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 1 Critérios para a avaliação de processos decisórios participativos deliberativos na implementação de políticas públicas Autoria: Fernando Guilherme Tenório, Lamounier Erthal Villela, A nderson Felisberto Dias, Fernanda Vianna Gurjão, Érico Cardoso Porto, Bruna Viana  Resumo Este trabalho busca elaborar critérios para a avaliação de processos decisórios  participativos deliberativos na implementação de políticas públicas. Partindo-se do conceito de cidadania deliberativa fundamentado nos preceitos teóricos de Habermas, buscou-se relacioná-lo com os critérios de avaliação da participação cidadã desenvolvidos pelo Instituto de Governo e Políticas Públicas da Universidade Autônoma de Barcelona (IGOP) e presentes nos trabalhos de Castellà e Jorba (2005), Jorba, Martí e Parés (2007), Parés e Castellà (2008). Tomando-se como  base a definição de cidadania deliberativa, em que a legitimidade das decisões políticas de ve ter origem em processos de discussão , orientados pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da igualdade participativa , da autonomia e do bem comum, definiu-se as categorias e indicadores através dos quais se sugere uma forma de avaliação de processos decisórios deliberativos. Introdução Os processos de desenvolvimento local supõem esforços articulados de atores estatais e da sociedade, dispostos a levar adiante projetos que surjam da negociação de interesses, inclusive divergentes e em conflito. A lógica do desenvolvimento local, portanto, necessita do surgimento e fortalecimento de atores inscritos em seus territórios e com capacidade de iniciativa e propostas socioeconômicas que promovam as potencialidades locais, apostando em uma melhoria integral da qualidade de vida da população (MARSIGLIA, 1996, p.75). Com relação à iniciativa local, o seu desenvolvimento supõe processos de engajamento de atores capazes de iniciativa. Os atores locais, por sua vez, são todos aqueles agentes que, no campo político, econômico, social e cultural são portadores e fomentadores das potencialidades locais. Para isso, o ator deve fazer parte da sociedade e conhecer-se em sua história e em seu sistema de normas e valores. Ator que forma parte de uma história e é também portador de alternativas (AROCENA, 1988). As ações locais de desenvolvimento não podem ocorrer como monopólio do poder  público. Este deve funcionar como um articulador e facilitador de ações, que só terão eficácia quando representativas de um projeto de desenvolvimento apropriado pela sociedade, no qual o  poder público seja apenas um dos agentes envolvidos. Qualquer ação local de desenvolvimento deve ser organizada de maneira a garantir a afirmação de direitos iguais para todos os grupos da sociedade. Assim, onde a cidadania não é um conceito absorvido e vivenciado pela maioria da  população, exige-se uma gran de preocupação com a criação de u ma cultura política democrá tica (DOWBOR, 1996, p.43). Isto implica diferentes padrões nas relações sociais dentro das organizações e um perfil de liderança distinto, caracterizado pelo envolvimento e a participação das pessoas nos diversos  programas e projetos. Um objetivo central destes líderes será a consecução de uma participação efetiva dos diferentes grupos de interesse e comunidades nas decisões. Isto requer uma contextualização cultural do processo decisório de maneira que, além da abertura para a  participação democrática dos diversos atores, esse processo possibilite um fluxo de informações em todos os sentidos, permitindo que os diferentes setores recebam informações e participem da elaboração dos planos de ação a serem postos em prática (RATTNER, 1992).

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