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Ano III Número 8 GRAICHE 3

E D I TE D I TE D I TE D I TE D I T O R I A LO R I A LO R I A LO R I A LO R I A L

VIVER & CONVIVERTiragem 20.000 exemplares

Grupo GraicheRua Treze de Maio, 19541º, 2º, 3º e 4º andares

CEP: 01327-002 – São [email protected]@graiche.com.br

Tel.: +55 (11) 3145-1322

É claro que eu, você, todos nósfomos pegos de surpresa com areviravolta da economia mundial.

Não é que não soubéssemos queisso poderia acontecer. Imagináva-mos, mas, ficávamos na torcida paraque não se tornasse realidade.Nosso medo era que a “marolinha”se tornasse um “tsunami”. Quemacompanha os números da economiamundial, das oscilações das bolsas,sabia que, como dinheiro não aceitadesaforo, um dia os exageros prati-cados no poderoso mercado ameri-cano, acabariam no que acabou. Amaioria de nós não viveu as ansieda-des provocadas pelo “crack” de1929, mas, lemos bastante parasaber que, como ontem tudo preci-sará ser reformulado. Agora, EstadosUnidos é Estados Unidos, Europa éEuropa, e Brasil é Brasil. Cada um

com seus problemas. Apesar detudo, aqui, em se plantando tudo dá!

Não nos esqueçamos, entretanto,de dois aspectos: primeiro, as dificul-dades de 1929 demoraram para sersuperadas. Pelo menos 3 anos.Segundo, felizmente, elas acabaramproporcionando um “boom” econô-mico e, principalmente, uma reorga-nização na vida de todos, graças àpolítica do “New Deal”. A partir deentão, combateu-se o desperdício epassou-se a valorizar o dinheiro. Estemomento não é diferente. Todos osque exageraram vão ter que fazerlição de casa. O Brasil está tentandocuidar da crise, com remédios home-opáticos, procurando curar os malesmais urgentes, na medida em que elessurgem. São os juros altos e o“spread bancário. E não se podeesquecer que todos precisam traba-

Presidente:José Roberto Graiche

EXPEDIENTEJornalista responsável:

Carlos Alberto Ceneviva (MTB 5.771)Produção Gráfica:

Décio SonciniFYI Comunicações

R. Helena, 280 – Conj. 712Tel.: (11) 3525-7407

[email protected]

lhar, senão, as engrenagens do paísnão funcionam.

No momento, estamos procurandosoluções para o “tsunami”, esperandoque nosso ponto na praia seja alto paranão sermos alcançados, violentamente,pelas ondas... Todos os que estavam na“areia” já foram varridos pela violênciadas águas. Alguns “espertinhos” atéforam condenados a 150 anos deprisão. Por isso, precisamos trabalharfirmes sem nos dispersar!

Vamos esperar que possamos ilumi-nar nossos caminhos, implementar osprincipais segmentos de nossa economia,comprar com parcimônia, esperando quea máquina Brasil continue produtiva.Vamos torcer para que 2009 seja,realmente, um ano promissor.

José Roberto Graiche

Presidente

APESAR DE TUDO,2009 PRECISA SER

UM ANO PROMISSOR

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4 GRAICHE Ano III Número 8

E N T R E V I S T A

A o contrário do que o ser humano imagina, os animais não são tão irracionais quanto “pensam ser”... Naverdade, são animais inteligentes que nos surpreendem por suas reações, como por exemplo os cães, que seintegram de tal forma à vida da casa que, na maioria das vezes, pensam ter os mesmos direitos como se

fizessem parte da família. “Tudo depende de como esse animal vai ser tratado”, diz a especialista em adestramento,Carolina Castellotti Lafemina (32), que há doze anos dirige o Espaço Makaya (o nome significa casa de proteção danatureza e dos animais), no meio de uma “floresta” de verde no Morumbi. Os animais com os quais ela trabalha sãomuito especiais. Seus “alunos” já apareceram em muitos comerciais de tv e em filmes, mostrando como aprendemfacilmente as lições, desde que adequadamente ensinados. Apesar de formada em Direito, ela não seguiu o caminhodas leis e desviou sua profissão, para o lado da flora e da fauna, que ela tanto ama. Essa atividade lhe proporcionauma qualidade de vida que não seria alcançada se tivesse insistido em advogar.

V&C – Como surgiu a idéia de criarum espaço para cuidar e adestraranimais?CCL – Eu sempre gostei de bichos. Atépensei em fazer veterinária, mas, vi logoque não tinha estrutura para lidarclinicamente com os animais. Comoprecisava trabalhar depois de entrar nafaculdade, passei um diaem uma “pet shop” pertode casa para pediremprego. O AlexandreRossi, conhecido comoDr. Pet, e que é o melhoradestrador de São Paulo,estava na loja, ouviuminha conversa e meconvidou para trabalharcom ele. Foi uma experi-ência curiosa, pois osanimais também têmproblemas como a gentee que precisam serresolvidos. Durante os 4anos que fiquei lá,treinamos cães, gatos, araras, papagaiose um monte de bichos especiais.

V&C – Como esses animais sãoutilizados?CCL – Em qualquer lugar do mundo, elessão muito requisitados para filmes ecomerciais. Todos conhecem o Rintintin,a Lassie, a Chita, o cachorrinho do filme

“O Garoto”, de Charles Chaplin. Osanimais que adestramos participaram dofilme Tainá II e de vários comerciais,como os da Petrobrás, da Vivo, da Bayere da Coca-Cola.

V&C – É fácil adestrar e treinaranimais?

CCL – Desde que eles sejam tratadoscom carinho. É o que eu chamo de“reforço positivo”, através do “sim”.Para os cães, todo mundo a seu redor écachorro. Se você diz muito “não”, eleesquece o significado do “sim” e repeteos erros, para chamar a atenção dosdonos. Eles precisam ser estimulados aobedecer, a ter uma rotina de compor-

tamento. Isto não quer dizer quedevemos tratar os animais como gente,pois, por não saberem discernir, podemquerer ser o “líder da matilha”.

V&C – E quais as conseqüências?CCL – Um monte de problemas. Vocênão pode convidar pessoas, não pode

viajar, não pode almoçarantes dele, pois, pensaráser o chefe da matilha evai querer ter primaziaem tudo. Na prática, eleprecisa ser bem tratado,mas, sem se esquecer deque você é o dono e ele éo cão.

V&C – O condôminopaulistano, de umaforma geral, é muitoexigente em relação aruídos e detestabarulho dos outros.Porém, muitos mora-

dores gostam de ter um animal emseu apartamento: cães, gatos,papagaios, passarinhos, entre osmais freqüentes. Como ter essesanimais sem importunar o vizinhocom esses ruídos, especialmente, oslatidos dos cães?CCL – Os animais usam seus sons parase comunicar. Mas quando o ruído dos

CÃO DE APARTAMENTO SÓLATE SE SEU DONO DEIXAR

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latidos nos incomoda, especialmenteem apartamentos, é preciso tomar umaprovidência. No caso dos cães, há,atualmente, umas coleiras com umsensor que aciona umjato de citronela. Ojato condiciona ocachorro e ele sabe quetoda vez que recebeesse jato tem que pararde latir. Isto ajuda amoldar o comporta-mento do cão que deveser submetido adeterminadas rotinas,pois,como disse antes,ele pode se sentirmembro da casa masnão dono dela...

V&C – E como agirem condomíniosonde animais sãoproibidos?CCL – É uma situaçãomais complexa. Atual-mente, está havendomais compreensão, pois, muita gente,especialmente idosos ou solitários,necessitam de companhia. Eu defendo aidéia de se criar, dentro da área docondomínio, um espaço para cães, paraque eles se exercitem, brinquem, façamamizades, e se comportem muito maiscalmamente. Os animais de apartamen-tos precisam seguir uma rotina: comer,passear, dormir. Aliás, na minha loja(3758.7949), estou começando amontar uma “pista de agility”, para queos cães possam fazer exercícios radicaise viver mais calmos. ([email protected])

V&C – Esse é seu principal projeto?CCL – Usando animais, especialmente oscães, atendemos crianças carentes naONG “Casa do Zezinho”(www.casadozezinho.org.br), para quese desenvolvam em um mundo de afeto,auto-confiança, carinho, respeito, toquee limites. Nas minhas atividades diárias,mantenho uma creche de animais

domésticos, faço adestramento destes ede animais silvestres, presto assessoria econsultoria de animais silvestres, tenhoum personal garden (uma bióloga/

botânica que cuida das plantas dosclientes. Pretendo, ainda, criar umamplo espaço para instalar o Centro deReintrodução de Animais Silvestres emseu meio. Queremos instalar essa

unidade nas proximidades de Ubatuba,junto à Mata Atlântica, para lidar comanimais do tipo macaco bugiu, tatus,pacas, tamanduás e onças, entre outros,

que por razões diversasdeixaram seu habitat.

V&C – Quais as raçascaninas mais ade-quadas para criançase para apartamentos?CCL – Existem mais de300 raças, para seescolher e com os maisdiferentes preços. Osmais caros são o“bulldog” e “pug”, nafaixa entre R$3.000 eR$5.000. Os maisprocurados paracrianças são o “boxer”,“labrador”, “jackroussel” e o “golden retriver”. Não existemcães ferozes, excetoaqueles criados paradisputas ou com distúr-

bios neurológicos. Para estes já existempsicólogos caninos que detectam oproblema. E há os chamados cães deguarda, que não são agressivos masnaturalmente defendem a área ondevivem impedindo a entrada de estra-nhos. Eu mesmo tenho um “rottweiller”que convive muito bem com minhafilhinha de um ano e meio.

V&C – Você já passou apuro comalgum dos animais que treinou oucuidou?CCL – Sim, e se tivesse sido filmado, iriadireto para o You Tube. Quando eucomecei a trabalhar com o Dr. Pet, ele meavisou que um “rottweiller” dele não secomportava muito bem com meninas. Euestava com o cachorro preso a uma guia.Quando o Alexandre saiu de perto, elepulou em cima de mim, com tal violência,que arrancou minha calça. Foi um aperto,pois, o Alexandre ficava rindo, não tiravaaquele cachorrão de cima de mim, e eunão podia me recompor...

Quando o ruídodos latidos incomoda,

especialmente emapartamentos, é precisotomar uma providência...

há, atualmente, umascoleiras com um sensor

que aciona jato decitronela...condiciona ocachorro e ...toda vezque ele recebe essefluxo pára de latir...

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E C O L O G I A

Como a palavra de ordem, hoje, é apreservação ambiental, devemosestar atentos com “o que” e

“como” jogar fora artigos inservíveis denosso dia-a-dia. Dados técnicos indicamque 90% do lixo é reaproveitável, comojá acontece com as latinhas de cerveja erefrigerantes, garrafas, plásticos, papéis epapelões, entre outros. Os cuidados como lixo deveriam ser, entretanto, muitomaiores. Isso vale também para bateriasde celular, pilhas, lâmpadas fluorescentesou incandescentes, óleo de cozinha,isopor, pneus, filtros de cigarros e chapasde raio-X. E as fraldas descartáveis sãopoluentes?

Um bebê, de zero a três anos de ida-de, usa em média 8 fraldas a cada 24 ho-ras, 2920 por ano, 8760 até começar apedir para fazer suas neces-sidades. Isto quer dizerque estarão sendo jo-gados no lixo 26.200quilos de fraldas(cada uma pesa 30gramas) que levarão500 anos para se degra-dar. Até três décadas atrás,usavam-se, apenas, fraldasde pano, que não interferi-am no meio ambiente.O próximo passo seráesperar pelas fraldasbiodegradáveis.

O óleo de fritura,outro poluente, começaser reaproveitado, ofe-recendo duas vantagens.O óleo coletado em al-guns condomínios é ven-dido, revertendo a rendaem favor do pagamentode parte das despesas demanutenção, ou entreguediretamente nas usinas de

reciclagem virando sabão. O óleo, quan-do jogado diretamente no ralo da pia, des-gasta o encanamento e provoca entupi-mentos. Cada litro de óleo de cozinha,segundo a Sabesp, contamina 20 mil litrosde água e afeta a sobrevivência dos pei-xes. Atingindo o solo, o impermeabiliza,facilitando as inundações.

E o que fazer com o isopor dasbandejinhas dos supermercados ou dasembalagens dos eletrônicos? O isopor,composto por 98% de ar e 2% de plásti-co, é muito prejudicial ao meio ambiente.No Brasil, anualmente, são consumidasperto de 40 mil toneladas desse material,que leva um século e meio para se decom-por. Como é muito volumoso, poucasempresas de interessam por sua coleta.O isopor, misturado ao cimento, se tornaum produto útil na construção não sendo

atingido por formigas e cupins.O que gasta menos, lâmpadas

fluorescentes ou incan-descentes? Opte pe-las primeiras, pois asincandescentes gas-

tam 5 vezes mais ener-gia. Para tornar a opção co-

erente é fundamental queseu descarte, devido ao mer-

cúrio, seja seguro, atéque não passe a vigorarprojeto obrigando os fa-bricantes a receberem asfluorescentes de volta.Lâmpadas também preci-sam ser colocadas no lixocom cuidado. Por conte-rem substâncias tóxicas,devem ser descartadasem sua embalagem origi-nal, evitando-se acidentes.

O descarte de pneusinservíveis é outro proble-ma de São Paulo. Ocupam

grandes espaços, sua desintegração é cus-tosa, acumulam água permitindo a proli-feração de epidemias como a dengue eprovocam impactos sanitários eambientais. Difíceis de serem armazena-dos, oferecem grande risco de incêndio,produzindo fumaça negra, altamentepoluidora. Calculando por baixo, a gera-ção média anual per capita de pneus/ ha-bitante é de 0,15, aproximadamente 6milhões de pneus são descartados anual-mente no Estado.

Bem, como palavras ou boa intençãonão bastam, é preciso dirimir dúvidas so-bre os corretos conceitos de preservaçãoambiental. E só aí adotar determinadocomportamento, diante de tantas contro-vérsias. Carro a álcool ou a gasolina, aque-cimento solar ou a gás, carne de vaca oude soja? Mantenha-se informado e decidapor si próprio.

Papel reciclado ou virgem? Há contro-vérsias. O reciclado tem a vantagem derepresentar trabalho para milhares decatadores que sobrevivem graças a essacoleta. O virgem serve na medida em quefoi produzido a partir de madeira ecologi-camente correta. Alimentos orgânicos ouconvencionais? O orgânico é muito maiscaro, mas o transporte de ambos agride oambiente da mesma forma. A única van-tagem dos orgânicos é o fato de que nãoconsome agrotóxicos e, portanto, nãoprejudica os lençóis freáticos.

Tem como economizar água? Claro!Atente apenas para este exemplo: para selavar um copo gastam-se três copos de água.Por isso, arrumar cozinha significa agregaritens semelhantes, ensaboar a todos e, deuma só vez, enxaguá-los. Todas as torneirasdevem ter aeradores, redutores no chuvei-ro e caixas acopladas de privada. Enquantouma descarga comum de pressão consomecerca de 50 litros por vez, uma caixaacoplada higieniza com apenas 6 litros.

LIXO QUE NÃO É LIXONÃO DEVE IR PARA A LIXEIRA...

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D I V E R S Ã O

Passaram-se as festas, as crianças receberam seus presen-tes, recomeçaram as aulas e os pais devem ter certezade que os brinquedos recebidos são seguros, para não

criarem riscos à integridade física, à saúde e à segurança dascrianças. Há dois aspectos fundamentais a serem considera-dos: o produto em si e a vigilância dos responsáveis. O presen-te precisa ter qualidade (longe de brinquedos da pirataria),selo do Inmetro (para crianças até 14 anos), ser um brinquedoadequado à faixa etária de cada um e tamanho. Estes sãoalguns dos aspectos a serem conferidos, para que o brinquedoseja realmente um presente. Os certificados pelo Inmetropassam por testes de inflamabilidade, de mordida (certeza deque não perde pedaços diante de uma mordida da criança) etoxidade do material de pintura.

Os pais, entretanto, acompanharão o uso desses brinque-dos, vigiando sempre a forma como são manuseados. A idéia éque as crianças tenham em mãos um brinquedo adequado àidade:o que é bom para 8 não servirá para 3 anos. Procedênciatambém é importante, pois, nos grandes mercados a céuaberto, entre a 25 de Março e o Brás, muito da pirataria estápresente. São valores até 70% mais baratos, que atraem ospais, mas sua fabricação é desconhecida.

Convencidos pela propaganda maciça da televisão, os jogoseletrônicos estão entre os preferidos da petizada. Apesar deeletrônicos, também podem causar problemas para quempassar muito tempo à frente deles: postura e visão podem serafetadas. E aos pais, mais uma vez, cabe a vigilância. Posturasincorretas e tempo de uso excessivo dos jogos podem trazerconseqüências.

Brinquedos móveis como patins e bicicletas devem viracompanhados de acessórios complementares: capacetes,luvas e calçados apropriados. O primeiro deles, o capacete,protege a cabeça em caso de queda. Os calçados precisamestar bem ajustados aos pés, para dar firmeza nos movimen-tos. Para os dois brinquedos, os pais devem escolher um localseguro, de preferência sem trânsito, e ensinar uma regrabásica: olhar sempre para frente e para os lados. No caso deruas com movimento, andar calmamente, prestando atenção

nos outros veículos.O tamanho ideal de uma bicicleta permite à criança,

sentada no selim, alcançar o chão com a ponta dos pés. Damesma forma que com os patins, deve-se usar calçados firmese bem ajustados para dar firmeza aos movimentos.

A lista de cuidados é extensa. Até mesmo brinquedos quegeram ruídos devem ser objeto de atenção dos pais. Nenhumbrinquedo sonoro deve gerar mais do que 85 decibéis comorádios, dvds e telefones. Ficar atento também às pilhas dosbrinquedos pois contêm substâncias tóxicas e corrosivas.

Os pais, finalmente, devem ter cuidado com as embala-gens, particularmente, as fitas e os sacos plásticos. Elas devemser descartadas em seguida para evitar seu manuseio pelacriança, uma vez que oferecem risco de asfixia e estrangula-mento. Caixas grampeadas são igualmente perigosas possibili-tando ferimentos aos serem desfeitas.

São Paulo, como não poderia deixar de ser, tem concertospara todos os gostos e conserto para todos os brinquedosquebrados. Tem até “hospitais” para bonecas, brinquedos egames, com enfermeiros e ambulâncias, oferecidos pelo “Dr.”Leandro Capelo, cuja família há 4 gerações dedica-se a essaatividade nos seguintes endereços: Penha (6647-7516),Brooklin (5041-6024) e Itaim Bibi (3167-4366). Outra empre-sa, o SOS das Bonecas também conserta games, carrinhos decontrole remoto e motos elétricas, montam bicicletas etriciclos (6976-5394). Fora da capital, consertos de carrinhos,caminhões e helicópteros podem ser feitos em São Bernardodo Campo ( 4177.4179 ou 9832.720) Para playgrounds (5873-7199) e para Xgames 6467-0636.

Outra preocupação é o cuidado que empresas tem com oslivros, como é o caso do Atelier Luiz Fernando Machado. Se oproblema for sombrinhas, a Oliveira Guarda-Chuvas consertatodos os tipos. Uma última palavra sobre preservação debrinquedos cabe aos pais, em uma casa onde há crianças dediferentes idades. Regra fundamental: mesmo que irmãos dediferentes idades brinquem juntos, não deverão usar osmesmos brinquedos, porque um ou outro não estará usandoalgo adequado para sua idade.

ESCOLHERBRINQUEDOS SEGUROSPARA CRIANÇAS, NÃO

É BRINCADEIRA

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S A Ú D E

Para o rei e o monge governantes o que conta em primeiro lugar não é oProduto Interno Bruto medido por todas as riquezas materiais e serviços queum país ostenta, mas a Felicidade Interna Bruta, resultante das políticas

públicas, da boa governança, da eqüitativa distribuição da renda que resulta dos exceden-tes da agricultura de subsistência, da criação de animais, da extração vegetal e da vendade energia à Índia, da ausência de corrupção, da garantia geral de uma educação e saúdede qualidade, com estradas transitáveis nos vales férteis e nas altas montanhas, masespecialmente fruto das relações sociais de cooperação e de paz entre todos.

Por trás deste projeto político funciona uma imagem multidimensional do serhumano. Parte-se do pressuposto de que o ser humano, como um nó de relações,orientado em todas as direções, possui sim fome de pão como todos os seres vivos masprincipalmente é movido pela fome de comunicação, de convivência e de paz que nãopodem ser compradas no mercado ou na bolsa. Função de um governo é atender àvida da população na multiplicidade de suas dimensões. O seu fruto é a paz. Nainigualável compreensão que a Carta da Terra elaborou da paz, esta “é a plenitude queresulta das relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, com outras culturas,com outras vidas, com a Terra e com o Todo maior do qual somos parte”(IV,f).

A felicidade e a paz não são construídas pelas riquezas materiais e pelasparafernálias que nossa civilização materialista e pobre nos apresenta. No serhumano ela vê apenas o produtor e o consumidor. O resto não lhe interessa. Porisso temos tantos ricos desesperados, jovens de famílias abastadas se suicidando pornão verem mais sentido na superabundância. A lei do sistema dominante é: quemnão tem, quer ter, quem tem, quer ter mais, quem tem mais diz: nunca é suficiente.Esquecemos que o que nos traz felicidade é o relacionamento humano, a amizade, oamor, a generosidade, a compaixão e o respeito, realidades que valem mas não têmpreço. O dramático está em que esta civilização humanamente pobre está acabandocom o Planeta no afã de ganhar mais quando o esforço seria o de viver em harmo-nia com a natureza e com os demais seres humanos.

Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento primam pelo crescimentoeconômico como objetivo primordial, o conceito de FIB se baseia no princípio deque o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana se dá quando odesenvolvimento espiritual e o material acontecem lado a lado, complementando ereforçando um ao outro.

Os quatro pilares da FIB são:A promoção de desenvolvimento sócio-econômico sustentável e igualitário,A preservação e a promoção de valores culturais,A conservação do meio-ambiente natural eO estabelecimento de boa governança.“O FIB não é apenas uma idéia interessante. É uma necessidade urgente num

mundo que está se despedaçando”, diz a psicóloga americana Susan Andrews,coordenadora do Instituto Visão Futuro, responsável por trazer o FIB para o Brasil.

Maria Zelia de Alvarenga

Referências: todos os dados foram obtidos nos sites abaixohttp://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=29407http://pt.wikipedia.org/wiki/Felicidade_Interna_Bruta

1. Butão ou Terra do Dragão é um pequeniníssimo reina-do hereditário, situado nas encostas do Himalaia, espre-mido entre a China, Índia e o Tibet. Não tem mais quedois milhões de habitantes, cuja maior cidade é a capital,Timphu, com certa de cinqüenta mil moradores. Dentrode poucos anos, estará ameaçado de quase desaparecer,caso os lagos do Himalaia, que estão enchendo por causado degelo, transvasem.

Sua história inicia-se no século VII quando o reitibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros tem-plos budistas nos vales de Paro e de Bumthang. No sécu-lo VIII foi introduzido o budismo tântrico, pelo GuruRimpoché, O Mestre Precioso, considerado o segundoBuda na hierarquia tibetana e butanesa. Os séculos IX eX foram de grande turbulência política no Tibet e muitosaristocratas instalaram-se nos vales do Butão onde esta-beleceram o seu poder feudal. Nos séculos seguintes, aatividade religiosa adquire grande vulto e foram fundadasvárias seitas religiosas, dotadas de poder temporal porserem protegidas por facções da aristocracia.

No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora an-tagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência foi inter-rompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que,fugindo do Tibet, no século XVII unifica o Butão com oapoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiroShabdrung do Butão ou aquele a cujos pés todos se pros-tram. O príncipe mandou construir importantes fortale-zas do País com a função de conter as múltiplas invasõesmongólicas e tibetanas. A partir do seu reinado estabele-ceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até1907, em que o poder é administrado por duas entida-des, uma temporal e outra religiosa. O regime émonárquico, mas o chefe religioso do Reino, o Je Khenpo,goza de uma importância quase idêntica à do Rei.

Governado por um rei e por um monge que possuiquase a autoridade real, é considerado um dos menorese menos desenvolvidos países do mundo. Contudo, é umasociedade extremamente integrada, patriarcal e matriarcalsimultaneamente, sendo que o membro mais influentese transforma em chefe de família.

Bandeira do Butão

FELICIDADE INTERNA BRUTA – FIBO Butão1 , minúsculo reino da Ásia, possui algo único no mundo,

que todos os países deveriam imitar: Índice de Felicidade Interna Bruta.

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E N D E R E Ç A M E N T O

C omo o sinal “@” – arroba -passou a ser usado no mundo dainformática? Tudo começou por

causa dos copistas, precursores dostaquígrafos, pessoas que copiavam oslivros à mão. Eles simplificavam seutrabalho substituindo letras e palavraspor símbolos. Precisavam economizarpois tinta e papel eram caríssimos.Por exemplo: o til (~) surgiu parasubstituir o som nasal sobre a letra. Onome espanhol Francisco, escritocom PH, era abreviado como “Phco”e “Pco”. Daí, em espanhol, Franciscoter o apelido de Paco. Com o mesmoobjetivo, os copistas criaram osímbolo @ para substituir a preposi-ção latina ad (“na casa de”). O @aparecia entre a quantidade damercadoria e seu preço: 10@£3, isto

é, “10 unidades ao preço de 3 librascada uma”.

Em inglês, @ ficou conhecido como“at” (a ou em). Como os espanhóisdesconheciam o significado em inglês,pensaram, erradamente, que o símboloera uma unidade de peso, que eleschamavam arroba

A palavra arroba é espanhola,derivada do árabe ar-rubaHa – signifi-cando literalmente, “quarta parte”,conta o professor de Língua Latina daPontifícia Universidade Católica do RioGrande do Sul (PUCRS), Bruno JorgeBergamin. A primeira máquina deescrever, que surgiu em 1874, traziaalém das letras, o símbolo @ (a ou em).

Citando o dicionarista AntônioHouaiss, Bergamin conta que o saltopara a informática se deu em 1971,

quando o engenheiro norte-americanoRay Tomlinson usou o símbolo paraidentificar um usuário de determinadamáquina - paul@saturn - significaria paulat saturn ou, em português, o paulo daou na satúrnia. Mas, se parece engraça-do usar nos e-mails uma figura quedescreve o peso de um boi, você não viunada. Segundo o professor Bergamin, naItália o @ se lê “chiocciola” (kioxiola),que significa caramujinho - referência aovisual do @.

Arroba tem outras versões curiosasem diferentes línguas. Em sueco snabel(tromba de elefante), em holandês,apestaart (rabo de macaco). Em outrosidiomas, tem o nome de um doce emforma circular: shtrudel, em Israel;strudel, na Áustria; pretzel, em váriospaíses europeus.

INFORMÁTICAE SEUS

ESTRANHOSNOMES:ARROBA, “A”

CARACOL,CAMUNDONGOS E OS

CARAMUJINHOS

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10 GRAICHE Ano III Número 8

A C A D E M I A S D E G I N Á S T I C A

Os clubes de São Paulo foram, pou-co a pouco, deixando de ser umareferência para práticas esporti-

vas e se transformando em um ponto paraencontros sociais, com festas, shows, pa-lestras e facilidades gastronômicas. Istoporque os condomínios, de vinte anos aesta data, provocados pela concorrência,perceberam a necessidade de oferecer omáximo de conforto e segurança aos com-pradores. E foram sofisticando seus proje-tos, dotando-os de infraestrutura comple-ta, com amplos salões de festas, lavanderi-as, conciergerie e academia de ginástica.Tornaram-se verdadeiros fitness clubs.

Desse modo, os condôminos, que têmcada vez menos tempo livre, podem pra-ticar exercícios e manter sua saúde físicasem sair de casa. Nos condomínios, po-rém, não há a presença de pessoal comformação especializada na área comofisiatras, ortopedistas, reumatologistas, fi-sioterapeutas e toda a estrutura para a

prática de protocolos de reabilitação,como de hidroterapia, RPG, Pilates, acupuntura e terapias manuais. O ideal éque haja um professor de educação físicapara orientação.

Ao se montar uma academia em umcondomínio, seus aparelhos devematender a conceitos científicos queembasem a atividade, evitandotransformá-la numa armadilha de lesões.Isto é um alerta importante. Atletas defim-de-semana, mal condicionados, compreparação deficiente, má coordenaçãomotora e desenvolvimento muscularinadequado, não devem correr riscos.Os especialistas garantem que uma ati-vidade física mal dirigida pode aumen-tar o impacto do peso do corpo de trêsa cinco vezes, gerando lesões, do tiporuptura do tendão, dos ligamentos econtraturas musculares.

Do mesmo modo que é bom lembrarque as academias de ginástica nem sempresão templos da saúde, é verdade que exer-cícios físicos regulares são uma higienemental. Permitem vantagens de adestra-mento, ativam as articulações, ajudam asaúde cardiovascular e, em certos casos,permitem o controle do diabetes e depres-são. Contudo, é preciso que não se invertao processo, isto é, ao invés de fazer bempara a saúde, a academia pode acabar ge-rando problemas graves para o físico. An-tes de praticar, convêm uma avaliação mé-dica especializada em relação à idade, pres-são arterial, compleição e disposição física.

Oitenta por cento das lesões ocorremnos membros inferiores (pernas, especi-almente a região tibial, panturrilha e ten-dão do calcâneo. Com dor no joelho, apessoa começa a mancar sobrecarregan-do articulações e causando dores na colu-na e quadril. Mais da metade dos casos dedor nos joelhos são causados por erro no

ajuste da altura do banco da bicicleta.Uma boa academia de condomí-

nio deve ser espaçosa com pelomenos 50m2, ventilada e, se

possível, climatizada. Necessi-ta ter banheiros masculino e

feminino, bebedouros epontos de luz para insta-lação dos equipamentos:esteiras, bicicletas ergo-métricas, colchonetes,halteres, bastões e umaestação de musculação.Ao se mobiliar uma aca-demia, é preciso levarem conta o perfil do mo-rador, especialmente, asidades mínima e máxima,para que os equipamen-tos sejam tão adequadosquanto profissionais.

PARA SEREM TEMPLOS DE SAÚDE OCONDÔMINO PRECISA SABER USÁ-LAS!

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Ano III Número 8 GRAICHE 11

C U R I O S I D A D E S

N ão se assuste. O azeite é o alimento funcional maisimportante de nossas refeições diárias, por contervários nutrientes saudáveis, os quais, ao contrário do

que muitos pensam, auxiliam na prevenção de doenças.Gregos e romanos se auto-intitulam descobridores do azeite.Ao que tudo indica, ele surgiu na área compreendida entre asregiões do Cáucaso, Síria e Palestina, como mostram vestígiosfossilizados de oliveiras encontrados em torno do Mediterrâ-neo.

Para se produzir um litro de azeite de oliva são necessáriasentre 5000 e 8000 azeitonas. O tradicional método deprensagem à frio, praticamente, foi substituído por modernosprocessos de extração. A colheita é feita quando não existemmais azeitonas verdes na árvore. Quanto mais cedo foremprensadas, melhor será a qualidade do azeite, pois as olivasfermentam rapidamente.

Os principais tipos de azeite usados na alimentação são ovirgem com três variações - extra, virgem e comum -, refinado(com alto índice de acidez) e de oliva (mistura de azeite deoliva refinado com o virgem). O azeite de oliva possui altaparticipação de gordura monoinsaturada, vitaminas e minerais,além de ser fonte de vitamina E e de vários compostosantioxidantes naturais.

O cardiologista e nutrólogo, Daniel Magnoni, do Instituto

Dante Pazzanese, conta que os alimentos funcionais estão naordem do dia, desenvolvidos com a ajuda da engenharia dealimentos. O azeite de oliva é considerado um ingredientemuito saudável e indispensável em dietas para evitar doençasmais comuns do mundo moderno. Os povos mediterrâneos,que utilizam fartamente o azeite de oliva revelaram um índiceclaramente menor de mortalidade por doença cardiovascular em

relação à população do norte da Europa e América do Norte.Os trabalhos científicos que estudam os benefícios da Dieta

Mediterrânea, considerada como uma das mais saudáveisatualmente, afirmam que a adesão a esse tipo de alimentaçãopode, ainda, reduzir a incidência de três tipos de câncer: ocoloretal em até 25%, o de mama em cerca de 15% e o depróstata, em torno de 10%.

AZEITE,O ALIMENTO MAIS

SAUDÁVELE FUNCIONAL DE NOSSAS

MESAS

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