrar o que já foi

feito. Na longa lista que apresenta

estão (entre outros): os progressos

conseguidos com a política do me-

dicamento (prescrição por princípio

activo (DCI), reforço dos genéricos,

redução do preço dos fármacos); a dí-

vida (metade) paga a fornecedores; a

redução de despesa e poupança com

a negociação com o sector farmacêu-

tico; e mesmo a aposta nos cuidados

O ministro “foi dramaticamente condicionado pela imposição de sucessivos e drásticos cortes no orçamento”, diz o bastonário da Ordem dos Médicos

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | 11

POSITIVO E NEGATIVO

▲ Paulo Macedo confirmou o seu mérito como gestor e conseguiu impor uma maior disciplina e maior rigor nas contas da Saúde.

▼ Uma fraca visão social e uma indefinição de uma estratégia clara e global para o futuro do SNS que dá espaço e força às suspeitas de racionamento e problemas graves de acessibilidade.

Até domingo, o PÚBLICO faz um balanço do Governo, ministério a ministério. Amanhã: Negócios Estrangeiros e Solidariedade Social

PAULO PIMENTA

de saúde primários (CSP) e cuidados

continuados. Porém, também aqui há

o contraponto. “A reforma dos CSP

foi abandonada, foram abandonadas

prioridades como as unidades de cui-

dado na comunidade que prestam

apoio a grupos de risco e que, nes-

ta altura de crise, eram ainda mais

importantes”, queixa-se Guadalupe

Simões. O preço dos medicamentos

desceu consideravelmente, mas cada

vez há mais denúncias de fármacos

em falta nas farmácias que, entretan-

to, se vestiram de luto. A melhor ges-

tão e organização dos recursos que o

ministro exige aos serviços de saúde

bate de frente com o triste episódio

das nomeações para os Agrupamen-

tos de Centros de Saúde (ACES) na

região norte. O MS pagou uma parte

substancial da dívida em atraso mas

não consegue a poupança desejada

nas despesas com medicamentos nos

hospitais.

Ainda faltam muitas opções di-

fíceis. Falta, por exemplo, avançar

com a prometida e indispensável re-

forma hospitalar. “Praticamente um

ano passou desde o documento so-

bre reforma hospitalar, que deveria

ter tido seguimento e até enquadra-

mento num plano estratégico mais

global para o Serviço Nacional de

Saúde”, assinala Pedro Pita Barros.

O principal moderador de um dos

mais populares fóruns de discussão

de política de saúde, o blogue Saúde-

SA, que sempre preferiu o anonimato

identifi cando-se apenas como “Xa-

vier, administrador hospitalar”, tam-

bém destaca este fracasso num post

que faz o balanço do MS: “Os estu-

dos sobre a reformulação da rede de

hospitais continuam sem aplicação

arquivados ou debaixo de qualquer

pisa-papéis.” Sobre este aspecto,

fonte do gabinete de Paulo Macedo

fez saber que esta reforma está para

breve. “Está prevista para dia 30 de

Novembro uma apresentação à troi-

ka da metodologia e calendarização

da reorganização da oferta hospitalar

em Portugal”, confi rma a mesma fon-

te, adiantando que a “apresentação

incidirá sobretudo na oferta de Lis-

boa e Coimbra, com especial desta-

que para o Hospital Lisboa Oriental

(que consta no OE 2013).”

Paulo Macedo tem mais uma ban-

deira para acenar: conseguiu incluir

no OE, em tempo de crise, o arran-

que do Hospital de Todos-os-Santos.

Porém, para o futuro mais imediato,

falta o polémico fecho da Materni-

dade Alfredo da Costa. Coisas con-

cretas. Mais complicada para Paulo

Macedo é a discussão sobre as parce-

rias público-privadas (PPP) na Saúde.

Sobre isso, pouco ou nada fala. Será

que a sustentabilidade do SNS não

passa também por cortes nas “ren-

das” dos hospitais PPP? E qual será o

papel dos hospitais das misericórdias

no SNS? Qual a estratégia do SNS para

os cuidados continuados e como vai

funcionar a articulação com a nova

rede de cuidados paliativos?

Esta semana na discussão do OE,

Paulo Macedo usou um novo slogan

anunciando um ministério que “sabe

ser forte com os fortes e sábio com os

fracos” e acrescentando em 2013 ha-

verá dinheiro para “proteger” o SNS.

Como? E depois de 2013? O principal

problema parece ser esse: por mais

que Paulo Macedo fale e explique

as medidas que toma ou vai tomar

ninguém parece ter percebido ain-

da qual é a estratégia global para o

futuro do SNS.

Ainda assim, são poucos os que

sugerem uma substituição de Paulo

Macedo perante uma eventual remo-

delação do Governo. Quando muito,

sugere o bastonário da OM, “a haver

remodelação ministerial e caso Pau-

lo Macedo fosse envolvido, sugeriria

a sua nomeação para ministro das

Finanças. A sua competência profi s-

sional, conhecimento da realidade

económica e reconhecida inteligên-

cia facilmente lhe permitiram fazer

muitíssimo melhor do que o actual

detentor da pasta, o que seria parti-

cularmente benéfi co para o futuro

de Portugal.”

“Foram abandonadas prioridades como as unidades de cuidado na comunidade” que apoiam grupos de risco, queixa-se Guadalupe Simões

LISBOA, TEATRO CAMÕES

26 OUT - 10 NOV

Apoios à divulgação:

COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO

PROGRAMAANNE TERESA DE KEERSMAEKERPRELÚDIO À SESTA DE UM FAUNOMÚSICA CLAUDE DEBUSSY Prélude à l’après-midi d’un faune

GROSSE FUGEMÚSICA LUDWIG VAN BEETHOVEN Grosse Fuge, op. 133

NOITE TRANSFIGURADAMÚSICA ARNOLD SCHÖNBERG Verklärte Nacht, op. 4

INTERPRETAÇÃO MUSICAL

ORQUESTRA METROPOLITANA

DE LISBOA

Foto

grafi

a ©

Mir

jam

Dev

rien

dt

BILHETEIRAS TEATRO CAMÕES, TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS, TICKETLINE, LOJAS ABREU, FNAC, WORTEN, EL CORTE INGLÉS, C.C.DOLCE VITABILHETES €5 A €20PREÇO PARA ESTUDANTES 5€ (plateia D)w

ww

.cn

b.pt

ESPETÁCULOM/3

12 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Casais desempregados também serão obrigados a fazer desconto de 6%

Os casais desempregados com fi lhos

que benefi ciam de uma majoração

no valor do subsídio também serão

obrigados a descontar 6% para a Se-

gurança Social a partir do próximo

ano.

Fonte ofi cial do Ministério da So-

lidariedade e da Segurança Social

clarifi cou ao PÚBLICO que, a partir

do primeiro mês do próximo ano, a

contribuição de 6% será descontada

no subsídio de desemprego, que de-

pois será majorado em 10%.

No Orçamento do Estado (OE) pa-

ra o próximo ano, o Governo cria

uma contribuição obrigatória para

quem recebe subsídio de desempre-

go, mas nada se diz sobre se essa

medida também se aplica aos ca-

sais desempregados com fi lhos, que

benefi ciam de uma majoração de

10% cada do valor do seu subsídio.

Agora, fi ca claro que também estes

desempregados serão abrangidos

pela norma que pretende efectivar

o desconto para efeitos de pensão. É

que, actualmente, as pessoas a rece-

ber subsídio de desemprego conti-

nuam a “descontar” para efeitos do

cálculo fi nal de reforma, mas sem

realmente o fazerem na prática.

Ao mesmo tempo que cria este

desconto adicional para todos os

que recebem subsídios, a proposta

de OE, aprovada esta quarta-feira,

prevê o alargamento da majoração

de 10% a situações que agora não

eram contempladas.

Agora, apenas benefi ciam da ma-

joração de 20% (10% cada) os casais

(e pessoas em união de facto) com

fi lhos, em que ambos estão desem-

pregados e têm acesso ao subsídio.

Mas perdem este apoio complemen-

tar logo que um deles deixe de re-

ceber a prestação ou passe para

o subsídio social de desemprego,

mesmo que o outro continue a re-

ceber a prestação.

Em 2013, quando um dos elemen-

tos do casal passa a receber subsídio

social de desemprego – por esgotar

a prestação principal – ou simples-

mente deixa de receber qualquer

prestação, embora continue desem-

pregado, o elemento que mantém

a prestação continuará a ter um

acréscimo de 10%.

Estas mudanças levarão a que o

universo de potenciais benefi ciários

desta majoração passe para os 14

mil desempregados. Em Agosto, o

Instituto de Emprego e Formação

Profi ssional dava conta de 9428

casais em que ambos os cônjuges

estavam registados como desem-

pregados.

A majoração do subsídio de de-

semprego apenas deveria vigorar

em 2012, mas o Governo decidiu

manter o apoio no próximo ano e

alargar a sua abrangência.

Empresários só em 2015Outra das medidas previstas no Or-

çamento do Estado que na quarta-

feira foi aprovado na generalidade

é a criação do subsídio de desem-

prego para pequenos empresários

e gestores, mas que só terá efeitos

a partir de 2015.

O OE determina que a partir de

2013 os empresários em nome indi-

vidual passem a descontar 34,75%

para a Segurança Social, para ga-

rantirem o acesso a uma protecção

social em caso de desemprego. Con-

tudo, como adiantou ao PÚBLICO

fonte ofi cial do Ministério da Soli-

dariedade e da Segurança Social,

será preciso descontar durante 24

meses para que o direito ao subsídio

de desemprego se concretize, pelo

que os efeitos práticos da medida só

serão visíveis a partir de 2015.

O acesso ao regime é muito se-

melhante ao que vigora para os

trabalhadores independentes, mas

bastante diferente do aplicado aos

trabalhadores por conta de outrem,

que apenas têm de descontar 12 me-

ses para terem acesso ao subsídio

de desemprego.

A criação de um subsídio para

pequenos empresários é há mui-

to reclamada pelas confederações

patronais e consta do acordo de

concertação assinado em Janeiro

deste ano.

A medida tem como universo

elegível 257 mil pessoas singula-

res que podem vir a benefi ciar de

subsídio caso venham a cair no de-

semprego.

O número de casais em que ambos os cônjuges caíram no desemprego tem vindo a aumentar

FERNANDO VELUDO/NFACTOS

Ao mesmo tempo que se implementa uma majoração de 10% nos subsídios para casais desempregados, aplica-se também um desconto de 6%

Segurança SocialRaquel Martins

Cerca de 4800 pensionistas dependentes perdem apoio

Os cortes nas prestações sociais que estão em discussão com os parceiros sociais vão deixar cerca

de 4800 pensionistas sem acesso ao complemento por dependência.

Fonte oficial do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social revelou que dos 189 mil pensionistas com elevado grau de dependência e que actualmente recebem um

complemento, 4800 perderão esse apoio por terem pensões superiores a 600 euros. Apesar deste corte, o ministério tutelado por Pedro Mota Soares lembra que o complemento por dependência aumentou 3,1% em 2012 e irá aumentar 1,1% no próximo ano, depois de ter ficado congelado em 2011. O valor do complemento passará para os 98,77 euros. A suspensão do complemento aos pensionistas

que recebem mais de 600 euros permitirá uma poupança de 8,5 milhões de euros.

Os cortes chegarão também aos 228 mil pensionistas que recebem complemento solidário para idosos, uma vez que o limiar que permite a atribuição deste apoio vai descer para 4909 euros anuais. Fonte oficial estima que este corte de 2,25% permitirá uma poupança de seis milhões de euros por ano.

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | ECONOMIA | 13

A greve de maquinistas e revisores

da CP – Comboios de Portugal supri-

miu ontem a maioria dos comboios

e durante esta manhã poderá ainda

haver perturbações no serviço.

De acordo com a porta-voz da

CP, Ana Portela, até às 18h30 de on-

tem, apenas se tinham realizado 12

comboios — cinco Intercidades, seis

regionais da Linha do Vouga e um

internacional. A mesma fonte adian-

tou que ao longo da manhã de hoje,

ainda se poderão sentir perturba-

ções nos serviços, adiantou.

A greve ao trabalho em dia feriado

nos comboios tem-se repetido des-

de as alterações introduzidas pela

revisão ao Código do Trabalho, que

contemplam uma redução de 50%

no valor pago pelo trabalho em dia

feriado.

Os maquinistas e os revisores da

CP voltam a paralisar a circulação

de comboios no próximo dia 14. Das

mais de duas dezenas de sindicatos

Transportes

Empresa reconhece que, até ao fim da tarde de ontem, apenas 12 comboios tinham circulado

que abrangem os trabalhadores da

CP, os dois mais representativos — o

SMAQ e o Sindicato Ferroviário da

Revisão Comercial Itinerante — já

apresentaram pré-aviso de greve

para 14 de Novembro, dia para o

qual está agendada uma greve ge-

ral.

Um dos temas que dividiram on-

tem a empresa e os representantes

dos trabalhadores foi a defi nição dos

serviços mínimos. Em declarações

à Lusa, Ana Portela explicou que

“existem diversas decisões de ser-

viços mínimos de tribunais arbitrais

diferentes que são contraditórias en-

tre si”, tornando-se “caótico em ter-

mos de gestão”. “Há interpretações

diferentes do resultado dessas de-

cisões entre empresa e sindicatos”,

adiantou. A CP entende que, sendo

as decisões cumulativas, basta haver

uma [decisão] que defi na uma lista

de serviços mínimos para que essa

lista se tenha que cumprir”.

Já o coordenador do Sindicato

Nacional dos Maquinistas (SMAQ),

António Medeiros, garantiu que os

associados respeitaram o despacho

relativo ao seu pré-aviso de greve,

acusando a administração da CP de

“criar falsa informação” sobre os

serviços mínimos que seriam reali-

zados. Lusa

Greve na CP parou maioria dos comboios no feriado e pode prolongar efeitos para hoje

A contribuição extraordinária de so-

lidariedade prevista no Orçamento

do Estado (OE) para 2013 deverá

afectar 272 mil reformados do sector

público e do privado, que recebem

pensões acima de 1350 euros. Mas

é entre os aposentados da função

pública que a medida terá efeitos

mais visíveis e onde se gerará uma

maior poupança.

No próximo ano, 195 mil pensio-

nistas da Caixa Geral de Aposen-

tações (CGA) e 77 mil do Centro

Nacional de Pensões (CNP) fi carão

sujeitos a uma contribuição “espe-

cial” entre 3,5% e 10%. No caso da

CGA, 43% do total de aposentados

levarão um corte na sua pensão. No

regime geral, e de acordo com os

números divulgados por fonte ofi cial

do Ministério da Solidariedade e da

Segurança Social, apenas 2,8% dos

pensionistas serão afectados.

O impacto é superior nos pensio-

nistas do Estado por várias razões.

Por um lado, os funcionários públi-

cos têm carreiras contributivas mais

longas e, durante muitos anos, tive-

ram condições de aposentação mais

favoráveis do que no sector privado.

Por outro, a média salarial é mais

elevada no Estado.

Para compensar a devolução do

subsídio de Natal e de 10% do sub-

sídio de férias aos pensionistas —

imposto pelo acórdão do Tribunal

Constitucional —, o Governo decidiu

aplicar a todas as reformas superio-

res a 1350 euros o corte que este ano

já está a ser aplicado aos salários dos

funcionários públicos e que se man-

terá em 2013.

A medida prevê um corte de 3,5%

nas pensões entre 1350 e 1800 eu-

ros. A contribuição será de 3,5% a

10% para as pensões até 3750 euros

e de 10% acima deste limite.

Além disso, e tal como este ano,

as pensões superiores a 5030 euros,

fi carão sujeitas a uma outra contri-

buição. Ao montante que excede os

5030 euros mas que não ultrapasse

os 7545 aplica-se uma taxa de 15%.

Acima deste tecto, a contribuição

será de 40%.

Quem paga contribuição especial?

Raquel Martins

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14 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Bolsas

PSI-20 Última Sessão Performance (%)Nome da Empresa Var% Fecho Volume Abertura Máximo Mínimo 5 dias 2012

PSI 20 INDEX 0,4 5377,18 63529302 5343,05 5414,25 5332,65 -1,16 -2,13ALTRI SGPS SA 1,1 1,374 30822 1,357 1,378 1,356 1,8 14,50BANCO BPI SA 0,81 0,867 246682 0,863 0,868 0,845 -2,93 84,20BCP 1,43 0,071 39926307 0,070 0,072 0,070 -5,41 -19,39BES 3,87 0,779 15228966 0,754 0,788 0,751 -1,19 -4,31BANIF-SGPS 0 0,144 313212 0,142 0,145 0,140 -10 -57,65COFINA SGPS 0 0,479 1800 0,479 0,479 0,472 -3,82 -36,97EDP -1,05 2,074 3174469 2,103 2,103 2,065 -0,71 -13,26EDP RENOVAVEIS 0,85 3,699 161100 3,640 3,744 3,640 -2,19 -21,76ES FINANCIAL -0,7 5,402 9820 5,440 5,440 5,402 0,68 4,89GALP ENERGIA 0 12,350 960101 12,355 12,575 12,330 -2,76 8,52J MARTINS SGPS 1,48 13,700 496741 13,535 13,730 13,405 -1,53 7,11MOTA ENGIL 1,38 1,323 80726 1,300 1,335 1,300 -6,79 27,83PT -0,39 3,866 1937262 3,870 3,884 3,810 -0,99 -13,12PORTUCEL 0,65 2,164 118112 2,145 2,164 2,145 2,38 17,67REN 0,55 2,000 14688 1,986 2,000 1,986 -0,45 -5,21SEMAPA -0,2 5,451 24662 5,485 5,493 5,450 6,08 1,51SONAECOM -0,14 1,398 41044 1,400 1,407 1,398 5,74 15,06SONAE IND. -0,19 0,522 143247 0,518 0,533 0,518 -5,25 -17,80SONAE 1,57 0,581 524496 0,575 0,582 0,572 -2,05 26,58ZON MULTIMEDIA 0,94 2,470 95045 2,456 2,470 2,450 5,47 6,37

O DIA NOS MERCADOS

Acções PSI20Euro Stoxx 50Dow Jones

Variação dos índices face à sessão anterior

Divisas Valor por euro

Diário de bolsa

Dinheiro, activos e dívida

Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares

MercadoriasPetróleoOuro

ObrigaçõesOT 2 anosOT 10 anos

Taxas de juro Euribor 3 mesesEuribor 6 meses

Euribor 6 meses

Portugal PSI20

Últimos 3 meses

Últimos 3 meses

Obrigações 10 anos

Mais Transaccionadas Volume

Variação

Variação

Melhores

Piores

Últimos 3 meses

Últimos 3 meses

Europa Euro Stoxx 50

BCP 39.926.307BES 15.228.966EDP 3.174.469Portugal Telecom 1.937.262Galp Energia 960.101

B.Espírito Santo 3,87%Sonae 1,57%J Martins Sgps 1,48%

Edp -1,05%E.Santo Financia -0,7%Portugal Telecom -0,39%

Euro/DólarEuro/LibraEuro/IeneEuro/RealEuro/Franco Suíço

7

8

9

10

11

1,29340,8022103,662,6258

1,206

0,197%0,387%

110,251715,96

5,188%8,210%

0,4%1,21%

1,04%

2200

2300

2400

2500

2600

4300

4600

4900

5200

5500

0,350

0,475

0,600

0,725

0,850

PEDRO CUNHA

Ongoing de Nuno Vasconcellos perdeu processo e paga custas

O tribunal absolveu a Sojornal, de

Francisco Balsemão, e o director

adjunto do semanário do Expresso,

Nicolau Santos, dos crimes de difa-

mação e de ofensa ao bom nome e

reputação, num processo movido

pela Ongoing, dispensando-os de

pagarem a maior indemnização de

sempre envolvendo a comunicação

social portuguesa. A juíza que apre-

ciou o caso alega, entre outros fac-

tos, que dá valor à liberdade de ex-

pressão e de crítica, ainda que reco-

nheça que “a liberdade de informar

não é um direito absoluto”, e obriga

Nuno Vasconcellos e Rafael Mora a

pagarem as custas do processo.

“Os direitos de informação, de

opinião e de crítica, na liberdade

de expressão e na liberdade de im-

prensa”, estão “todos consagrados

nos artigos 37.º e 38.º da Constitui-

ção da República” e “são direitos

típicos de uma sociedade liberal e

democrática, que é, por defi nição,

uma sociedade confl itual”. Este é o

argumento-base avançado no acór-

dão para fundamentar a decisão de

absolver a Sojornal, Sociedade Jor-

nalística Editorial [proprietária do

Expresso] e Nicolau Santos de todos

os crimes de que foram acusados.

Na queixa que deu entrada na 3.ª

Vara Cível do Tribunal de Lisboa,

a Ongoing Strategy Investments

[dona do Diário Económico e da

Económico TV] exige aos réus o

pagamento de uma indemnização

de 70,13 milhões de euros, um valor

com uma dimensão inédita. À data

em que foi iniciado o processo, este

montante correspondia a 40% da

capitalização bolsista da Impresa,

que agrega os vários títulos do gru-

po (SIC, Expresso, Visão, Caras), e

a cerca do dobro da posição detida

por Vasconcellos e Mora nesta hol-

ding, onde se mantém ainda como

o segundo maior accionistas, com

24% do capital.

No acórdão, a juíza lembra que

uma “sociedade em que se discu-

te, se opina, se ataca e se defende”

é uma sociedade “onde se critica e

onde se é criticado, e onde o direito

a criticar tem como lugar correspon-

dente o dever de suportar a crítica”.

Balsemão e Nicolau Santos absolvidos de pagar 70 milhões à Ongoing

Por tudo isto,“não vislumbra” que

haja “qualquer abuso ou ofensa do

direito ao bom nome e reputação”

da Ongoing. Mas não deixa de subli-

nhar que “um dos limites à liberda-

de de informar, que não é por isso

um direito absoluto, é a salvaguarda

do direito ao bom nome”, algo que,

neste caso, não considera estar em

causa.

A holding liderada por Vascon-

cellos e Mora queixou-se, entre ou-

tros factos, de “danos ao crédito e

bom nome” provocados por artigos

assinados por Nicolau Santos, cujos

conteúdos classifi ca de “falsos”, e

escritos “a propósito da Portugal

Telecom (PT), dos seus accionistas

e do negócio de compra da Media

Capital, num primeiro momento

pela PT, e, posteriormente, pela

Ongoing”.

O anúncio de que a Ongoing ia

comprar 35% da Media Capital (o

que não se concretizou) desenca-

deou várias polémicas. Nessa altura,

em artigos publicados no Expresso,

Nicolau Santos acusou os gestores

da Ongoing, Nuno Vasconcellos e

Rafael Mora, também presentes nos

órgãos sociais da PT, de, por exem-

plo, divulgarem actas da operadora

através do seu jornal. Nicolau Santos

questionou ainda se Nuno Vascon-

cellos teria “perfi l para se manter

como presidente do comité de go-

vernação da PT”.

A juíza considera que Nicolau

Santos se limitou a expressar “a

sua opinião quanto a factos que,

não só estavam na ordem do dia,

como assumiam relevância política,

económica e social”. E estranha que

a Ongoing, apesar de vários órgãos

de comunicação terem abordado o

tema, apenas tenha decidido proces-

sar o Expresso e Nicolau Santos.

Assim, em conformidade, a 7 de

Setembro de 2012, concluiu “não

existir qualquer facto ilícito produ-

zido na esfera jurídica”, pelo que

dispensa os réus de indemnizar a

Ongoing “por eventuais danos” e de-

creta como “improcedente por não

provada” a acção interposta contra a

Sojornal e o jornalista. E absolve-os

de todas as acusações. O Tribunal

obriga Vasconcellos e Mora a supor-

tarem as custas judiciais, que po-

dem chegar a um milhão de euros.

O PÚBLICO tentou obter, sem su-

cesso, um comentário da Ongoing,

nomeadamente, para saber se tem

intenção de recorrer da decisão

judicial. Já a Sojornal declinou co-

mentar. Trata-se da quarta vitória

de Balsemão em processos movidos

pela Ongoing, no quadro da luta de

poder pelo controlo do grupo edi-

torial que se arrasta há cerca de três

anos. A Impresa ganhou a providên-

cia cautelar da impugnação das de-

liberações da assembleia geral de

Dezembro 2011, conseguindo ain-

da travar o pedido de dissolução da

Impreger [holding da família Balse-

mão], em Julho 2012. Já a CMVM deu

também razão à Impresa ao rejeitar

o lançamento de uma OPA sobre a

empresa. Em cima da mesa estão

mais dois processos interpostos pela

Ongoing.

TribunaisCristina Ferreira

Artigos de opinião com críticas à Ongoing motivaram queixa. Juíza alega que dá valor à liberdade de expressão

Juíza considerou que em causa estavam apenas factos com relevância social, económica e política

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | ECONOMIA | 15

O Fundo Monetário Internacional

já não tem dúvidas: a Grécia não vai

conseguir colocar a sua dívida pú-

blica num valor equivalente a 120%

do Produto Interno Bruto (PIB) até

2020, a meta anteriormente defi -

nida para que as contas públicas

do país pudessem ser consideradas

sustentáveis.

De acordo com a agência Reuters,

num relatório ontem entregue pelo

FMI às equipas técnicas responsá-

veis pela preparação das reuniões

do Eurogrupo, o objectivo de 120%

é dado como estando fora do alcan-

ce. Um dos membros da equipa téc-

nica afi rmou à Reuters que “é agora

evidente que a Grécia está fora do

objectivo e de qualquer hipótese de

cortar a dívida para 120% do PIB em

2020, como estava previsto”. “Irá

ser qualquer coisa como 136%. E

isto se se concretizar um cenário

positivo de excedentes primários,

Crise do euro Sérgio Aníbal

Negociações para entrega de nova tranche do empréstimo da troika à Grécia continuam

regresso ao crescimento económico

e privatizações”, disse.

Na edição de ontem do Financial

Times, era noticiado que o próprio

Governo grego, na proposta orça-

mental que apresentou no Parla-

mento, apontava para uma subi-

da da dívida pública no próximo

ano até aos 189% do PIB, um valor

muito acima do máximo de 167%

que era projectado pela troika em

Março, já depois da reestruturação

da dívida.

Gerry Rice, porta-voz do FMI,

reconheceu ontem que as maiores

difi culdades nas negociações entre

a troika e as autoridades gregas está

na forma como se irá garantir um

nível sustentável de dívida. Uma

das hipóteses discutidas nesta fase

passa, afi rmou, por um programa

de recompra de dívida, que permita

ao Estado grego aproveitar o valor

muito baixo que é hoje atribuído

nos mercados aos títulos de dívida

gregos.

A nível político, o ambiente na

Grécia é também de enorme insta-

bilidade. O PASOK, partido que faz

parte da coligação governamental,

sofreu ontem novas dissidências de

deputados, insatisfeitos com algu-

mas das medidas previstas no or-

çamento para 2013.

Objectivo de redução da dívida grega para 120% do PIB até 2020 já é impossível, diz o FMIBreves

Consumo

Tabaco

Banco de fomento

Confiança nos EUA recupera para níveis de 2008

Indústria europeia critica agravamento fiscal em Portugal

Instituição financeira especializada está em estudo

A confiança dos consumidores nos EUA subiu em Outubro para o nível mais alto desde Fevereiro de 2008, segundo o índice do Conference Board, ontem publicado. O índice subiu para 72,2 pontos, contra os 68,4 pontos observados em Setembro. Outro indicador positivo ontem publicado foi a redução do número de novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA para 362 mil pedidos durante a última semana.

A Associação Europeia da Indústria do Tabaco alertou ontem que a intenção do Governo de aumentar o imposto sobre o tabaco de enrolar irá comprometer a receita fiscal para 2013 e promover o comércio ilícito. “Ao aproximar o preço do tabaco de enrolar do preço dos cigarros abre-se a porta ao comércio ilícito de tabaco, que será alternativa para os consumidores que não podem pagar estes preços”, afirmam.

O Ministério das Finanças, o Banco de Portugal e o Conselho de Concertação Social estão a estudar o lançamento de uma instituição financeira especializada, que poderá envolver a CGD, disse ontem à Lusa o presidente do banco público. Faria de Oliveira disse que “a CGD tem conhecimento de que estão a decorrer estudos” e que “não estará ainda definido o tipo de instituição em causa”.

16 | ECONOMIA | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

YahooA pobre

empresa que lucra

milhões

O veterano portal está, mais uma vez, a tentar reinventar-se. Em Julho, recrutou uma executiva do Google para o chefi ar. No mês passado, desembolsou 56 milhões de dólares para contratar o executivo português Henrique de Castro

Abrir a página prin-

cipal do Yahoo é

um regresso ao

passado. No to-

po, ao lado do lo-

gótipo, está a caixa

de pesquisa. Logo

abaixo, ainda no

cabeçalho, o link

para o serviço de

email. Mais em baixo ainda, a zona

principal é um serviço noticioso,

com artigos que vão de celebrida-

des até informação fi nanceira. No

lado esquerdo, uma longa barra

serve de índice para mais de 20

serviços diferentes: anúncios de

carros, de casas e de encontros

amorosos; uma ferramenta de

mensagens instantâneas chama-

da Yahoo! Messenger; um site para

planear viagens e outro dedicado à

meteorologia. E esta lista está longe

de esgotar tudo o que existe sob a

marca Yahoo.

A página refl ecte a herança de fi -

nais da década de 1990, a era dou-

rada dos portais que tentavam ser

praticamente tudo para os seus

utilizadores. Nessa altura, o Yahoo

era uma fonte de inspiração para

outras empresas — foi nele que se

baseou, por exemplo, o portal por-

tuguês Sapo.

O Yahoo, porém, foi sendo ul-

trapassado ao longo dos últimos

anos por outras marcas da Inter-

net, onde os utilizadores gastam

mais tempo e os anunciantes mais

dinheiro. E tornou-se frequente a

pergunta sobre o que defi ne actu-

almente a identidade do portal:

é uma empresa de media, de tec-

nologia ou ambas? “O Yahoo não

consegue identifi car e permanecer

numa estratégia clara mais de dez

meses”, sintetizava há alguns meses

a analista Shar VanBoskirk, da For-

rester, uma empresa especializada

em análises de mercado.

Este Verão, o portal voltou a mu-

dar de estratégia, ao contratar uma

executiva de topo do Google cha-

mada Marissa Mayer para os cargos

de presidente e directora executiva.

É a sexta pessoa em cinco anos e

meio a ocupar o lugar. Mayer, de

37 anos, é engenheira de formação.

Tirou o curso de Ciências Computa-

cionais na Universidade de Stanford

e especializou-se em Inteligência

Artifi cial. Começou a carreira no

Google (era a funcionária número

20) e foi sendo promovida até um

lugar próximo do topo.

A primeira grande contratação

de Meyer foi de um ex-colega: entre

salários e acções, o Yahoo pagará,

ao longo dos próximos quatro anos,

56 milhões de dólares ao português

Henrique de Castro para que este

exerça o cargo de director de ope-

rações.

O executivo, que começará fun-

ções em Janeiro, era presidente

da área de publicidade para os

media, telemóveis e platafor-

mas e estava no Google há

cerca de seis anos. Antes ti-

nha sido director de vendas

da Dell para o mercado da

Europa Ocidental e tem ainda no cur-

rículo uma passagem pela consultora

McKinsey em Londres. Formou-se

no Instituto Superior de Economia

e Gestão, em Lisboa, em 1990.

“Essa pergunta — o que é o Yahoo?

— é, em certo sentido, a única a que

Marissa Mayer tem de responder. Os

seus cinco antecessores falharam

nessa tarefa aparentemente sim-

ples”, considerou Ken Doctor, um

analista de media americano, na sua

coluna no site da Fundação Nieman,

da Universidade de Harvard.

“A contratação dela indica um

plano de retoma ambicioso e focado

na tecnologia”, escreveram por seu

lado os jornalistas Nadia Damouni e

Alexei Oreskovic, num texto de aná-

lise publicado pela agência Reuters

na semana passada. O editor de tec-

nologia do britânico Guardian apon-

tou, num artigo naquele jornal, no

mesmo sentido: “Ao escolher Mayer,

o Yahoo está a dizer claramente: é

uma empresa de tecnologia”.

Hoje, o portal está longe de ter o

reconhecimento de marcas da In-

João Pedro Pereira A primeira grande contratação de Marissa Meyer foi de um ex-colega no Google: o português Henrique de Castro, para o cargo de director de operações

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | ECONOMIA | 17

ternet como o Google e o Facebook.

Quando conceitos como “comuni-

dade” e “conteúdo gerado por uti-

lizadores” defi niam aquilo a que se

chamou Web 2.0, as incursões da

empresa nas redes sociais saíram

goradas: uma rede social chamada

Yahoo 360 durou três anos e não

conseguiu tornar-se relevante, ao

passo que concorrentes como o

MySpace e o Facebook prospera-

vam; um site para guardar e parti-

lhar páginas favoritas chamado Deli-

cious acabou a ser vendido; o Yahoo

Buzz, que permitia aos utilizadores

votarem nos artigos submetidos pela

própria comunidade, fazendo com

que os mais populares chegassem à

primeira página, foi fechado no ano

passado, sem que muitos dessem

sequer pela sua existência.

Evitar o declínioHá três anos, o Yahoo acabou por

desistir da sua tecnologia de pesqui-

sa e fez um acordo com a Microsoft:

é a tecnologia desta empresa que es-

tá agora por trás da caixa de pesqui-

sa no topo da página do Yahoo. Em

troca, a Microsoft fi ca com parte das

receitas dos anúncios que surgem ao

lado dos resultados das buscas.

Algures no meio da tormenta, o

fundador Jerry Yang decidiu assu-

mir as rédeas da empresa: começou

por resistir, em 2008, a uma tenta-

tiva de compra por parte da Micro-

soft e acabou a pedir publicamente

à Microsoft que comprasse o portal,

quando esta já não estava interes-

sada. Demitiu-se em 2009.

Apesar da turbulência, o Yahoo

não é, aos 18 anos, uma empresa

com as contas no vermelho. O rela-

tório anual de 2011 indica que a em-

presa acabou o ano com um pouco

mais de mil milhões de dólares de

lucro. Para além disto, tinha ainda

uma almofada de dinheiro que ron-

dava os 1500 milhões de dólares e

que se tem mantido estável nos últi-

mos anos (e a que se somam outros

activos fi nanceiros). “Apesar dos

cinco mil milhões de dólares em

receitas anuais e dos mil milhões

de lucros, [o Yahoo] simplesmente

não consegue ter qualquer respei-

to”, notava Ken Doctor, para quem

a contratação de Mayer pode aju-

dar a revitalizar a empresa, que viu

muitas das suas contemporâneas da

década de 1990 colapsarem.

Os lucros, porém, não chegam pa-

ra traçar o retrato fi nanceiro. Com

as receitas a cair — quase 30% desde

2007 —, o balanço tem sido compen-

sado com operações várias, incluin-

do sucessivos cortes de pessoal: em

Abril deste ano, o portal anunciou

o despedimento de dois mil do que

era então uma massa de 14 mil tra-

balhadores. Foi o sexto grande des-

pedimento desde 2008.

A distribuição das receitas do

Yahoo mostra também uma ameri-

canização crescente. Os resultados

trimestrais, anunciados há duas se-

manas, revelam que o peso do ne-

gócio feito nos países do continen-

te americano (onde os EUA são, de

longe, o mercado mais relevante)

se acentuou, representando per-

to de 75% do dinheiro encaixado.

No total das três regiões em que o

Yahoo divide o seu negócio, 802

milhões de dólares vieram da

América, enquanto 207 milhões

foram facturados na zona da Ásia

e Pacífi co e apenas 78 milhões são

da área que agrega a Europa, Mé-

dio Oriente e África.

A estratégia de Meyer para ten-

tar evitar o declínio já se está a de-

senhar. No fi nal do mês passado,

comprou uma pequena empresa

(entre cujos investidores estava o

jovem cantor Justin Bieber) que

desenvolve uma plataforma para

recomendar, através do telemóvel,

todo o tipo de produtos e serviços,

de restaurantes a música. Ao apre-

sentar os resultados trimestrais,

Meyer afirmou que a empresa

“não tem capitalizado a oportu-

nidade do [sector] móvel” e que

a “principal prioridade é uma es-

tratégia móvel coerente e focada”.

Em termos mais gerais, a execu-

tiva traçou a sua própria missão:

“Vim para o Yahoo para ajudar a

redefi nir uma das empresas mais

adoradas da Internet”.

1500milhões de dólares é o valor da almofada financeira doYahoo, que se tem mantido estável nos últimos anos (e a que se somam outros activos financeiros)

30%foi quanto caíram as receitas do Yahoo desde 2007, o que levou inclusive a sucessivos cortes de pessoal. O sexto foi em Abril: dois mil despedimentos num total de 14 mil trabalhadores

DAVID PAUL MORRIS/AFP

18 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Furacão pode ter destruído anos de investigação médica nos EUA

ALLISON JOYCE/AFP

As autoridades estão agora a tentar limitar as consequências da contaminação das águas na saúde pública

Anos de investigação científi ca so-

bre cancro e doenças cardíacas e

neurodegenerativas estão em risco

devido à passagem da supertempes-

tade Sandy por Nova Iorque. Depois

da operação de salvamento de mais

de duas centenas de pacientes inter-

nados no Centro Médico Langone

da Universidade de Nova Iorque,

em Manhattan, os investigadores re-

gressaram às instalações e depara-

ram-se com “um cenário horrível”:

milhares de ratinhos de laboratório

mortos, células e tecidos provavel-

mente perdidos para sempre e es-

tudos que terão de recomeçar da

estaca zero.

Na noite de segunda para terça-fei-

ra, a força do furacão Sandy deixou

o Centro de Investigação Smilow,

localizado no complexo do Centro

Médico Langone, sem electricidade

e sem a ajuda dos geradores de re-

curso, que falharam — Gary Cohn,

presidente do banco de investimen-

tos Goldman Sachs e administrador

do hospital da Universidade de Nova

Iorque, já admitiu que os responsá-

veis tinham conhecimento prévio de

que os geradores poderiam falhar e

que estão em curso obras no valor

de três mil milhões de dólares com

vista à modernização do sistema.

As equipas de salvamento con-

seguiram resgatar os 215 pacientes

internados no centro médico, entre

os quais 20 recém-nascidos, mas o

corte de energia afectou os equipa-

mentos usados para a conservação

a baixas temperaturas de material

biológico, com consequências “de-

vastadoras”, de acordo com Jacco

van Rheenen, um médico holandês

que trabalhou no Centro de Inves-

tigação de Smilow, o mais afectado

pelos efeitos do Sandy.

“Perdemos todo o nosso trabalho,

todo o tempo e o dinheiro despen-

didos. Vamos ter de começar tudo

de novo”, disse à ABC News Michelle

Krogsgaard, investigadora especia-

lista em biologia do cancro na Uni-

versidade de Nova Iorque.

Entre o início da semana e quar-

ta-feira, não foi possível entrar nos

laboratórios de investigação sobre

doenças cardíacas, neurodegene-

rativas e cancro, todos eles acessí-

veis apenas com o uso de cartões

espécimes para outros laboratórios,

essas linhagens podem ter simples-

mente desaparecido” — um processo

que pode levar anos a desenvolver.

“É mesmo devastador”, reforçou o

médico.

Ashley Seifert, investigador de

regeneração de tecidos na Univer-

sidade da Florida em Gainesville, dá

uma ideia do que pode representar

uma perda semelhante à da Univer-

sidade de Nova Iorque, comparando

o desaparecimento de uma linha-

gem à queima do único exemplar

de um romance escrito à máquina

durante um incêndio numa casa:

“Se perdermos todos os ratinhos

que usamos de um momento para o

outro, perderemos anos de trabalho

e teremos de começar tudo a partir

do zero.”

No rescaldo dos piores dias da

passagem do Sandy, a vida começa

lentamente a regressar à normalida-

electrónicos. Michelle Krogsgaard

teme o pior: “Podemos perder tudo

o que fi zemos desde que eu cheguei

à Universidade de Nova Iorque, há

seis anos.”

Em comunicado, os responsáveis

pelo Centro Médico Langone admi-

tiram que “as tentativas para salvar

os animais não tiveram sucesso” e

mostraram-se “profundamente tris-

tes com esta perda e com o impac-

to que ela tem sobre vários anos de

trabalho muito importante realizado

pelos investigadores”.

Ouvido pelo site de ciência LiveS-

cience, o médico holandês Jacco van

Rheenen considera que as perdas no

Centro de Investigação de Smilow

vão ter consequências para além das

portas da Universidade de Nova Ior-

que. “Alguns ratinhos são únicos,

são desenvolvidos especifi camente

para determinadas investigações.

Se os investigadores não enviaram

de, mas a falta de combustível e de

energia tem dado origem a enormes

fi las nas estações de serviço e já le-

varam à paragem de várias empre-

sas de táxis. “Tivemos de cancelar

a saída de muitos veículos porque

não há combustível sufi ciente”, dis-

se à agência Reuters Joue Balulu, ge-

rente de uma empresa de táxis em

Brooklyn.

Do outro lado rio Hudson, em

New Jersey, a atenção das autorida-

des centra-se agora nos riscos para

a saúde pública, devido à contami-

nação das águas com pesticidas,

tinta ou gasolina. O Departamento

de Saúde do estado está particular-

mente preocupado com os poten-

ciais riscos para as crianças e para

os idosos.

O balanço da passagem do San-

dy pelos EUA apontava ontem para

80 vítimas mortais, 37 dos quais em

Nova Iorque.

Milhares de ratinhos mortos, células e tecidos danifi cados e investigações sobre cancro, doenças cardíacas e neurodegenerativas perdidas após inundações e falhas de energia na Universidade de Nova Iorque

SandyAlexandre Martins

215pacientes resgatados do Centro Médico Langone, nas instalações da Universidade de Nova Iorque, entre os quais 20 recém-nascidos

80vítimas mortais da passagem do Sandy pelos EUA, segundo balanço ao final da tarde de ontem. Só em Nova Iorque houve pelo menos 37 mortos

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | MUNDO | 19

Cameron ficou numa posição difícil depois da rebelião dos tories

Vaxavanis foi afinal rapidamente absolvido

O Tribunal de Atenas absolveu o

jornalista grego Costas Vaxevanis

que tinha sido acusado de violar

informações pessoais ao publicar

na revista Hot Doc uma lista de 2059

pessoas com contas bancárias na Su-

íça e que são suspeitas de possível

fugida ao fi sco.

O Ministério Público grego tinha pe-

dido uma condenação de três anos

de prisão para Vaxevanis, jornalis-

ta e editor. Depois de um processo

ultra-rápido, com uma acusação e

detenção breve no domingo pas-

sado, bastaram 12 horas da sessão

de ontem para o tribunal se decidir

pela absolvição.

A defesa do jornalista de 46 anos su-

blinhou que nenhuma das pessoas da

lista se tinha queixado de violação de

privacidade, e o jornalista comentou

que quem devia estar na prisão eram

os políticos que tinham recebido a

lista e que não a tinham enviado para

as autoridades fi scais a investigarem.

A Grécia fi cou chocada com a rapidez

com que o jornalista foi acusado e

julgado por oposição à inacção das

autoridades em relação às pessoas da

lista. Ter contas na Suíça não é ilícito,

mas há suspeitas de estes titulares

poderão ter fugido ao fi sco.

A lista dos clientes gregos do banco

suíço HSBC chegou às autoridades

gregas através da então ministra das

Finanças francesa, Christine Lagar-

de (actualmente directora do Fundo

Monetário Internacional), para estas

poderem investigar se havia evaso-

res fi scais entre eles, e fi cou conhe-

Tribunal de Atenas absolve jornalista que publicou “lista Lagarde”

cida como “a lista Lagarde”.

A lista publicada indica os nomes

mas não quantias depositadas, e a

revista não fazia qualquer acusação.

O diário grego Ta Nea também re-

produziu a lista, na segunda-feira,

em solidariedade: lá havia políticos,

empresários, advogados, armado-

res, donas de casa e também em-

presas.

As autoridades gregas afi rmaram

que a lista está agora sob investiga-

ção, e que até à data não foi pro-

vada nenhuma suspeita de fuga ao

fi sco.

Vários jornalistas e cidadãos esti-

veram presentes no julgamento em

apoio ao Costas Vaxevanis. O presi-

dente do sindicato dos jornalistas de

Atenas, Dimitris Trimis, disse à AFP

que se estivesse na posição do editor

da Hot Doc “teria feito o mesmo”.

Numa conferência de imprensa

em Washington, o porta-voz do FMI

defendeu que “o fardo fi scal deve ser

dividido de maneira equilibrada e os

mais favorecidos da sociedade grega

devem pagar a sua parte justa”, re-

cusando mais comentários sobre a

lista. com Lusa

SUZANNE PLUNKETT/REUTERS

O primeiro-ministro britânico, Da-

vid Cameron, sofreu uma derrota na

Câmara dos Comuns, com mais de

50 membros do seu partido a jun-

tarem-se à oposição numa votação

parlamentar sobre o orçamento da

Comissão Europeia — uma “humilha-

ção” foi o veredicto quase unânime

da imprensa britânica.

A votação de terça-feira à noite

não é vinculativa, mas a dimensão

da rebelião entre os conservadores

(53 dos 307 votos) trouxe leituras de

que a autoridade do primeiro-minis-

tro pode estar minada, e fez surgir

comparações com um dos seus an-

tecessores, John Major, e as difi cul-

dades deste justamente com o tema

“Europa”.

A oposição explorou o paralelo: “É

outra vez John Major”, disse o líder

trabalhista, Ed Miliband, referindo-se

ao impopular antigo chefe do Gover-

no. Cameron “é fraco lá fora e fraco

em casa”, acusou.

Na votação, os conservadores

juntaram-se aos trabalhistas, que

pediam uma redução dos gastos de

Bruxelas: 307 votaram a favor desta

ideia, 294 contra.

“Numa altura em que ele [Came-

ron] está a cortar o orçamento da

educação em 11%, o dos transportes

em 15% e o da polícia em 20%, como

pode desistir de um corte no orça-

mento da UE mesmo antes de terem

começado negociações?”, perguntou

Miliband.

A votação foi a segunda derrota

de Cameron na Câmara dos Comuns

Cameron sofre derrota “humilhante” em votação sobre a União Europeia

sobre questões europeias e poderá

levar o primeiro-ministro britânico

a adoptar uma postura mais dura na

cimeira europeia de 22 de Novem-

bro. Londres tinha já dito que queria

que o orçamento da Comissão Euro-

peia de 2014 a 2020 não aumente,

mas os deputados querem mais do

que isso.

A Comissão quer um orçamento

de cerca de um milhão de milhões de

euros, e tem o apoio do Parlamento

Europeu. Mas países como a Alema-

nha gostariam também de ver o orça-

mento reduzido em cem mil milhões,

e Londres queria um congelamento

ao nível de 2011, o que cortaria 200

mil milhões à actual proposta, diz a

revista alemã Der Spiegel.

Veto contraproducenteExplica a Spiegel que há uma dife-

rença entre a posição da chanceler

alemã, Angela Merkel, e a de David

Cameron. Berlim não quer um de-

bate demasiado longo que distraia a

atenção do essencial: a crise da zona

euro. Assim, Merkel deverá ter mais

elasticidade. Já Cameron está numa

posição mais difícil, com a sua auto-

ridade directamente posta em causa

por causa desta questão.

Mas um veto pode custar caro

ao Reino Unido. Primeiro, o perigo

de isolamento. Segundo, um veto

poderá acabar por ser, na prática,

inefi caz: se o orçamento de 2014 a

2020 for recusado, será necessário

aprovar um todos os anos. E este

orçamento anual necessitaria ape-

nas de uma maioria qualifi cada, o

que deixaria provavelmente o Rei-

no Unido sozinho a votar contra um

orçamento que deverá aumentar a

cada ano.

O Reino Unido é um dos principais

contribuintes para o orçamento da

união embora benefi cie de um “des-

conto” (o “cheque britânico”, cada

vez mais contestado). Com 12,9 mil

milhões de euros é o quarto contri-

buinte atrás da Alemanha (21 mil mi-

lhões), a França (19 mil milhões) e a

Itália (14,5 mil milhões), diz a AFP,

com base em números da Comissão

Europeia. Estes são os “contribuintes

líquidos” — países que pagam mais

para a UE do que o que recebem. Mas

o Reino Unido alega que em termos

de contribuição per capita (244 eu-

ros por habitante) está em segundo

lugar, à frente da França.

GréciaJoão Dias

Orçamento da UEMaria João Guimarães

Costas Vaxevanis foi acusado de violação de privacidade por ter publicado nomes de 2059 gregos com contas na Suíça

Chefe do Governo britânico vê dezenas de deputados tories a alinhar com a oposição pedindo cortes nos gastos da Comissão

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20 | MUNDO | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

“Cristina para sempre”, pede um grupo de jovens em cartazes

O Parlamento argentino aprovou

ontem a descida da idade mínima

de voto para 16 anos. Dezenas de

deputados saíram da assembleia

em protesto contra o que dizem ser

uma manobra eleitoralista da Presi-

dente, Cristina Fernandez Kirchner,

que tem nos jovens a sua grande base

de apoio.

A lei acabou aprovada por 131 voos

a favor e dois contra (num total de

257 deputados). A Argentina junta-se

assim a pouco mais de meia dúzia de

países onde os jovens com mais de 16

anos podem votar. Brasil, Equador e

Nicarágua são os países da América

do Sul onde os maiores de 16 anos

podem votar; na Europa destaca-

se a singularidade da Áustria. Para

além disso, na Argentina, o voto é

obrigatório entre os 18 e os 70; será

facultativo entre os 16 e 18.

Kirchner garante que a lei não tem

qualquer propósito eleitoralista e

diz que vem na senda de medidas

progressistas como a que permite

casamento entre pessoas do mes-

mo sexo.

Os mais cépticos suspeitam de que

se trata de uma manobra da Presi-

dente para impedir a queda da sua

popularidade. Kirchner foi reeleita

em 2011 com um estrondoso suces-

so, mas em Setembro a sua taxa de

aprovação tinha descido para apenas

24,3%, devido à estagnação econó-

mica do país.

Voto aos 16 na Argentina visto como eleitoralista

A Constituição limita os mandatos

dos presidentes, mas há quem sus-

peite de que Kirchner quer alterar a

lei fundamental para concorrer de

novo ao cargo em 2015. Ela tem man-

tido alguma ambiguidade. “A Consti-

tuição não permite a minha reeleição

como Presidente”, comentou, numa

sessão na Universidade de Harvard.

“Não é minha responsabilidade re-

formar a Constituição. Não depende

de mim.”

Alguns membros do grupo de jo-

vens La Cámpora, que terá cerca de

30 mil elementos, têm vindo a de-

fender esta hipótese, com cartazes

dizendo “Cristina para sempre” em

manifestações recentes. Este grupo

tem capitalizado com a ligação à Pre-

sidente, que tem nomeado vários

dos seus dirigentes para cargos de

topo, conta o jornal norte-americano

Christian Science Monitor.

Para o fazer, o partido da Presi-

dente necessitaria de uma maioria

de dois terços. E tentará consegui-la

nas eleições intercalares de 2013.

Peritos concordam sobre os mo-

tivos da alteração da lei para permi-

tir o voto aos 16 anos. “O Governo

acredita que os jovens mais politica-

mente activos irão votar no partido

do Governo”, diz o analista Carlos

Fara citado pelo site de informação

económica Bloomberg.

“É evidente que há uma estraté-

gia eleitoral por trás da promoção do

voto jovem”, disse Ignacio Labaqui,

da empresa de consultoria Medley

Global Advisors, citado pelo diário

britânico The Telegraph. “Mas ape-

sar de serem adolescentes, os jovens

vivem no mesmo país do que outras

pessoas, se o clima contra o Governo

continua a deteriorar-se, a aprova-

ção entre os jovens deverá descer

também.”

MARTIN ACOSTA/REUTERS

Lei eleitoral

A Presidente Kirchner tem uma base de apoio de jovens, mas analistas dizem que não é claro que a medida a vá beneficiar

Pelo menos 28 soldados das forças

leais a Bashar al-Assad foram ontem

mortos em combate ou executados

depois de ataques dos rebeldes a

três postos de controlo no Noroeste

da Síria, na estrada que liga as duas

principais cidades do país, Damasco

e Alepo.

O Observatório dos Direitos Huma-

nos, uma organização não governa-

mental que se opõe ao regime, disse

ter falado com testemunhas que vi-

ram os cadáveres dos soldados junto

aos checkpoints. Cinco rebeldes tam-

bém morreram nestes ataques.

Um vídeo divulgado pelas forças

da oposição mostra combatentes a

baterem numa dezena de soldados

alinhados no chão. Depois vê-se que

um é executado. “Tal como denun-

cia as execuções nas prisões do re-

gime, o Observatório recusa as dos

prisioneiros de guerra por parte dos

rebeldes”, disse à AFP o director da

ONG síria, Rami Abdel Rahman.

Os rebeldes têm multiplicado os

seus ataques nesta estrada, passagem

obrigatória dos reforços militares que

o regime vai enviando para Alepo,

cujo controlo é disputado há mais de

três meses. Pelo menos um dos che-

ckpoints atacados fi cou sob controlo

da oposição, adianta a BBC. Mas o

mais provável é que os rebeldes não

consigam manter-se ali muito tempo:

como aconteceu em vários pontos da

estrada, o regime deverá responder

agora com ataques aéreos.

A braços com um grande número

de frentes de batalha, Damasco tem

recorrido cada vez mais aos aviões

para tentar expulsar os combatentes

que os soldados em terra não conse-

guem derrotar.

A violência na Síria já fez mais de

36 mil mortos desde o início de uma

revolta popular contra Assad, em

Março do ano passado.

A China, país que com a Rússia se

tem oposto à adopção de sanções

contra o regime no Conselho de Se-

gurança da ONU, anunciou ontem

ter feito “novas propostas constru-

tivas” para tentar pôr fi m ao confl i-

to. As propostas, que já foram apre-

sentadas ao mediador internacional

Lakhdar Brahimi, incluem um ces-

sar-fogo organizado por regiões a ser

posto em marcha por fases.

Rebeldes matam 28 soldados de Assad

Síria

ONG denuncia execuções de militares fiéis ao regime. China apresenta proposta de cessar-fogo a Brahimi

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Viagem

Elísio Estanque olha para o país a partir de Coimbra

As vindimas de Bordéus e um desfi le de châteaux

PeruEm Lima, à procura do melhor ceviche do mundo

SÁBADO

Perfil

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | MUNDO | 21

Passados quase 25 anos sobre a mor-

te de Khalil al-Wazir, mais conhecido

por Abu Jihad, na Tunísia, Israel re-

conheceu que foi a sua agência de

espionagem, a Mossad, a responsá-

vel pelo assassínio.

Dois dos envolvidos na operação,

sublinha o Huffi ngton Post, estão

hoje em altos cargos no Governo:

o ministro da Defesa, Ehud Barak,

e o vice-primeiro-ministro Moshe

Yaalon. Barak era então o “núme-

ro dois” do Exército e Yaalon era o

chefe da unidade de elite Sayeret

Israel admite que foi a Mossad que matou Abu Jihad, o “número dois” de Yasser Arafat

Matkal, que participou na operação

junto com a Mossad.

O diário israelita de grande circu-

lação Yediot Ahronot tinha a infor-

mação há 12 anos, mas apenas agora

foi autorizado pela censura militar

do país a divulgá-la.

O jornal publicou agora uma en-

trevista com o operacional que ma-

tou Khalil al-Wazir (a entrevista foi

feita antes da sua morte num aciden-

te de mota em 2000). “Atingi-o com

uma salva de tiros. Tive cuidado pa-

ra não ferir a mulher, que tinha apa-

recido entretanto”, disse o comando

Nahum Lev nessa entrevista. “Abu

Jihad esteve envolvido em acções

horríveis contra civis. Disparei sem

hesitar.”

Abu Jihad, um dos fundadores da

Fatah, era visto por Israel como um

terrorista e pelos palestinianos como

um combatente pela liberdade. A Or-

ganização para a Libertação da Pales-

Médio Oriente

O diário Yediot Ahronot tinha a informação há doze anos. Só agora teve autorização da censura militar para a revelar

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tina (OLP), fundada por Arafat e da

qual a Fatah era a facção maioritária,

tinha na altura a sua base na Tunísia.

Abu Jihad terá estado envolvi-

do em vários ataques contra isra-

elitas, incluindo um desvio de um

autocarro na auto-estrada de Hai-

fa para Telavive, em 1978, em que

morreram 38 pessoas. Também era

considerado um dos organizadores

da primeira Intifada palestiniana,

que começou em 1987. O seu assassí-

nio, em Abril de 1988, foi visto como

obra da Mossad, e condenado pelos

Estados Unidos e pela comunidade

internacional.

Agora esta suspeita é confi rma-

da e são dados alguns detalhes: a

operação foi levada a cabo por 26

comandos israelitas, entre eles dois

que se aproximaram da fortemen-

te guardada sede da OLP em Tunes

disfarçados de casal de turistas, mas

levando armas com silenciadores.

O “número dois” da Fatah foi morto em Tunes em 1988

Breves

Festa de Halloween

Três jovens morrem esmagadas pela multidão em MadridTrês jovens espanholas com idades entre os 17 e os 20 anos morreram asfixiadas e duas estavam ontem à noite internadas em estado crítico depois de terem sido esmagadas por uma multidão durante uma festa de Halloween num pavilhão desportivo de Madrid.A polícia fala de uma “avalancha” e suspeita que na origem do pânico esteve o lançamento de um foguete no interior do pavilhão onde estavam 10.600 pessoas.

22 | CULTURA | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

“Há mil anos que amamos, enganamos, ambicionamos e traímos da mesma maneira”

Don Pasquale: ópera como no cinema

Don Pasquale nos anos 20 e não no

fi nal do século XIX, numa versão

que faz de Norina a grande prota-

gonista. De viúva pobre e frágil, ela

passa a mulher forte e emancipada,

capaz de gerir com astúcia uma tra-

ma complicada, sem nunca perder

de vista o seu amor por Ernesto e

o desejo de dar uma lição ao velho

industrial que parece acreditar que

o dinheiro pode comprar tudo.

A ópera de Gaetano Donizetti que

estreia hoje no Teatro Nacional de

São Carlos, em Lisboa, é uma produ-

ção do prestigiado La Fenice e tem

encenação de Italo Nunziata, o ho-

mem que fez questão de transportar

esta heroína de uma das mais cele-

bradas obras do compositor italiano

para um tempo em que o cinema ti-

nha uma linguagem universal. É por

isso que a Norina deste Don Pasquale

faz lembrar as divas de Hollywood,

mas também as dos estúdios italia-

nos da mesma época: elegante e de-

terminada, quase fatal.

“É uma mulher por quem se per-

de a cabeça”, diz Nunziata, descre-

vendo-a como uma fi gura completa,

cheia de contradições, como alguém

que quer ascender socialmente, mas

permanece fi el aos valores que con-

sidera fundamentais. “É um arquéti-

po que podemos encontrar no cine-

ma da época no Ocidente”, explica

o encenador habituado a Donizetti

( já fez vários), para quem a ideia

de transportar Don Pascuale para

os anos 20/30 foi imediata.

A homenagem ao cinema veio de-

pois, quando percebeu que, para

construir as personagens e “mos-

trar a universalidade da música do

compositor”, nada melhor do que

ir buscar referências aos estúdios da

época. O seu Ernesto, por exemplo,

deve muito ao realizador e actor ita-

liano Vittorio di Sica; Norina teve por

grande inspiração La Segretaria Pri-

vata, um fi lme de 1931 baseado num

original alemão que teve também

uma versão francesa. “As histórias

eram as mesmas de país para país e

é por isso que estas personagens são

A ópera de Donizetti podia ser teatro e acaba por ser uma homenagem ao cinema. Confuso? Não. Apenas a versão de Italo Nunziata de uma opera buff a do séc. XIX. Estreia hoje, às 20h, em Lisboa

Teatro São Carlos Lucinda Canelas

tão reconhecíveis. O enredo de Do-

nizetti e [Giovanni] Ruffi ni também

é eterno. Há mil anos que amamos,

enganamos, ambicionamos e traí-

mos da mesma maneira.”

Talento teatralA jovem cantora lírica portuguesa

Eduarda Melo, que recentemen-

te integrou o elenco da serenata

L’Ippolito na Casa da Música, será

Norina. Aos 33 anos, vê esta perso-

nagem de Donizetti como um “de-

safi o cénico e vocal”, para o qual

se preparou vendo muitos fi lmes

e documentários sobre as divas

de Hollywood e Marlene Dietrich.

“Queria apanhar gestos, expres-

sões, maneiras de andar. Queria

homenagear estas mulheres fortes

como Norina que, naquela época,

tinham de trabalhar o dobro dos

homens para provar o seu valor e

que acabaram por fazer muito por

nós.”

A direcção de Nunziata é, para

Melo, uma das mais-valias desta

versão, determinante sobretudo

quando às personagens é exigido

que façam teatro dentro do teatro

(Norina fi nge ser uma mulher muito

diferente da que é para que Don

Pasquale case com ela).

José Fardilha, um dos mais inter-

nacionais cantores líricos portugue-

ses, veste a pele do rico industrial

que quer manipular o sobrinho Er-

nesto, mas que acaba enganado por

Norina e pelo Dr. Malatesta. Não é

a primeira vez que faz um Don Pas-

quale (foi o Dr., em Trieste), mas é

a primeira em que sobe ao palco

como um velho (Fardilha faz hoje

56 anos, Don Pasquale anda na casa

dos 70): “Não foi difícil, embora es-

ta personagem, muito mais versátil

e interessante do que a do Mala-

testa, seja complicada em termos

vocais, porque Don Pasquale está

sempre chateado, o seu papel tem

muitas palavras, muitas notas”,

explica.

Tanto Melo como Fardilha defen-

dem as qualidades desta que é a pe-

núltima das mais de 60 óperas que

Donizetti compôs ao longo da sua

carreira (estreou em 1844, o com-

positor morreu quatro anos mais

tarde). “As personagens são muito

bem construídas, têm muitas leitu-

ras”, diz Melo. “Musicalmente, tem

pormenores riquíssimos, lindos,

como aliás quase todas as últimas

óperas dos grandes compositores”,

acrescenta Fardilha, lamentando

que está ópera não se faça muito.

“É de uma imensa expressividade e

tem paradoxos deliciosos, como o

de se encontrar música dramática

em momentos que são claramente

cómicos.”

A comicidade, própria da opera

buff a, género de que Don Pasquale

é um “ápice”, segundo Italo Nun-

ziata, atrai o cantor, mas também

o encenador. Aqui, como noutras

óperas suas — basta ver a célebre

Lucia di Lammermmoor —, Donizet-

ti revela todo o seu talento teatral.

“Ele é um génio da cena”, defende

o encenador. “Domina os tempos,

o espaço, a construção das perso-

nagens, o enredo. Se tirássemos a

música, o libreto podia encenar-se

como encenamos qualquer peça de

teatro — está tudo lá.” O humor, es-

se, vem em grande parte de dois re-

ferentes: o modelo da “comédia de

enganos” de Feydeau, de fi nais do

século XIX, e a commedia dell’arte

(Don Pasquale é Pantalone, Ernes-

to é Pierrot, Norina a bela Colum-

bina).

Don Pasquale, lembra Nunziata,

tem, além disso, um pouco do pró-

prio Donizetti, que quando compu-

nha esta ópera em três actos esta-

va também apaixonado por uma

mulher muito mais jovem, a fi lha

de um amigo napolitano, que não

o amava. “Ele é parecido com Don

Pasquale — sabe que está a chegar

ao fi m, mas não desiste de viver tu-

do intensamente.”

Temporada em esperaDon Pasquale, a única ópera em es-

treia na temporada Outono-Inverno

do São Carlos, esteve para ser feita

no ano passado, mas foi adiada por

causa do corte de 20% no fi nancia-

mento dos teatros nacionais. João

Villa-Lobos, que preside à Opart,

o organismo criado em 2007 para

gerir o teatro de ópera e a Compa-

nhia Nacional de Bailado (CNB) e

que agora deverá desaparecer pa-

ra dar origem a um Agrupamento

Complementar de Empresas (ACE)

que incluirá ainda os outros dois

nacionais e a Cinemateca, não quer

ainda falar da programação a partir

de Janeiro. “Este Don Pasquale é um

compromisso que tínhamos já assu-

mido e queríamos muito trazê-lo”,

explicou ao PÚBLICO.

Até ao fi nal do ano, o São Carlos

tem em destaque apenas a reposi-

ção de uma ópera para crianças e

a versão concerto da Thäis de Mas-

senet. Falta de dinheiro? “Neste

momento, não quero falar de orça-

mento. Ainda não sabemos ao certo

quanto vamos ter, mas estamos a

trabalhar com base no pressupos-

to do ano passado [15 milhões de

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | CULTURA | 23

MIGUEL MANSO

euros para a CNB e o teatro, que

recebe a maior fatia, 9,9 milhões] e

não estou a contar que desça desse

montante.” Villa-Lobos garante que

Martin André, director artístico do

São Carlos, tem já a próxima tem-

porada pronta e espera apenas a

audiência com o novo secretário

de Estado da Cultura, Jorge Barre-

to Xavier, para avançar com a sua

divulgação.

O presidente da Opart não re-

vela se essa temporada vai ou não

incluir as outras duas óperas (Tu-

randot e Francesca da Rimini) que

fi caram por fazer no ano passado

por causa dos cortes nem comen-

ta a sua eventual nomeação para a

presidência do novo ACE, algo que

vem sido já dado como muito pro-

vável há largos meses.

Don Pasquale fi ca em cena até 10

de Novembro, com bilhetes mais

baratos do que na temporada an-

terior: entre 20 e 50 euros (65 para

a noite de estreia).

Breves

Exposição

Concertos

Fado

Artista Nástio Mosquito na Tate Modern

Gotye cancelado,The Walkmen transferido

Prémios Amália distinguem álbum de Fernando Alvim

O artista plástico angolano Nástio Mosquito, também com percurso no campo da música pop contemporânea, irá expor este mês na galeria britânica Tate Modern, em Londres, anunciou ontem o seu director, Nicholas Serota. Nástio irá expor no âmbito da mostra Across the Board, projecto de dois anos que pretende dar a conhecer o trabalho de artistas africanos, e que abre com o angolano e o nigeriano Otobong Nkanga.

O concerto de Gotye no Campo Pequeno, a 17 de Novembro, foi cancelado, segundo a organização, por motivos de agenda, relacionados com questões logísticas de transporte. Já o concerto dos americanos The Walkmen, marcado para domingo, 4 de Novembro, no Coliseu de Lisboa, foi transferido para uma sala de menor dimensão, o espaço TMN ao Vivo. Os bilhetes adquiridos são válidos.

Na 7.ª edição, os Prémios Amália alargaram as categorias para fora do fado. Foram distinguidas 22 personalidades em 13 categorias. O CD Os Fados e as Canções do Alvim de Fernando Alvim foi o Álbum do Ano “dentro do fado”, enquanto “fora do fado” foi o CD Em Busca das Montanhas Azuis, de Fausto Bordalo Dias. A cerimónia de entrega é no dia 30, no Coliseu de Lisboa.

DR

No escuro corredor de acesso à Boxnova, discorre-se sobre a evolução da espécie humana

“Qualquer movimento biomecânico

começa algures dentro do corpo”,

lia-se na sinopse da performance-

instalação de Sylvia Rijmer (n. 1974,

coreografi a) e Miguel Lucas Mendes

(n. 1978, sonoplastia e vídeo). Ainda

que tal pareça uma evidência, não é

óbvio apreendermo-lo quando ob-

servamos um corpo em movimento.

Anatomization propunha-se, pois,

ampliar a nossa percepção conscien-

te sobre a cadeia biológica invisível

que sustenta um gesto; a questão

ligar-se-á, ainda, aos princípios on-

de se apoiam “técnicas somáticas”

como ioga ou pilates, os métodos

Feldenkreis ou Alexander, essen-

ciais no ethos da dança actual.

No escurecido corredor de aces-

so à Boxnova, ladeado por ecrãs

onde se projectava uma sucessão

de corpos a caminhar, uma voz off

discorria sobre a evolução para o bi-

pedismo na espécie humana. Assim

se aclimatava o público, enquanto

aguardava ser conduzido em pe-

quenos grupos (a rever, a demora

no procedimento) ao diminuto an-

fi teatro. Na cena, envolta em panos

negros, um homem (Marco Ferreira,

um intérprete seguro e focado), sen-

Anatomia das errâncias do corpo

tado, imóvel, de slips e t-shirt bran-

cos; eléctrodos colados à pele ampli-

fi cavam os sons vitais: a variação da

batida cardíaca, da respiração, o ruí-

do ensurdecedor de uma contracção

muscular intensa ou de um gole de

água a deslizar no esófago; quanto

retira os eléctrodos, adivinharemos

os sons orgânicos que já não escuta-

mos. O intérprete murmurará, en-

tão, acções possíveis para um corpo:

extensão, fl exão, rotação interna e

externa…. Gradualmente, uma se-

quência coreografada se desenha,

em resposta a uma (cuidada) sono-

plastia electrónica e a efeitos de luz

(por vezes demasiado exuberantes).

Embrenhados nesta “anatomia” da

dança, destrinçamos as dinâmicas

fi siológicas do ballet, do contempo-

Crítica de Dança

Anatomization, de Sylvia Rijmer & Miguel Lucas Mendes

CCB, Sala de ensaios

20 de Outubro, 19h

Sala cheia

Luísa Roubaud

mmmmM

râneo ou do hip-hop, inscritas na

biografi a corporal do performer. A

composição acusará, contudo, al-

guma bidimensionalidade espaço-

temporal e a sua duração afastou-a

da intencionalidade dramatúrgica

inicial, da qual é resgatada quando,

no fi m, o corpo desaba inesperada-

mente sobre o chão: na desaparição

brutal dos sinais vitais, vislumbra-

mos o enigma da nossa inexorável

transitoriedade.

Anatomization não transcende

muito as intenções anunciadas, e

o tipo de recurso à tecnologia não

é hoje surpreendente (Pixel, de Rui

Horta, já fora, em 2001, um marco

na dança portuguesa). Tem, não

obstante, o mérito de a colocar ao

serviço de ambientes e ideias con-

ceptualmente bem estruturados;

amiúde, leva-nos a outros planos

poéticos, aos mistérios da biologia.

Surpreende, também, ver Rijmer

em trilhos temáticos tão distintos

dos que lhe conhecíamos (entre

2003-2010, no Ballet Gulbenkian

e na Cª Olga Roriz). A peça deno-

ta ainda uma refrescante energia

anímica, a confl uir com outras a

despontar (enfi m!) na dança por-

tuguesa: em modalidades e graus

de maturação diversos, Victor Hu-

go Pontes, Tânia Carvalho, Marle-

ne Freitas, Victor Dias e Sofi a Roriz,

André Mesquita, Cláudia Dias, Fili-

pa Francisco ou Catarina Câmara

seriam disso exemplo. Afi nal, con-

tra ventos e marés desfavoráveis,

há prenúncios de algo a dar a volta

em Portugal.

Anatomization não transcende muito as intenções anunciadas, e o tipo de recurso à tecnologia não é hoje surpreendente. Mas tem o mérito de a colocar ao serviço de ambientes e ideias conceptualmente bem estruturados

24 | CULTURA | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

GUGA MELGAR

Teatro brasileiro invade Portugal

Depois de primeiras abordagens em

Coimbra, no Teatro Académico Gil

Vicente, e no Porto, no âmbito do

festival FITEI, a verdadeira invasão

começa hoje, em Lisboa, no Teatro

Nacional Dona Maria II, com a Mostra

de Teatro do Brasil. Até 16 de Dezem-

bro serão quase vinte produções a

ocupar as duas salas.

O programa abriu ontem com um

concerto de Bibi Ferreira, presença

continuada em Portugal desde a dé-

cada de 1950, num espectáculo que

revisitará até sábado a sua carreira,

em que se incluem recriações de

Amália Rodrigues e Edith Piaf. Bibi é

um símbolo para uma programação

que assenta no trabalho do actor.

É representativa a abertura por-

que, escreve-se no programa, “se a

cultura é a expressão máxima dos

usos e costumes que formaram e

reúnem estes dois povos, a arte é o

testemunho do imaginário, da inven-

tividade, da vocação transcendente

para humanismos e humanidades

que é a voz das lusofonias”.

Cultura e outros negócios Até Dezembro, o que vamos ver em

Lisboa (com passagem de alguns es-

pectáculos pelo Teatro Nacional São

João, no Porto) signifi ca o quê em ter-

mos concretos? E o que se procura

com esta aposta maciça, quer do pon-

to de vista do investimento quer da

parte das expectativas de recepção,

para um país em plena ascensão que,

noutros planos, nomeadamente o

económico e o da diplomacia externa,

há muito que deixou de ver em Por-

tugal a porta de entrada na Europa?

Para Antonio Grassi, comissário-

geral do Ano do Brasil em Portugal, e

também presidente da Funarte, a en-

tidade que no Brasil representa o Go-

verno na acção cultural, “o universo

cultural exige um investimento muito

alto”, e é “função do Brasil participar

e investir em Portugal”, até porque

a relação entre arte e economia é

muito estreita. Explica o comissário

que a aposta na cultura “pode ser

uma alavanca para outros negócios”.

“Temos perfi s e questões diferen-

tes que podem ser complementares”,

explica quando questionado sobre a

diferença entre a perspectiva cultu-

ral, que é a aposta do Brasil em Por-

Nascimento Missa dos Quilombos (15

a 18 Novembro), projecto de 1981 so-

bre a exclusão social nas sociedades

modernas, e a premiada encenação

de Eduardo Tolentino do drama de

tribunal escrito por Reginald Rose,

Twelve Angry Men, que também foi

fi lme de Sidney Lumet em 1957 (Doze

Homens e Uma Sentença, 5 e 6 Dezem-

bro). E, claro, os universos literários

de Carlos Drummond de Andrade,

Clarice Lispector ou Moacyr Scliar,

transpostos para palco em espectá-

culos que querem mostrar um teatro

diverso.

O foco nos actores, diz Grassi,

parte do desconhecimento que os

próprios brasileiros têm daquilo que

constitui a diversidade regional do

seu teatro. “A gente não tem conhe-

cimento da nossa produção cultural”

e, por isso, esta mostra serve tam-

bém “para a gente se surpreender”.

“O teatro brasileiro precisa ser inter-

nacionalizado”, diz o comissário, que

reconhece que o “andamento dos

procedimentos junto da programa-

ção foi feito tardiamente” e que os

trabalhos de comissariado começa-

ram em cima da programação”. Mas

o que seria visto como um problema,

Grassi entende-o como “um desafi o”.

Não pode ser de outra forma.

Luís Filipe Reis, jornalista do jor-

nal brasileiro O Globo, explicava ao

PÚBLICO, por telefone, que a cir-

culação da criação contemporânea

brasileira é estrita e, na sua relação

com a América do Sul, “é reduzida”

para surpresa dos próprios criado-

res, considerando a proximidade

geográfi ca. Antonio Grassi diz, por

isso, que é preciso “fazer um reforço

na internacionalização” que mostre

a diversidade daquilo que compõe as

artes performativas brasileiras, mes-

mo que o orçamento já esteja conclu-

ído e ainda aguardem novas fontes

de fi nanciamento para os projectos

que decorrerão em 2013.

Serão esses projectos que, entre

os meses de Abril e Junho, ocuparão

outros palcos nacionais, com mode-

los de organização diferenciados. Em

2013, o Ano do Brasil em Portugal

entende apresentar-se em Lisboa,

Coimbra, Faro e Guimarães, mas

desconhece-se ainda a programação.

Certo é que, para Grassi, a presença

do teatro brasileiro em Portugal es-

pelhará a sua diversidade e quer ter

consequências no pós-Ano do Brasil

em Portugal.

Ópera de Milton Nascimento Missa dos Quilombos, de 1981, sobre a exclusão nas sociedades modernas

A Mostra de Teatro do Brasil, que ontem começou no Dona Maria II, em Lisboa, vai trazer um conjunto de espectáculos a velocidade de festival. O comissário Antonio Grassi fala em diálogo e internacionalização.

Artes do palco Tiago Bartolomeu Costa

tugal, e a económica, que representa

a de Portugal no Brasil, cujo comis-

sariado está entregue ao empresário

Miguel Horta e Costa. “A perspectiva

não é apenas a do mercado, nem a

dos números que Portugal pode ofe-

recer por não haver a difi culdade da

língua”, diz o comissário, que se es-

cusa a revelar mais pormenores da

estratégia brasileira, arrematando a

refl exão com uma questão: “Ques-

tionar a necessidade e o modo de

investimento na arte e na cultura,

já seria sufi ciente [para a realização

deste Ano].”

Contas feitas, o orçamento para a

programação de teatro e dança ocu-

pa 30% das verbas previstas, tendo

sido reforçado após uma avaliação

das experiências anteriores, nomea-

damente o Ano do Brasil em França,

em 2010, e a Europália, na Bélgica,

em 2011. “A frequência de público

na Europália foi proporcionalmen-

te inferior no teatro e na dança do

que foi nas exposições”, explica

Grassi, sublinhando que a avalia-

ção permitiu “desenhar outros for-

matos e modelos” que permitissem

um equilíbrio entre o investimento

e o seu impacto junto do público.

Não será por isso um acaso que a

leitura que o Brasil faz da Europa co-

mo um todo seja essencial para com-

preender porque é que em Portugal

a aposta se faz nas artes de palco,

usando a língua como ferramenta de

trabalho. “As artes visuais têm o seu

mercado, precisarão menos de um

mecanismo como este”, diz Grassi, e,

pela relação com a língua, o mercado

português torna-se, então, “a porta

de entrada” na Europa.

Programa variado O programa que hoje começa é, por

isso, variado. Há monólogos, como o

da actriz Marília Pêra, Herivelto como

Conheci (13 a 16 Dezembro), sobre a

vida do músico Herivelto Martins,

há o regresso da Cia dos Actores de

Enrique Diaz, que em 2008 estive-

ram no Centro Cultural de Belém

com reconstruções dos clássicos A

Gaivota e Hamlet, e agora apresen-

tam A Primeira Vista, do canadiano

Daniel Maclvor (1 e 2 Dezembro), de-

ambulação paródica no submundo

da música rock.

Há também a ópera-MPB de Milton

“O universo cultural exige um investimento muito alto”, e é “função do Brasil participar e investir em Portugal”, até porque a relação entre arte e economia é muito estreita, explica o comissário Antonio Grassi, que aposta na cultura como alavanca para outros negócios

26 | LOCAL | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Serviços prestados ao PSD e à Câmara das Caldas pagos em combustível

Empresário de espectáculos abasteceu-se de 8500 litros de gasóleo nas bombas da autarquia dizendo que se ressarcia desta forma de serviços prestados à câmara e à campanha eleitoral do PSD

FERNANDO VELUDO/NFACTOS

As dívidas do PSD reclamadas pelo empresário podem pôr em causa a validade das contas da campanha entregues no Tribunal Constitucional

Entre 2008 e 2011, a empresa Mais

Produções — Produção e Realização

de Espectáculos, Lda abasteceu regu-

larmente as suas viaturas de gasóleo

nas bombas de combustível da Câma-

ra das Caldas da Rainha (utilizadas

para abastecer a frota de veículos da

autarquia) num montante próximo

dos 12.700 euros. O empresário alega

que este valor lhe era devido pelos

serviços prestados durante a campa-

nha eleitoral do PSD em 2009.

Esta prática só foi interrompida em

Maio de 2011 quando o encarregado

das bombas alertou o presidente da

câmara, Fernando Costa, de que o

empresário Alberto Pinheiro, respon-

sável da Mais Produções, continuava

a levantar gasóleo por conta de es-

pectáculos realizados há meses.

É que, e de acordo com o próprio

presidente da câmara, nas Caldas é

normal a autarquia aceitar atestar

com gasóleo os geradores das empre-

sas que realizam eventos para o mu-

nicípio, por forma a compensá-las do

gasóleo despendido na produção de

energia eléctrica para a iluminação

de espectáculos e funcionamento de

equipamentos audiovisuais.

Neste caso, porém, Fernando Cos-

ta achou que 8500 litros de gasóleo

eram de mais e mandou parar o for-

necimento de combustível, instau-

rando um inquérito ao sucedido.

E foi mais longe: suspendeu com a

empresa Mais Produções quaisquer

contratos de prestação de serviços

com a autarquia enquanto o caso não

fi casse esclarecido. Do inquérito, po-

rém, o edil não prestou contas, e o

documento fi cou na gaveta desde há

mais de um ano até à segunda-feira

passada, quando este decidiu levá-lo

à sessão de câmara.

Porquê? Porque Alberto Pinheiro,

sentindo-se lesado com o corte no

abastecimento de gasóleo e o fi m

dos contratos com a câmara, deci-

diu bradar bem alto que parte dos

serviços que lhe deviam até nem era

da autarquia mas sim da campanha

eleitoral do PSD nas autárquicas de

2009. E que esses mesmos serviços

tinham sido feitos a mando do vere-

ador Hugo Oliveira, responsável pelo

pelouro da Juventude e, por isso, um

adjudicante frequente de espectácu-

los e de outros eventos.

O escândalo começou por ser

interno à família social-democrata

caldense. No dia 25 de Outubro, a

comissão concelhia do PSD reuniu-se

com a presença do empresário Alber-

to Pinheiro, que explicou o sucedido

e se assumiu como credor de dez mil

euros daquele partido. Um crédito

que, a confi rmar-se, compromete os

responsáveis políticos locais, porque

as contas da campanha, entregues no

Tribunal Constitucional, deveriam

ter contemplado essas facturas.

Este inquérito, já com 17 meses,

surge agora à superfície, precisamen-

te num período pré-autárquico em

que o PSD caldense discute a suces-

são de Fernando Costa, que há 26

anos preside à câmara e está agora

impedido de se recandidatar em vir-

tude da lei da limitação dos manda-

tos. Hugo Oliveira, que tem o apoio

da JSD local, é um dos candidatos.

Mas disputa o ensejo com os outros

dois vereadores do seu partido: Tin-

ta Ferreira, que tem os pelouros do

Desporto e da Educação, e Maria da

Conceição Pereira, uma histórica do

partido na cidade, responsável pela

Cultura e agora deputada pelo PSD

na Assembleia da República.

Perante o escândalo, a postura dos

dois principais intervenientes neste

assunto é contraditória. Fernando

Costa diz que qualquer vereador ou

director de serviços podia — até Maio

de 2011 — autorizar abastecimentos a

veículos que não fossem da autarquia

(contemplando e co-responsabilizan-

do, assim, toda a vereação). Mas Hu-

go Oliveira diz que a requisição e o

controlo desses fornecimentos eram

feitos pelos serviços camarários, não

havendo até então uma verifi cação

adequada dos mesmos.

O PÚBLICO tentou falar com Al-

berto Pinheiro, que não quis prestar

declarações.

Autarquias Carlos Cipriano

Futuro incerto para Fernando Costa

Senador do PSD não pode recandidatar-se

Fernando Costa, presidente da Câmara das Caldas há 26 anos e agora também presidente da distrital de

Leiria do PSD, vive por estes dias um drama pessoal. Habituado ao poder, senhor de sucessivas maiorias absolutas, que sempre fez questão de recordar aos líderes do seu partido, está na iminência de ficar politicamente desempregado por não se poder recandidatar. Numa altura em que escasseiam os cargos públicos para distribuir aos senadores dos partidos do poder, por força

do emagrecimento do Estado, resta-lhe concorrer à Câmara de Leiria, para o qual já foi desafiado, aspirar a que o seu partido lhe atribua um cargo de relevo ou fazer um interregno político de quatro anos antes de voltar à autarquia das Caldas.

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | LOCAL | 27

A construção do empreendimento hi-

droeléctrico do Alto Tâmega foi sus-

pensa por uma providência cautelar

que acompanha a acção interposta

pela Quercus para anular a Declara-

ção de Impacto Ambiental (DIA) favo-

rável à sua construção. Em declara-

ções à Lusa, o dirigente da Quercus,

João Branco, explicou que a associa-

ção ambientalista interpôs uma ac-

ção contra o Ministério do Ambiente

para anular a DIA “favorável condi-

cionada”, impondo a construção das

três barragens (Gouvães, Alto Tâme-

ga e Daivões) às cotas mais baixas.

As barragens, adiantou, têm im-

pactos ambientais irreversíveis,

violam a lei da água (perda da qua-

lidade) e afectam o lobo ibérico. O

Tribunal Administrativo de Lisboa

considerou, a 28 de Outubro, a ac-

Quercus trava barragens do Alto Tâmega com providência cautelar

ção improcedente, mas o Tribunal

Central Administrativo Sul entende

que a sentença incorreu em erro de

julgamento, considerando-a nula.

“As barragens terão implicações

directas na agricultura, com perda

de terrenos, aliás muitos viticulto-

res mostraram-se preocupados com

as alterações que as massas de água

podem provocar no clima e na quali-

dade do vinho”, disse João Branco.

Referiu ainda o impacto dos em-

preendimentos nas praias do litoral,

pois a areia das praias vem dos rios,

pelo que quantas mais barragens se

construírem, menos areia terão, sen-

do, depois, gastos milhões de euros

na sua reposição.

A construção deste complexo hi-

droeléctrico foi adjudicada à empre-

sa Iberdrola, representa um inves-

timento de 1700 milhões de euros

e faz parte do Plano Nacional de

Barragens.

Ambiente

02/11 a 11/11GolegãInaugura hoje a tradicional Feira Nacional do Cavalo, na Golegã. Até dia 11, há cavalos, provas desportivas e actividades destinadas aos profissionais, amadores ou simples curiosos do mundo equestre. É a feira em que o país tradicional, rural e marialva se passeia ao longo do picadeiro do largo do Arneiro e dos principais arruamentos da vila ribatejana. Ao longo destes dias, dedicados também a S. Martinho, haverá lugar para as mais diversas iniciativas tendo como elo comum a cultura equina. Concursos de atrelagem, apresentação de cavalos puro-sangue, apresentação de cavalos montados, concursos de saltos de obstáculos e de cavalos de sela, além de um contínuo desfile de amazonas, cavaleiros e atrelagens no largo do Arneiro e jogos de horseball integram um programa cheio de actividades dedicadas ao cavalo.

01/11 a 11/11MarvãoA castanha é o pretexto para um Novembro festivo nesta vila alentejana. A festa começou ontem, com a Quinzena Gastronómica da Castanha, durante a qual vários restaurantes do concelho incluem na ementa pratos típicos confeccionados com aquele fruto. Nos dias 10 e 11, há a Festa do Castanheiro e Feira da Castanha. A edição deste ano vai contar com mais de dois mil litros de vinho e cinco toneladas de castanhas, que estarão distribuídas por quatro magustos espalhados pela vila.

10/11 a 18/11BorbaA Festa da Vinha e do Vinho de Borba integra várias feiras temáticas, gastronomia, colóquios, música e degustação de mais de 150 marcas de vinho. Serão oito dias de animação com destaque para os espectáculos musicais. Por lá passarão os Irmãos Verdade (dia 10), Canta Brasil (dia 17), Emanuel (dia 18), entre muitos outros.

09/11 a 18/11Portimão A cidade algarvia cumpre a tradição e festeja o São Martinho

com secular feira que remonta a 1662 onde não vão faltar as castanhas assadas, farturas, pipocas, pão com chouriço e vários espaços de animação.

02/11 a 12/11LisboaAmanhã, o navio Ópera, da Companhia de Cruzeiro Fluviais (CCF), realiza um cruzeiro de S. Martinho pelo rio Tejo com almoço incluído, cujo preço é de 49 euros por pessoa (reservas: 912 787 890 ou pelo email [email protected]). Entre os dias 9 e 12, o Centro de Congressos de Lisboa, reúne mais de 350 produtores de vinhos, queijos, presuntos, enchidos e azeites no Encontro com o Vinho e Sabores.

08/11 a 11/11Loures e Torres VedrasA cidade saloia festeja o São Martinho com o Festival do Cozido Ribeirinho, (Sacavém — zona ribeirinha junto à ponte), de 8 a 11 e as tradicionais Festas da Cidade de Torres Vedras que decorrem até dia 11 junta este ano o primeiro Festival do Vinho de Torres Vedras, onde não vão faltar as tradicionais tasquinhas e a venda de artesanato e doçaria.

Guia do Lazer

1 a 18 de Novembro

Tempo de S. Martinho calor e castanhasA tradição manda que o dia de S. Martinho (11 de Novembro) se festeje com castanhas — assadas, cozidas, fritas... — água-pé ou jeropiga, uma fogueira para saltar e, sobretudo, bom convívio. Por entre os magustos e as provas de vinhos, não falta a música popular, fanfarras, bombos, e claro, muita jeropiga.

Diz a lenda que S. Martinho, um soldado romano, num dia de neve e vendaval, viu um mendigo seminu, cheio de frio, pedindo esmola. O soldado parou o cavalo e, com a sua espada, cortou metade da sua capa e deu-a ao mendigo,

Ver mais emlazer.publico.pt

seguindo caminho. Subitamente, a tempestade desfez-se e o sol aqueceu o cavaleiro. Daí a lenda do Verão em pleno Outono, associado a S. Martinho. Mas como na realidade é Outono,

e os ouriços dos castanheiros já se abriram para deixar cair o seu precioso fruto, estes dias amenos celebram-se ao sabor das castanhas e prova-se o vinho novo.Marco Pulga

SARA MATOS

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TRIBUNAL DE FAMÍLIAE MENORES E DE

COMARCA DO SEIXAL2.º Juízo Cível

Processo: 5460/12.4TBSXLCarta Precatória (DistribuÍda)

ANÚNCIOCabeça de Casal: João Tomaz FerreiraInventariado: José Nunes Martins e outro(s)...Processo de origem:Processo n.º 3619/09.0TCLRSdo Loures - Tribunal Família, Me-nores e Comarca, 6.º Juízo CívelNos autos acima identifi cados foi designado o dia 30-11-2012, pelas 13.55 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do se-guinte bem:Prédio Urbano sito na Rua Virgínia Rau, Lote 5327, Pinhal de Frades, freguesia de Fernão Ferro, con-celho do Seixal, inscrito na matriz sob o art.º 5137 e descrito na C. R. Predial do Seixal sob o n.º 4135/20090129.Valor pelo qual o bem vai à venda: €. 38.132,81, correspondente a 70% do valor-base de € 54.475,44.Não existem créditos reclamados.N/Referência: 9517720Seixal, 04/10/2012

O Juiz de DireitoDr. José Maria de Almeida

GonçalvesA Ofi cial de Justiça

Maria de Lurdes Garcia da Fonseca Correia

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

Tribunal de Família e Menores e de Co-marca de LouresPalácio da Justiça, 2670-502 LouresProcesso: 6218/07.8TCLRSTipo de Execução: Execução para pa-gamento de quantia certa, sob a forma comumExequente: Caixa Económica Montepio GeralExecutado(s): José Júlio Dias AmorimVALOR: 183.752,61 EurosFaz-se saber que nos autos acima identifi -cados, encontra-se designado o dia treze (13) de Novembro de 2012, pelas catorze horas e quinze minutos (14h15m) horas, no Tribunal de Família e Menores e de Comarca de Loures - 2.ª Vara de Compe-tência Mista, para abertura das propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal, pelos interessa-dos na compra do seguinte bem imóvel:VERBA ÚNICA - Prédio urbano sito na Quinta da Caldeira, Lote 3, Unidade 8-A, Edif. Jardim, Praceta Moreira Feio, 2, 2A e 2B, freguesia de Santo António dos Cavaleiros, concelho de Loures, inscrito na Matriz Predial Urbana sob o artigo quinhentos e cinquenta e nove (559.º), da referida freguesia e descrito na 1.ª Con-servatória do Registo Predial de Loures sob o número 80/19891108, fracção BC, da referida freguesiaValor-base: Cinquenta e Cinco (55.000) Mil Euros.Será aceite a proposta de melhor preço

acima do valor correspondente a setenta (70) por cento do valor-base.Os proponentes devem juntar à sua pro-posta, como caução, um cheque visado, à ordem do Solicitador de Execução, no montante de vinte (20) por cento do va-lor anunciado, ou garantia bancária no mesmo valor.Sobre o valor de venda incidirão o Im-posto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (I.M.T.) à Taxa Legal, caso não benefi cie de isenção do mesmo, o Imposto do Selo a que se refere o art.º 1.º, da Tabela Geral do Imposto do Selo e qualquer outro Imposto ou Taxa que lhe seja aplicável. O bem pertence ao Executado, José Júlio Dias Amorim, solteiro, maior.É fi el depositário, o Sr. José Júlio Dias Amorim, residente na Quinta da Caldeira, Lote 3, Unidade 8-A, Edif. Jardim, Praceta Moreira Feio, 2, 2A e 2B, Santo António dos Cavaleiros, Loures, que os deve mostrar a quem apareça interessado na sua compra, mediante prévia marcação com dois dias úteis de antecedência, en-tre as 09h30 horas e as 12h30 horas, nos dias úteis e durante o prazo dos editais e anúncios.Quantia exequenda: 123.842,05 Euros, acrescida de juros e custas prováveis.

O Agente de ExecuçãoJoaquim Ferro Rodrigues

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

JOAQUIM FERRO RODRIGUESAgente de Execução

Cédula Profi ssional n.º 3440

ANÚNCIO

COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTESintra - Juízo Família e Menores - 3.ª Secção

Processo: 9575/08.5TMSNT

ANÚNCIORegulação do Poder PaternalRequerente: Ministério PúblicoRequerido: Filipe Austrelino da Costa Dias e outro(s)...Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, no-tifi cando o Requerido: Filipe Austrelino da Costa Dias, esta-do civil: Solteiro, nascido em 02-02-1986, freguesia de São Jorge de Arroios (Lisboa), nacional de Portugal, BI - 12900918, domi-cílio: Praça Cidade de Omura, Lote 2 - 1.º Fte., Casal de Cotão, 2735-000 Cacém, com última residência conhecida na mora-da indicada, para, no prazo de 15 dias, decorrido que seja o dos éditos, alegar, querendo, o que tiver por conveniente quanto à regulação do exercício das Responsabilidades Paren-tais do seu fi lho Leandro Filipe Paiva Dias.O duplicado da petição inicial encontra-se nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso.N/ Referência: 18850570Sintra, 22-10-2012.

O Juiz de DireitoDr. Paulo Reis

A Escrivão AdjuntoGonçalo Rolo Ângelo

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

VARAS CÍVEISDE LISBOA

8.ª Vara CívelProcesso: 389/11.6TVLSB

ANÚNCIO

Herança JacenteSão citados os credores incertos da herança aber-ta por óbito de MARIA DE LURDES LOBO SI-MÕES, solteira, nascida em 11.03.1923, natural da Encarnação, Lisboa e residente que foi na Casa de Repouso Campos, Ld.ª, sita na Av. Casal Ri-beiro, 12 - 1.º, 1000-092 Lisboa, para no prazo de 15 dias fi ndos os 30 dos éditos, contados da data da segunda e última publicação do anúncio virem aos autos reclamar seus créditos.N/ Referência: 18137230Lisboa, 17-10-2012.

A Juíza de DireitoDr.ª Isabel Maria Socorro

de Matos PeixotoImaginário

O Escrivão AdjuntoAntónio Manuel Pinto

MeirelesPúblico, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

JUÍZOS CÍVEIS DE JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (6.º A 8.º)LISBOA (6.º A 8.º)

8.º Juízo CívelProcesso n.º 295355/11.7YIPRT

ANÚNCIOAção Esp. Cump. Obrig. DL .269/98 (Superior Alçada 1.ª lnst.ª)Autor: Banco Comercial Portu-guês, S.A.Réu: Maria João Pires Dias Silva Pinto e outro(s)...Fica Réu: José Manuel Boa Hora Pinto, NIF - 100773966, domicílio: Rua Maria Andrade, 64, 1.º esq.º Lisboa, 1170-218 Lisboa, com últi-ma residência conhecida na mora-da indicada, citado para contestar, querendo, no prazo de 20 dias contados da data da publicação do último anúncio, a acção acima identifi cada, com a advertência de que na falta de contestação poderá ser conferida força executiva à pe-tição. Fica ainda advertido de que as provas devem ser oferecidas na audiência de julgamento, podendo apresentar até 5 testemunhas e que é obrigatória a constituição de mandatário Judicial.O pedido consiste no pagamento de € 5.426,39, proveniente de con-trato, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à dispo-sição do citando.Lisboa, 12-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Maria dos Anjos Lamelas

A Ofi cial de JustiçaAna Maria Gonçalves

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

N.º do Processo: 542/08.0TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: Banco Espírito Santo, S.A Executado(s): MÁRIO SEBASTIÃO SERROTE AUGUSTO e outrosValor: 71.305,04 €Referência interna: PE/144/2008Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 22 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução, da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: 1/2 da Fracção au-tónoma designada pela letra “AJ”, correspondente ao nono andar direito, destinada a habitação do prédio urba-no em regime de Propriedade Horizon-tai, sito na Rua Melquíades Marques, 37 a 37 C, Quinta da Barroca, freguesia do Cacém, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva-Cacém sob o n.º 283 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1473.

Valor-Base 50.000,00 euros.Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 35.000,00 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas pro-postas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque vi-sado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancá-ria no mesmo valor.O bem pertence aos executados Mário Sebastião Serrote Augusto e Maria Te-reza Semedo, com residência na Rua Melquíades Marques, lote 7-B, 9.º an-dar Dt.º, Agualva-Cacém, fi éis deposi-tários do imóvel, que o devem mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto

Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: [email protected]. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

Adelaide Maria BaútoAgente de Execução

Cédula 1563

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante

propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 1952/11.0TBCTBCastelo Branco - Tribunal Judicial - 1.º JuízoExequente: BANCO ESPÍRITO SAN-TO, SAExecutado(s): MARIA TAVARES CAS-TANHEIRA CARDOSO e outrosValor: 47.817,37 €Referência interna: PE/662/2011Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 10 de Janeiro de 2013, pelas 13.45 horas, no Tribunal Judicial de Castelo Branco - 1.º Juízo, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “N”, correspon-dente ao quinto andar esquerdo, destinada a habitação e arrecadação n.º 11 no sótão do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Tapada João de Almeida, Lote 17, e (Rua Engenheiro Pires Marques N.º 17) lugar e freguesia de Castelo Branco, descrito na Conservatória do Registo Predial de Castelo Branco sob o n.º

2634 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 11751.Valor-base: 127.329,63 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 89.130,74 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque vi-sado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do valor-base do bem, ou garantia bancá-ria no mesmo valor.O bem pertence aos executados Júlio Neves Cardoso e Maria Tavares Casta-nheira Cardoso, com residência na Rua Direita, n.º 12, Oledo, fi éis depositários do imóvel, que o devem mostrar a pe-dido de qualquer interessado.

A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto

Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintra • e.mail: [email protected]. 219233364 - Fax. 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

Adelaide Maria BaútoAgente de Execução

Cédula 1563

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante

propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 651/07.2TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): Banco Espírito Santo, S.A. e outrosExecutado: RUTE ALEXANDRA PIN-TO DE CAMPOS BORGESVaor: 36.399,00 €Referência interna: PE/157/2007Adelaide Maria Baúto, Agente de Execução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: 1/2 da fracção autó-noma designada pela letra “M”, cor-respondente ao terceiro andar frente, destinada a habitação do prédio ur-bano em regime de Propriedade Ho-rizontal, sito na Av.ª Almirante Gago Coutinho, N.ºs 5, 5A e 5C, lugar e freguesia de Mem Martins, descrito na 1.º Conservatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 554 e inscrito na

respectiva matriz sob o artigo 3920.Valor-base: 31.199,14 eurosSerá aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 21.839,40 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence à executada Rute Alexandra Pinto Campos Borges, com residência na Avenida Almirante Gago Coutinho, 5, 3.º Frente, Mem Martins, fi el depositária do imóvel, que o deve mos-trar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto

Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: [email protected]. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

Adelaide Maria BaútoAgente de Execução

Cédula 1563

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante

propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo 430/05.1TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Credor(s): Ministério Público e outrosExecutado(s): CÉLIA MARIA DOS SANTOS MENDES e outrosValor: 110.213,43 €Referência interna: PE/73/2005Adelaide Maria Baúto, Agente de Execução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C. em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 15 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução, da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “G”, correspon-dente ao terceiro andar esquerdo, destinada a habitação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Av. Miguel Bom-barda N.º 120, 122, 124, 126 e 128, lugar e freguesia de Queluz, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 1890 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 889.

Valor-Base: 93.715,00 eurosSerá aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 65.600,50 euros, que correspondente a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º n.º 1 do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado Fran-cisco Fernando Costa Santos, com residência na Avenida Miguel Bom-barda, 124, 3.º Esq.º, Queluz, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer inte-ressado.

A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto

Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: [email protected]. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

Adelaide Maria BaútoAgente de Execução

Cédula 1563

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante

propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 645/06.5TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Credor(s): Ministério Público e outrosExecutado(s): JOSÉ MANUEL MAR-QUES DA SILVA MENDES e outrosValor: 116.272,84 €Referência interna: PE/340/2007Adelaide Maria Baúto, Agente de Execução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 12 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “I”, correspon-dente ao segundo andar direito, des-tinada a habitação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Av.ª Creche Pedro Folque N.º 7, lugar e freguesia de Belas, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 1581 e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 7657.Valor-base: 100.000,00 euros

Será aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 70.000,00 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence aos executados José Manuel Marques da Silva Mendes, com residência na Rua Conselheiro Tarouca, 207, 2.º Dt.º, em Alcoentre, e Cláudia Maria Moreno Seita com residência na Rua Escritor Aquilino Ribeiro, n.º 9, 2.º Esq.º, em Beja, fi éis depositários do imóvel, que o devem mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto

Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintra • e.mail: [email protected]. 219233364 - Fax. 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15:00 às 17:00 horas

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

Adelaide Maria BaútoAgente de Execução

Cédula 1563

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante

propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)

TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE

COMARCA DE LOURES1.ª Vara de Competência MistaProcesso n.º 3034/12.9TCLRS

ANÚNCIOAção Ordinária - Paternidade/MaternidadeAutor: Ministério PúblicoRéu: Rauhl MehtaNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, conta-dos da data da segunda e última publicação do anúncio, citando Réu: Rauhl Mehta, fi lho(a) de Shyam Sunder Mehta e de Nirmal Mehta, nascido em Gadarpur, Udham Dingh Nagar, Índia, com domicílio na Rua Principal, 51, Toulões, 6060-163 Idanha-a-Nova, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s), para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a comina-ção de que a falta de contestação não importa a confi ssão dos fac-tos articulados pelo(s) autor(es) e que, em substância, o pedido consiste em que Saniya Mehta seja reconhecida como fi lha de Rauhl Mehta, para todos os efeitos legais, averbando-se a paternida-de e avoenga paterna respectiva (art.º 1837.º do CC), tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo é contínuo suspendendo-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que Não é obri-gatória a constituição de mandatá-rio judicial.N/Referência: 15364620Loures, 29-10-2012

O Juiz de DireitoDr. António Pedro Ferreira da Hora

A Ofi cial de JustiçaTeresa Correia

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

LisboaRua Viriato, n.º 13

1069-315

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Évora - José Manuel Rebocho RicoRua do Raimundo, 4 - 7000-508

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Público e Classifi cados

Pelo Edital n.º 956/2012, publicado no Diário da Re-pública n.º 209, II Série, de 29.10.2012, encontra-se aberto pelo prazo de 30 (trinta) dias úteis, concurso para um lugar de professor adjunto em regime de contrato de trabalho em funções públicas, por tem-po indeterminado, com um período experimental de cinco anos, para a área disciplinar de Arquitetura Paisagista, especialidade de Planeamento, para o Instituto Politécnico de Portalegre.

31.10.2012

O PresidenteJoaquim António Belchior Mourato

INSTITUTO

POLITÉCNICO

DE PORTALEGRE

29PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 CLASSIFICADOS

Tribunal Judicial de SetúbalRua Cláudio Lagrange, Palácio da Justiça, 2900-587 SetúbalProcesso: 7576/05.4TBSTBTipo de Execução: Execução para pa-gamento de quantia certa, sob a forma comumExequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.Executado(s): Carlos Alberto Martins dos Santos e OutrosVALOR: 152.926,98 EurosFaz-se saber que nos autos acima identifi -cados, encontra-se designado o dia vinte e um (21) de Novembro de 2012, pelas onze (11) horas, no Tribunal Judicial de Setúbal - Vara Mista, para abertura das propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal, pe-los interessados na compra do seguinte bem imóvel:VERBA ÚNICA - Prédio urbano sito na Pra-ceta Joaquina Guerreiro, n.º 5 - 4.º Dt.º, freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, inscrito na Matriz Predial Urbana sob o artigo onze mil oitocentos e sete (11807), da referida freguesia e descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número 15/19841121, fracção J, da referida freguesia de São Sebastião.Valor-base: Setenta e Seis Mil e Quinhen-tos Euros (76.500,00).Será aceite a proposta de melhor preço

acima do valor correspondente a setenta (70) por cento do valor-base.Os proponentes devem juntar à sua pro-posta, como caução, um cheque visado, à ordem do Solicitador de Execução, no montante de vinte (20) por cento do va-lor anunciado, ou garantia bancária no mesmo valor.Sobre o valor de venda incidirão o Im-posto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (I.M.T.) à Taxa Legal, caso não benefi cie de isenção do mesmo, o Imposto do Selo a que se refere o art.º 1.º, da Tabela Geral do Imposto do Selo e qualquer outro Imposto ou Taxa que lhe seja aplicável.O bem pertence ao Executado, Carlos Al-berto Martins dos Santos, casado com Só-nia Cristina Gonçalves Sobral dos Santos, no regime da comunhão de adquiridos.É fi el depositário, o Sr. Carlos Alberto Mar-tins dos Santos, com domicílio na Praceta Joaquina Guerreiro, n.º 5 - 4.º Dt.º, em Setúbal (2900-000), que os deve mostrar a quem apareça interessado na sua com-pra, mediante prévia marcação com dois dias úteis de antecedência, entre as 09:30 horas e as 12:30 horas, nos dias úteis e durante o prazo dos editais e anúncios. Quantia exequenda: 88.389,27 Euros, acrescida de juros e custas prováveis.

O Agente de ExecuçãoJoaquim Ferro Rodrigues

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

JOAQUIM FERRO RODRIGUESAgente de Execução

Cédula Profi ssional n.º 3440

ANÚNCIO

Processo n.º 2635/07.1TBSXLTribunal Família, Menores e Comar-ca do Seixal - 2.º Juízo CívelExecução Comum (Sol. Execução)Ref. Interna: PE/41/2007/SExequente: Banco Comercial Portu-guês, S.A., Sociedade Aberta Execu-tado: Nuno Miguel Saraiva CristinoAgente de Execução, Alexandra Gomes CP 4009, com endereço pro-fi ssional em Rua D. Sancho I, N.º 17 A/B, 2800-712 Almada.Nos termos do disposto nos artigos 875.º e 876.º, ambos do Código de Processo Civil, anuncia-se a adjudi-cação do bem adiante identifi cado:Bem em AdjudicaçãoTIPO DE BEM: ImóvelARTIGO MATRICIAL: 3291 - Fracção “M”; Urbano - Serviço de Finanças de Seixal-2 (3697).DESCRIÇÃO: VERBA 1: Fracção au-tónoma designada pela letra M, cor-respondente ao terceiro andar recua-do, destinado à habitação, do prédio urbano, em regime de propriedade horizontal, sito na Praceta Estêvão Amarante, n.º 9, Amora, descrito sob o n.º 2801, da Freguesia de Amora, Concelho do Seixal e distrito de Se-túbal, inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o n.º 3291.

PENHORADO EM: 04/06/2008INTERVENIENTE ASSOCIADO AO BEM:EXECUTADO: Nuno Miguel Sa-raiva Cristino, solteiro, maior, NIF 216.895.987, Endereço: Praceta Estêvão Amarante, N.º 9, 3.º andar Recuado, Amora.ADJUDICAÇÃO:Foi requerida a adjudicação pelo exequente, Banco Comercial Portu-guês, SA., Sociedade Aberta, NIPC 501.525.882, pelo valor de 62.000,00 euros. Caso pretenda adquirir o imóvel acima descrito deverá apresentar proposta em carta fechada, a ser en-tregue na Secretaria do supra-men-cionado Tribunal, de valor superior a 62.000,00 euros.Encontra-se designada como data para abertura das propostas o dia 19 de Novembro de 2012, pelas 09.30 horas.

A Agente de ExecuçãoAlexandra Gomes

Rua D. Sancho I, n.º 17 A/B2800-712 AlmadaE-mail: [email protected].: 210 833 058 - Fax: 212 743 259

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

Alexandra GomesSolicitadora de Execução

CPN 4009

EDITAL DE ADJUDICAÇÃO

TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE COMARCA DE VILA FRANCA DE XIRA

1.º Juízo Família e MenoresProcesso: 5086/07.4TBVFX

Divórcio Litigioso

ANÚNCIOAutora: Rosária de Fátima NetoRéu: Agostinho Neto GomesNos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, con-tados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) ré(u) Agostinho Neto Gomes, com última residência conhecida em do-micílio: R. João Branco N.º 6, 4.º Dt.º, 2615-000 Sobralinho, para no prazo de 30 dias, de-corrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a presen-te acção, com a indicação de que a falta de contestação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo autor e que em substância o pedido con-siste no Divórcio, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido de que é obriga-tória a constituição de manda-tário judicial.N/Referência: 8520311Vila Franca de Xira, 23/10/2012

A Juíza de DireitoDr.ª Anabela MartinsA Ofi cial de Justiça

Maria de Lurdes MoraisPúblico, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

VARAS CÍVEISDE LISBOA

10.ª Vara CívelProcesso n.º 1260/12.0TVLSB

ANÚNCIOAção Pauliana (Ordinária)Autor: Estado PortuguêsRéu: José Florêncio Simões Castel-Branco e outro(s)...Nos autos acima identifi cados. correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando:a ré Paula Alexandra dos Santos Barros Simões, NIF - 182846911, fi lha de João da Conceição Barros Simões e de Maria Margarida Ferreira dos Santos Barros Simões, natural de Santa Justa - Lisboa, ausente em parte incerta, e com a última residência conhecida na Rua do Sol ao Rato, n.º 70, 1.º, Lisboa, para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, supra-identifi cada, e que, em substância, o pedido consiste em:a) Julgar-se procedente a impugnação da transmissão (doação) do direito de propriedade do 1.º Réu sobre a metade indivisa da fracção autónoma, designada pela letra “C”, correspondente ao primeiro andar para ha-bitação e logradouro, do prédio urbano sito na Rua do Sol ao Rato, n.ºs 68 e 70, em Lisboa, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 257, da freguesia de Santa Isabel, e descrito na 9.ª Conservatória do Registo Predial de Lisboa sob o n.º 511/19880203, e declarar-se a sua inefi cácia perante o Autor.b) Julgar-se procedente a impugnação (doação) do direi-to de propriedade do 1.º Réu sobre o quinhão hereditário na herança com o n.º fi scal 701 556 030 aberta por óbito de seu pai, José Florêncio Botelho Castel-Branco, refe-rente aos bens constantes do Processo de Liquidação de Imposto sobre as Sucessões e Doações n.º 4.222, ins-taurado em 18/10/2002 no Serviço de Finanças de Avis, e declarar-se a sua inefi cácia perante o Autor.c) Julgar-se procedente a impugnação (doação) do direi-to de propriedade do 1.º Réu sobre a metade indivisa da Fracção autónoma, designada pela letra “N”, correspon-dente ao lugar de estacionamento número trinta e oito, piso menos um, do prédio urbano sito na Rua do Sol ao Rato, números 35 a 37, e Rua da Páscoa, número 64, em Lisboa, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1089, da freguesia de Santa Isabel, e descrito na 9.ª Conservatória do Registo Predial de Lisboa sob o n.º 2438/20010529, e declarar-se a sua inefi cácia perante o Autor.d) Declarar-se que a 2.ª Ré deverá restituir as referidas fracções (metades indivisas) e o direito de propriedade sobre o assinalado quinhão hereditário, na medida necessária à satisfação integral do crédito do Autor sobre o 1.º Réu.e) Reconhecer-se que para satisfação integral deste crédito, o Autor pode executar as citadas metades indi-visas das fracções e o aludido quinhão hereditário, no património da 2.ª Ré e tem o direito de sobre aqueles praticar os actos de conservação da garantia patrimonial legalmente autorizados, tudo nos termos dos art.ºs 610.º a 617.º todos do Código Civil, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição da citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertida de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afi xados.N/Referência: 18149826Lisboa, 23-10-2012O Juiz de Direito - Dr. José Manuel Góis Dias Vilalonga

O Ofi cial de Justiça - Assinatura IlegívelPúblico, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

COMARCA DA GRANDE LISBOA - NOROESTE

Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Processo: 3515/09.1T2SNT

ANÚNCIOExecução Comum (custas/multa/coima)Exequente: Ministério PúblicoExecutado: Jorge Eduardo da Silva SimõesNos termos do disposto no artigo 890.º do Código de Processo Civil, nos autos supra-identifi cados foi designado o dia 22-01-2013, pelas 09.30 horas, neste Tribunal, para se proceder à abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento nesta Secretaria, pelos inte-ressados na compra dos bens que adiante se descrevem.Bens em venda:DESCRIÇÃO: Fracção autónoma designa-da pela letra B, do prédio urbano sito na Rua Eugénio de Castro, n.º 6, c/v Esq.ª, 2725 Mem Martins, freguesia de Mem Mar-tins, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sintra-1 sob o n.º 2654 e inscrito na matriz sob o art.º 4137 do serviço de Finanças de Sintra-2.VALOR a anunciar: € 21.700,00Valor-base: € 31.000,00PENHORADO EM: 01-10-2009 ao EXECU-TADO: Jorge Eduardo da Silva Simões, Divorciado, BI - 1312239, NIF - 116352345, Endereço: Av. D. Nuno Álvares Pereira, 43, R/c Esq.º, 2735-000 Cacém.FIEL DEPOSITÁRIO: João Gonçalves Bor-regana, BI - 2417929, NIF - 110361393, Endereço: Rua Professor Dr. Jorge Mineiro, 19 - 1.º Esq.º, Queluz de Baixo, 2745-573 Barcarena.Créditos reclamados e já graduados pela Bolsimo - Gestão de Activos, S.A., no mon-tante de € 58.383,95.Nota: No caso de venda mediante proposta em carta fechada, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor-base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (n.º 1 ao Art.º 897.º do CPC).N/ Referência: 18922990Sintra, 25-10-2012

A Ofi cial de Justiça - Teresa ValePúblico, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

ANÚNCIOComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra

Juízo de Execução - Juiz 2Processo 395/08.8TCSNT

JOSÉ MARIA SOARESSolicitador de Execução

Cédula 2616

Exequente: Caixa Geral de Depó-sitos, S.A.Executados: Mamadu Bailo Baldé.Venda mediante propostas em car-ta fechadaNos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 05 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 ho-ras, neste Tribunal para a abertura de propostas, que até esse mo-mento sejam entregues no referido Juiz 2, do Juízo de Execução, da Comarca da Grande Lisboa - Noro-este - Sintra, pelos interessados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma designada pe-las letras AF, correspondente ao quarto andar C, do prédio urba-no, destinado a habitação, sito na Avenida Veiga da Cunha, n.ºs 8, 10, 10-A, 10-B, 10-C e 12, fregue-sia de Belas, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Re-gisto Predial de Queluz, sob a fi cha 2021/19921202-AF, da freguesia de

Belas, e inscrito na respectiva ma-triz predial urbana sob o art.º 8838.O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer, acima de 70% do valor-base de 80.000,00 euros (oitenta mil euros), ou seja, 56.000,00 euros (cinquenta e seis mil euros).É fi el depositário o executado Ma-madu Bailo Baldé, que a pedido o deve mostrar.O(s) proponente(s) deve(m) juntar à sua proposta, como caução, cheque visado, à ordem do Agente de Execução, no montante corres-pondente a 5% do valor anunciado para a venda.

O Agente de ExecuçãoJosé Maria Soares

Rua Alberto Serpa, 19-A2855-126 St.ª Marta do PinhalTel.: 212532702 Fax.: 212552353E-mail: [email protected]úblico, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

TRIBUNAL JUDICIAL DE SETÚBAL

Vara de Competência MistaProcesso n.º 836/12.0TBSTB

ANÚNCIOProcesso Comum (Tribunal Colectivo)A Mm.ª Juíza de Direito Dr.ª Paula Sá Couto, da Vara de Competência Mista - Tribunal Ju-dicial de Setúbal:Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Coletivo) n.º 836/12.0TBSTB, pendente neste Tribunal contra o arguido Arlindo Balão Fon-seca, fi lho de Horácio Carlos Fonseca e de Maria Dalila Silva Balão, natural de: São Teo-tónio (Odemira), nacional de Portugal, nasci-do em 06-01-1974, Solteiro, NIF - 215723279, BI - 12552728, domicílio: Rua Ivone Silva, 354, R/C Esq.º, 2870-336 Montijo, por se encontrar acusado da prática dos crimes:1 crime de Tráfi co de estupefacientes, p.p. pelo art.º 21.º, n.º 1, do Dec.-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro, com referência às tabelas I-B e I-C, anexas, praticado em 14-09-2010; 1 crime de detenção de arma proibida, p.p. pelo art.º 86.º, n.º 1, al. c), com referência ao art.º 2.º, n.º 1, aI. p), da Lei 5/2006, de 23 de Fevereiro, com a redacção dada pela Lei n.º 12/2011, de 27/04, praticado em 05-04-2011; foi o mesmo declarado contumaz, em 10-10-2012, nos ter-mos do art.º 335.º do C. P. Penal.A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do arguido em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos:a) Suspensão dos termos ulteriores do pro-cesso até à apresentação ou detenção do arguido, sem prejuízo da realização de actos urgentes nos termos do art.º 320.º do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídi-cos de natureza patrimonial celebrados pelo arguido, após esta declaração; c) A inibição de obtenção de bilhetes de identidade, de passaportes, de certidões de assentos de nascimento e de casamento, de certifi cados de registo criminal, de quaisquer licenças ou cartas de condução, de cheques e de cartões de crédito ou de débito.N/ Referência: 11166376Setúbal, 23-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Paula Sá CoutoO Escrivão Adjunto

Paulo A. Esteves RibeiroPúblico, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

VARAS CÍVEISDE LISBOA

2.ª Vara CívelProcesso n.º 1626/12.5TVLSB

ANÚNCIOAção de Processo OrdinárioFaz-se saber que nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da publica-ção do anúncio, citando o Réu: Sin-dicato dos Técnicos de Vendas do Norte e Centro, NIF - 500909156, domicílio: Rua Barão de S. Cosme, 166 - 2.º e 3.º, 4000-501 Porto, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a comina-ção de que a falta de contestação importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância, o pedido consiste na restituição à autora da fracção autónoma, designada pelas letras “AJ”correspondente ao 7.º andar com a letra A do prédio urbano sito em Lisboa, na Av.ª Almirante Reis, n.ºs 76, 7.º A e que seja o Autor ressarcido de todos os prejuízos advindos desta situação, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil.Fica advertido de que é obrigató-ria a constituição de mandatário judicial.N/Referência: 18132683Lisboa, 16-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Cristina Isabel Santos Coelho

A Escrivã AdjuntaHelena Silva

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

ANÚNCIOComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra

Juízo de Execução - Juiz 1Processo 663/08.9TCSNT

JOSÉ MARIA SOARESSolicitador de Execução

Cédula 2616

Exequente: Caixa Geral de Depósi-tos, S.A.Executados: Telmo António Barbosa Alves Barreto e Maria do Céu Coelho Mirandela Barreto.Venda mediante propostas em carta fechadaNos autos acima identifi cados, encontra-se designado o dia 05 de Dezembro de 2012, pelas 09.30 horas, neste Tribunal para a abertura de pro-postas, que até esse momento sejam entregues no referido Juiz 1 do Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra pelos inte-ressados na compra do seguinte bem imóvel:Fracção autónoma designada pela letra A, correspondente ao rés-do-chão - Loja - com entrada pelo n.º 7-A, do prédio urbano, sito na Rua Paio Peres Correia n.ºs 7, 7-A, 7-B, 7-C e 7-D, freguesia de Beato, concelho de Lisboa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lisboa sob a fi cha

103/19860424-A, da freguesia de S. João, e inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o art.º 549.O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer, acima de 70% do valor-base de 40.000,00 euros (quarenta mil euros), ou seja, 28.000,00 euros (vinte e oito mil euros).É fi el depositária a executada Maria do Céu Coelho Mirandela Barreto, que a pedido o deve mostrar.O(s) proponente(s) deve(m) juntar à sua proposta, como caução, che-que visado, à ordem do Agente de Execução, no montante correspon-dente a 5% do valor anunciado para a venda.

O Agente de ExecuçãoJosé Maria Soares

Rua Alberto Serpa, 19-A2855-126 St.ª Marta do PinhalTel.: 212532702 Fax.: 212552353E-mail: [email protected]úblico, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

MARIA LEONOR COSMEAgente de Execução

Cédula 1389

EDITALCITAÇÃO DE AUSENTE

EM PARTE INCERTA(artigos 244.º e 248.º do CPC)

A CITAR: Mara Andreia Maia Pinto CardosoProcesso n.º 1514/06.4TCSNTEXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUAN-TIA CERTA - VALOR: 101.466,57 €Exequente: Caixa Económica Montepio GeralExecutado: Mara Andreia Maia Pinto Cardoso, contribuinte n.º 197554776, com última mo-rada conhecida na Av.ª de Fitares n.º 28, 2.º drt.º, na RinchoaTribunal Comarca da Grande Lisboa - Noroes-te - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 2OBJECTO E FUNDAMENTO DA CITAÇÃO:Nos termos e para os efeitos do artigo 248.º e seguintes do Código do Processo Civil (CPC), correm éditos de 30 (trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anún-cio, citando a executada, Mara Andreia Maia Pinto Cardoso, contribuinte n.º 197554776, com última morada conhecida na Av.ª de Fitares n.º 28, 2.º drt.º, na Rinchoa, freguesia de Rio de Mouro, Concelho de Sintra, para no prazo de 20 (vinte) dias, decorrido que seja o dos éditos, para pagar ou para se opor à execução e, o mesmo prazo à penhora, nos termos do n.º 1 e 2 do artigo 813.º e 864.º do C.P.C. (o duplicado do requerimento execu-tivo e a cópia dos documentos e do auto de penhora encontra-se à disposição do citando na secretaria do Tribunal acima referido).Mais fi ca informado que no prazo da oposição e sob pena de condenação como litigante de má-fé, nos termos gerais, deve indicar os di-reitos, ónus e encargos não registáveis que recaiam sobre a(s) penhora(s) ou a substitui-ção da penhora por caução, nas condições dos termos da alínea a) do n.º 3 e do n.º 5 do artigo 834.º do C.P.C.MEIOS DE OPOSIÇÃO:Nos termos do disposto do artigo 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do processo, para se opor à execução e/ou à penhora é obrigatória a constituição de Advogado.COMINAÇÃO EM CASO DE REVELIA:Caso não se oponha à execução consideram-se confessados os factos constantes no requerimento executivo, seguindo-se os an-teriores termos do processo.PAGAMENTO, DESPESAS E HONORÁRIOS:Poderá efectuar o pagamento da quantia exequenda, acrescida de juros e despesas previsíveis nos termos do artigo 821.º do C.P.C., no escritório do signatário (dias e horas constantes do rodapé) em dinheiro ou cheque visado. Após e realização da pe-nhora, o valor dos honorários e despesas do Agente de Execução sofrerá agravamento de acordo com a Tabela publicada em Anexo à Portaria n.º 708/2003, de 04/08.A Agente de Execução - Maria Leonor CosmeRua José Bento Costa n.º 9, R/C Dt.ºPortela de Sintra - 2710-428 SintraTelef. 219106820 - Fax 219106829e.mail: [email protected]ário de atendimento: Todos os dias úteis das 15.00h às 17.00h

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

Processo n.º 138/09.9TCSNT - Execução ComumExequente: BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A.Executado(s): SORI BALDÉ E OUTRO(S)… Valor: 87.024,26 euros. Nos termos do artigo 875.º do CPC, a exequente BANCO COMER-CIAL PORTUGUÊS, S.A., requereu a adjudicação do seguinte bem: Fração autónoma designada pela letra “L” que corresponde ao 3.º andar frente, destinado a habitação, do prédio urbano sito na Rua Aquiles Machado, n.º 15, freguesia e concelho de Queluz, inscrito na matriz sob o art.º 3013, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 117 da mencionada freguesia, com o valor tributável de 47.901,38 euros, penhorada em 23/04/2009, pelo montante de 43.020,00 euros, pelo que foi designado o dia 16 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas na Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Exceução - Juiz 1, sito na Av. Gen. Mário Firmino Miguel, 2, Palácio da Justiça, Sintra, para venda por abertura de propostas em carta fechada que sejam entregues na secretaria pelos interessados na compra do bem supra-identifi -cado. Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 85.680,00 euros. É fi el depositário o executado SORI BALDÉ que deverá mostrar o imóvel mediante marcação prévia.

O Solicitador de ExecuçãoManuel Vaz de São Payo

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

Manuel Vaz de São PayoSolicitador de Execução

Cédula n.º 3611

ANÚNCIOComarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1

Av. Gen. Mário Firmino Miguel, 2, Palácio da Justiça, Sintra

N.º do Processo: 796/08.1TCSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente(s): BANCO ESPÍRITO SAN-TO, S.A., e outrosExecutado(s): JOSÉ MARIA TAVARES MASCARENHAS e outrosValor: 110.976.14 €Referência interna: PE/37/2008Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, 8, 3.º C, em Sintra, faz saber que nos autos acima indicados, encontra-se designado o dia 29 de Janeiro de 2013, pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostas.BEM A VENDER: Fracção autónoma designada pela letra “N”, correspon-dente ao R/C direito, destinada a habi-tação do prédio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Praceta Leonor Afonso N.º 20 e 20 A, lugar e freguesia de Monte Abraão, descrito na Conservatória do Registo Predial de Queluz sob o n.º 349 e inscrito na res-pectiva matriz sob o artigo 464.

Valor-base: 95.122,41 eurosSerá aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 66.585,68 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garantia bancária no mesmo valor.O bem pertence ao executado José Maria Tavares Mascarenhas, com resi-dência na Praceta Leonor Afonso, n.º 20, r/c Dt.º, em Queluz, fi el depositário do imóvel, que o deve mostrar a pedi-do de qualquer interessado.

A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto

Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: [email protected]. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

Adelaide Maria BaútoAgente de Execução

Cédula 1563

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante

propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)

N.º do Processo: 7149/08.0TMSNTComarca da Grande Lisboa-Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1Exequente: Caixa de Crédito Agríco-la Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.Executado(s): Bemposta e Pires - Co-mércio de Marisco, Lda. e outrosValor: 31.920,36 €Referência interna: PE/452/2008Adelaide Maria Baúto, Agente de Exe-cução, com escritório na Av.ª Dr. Álva-ro de Vasconcelos, 8. 3.º C. em Sintra, faz saber que nos autos acima indica-dos, encontra-se designado o dia 29 de Janeiro de 2013 pelas 09.30 horas, no Juízo de Execução da Comarca da Grande Lisboa-Noroeste-Sintra-Juiz 1, para abertura de propostasBEM A VENDER: Usufruto da Fracção autónoma designada pela letra “T”, correspondente ao segundo andar direito, destinada a habitação do pré-dio urbano em regime de Propriedade Horizontal, sito na Av.ª Via Láctea N.º 31, Serra das Minas, descrito na 2.ª Conservatória do Registo Predial de Sintra sob o n.º 391 e inscrito na res-

pectiva matriz sob o artigo 5998.Valor-base: 25.000,00 eurosSerá aceite a proposta de melhor pre-ço acima do valor de 17.500,00 euros, que corresponde a 70% do valor-base, não podendo ser consideradas propostas de valor inferior.Nos termos do artigo 897.º, n.º 1, do C.P.C., os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do Agente de Execu-ção, no montante correspondente a 20% do valor-base do bem, ou garan-tia bancária no mesmo valor.O bem pertence à executada Ana Maria Rosa das Graças Pinto, com residência na Av.ª Via Láctea, n.º 31, 2.º Dt.º, Ser-ra das Minas, Rio de Mouro, fi el depo-sitária do imóvel, que o deve mostrar a pedido de qualquer interessado.

A Agente de ExecuçãoAdelaide Maria Baúto

Av.ª Dr. Álvaro de Vasconcelos, n.º 8 - 3.º C2710-420 Sintrae.mail: [email protected]. 219233364 - Fax 219105158Horário de atendimento: Dias úteis das 15.00 às 17.00 horas

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

Adelaide Maria BaútoAgente de Execução

Cédula 1563

ANÚNCIOVenda judicial de Bem Imóvel mediante

propostas em Carta Fechada(Art.º 890.º do C.P.C.)

ANÚNCIOCITAÇÃO EDITAL

Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Ju-ízo de Execução - Juiz 1Processo: 766/07.7TCSNT - Execução para Paga-mento de Quantia CertaExequente: Databox Informática, SAExecutados: Luís Manuel Deira de Sousa e outro(s)Valor: 56.726,00 €

CITAÇÃO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA (ARTIGOS 248.º E 249.º DO C.P.C.)

A CITAR: Susana Margarida Domingues FerreiraObjecto e fundamento da citação: Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º e ss., do Código de Processo Cível, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando Susana Margarida Domingues Ferreira, com última residência na Urbanização das Trigueiras, lote vinte e cinco, freguesia das Caldas da Rainha, concelho de Leiria, para no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou para se opor à execução supra-referenciada, nos termos dos artigos 812.º, n.º 6 e 813.º, n.º 1, ambos do CPC. O duplicado do requerimento executivo e a có-pia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.Meios de Oposição: Nos termos do art.º 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do pro-cesso, para se opor à execução é obrigatória a constituição de advogado.Cominação em caso de revelia: Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pagar ou caucionar a quantia exequenda, seguem-se os termos do art.º 832.º do CPC, sendo promovida a penhora dos bens necessários para garantir o pa-gamento da quantia exequenda, acrescidos de 10%, nos termos do disposto no art.º 821.º do CPC.Pagamento de Despesas e Honorários: Pode efec-tuar o pagamento da quantia exequenda mediante o levantamento de guia de depósito junto do escritório do signatário. Pode igualmente solicitar, a qualquer momento, na secretaria do tribunal, ainda que ver-balmente, guias para depósito da parte líquida ou já liquidada do crédito do exequente que não estejam solvidos pelo produto da venda ou adjudicação de bens. À quantia exequenda acrescem, além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça e os honorários e despesas do Agente de Execução. Após a realização da penhora o valor dos honorários e despesas sofrerá agravamentos, de acordo com a tabela publicada em anexo com a Portaria 708/2003 de 04/08.sEste edital encontra-se afi xado na porta do último domicílio conhecido do citando, na Junta de Fregue-sia respectiva e na Comarca da Grande Lisboa - No-roeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”. Os referidos prazos começam a contar da data de publicação do último anúncio.

O Agente de ExecuçãoVilhena Gavinho

Rua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Cor-roios. Tel.: 21 253 78 04/05 - Fax: 21 253 44 10

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

VILHENA GAVINHOAgente de Execução

Cédula 3580

ANÚNCIOCITAÇÃO EDITAL

Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Ju-ízo de Execução - Juiz 1Processo: 766/07.7TCSNT - Execução para Paga-mento de Quanta CertaExequente: Databox Informática, SAExecutados: Luís Manuel Deira de Sousa e outro(s)Valor: 56.726,00 €

CITAÇÃO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA (ARTIGOS 248.º E 249.º DO C.P.C.)

A CITAR: Luís Manuel Deira de Sousa.Objecto e fundamento da citação: Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º e ss., do Código de Processo Cível, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando Luís Manuel Deira de Sousa, com última residência na Urbanização das Trigueiras, lote vinte e cinco, freguesia das Caldas da Rainha, concelho de Leiria, para no prazo de 20 dias, decor-rido que seja o dos éditos, pagar ou para se opor à execução supra-referenciada, nos termos dos arti-gos 812.º, n.º 6, e 813.º, n.º 1, ambos do CPC. O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria da Comarca da Grande Lisboa - Noro-este - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.Meios de Oposição: Nos termos do art.º 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do pro-cesso, para se opor à execução é obrigatória a constituição de advogado.Cominação em caso de revelia: Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pagar ou caucionar a quantia exequenda, seguem-se os termos do art.º 832.º do CPC, sendo promovida a penhora dos bens necessários para garantir o pa-gamento da quantia exequenda, acrescidos de 10%, nos termos do disposto no art.º 821.º do CPC.Pagamento de Despesas e Honorários: Pode efec-tuar o pagamento da quantia exequenda mediante o levantamento de guia de depósito junto do escritório do signatário. Pode igualmente solicitar, a qualquer momento, na secretaria do tribunal, ainda que ver-balmente, guias para depósito da parte líquida ou já liquidada do crédito do exequente que não estejam solvidos pelo produto da venda ou adjudicação de bens. À quantia exequenda acrescem, além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça e os honorários e despesas do Agente de Execução. Após a realização da penhora o valor dos honorários e despesas sofrerá agravamentos, de acordo com a tabela publicada em anexo com a Portaria 708/2003 de 04/08.Este edital encontra-se afi xado na porta do último domicílio conhecido do citando, na Junta de Fregue-sia respectiva e na Comarca da Grande Lisboa - No-roeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”. Os referidos prazos começam a contar da data de publicação do último anúncio.

O Agente de ExecuçãoVilhena Gavinho

Rua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Cor-roios. Tel.: 21 253 78 04/05 - Fax: 21 253 44 10

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

VILHENA GAVINHOAgente de Execução

Cédula 3580

ANÚNCIOCITAÇÃO EDITAL

Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Ju-ízo de Execução - Juiz 1Processo: 766/07.7TCSNT - Execução para Paga-mento de Quantia CertaExequente: Databox Informática, SAExecutados: Luís Manuel Deira de Sousa e outro(s)Valor: 56.726,00 €

CITAÇÃO DE AUSENTE EM PARTE INCERTA (ARTIGOS 248.º E 249.º DO C.P.C.)

A CITAR: Compbit - Distribuição Informática, Lda.Objecto e fundamento da citação: Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 248.º e ss., do Código de Processo Cível, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publi-cação do anúncio, citando Compbit - Distribuição Informática, Lda., com última residência na Rua dos Romeiros, lote 1 A/B, freguesia de Leiria, concelho de Leiria, para no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ou para se opor à execução supra-referenciada, nos termos dos artigos 812.º, n.º 6, e 813.º, n.º 1, ambos do CPC. O duplicado do requerimento executivo e a cópia dos documentos encontram-se à disposição do citando na secretaria da Comarca da Grande Lisboa - Noroeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.Meios de Oposição: Nos termos do art.º 60.º do C.P.C. e tendo em consideração o valor do pro-cesso, para se opor à execução é obrigatória a constituição de advogado.Cominação em caso de revelia: Caso não se oponha à execução no prazo supra-indicado e não pagar ou caucionar a quantia exequenda, seguem-se os termos do art.º 832.º do CPC, sendo promovida a penhora dos bens necessários para garantir o pa-gamento da quantia exequenda, acrescidos de 10%, nos termos do disposto no art.º 821.º do CPC.Pagamento de Despesas e Honorários: Pode efec-tuar o pagamento da quantia exequenda mediante o levantamento de guia de depósito junto do escritório do signatário. Pode igualmente solicitar, a qualquer momento, na secretaria do tribunal, ainda que ver-balmente, guias para depósito da parte líquida ou já liquidada do crédito do exequente que não estejam solvidos pelo produto da venda ou adjudicação de bens. À quantia exequenda acrescem, além dos juros calculados nos termos do pedido, a taxa de justiça e os honorários e despesas do Agente de Execução. Após a realização da penhora o valor dos honorários e despesas sofrerá agravamentos, de acordo com a tabela publicada em anexo com a Portaria 708/2003 de 04/08.Este edital encontra-se afi xado na porta do último domicílio conhecido do citando, na Junta de Fregue-sia respectiva e na Comarca da Grande Lisboa - No-roeste - Sintra - Juízo de Execução - Juiz 1.São também publicados dois anúncios consecutivos no jornal “Público”. Os referidos prazos começam a contar da data de publicação do último anúncio.

O Agente de ExecuçãoVilhena Gavinho

Rua Casa do Povo, n.º 57-A, 1.º Dt.º, 2855-110 Cor-roios. Tel.: 21 253 78 04/05 - Fax: 21 253 44 10

Público, 02/11/2012 - 1.ª Pub.

VILHENA GAVINHOAgente de Execução

Cédula 3580

TRIBUNALADMINISTRATIVO E FISCAL DE ALMADA

1.ª Unidade OrgânicaProcesso n.º 414/05.0BEALM-A

ANÚNCIOVENDA IMÓVEL POR PROPOSTAS

EM CARTA FECHADAExecuções (D.L. 825/05)Intervenientes:Exequente: Ministério PúblicoExecutada: Maria Rafaela Braga AlbinoNos termos do artigo 890.º do Có-digo de Processo Civil anuncia-se a venda do bem imóvel adiante indicado:“Fracção autónoma designada pela letra “F” correspondente ao segundo andar letra “B”, desti-nada a habitação, com um lugar demarcado na cave com o n.º 4 destinado a parqueamento do pré-dio urbano em regime de proprie-dade horizontal sito na Av.ª Mestre de Lima Freitas, 22, freguesia de S. Sebastião, concelho de Setúbal, descrita na 2.ª Conservatória de Registo Predial e Comercial de Se-túbal sob o n.º 3785/19960814-F, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 16.607.”Venda a realizar mediante apre-sentação de propostas em carta fechada, tendo sido fi xado o valor-base de 110.000,00 €, não sendo consideradas propostas de valor inferior a 70% desse valor - artigo 889.º, n.º 2 do C.P.C., devendo as propostas dar entrada na Se-cretaria do Tribunal até ao fi m do dia 7 de Dezembro de 2012, pelos interessados na compra do bem, tendo sido designado o dia 10 de Dezembro de 2012, pelas 14 horas, para abertura de propostas.Juntamente com as propostas, deve ser apresentado cheque vi-sado, à ordem da Secretaria, no montante correspondente a 20% do valor-base, ou garantia bancá-ria no mesmo valor, nos termos do artigo 897.º do C.P.C., na redac-ção que lhe foi dada pelo DL n.º 38/2003 de 8 de Março.

O Juiz de DireitoJorge Martins Pelicano

A Ofi cial de JustiçaTeresa Cristina Campos

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES E DE

COMARCA DE LOURES2.ª Vara de Competência Mista

Processo: 4192/04.1TCLRS

ANÚNCIOAção Ordinária - Paternidade/Mater-nidadeAutor: Ministério PúblicoRéu: Ilídio Lineu Monteiro e outro(s)...Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anún-cio, citando Réu: Ilídio Lineu Monteiro, fi lho de Eduardo Monteiro e de Ana Maria da Silva, nascido em 31-10-1985, natural de Guiné-Bissau, nacio-nal de Guiné-Bissau, domicílio: Liceu Nacional Kwame N Krumah, Bissau, Guiné-Bissau, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, que-rendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que, em substância, o pedido consiste em julgar habilitado o Réu como herdeiro de Eduardo Mon-teiro, para com ele seguir a presente acção, a qual, a fi nal deve ser julgada procedente, por provada e, em con-sequência reconhecendo-se o menor Eduardo Fábio Silva como fi lho de Eduardo Monteiro e em consequência, o averbamento de tal paternidade no assento de nascimento daquele, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo é contínuo suspendendo-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.N/ Referência: 15348996Loures, 26-10-2012

A Juíza de DireitoDr.ª Sara Pina CabralA Ofi cial de JustiçaAnabela Caldeira

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

JUÍZOS CÍVEIS DE JUÍZOS CÍVEIS DE LISBOA (6.º A 8.º)LISBOA (6.º A 8.º)

8.º Juízo CívelProcesso n.º 2510/12.8YXLSB

ANÚNCIOAcção de Processo SumárioAutora: Maria José Moreira Concei-ção FontesRéu: José Luís Moreira dos SantosNos autos acima identifi cados, cor-rem éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citandoRéu: José Luís Moreira dos San-tos, estado civil: divorciado, NIF - 184135222, domicílio: Rua Conde das Antas, n.º 26 - 3.º, Campolide, 1070-070 Lisboa, com última resi-dência conhecida na(s) morada(s) indicada(s), para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contes-tação importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que, em substância, o pedido consiste na resolução do contrato de arrenda-mento, devendo o réu desocupar e entregar à autora o local arrendado, livre de pessoas e coisas, bem como as rendas vencidas no montante de € 4.500,00, e as vincendas, até efec-tiva desocupação e entrega do local arrendado, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à dis-posição do citando.O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.Lisboa, 26-10-2012

O Juiz de DireitoDr. Virgílio Augusto Meireles

O Ofi cial de JustiçaJosé Joaquim Conceição

Público, 02/11/2012 - 2.ª Pub.

Lisboa

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CINEMAEra Uma Vez na AnatóliaTítulo original: Bir zamanlar Anadolu’daDe: Nuri Bilge CeylanCom: Muhammet Uzuner, Yilmaz Erdogan, Taner BirselTurquia, 2011, 150 min.TVC2HD, 22h00Estreia em tv. Na cidade de

Keskin, Turquia, uma caravana

(com advogados, coveiros,

polícias e um médico legista)

segue pelas estepes da Anatólia

em busca de um corpo. Kenan,

suspeito do homicídio, guia

aqueles homens pela região

tentando recordar-se do local

onde sepultou o corpo. Diz

que estava alcoolizado, que

está confuso. Até que, depois

de uma longa e exaustiva

viagem, encontram o lugar que

procuravam. O dia desperta, a

vítima é recolhida e autopsiada

ao mesmo tempo que a esposa do

falecido chega para reconhecer

o corpo. E é então que a causa e

o motivo do crime são revelados.

Realizado pelo turco Nuri Bilge

Ceylan (Os Três Macacos, Uzak -

Longínquo), o fi lme foi um dos

vencedores do grande prémio do

júri no Festival de Cannes de 2011,

ex aequo com O Miúdo da Bicicleta,

de Jean-Pierre Dardenne e Luc

Dardenne. Ceylan viu o seu nome

indicado para a Palma de Ouro.

O Mal Casado [The Heartbreak Kid]Hollywood, 21h30Solteiro e à beira dos 40, Eddie

(Ben Stiller) está fi nalmente

preparado para o romance. Só

precisa de encontrar a mulher

certa. Ao impedir um suposto

assalto nas ruas de São Francisco,

Eddie conhece Lila e ela parece-

lhe ser a mulher perfeita. Mas a

caminho do México e da lua-de-

mel, Eddie descobre que o seu

anjo tem afi nal hábitos estranhos

e um desejo insaciável por sexo

selvagem e atlético. E, quando

chegam ao resort, Lila passa de

uma mulher doce a um monstro

com um passado sórdido. De

Bobby Farrelly e Peter Farrelly.

Imortais [Immortals]TVC1HD, 21h30O cruel Exército do rei Hyperion

(Mickey Rourke) percorre todo

o império grego destruindo

aldeias e massacrando os povos

que encontra pelo caminho.

Este rei sanguinário não deixará

que ninguém se intrometa no

seu objectivo: libertar o poder

dos Titãs adormecidos e, com a

sua ajuda, destruir os deuses do

Olimpo e toda a Humanidade.

Nada nem ninguém parece capaz

de parar a força destrutiva de

Hyperion. Até o jovem Theseus

(Henry Cavill) jurar vingar a sua

mãe, selvaticamente assassinada.

Assim, com a ajuda de Phaedra

(Freida Pinto), Theseus reúne um

pequeno grupo de seguidores e

enfrenta o seu destino. De Tarsem

Singh.

Saw - Enigma Mortal [Saw] FOX MOVIES, 22h00Um perturbado assassino em

série leva as suas vítimas aos

limites, obrigando-as a jogos

macabros cujo resultado é a vida

ou a morte. É nessa situação que

o jovem Adam e o Dr. Lawrence

Gordon acordam, acorrentados

e com um cadáver entre os dois.

Nenhum sabe por que foi raptado,

mas o assassino deixou numa

cassete as regras do jogo: o Dr.

Gordon terá de matar Adam. Caso

fracasse, toda a sua família será

chacinada... De James Wan.

A Última Ceia II [The Last Supper] AXN BLACK, 22h32Quando o liberal Pete (Ron

Eldard) convida Zack (Bill

Paxton), um homem que lhe

deu uma boleia, para jantar, a

noite toma rumos imprevistos.

Zack é racista e intolerante e,

quando ataca Pete, acaba por

ser acidentalmente morto pelos

amigos deste. Depois desta

experiência, os amigos decidem

continuar a livrar o mundo de

pessoas más e intolerantes. Uma

comédia negra de Stacy Title, com

Cameron Diaz.

DESPORTO

Futsal: Argentina x MéxicoRTP2, 11h52Directo. Jogo da fase de grupos do

Campeonato do Mundo de futsal,

que se realiza na Tailândia até 18.

Argentina e México integram o

grupo D que junta ainda Itália e

Austrália.

Futebol: FC Porto x MarítimoSPTV1, 20h15Directo. Jogo da 8.ª jornada da I

Liga. Dragões deverão aproveitar

a vantagem de jogar em casa

para segurar o 1.º posto da

tabela, que dividem com

encarnados.

SÉRIES

Sob SuspeitaRTP2, 22h48O jogo do gato e do

rato de Reese e Finch

com a detective Carter

complica-se depois

da máquina criada pelo

primeiro para prever

crimes que ameacem a

segurança

nacional indicar que ela é a nova

“pessoa de interesse”. Com Jim

Caviezel, Taraji P. Henson e Kevin

Chapman.

Uma Família Muito Moderna

FOX Life, 19h52

2 episódios.

O

atribulado

dia-a-dia de

uma típica

família do

século XXI.

Num registo

documental,

com relatos

fi ccionais dos

personagens,

Era Uma Vez na Anatólia

Sob Suspeita

g j g

para segurar o 1.º posto da

tabela, que dividem com

encarnados.

SÉRIES

Sob SuspeitaRTP2, 22h48O jogo do gato e do

rato de Reese e Finch

com a detective Carter

complica-se depois

da máquina criada pelo

primeiro para prever

crimes que ameacem a

segurança

Uma Família MuitoModerna

FOX Life,191 h52

2 episódios.

O

atribulado

dia-a-dia de

uma típica

família do

século XXI.

Num registo

documental,

com relatos

fi ccionais dos

personagens,

Os mais vistos da TVTerça-feira, 30

FONTE: CAEM

SICSICTVISICTVI

16,216,115,614,412,1

Aud.% Share

37,032,631,929,424,7

RTP1

2:

SICTVI

Cabo

14,7%%

2,8

24,4

24,2

23,2

GabrielaDancin' DaysSecret Story 3 - NomeaçõesJornal da NoiteJornal das 8

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | 31

compõe-se uma (premiada)

sátira a uma grande, hetero, gay,

multicultural, tradicional e etc.

família feliz. No elenco, Sofía

Vergara, Julie Bowen, Ed O’Neil

ou Ty Burrell.

Mentes CriminosasAXN, 21h30Dois episódios da 7.ª temporada.

A brigada de criminalistas de

elite, especialista em assassinos

em série, com duas investigações

pela noite dentro. Primeiro, uma

série de assaltos na Califórnia, que

aparenta estar relacionado com

gangs locais, vai revelar algo mais

macabro. Depois, a equipa segue

para Atlanta onde uma vaga de

assassinatos de mulheres pode

estar relacionada com mais de um

suspeito.

MAGAZINES

Dia Mundial da PoupançaRTP2, 14h00Em mais um Sociedade Civil, uma

conversa sobre como disciplinar

gastos e evitar situações de sobre-

-endividamento. Como fazer um

orçamento mensal: o que poupar,

em que gastar... Apresentação de

Fernanda Freitas.

5 Para a Meia-NoiteRTP1, 23h37O verbo da semana é malhar —

i.e., bater, censurar, criticar — e

Nilton fecha o ciclo de cinco

dias com José Gomes Ferreira, o

subdirector de informação da SIC

cujas críticas à política orçamental

do actual Executivo se têm

destacado.

INFANTIL

O Gato das Botas (V.P.)TVC1HD, 11h20Há muito, muito tempo, no

país dos contos de fadas, vivia

o lendário Gato das Botas, um

corajoso felino possuidor de

um génio peculiar e de uma

coragem sem limites. Apesar da

sua reputação em todo o reino, o

seu carisma e sedução são postos

à prova quando conhece Kitty

Patas Fofas, uma misteriosa gata

mascarada, que não tenciona

deixar-se levar em miaus e que ele

descobre estar ligada a Humpty

Alexander Dumpty, um seu amigo

de infância. Os três acabam assim

envolvidos num plano de assalto a

Jack e Jill, dois terríveis bandidos

na posse de um antigo poder que

ameaça o mundo. De Chris Miller.

A versão original passa às 20h.

DOCUMENTÁRIOS

Portugueses Pelo Mundo: CasablancaRTP1, 22h45Amílcar Faustino, 62 anos,

director de uma empresa de

Telecomunicações; Jorge Ramos,

39 anos, engenheiro mecânico;

Regina Soares da Silva, 55 anos,

professora; Maria Teles da Silva,

37 anos, empresária. Portugueses

que em comum têm o facto

de residirem na marroquina

Casablanca, entre todos os seus

contrastes: pobreza extrema

vs. ostentação, tradição vs.

modernidade.

Mandela, Em Nome da LiberdadeRTP2, 23h36

Um retrato do homem por detrás

da lenda. O documentário dá a

conhecer Nelson Mandela (n.1918),

activista pelo fi m do apartheid

que chegou a Presidente da África

do Sul depois de ter sido mantido

em cativeiro por 28 anos, desde

as suas humildes origens até se

tornar numa das personalidades

mais aclamadas do planeta. Em

1993 foi galardoado com o Prémio

Nobel da Paz.

A Reconstrução do Ground Zero Odisseia, 23h00Com acesso ao local das obras,

garantido pela Autoridade

Portuária de Nova Iorque, o

documentário segue, ao longo

de cinco anos, os trabalhos de

reconstrução do Ground Zero,

entre a erigir de um arranha-céus

e a edifi cação de um memorial

em honra das vítimas do 11 de

Setembro.

RTP106.30 Bom Dia Portugal 10.00 Praça da Alegria - Directo 13.00 Jornal da Tarde 14.15 Vidas em Jogo 15.12 Portugal no Coração - Directo 18.00 Portugal em Directo 19.10 O Preço Certo 19.55 Direito de Antena 20.00 Telejornal 21.00 Sexta às 9 - Directo 21.40 Decisão Final 22.45 Portugueses Pelo Mundo - Casablanca (Marrocos) 23.37 5 Para a Meia-Noite - Nilton convida José Gomes Ferreira 00.49 True Justice - Série policial de acção com Steven Segal 01.38 RTP Artes 02.15 Ribeirão do Tempo

RTP207.00 Zig Zag 11.52 Futsal: Argentina x México - Campeonato do Mundo 2012 13.31 Zig Zag 14.00 Sociedade Civil 15.32 Diário Câmara Clara 15.41 Com Ciência 16.11 National Geographic: Grandes Migrações 17.04 Zig Zag 18.00 A Fé dos Homens 18.33 Duas Miúdas nas Lonas 18.56 Consigo 19.24 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 19.56 Zig Zag 21.09 National Geographic: Grandes Migrações: A Ciência das Migrações 22.00 Hoje 22.37 Diário Câmara Clara 22.48 Sob Suspeita 23.36 Mandela, Em Nome da Liberdade 00.34 Palcos - Fados de Março 02.46 Consigo 03.14 A Entrevista de Maria Flor Pedroso 03.47 Euronews 04.18 24 Horas 05.21 Diário Câmara Clara 05.30 Sociedade Civil

SIC06.00 Jornal de Síntese 07.00 Edição da Manhã 08.10 Tween Box: Tower Prep 09.10 Cartas da Maya - O Dilema 10.15 Querida Júlia 13.00 Primeiro Jornal 14.25 Toca a Mexer - Diário 14.50 Podia Acabar o Mundo 15.55 Boa Tarde 18.30 Fina Estampa 20.00 Jornal da Noite 21.40 Dancin´ Days 22.40 Gabriela 23.30 Avenida Brasil 00.20 Toca a Mexer - Diário 00.45 Mentes Criminosas - Conduta Suspeita 01.35 Investigação Criminal 02.30 Volante 02.55 Maré Alta

TVI 06.30 Diário da Manhã 10.12 Você na TV! - Directo 13.00 Jornal da Uma 14.45 Tempo de Viver 16.00 A Tarde é Sua - Directo 18.30 Doida Por Ti 20.00 Jornal das 8 - Inclui Euromilhões 21.37 Casa dos Segredos: Diário 22.40 Louco Amor 00.00 Doce Tentação 00.30 Casa dos Segredos: Extra 01.55 Big Game 02.45 Mistura Fina 04.45 Tv Shop

TVC1 7.45 O Bom Coração 9.25 O Verão do Skylab 11.20 O Gato das Botas (V.P.) 12.55 A Toupeira 15.05 O Bom Coração 16.45 Spy Kids: Todo O Tempo Do Mundo 18.10 O Verão do Skylab 20.00 O Gato das Botas (V.O.) 21.30 Imortais 23.25 Rédea Solta 1.10 A Toupeira 3.15 Imortais 5.10 Era Uma Vez Na Anatólia

FOX MOVIES11.34 Nicky 13.02 Top Gun - Ases Indomáveis 14.49 A Ilha do Dr. Moreau 16.23 O Apóstolo 18.33 Amigas 20.13 Procurado 22.00 Saw - Enigma Mortal 23.41 Saw II - A Experiência do Medo 1.12 Jeepers Creepers 2

HOLLYWOOD12.20 Stargate 14.20 Crocodilo Dundee II 16.10 Do Cabaré para o Convento 17.50 Por Amor 20.05 Superhero Movie - Um Estrondo de Filme! 21.30 O Mal Casado 23.35 Alien, o Oitavo Passageiro 1.35 O Enigma do Horizonte 3.10 Os Condenados de Shawshank

AXN14.31 Castle 19.36 O Mentalista 20.28 Os Bórgia 21.30 Mentes Criminosas 22.26 Mentes Criminosas 23.20 Castle 0.15 Castle 1.10 Castle

AXN BLACK14.44 Filme: Na Vigília da Noite 16.30 Sobrenatural 17.15 Whitechapel 18.07 Inadaptados 18.57 Torchwood: as Crianças da Terra 19.53 Tempo para Matar 20.41 A Mesquita da Pradaria 21.07 Ninguém é Perfeito 21.35 Torchwood: O dia do milagre 22.32 Filme: A Última Ceia II 0.06 Torchwood: O dia do milagre 1.03 Inadaptados

AXN WHITE17.05 Regras do Jogo 17.31 Medium 18.20 A Vida Secreta de uma Teenager Americana 19.08 Regras do Jogo 19.36 Regras do Jogo 20.04 Póquer de Rainhas 20.32 Póquer de Rainhas 21.00 Os Incríveis Powell 23.25 Os Incríveis Powell 0.15 Smash

FOX 16.35 Lie to Me 17.24 Casos Arquivados 18.13 Investigação Criminal: Los Angeles 19.04 Family Guy 19.28 Family Guy 19.52 American Dad 20.16 Os Simpson 20.40 Os Simpson 21.04 Foi

Assim Que Aconteceu 21.30 Casos Arquivados 22.22 Em contacto 23.13 Em contacto 0.07 The Finder

FOX LIFE 15.45 Donas de Casa Desesperadas 16.30 Hope & Faith 16.52 Jess e os rapazes 17.15 Uma Família Muito Moderna 17.37 Glee 18.23 As Leis de Kate 19.07 Clínica privada 19.52 Uma Família Muito Moderna 20.15 Uma Família Muito Moderna 20.38 Medium 21.25 Masterchef USA 22.14 Masterchef USA 23.05 Masterchef USA 23.55 As Leis de Kate 0.43 Medium 1.30 Mais vale juntos 1.52 Mais vale juntos

DISNEY15.35 Casper – O Fantasminha 16.05 Rekkit Rabbit 16.30 Recreio 17.00 Phineas E Ferb 18.00 Austin & Ally 18.30 Minnie & You 18.35 Shake It Up 19.00 A Minha Babysitter É Um Vampiro 20.00 A Mãe Namora Com Um Vampiro 21.30 Phineas E Ferb 22.15 As Espias!

DISCOVERY18.20 Lenhadores: Inundações 19.10 Como fazem isso? 19.35 Como fazem isso? 20.05 Trabalho Sujo: Mortadela 21.00 América Latina Selvagem: Patagónia 22.00 Monstros do Rio: Fantasma Assassino 22.55 Pesca Tribal 23.45 Caçadores de Leilões: Quadzilla Ataca 0.10 Caçadores de Leilões: Nadar ou Afundar 0.35 Top Gear

HISTÓRIA 16.00 À procura da Arca Perdida: Ep. 2 17.00 Batalha 360: A Batalha do Golfo Leyte 18.00 Roma, a Última Fronteira: Episódio 1 19.00 Empreendedores e Milionários: John Jacob Astor 20.00 Os Princípios da Fórmula 1: 1950 20.30 Os Princípios da Fórmula 1: 1951 21.00 Mistérios por Resolver: A Cidade Perdida da Atlântida 22.00 O Efeito Nostradamus: O Rapto e a Tribulacão 23.00 À procura da Arca Perdida

ODISSEIA18.00 Ilhas Paradisíacas de África Zanzibar 19.00 Maravilhas do Sistema Solar O Império do Sol 20.00 Em Busca Dos Monstros Perdidos O Homem Selvagem de Vietname 21.00 Crescer num Zoo Episódio 1 21.30 Crescer num Zoo Episódio 2 22.00 Iraque a Descoberto Revolta 23.00 A Reconstrução do Ground Zero

Televisã[email protected]@publico.pt TVC1HD, 21h30

Imortais

32 | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

SAIR

CINEMALisboa Castello Lopes - LondresAv. Roma, 7A. T. 760789789007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h15, 16h, 18h45, 21h30; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 14h, 16h30, 19h, 21h45 CinemaCity Campo PequenoCentro Lazer Campo Pequeno. T. 217981420Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 13h25, 15h50, 17h40, 19h30, 21h40, 24h; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 13h30, 16h15, 19h, 21h30, 21h45, 00h30; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 3 - 21h50, 00h20; Manteiga M12. Sala 3 - 13h20, 15h35, 17h25, 19h15, 21h35, 23h50; As Palavras M12. Sala 4 - 13h25, 15h30, 17h35, 19h40, 22h, 00h05; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 13h40, 15h45, 17h50, 19h55, 22h10, 00h15; Astérix e Obélix M6. Sala 6 - 13h50, 16h10, 18h30 (V.Port./3D); Terapia a Dois M12. Sala 7 - 19h50; Astérix e Obélix M6. Sala 7 - 17h30 (3D); Frankenweenie M12. Sala 7 - 13h35, 15h30 (3D); A Advogada M12. Sala 8 - 13h35, 15h40, 17h45, 19h50, 21h55, 24h CinemaCity Classic AlvaladeAvª de Roma, nº 100, Lisboa . T. 218413045007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30; A Advogada M12. Sala 2 - 13h25, 15h30, 17h35, 19h45, 21h50, 23h55; Para Roma com Amor M12. Sala 3 - 15h20, 17h30, 21h40, 23h50; O Gebo e a Sombra M12. Sala 3 - 13h20; Orquestra Geração M12. Sala 3 - 19h40; Astérix e Obélix M6. Sala 4 - 13h40, 16h, 18h20 (V.P.), 21h30, 23h40 Cinemateca PortuguesaR. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200A Maldição do Escorpião de Jade M12. Sala Félix Ribeiro - 15h30; Filmes de Luís Noronha da Costa Sala Félix Ribeiro - 21h30; Nuit et Jour Sala Félix Ribeiro - 19h; Paris Vu Par... Vingt Ans Après Sala Luís de Pina - 19h30; Jeanne Dielman, 23, Quai Du Commerce, 1080 Bruxelles Sala Luís de Pina - 22h Espaço NimasAv. 5 Outubro, 42B. T. 213574362Shut Up And Play The Hits - O Fim dos LCD Soundsystem M12. Sala 1 - 21h30 Medeia Fonte NovaEst. Benfica, 503. T. 217145088007 Skyfall M12. Sala 1 - 14h30, 18h30, 21h45; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 14h15; Astérix e Obélix M6. Sala 2 - 16h45, 19h15, 22h; Linhas de Wellington M12. Sala 3 - 14h45, 18h15, 21h30 Medeia KingAv. Frei Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808Linhas de Wellington M12. Sala 1 - 13h, 16h, 19h, 21h45; O Gebo e a Sombra M12. Sala 2 - 14h, 16h, 18h, 20h; A Loucura de Almayer Sala 2 - 22h, 00h30 Medeia MonumentalAv. Praia da Vitória, 72. T. 213142223007 Skyfall M12. Sala 4 - Cine Teatro - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 1 - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h15; As Palavras M12. Sala 2 - 13h15, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30, 24h; Linhas de Wellington M12. Sala 3 - 13h, 15h45, 18h30, 21h30, 00h15 UCI Cinemas - El Corte InglésAv. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 00h25; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h50, 00h15; Astérix e Obélix M6. Sala 3 - 14h10, 16h40 (V.Port./3D), 19h05, 23h55 (V.Orig./3D), 21h30 (Versão Orig./2D); Looper

- Reflexo Assassino M16. Sala 4 - 21h55; Frankenweenie M12. Sala 4 - 14h10, 18h55, 00h25; Manteiga M12. Sala 5 - 14h20, 16h25, 18h45, 21h25, 23h45; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 6 - 14h05, 16h40, 19h15, 21h50, 00h25; Galinha Com Ameixas M12. Sala 7 - 19h; Taken - A Vingança M16. Sala 7 - 21h40, 24h; Elas M16. Sala 7 - 14h05, 16h30; Linhas de Wellington M12. Sala 8 - 15h, 18h10, 21h15, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 9 - 15h, 18h30, 21h30, 00h30; César Deve Morrer M12. Sala 10 - 14h, 16h, 18h, 20h, 22h, 24h; Para Roma com Amor M12. Sala 11 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h45, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 12 - 14h, 17h, 21h15, 00h15; As Palavras M12. Sala 13 - 14h15, 16h50, 19h15, 21h45, 00h05; A Advogada M12. Sala 14 - 14h15, 16h40, 19h05, 21h40, 00h10 ZON Lusomundo AlvaláxiaEstádio José Alvalade, Cpo Grande. T. 16996Arbitrage - A Fraude M12. 16h40, 19h10, 21h35, 00h15; Astérix e Obélix M6. 15h50, 18h20, 21h, 23h35 (V.Orig.); Dos Homens Sem Lei M12. 16h15, 18h55, 21h30, 00h10; 007 Skyfall M12. 16h30, 20h50, 24h; 007 Skyfall M12. 17h, 21h20, 00h25; A Moral Conjugal M12. 16h50, 19h10, 21h40, 23h55; Balas e Bolinhos - O Último Capítulo M16. 21h15, 00h05; Astérix e Obélix M6. 16h20, 18h50 (V.Port.); Actividade Paranormal 4 M16. 15h30, 17h40, 19h45, 21h50, 23h55; Manteiga M12. 15h40, 18h, 21h10, 23h30; Taken - A Vingança M16. 16h25, 18h40, 21h25, 23h40; A Casa do Fim da Rua M16. 16h, 18h30, 21h25, 23h45; Looper - Reflexo Assassino M16. 16h10, 18h45, 21h45, 00h20 ZON Lusomundo AmoreirasAv. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996007 Skyfall M12. 14h, 17h20, 21h, 00h15; Astérix e Obélix M6. 13h30 (V.P./3D), 16h10, 18h50, 21h40, 00h25 (V.O./3D); Dos Homens Sem Lei M12. 13h, 15h40, 18h20, 21h20, 24h; Linhas de Wellington M12. 12h50, 16h; Um Feliz Evento M12. 19h10, 21h30, 00h20; As Palavras M12. 13h20, 16h20, 18h40, 21h10, 23h50; Para Roma com Amor M12. 13h, 15h20, 18h, 20h50, 23h30; A Moral Conjugal M12. 13h50, 16h40, 19h30, 21h50, 00h10 ZON Lusomundo ColomboAv. Lusíada. T. 16996As Palavras M12. 13h25, 16h05, 18h40, 21h40, 00h15; Looper - Reflexo Assassino M16. 13h, 15h40; A Advogada M12. 18h35, 21h10, 23h45; A Casa do Fim da Rua M16. 13h15, 15h50, 18h15, 21h35, 24h; 007 Skyfall M12. 13h20, 16h30, 21h, 00h10; 007 Skyfall M12. 12h50, 15h45, 18h50, 22h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h30, 15h55, 18h10, 21h30, 23h50; A Moral Conjugal M12. 13h10, 16h, 18h20, 21h05, 23h35; Astérix e Obélix M6. 12h55 (V.Port.), 15h30, 18h05, 20h55, 23h55 (V.Orig.); Taken - A Vingança M16. 13h05, 15h25, 18h, 21h15, 23h40; Dos Homens Sem Lei M12. 12h45, 15h35, 18h30, 21h20, 00h05 ZON Lusomundo Vasco da GamaParque das Nações. T. 16996Dos Homens Sem Lei M12. 12h50, 15h30, 18h10, 21h20, 24h; Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h20, 17h30, 19h40, 22h, 00h30; Manteiga M12. 13h10, 15h50, 18h20, 21h10, 23h50; 007 Skyfall M12. 12h40, 15h40, 18h40, 21h50; 007 Skyfall M12. 13h20, 17h, 21h, 00h10; Looper - Reflexo Assassino M16. 21h30, 00h20; Astérix e Obélix M6. 13h30, 16h, 18h30 (V.Port./3D)

Almada ZON Lusomundo Almada FórumEstr. Caminho Municipal. T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 13h, 15h15,

A Moral ConjugalDe Artur Serra Araújo. Com Maria João Bastos, José Wallenstein, São José Correia, Catarina Wallenstein. POR. 2012. 99m. Drama. M12. Manuela é uma sensual delegada

de propaganda médica,

constantemente envolvida em

fugazes casos com os médicos

com quem trabalha. Até que

as suas acções escapam ao seu

controlo e, entre mentiras,

vê-se numa luta desesperada

por evitar as consequências

conjugais.

Actividade Paranormal 4De Henry Joost, Ariel Schulman. Com Katie Featherston, Kathryn Newton, Matt Shively. EUA. 2012. 95m. Terror. M16. Há cinco anos, Katie matou a

irmã Kristi e o cunhado Daniel,

levando consigo o sobrinho.

Agora, ela vive com o pequeno

Robbie. Do outro lado da rua,

mora a adolescente Alice,

que não consegue deixar de

observar a estranheza de Robbie.

E quando o rapaz começa a

arrastar o irmão mais novo de

Alice para outro universo, o

terror regressa.

As PalavrasDe Brian Klugman, Lee Sternthal. Com Bradley Cooper, Jeremy Irons, Dennis Quaid. EUA. 2012. 97m. Drama, Romance. M12. A fama chega quando o jovem

Rory Jansen publica um romance

que depressa atinge o estatuto

de best-seller. O problema é que

não é ele o autor das palavras

que compõem o bem-sucedido

livro. E a verdade persegui-

lo-á à medida que acumula um

prestígio que não lhe é devido.

César Deve MorrerDe Paolo Taviani, Vittorio Taviani. Com Cosimo Rega, Salvatore Striano. ITA. 2012. 76m. Drama. M12. Na prisão de segurança máxima

de Rebibbia, Roma, um grupo de

prisioneiros encena a peça “Júlio

César“, de William Shakespeare.

Pelos corredores, fala-se de

morte, liberdade, vingança.

Realidades presentes no texto

shakespeariano, mas também

nas suas próprias histórias.

UCI - El Corte Inglés

Dos Homens Sem LeiDe John Hillcoat. Com Tom Hardy, Shia LaBeouf, Guy Pearce, Mia Wasikowska. EUA. 2012. 116m. Drama, Western. M12. A história dos infames irmãos

Broadabent, contrabandistas

de bebidas alcoólicas no estado

da Virgínia durante os tempos

da Lei Seca nos Estados Unidos.

As origens familiares, a relação

fraternal e uma lealdade

constantemente posta à prova.

ManteigaDe Jim Field Smith. Com Olivia Wilde, Jennifer Garner, Ashley Greene, Hugh Jackman, Alicia Silverstone. EUA. 2011. 90m. Comédia. M12. Laura Pickler vive à sombra do

sucesso do marido Bob, campeão

de esculturas de manteiga

do Iowa. Até que ele é levado

a abandonar a competição.

Decidida a manter na sua casa o

troféu das melhores esculturas

de manteiga, Laura ingressa

na prova. Mas pela frente tem

adversários à altura: uma menina

de 10 anos, uma stripper e

pretendente a amante de Bob e

ainda a sua fã número 1.

Shut Up And Play The Hits - O Fim dos LCD SoundsystemDe Will Lovelace, Dylan Southern. GB. 2012. 108m. Documentário, Musical. M12.

O último concerto dos LCD

Soundsystem, a 2 de Abril de

2011 em Madison Square, que

durou quatro horas e que incluiu

participações de Arcade Fire ou

Reggie Watts, num documento

que pretende traçar também

o retrato íntimo de James

Murphy e sublinhar todas as

consequências da sua decisão em

terminar com a banda.

Nimas

Em [email protected] [email protected]

17h30, 21h30, 00h20; 007 Skyfall M12. 12h50, 16h, 21h, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h25, 18h10, 21h10, 23h50; 007 Skyfall M12. 12h30, 15h40, 18h50, 22h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h10, 15h50 (V.Port.), 18h30, 21h20, 24h (V.Orig.); ParaNorman M6. 13h20, 15h40 (V.Port./3D); Arbitrage - A Fraude M12. 18h40, 21h15, 23h50; Looper - Reflexo Assassino M16. 13h, 15h45, 21h30, 00h15; Frankenweenie M12. 19h (3D); Para Roma com Amor M12. 12h55, 15h35, 21h30, 00h10; Linhas de Wellington M12. 18h15; As Palavras M12. 12h50, 15h10, 17h35, 21h05, 23h30; Taken - A Vingança M16. 12h50, 15h20, 17h45, 21h40, 24h; A Casa do Fim da Rua M16. 13h05, 15h40, 18h25, 21h20, 00h10; A Moral Conjugal M12. 13h30, 16h, 18h45, 21h55, 00h20; Manteiga M12. 13h40, 16h20, 18h55, 22h, 00h25; A Advogada M12. 13h05, 15h55, 18h35, 21h20, 00h15

Amadora CinemaCity Alegro AlfragideC.C. Alegro Alfragide. T. 214221030007 Skyfall M12. Cinemax - 13h30, 16h15, 19h, 21h45, 00h30; As Palavras M12. Sala 2 - 13h40, 15h40, 17h45, 19h55, 22h, 24h; A Advogada M12. Sala 3 - 13h25, 15h30, 17h40, 19h45, 21h50, 23h55; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 18h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h50, 16h10 (V.Port./3D), 21h40 (V.Orig./3D); Frankenweenie M12. Sala 4 - 23h50; Resident Evil: Retaliação M16. Sala 5 - 19h50; A Casa do Fim da Rua M16. Sala 5 - 13h35, 15h35, 21h50, 00h20; Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 15h50, 17h55, 19h55, 21h55, 23h45; A Possuída M16. Sala 7 - 00h25; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 7 - 13h40, 15h45, 17h35; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 7 - 13h20, 15h40, 18h (V.Port.); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 8 - 14h, 16h, 17h50, 19h40, 21h40, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 9 - 13h35, 16h05, 18h40, 21h35, 00h05; Terapia a Dois M12. Sala 10 - 17h50, 19h50; ParaNorman M6. Sala 10 - 17h50 (V.Port.); Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 10 - 21h50, 00h15 UCI Dolce Vita TejoC.C. da Amadora, Estrada Nacional 249/1, Venteira. T. 707232221ParaNorman M6. Sala 1 - 13h55, 16h15, 18h45 (V.Port./3D); Linhas de Wellington M12. Sala 1 - 21h10, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h, 18h30, 21h30, 00h25; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 14h15, 16h40, 19h15 (V.Port.), 21h50, 00h15; Encomenda Armadilhada M12. Sala 4 - 19h, 21h25, 23h50; Impy na Terra da Magia M4. Sala 4 - 14h25, 16h30 (V.Port.); Brave - Indomável M4. Sala 5 - 13h45 (V.Port.); Patrulha de Bairro M12. Sala 5 - 16h40, 19h05, 21h55, 00h15; Morangos com Açúcar - O Filme M6. Sala 6 - 14h05; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 6 - 16h20, 19h05, 21h35, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 7 - 14h05, 16h35, 19h10, 21h35, 00h20; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 8 - 13h50, 16h20, 18h50, 21h20, 23h50; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 9 - 14h, 16h40, 19h10, 21h40, 00h05; 007 Skyfall M12. Sala 10 - 14h, 17h, 21h10, 24h; Taken - A Vingança M16. Sala 11 - 13h55, 16h30, 19h05, 21h45, 00h10

Barreiro Castello Lopes - Fórum BarreiroCampo das Cordoarias. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | 33

Tiago Cadete, Catarina Vieira e Solange Freitas põem em cena a visão de Cláudia Lucas Chéu sobre o fim, “a metáfora para o fim dos tempos, anunciado há muito” no âmbito do Festival Temps d’Images.Hoje e amanhã às 21h, no Teatro da Politécnica, com bilhetes a 10€ (sujeito a descontos). Mais informações: 961960281.

O Festim - Do fim das coisas nada sabemos

Majestade M6. Sala 1 - 15h40 (V.Port./3D), 18h40, 21h40, 24h (V.Orig./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 15h20, 18h10, 21h20, 23h50; Patrulha de Bairro M12. Sala 3 - 15h50, 18h20; Para Roma com Amor M12. Sala 3 - 21h10, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 15h30, 18h30, 21h30, 00h20

Cascais Castello Lopes - Cascais VillaAvenida Marginal. T. 760789789Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 1 - 15h40, 18h40 (V.Port./3D), 21h; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 15h50, 18h10, 21h10; Até que o Fim do Mundo nos Separe M12. Sala 3 - 15h20, 18h, 21h40; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 15h30, 18h30, 21h30; Linhas de Wellington M12. Sala 5 - 15h25, 18h25, 21h20 ZON Lusomundo CascaiShoppingCascaiShopping-EN 9, Alcabideche. T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 12h50, 15h10, 18h40, 21h30, 23h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h20, 15h50, 18h20; A Casa do Fim da Rua M16. 21h50, 00h05; Dos Homens Sem Lei M12. 12h40, 15h30, 18h10, 21h10, 00h10; 007 Skyfall M12. 12h35, 15h40, 18h45, 22h; 007 Skyfall M12. 13h, 16h15, 21h, 00h20; Taken - A Vingança M16. 13h10, 15h20, 18h, 21h40, 24h; A Moral Conjugal M12. 13h05, 16h, 18h30, 21h20, 23h40

Caldas da Rainha Vivacine - Caldas da RainhaC.C. Vivaci. T. 262840197Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 15h45, 18h, 21h30, 24h; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 15h50, 18h10, 21h25, 23h55; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h20, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 15h45 (V.Port.), 18h20, 21h15, 23h50; Taken - A Vingança M16. Sala 5 - 16h, 18h10, 21h30, 23h45

Carcavelos Atlântida-CineR. Dr. Manuel Arriaga, C. Com. Carcavelos (Junto à Estação de CP). T. 214565653007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 21h30; Elas M16. Sala 2 - 15h45, 21h45

Sintra CinemaCity Beloura ShoppingEst. Nac. nº 9 - Quinta Beloura. T. 219247643007 Skyfall M12. Cinemax - 16h15, 19h, 21h30, 21h45, 00h30; Manteiga M12. Sala 1 - 15h50, 17h40, 19h30, 21h50, 23h40; As Palavras M12. Sala 2 - 15h35, 17h35, 19h35, 21h35, 23h35; A Advogada M12. Sala 3 - 15h4,0 17h45, 19h50, 21h55, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 16h, 18h20 (V.Port./3D), 21h40, 00h05 (V.O./3D); Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 15h30, 17h35, 19h40, 22h, 00h10; Para Roma com Amor M12. Sala 6 - 15h45, 17h55, 21h40; Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 23h50; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 7 - 15h50, 18h40, 00h15 Castello Lopes - Fórum SintraAlto do Forte. T. 760789789Frankenweenie M12. Sala 1 - 21h, 23h30 (3D); Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 16h10, 18h30, 21h40, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 16h, 18h50, 21h20, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 4 - 15h50, 18h40, 21h30, 00h20; Linhas de Wellington M12. Sala 5 - 15h35, 18h25, 21h25; Looper - Reflexo

Assassino M16. Sala 6 - 15h40, 18h20, 21h10, 23h40; Taken - A Vingança M16. Sala 7 - 15h30, 18h10, 21h50, 00h25

Leiria Castello Lopes - Leiria ShoppingC. C. Leiria Shopping. T. 760789789007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h10, 16h, 18h50, 21h40; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 2 - 13h15, 15h40, 18h10, 21h50, 00h20; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 3 - 21h10, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 13h, 15h20, 18h30 (V.Port./3D); Terapia a Dois M12. Sala 4 - 12h50, 15h10, 18h, 21h, 23h30; Taken - A Vingança M16. Sala 5 - 13h20, 15h30, 18h40, 21h15, 23h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 6 - 13h30, 15h50, 19h, 21h30, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 12h40, 15h, 18h20, 21h20, 00h10

Loures Castello Lopes - Loures ShoppingQuinta do Infantado. T. 760789789Actividade Paranormal 4 M16. Sala 1 - 13h30, 16h20, 18h30, 21h30, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 2 - 13h20, 16h, 18h10 (V.P./3D); Frankenweenie M12. Sala 2 - 21h40, 23h35 (3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 13h40, 16h10, 18h55, 21h25, 23h50; Taken - A Vingança M16. Sala 4 - 13h25, 16h30, 18h40, 21h15, 23h25; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h20, 00h10; 007 Skyfall M12. Sala 6 - 13h, 15h50, 18h50, 21h45; Patrulha de Bairro M12. Sala 7 - 13h10, 15h40, 18h; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 7 - 21h10, 23h45

Montijo ZON Lusomundo Fórum MontijoC. C. Fórum Montijo. T. 16996007 Skyfall M12. 17h30, 20h50, 00h10; 007 Skyfall M12. 16h30, 20h40, 24h; Dos Homens Sem Lei M12. 15h40, 18h15, 21h, 23h50; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h50 (V.P./3D), 18h30, 21h10, 23h40 (V.O.); Actividade Paranormal 4 M16. 16h, 18h10, 21h30, 00h05; Taken - A Vingança M16. 16h10, 18h20, 21h20, 23h45

Odivelas ZON Lusomundo Odivelas ParqueC. C. Odivelasparque. T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 15h20, 18h40, 21h10, 23h30; 007 Skyfall M12. 15h, 18h, 21h, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 16h, 18h30 (V.P./3D), 21h20, 23h50 (V.O.); Taken - A Vingança M16. 15h30, 18h20, 21h30, 23h50; ParaNorman M6. 15h40, 18h10 (V.P.); Looper - Reflexo Assassino M16. 21h15, 24h

Oeiras ZON Lusomundo Oeiras ParqueC. C. Oeirashopping. T. 16996Arbitrage - A Fraude M12. 12h50, 15h20, 18h10, 21h15, 23h55; 007 Skyfall M12. 14h, 17h15, 21h, 00h10; Dos Homens Sem Lei M12. 12h55, 15h40, 18h30, 21h30, 00h15; As Palavras M12. 13h, 15h25, 18h20, 21h20, 23h50; 007 Skyfall M12. 12h30, 15h30, 18h40, 21h50; Taken - A Vingança M16. 18h45, 21h40, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 13h10, 15h45 (V.Port./3D); Manteiga M12. 13h15, 15h50, 18h15, 21h10, 23h45

Miraflores

ZON Lusomundo Dolce Vita MirafloresC. C. Dolce Vita - Av. Túlipas. T. 707 CINEMAAstérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h10, 18h10 (V.Port.), 21h10, 00h10 (V.Orig.); ParaNorman M6. 15h, 18h (V.Port.); Para Roma com Amor M12. 21h, 24h; 007 Skyfall M12. 15h20, 18h20, 21h20, 00h20; Dos Homens Sem Lei M12. 15h30, 18h30, 21h30, 00h30

Torres Novas Castello Lopes - TorreShoppingBairro Nicho - Ponte Nova. T. 707220220007 Skyfall M12. Sala 1 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 00h20; Encomenda Armadilhada M12. Sala 2 - 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 12h40, 15h30 (V.P./3D), 18h20, 21h10, 24h (V.O./3D)

Torres Vedras ZON Lusomundo Torres VedrasC.C. Arena Shopping. T. 16996Actividade Paranormal 4 M16. 16h15, 18h30, 21h20, 23h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 16h, 18h45 (V.P./3D), 21h45, 00h25 (V.O./3D); Taken - A Vingança M16. 15h45, 18h15, 21h35, 23h45; Linhas de Wellington M12. 14h50, 18h, 21h10, 00h15; 007 Skyfall M12. 14h40 , 17h45, 21h, 00h20

Torre da Marinha Castello Lopes - Rio Sul ShoppingQuinta Nova do Rio Judeu. T. 760789789007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h25, 21h20, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h50, 18h45, 21h40; Taken - A Vingança M16. Sala 3 - 15h10, 18h10, 21h25, 23h50; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 4 - 15h40, 18h40, 21h30, 24h; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 21h10, 23h40; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 6 - 16h, 18h50, 21h50, 00h10; Patrulha de Bairro M12. Sala 7 - 15h20, 18h20, 21h, 23h30

Santarém Castello Lopes - SantarémLargo Cândido dos Reis. T. 760789789Patrulha de Bairro M12. Sala 1 - 16h10, 19h, 21h40, 24h; Taken - A Vingança M16. Sala 2 - 16h20, 19h10, 21h50, 00h20; Terapia a Dois M12. Sala 3

- 15h50, 18h40, 21h30, 23h50; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 4 - 21h, 23h30; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 16h, 18h20 (V.P./3D); Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 5 - 15h30, 18h50, 21h10, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 6 - 15h40, 18h30, 21h20, 00h10

Setúbal Auditório CharlotAv. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446007 Skyfall M12. Sala 1 - 21h30 Castello Lopes - SetúbalC. Comercial Jumbo, Loja 50. T. 707220220Encomenda Armadilhada M12. Sala 1 - 15h30, 18h20, 21h10; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 15h50, 18h50, 21h40; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 3 - 16h (V.Port./3D), 18h40, 21h30; Para Roma com Amor M12. Sala 4 - 15h40, 18h30, 21h20

Tomar Cine-Teatro Paraíso - TomarRua Infantaria, 15. T. 249329190Para Roma com Amor M12. Sala 1 - 21h30

Faro SBC-International CinemasC. C. Fórum Algarve. T. 289887212Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 1 - 13h55, 16h30, 19h05, 21h40, 00h20; Para Roma com Amor M12. Sala 2 - 13h45, 16h10, 18h35, 21h05, 23h30; 007 Skyfall M12. Sala 3 - 15h, 18h, 21h, 24h; Frankenweenie M12. Sala 4 - 13h10, 15h10, 19h10 (V.P./3D); 007 Skyfall M12. Sala 4 - 16h25; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 4 - 13h55, 19h25, 21h55, 00h20; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 5 - 21h40, 00h15; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 17h20; Dos Homens Sem Lei M12. Sala 5 - 14h45; Taken - A Vingança M16. Sala 6 - 13h10, 15h15, 17h20, 19h25, 21h30 , 23h45; 007 Skyfall M12. Sala 7 - 15h40, 18h40, 21h40; Ted M12. Sala 8 - 14h45, 19h10; Encomenda Armadilhada M12. Sala 8 - 17h05, 21h30, 24h; Selvagens M16. Sala 9 - 21h, 23h50; Patrulha de Bairro M12. Sala 9 - 14h, 16h20 18h40

Albufeira Castello Lopes - Algarve ShoppingEstrada Nac. 125 - Vale Verde. T. 760789789Astérix e Obélix Contra César M6. Sala 1 - 12h45, 15h20, 18h (V.P./3D); Frankenweenie M12. Sala 1 - 21h05,

23h30; 007 Skyfall M12. Sala 2 - 12h40, 15h30, 18h20, 21h20, 00h10; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 3 - 12h55, 15h40, 18h10, 21h, 23h35; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h05, 15h45, 18h25, 21h15, 23h40; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 5 - 12h50, 15h25, 18h05, 21h, 23h35; Actividade Paranormal 4 M16. Sala 6 - 13h15, 15h55, 18h30, 21h30, 24h; As Palavras M12. Sala 7 - 13h10, 16h, 18h35, 21h25, 23h55; 007 Skyfall M12. Sala 8 - 13h, 15h50, 18h50, 21h45; Taken - A Vingança M16. Sala 9 - 13h20, 15h40, 18h10, 21h35, 23h50

Olhão Algarcine - Cinemas de OlhãoC.C. Ria Shopping. T. 289703332007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h30, 21h30, 23h55; Desafio Total M12. Sala 2 - 15h20, 18h20, 21h20, 23h50; Magic Mike M12. Sala 3 - 15h15, 18h15, 21h15, 23h50

Portimão Algarcine - Cinemas de PortimãoAv. Miguel Bombarda. T. 282411888007 Skyfall M12. Sala 1 - 15h30, 18h15, 21h30, 24h; Arbitrage - A Fraude M12. Sala 2 - 15h45, 18h15, 21h45, 00h15 Castello Lopes - PortimãoQuinta da Malata. T. 760789789Arbitrage - A Fraude M12. Sala 1 - 13h15, 16h, 18h50, 21h40, 00h05; Taken - A Vingança M16. Sala 2 - 13h30, 16h15, 19h, 21h50, 23h55; Terapia a Dois M12. Sala 3 - 13h40, 16h20, 19h10, 22h, 00h15; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 4 - 13h05, 15h40, 18h30, 21h10, 23h40; 007 Skyfall M12. Sala 5 - 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 00h20; Looper - Reflexo Assassino M16. Sala 6 - 21h20, 24h; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. Sala 6 - 13h20, 16h10, 184h5 (V.Port./3D)

Tavira Cine-Teatro António PinheiroR. D. Marcelino Franco, 10 . T. 281324880É Na Terra Não é Na Lua M12. Sala 1 - 21h30 Zon Lusomundo TaviraC.C. Gran-Plaza, Loja Nº324, R. Almirante Cândido dos Reis. T. 16996007 Skyfall M12. 15h10, 18h15, 21h20, 00h20; Actividade Paranormal 4 M16. 15h05, 17h10, 19h15, 21h30, 23h50; Arbitrage - A Fraude M12. 15h35, 18h20, 21h10, 23h40; Astérix e Obélix: Ao Serviço de Sua Majestade M6. 15h50 (V.P./3D), 18h30, 21h, 23h30 (V.O.); Linhas de Wellington M12. 14h50, 18h, 21h05, 00h15

TEATROLisboa@ RibeiraRua da Ribeira Nova, 44. T. 915341974 Apartado 147 LX De Fernando Pessoa. Com Paulo Pinto, Pedro Lacerda. De José Grazina (pintor). De 1/11 a 30/11. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 21h30 e 23h. M/12. Duração: 40m. A Barraca - Teatro Cine ArteLargo de Santos, 2. T. 213965360 Gil Vicente, e agora? De Gil Vicente. Enc. Carla Alves. De 22/10 a 6/11. 2ª, 3ª e 4ª às 10h30 , 11h30 e 14h. 5ª a Sáb às 10h30 , 11h30, 14h e 20h30. Dom às 17h30 (para escolas). Duração: 40m. Reservas: 917373177. Por Amor de Deus! Enc. Hélder Costa. Com João dAvila. De 27/9 a 30/12. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h30 (na Sala 1).

AS ESTRELAS DO PÚBLICO

JorgeMourinha

Luís M. Oliveira

Vasco Câmara

a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente

Adeus, Minha Rainha mmmmm – mmmmm

Bellamy mmmmm mmmmm mmmmm

Cirkus Columbia – mmmmm mmmmm

Elas mmmmm a –Frankenweenie mmmmm mmmmm –Galinha com Ameixas mmmmm – mmmmm

O Gebo e a Sombra mmmmm mmmmm mmmmm

Looper, Reflexo Assassino mmmmm – mmmmm

Para Roma, com Amor mmmmm mmmmm mmmmm

007 Skyfall mmmmm mmmmm mmmmm

34 | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

SAIRO Museu em Montagem no Museu Colecção Berardo

Café Teatro Santiago AlquimistaR. Santiago, 19. T. 218884503 Ele como Ela Grupo de Teatro do IFICT. Enc. Adolfo Gutkin. Com José Gil, Luís Gamito, Paula Freitas. De 1/11 a 4/11. 5ª a Sáb às 19h. Dom às 17h. De 9/11 a 11/11. 6ª às 19h. Sáb às 21h30. Dom às 17h. Casino LisboaAlameda dos Oceanos T. 218929000 Lar, Doce Lar De Luísa Costa Gomes. Enc. António Pires. Com Joaquim Monchique, Maria Rueff. De 12/9 a 25/11. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/12. Teatro Casa da Comédia Rua São Francisco de Borja, 22. T. 213959417 James Blond Grupo: Teatro Alardiário. Enc. Ricardo Bargão. De 26/10 a 16/11. 6ª às 21h30. M/12. Duração: 90m. Teatro da ComunaPraça de Espanha. T. 217221770 Agonia Irreversível De Juan Benet. Com João Tempera, Carlos Paulo, Hugo Franco. De 1/11 a 16/12. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. Teatro da Cornucópia - Bairro AltoRua Tenente Raúl Cascais, 1A. T. 213961515 Os Desastres do Amor De Pierre de Marivaux. Enc. Luis Miguel Cintra. Com José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Nuno Nunes, Rita Blanco, Rita Durão, Sergio Adillo, Sofia Marques, Teresa Madruga, Vítor dAndrade. De 1/11 a 25/11. 3ª a Sáb às 21h. Dom às 16h. M/12. Teatro da LuzLargo da Luz. T. 217120600 Pequenas Propostas Para Ti Maior Enc. Yola Pinto. Com Carla Carreiro Mendes, Tiago Ortis. Até 2/11. 2ª a 6ª às 10h e 14h30.Teatro da PolitécnicaRua da Escola Politécnica, 56. T. 961960281 Raso Como o Chão Com Ana Deus, João Sousa Cardoso. De 31/10 a 3/11. 5ª a Sáb às 19h (Festival Temps dImages 2012). M/12.Teatro de CarnideAzinhaga das Freiras. T. 967341862 Inferno Enc. Rui Neto. Com Carla Chambel, Miguel Damião, Sofia Ângelo. De 1/11 a 1/12. 5ª a Sáb às 21h30. Teatro do BairroR.Luz Soriano, 63 (Bairro Alto). T. 213473358 O Ciclista De Karl Valentin. Grupo: Teatro da Terra. Enc. Maria João Luís. De 31/10 a 4/11. 4ª a Sáb às 21h. Dom às 17h. M/12. Teatro Maria VitóriaAv. Liberdade (Parque Mayer). T. 213461740 Humor com Humor se Paga Enc. Mário Rainho. Com Paulo Vasco, Meiânia Gomes, David Ventura, Ana Marta, Flávio Gil, Elia Gonzalez, Mafalda Teixeira, Henrique Carvalho, Ana Sofia Gonçalves, Diogo Costa. Coreog. Marco de Camillis. A partir de 1/11. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 16h30 e 21h30. Dom às 16h30. M/12. Teatro Municipal de S. LuizR. António Maria Cardoso, 38. T. 213257650 Dança da Morte De August Strindberg. Enc. Marco Martins. Com Miguel Guilherme, Isabel Abreu, Sérgio Praia. De 25/10 a 17/11. 4ª a Sáb às 21h. Dom às 17h30. Teatro Municipal Maria MatosAv. Frei Miguel Contreiras, 52. T. 218438801 Mundo Maravilha Com Alex Cassal, Cláudia Gaiolas, Felipe Rocha, Paula Diogo, Renato Linhares, Stella Rabello, Tiago Rodrigues. De 2/11 a 17/11. 4ª às 19h. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 18h (na Sala Principal). Teatro RápidoRua Serpa Pinto, 14. T. 213479138 A Guerra dos Cisnes Enc. Vicente Alves do Ó. Com Ricardo Barbosa, Márcia Cardoso. De 1/11 a 30/11. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h05 , 18h30, 18h55, 19h20, 19h45 e 20h10 (na Sala 2). M/12. JoanaDark Enc. Rita Leite. Com Anna Carvalho, Linda Valadas. De

1/11 a 30/11. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h15 , 18h40, 19h05, 19h30, 19h55 e 20h20 (na Sala 3). M/12. Once Upon a Time Enc. Cecilia Laranjeira, Joana Paes de Freitas, Sofia Soares Ribeiro, Stattmiller. De 1/11 a 30/11. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h20 , 18h45, 19h10, 19h35, 20h, 20h25 (na Sala 4). M/12. Sasha Gold Enc. Susana Vitorino. Com Mané Ribeiro, Paulo Nery. De 1/11 a 30/11. 2ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom às 18h , 18h25, 18h50, 19h15, 19h40 e 20h05 (na Sala 1).

PalmelaSIVIPA - Sítio da Lage Auto da Purificação De Vergílio Ferreira. Com Pedro Moura (músico). Grupo: O Bando. Enc. João Brites. Com Guilherme Noronha, Horácio Manuel, Raúl Atalaia, Sara de Castro, Rita Cruz. De 2/11 a 4/11. 6ª e Sáb às 21h30. Dom às 18h. M/12.

EXPOSIÇÕESLisboaCentro Cultural de BelémPraça do Império. T. 707303000 Júlio Pomar: Estudos para O Romance de Camilo de Aquilino Ribeiro De Júlio Pomar. De 22/10 a 19/1. Todos os dias das 14h30 às 18h30. Pintura, Edição, Outros. Inserido no ciclo CCB - Camilo Castelo Branco: As paixões juvenis e o Amor de Perdição. Cinemateca PortuguesaRua Barata Salgueiro, 39. T. 213596200 Passagens (Doclisboa’12) De Chantal Akerman, Pedro Costa. De 20/10 a 30/11. 2ª a 6ª das 13h30 às 21h30. Vídeo, Outros. Ermida de Nossa Senhora da ConceiçãoTravessa do Marta Pinto, 12. T. 213637700 Vicente: Ver para Crer De Moov, Miguel Franco, Anfré Graça Gomes, Alexandra Corte-Real. De 8/9 a 11/11. 3ª a 6ª das 11h às 13h e das 14h às 17h. Sáb e Dom das 14h às 18h. Desenho, Joalharia, Outros. Espaço Fundação PLMJR. Rodrigues Sampaio, 29. T. 210964103 Na Boca do Povo De Lino Damião. De 10/10 a 8/12. 4ª a Sáb das 15h às 19h. Pintura. Outras Coisas De Jorge Días. De 10/10 a 8/12. 4ª a Sáb das 15h às 19h. Escultura. Fundação Arpad Szenes - Vieira da SilvaPraça das Amoreiras, 56. T. 213880044 100 Obras, 10 Anos: Uma Selecção da Colecção da Fundação PLMJ De Ângela Ferreira, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, João Louro, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Miguel Palma, Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez, Rui Chafes. De 27/9 a 27/1. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Pintura, Escultura, Outros. Fundação Carmona e CostaR. Soeiro Pereira Gomes L1 6A. T.217803003 Debaixo das pedras da calçada, a praia! De Jorge Queiroz. De 20/10 a 2/2. 4ª a Sáb das 15h às 20h. Desenho. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 As Idades do Mar De Francesco Guardi, Turner, Friedrich, Monet, De Chirico, Amadeo de Souza-Cardoso, Vieira da Silva, Sousa Lopes, Noronha da Costa, António Carneiro, João Vaz, entre outros. De 25/10 a 27/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Um Chá para Alice De Lisbeth Zwerger, Dusan Kallay, Anthony Browne, Chiara Carrer, Anne Herbauts, Nicole Claveloux, Teresa Lima, entre outros. De 31/10 a 10/2. 3ª a Dom das 10h às 18h. Desenho, Ilustração, Pintura, Fotografia. Um vaso grego no

Museu Calouste Gulbenkian De Maria Helena Rocha-Pereira. De 29/3 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Instalação. Fundação José SaramagoRua dos Bacalhoeiros. T. 218802040 José Saramago: a Semente e os Frutos A partir de 13/6. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 10h às 14h. Documental, Biográfico, Outros. GiefarteRua Arrábida, 54B. T. 213880381 To cut a long story short De Alexandre Conefrey. De 9/10 a 2/11. 2ª a 6ª das 11h às 14h e das 15h às 20h. Pintura. Museu Colecção BerardoPraça do Império - CCB. T. 213612878 Exposição Permanente do Museu Colecção Berardo (1960-2010) De Vito Acconci, Carl Andre, Alan Charlton, Louise Bourgeois, José Pedro Croft, Antony Gormley, Jeff Koons, Allan McCollum, Gerhard Richter, Cindy Sherman, William Wegman, entre outros. A partir de 9/11. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Pintura, Outros. Hélio Oiticica - O Museu é o Mundo De 21/9 a 6/1. 3ª a Dom das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Fotografia, Documental, Outros. O Museu em Montagem De Rodrigo Bettencourt da Câmara. De 31/10 a 24/2. Todos os dias das 10h às 19h (última admissão às 18h30). Fotografia. Museu da Cidade de LisboaCampo Grande, 245. T. 217513200 Lisboa 1755. A Cidade à Beira do Terramoto - Reconstituição virtual da Lisboa pré-pombalina A partir de 25/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Documental, Outros. Permanente. O Princípio da Inércia De Mafalda Santos, Susana Gaudêncio. De 22/9 a 4/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Desenho, Escultura, Instalação, Pintura, Vídeo, Edição. Museu da ElectricidadeAvenida Brasília. T. 210028190 Os Comedores de Batatas De Maria Beatriz. De 6/9 a 25/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Riso. Uma Exposição a Sério De Alberto Pimenta, Bordalo Pinheiro, Barbara Kruger, Cindy Sherman, Cruzeiro Seixas, Emmerico Nunes, Joana Vasconcelos, José Cardoso Pires, Luís de Sttau Monteiro, Pablo Picasso, Pieter Brueghel II - O Jovem, Sara e André, Vieira da Silva, entre outros. De 19/10 a 17/3. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Escultura, Instalação, Outros. Museu da MarionetaRua da Esperança, 146 - Convento das Bernardas. T. 213942810 Marionetas - Exposição Permanente De Vários autores. A partir de 7/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h (última admissão às 12h30 e 17h30). Marionetas, Máscaras, Vestuário, Documentação, Fotografia, Outros. Exposição Permanente. Museu das ComunicaçõesRua do Instituto Industrial, 16. T. 213935000 Casa do Futuro A partir de 1/3. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb às 16h. Design, Outros. Exposição Permanente. FPC Future Labs 4.0: O futuro é infinito De 18/5 a 30/4. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h. Interactivo, Vídeo, Outros. Mala Posta A partir de 1/12. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h. Objectos, Outros. Exposição Permanente. Vencer a Distância - Cinco Séculos de Comunicações em Portugal A partir de 2/5. 2ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb das 14h às 18h. Exposição permanente. Museu do FadoLargo do Chafariz de Dentro, 1. T. 218823470 Museu do Fado (1998-2008) De

José Malhoa, Rafael Bordalo Pinheiro, Constantino Fernandes, Cândido da Costa Pinto, Arnaldo Louro de Almeida, João Vieira, Júlio Pomar, entre outros. A partir de 2/10. Terça a domingo das 10h às 18h (Encerra a 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro). Pintura, Objectos, Vídeo, Instrumentos Musicais, Documental, Outros. Exposição Permanente. Museu do OrienteAvenida Brasília . T. 213585200 Deuses da Ásia De Vários autores. A partir de 9/5. Terça, quarta, quinta, sábado e domingo das 10h às 18h (última admissão 17h30). Sexta das 10h às 22h (última admissão 21h30) (gratuito 18h às 22h). Outros. Exposição permanente. O Chá. De Oriente para Ocidente De 8/6 a 13/1. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h (entrada gratuita a partir das 18h). Objectos, Documental, Outros. Presença Portuguesa na Ásia. O Coleccionismo de arte do Extremo Oriente De Vários autores. A partir de 9/5. Terça, quarta, quinta, sábado e domingo das 10h às 18h (última admissão 17h30). Sexta das 10h às 22h (última admissão 21h30) (gratuito das 18h às 22h). Ourivesaria, Pintura, Outros. Exposição permanente. Sakura De Manuela Cardoso, Cristina Dias, Rita Marques, Joana Rosa Fernandes, Inês Pott, Shuang Wú, Mariana Durana, Sara Duarte Ferreira, entre outros. De 19/10 a 16/12. 3ª, 4ª, 5ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. 6ª das 10h às 22h. Ilustração.Museu Nacional de Arte AntigaRua das Janelas Verdes, 1249. T. 213912800 Da Ideia à Forma. Desenhos de escultura em Portugal (séculos XVII a XIX) De 16/10 a 13/1. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Desenho, Outros. Pintura e Artes Decorativas do Século XII ao XIX De Vários autores. A partir de 16/12. Terça das 14h às 18h. Quarta a domingo das 10h às 18h. Pintura, Desenho, Outros. Exposição Permanente. Museu Nacional de História NaturalR. Escola Politécnica, 56/58. T. 213921800 A Aventura da Terra: um Planeta em Evolução A partir de 19/11. 3ª a 6ª das 10h às 17h (última admissão às 16h). Sáb e Dom das 11h às 18h (última admissão às 17h). Ciência, Outros. Allosaurus: Um Dinossáurio, Dois Continentes? De 6/2 a 31/12. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Ciência, Documental, Outros. Formas & Fórmulas De 1/6 a 28/4. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Ciência, Outros. Jóias da Terra - O Minério da Panasqueira A partir de 1/8. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Ciência. Memórias da Politécnica - Quatro séculos de Educação, Ciência e Cultura De 16/2 a 31/12. Terça a sexta das 10h às 17h. Sábado e domingo das 11h às 18h. Documental, Outros. Museu Nacional do AzulejoRua Madre de Deus, 4. T. 218100340 Da Flandres. Os azulejos encomendados por D. Teodósio I, 5º Duque de Bragança De 23/10 a 8/3. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Azulejo, Documental. Exposição Permanente A partir de 1/1. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Azulejo, Documental. Um Gosto Português. O Uso do Azulejo no século XVII De 3/7 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Azulejo. Museu Nacional do TrajeLargo Júlio Castilho. T. 217567620 Pele sobre Pele De 24/2 a 30/5. 3ª das 14h às 18h. 4ª a Dom das 10h às 18h. Vestuário, Documental.

Museu Nacional dos CochesPraça Afonso de Albuquerque. T. 213610850 Viaturas Reais do Séc XVII aos finais do Séc XIX De 3/1 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 18h (última admissão às 17h30). Viaturas. Museu Rafael Bordalo PinheiroCampo Grande, 382. T. 218170667 A Viagem. Caricaturas de António para a estação Aeroporto do Metropolitano De 26/7 a 29/12. 3ª a Sáb das 10h às 18h. Desenho, Ilustração, Outros. Museus da PolitécnicaRua da Escola Politécnica, 58. T. 213921800 Gabinete da Politécnica - O Importantário Estetoscópio De Pedro Portugal. A partir de 18/5. 3ª a Dom das 10h às 17h. Objectos, Fotografia, Outros. Laboratório Chimico A partir de 5/5. 3ª a 6ª das 10h às 17h. Sáb e Dom das 11h às 18h. Ciência, Outros. No Museu da Ciência. Exposição permanente. Pavilhão 31Av. do Brasil - Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. T. 217917000 31/2 Jeff Koons e José Ribeiro De 11/9 a 30/12. 2ª a 6ª das 10h às 16h. Pintura, Desenho. Pavilhão do Conhecimento - Ciência VivaAlameda dos Oceanos, Lote 2.10.01 - Parque das Nações . T. 218917100 A Casa Inacabada De Cité des Sciences et de l Industrie de Paris. Terça a sexta das 10h às 18h. Sábado, domingo e feriados das 11h às 19h. Didáctica. Exposição permanente. Explora De Exploratorium de São Francisco. Terça a sexta das 10h às 18h. Sábado, domingo e feriados das 11h às 19h. Didáctica. Exposição permanente. T.Rex - Quando as Galinhas Tinham Dentes De 15/10 a 1/8. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb, Dom e feriados das 11h às 19h. Interactivo, Outros. Vê, Faz, Aprende! De Techniquest e Heureka. Terça a sexta das 10h às 18h. Sábado, domingo e feriados das 11h às 19h. Didáctica. Exposição permanente. Pente 10 - Fotografia ContemporâneaTrav. da Fábrica dos Pentes, 10. T. 213869569 Blue Mud Swamp De Filipe Casaca. De 2/10 a 22/12. 3ª a Sáb das 15h às 19h. Fotografia. Plataforma RevólverRua da Boavista, 84 - 1º, 3º. T. 213433259 Colecção de Nomes e de Coisas De Andrea Brandão. De 27/9 a 4/11. 2ª a Sáb das 14h às 19h30. Outros. Dig Dig - Digging for Culture in a Crashing Economy De Alexandre Farto, Ana Rito, Ângelo Ferreira de Sousa, Catarina Mil-Homens, Hugo Barata, Louise Hervé e Chloe Maillet, Nuno Sousa Vieira, Rodolfo Bispo, Sara e André, Tom Jarmusch. De 27/9 a 4/11. 2ª a Sáb das 14h às 19h30. Outros. O Sonho de Wagner De André Gomes, Inez Teixeira, Lluis Hortalá, Magali Sanheira, Manuel Valente Alves, Paulina Pimentel, Pedro Cabral Santo, Rui Sanches, São Trindade. De 27/9 a 4/11. 2ª a Sáb das 14h às 19h30. Outros. Vera Cortês - Agência de ArteAvenida 24 de Julho, 54 - 1ºE. T. 213950177 Utz De Daniel Blaufuks. De 21/9 a 16/11. 3ª a Sáb das 14h às 19h. Outros. VPFCream ArteRua da Boavista, 84 - 2º. T. 213433259 Roger Uttama De Joana Rosa. De 27/9 a 4/11. 2ª a Sáb das 14h às 19h30. Desenho.

AlgésCentro de Arte Manuel de Brito - Palácio dos AnjosAlameda Hermano Patrone T. 214111400 Colecção Manuel de Brito De Eduardo Viana, Almada Negreiros, Carlos Botelho, Noronha da Costa, Julião Sarmento, Joana

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SAIRAmor Electro no Coliseu dos Recreios

Vasconcelos, Francisco Vidal, entre outros. A partir de 29/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Exposição permanente. Hortus Botanicus De Eduardo Viana, Joaquim Rodrigo, António Pedro, Menez, Toshimitsu Imai, Lourdes de Castro, Niki de Saint Phalle, Bartolomeu Cid dos Santos, Jean-Michel Folon, José de Guimarães, Miguel Rebelo, Samuel Rama, João Francisco, entre outros. De 11/10 a 10/2. 3ª a Dom das 10h às 18h (encerra às 00h na última 6ª do mês). Pintura, Outros.

AlmadaCasa da Cerca - Centro Arte ContemporâneaRua da Cerca. T. 212724950 A Ciência do Desenho De Alexandre Farto, Catarina Patrício, David Oliveira, Paula Rego, Pedro Gomes, Ricardo Leite, Rui Macedo. De 13/10 a 20/1. 3ª a 6ª das 10h às 18h. Sáb e Dom das 13h às 18h. Desenho, Escultura.

AmadoraCasa Museu Roque GameiroR. Elias Garcia, 42. T. 214928054 Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada De 26/10 a 11/11. 2ª a Sáb das 10h às 12h30 e das 14h às 17h30. Ilustração, Desenho, Outros. Centro Ciência Viva da AmadoraRua Gonçalves Ramos, 54B. T. 214911313 A Aventura Espacial A partir de 27/10. 3ª a 6ª das 10h às 13h e das 14h às 18h. Sáb, Dom e feriados das 11h às 13h e das 14h às 19h. Interactiva. Centro Nacional de BDAv. Brasil, 52 A. T. 214998910 Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada De 26/10 a 11/11. 2ª a 6ª das 09h30 às 12h30 e das 14h às 18h. Sáb e Dom das 14h às 19h. Ilustração, Desenho, Outros. Fórum Luís de CamõesBrandoa. Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada De 26/10 a 11/11. 2ª a 5ª

das 10h às 20h. 6ª e Sáb das 10h às 23h. Ilustração, Desenho, Outros. Galeria Municipal Artur Bual Avenida Movimento das Forças Armadas, 1. T. 214369066 Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada De 26/10 a 11/11. 2ª a 6ª das 10h às 12h30 e das 14h às 18h. Sáb, Dom e feriados das 15h às 18h. Ilustração, Desenho, Outros. Recreios da AmadoraAv. Santos Matos, 2. T. 214927315 Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada De 26/10 a 11/11. 3ª a Dom das 14h às 19h. Ilustração, Desenho.

CascaisCasa das Histórias - Paula RegoAvenida da República, 300. T. 214826970 Innervisions De Paula Rego, Pedro Calapez. De 7/7 a 7/1. Todos os dias das 10h às 18h Encerra 25/12 e 1/1 (Horário de Inverno), das 10h às 19h (Horário de Verão). Pintura.

ElvasMuseu de Arte Contemporânea de ElvasRua da Cadeia. T. 268637150 Traços, Pontos e Linhas - Desenhos da colecção António Cachola De Adriana Molder, Alexandre Conefrey, Daniel Barroca, Diogo Pimentão, Marcelo Costa, João Queiroz, José Pedro Croft, Rui Sanches, entre outros. De 13/10 a 24/2. 3ª das 14h30 às 18h. 4ª a Dom das 10h às 13h e das 14h30 às 18h. Desenho, Escultura, Outros.

ÉvoraFórum Eugénio de AlmeidaPáteo de São Miguel. T. 266748300 Corto Maltese: Viagem à Aventura De 25/7 a 2/12. Todos os dias das 09h30 às 19h. Desenho, Outros. Museu de ÉvoraLargo Conde de Vila Flôr. T. 266702604 Colecção do Museu de Évora A partir de

29/6. 3ª das 14h30 às 18h. 4ª a Dom das 10h30 às 18h. Pintura, Escultura, Outros. Reabertura do Museu: 1ª fase. O Museu e Eu De Maria José Palla. De 15/12 a 15/11. Terça a domingo das 10h às 18h (última admissão às 17h45). Fotografia, Outros.

OeirasCentro Cultural Palácio do EgiptoRua Álvaro António dos Santos. T. 214408781 Homenagem a Cruzeiro Seixas - Um passo à frente em África De 12/10 a 30/12. 3ª a Dom das 12h às 18h. Desenho. Lusophonies | Lusofonias - Obras da Colecção da Perve Galeria De 12/10 a 30/12. 3ª a Dom das 12h às 18h.

SintraMuseu Arqueológico S. Miguel OdrinhasAv. Prof. Dr. Fernando d’Almeida. T. 219613574 DIs Manibvs - Rituais da Morte durante a Romanidade De 2/11 a 30/12. 3ª a Dom das 10h às 17h. Arqueologia, Documental. Ossos que contam História De 27/9 a 12/1. 3ª a Sáb das 10h às 13h e das 14h às 18h. Arqueologia.

Vila Franca de XiraMuseu do Neo-RealismoRua Alves Redol, 45. T. 263285626 Jorge Amado e o Neorrealismo

Português De 20/10 a 10/3. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h. Bibliográfica, Documental. Motivo Imprevisível De Álvaro Perdigão. De 6/10 a 9/12. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h. Pintura. The Return of The Real XX: Sous le Trottoir la Plage De João Louro. De 2/11 a 3/3. 3ª a 6ª das 10h às 19h. Sáb das 12h às 19h. Dom das 11h às 18h. Instalação. Inaugura 2/11 às 22h.

MÚSICALisboaCentro Cultural de BelémPraça do Império. T. 707303000 Venus 3 Adonis Com André Godinho, Paula Garcia. De 1/11 a 4/11. 5ª e 6ª às 21h. Sáb e Dom às 19h (Festival Temps d´Images 2012). Cinema São JorgeAvenida da Liberdade, 175. T. 213103400 Filho da Mãe + Frankie Chavez + Tó Trips Hoje às 22h (Misty Fest 2012). Coliseu dos RecreiosR. Portas de Santo Antão, 96. T. 213240580 Amor Electro & Orquestra Fantasma Hoje às 21h30. CulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Jim Black Trio Hoje às 21h30. Fundação e Museu Calouste GulbenkianAvenida de Berna, 45A. T. 217823000 Coro e Orquestra Gulbenkian Maestro J.

David Jackson. Até 2/11. 6ª às 19h. Galeria Zé dos BoisR. Barroca, 59 - Bairro Alto. T. 213430205 Rodrigo Amado & DJ Ride + Gabriel Ferrandini + Falaise Hoje às 22h. Lux FrágilAv. Infante D. Henrique. T. 218820890 Dixon Hoje às 23h. Teatro do BairroRua Luz Soriano, 63. T. 213473358 Native Sun Hoje às 23h30 (Musidanças). Teatro Nacional D. Maria IIPraça D. Pedro IV. T. 800213250 Bibi Ferreira De 1/11 a 3/11. 5ª a Sáb às 21h (Ano do Brasil em Portugal). Teatro Nacional de São CarlosLargo de São Carlos, 17. T. 213253045 Don Pasquale Com Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Com José Fardilha, Eduarda Melo, Yanni Yannissis, Mathias Vidal, Frederico Santiago. Orq. Sinfónica Portuguesa. Enc. Italo Nunziata. De 2/11 a 10/11. 3ª, 5ª e 6ª às 20h (dias 2, 6 e 8). Sáb e Dom às 16h (dias 4 e 10). Teatro Tivoli BBVAAvenida da Liberdade, 182. T. 213572025 Herman José Hoje às 21h30. M/12.

DANÇALisboaCulturgestRua Arco do Cego - CGD. T. 217905155 Cabaret Curto & Grosso Hoje às 23h (Ciclo Celebração). M/16. Measure it in Inches Coreog. António Pedro Lopes, Marianne Baillot. Hoje às 22h (Ciclo Celebração). The Archaic, Looking Out, The Night Knight Coreog. Vânia Rovisco. Hoje às 21h (Ciclo Celebração). Teatro CamõesParque das Nações. T. 218923470 Anne Teresa De Keersmaeker Orq.Metropolitana de Lisboa. Comp. Nacional de Bailado, Companhia Rosas. De 26/10 a 10/11. 6ª e Sáb às 21h (dias 2, 3, 9 e 10). Dom às 16h (dia 4 - tarde família). M/12.

FARMÁCIASLisboaServiço PermanenteAlcântara (Frente à Feira Popular) - Av. da República, 74 - A - Tel. 217977699 Cartaxo (Alvalade) - Av. da Igreja, 21 - C - Tel. 218470726 Central dos Olivais (Olivai Norte) - Rua de Alferes Barrilaro Ruas, 7 - C - Tel. 218515539 Correia Azevedo (Santo Amaro) - Rua Luis de Camões, 42 - B - Tel. 213638625 Eusil (Alto do Pina) - Rua Barão de Sabrosa, 104 - Tel. 218141912 Galénica (Tivoli - Restauradores) - Rua das Pretas, 12 - Tel. 213477052 Galeno (Campo Pequeno - Av. de Roma) - Av. Oscar Monteiro Torres, 38 - A - Tel. 217974920 Lavinha (Benfica - Bº Santa Cruz) - Rua Eng. Paulo Barros, 28-A - Tel. 217608242 S. Tomé (Lumiar) - Estrada do Desvio Lt. 12 - C - Tel. 217590704 S.A. e Silva Filhos (Santos) - Rua S. João da Mata, 72-74 - Tel. 213975226

Outras LocalidadesServiço PermanenteAbrantes - Sousa Trincão (S.Miguel do Rio Torto) Alandroal - Santiago Maior Albufeira - Piedade Alcácer do Sal - Alcacerense Alcanena - Ramalho Alcobaça - Epifânio, Alves (Benedita) Alcochete - Cavaquinha

Alcoutim - Caimoto Alenquer - Catarino Aljezur - Furtado, Odeceixense (Odeceixe) Aljustrel - Pereira Almada - Nova, Ramaldinho, Vale de Figueira, Magalhães, Palmeirim (Sobreda da Caparica) Almeirim - Mendonça Almodôvar - Ramos Alpiarça - Gameiro Suc. Alter do Chão - Portugal (Chança) Alvaiázere - Pacheco Pereira (Cabaços) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Borel, Carmele, Alto da Brandoa (Brandoa) Amareleja - Portugal Arraiolos - Vieira Arronches - Batista Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Nova, Reforço - Dias da Silva Barrancos - Barraquense Barreiro - Higiénica, Roldão, Marques Cavaco (Stº Antº da Charneca) Batalha - Ferraz Beja - Oliveira Belmonte - Costa Benavente - Central (Samora Correia), Martins (Samora Correia) Bombarral - Miguel Borba - Carvalho Cortes Cadaval - Misericórdia Caldas da Rainha - Freitas Campo Maior - campo Maior Cartaxo - Pereira Suc. Cascais - Da Madorna, Cordeiro, Arthur Brandão (Parede) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Grave Castelo de Vide - Roque Castro Marim - Moderna Castro Verde -

Alentejana Chamusca - S. José Constância - Carrasqueira (Montalvo) Coruche - Misericórdia Covilhã - Popular, Soares Crato - Misericórdia Cuba - Da Misericórdia Elvas - Rosado e Silva Entroncamento - Almeida Gonçalves Estremoz - Grijó Évora - Misericórdia Faro - Helena Ferreira do Alentejo - Singa Ferreira do Zêzere - Soeiro Figueiró dos Vinhos - Serra Fronteira - Costa Coelho Fundão - Avenida Gavião - Pimentel Golegã - Moderna (Azinhaga), Salgado Grândola - Pablo Idanha-a-Nova - Monsantina (Monsanto/Beira Baixa) Lagoa - Sousa Pires Lagos - Silva Leiria - Caixa Prev. da E.C.L. (Maceira), Oliveira (Marrazes) Loulé - Chagas, Maria Paula (Quarteira), Paula (Salir) Loures - Duarte, Nova do Infantado, Tojal, Varela (S. Cosme), Luna e Viana (S. João da Talha), Até às 23h - Do Prior Velho, Até às 22h - Valente (Fanhões), Santa Iria (Santa Iria da Azoia), Faria (Santo António dos Cavaleiros) Lourinhã - Quintans (Foz do Sousa) Mação - Catarino Mafra - Ericeirense, Barros (Igreja Nova) Marinha Grande - Guardiano Marvão - Roque Pinto Mértola - Pancada Moita - Do Vale, Aliança (Baixa da Banheira), Ass. Socorros Mutuos-União

Moitense Monchique - Higya Monforte - Jardim Montemor-o-Novo - Freitas (Lavre/Montemor-O-Novo) Montijo - União Mutualista Mora - Canelas Pais (Cabeção) Moura - Nataniel Pedro Mourão - Mourão Nazaré - Silvério Nisa - Ferreira Pinto Óbidos - Vital (Amoreira/Óbidos) Odemira - Confiança Odivelas - Do Casal Novo, Pontinha, Almeida (S. Cosme), Reforço - Santo Adrião, Até às 22h - Santa Rita, Silva Monteiro (Ponte da Bica/Odivelas) Oeiras - Estação de Algés, Maria, Pargana, Seixas Martins, Trindade Brás, Silva Branco (Dafundo), Pinto (Rio Tinto), Reforço - Varela Baião, Até às 22h - De Lavadeiras, Nova de Queijas Oleiros - Martins Gonçalves (Estreito - Oleiros) Olhão - Nobre Sousa Ourém - Fátima, Verdasca Ourique - Nova (Garvão) Palmela - Palmela Pedrógão Grande - Baeta Rebelo Penamacor - Melo Peniche - Proença Pombal - Albergariense (Albergaria dos Doze), Barros Ponte de Sor - Matos Fernandes Portalegre - Romba Portel - Misericordia Portimão - G. F. Dias Porto de Mós - Central (MIRA DE AIRE), Lopes Unipessoal Proença-a-Nova - Roda Redondo - Xavier de Cunha Reguengos de Monsaraz - Paulitos Rio Maior - Almeida

Salvaterra de Magos - Martins Santarém - Almeida, São Nicolau Santiago do Cacém - Jerónimo, Mendes (Santo André) Sardoal - Passarinho Seixal - Duarte Ramos (Amora), Ana Branco (Arrentela), Central Vale Milhaços (Vale) Serpa - Oliveira Carrasco Sertã - Lima da Silva Sesimbra - Cotovia, Nurei, Quinta do Conde, Leão Setúbal - Carmo Sobral, Marques Silves - Algarve, Cruz de Portugal, Dias Neves, Edite Sines - Atlântico, Monteiro Telhada (Porto Covo) Sintra - Baião Santos, Fidalgo, Silva Duarte (Cacém), Queluz (Queluz), Cargaleiro Lourenço (Rinchoa), Valentim, Até às 22h - Idanha (Idanha) Sobral Monte Agraço - Costa Sousel - Andrade Tavira - Montepio Artistico Tavirense Tomar - Torres Pinheiro Torres Novas - Central Torres Vedras - Simões Vendas Novas - Nova Viana do Alentejo - Nova Vidigueira - Pulido Suc. Vila de Rei - Silva Domingos Vila do Bispo - Sagres (Sagres), Vila do Bispo Vila Franca de Xira - Botto e Sousa, Eduardo A. César, Estevão (Brejo), Higiéne, Reforço - Do Forte, Até às 21h - Sequeira (Sobralinho) Vila Nova da Barquinha - Tente (Atalaia) Vila Real de Santo António - Carmo Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa - Monte

36 | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

JOGOSCRUZADAS 8243

BRIDGE SUDOKU

TEMPO PARA HOJE

A M A N H Ã

Açores

Madeira

Lua

NascentePoente

Marés

Preia-mar

Leixões Cascais Faro

Baixa-mar

Fonte: www.AccuWeather.com

PontaDelgada

Funchal

Sol

20º

Viana do Castelo

Braga11º 16º

Porto13º 17º

Vila Real9º 13º

12º 16º

Bragança7º 12º

Guarda6º 11º

Penhas Douradas3º 7º

Viseu8º 13º

Aveiro12º 17º

Coimbra11º 17º

Leiria11º 19º

Santarém10º 20º

Portalegre9º 15º

Lisboa11º 19º

Setúbal10º 20º Évora

8º 19º

Beja10º 19º

Castelo Branco8º 17º

Sines13º 20º

Sagres13º 20º

Faro12º 20º

Corvo

Graciosa

FaialPico

S. Jorge

S. Miguel

Porto Santo

Sta Maria

16º 19º

16º 19º

Flores

Terceira16º 20º

19º 24º

21º 26º

16º 19º

20º

19º

07h04

QuartoMinguante

17h36

00h367 Nov.

1,5-2m

3-4m

20º

3-4m

22º2-2,5m

21º1,5-2,5m

03h49 3,316h07 3,1

09h58 0,822h06 0,8

03h24 3,315h42 3,1

09h31 0,921h38 1,0

03h32 3,215h48 3,0

09h24 0,821h31 0,9

2,5-3m

2-3m

3-4m

17º

19º

Horizontais 1. Escamas finas que se le-vantam na pele, especialmente no cou-ro cabeludo. Exprimir por mímica. 2. Despontar no horizonte. Concordância dos sons finais de dois ou mais versos. 3. Tombar. Recozer-se a fruta com o ca-lor. 4. Tira pela raiz. Redução de para. 5. Símbolo de miliampere. Marido da tia. Conjunto de atuns. 6. Espécie de canoa (Bras.). 7. Região geralmente árida e des-povoada. Cento e um em numeração romana. 8. Senão. Que não intervém a favor nem contra. 9. Ligado. Sulco do arado. 10. Limpo, banhando em líqui-do. Interjeição designativa de espanto. Dois. 11. Argola. Deixar só.

Verticais 1. Leito onde se dorme. Fêmea do mu ou macho. 2. Ave da família dos psitacídeos, de plumagem rica e cauda longa. Causar raiva. 3. Deslocar-se pa-ra fora. Que causa lesão. 4. Corsários. Contracção da prep. “de” com o pron. dem. “o”. 5. Autores (abrev.). De Niceia, cidade da Ásia Menor. 6. Interpõe recur-so. Eles. 7. Sódio (s.q.). Acto de atulhar. 8. Imposto sobre o rendimento das pes-soas singulares. Língua falada nas mar-gens do Zaire. 9. Vista curta. Pedaço de madeira fino e comprido. 10. Amargo. Tornar côncavo. 11. Escassa. Pequena aldeia.

Depois do problema resolvido encon-tre o nome de uma obra de Fernando Santos Costa (4 palavras).

Solução do problema anterior:Horizontais 1. Banca. Quase. 2. Are. Mau. 3. Natio. Enodo. 4. Dr. Sesmaria. 5. PODE. Raer. 6. Malaxar. 7. ESTAR. Lavar. 8. Ar. Pedi. 9. Uns. Argo. RI. 10. Cã. Elar. Pia. 11. Aorta. Errar.Verticais 1. Banda. Educa. 2. Arar. Ms. NÃO. 3. Net. Patas. 4. Isolar. ET. 5. Amoedar. Ala. 6. Sex. Pra. 7. QUEM. ALEGRE. 8. Narrado. 9. Afora. Vi. PR. 10. Dieta. Ria. 11. Ecoar. Raiar.Provérbio: Quem ri, pode não estar alegre.

Oeste Norte Este Sul1 ♦ passo passo 1ST (1)3 ♦ 2ST passo 3STX Todos passam

Leilão: Qualquer forma de Bridge. (1) Em posi-ção de reabertura, a voz de 1ST prome-te uma mão de 10 a 14 pontos

Carteio: Saída: A ♦. Sul está a jogar 3ST dobrados. Na vaza de saída Este balda uma copa. Oeste segue com o Rei de ouros e outro ouro (Este balda mais duas espadas). Como deverá Sul jogar?

Solução: É óbvio que Oeste deverá ter os dois ases que faltam. Caso contrário, Este não teria passado à abertura de 1 ouro tendo um Ás e uma chicana a ouros, e Oeste não teria argumentos suficientes para dobrar. Sul só poderá fazer o seu contrato se jogar este jogo com muita

Dador: OesteVul: NS

Problema 4476 Dificuldade: Fácil

Problema 4477 Dificuldade: Muito difícil

Solução do problema 4474

Solução do problema 4475

NORTE♠ AQ9♥ QJ64♦ 742♣ Q73

SUL♠ KJ103♥ K5♦ QJ63♣ K84

OESTE♠ 62♥ A8♦ AK10985♣ AJ10

ESTE♠ 8754♥ 109732♦ -♣ 9652

João Fanha/Luís A.Teixeira ([email protected]) © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com

precisão. À quarta vaza do jogo, depois de ter feito o Valete de ouros na vaza anterior, o declarante deve avançar com uma pequena copa da sua mão, em direção ao morto. Se Oeste decidir entrar com o seu Ás, em branco, o de-clarante terá automaticamente as nove vazas de que necessita: quatro espa-das, três copas e dois ouros. O melhor que Oeste tem a fazer é recuar o seu Ás de copas. Portanto, o Valete do morto faz a vaza e agora, Sul cobre a Dama de espadas do morto com o seu Rei para jogar um pequeno pau da mão. Mais uma vez, Oeste não pode entrar com o Ás, sob pena de libertar duas vazas ao carteador, e a Dama do morto faz a va-za. Por fim, copa para o Rei. De pouco importa se Oeste faz ou não esta vaza, Sul tem as suas nove vazas garantidas: quatro espadas, duas copas, dois ouros e um pau. Sul não pode adotar uma li-nha diferente desta. Se começar por jogar paus em vez de copas, Oeste po-derá entrar logo com o seu Ás para in-sistir em ouros, eliminando a última pa-ragem do carteador nesse naipe. Agora Sul não terá mais do que oito vazas para encaixar...

Considere o seguinte leilão:Oeste Norte Este Sul 1ST passo?

O que marca com a seguinte mão?♠ A76 ♥ 85 ♦ J832 ♣ K872

Resposta: Com oito pontos numa mão regular, sem cartas intermédias e com as figu-ras dispersas, o mais sensato é passar. Mesmo que o parceiro tenha uma mão máxima (17 pontos) não será nada fácil arrancar nove vazas. A boa voz: passe.

MeteorologiaVer mais emwww.publico.pt

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | 37

PESSOAS

Ronaldo promove reconciliaçãoCristiano Ronaldo aproveitou uma folga concedida pelo Real Madrid e viajou até Roma para participar num popular programa de TV italiano intitulado C’È Posta per Te. O facto nada teria de anormal, não fosse dar-se o caso de, durante a emissão, o jogador português ter ajudado na reconciliação emocionada entre uma mãe, Giuseppina, e a filha, Maria. Ronaldo disse em português à filha: “Acompanhei a história e tenho a dizer, do fundo do coração, que é preciso saber perdoar, porque a vida é tão curta.” O jogador foi bastante aplaudido pelo público presente no estúdio e, no final, assistiu ao reencontro. Com uma carta em punho, a mãe, à beira das lágrimas, pediu à filha para a perdoar e acabou por receber uma resposta positiva. Não se sabe até que ponto a coisa terá sido encenada, mas, seja como for, a emissão, que foi para o ar no último sábado, obteve bastante sucesso em Itália, com o recorde de audiência do dia e 23% de share, contra 19,7% do segundo programa mais visto na mesma faixa de exibição.

HOJE FAZEM ANOS

Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, 59; Marieta Severo, actriz de cinema, teatro e televisão, 66; Olga Barabanschikova, tenista, 33; Reginald “Fieldy” Arvizu, baixista dos Korn, 43; K. D. Lang, cantora, 51; Joe Zimmerman, actor, 49

JAVIER SORIANO/AFP

9 milhões por um perfume

A solidariedade de Bon Jovi

O “vampiresco” Robert Pattinson,

a estrela da saga Crepúsculo, parece

estar em maré de sorte. Enquanto

há rumores que dão conta da

sua reconciliação com a também

actriz Kristen Stewart (com quem

contracena em Crepúsculo),

o actor, de 26 anos, acaba de

assinar um contrato de três anos

para ser o novo rosto masculino

da Dior, destronando Jude Law.

Segundo relata o site de notícias de

celebridades E!, Pattinson fez-se

pagar caro: são 9 milhões de euros

para promover um perfume que

irá ser lançado em 2013.

O cantor rock Bon Jovi

encontrava-se em Londres,

a promover a sua próxima

digressão, quando o furacão

Sandy começou a fustigar Nova

Iorque. Para não estar longe da

família (o cantor, a sua mulher,

Dorothea, e os seus quatro

fi lhos vivem em Nova Iorque),

regressou de imediato a casa num

avião particular. Bon Jovi estava

também preocupado com o que

se passava na sua terra natal,

Perth Ambroy, em New Jersey,

e quis voltar para assegurar que

o restaurante que abriu no ano

passado para fi ns de benefi cência

poderia alimentar os desalojados.

Life&StyleVer mais emlifestyle.publico.pt/pessoas

38 | DESPORTO | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

PRAKASH SINGH/AFP

A Red Bull está a um passo de se tornar na quarta tricampeã da história

Christian Horner garante que confia inteiramente em Webber: “O Mark é um jogador de equipa”

Quando os dois monolugares da Red

Bull saírem hoje para a pista, durante

os treinos livres do Grande Prémio

(GP) de Abu Dhabi, o andamento de

Mark Webber merecerá provavel-

mente tanta atenção do staff como

o de Sebastian Vettel. É que uma do-

bradinha no circuito de Yas Marina

permitirá à equipa austríaca tornar-

se o quarto membro do restrito gru-

po das escuderias com três títulos

mundiais consecutivos.

No fi nal do GP da Austrália, em

2005, dificilmente se imaginaria

que aqueles sete pontos conquista-

dos pela Red Bull (então equipada

com motores Cosworth) — cinco

da autoria de David Coulthard e os

outros dois ganhos por Christian

Klien — seriam os primeiros de uma

história que, apesar de ainda curta,

está já repleta de êxitos. Concluída

a temporada de estreia na Fórmula

1, a equipa austríaca terminaria em

sétimo lugar no Mundial de constru-

tores, com 34 pontos.

Nos três anos seguintes, primeiro

com motor Ferrari (2006) e desde

então apetrechada pela Renault, fa-

ria outros dois sétimos lugares, in-

tercalados por um quinto. Até que,

em 2009, já com Webber e Vettel a

bordo, chegou o indicador que fal-

tava acerca da solidez do projecto:

seis vitórias, seis segundos lugares e

o estatuto de vice-campeã mundial

de construtores.

A fórmula encontrada pela equipa

de engenharia chefi ada por Adrian

Newey (os carros desenhados pelo

britânico já tinham ganho seis Mun-

diais de construtores, cinco para

a Williams e um para a McLaren)

estava perto da perfeição. Um ano

mais tarde, chegava o primeiro tí-

tulo mundial (498 pontos contra os

454 da McLaren), abrilhantado pelo

triunfo de Sebastian Vettel no campe-

onato. E em 2011 a Red Bull dizimava

a concorrência, ao ganhar 12 das 19

corridas da temporada, que acabaria

com uma vantagem de 153 pontos

face à McLaren, segunda classifi ca-

da (Vettel, novamente campeão, so-

mou mais 122 pontos do que Jenson

Button).

Esta época, a escuderia austríaca

arrancou de forma mais tímida, mas

acordou a tempo de estragar (ou, pe-

lo menos, de complicar e muito) os

planos à Ferrari. Com quatro triun-

fos consecutivos nos quatro últimos

Grandes Prémios, lidera já o Mun-

dial de construtores com 91 pontos

de avanço sobre a escuderia italiana,

domínio que se traduziu na ultrapas-

sagem de Vettel a Fernando Alonso

no Mundial de pilotos.

“Se alcançarmos o tricampeonato,

será algo que estará muito para lá do

nosso maior feito”, assinalou ontem

Christian Horner, patrão da Red Bull.

“Poucas equipas venceram três Mun-

diais de construtores consecutivos e

se conseguirmos fazê-lo, por entre

mudanças de regulamentos e dife-

rentes fornecedores de pneus, será

um feito assinalável”, completou,

citado pela agência Reuters.

No melhor dos cenários para Hor-

ner, esse feito poderá confi rmar-se

já no domingo, se Webber e Vettel

ocuparem os dois primeiros lugares

em Abu Dhabi. A equipa passará, en-

tão, a ter 450 pontos contra 343 da

Ferrari (no caso de Alonso e Felipe

Massa fi carem em 3.º e 4.º), o que

signifi ca que, mesmo que a formação

italiana conquistasse o máximo de

pontos (86) em disputa nas duas úl-

timas corridas da época (contra zero

da Red Bull), seria insufi ciente.

De resto, em função dos resultados

da concorrência directa, há outras

variantes nos cálculos que garantirão

o campeonato de construtores à Red

Bull já neste fi m-de-semana. Caso o

consiga, tornar-se-á na quarta escu-

deria a alcançar um tricampeonato,

depois da Ferrari (1975, 1976 e 1977 e

de 1999 a 2004), Williams (1992, 1993

e 1994) e McLaren (1988 a 1991).

“Como equipa, temos trabalhado

melhor do que nunca”, assegura Hor-

ner, que garante que não vai mudar

rigorosamente nada em Yas Marina,

embora espere que Webber (que po-

de fi car matematicamente afastado

da luta pelo título) saiba zelar pelos

interesses do colectivo. Ele, que tem

sido constantemente preterido em

favor de Vettel. “O Mark é um joga-

dor de equipa. Tenho a certeza que,

se for necessário, tomará a melhor

decisão para nos ajudar a atingir os

objectivos”, afi rmou.

Webber foi, até, o primeiro dos pi-

lotos a aperceber-se de quão perto

está o título, como revelou Vettel:

“No regresso da Índia, o Mark disse-

me: ‘Seria muito mau para o cons-

trutor se este avião caísse’”.

Na véspera da antepenúltima prova do Mundial de Fórmula 1, a equipa dirigida por Christian Horner leva 91 pontos de avanço sobre a Ferrari. Mark Webber terá um papel decisivo em Abu Dhabi

Fórmula 1Nuno Sousa

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | DESPORTO | 39

Apesar de ter gerado proveitos de

91,1 milhões de euros (que não in-

cluem receitas com jogadores), a So-

ciedade Anónima Desportiva (SAD)

que gere o futebol do Benfi ca encer-

rou a temporada de 2011-12 com um

prejuízo de 11,7 milhões de euros.

O relatório e contas foi enviado na

noite de quarta-feira à Comissão

do Mercado de Valores Mobiliários

(CMVM) e ainda não refl ecte os en-

caixes gerados com as saídas de Ja-

vi García (Manchester City) e Witsel

(Zenit), que terão rendido cerca de

60 milhões de euros.

Este resultado negativo é desva-

lorizado pelo próprio presidente

do Benfi ca, Luís Filipe Vieira, na

nota introdutória do documento.

“O exercício de 2011-2012, cujos re-

sultados são agora apresentados,

poderia ser muito diferente. Basta-

ria para tal ter aceitado a proposta

de renovação dos nossos direitos

televisivos”, defende, referindo-se

à proposta apresentada pela Sport

TV (de 22,2 milhões de euros por

temporada, durante cinco épocas)

e recusada pelo clube: “A verdade

é que entendemos que há valores

para além dos valores económicos

e um desses valores é a independên-

cia que esta decisão nos vai permitir

ganhar no futuro.”

Para o prejuízo de 2011-12 contri-

buiu signifi cativamente a rubrica re-

ferente a custos com pessoal, que

aumentou seis milhões de euros em

relação ao ano desportivo anterior,

situando-se agora nos 48 milhões de

euros. Um número que envolve des-

pesas com 175 funcionários, caben-

do a fatia mais grossa aos 68 atletas.

Com a administração da sua SAD, o

Benfi ca gasta perto de 550 mil eu-

ros: 306 mil com os ordenados de

Domingos Soares Oliveira e 243 mil

com Rui Costa.

A aumentar está ainda o passivo

da SAD “encarnada”, que se situava

nos 426 milhões de euros no exer-

cício que encerrou a 30 de Junho

de 2012. Um crescimento de 12,2%

em relação ao anterior relatório. Já

o activo foi avaliado em 411 milhões

de euros, 92 dos quais referentes ao

plantel profi ssional.

Prejuízos apesar de proveitos milionários

BenficaPaulo Curado

SAD encerra exercício de 2011-12 com um saldo negativo de 11,7 milhões de euros, mesmo com receitas de 91,1 milhões

MIGUEL RIOPA/AFP

Na época passada, o FC Porto bateu o Marítimo por 2-0, no Dragão

“O FC Porto é uma excelente equipa,

já não perde no Dragão desde 24 de

Outubro de 2008 e nós gostaríamos

de alterar isso”. Ganhar no recinto

do FC Porto, como Pedro Martins

deseja, é sempre uma surpresa, mas

se o Marítimo o conseguir esta noite

será também um resultado inédito.

Os “azuis e brancos” nunca perde-

ram em casa, no campeonato, com

cinco dos seus 15 concorrentes da

actual Liga. Um deles é o Marítimo,

também o que teve mais oportuni-

dades de o fazer.

No quinteto formado por Esto-

ril, Gil Vicente, Paços de Ferreira,

Moreirense e Marítimo, o clube ma-

deirense foi o único que já disputou

mais de 20 jornadas no estádio por-

tista. Nas 32 deslocações que aí fez,

o melhor que conseguiu foram dois

empates, o primeiro em 1980-81 (1-1)

e o mais recente em 2008-09 (0-0)

— o cenário é diferente na Madeira,

onde o Marítimo já venceu sete ve-

zes e empatou oito.

A invencibilidade do campeão

A 8.ª jornada abre com duelo que nunca sorriu ao visitante

nacional nos encontros caseiros

com os “verde-rubros” estende-se

igualmente às outras competições

ofi ciais.

E até este jogo inaugural da oita-

va jornada o FC Porto tem sido um

anfi trião bastante competente. É o

único na Liga que ainda não perdeu

qualquer ponto em casa e também o

único que ainda não sofreu golos. Os

três triunfos caseiros aconteceram

todos por uma margem de pelo me-

nos dois golos — fora de casa, a his-

tória tem sido outra: dois empates

e duas vitórias, ambas tangenciais

e suadas.

Ao registo do adversário, o Ma-

rítimo pode contrapor com o seu

trajecto neste campeonato. O clube

insular só obteve dois pontos nos

quatro jogos nos Barreiros, o pior

registo de todos os visitados, mas

tem uma performance positiva longe

do seu estádio, com seis pontos em

nove possíveis.

Graças a um golo do central João

Guilherme, o Marítimo venceu logo

na sua estreia no campeonato, em

Vila do Conde. Depois perdeu em Es-

toril, mas na sexta jornada conseguiu

nova vitória fora, desta vez em Mo-

reira de Cónegos, e novamente por

0-1 (golo do médio Rafael Miranda).

O guarda-redes Salin foi expulso

no último jogo e a vaga do francês

deverá ser ocupada pelo brasileiro

Welligton. Ricardo é o outro guar-

da-redes convocado. Pedro Martins

poderá também trocar Fidélis por

Danilo Dias. Rúben Ferreira, lateral-

esquerdo madeirense de 22 anos que

está pré-convocado para o próximo

jogo da selecção principal de Portu-

gal, está também nas opções do téc-

nico de Santa Maria da Feira.

No lado portista, destacam-se as

saídas de Rolando, Iturbe e Kelvin e

as entradas de Miguel Lopes, Abdou-

laye e Kléber, que poderá defrontar

a sua antiga equipa.

LigaManuel Assunção

O Marítimo costuma ser bem mais incómodo para o FC Porto no Funchal do que no Dragão. O guarda-redes Salin não joga

FC Porto 4-3-3

Marítimo 4-3-3

MangalaOtamendiMaiconDanilo

Helton

Welligton

Rafael Miranda

João Luiz

BriguelJ. GuilhermeRoberge

R. Ferreira

SamiHeldon

Fernando

James

Lucho

Estádio do DragãoPorto

Árbitro: Cosme Machado AF Braga

20h15SP-TV1

JacksonVarela

Moutinho

Olberdam

Fidélis

II LIGAJornada 12Belenenses-Penafiel 2-0FC Porto B-Marítimo B amanhã, 16h, Porto CanalTrofense-Oliveirense domingo, 11h15, SP-TV1Feirense-Sp. Covilhã domingo, 15hTondela-Portimonense domingo, 15hFreamunde-Arouca domingo, 15hBenfica B-Sporting B domingo, 16h, Benfica TVNaval-V. Guimarães B domingo, 16hU. Madeira-Leixões domingo, 16hSanta Clara-Atlético domingo, 16hSp. Braga B-Desp. Aves domingo, 16h

J V E D M-S PSporting B 11 9 1 1 21-9 28Belenenses 12 9 1 2 20-11 28Oliveirense 11 6 4 1 17-9 22Marítimo B 11 7 0 4 15-7 21Arouca 11 6 3 2 20-10 21Penafiel 12 6 2 4 14-13 20Benfica B 11 5 4 2 25-14 19Tondela 11 5 3 3 17-16 18Desp. Aves 11 4 5 2 10-9 17Leixões 11 4 4 3 12-13 16V. Guimarães B 11 3 4 4 8-8 13Portimonense 11 3 4 4 13-14 13U. Madeira 11 3 4 4 10-13 13Sp. Covilhã 11 2 6 3 7-9 12Atlético 11 4 0 7 10-17 12Santa Clara 11 2 4 5 10-14 10Trofense 11 2 4 5 8-15 10Naval 11 2 3 6 11-17 9FC Porto B 11 1 5 5 8-15 8Feirense 11 2 2 7 10-18 8Sp. Braga B 11 0 6 5 10-16 6Freamunde 11 1 3 7 7-16 6

Próxima jornadaOliveirense-Benfica B, Sporting B-Naval, Atlético-Feirense, Sp. Covilhã-Sp. Braga B, Marítimo B-Santa Clara, Trofense-Freamunde, Arouca-FC Porto B, Portimonense-Desp. Aves, Leixões-Tondela, Penafiel-U. Madeira e V. Guimarães B-Belenenses.

MELHORES MARCADORES

I Liga6 golos Jackson (FC Porto) e Éder (Sp. Braga)5 golos Ghilas (Moreirense)4 golos Cardozo, Lima e Rodrigo (Benfica), Luís Leal e Steven Vitória (Estoril), Meyong (V. Setúbal), Tarantini (Rio Ave)

II Liga10 golos Esgaio (Sporting B), Joeano (Arouca)7 golos Ivan Cavaleiro (Benfica B), Barry (Oliveirense) 6 golos Tozé Marreco (Naval), Fernando Ferreira (Belenenses)

CLASSIFICAÇÃOI LIGA

Jornada 8FC Porto-Marítimo 20h15, SP-TV1Sp. Braga-Gil Vicente amanhã, 18h30, SP-TV2Benfica-V. Guimarães amanhã, 20h30, SP-TV1Nacional-Beira-Mar domingo, 16hP. Ferreira-Olhanense domingo, 16hMoreirense-Rio Ave domingo, 16hAcadémica-Estoril domingo, 18h, SP-TV1V. Setúbal-Sporting domingo, 20h15, SP-TV1

J V E D M-S PBenfica 7 5 2 0 19-6 17FC Porto 7 5 2 0 17-5 17Sp. Braga 7 4 2 1 17-10 14Rio Ave 7 3 2 2 9-9 11V. Guimarães 7 3 2 2 7-10 11P. Ferreira 7 2 4 1 10-7 10Gil Vicente 7 2 3 2 6-8 9Académica 7 1 5 1 9-8 8Marítimo 7 2 2 3 4-8 8Sporting 7 1 4 2 5-7 7V. Setúbal 7 1 4 2 5-10 7Olhanense 7 1 3 3 12-14 6Moreirense 7 1 3 3 10-11 6Estoril 7 1 3 3 11-13 6Nacional 7 1 2 4 9-15 5Beira-Mar 7 0 3 4 7-16 3

Próxima jornadaRio Ave-Benfica, Marítimo-V. Setúbal, Sporting-Sp. Braga, Estoril-Moreirense, FC Porto-Académica, Olhanense-Beira-Mar, V. Guimarães-Nacional e Gil Vicente-P. Ferreira.

40 | DESPORTO | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Breves

Andebol

Basquetebol

Goleada sofrida no início do apuramento para o Europeu 2014

Algés perde na Luz mas ganha a Supertaça feminina

A selecção portuguesa de andebol não vence a Espanha há 31 anos e também não foi desta que esteve perto de o fazer. Portugal perdeu por 34-20, em Sevilha, na 1.ª jornada do Grupo 1 da segunda fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2014, na Dinamarca. O pivot do Sporting, Bruno Moreira, foi o melhor marcador português, com quatro golos. A Macedónia, o adversário de Portugal no domingo, venceu a Suíça (30-24). Os dois primeiros de cada grupo e o melhor 3.º qualificam-se para o Europeu.

O Benfica derrotou o Algés, em casa, por 70-66, em jogo da 3.ª jornada da Liga de Basquetebol. O campeão, que tem um jogo em atraso, somou a segunda vitória em dois jogos. A Ovarense bateu o Lusitânia (82-58) e tem dois triunfos em três partidas, tal como o Barcelos, que derrotou fora o Galitos do Barreiro (42-57). A Física ganhou em casa ao Sampaense, por 66-59. Entretanto, o Algés venceu o Vagos (66-64) e conquistou a Supertaça feminina pela segunda época seguida.

Com uma “confi ança ilimitada”,

Portugal goleou ontem a Líbia, por

5-1, no arranque do Mundial 2012 de

futsal, na Tailândia. Um triunfo di-

latado que coloca a selecção nacio-

nal bem posicionada para alcançar o

apuramento no Grupo C, onde está

o Brasil, campeão em título.

Frente ao adversário teoricamente

mais acessível, o conjunto orientado

por Jorge Braz sufocou por completo

a Líbia, que ocupa um modesto 26.º

lugar do ranking mundial. Logo aos

4’, Cardinal começou a moldar o seu

hat-trick, que lhe valeu o estatuto de

melhor jogador da partida.

E nem mesmo o golo do empa-

te da Líbia, aos 6’, abalou o moral

português. “Sofremos um golo, mas

mantivemo-nos equilibrados e, em

vez de cinco [golos marcados], po-

diam ter sido dez”, concluiu o selec-

cionador nacional, em declarações

reproduzidas pela assessoria de im-

prensa da Federação Portuguesa de

Futebol.

O empate acabou desfeito aos 16’,

mais uma vez por Cardinal (Rio Ave),

que, um minuto depois, encerraria

a sua conta pessoal. Nandinho (Mo-

dicus), aos 27’, e Marinho (Benfi ca),

aos 29’, confi rmaram a goleada, ma-

nifestando toda a equipa uma “con-

fi ança ilimitada”, segundo a aprecia-

ção do técnico Jorge Braz.

Na outra partida do Grupo C, o

Brasil (segundo do ranking) tam-

bém goleou o Japão (9.º), mas por

4-1, num encontro em que se lesio-

nou Falcão, a estrela sul-americana,

considerado o melhor jogador da

actualidade.

Os asiáticos serão os próximos

oponentes de Portugal, no domin-

go (12h portuguesas), numa partida

em que a equipa nacional poderá

confi rmar a passagem aos oitavos-

de-fi nal da competição.

Goleada portuguesa no Mundial da Tailândia

FutsalPaulo Curado

BENOIT TESSIER/REUTERS

Tsonga precisou de dois tie-breaks para eliminar Almagro

Pouco preocupado com a ausên-

cia de um representante dos “Fab

Four” do circuito mundial, o públi-

co presente no Palais Omnisports

Paris-Bercy rejubilou com a vitória

de Jo-Wilfried Tsonga sobre Nicolás

Almagro, que lhe garantiu a pre-

sença no Barclays ATP World Tour

Finals, evento que reunirá os oito

melhores de 2012 em Londres, na

próxima semana. Com as derrotas

de Almagro e também de Milos Ra-

onic, o sérvio Janko Tipsarevic selou

igualmente a presença no Masters.

O triunfo de Tsonga (7.º ATP) sobre

o 13.º mundial só fi cou confi rmado

nos tie-breaks: 7-6 (7/4), 7-6 (7/3). Tip-

sarevic (9.º) derrotou o argentino Ju-

an Monaco (10.º), por 6-3, 3-6 e 6-3, e

o canadiano Raonic (14.º) cedeu, por

6-3, 7-6 (7/1), diante do norte-ameri-

cano Sam Querrey (23.º).

Tsonga é agora também um dos

candidatos ao triunfo no BNP Pari-

bas Masters, após a eliminação de

Andy Murray. O escocês dispôs de

um match-point, quando serviu a 7-5,

5-4 (40-30), mas acabou por ver o

polaco Jerzy Janowicz sair vencedor,

com os parciais de 5-7, 7-6 (7/4) e 6-2,

ao fi m de duas horas e 25 minutos.

O problema é que este é o terceiro

torneio consecutivo em que Murray

perde depois de estar a um ponto de

vencer. Exibições pouco auspiciosas

antes de regressar ao seu país, on-

de será um dos cabeças de cartaz

do Barclays ATP World Tour Finals.

“Tenho de ter a certeza de não dei-

xar isto acontecer na [Arena] O2”,

concluiu.

Jo-Wilfried Tsonga e Janko Tipsarevic vão encerrar a época em Londres

difi culdade em encontrar patroci-

nadores. Não tinha dinheiro para a

minha carreira e sempre foram os

meus pais a ajudar-me. Eles foram

vendendo as suas lojas, os poucos

apartamentos e ajudaram-me o mais

possível. Estes são os problemas que

eu realmente posso contar-vos”, dis-

se Janowicz aos jornalistas.

De fora fi cou também Del Potro.

O argentino vinha de uma série de 11

encontros ganhos, mas perdeu com

Michael Llodra: 6-4, 6-3 .

Janowicz, de 21 anos, ainda é pou-

co conhecido, pois começou o ano

como 221.º do ranking e na semana

passada atingiu o 64.º lugar, mas,

ao tornar-se no primeiro polaco a

chegar aos quartos-de-fi nal de um

Masters 1000, tem garantida a entra-

da no top 50. Uma boa recompen-

sa para o tenista em quem os pais,

antigos jogadores profi ssionais de

voleibol, tudo apostaram, ao pon-

to de venderem o seu património.

“Primeiro que tudo, sempre tive

Ténis Pedro Keul

A qualificação dos dois tenistas para o Masters, na próxima semana, ofuscou a eliminação de Andy Murray em Paris

Fomos mais rápidos do que a nossa própria sombra.

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42 | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

ESPAÇOPÚBLICO

EDITORIAL

A “refundação” e o drama do FMI

Pelos vistos, o Governo continua a

reservar para si discursos enigmáticos

com palavras a necessitar de tradução,

como a célebre “refundação” de que

já tantos zombaram, deixando para

vozes próximas o anúncio de questões mais

claras. Depois do (triste) “episódio” António

Borges, assistimos anteontem ao “episódio”

Marques Mendes. O ex-presidente do PSD

e actual comentador da TVI24 disse, num

tom entre a revelação e o dramatismo,

que “quem vai assessorar tecnicamente o

Governo na elaboração deste estudo para

a reforma do Estado [que se supõe ser a tal

‘refundação’ invocada por Passos] vão ser

técnicos do FMI. De resto, já chegaram esta

semana a Portugal, já cá estão, já reuniram

com alguns ministérios, em particular com

a Administração Interna e com a Defesa, e

Em Portugal, bastam uns minutos de televisão para uma banalidade se transformar em drama

vão ser a assessoria técnica especializada

no estudo e na defi nição do esqueleto e das

medidas desta reforma”. Dito assim, suscita

indignação: então o Governo já não é capaz

de se valer por si próprio, nem para a única

coisa que devia tomar em mãos de forma

resoluta, ou seja, a reforma do Estado? E foi

isso mesmo que o PS, que já dissera “não”

a Passos em matéria de “refundações”,

afi rmou ontem a plenos pulmões: “É uma

farsa com um mau guião. O Governo diz que

quer convidar o PS para um diálogo sério

e afi nal sabemos que já estão em Portugal

os técnicos do FMI e até se conhecem com

detalhe áreas onde cortar a despesa.” Tudo

isto teria razão de ser se os técnicos do

FMI tivessem sido chamados de urgência

e tivessem acabado de aterrar na Portela,

na repetição de uma anedota antiga. Na

verdade, porém, os técnicos do FMI estão

cá há bastante tempo, toda a gente o sabe,

têm escritório montado e nestes meses

ninguém pareceu indignar-se seriamente

com o assunto. Em Portugal, bastam uns

minutos de televisão para uma banalidade

se transformar em drama. O que não faz,

de modo algum, o verdadeiro drama que

vivemos transformar-se em banalidade.

Vasco outra vez, em Novembro

Com a autoridade que julga advir-

lhe de presidir à Associação 25 de

Abril, Vasco Lourenço veio a público

mais uma vez acenar com previsões

catastrofi stas. Em Outubro de 2011

disse que o poder tinha sido tomado por

um “bando de mentirosos”, ignorando que

os “mentirosos” tinham na verdade sido

eleitos. Agora, acusa o Governo (ou seja,

esses mesmos “mentirosos”) de estar a

empobrecer o país de forma “intencional”

ao serviço do capital fi nanceiro mundial,

o que é, para ele, “criminoso”. A tudo

isto associa os fantasmas de uma ditadura

(Portugal, diz, está mais perto dela do

que da democracia) e de uma guerra na

Europa, aconselhando Portugal e outros

países “em difi culdades” a deixar o euro,

ignorando que isso não os livraria da tal

guerra e muito menos das difi culdades

que enfrentam. De Outubro de 2011 a

Novembro de 2012, o país piorou bastante,

mas Vasco Lourenço não evoluiu muito.

Ouvi-lo é mais um pesadelo, entre tantos.

Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores

CARTAS À DIRECTORA

Palavras, palavras, palavrasCom a abertura do debate no

Parlamento sobre o Orçamento

2013, os canais televisivos

inundaram-nos de discursos mais

ou menos infl amados, cheios de

contradições com declarações

passadas, de ataques por vezes

pessoais, mas com muitas

verdades, a serem devidamente

ponderadas, que as partes

contrárias em geral ignoram,

preferindo concentrar-se sobre

palavras/expressões ocasionais.

De todo esse panorama resulta

que a credibilitada dos políticos,

até aqui muito por baixo, não sai

melhorada. O que não admira,

de facto, pois sobretudo vemos

que os nossos governantes se

preocupam quase exclusivamente

com uma imagem (não muito

realista) junto da troika e da sr.ª

Merkel e muito pouco com a

As cartas destinadas a esta secção

devem indicar o nome e a morada

do autor, bem como um número

telefónico de contacto. O PÚBLICO

reserva-se o direito de seleccionar

e eventualmente reduzir os textos

não solicitados e não prestará

informação postal sobre eles.

Email: [email protected]

Contactos do provedor do Leitor

Email: [email protected]

Telefone: 210 111 000

imagem sentida pela esmagadora

maioria da população, levada ao

empobrecimento, ao desemprego

e hoje desmotivada.

Parece-me ter de se arrepiar

algum caminho, mas com

políticos que saibam transmitir

às instâncias externas as nossas

realidades efetivas e em posições

de fi rmeza.

António Catita, Lisboa

Autofagia

Alguém sabe o que aconteceu

ao Presidente da República? Não

fala. Está mudo e o mais grave

é que está surdo às solicitações

populares. Não pode Cavaco Silva

receber a verba anual destinada à

presidência e estar alheio ao que

se passa. Para falar no Facebook

chegam 25 euros. É o que eu

pago para ter acesso 24 horas.

Um Presidente que não intervém,

não explica e está alheado da

realidade do país não vale a pena.

Anda-se a discutir ordenados

e reformas e gasta-se dinheiro

desnecessariamente. Portugal não

pode entrar em autofagia.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

Privatização da TAP: a posição da Alitalia

Em relação ao artigo publicado no

PÚBLICO de 24 de Outubro, sobre

a venda da TAP Portugal, a Alitalia

faz questão de esclarecer que

não enviou nenhuma oferta não

vinculante para a aquisição da TAP

e que, portanto, não foi, de forma

nenhuma, excluída do processo

de privatização. A Alitalia,

adicionalmente, comunicou ao

Governo português e aos advisors

da operação, o seu interesse

estratégico pela companhia,

indicando também as difi culdades

em responder nos tempos

previstos para a privatização,

reservando-se o direito de

fornecer novas indicações até o

fi nal de Outubro.

Antonella Zivillica, Responsável

Alitalia relações com a imprensa

N.R.: Não se escreveu que a

Alitalia apresentou uma proposta

não vinculativa, mas sim que

abordou o Governo sobre a

privatização da TAP, tal como a

companhia agora confi rma. Tal

como escrevemos, o Governo

decidiu não considerar essa

abordagem devido à situação

fi nanceira da empresa.

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | 43

Política, segredo e justiça

A violação do segredo de justiça

no processo Monte Branco, no

qual o primeiro-ministro foi

escutado, aparenta ser uma

ameaça do poder judicial a

Passos Coelho, afi rmou há dias

o bastonário da Ordem dos

Advogados.

Segundo Marinho e Pinto, a

divulgação do teor das escutas

em causa tinha todo o aspecto de “... ser

um sinal, uma ameaça que a corporação

judiciária dirige ao primeiro-ministro, num

momento em que o Governo está a tomar

medidas muito desagradáveis”.

É certo que as afi rmações partem

de quem nos habituou a declarações

nem sempre devidamente ponderadas

mas, de qualquer forma, a acusação é

sufi cientemente grave para nos preocupar.

Até porque a voz do bastonário não está

sozinha e, sobretudo, porque o que diz

não parece completamente destituído de

fundamento.

Face às revelações do teor de escutas

telefónicas que envolviam um banqueiro,

o primeiro-ministro e um ministro do

seu governo, as reacções institucionais

foram as do costume: a ministra da

Justiça lamentou a violação do segredo de

justiça e referiu a necessidade de rever a

legislação em vigor, acrescentando que

“uma alteração ao segredo de justiça

não pode ser apenas do ponto de vista

legislativo”, mas terá também de implicar

uma mudança “cultural” da sociedade

portuguesa.

Seria mais uma das inúmeras alterações

do regime do segredo de justiça dos

últimos anos e, evidentemente, um

verdadeiro absurdo. Não é uma alteração

legal — provavelmente num sentido

restritivo da liberdade de expressão —

que vai alterar a realidade, sendo certo

que a actual legislação é relativamente

equilibrada, apesar de responsabilizar

os jornalistas por um segredo que deve

ser guardado pela justiça. Mas a ministra

tocou noutro ponto que se prende com as

preocupações do bastonário e, se calhar,

de muitos de nós: a mudança cultural, não

tanto da sociedade como dos operadores

judiciários.

Saliente-se que neste processo, na fase

em que se encontra, o acesso à informação

que consta do mesmo por parte de terceiros

é praticamente nula. Só o Ministério Público

que dirige o inquérito, os seus funcionários

e o juiz de instrução poderão ter sido a

origem das fugas de informação.

Dir-se-ia que a nova procuradora-geral

da República tinha a tarefa facilitada no

inquérito que, como de costume, mandou

de imediato instaurar. Mas assim não é

e, com toda a certeza, o inquérito será

arquivado sem ser deduzida qualquer

acusação ou então só serão acusados

os jornalistas que escreveram sobre o

assunto. O bastonário da Ordem dos

Advogados referiu também a sua falta

de convicção na obtenção de quaisquer

resultados práticos do inquérito, já que

“quem vai investigar são os próprios

magistrados e os próprios polícias que

são os principais suspeitos de praticar o

crime”. Um processo que se anuncia à

partida como inútil e em que se vai perder

tempo e dinheiro.

Mas neste caso, talvez valesse a pena

a Procuradoria-Geral da República ir um

pouco mais longe nas suas indagações e

procurar detectar as raízes culturais da

violação do segredo de justiça, unindo o seu

combate pela defesa da legalidade ao do

bastonário da Ordem dos Advogados e ao

da ministra da Justiça.

Segundo o jornal Expresso, a intercepção

telefónica foi feita em Dezembro de 2011

e “por opção estratégica da equipa que

investiga as suspeitas de corrupção, tráfi co

de infl uências e informação privilegiada, na

privatização da REN e da EDP, só foi levada

ao presidente do Supremo 11 meses depois,

muito acima dos 15 dias previstos por lei”.

Pessoalmente, as teorias da conspiração

embora me fascinem não me seduzem.

Custa-me a acreditar que a aparição,

processual e pública, destas escutas

corresponda a uma intencionalidade

política, matando “dois coelhos de uma

cajadada”: o primeiro-ministro, que foi

posto em causa, e a nova procuradora-

geral, que foi obrigada a abrir um inquérito

presumivelmente inútil. Mas, como muitos

portugueses, gostaria de estar mais seguro

de que, de facto, a política não interfere

nas investigações

criminais.

Ora, embora não

se possam sindicar

publicamente as

opções estratégicas

de uma investigação

criminal numa fase

secreta da mesma,

nem por isso a

procuradora-geral

está impedida de

saber que opções

foram essas, até

porque, como no

caso do anterior

primeiro-ministro,

“calha” sempre

quando as escutas

são enviadas

para validação

pelo presidente

do Supremo Tribunal de Justiça, via

Procuradoria-Geral da República, que se

tornam conhecidas publicamente.

Há dados objectivos no processo que

justifi quem que uma escuta efectuada

em Dezembro de 2011 em que intervém o

primeiro-ministro seja “desencantada” em

Outubro de 2012? Não há violação da lei ao

só agora ser pedida a sua validação? Quem

teve acesso a essa decisão e movimentação

processual? Cabe ao Ministério Público

respeitar e fazer respeitar a lei?

Advogado. Escreve à [email protected]

No campo do segredo de justiça, não é uma alteração legal que vai alterar a realidade

Francisco Teixeira da MotaEscrever direito

Mails menos maus

Se quiser ler uma defesa da

caligrafi a que lhe dará logo

vontade de pegar numa caneta,

tente reaver a revista 2 do

PÚBLICO de 21 de Outubro onde

se publicou um belo excerto do

mais recente livro do romancista

e crítico Philip Hensher. Ou gugle

o nome dele e handwriting.

É pena que já quase ninguém

tenha paciência de escrever cartas à mão,

levá-las ao correio e comprar selos. Por

outro lado, pode-se ter cuidado com os

mails e escrevê-los bem, parando para

pensar e tentando ser interessante.

Nem tão-pouco é preciso escolher entre

a carta manuscrita e o mail. Porque não

escrever um bilhete ou uma carta à mão,

digitalizá-la ou fotografá-la e mandá-la por

mail? A velocidade e o preço são iguais.

O destinatário não terá o prazer de

receber o peso duma carta e ver a sua

caligrafi a ali no papel que segura mas sentir-

se-á mais próximo de si e fará uma ideia da

presença da sua personalidade.

Também pode escrever numa máquina,

manual ou eléctrica, e fazer o mesmo — até

as máquinas são sexy no mundo anódino

dos mails. O Gmail, que é de longe o melhor

serviço, é particularmente feio no formato.

Pode guardar os originais como cópias ou,

melhor, mandá-las pelo correio. Assim o seu

correspondente tem o prazer (ou intencional

desprazer) de ler a sua carta imediatamente,

recebendo pouco depois o original.

Deixe fi car as emendas: dão vida. Dos

mails cheios de gralhas e abreviaturas só

transparecem pressa e descuido. Mas as

correcções mostram vagar e respeito pela

outra pessoa.

Miguel Esteves CardosoAinda ontem

BARTOON LUÍS AFONSO

44 | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Chegou a altura de escolher entre mais impostos ou mais deste “Estado social”

O jornalista, proclamou solene o

douto professor universitário,

é “um funcionário da

Humanidade”. A frase é

bonita, soa bem e a Fátima

Campos Ferreira não deixou

de acenar com a cabeça.

Infelizmente, a frase não quer

dizer nada. Nem responde ao

que devia estar a ser discutido

naquele Prós e Contras: se o jornalismo é

importante, como é que o pagamos? É que

eu, por exemplo, não me estou a ver a ir

pedir o meu cheque às Nações Unidas.

O nosso espaço público está cheio de

frases como aquela: grandiloquentes,

capazes de arrancarem aplausos às

plateias, mas mistifi cadoras, quando não

abertamente idiotas. Lembram-se, por

exemplo, de quando se andou para aí

a glosar a ideia de que “o lugar onde se

nasce nunca devia morrer” a propósito

da Alfredo da Costa? Também era uma

frase bonita, que dava títulos lindos, mas

tão disparatada como capaz de bloquear

qualquer debate racional.

Mais recentemente, o país comoveu-

se com um enfermeiro que pediu ao

Presidente que não criasse um “imposto

sobre as lágrimas e muito menos sobre

a saudade” e sucederam-se programas

indignados sobre essa indignidade que seria

ter de emigrar. Em momento algum, talvez

em nome das tais lágrimas e da tal saudade,

vi alguém interrogar-se sobre o facto de o

número de enfermeiros em Portugal ter

duplicado entre 1999 e 2010 (ver Pordata) e

de, ao mesmo tempo, se terem multiplicado

os cursos superiores de Enfermagem

(muitos criados para satisfazer clientelas

locais) que lançam para o mercado de

trabalho milhares de profi ssionais que o

sistema de saúde já não consegue absorver.

Nada disso. O que dominou foi outra

frase grandiloquente: “Estamos a perder

a geração mais qualifi cada de sempre”. É

possível, mas de novo ninguém se interroga

sobre se essa geração terá as qualifi cações

certas ou se, em muitos casos, não se

fi ca pelas qualifi cações que foram mais

convenientes às carreiras dos senhores

professores universitários.

Confesso que eu, “funcionário da

Humanidade”, tenho cada vez menos

paciência para a esquizofrenia destes

discursos que saltitam de emoção em

emoção sem nunca colocar os pés na terra.

É que isso tem um custo muito pesado

quando chega a altura de perceber que

caminho seguir.

Ferro Rodrigues, na intervenção

que fez no encerramento do

debate parlamentar sobre o

Orçamento, acusou o Governo

de “tentar pôr a classe média

contra o Estado social”. Há uma

certa verdade nesta afi rmação,

mas não aquela a que o antigo

líder do PS queria chegar. O que

está a colocar a classe média

contra o Estado social são os impostos

que vão ser pagos em 2013. Essa é que é

a grande novidade da actual realidade

orçamental e política: pela primeira vez

em muitos, muitos anos, começa a fi car

evidente que, para mantermos o actual

Estado social, temos de pagar impostos

e mais impostos e mais impostos. Talvez

tenha sido essa a perversidade (ou a

inteligência) do ministro das Finanças:

tornar evidentes, nos bolsos da classe

média, os custos do Estado que temos.

Num país menos esquizofrénico e com

menos tendência para se deixar embalar

em frases sonoras, a famosa discussão

sobre as funções do Estado — com ou sem

“refundação” pelo caminho — há muito

que se teria iniciado. E ter-se-ia iniciado

exactamente pelo Estado social, não fosse

o tema ser tabu.

Esta discussão devia ter sido lançada pelo

Governo há ano e meio, mas se calhar só vai

ser possível porque esbarrámos no muro

dos impostos. Já em 2004, o infelizmente

desaparecido Ernâni

Lopes, ministro

das Finanças no

momento de aperto

de 1983/85, disse

que “o modelo

social europeu

ou muda ou

desaparece”. Foi

numa entrevista a

este jornal e não

podia ter sido

mais claro: “Não

podemos esquecer

que toda a lógica

do modelo social

europeu saiu de um

período excepcional

da História, que

vai de 1947 a 1973,

durante o qual o

PIB das economias

desenvolvidas

cresceu cinco

por cento ao ano,

consistentemente.

Isso hoje esqueça…”

Exacto então,

ainda mais exacto hoje. Mas, até hoje,

assumindo a posição confortável de

“enquanto o pau vai e vem folgam as

costas”, a opinião pública e a maioria

dos que fazem opinião não quis saber.

Ainda hoje há quem se recuse a aceitar

que acabaram de vez os anos gloriosos do

crescimento económico exponencial. Há

mesmo quem, como um dos responsáveis

pelo buraco em que estamos enfi ados — o

antigo secretário de Estado adjunto do

Orçamento nos governos de Sócrates,

Emanuel Santos —, escreva livros a

defender esse tal quimérico crescimento.

Um quarto da nossa dívida pública, mais de

50 mil milhões de euros, foi desbaratado

entre 2008 e 2010 pelos governos em

que ele participou precisamente a tentar

estimular o tal crescimento, mas a única

coisa que cresceu foram as dívidas, os

juros e, vê-se agora, a teimosia de quem

não quer mudar nada.

Durante anos, os portugueses

fi cavam furiosos de cada vez

que fechava o mais pequeno

e desajustado serviço de

saúde, a escola mais isolada

e inapropriada ou a esquadra

de polícia mais podre. Os

portugueses — sobretudo os

portugueses da classe média

— estão agora furiosos com o

Governo por causa dos impostos. Ainda

é um sentimento confuso, mas é uma

Confesso que tenho cada vez menos paciência para a esquizofrenia dos discursos que saltitam de emoção em emoção sem nunca colocar os pés na terra

Jornalista. Escreve à [email protected]

mudança de estado de espírito que até

Ferro Rodrigues foi capaz de perceber. E

quando se está furioso com os impostos

fi ca-se muito mais intolerante para com os

gastos do Estado, mesmo quando estes são

no Estado social.

É por isso que o PS hesita na retórica que

há-de utilizar, uns dias mais inclinado para

a esquerda ululante que diz não a tudo,

outros dias tentado a não quebrar todas

as pontes com o centro-direita e a troika.

Mesmo assim, não acredito que o PS possa

fi car de fora de um novo consenso derivado

desta dura realidade de que “não há

dinheiro”, ou pelo menos não há dinheiro

para tudo. Mas não estou optimista quanto

ao rumo da discussão.

Contudo, é bom ter consciência de como

é estreito o nosso caminho e como pode

ocorrer um desastre ainda bem pior do que

o Orçamento de 2013. Ouvi, por exemplo,

a esquerda ululante repetir, dentro e

fora da Assembleia, que não devemos

pagar os juros da dívida (a taxa média dos

nossos juros está nos 3,5%, mas há quem

considere isso usurário e especulativo) e

que, desde que os impostos paguem os

salários e as pensões, podemos dispensar o

“fi nanciamento à economia, que não é mais

do que fi nanciamento aos bancos”. Pior:

senti que essas teses tinham acolhimento

junto do jornalismo de microfone estendido

e neurónios bloqueados, assim como de

sectores do PS. E pasmei.

As pessoas talvez não saibam, mas

na Grécia o Estado social não se está

a desmoronar porque o Orçamento

transferiu menos fundos para a saúde, por

exemplo — os cuidados de saúde estão a

cair a pique porque ninguém empresta

dinheiro aos gregos, estes já nem remédios

conseguem comprar às farmacêuticas

e vão fazer fi la de madrugada para as

farmácias para comprarem alguma das

raras embalagens que lá vão chegando. Se

Portugal seguisse os cantos de sereia dos

que se indignam contra o “fi nanciamento

da economia” chegaria muito depressa ao

mesmo desastre: ainda se extorquiriam

impostos para pagar os salários de

médicos e enfermeiros, mas não haveria

medicamentos ou intervenções cirúrgicas.

O Estado social não se reformaria, entraria

em colapso. E nem sequer os mais impostos

que viriam a seguir nos salvariam.

Talvez fosse desejável ter esse debate

noutras condições políticas e com um

Governo com mais autoridade, mas é o que

temos. Tal como temos um PS balcanizado

e a esquerda arcaica de sempre. Nós somos

nós e a nossa circunstância, e a actual

circunstância empurra-nos, ao menos,

para o debate há muito adiado. Ainda

bem, acrescenta este “funcionário da

Humanidade”.

ENRIC VIVES-RUBIO

O debate devia ter começado há ano e meio, mas é melhor tarde do que nunca. E chegamos a ele por causa do cansaço com tantos impostos

José Manuel FernandesExtremo Ocidental

PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | 45

Onde se cruzam classe média e teatro em 2013?

Que “o teatro é o espelho

do mundo”, ou algo muito

semelhante (Shakespeare

dixit), que “é o barómetro por

onde se mede a civilização de

um povo” (Lorca) ou que “é

um grande meio de civilização,

mas não prospera onde a

não há” (Garrett) são frases

já tão batidas que chamá-las

à colação parece de um primarismo sem

sentido. Mas se as olharmos por um instante

nesse mesmo espelho do mundo, vendo-as

numa realidade reinvertida (de que falava

Débord em A Sociedade do Espectáculo) e

criadora dessa “civilização”, o teatro passa

a ser, ele mesmo, o barómetro com que

o povo mede a sua prosperidade ou não.

Troquemos os lugares e, em vez de citações

do alto de um palco para a plateia, sentemo-

nos nós nessa plateia e observemos como

se movem as “personagens” da vida real do

teatro. Melhor: onde está, por onde e para

onde caminha o teatro. Ao caso particular

em Portugal, mas, creio, mais coisa menos

coisa, a nível, pelo menos, europeu.

A “crise” também afecta a arte e a

cultura quando a “paranóia do défi ce”

(citando o insuspeito Financial Times) atira

o património cultural no seu todo para

um plano secundaríssimo e considera

praticamente dele excluído o imaterial.

Sem a tradição americana, onde o Estado

fi nancia indirectamente por via da Tax

Law e na recessão e crise de 29, com a New

Deal, o fez directamente para aquecer a

economia, o teatro português de “média

classe” (no sentido de meios e recursos

humanos quantitativos) defi nha, a par da

classe média, que sendo sua principal fonte

de público, se o dinheiro já lhe falta para

necessidades básicas e compromissos de

consumo anterior, quanto mais para um

bilhete de teatro! O “PEB” (produto externo

das bilheteiras) baixará brutalmente,

ainda mais, em 2013: não nos cálculos

“gasparianos” para o PIB de 1%, nem os de

“pelo menos 2,8%” do núcleo de estudos

económicos da Universidade Católica,

nem sequer os 5,1% que o FMI calcula. As

bilheteiras vão cair em 60%, 70% ou 80%.

Ao que se juntarmos os inevitáveis cortes

do fi nanciamento estatal (em 2012 foi de

38%, sem aí o Estado se sentir no dever de

“cumprir” a herança da governação anterior

e respeitar “memorandos”), em 2013 serão

maiores ou totais. E a tal “média classe”

teatral ruirá como um baralho de cartas em

menos de um semestre.

Por isso é que vir para a rua com

reivindicações irrealistas e corporativas

de “1% para a cultura”, quando a cifra

actual é de 0,1% e já antes da “paranóia

do défi ce” era de pouco mais de 0,2%,

nunca tendo sido mais do que 0,7% (nem

com Santana Lopes, nem com Carrilho),

importa pensar modelos de reinvenção,

porque, mesmo que numa mudança radical

(de raiz) de paradigmas ou numa mera

política de abrandamento, os próximos

anos ou décadas exigirão outras prioridades

básicas antes de voltar sequer aos 0,7%:

reconstituição do tecido produtivo de

pequeno e médio empresariado nacional,

reconstrução da frota de pesca, regresso à

agricultura nacional, criação acelerada de

emprego, reconstrução da Segurança Social,

retorno da escola pública e muito mais. De

resto, os 1%, no quadro actual, seria um

outro tipo de mordomia, das que provocam

a ira popular com toda a justifi cação.

Ora, se à classe média, socialmente

falando, só resta escolher como quer

acabar na rua: junta com os sem-abrigo na

miragem de um retorno aos dois ou três

televisores em casa ou férias promocionais

na República Dominicana, que não voltam

mais; ou juntar-se

aos que erguem

barricadas contra

um modelo social

cuja fi nalidade é

a proletarização

(primeiro) e a

escravização (logo

de seguida) de todos

os trabalhadores,

incluindo os da

classe média e

com a restante

classe média dos

pequenos e médios

comerciante e

industriais… Ao

teatro de “média

classe” também se

impõe a escolha:

entre a jeremiada

inútil que não

comove os da

troika, nem os da

resistência a ela;

ou a reinvenção

de modelos de

criatividade e

talento — sem a espectacularidade de

cenários ou cartazes, a quadricromia que

ninguém retém na memória — numa acção

de captação directa de novos públicos a

preços mais baixos e com um reportório

adequado sem a imitação submissa da moda

dos que nos têm por “pigs”.

Ou talvez fi que ainda o recurso a um

reportório imbecil e primário que, em

analogia com o que disse a ainda mais

insuspeita Manuela Ferreira Leite a

propósito do orçamento, pode diminuir o

défi ce de bilheteira, mas para que serve se

na plateia estará um “público morto”?

À classe média, socialmente falando, só resta escolher como quer acabar na rua: junta com os sem-abrigo ou com os que erguem barricadas

Encenador. [email protected] http://estudiodogma12.blogspot.pt/

Debate Crise e culturaCastro Guedes

Barbosa de Melo: nos 80 anos de um ‘homem-bom’

1. Recordo-me daquele Outono de

1990 em que Barbosa de Melo

entrava numa pequena sala da

Católica do Porto para dar as

aulas da cadeira de Ciências da

Administração. E de começar,

com o seu jeito afável e paternal,

lançando a voz pausada e

grave numa toada envolvente e

penetrante. Assim que iniciava,

tudo se passava como se não houvesse

tempo ou houvesse, afi nal, todo o tempo

do mundo. E, a pretexto das ciências da

administração, administrava ciência e

administrava-a paciente e sabiamente.

Viajava da mais avançada teoria da física

ou do último modelo da sociologia das

organizações até à pintura mais erudita

ou ao versejador mais trivial. Aristóteles

cruzava-se com António Aleixo, Boticelli

namorava Agustina, Umberto Eco jantava

com Fernão Lopes, D. Quixote trabalhava

com Enrico Fermi. Lembro-me de ter

ouvido dissertar abundantemente sobre

os Federalist Papers, a obra de Hannah

Arendt ou o pensamento sistémico de

Niklas Lhumann — pontos que me haveriam

de marcar indelevelmente. Aquelas lições,

com o seu inesgotável abrir de janelas

e rasgar de varandas, com as passagens

directas e discretas dos clássicos da

literatura aos mais arraigados costumes

populares portugueses, pareciam, por

vezes, uma espécie de “radicação” ou

“incarnação” humana da Internet — uma

rede interactiva de conhecimentos avant la

lettre. E também por aqui intercedia uma

profunda provocação ao conservadorismo

pedagógico, uma impressionante sintonia

com o ar do tempo, uma compreensão

consciente do desastre epistemológico

e antropológico que representa a

especialização e a segmentação excessiva

dos saberes. E tudo isto se declinava

com uma simplicidade e uma singeleza

desconcertantes, a ponto de nos fazer crer

que afi nal o conhecimento das essências era

tangível (Kant, de um modo ou de outro,

estava sempre lá…). Aquelas aulas eram,

pois, “universidade” na mais pura essência,

na melhor senda do que podia e poderá

ser um “neo-humanismo”; um humanismo

praticado, mas outrossim pensado,

intencionado e teorizado.

2. Barbosa de Melo distingue-se,

evidentemente, pelos seus escritos, muito

dispersos, muito fragmentários, mas de

uma profundidade e de uma legibilidade

assinaláveis. Vão dos domínios mais

técnicos do direito administrativo e

constitucional — mas aí sempre com um

lastro e um rasto cultural incomparáveis

— a temas, na altura, de vanguarda,

como a concertação social e as matérias

comunitárias europeias. Destaco, por

se tratar de um clássico da fi losofi a

política portuguesa, o ensaio Democracia

e Utopia, no qual sobrelevam as suas

melhores qualidades. Tornou-se, porém,

conhecido do grande público pela mão da

actividade política; onde pontifi ca como

um político de excepção, por ser capaz

de casar os grilhões da acção política com

a preocupação permanente de a manter

ligada à produção de pensamento. Essa

capacidade esteve sempre presente

do tormentoso nascimento do PPD à

presidência do Parlamento, passando

pelo apoio às revisões constitucionais

ou pela representação autárquica na sua

muito amada Penafi el. O país ganhava

muito, ainda hoje e agora, se quisesse

aproveitar esse cada vez mais raro talento.

E não pode passar em claro, por ser uma

marca inapagável do seu empenhamento

cívico e humano, a militância e a refl exão

cristã. Poucos intelectuais, fora das vestes

eclesiásticas,

terão contribuído

tão intensa e

luminosamente

para o debate e

o esclarecimento

da nossa relação,

culturalmente

enraizada, com o

divino e o religioso.

3. Barbosa de

Melo é um viajante.

Mas mais do que um

andarilho do espaço,

é um passageiro

do tempo, um

navegador dos

tempos. Nele,

Homero e Einstein

dialogam, Buda

e Tocqueville

interagem, o padre António Vieira e Freud

encontram-se, Gil Vicente e Churchill

conhecem-se, porque só o humano lhe

interessa. Não é, por isso, um cosmopolita;

é mais do que isso, muito mais do que isso: é

um “cronopolita” — um cidadão do tempo.

Mas mais do que o detentor de um

intelecto brilhante e de uma cultura ímpar,

Barbosa de Melo é — como sabem todos os

que o conhecem — um homem recto, justo

e bom. Se tivesse de escolher um elogio,

pegava nessa pista da nossa vida medieval,

que ele tão bem conhece, e escolhia o

epíteto de “homem-bom”. Barbosa de

Melo é, neste preciso dia em que perfaz

80 anos, um senador da república, um

reputado professor e um sage da melhor

linhagem fi losófi ca. Mas, bem mais raro

e bem mais precioso do que tudo isso, é

um homem bom. Um “homem-bom” de

Lagares, Penafi el.

Barbosa de Melo é um passageiro do tempo, um navegador dos tempos

Eurodeputado (PSD) [email protected]

Tribuna HomenagemPaulo Rangel

46 | INICIATIVAS | PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012

Lucky Luke pode disparar mais rá-

pido do que a sua própria sombra,

mas difi cilmente conseguirá com

essa agilidade desembaraçar-se de-

fi nitivamente dos irmãos Dalton.

Herói e malfeitores (simpáticos,

mas malfeitores) estão de volta na

última aventura da série, Todos por

conta própria (argumento de Daniel

Pennac e Tonino Benacquista, dese-

nho de Achdé), que agora surge em

edição portuguesa, poucas semanas

depois do lançamento do álbum no

mercado franco-belga.

À imagem e semelhança do mundo

real, a liderança da quadrilha passa

por uma crise profunda: a autorida-

de de Joe é posta em causa de forma

irremediável e como os irmãos não

se entendem nem estão dispostos

a admitir uma chefi a cega, vão ter

de demonstrar individualmente que

são merecedores desse cargo. Mas

para isso têm de se evadir e logo aí

começam a manifestar-se os primei-

ros sinais de que as coisas têm todas

as probabilidades de correr mal: os

Dalton evadem-se da penitenciária

cavando... quatro túneis distintos. E

Todos por conta própria, o novo Lucky Luke com o PÚBLICO

O quinto álbum da era pós--Morris confirma o acerto na escolha do desenhador e dos argumentistas. Uma boa história em que Lucky Luke enfrenta de novo os Dalton

LisboaRua Viriato, 13. Horário: segunda a sexta, das 9h às 19hCentro Comercial ColomboPiso zero. Horário: segunda a domingo, das 10h às 24hNova localizaçãoAvenida das Índias, junto à Praça CentralLoja onlinehttp://loja.publico.pt/Pontos de venda especiaisJosé Manuel Rebocho RicoRua do Raimundo, 4 7000-508 ÉvoraTlf: 266 705 629Todos os produtos, jornal e espaço nos classificados encontram-se à venda nas lojas e pontos especiais.

PONTOS DE VENDA

AGENDASábado, 3Cadernos do Vinho (vol. 7)Região do TejoSétimo livro de uma colecção sobre as regiões vitivinícolas.

Domingo, 4Quinta da Alorna Reserva 2011O que Portugal tem de melhor. Esta semana, vinho do Ribatejo.

Terça, 6A Missão (1994-1996) – vol. 2Madredeus – 25 AnosA história musical dos Madredeus em oito livros+CD.

Quarta, 7Todos por conta própriaÁlbum Inédito Lucky LukeQuinto álbum da era pós-Morris do lendário herói da BD.

Quinta, 8Surfista Prateado – ParábolaColecção Heróis Marvel – Série II (vol. 4)Dedicada aos melhores comics de super-heróis americanos.

Sexta, 9007 Casino RoyaleJames Bond – 50 anosFilme em que Daniel Craig se estreou na pele do agente 007

O enésimo assalto dos Dalton acaba, como sempre, num fracasso total. Desta vez, porém, Jack, William e Averell não estão dispostos a aceitar a responsabilidade do falhanço e revoltam-se contra Joe. Cada um vai à sua vida, todos determinados em ganhar o milhão de dólares que lhes abrirá as portas da liderança do bando. Todos por Conta Própria (edição Asa e distribuição com o PÚBLICO) é o quinto álbum da nova série de aventuras de Lucky Luke publicadas após a morte de Morris, o seu criador.

Com textos de Miguel Esteves Cardoso e Gonçalo Frota, o segundo volume da colecção Madredeus, A Missão (1994-1996), reúne músicas dos álbuns “gémeos” O Espírito da Paz e Ainda, num alinhamento preparado exclusivamente por Pedro Ayres Magalhães. Temas: Viagens Interditas; Ajuda; Os Senhores da Guerra; Milagre; Os Moinhos; O Mar; Pregão; As Cores do Sol; Ao Longe o Mar; Vem, entre outros.

O ÁLBUM

O VOLUME

Todos por conta própriaNovidade Lucky LukeQuarta-feira, 7 de NovembroPor +10, 70€ (com capa dura)

1994 foi um ano decisivo na

carreira dos Madredeus, so-

bretudo no que diz respeito à

sua internacionalização. Depois

do sucesso de Existir, que fora

lançado em 1990, o grupo em-

barca numa longa digressão que

os leva a países como Espanha,

Bélgica, Brasil, Macau e Japão. O

sucesso fora de portas motivou

Uma música universal na colecção Madredeus

até a EMI a lançar o seu trabalho no

circuito discográfi co internacional.

Nunca um grupo português, com Música

A Missão (1994-1996)Madredeus – volume 2Terça-feira, 6 de NovembroPor +6,95€

uma música tão profundamente

portuguesa, chegara tão longe.

Consciente de que, num mundo

ainda assombrado pelas guerras do

Iraque e dos Balcãs, a música dos

Madredeus ultrapassara os limites

impostos por fronteiras geográfi cas

ou barreiras culturais e linguísticas,

Pedro Ayres Magalhães percebeu que

era altura para repensar a sua sono-

ridade. Em 1994, os Madredeus gra-

vam O Espírito da Paz e da passagem

pelo estúdio nasce também Ainda,

disco que servirá de banda sonora

a Lisbon Story, o fi lme de Wim Wen-

ders sobre Lisboa que projectará

defi nitivamente a sua música no

mundo. Liliana Duarte

o

Banda desenhadaCarlos Pessoa

o mais extraordinário é que até são

bem-sucedidos na tarefa.

Para Lucky Luke, este inesperado

cenário coloca-lhe difi culdades re-

dobradas; em vez de ter de enfren-

tar uma quadrilha mais ou menos

coesa, tem de correr atrás de cada

um dos elementos do bando. Jolly

Jumper, o inteligente cavalo do he-

rói, tem de fazer horas extraordiná-

rias e também não acha muita piada

à situação.

Para os Dalton, é a oportunidade

de mostrarem que o bando é algo

mais do que o somatório de qua-

tro criaturas estúpidas e malvadas.

Daniel Pennac explica o sentido da

história: “Andy Warhol tinha-o dito:

‘No futuro cada um terá o seu quar-

to de hora de celebridade.’ Averell

e Joe já se tinham destacado, mas

Jack e William quase não passavam

de fi gurantes, quase se confundiam

um com o outro. A separação dá-

lhes a possibilidade de expressão

individual.”

Cada um a seu modo, os Dalton

vão confrontar-se com o sucesso

das suas iniciativas, algo com que

o herói não tinha sido confrontado

no passado. E como para grandes

males só mesmo grandes remédios,

não é sem surpresa que os leito-

res verão Lucky Luke deitar mão

às habituais armas dos seus adver-

sários. A consequência maior é a

revelação, nesta história, de uma

dimensão mais obscura e “lunar”

do herói clássico da banda dese-

nhada franco-belga que nunca

antes fora exposta.

É claro que, como sempre, tu-

do acaba bem — isto é, com os

Dalton a partir pedra no pátio

da prisão e Luke a caminhar em

direcção ao sol poente.

Ir

M

im

ou

Pe

er

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v

p

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a

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d

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PÚBLICO, SEX 2 NOV 2012 | INICIATIVAS | 47

É o agente secreto mais famoso do

mundo e as suas caras já são mais

que muitas: todos conhecemos

Bond, James Bond, o espião que,

apesar de celebrar 50 anos de car-

reira, continua jovem e fatal, quer

para os vilões quer para as mulheres.

E desta vez é Craig que empresta a

cara e corpo à personagem.

Nascido em 1968, Daniel Craig é o

primeiro actor a interpretar James

Bond que nasceu depois de a série

já ter sido iniciada e após a morte do

seu criador, Ian Flemming. Vestiu o

fato em 2006, no fi lme Casino Royale,

007 procura vingança em Casino Royale

que nos transporta para as raízes do

agente britânico, já que foi o primei-

ro livro que Ian Flemming escreveu.

Continuou em 2008 com Quantum of

Solace e protagoniza também o fi lme

acabado de se estrear, Skyfall, bem

como os próximos dois fi lmes que

estiverem na calha.

Quando aceitou o convite em 2006

para encarnar o personagem, afi r-

mou estar “ciente dos desafi os”, e

inicialmente não foi das escolhas

mais consensuais, tendo havido

muitas críticas da parte dos fãs: afi -

nal Craig não se encaixava no pro-

tótipo moreno, alto e bonito a que a

indústria nos havia habituado. Mas

Casino Royale chegou aos ecrãs e

conseguiu mais de 500 mil dólares

a nível mundial, sendo o fi lme Bond

a conseguir a maior receita, deitando

abaixo qualquer dúvida de que Craig

não estaria apto para o papel.

Este quarto volume da Série II da

Colecção Heróis Marvel assinala a

estreia na colecção do Surfi sta Pra-

teado, um dos mais carismáticos he-

róis da Marvel, criado por Jack Kirby

em 1966 nas páginas da revista do

Quarteto Fantástico, no âmbito da

mítica Trilogia de Galactus. Apesar

de ter sido criado por Jack Kirby,

o Surfi sta Prateado acaba por es-

A Parábola do Surfista Prateado

tar mais ligado

ao nome de Stan

Lee, que escreveu

a maioria das suas

aventuras, incluin-

do todas as histó-

rias deste volume.

É também Stan

Lee o responsável

pela origem do

Surfi sta Prateado.

Nascido Norrin Ra-

dd, um jovem astró-

nomo que, quando Galactus, o De-

vorador de Mundos, se preparava

para destruir o seu planeta natal, se

oferece como seu arauto em troca

da salvação do planeta, deixando

ziguar a insaciável sede de energia

de Galactus.

Neste volume, além de um punha-

do de episódios da revista mensal,

desenhadas por John Buscema, em

que o Surfi sta ajuda a derrubar uma

ditadura, algures na América do Sul

e enfrenta o Homem-Aranha nos te-

lhados de Nova Iorque, temos dois

momentos únicos da história do

navegante das estrelas: Parábola, a

inesquecível história desenhada por

Moebius, a única história de super-

heróis ilustrada por esta estrela da

BD francesa, e Juízo Final, uma nove-

la gráfi ca de Lee e Buscema, contada

inteiramente com recurso a imagens

de página inteira.

Para assinalar os 50 anos do lançamento do primeiro filme protagonizado por 007, o PÚBLICO lança uma colecção dedicada ao agente secreto britânico. Nos últimos volumes da colecção, o leitor poderá ver as duas últimas aventuras do espião, protagonizadas por Daniel Craig. Na próxima sexta-feira, não perca Casino Royale, seguido de Quantum of Solace, a um preço exclusivo PÚBLICO.

O DVD

007 Casino RoyaleSexta-feira, 9 de NovembroPor +5,99€

É justamente Casino Royale que vai

poder rever esta semana, o primeiro

livro que Ian Flemming escreveu e

que conta as origens da personagem.

Nesta sua primeira missão, James

Bond tem de impedir que o maior

banqueiro das organizações inter-

nacionais, Le Chiff re, leve os seus

planos avante. Para isso, tem de en-

trar no torneio de póquer no Casino

Royale, em Montenegro.

Desde o início da saga, com Dr.

No, Casino Royale é o primeiro a

quebrar a tradição e a não ter bai-

larias nuas na sequência de aber-

tura.

Na próxima semana não perca a

segunda aventura de Daniel Craig,

na pista da rede criminosa Quan-

tum, onde 007 procura vingar-se

de Vesper, a mulher que amava.

Todos os fi lmes a preços exclusi-

vos PÚBLICO.

Surfista Prateado – ParábolaHeróis Marvel-Série II (volume 4)Quinta-feira, 8 de Novembro

Este volume recolhe a história Parábola, publicada originalmente em duas partes em 1988, que reúne os talentos de Stan Lee, no argumento, e de Jean Moebius Giraud, nome maior da BD europeia, no desenho, para além de um making off com ilustrações e depoimentos de Moebius. Inclui também os n.ºs 10, 11 e 14 da revista mensal do Surfista, escritos por Stan Lee e ilustrados por John Buscema e Dan Adkins, e a novela gráfica Juízo Final, com argumento e desenhos de John Buscema, diálogos de Stan Lee e cores de Max Scheele.

O LIVRO

Não há dúvida de que, pelas suas

características únicas, a grande le-

zíria ribatejana é tida como o cora-

ção agrícola de Portugal. A sua pro-

ximidade com Lisboa fez também

com que esta região se tornasse na

Os aromas do Tejo, na colecção Cadernos do Vinho

principal abastecedora de vinho da

capital, apostando na quantidade

em detrimento da qualidade. O facto

de ser o “rei das tascas” criou uma

imagem pouco favorável ao vinho

ribatejano que ainda hoje perdura e

que torna a região do Tejo no “pati-

nho feio do vinho português”.

Alguns produtores começam, no

entanto, a lutar ferozmente contra

esta imagem, produzindo vinhos de

qualidade a preços aliciantes. A evo-

lução técnica verifi cada na região e

a aposta inovadora na associação

das castas nacionais de maior qua-

lidade, como a Touriga Nacional e a

Tinta Roriz nas tintas e Arinto e Fer-

não Pires nas brancas, com castas

ditas internacionais, como Cabernet

Vinhos

Cadernos do Vinho 7TejoSábado, 3 de NovembroPor +4,90€

Vinho Quinta da Alorna Reserva 2011Domingo, 4 de NovembroPor +5,25€, preço sem desconto

Esta semana é distribuído com o PÚBLICO o Quinta da Alorna Reserva 2011. Ideal para acompanhar pratos de peixe com molhos ou de carnes brancas assadas, o Quinta da Alorna Reserva é um vinho das castas Arinto e Chardonnay. Enquanto a primeira lhe atribui um aroma citrino e de fruta fresca, a segunda traz-nos os frutos secos e amanteigados. O resultado é um vinho elegante e equilibrado, de sabor intenso e persistente.

O VINHOSauvignon e Chardonnay, tem-se tra-

duzido de forma notória na qualida-

de e no carácter singular dos vinhos

produzidos na região. Prova disso

são os inúmeros prémios, menções

honrosas e referências na imprensa

especializada, tanto a nível nacional

como internacional.

Por outro lado, é também digna

de registo a evolução signifi cativa

dos vinhos certifi cados que, de 2005

a 2010, passaram de 7,5 para 15,6

milhões de garrafas, continuando a

crescer cerca de 10% em 2012 face

ao ano anterior. Viaje com os Cader-

nos do Vinho pelos terroirs do Tejo e

conheça melhor o que ali se produz.

Mais informações em www.saberes-

dovinho.pt Liliana Duarte

EodmooS

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CinemaVera Monteiro

ComicsJoão Miguel Lameiras

parta trás a sua amada Shalla Bal.

Imbuído de uma pequena fracção

do poder cósmico de Galactus, Ra-

dd transformou-se no Surfi sta Pra-

teado, uma elegante criatura me-

tálica que percorre o cosmos em

cima de uma prancha, em busca de

novos planetas que permitam apa-

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ESCRITO NA PEDRA

“Depois de termos conseguido subir a uma grande montanha, só descobrimos que existem ainda mais grandes montanhas para subir” Nelson Mandela (n. 1918), estadista sul-africano

I S S N : 0 8 7 2 - 1 5 4 8

SEX 2 NOV 2012

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Costas Vaxevanis publicara nomes de 2059 gregos com contas na Suíça p19

Empresa reconhece que, até fi nal da tarde, só 12 comboios tinham circulado p13

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SOBE E DESCE

Jo-Wilfried Tsonga

Foi renhido o duelo com Nicolás Almagro em Paris, mas o francês

conseguiu sair duplamente sorridente. Ao vencer o espanhol, garantiu também um lugar no Masters de Londres. Será a terceira presença de Tsonga no torneio que reúne os oito melhores do mundo e no qual conseguiu atingir a final em 2011. Com este resultado, reacende-se a esperança de um tenista francês voltar a triunfar num Grand Slam. (Pág. 40)

Barack Obama

Na recta final da campanha para as eleições presidenciais

norte-americanas não há vantagem clara nem de Barack Obama nem de Mitt Romney, mas o actual Presidente dos EUA

leva uns pontos de avanço na vontade popular, a julgar pelas últimas sondagens. Segundo a Gallup, uma das mais respeitadas

empresas de estudos da opinião pública americana, 50 por cento dos americanos preferem Obama contra 34 para Romney. Na Reuters/Ipsos, essa relação é de 53 para 29. (Págs. 2/3)

Vasco Lourenço

Um ano depois de ter dito que o poder tinha sido tomado por um

“bando de mentirosos”, Vasco Lourenço vem agora acusar o Governo de estar a empobrecer o país de forma “intencional” e afirmar que uma guerra na Europa é inevitável caso esta continue a “esfrangalhar-se”. O ideal, disse, seria Portugal sair do euro com outros países. “É capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima”. Quem esperava por uma “catástrofe” de novo tipo, aqui a tem. (Pág. 6)

David Cameron

Uma “humilhação”: foi assim que a imprensa britânica se referiu

à derrota sofrida por David Cameron na Câmara dos Comuns. Mais de 50 membros do partido do primeiro-ministro juntaram-se à oposição numa votação sobre o orçamento da Comissão Europeia. 307 (contra 294) votaram a favor de reduzir os gastos de Bruxelas. “Fraco lá fora e fraco em casa”, acusou o líder trabalhista Ed Miliband, referindo-se a Cameron. (Pág. 19)

OPINIÃO

Beco sem saída?

“Refundação do

memorando” é uma

expressão sem sentido:

um memorando não se

refunda. “Refundação do

Estado” é uma expressão

que não se aplica a Portugal: o

Estado português não precisa

de uma “refundação” como, por

exemplo, a França e a Alemanha

em 1945; o Estado português

precisa de uma reforma. Esta

incapacidade de escrever e falar

de uma maneira direita e clara

só serve para mostrar a confusão

política e mental do Governo.

Sobretudo quando o Governo está

paralisado ou, pior do que isso,

se meteu num beco sem saída:

Vasco Pulido Valente

tem medo de fazer o que precisa

e precisa de fazer exactamente

aquilo de que tem medo. O

espectáculo patético da discussão

do Orçamento não deixou a

menor dúvida de que as coisas não

podem continuar assim e que, se

continuam, continuam por uma

única razão: não existe uma saída

aceitável e constitucional para a

situação estabelecida.

Claro que este desastre não é

uma surpresa para ninguém. É

o resultado directo e previsível

de uma longa série de erros.

Há quem comece pelo fi m. A

coligação deixou o princípio para

o fi m. Quando devia agir dura e

decisivamente, logo a seguir a

ser eleita, preferiu ir sossegando

o país com algumas panaceias,

para manter uma aparência de

“normalidade” ou, pelo menos, do

que por aí se chama “confi ança”.

De uma maneira ou de outra,

quase toda a gente a preveniu

de que se estava pouco a pouco,

mas seguramente, a suicidar. Os

príncipes que nos pastoreiam

não se incomodaram. E, sem a

catástrofe para onde nos levaram,

não acordariam. Sucede que não

acordaram com mais fi rmeza

ou inteligência. Acordaram

em pânico e aumentaram

imediatamente a confusão.

Descobriram agora a

necessidade de uma reforma

do Estado, que dantes não os

preocupava excessivamente.

E para reformar o Estado

resolvram pedir ajuda ao PS,

que nunca lhes tocará com um

dedo. Se a coligação não sabe, o

PS sabe que a reforma do Estado

conduzirá inevitavelmente à

destruição de uma boa parte

da “classe média” indígena,

porque o Estado a criou e o

Estado a sustenta; e Seguro,

com razão, não quer a mais leve

responsabilidade no exercício.

Apelar para ele é um sinal de

impotência e fraqueza. Como

é um sinal de impotência

e fraqueza não anunciar

previamente, e ponto a ponto,

que reforma do Estado o Governo

pretende, quando já desistiu ou,

se preferem, fugiu de mexer no

funcionalismo, na administração

central, na administração local e

nas dezenas de empresas

que prometeu privatizar.

A “opinião” berra por um

ditador (que será, segundo

por aí se explica) um ditador

muito “democrático”. E a

coligação?

MIGUEL MANSO

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Uma história de muitos amores.

Qupo

Ud

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