Intervenção pública e proibição do insider trading: eficiência e ...
2009 insider governança de web thiago
-
Upload
thiago-de-assis-silva -
Category
Technology
-
view
610 -
download
4
description
Transcript of 2009 insider governança de web thiago
Governança para Web: Imperativa para o Crescimento Organizado
Diversas organizações têm apresentado enormes dificuldades em criar, implementar e
gerenciar uma estratégia digital. Dos ambientes e canais, à definição de públicos,
modelos colaborativos, ferramentas, conteúdo e funcionalidades disponíveis, as
corporações vêm se complicando em compreender como fenômenos do tipo
convergência (multicanal, multiformato, multimídia), mobilidade, redes e comunidades,
dentre outros, estão dominando a Internet e redefinindo seu papel e peso nas
estratégias corporativas, principalmente no que chamamos na E-Consulting de tripé da
Estratégia Web: Vendas, Relacionamento e Branding ou VRB.
Acreditamos que essas dificuldades serão cada vez maiores tendo em vista que a
presença das empresas na Web vai aumentar forçosamente (inclusive à sua revelia,
nos chamados ambientes terceiros, onde marcas, produtos e serviços são objetos
contínuos de opiniões, análises, críticas...), assim como a complexidade da mesma.
Além disso, este aumento de demanda por presença e o crescimento das experiências
em novas tecnologias, canais, modelos e formatos têm se dado de maneira
desorganizada e desestruturada, uma vez que é latente a ausência de políticas,
pessoas e processos adequados.
Os riscos dessa desorganização são variados e não devem ser desprezados. Dentre
eles podemos citar:
Baixa eficácia e pouca clareza nas ações digitais (comerciais, marketing,
posicionamento, relacionamento, atendimento, etc), fator que pode canibalizar
as ações offline, confundindo estratégia, posicionamento, mensagem e,
portanto, minimizando as chances de bons resultados,
Disponibilização de informações e conteúdo inconsistentes, desatualizados e
desalinhados, gerando frustração e confusão nos diversos públicos,
Incapacidade de posicionar ambientes, mídias e ferramentas com o conteúdo
certo, para os públicos certos, nos momentos certos, inclusive na Web aberta,
Incapacidade de escolher, moldar e gerir canais de forma integrada
(abordagem multicanal, integração com CRM, etc), associada à baixa
compreensão dos públicos de interação e seu life cycle,
Inconsistência nos modelos de colaboração com os diversos públicos, ora
pouco atrativos, ora pouco interativos, ora pouco interessantes,
Baixa capacidade de gerenciar os ciclos de transacionais de clientes e
consumidores, principalmente em ambientes multimídia e em relacionamentos
continuados,
Inexistência de métricas e modelos de mensuração de performance e valor
adequados à gestão corporativa – e não somente à gestão do canal,
Indefinição sobre autoridades e padrões, bem como sobre convocatórias e
responsabilidades entre áreas e departamentos da empresa (ex. Marketing e TI
ou Marketing e Clientes),
Riscos de litígio, problemas com segurança da informação, difamação nas
redes 2.0, presença em Sites de reclamação, gestão de problemas com
atendimento/trocas/garantias/delivery, dentre outros fatores ligados às
chamadas liabilities,
Gestão precária e sem rotina definida (ex. PDCA), baixa integração com o
chassis operacional da empresa (processos e modelos de gestão), má gestão
de projetos e iniciativas digitais (ex. PMO), orçamentos insuficientes, ausência
de accountability clara e reconhecida, pouca ou nenhuma integração com a
estratégia corporativa, desconexão das metas e modelos de compensação de
empresa e escolha de tecnologias inadequadas ajudam a rechear a lista...
A Governança da Web é, similarmente à Governança Corporativa e à Governança de
TI, um instrumento capaz de fornecer modelos maduros de resolução destas
questões, pois estabelece como os recursos (pessoas, tempo, dinheiro, etc) devem
ser alocados frente às estratégias, objetivos e metas traçadas.
A Governança da Web estabelece autoridades, responsabilidades e regras que são
necessárias para efetivamente gerenciar todo o ciclo de operação digital da empresa,
desde a concepção até à execução, independente de canais, ambientes, mídias,
ferramentas, funcionalidades, públicos, conteúdo, formatos, finalidades, tecnologias e
processos ligados.
Podemos dizer, em suma, que uma boa Governança de Web, em qualquer dimensão
relacional (B2C, B2B, C2C, etc) presume a perfeita orquestração entre o que
chamamos de 3Ps (Pessoas, Processos e Padrões) da Gestão Digital.
Pessoas Relacionado à definição de responsabilidades e autoridades (sponsors,
matriz de responsabilidades, mapa de stakeholders impactados, clientes
e fornecedores internos e internos, etc)
Processos
Métodos e modelos de organização e gerenciamento da operação digital
da empresa, incluindo tecnologias, sistemas, funcionalidades,
ferramentas, ambientes, canais, mídias, conteúdo, públicos, etc, além de
rotinas de gestão, relatórios, métricas, dashboards, dentre outros.
Padrões
Definições de padrões (guidelines) a serem seguidos, em dimensões
como Marcas, Mensagem, Conteúdo, Segurança da Informação, Gestão
de Projetos, Qualidade, Questões Jurídicas, Gestão de TI, Modelagem e
Integração de TI, Implementação e Operação de TI, Orçamentação,
Investimentos, Bonificação, Desempenho e Remuneração,
Relacionamento com Stakeholders Internos e Externos, Práticas de
Compras, etc.
Dentre os benefícios de adoção da Governança da Web podemos citar:
Aumento da eficácia, performance e resultados em função de maior controle e
transparência dos processos e investimentos da empresa,
Definição de papéis, responsabilidades e processos de todo o ciclo de Web,
facilitando o fluxo interno das questões ligadas à Web na empresa,
Definição de linhas gerais para o desenvolvimento estratégico, comercial,
mercadológico, criativo e técnico, mais alinhados ao modelo offline vigente,
Definição de orçamentos adequados para a criação e operação da estratégia
digital e suas iniciativas, projetos e ambientes.
No entanto, a implementação de um modelo de Governaça da Web não é fácil. Para
ter sucesso, o novo modelo deve ter o apoio e a cooperação de toda a organização,
estabelecendo, inicialmente, líder(es) para mobilização e formatação da nova
arquitetura de gestão a ser implementada.
A relevância, o orçamento e os riscos associados às iniciativas digitais só vão crescer
nos próximos anos. Mais precisamente triplicar nos próximos 4 anos. Sua empresa vai
continuar gerindo a Internet como um campo de provas?