2010_Morita Et Al_Perfil_atual e Tendencias Do CD_brasileiro
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Autoras
Maria Celeste MoritaProfessora Associada do Curso de
Odontologia da Univ. Estadual de LondrinaPesquisadora do Observatrio de Recursos Humanos em Odontologia da FOUSP, rede
de Observatrios MS/OPAS/OMS
Ana Estela HaddadProfessora Doutora da Faculdade de
Odontologia da Universidade de So PauloDiretora do Departamento de Gesto da
Educao na Sade da Secretaria de Gesto do Trabalho e da
Educao do Ministrio da Sade
Maria Erclia de ArajoProfessora Associada da Faculdade de
Odontologia da Universidade de So PauloCoordenadora do Observatrio de Recursos
Humanos em Odontologia da FOUSP, rede de Observatrios MS/OPAS/OMS
DENTAL PRESSI N T E R N A T I O N A L
Os dentistas, em conjunto com mdicos e enfermeiros, constituem o ncleo da equipe de pro ssionais de nvel superior da estratgia de sade da famlia. Estudos anteriores traaram o per l dos mdicos e enfermeiros. A lacuna sobre os cirurgies-dentistas foi preenchida com essa pesquisa, que contemplou o universo desses pro ssionais (220.000) registrados no Conselho Federal de Odontologia.
O ponto de partida para as anlises foi o reconhecimento de que o Brasil tem um efetivo de dentistas entre os maiores do mundo, mas a distribuio interna desigual. A expectativa das instituies promotoras do projeto subsidiar polticas que incentivem a xao de pro ssionais no interior do pas e a formao voltada para atender o conjunto da populao.
As informaes, as anlises e as concluses apresentadas revelam a competncia e a dedicao dos autores, congregados pelo Observatrio da Faculdade de Odontologia da Universidade de So Paulo. Sem dvida, interessa compartilhar as lies aprendidas com essa experincia de investigao, ampliando e consolidando um conhecimento coletivo sobre o que fazer, o como fazer e para que fazer.
Jos Paranagu de Santana
Prefaciador
DE
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Maria Celeste MoritaAna Estela Haddad e Maria Erclia de Arajo
Perfil atual e tendncias do
Cirurgio-Dentista
brasileiro
Esta publicao, Perfil atual e tendncias do cirurgio-
dentista brasileiro, resulta do projeto que deu origem
criao da primeira Estao de Trabalho da Rede de Ob-
servatrios de Recursos Humanos em Sade, voltada para
a Odontologia, a Estao de Trabalho da Faculdade de
Odontologia da Universidade de So Paulo, com o apoio
do Ministrio da Sade, por meio da Secretaria de Gesto
do Trabalho e da Educao na Sade, e da Organizao
Panamericana de Sade.
A pesquisa, desenvolvida no perodo de agosto de 2008
a dezembro de 2009, teve como objetivo levantar e articu-
lar informaes existentes em bancos de dados isolados de
diversas fontes, traando uma linha de base com um con-
junto de informaes sobre o cirurgio-dentista brasileiro.
No momento em que o Ministrio da Sade, em par-
ceria com o Ministrio da Educao, investe amplamente
na mudana da formao dos profissionais de sade, na
capacitao gerencial para os diversos nveis de gesto do
SUS e na gesto e regulao do trabalho em sade, estudos
como este aqui apresentado, devero contribuir para o
planejamento e a implementao das polticas de formao
e insero profissional no campo da sade bucal nas suas
mltiplas reas de atuao, integradas equipe de sade.
www.dentalpress.com.br
ISBN 978-85-88020-54-2
DENTAL PRESSI N T E R N A T I O N A L
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Autoras
Maria Celeste MoritaProfessora Associada do Curso de
Odontologia da Univ. Estadual de LondrinaPesquisadora do Observatrio de Recursos Humanos em Odontologia da FOUSP, rede
de Observatrios MS/OPAS/OMS
Ana Estela HaddadProfessora Doutora da Faculdade de
Odontologia da Universidade de So PauloDiretora do Departamento de Gesto da
Educao na Sade da Secretaria de Gesto do Trabalho e da
Educao do Ministrio da Sade
Maria Erclia de ArajoProfessora Associada da Faculdade de
Odontologia da Universidade de So PauloCoordenadora do Observatrio de Recursos
Humanos em Odontologia da FOUSP, rede de Observatrios MS/OPAS/OMS
DENTAL PRESSI N T E R N A T I O N A L
Os dentistas, em conjunto com mdicos e enfermeiros, constituem o ncleo da equipe de pro ssionais de nvel superior da estratgia de sade da famlia. Estudos anteriores traaram o per l dos mdicos e enfermeiros. A lacuna sobre os cirurgies-dentistas foi preenchida com essa pesquisa, que contemplou o universo desses pro ssionais (220.000) registrados no Conselho Federal de Odontologia.
O ponto de partida para as anlises foi o reconhecimento de que o Brasil tem um efetivo de dentistas entre os maiores do mundo, mas a distribuio interna desigual. A expectativa das instituies promotoras do projeto subsidiar polticas que incentivem a xao de pro ssionais no interior do pas e a formao voltada para atender o conjunto da populao.
As informaes, as anlises e as concluses apresentadas revelam a competncia e a dedicao dos autores, congregados pelo Observatrio da Faculdade de Odontologia da Universidade de So Paulo. Sem dvida, interessa compartilhar as lies aprendidas com essa experincia de investigao, ampliando e consolidando um conhecimento coletivo sobre o que fazer, o como fazer e para que fazer.
Jos Paranagu de Santana
Prefaciador
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Maria Celeste MoritaAna Estela Haddad e Maria Erclia de Arajo
Perfil atual e tendncias do
Cirurgio-Dentista
brasileiro
Esta publicao, Perfil atual e tendncias do cirurgio-
dentista brasileiro, resulta do projeto que deu origem
criao da primeira Estao de Trabalho da Rede de Ob-
servatrios de Recursos Humanos em Sade, voltada para
a Odontologia, a Estao de Trabalho da Faculdade de
Odontologia da Universidade de So Paulo, com o apoio
do Ministrio da Sade, por meio da Secretaria de Gesto
do Trabalho e da Educao na Sade, e da Organizao
Panamericana de Sade.
A pesquisa, desenvolvida no perodo de agosto de 2008
a dezembro de 2009, teve como objetivo levantar e articu-
lar informaes existentes em bancos de dados isolados de
diversas fontes, traando uma linha de base com um con-
junto de informaes sobre o cirurgio-dentista brasileiro.
No momento em que o Ministrio da Sade, em par-
ceria com o Ministrio da Educao, investe amplamente
na mudana da formao dos profissionais de sade, na
capacitao gerencial para os diversos nveis de gesto do
SUS e na gesto e regulao do trabalho em sade, estudos
como este aqui apresentado, devero contribuir para o
planejamento e a implementao das polticas de formao
e insero profissional no campo da sade bucal nas suas
mltiplas reas de atuao, integradas equipe de sade.
www.dentalpress.com.br
ISBN 978-85-88020-54-2
DENTAL PRESSI N T E R N A T I O N A L
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1Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
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Maria celeste Moritaana estela Haddad e
Maria erclia de arajo
Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Dental PressI n t e r n a t I o n a l
2010
marIng
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2010 by maria Celeste morita, ana estela Haddad, maria erclia de arajo.
todos os direitos para a lngua portuguesa reservados pelos autores. nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida, guardada pelo sistema retrieval
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja este eletrnico, mecnico, de fotocpia, de gravao, ou outros, sem prvia autorizao, por escrito, dos autores.
Coordenao Gerallaurindo Zanco Furquim
teresa rodrigues Daurea Furquim
Projeto Grfico, Capa e DiagramaoCarlos alexandre Venancio
Fernando truculo evangelista
Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP)
Dental Press editora ltda.av. euclides da Cunha, 1718 - Zona 5 - CeP 87015-180 - maring - Paran
Fone/Fax: (0xx44) 3031-9818 - [email protected]
Morita, Maria CelestePerfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro / Maria Celeste Morita, Ana
Estela Haddad, Maria Erclia de Arajo. - Maring : Dental Press, 2010. 96 p. : il.; 24 cm.
ISBN 978-85-88020-54-2
1. Cirurgio-dentista - Perfil - Brasil. 2. Haddad, Ana Estela. 3. Arajo, Maria Erclia de. I. Ttulo.
CDD 21 ed. 617.6
M862p
Cooperao:
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Autoras
Maria Celeste Morita1Professora Associada do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina
Pesquisadora do Observatrio de Recursos Humanos em Odontologia da FOUSP, rede de Observatrios MS/OPAS/OMS
Ana Estela HaddadProfessora Doutora da Faculdade de Odontologia da Universidade de So Paulo
Diretora do Departamento de Gesto da Educao na Sade da Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao do Ministrio da Sade
Maria Erclia de ArajoProfessora Associada da Faculdade de Odontologia da Universidade de So Paulo
Coordenadora do Observatrio de Recursos Humanos em Odontologia da FOUSP, rede de Observatrios MS/OPAS/OMS
1 Esta publicao parte dos resultados do Programa de Ps-doutoramento da autora Maria Celeste Morita, junto ao Observatrio de Recursos Humanos Odontolgicos da Faculdade de Odontologia da USP/MS/OPAS.
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Colaboradores
Miguel lvaro Santiago NobrePresidente do Conselho Federal de Odontologia
Silvio Jorge Cecchetto Presidente da Associao Paulista de Cirurgies-dentistas
Luiz Roberto Craveiro CamposVice-Presidente da Associao Brasileira de Odontologia
Orlando Ayrton de Toledo
Presidente da Associao Brasileira de Ensino Odontolgico
Gilberto Pucca Junior
Coordenador de Sade Bucal do Departamento de Ateno Bsica do Ministrio da Sade
Isabela de Almeida Pordeus
Representante da rea Odontologia na CAPES
Joo Humberto Antoniazzi
Representante da Associao Paulista de Cirurgies-dentistas
Luciano Maurcio Sampaio Barreto
Gerente de Tecnologia e Informao do Conselho Federal de Odontologia
Entidades Promotoras:
MinistriodaSade(MS)-DepartamentodeGestodaEducaonaSade
OrganizaoPanAmericanadeSade(OPAS)e
ObservatriodeRecursosHumanosemOdontologia(ObservaRHOdonto)-
Faculdade de Odontologia da Universidade de So Paulo.
Entidades participantes
ConselhoFederaldeOdontologia
AssociaoBrasileiradeOdontologia
AssociaoBrasileiradeEnsinoOdontolgico
AssociaoPaulistadeCirurgies-dentistas
CAPES/RepresentaodareadeOdontologia
MinistriodaSade - SGTES/Departamento de Gesto da Educao na Sade
SAS/Departamento de Ateno Bsica /Coordenao Nacional de Sade Bucal
Reviso Tcnica
Lucimar Aparecida Britto Codato
Elisa Emi Tanaka Carlotto
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Conselho Federal de OdontologiaMiguel lvaro Santiago Nobre - Presidente do CFO 2000-2009.
Luciano Mauricio Sampaio Barreto - Gerente de Tecnologia e Informao
INEPClia Cristina de Souza Gedeon Arajo
Maria Ines Gomes de Sa Pestana
Laura Bernardes da Silva - Coordenadora do Censo da Educao Superior
Nabiha Gebrim - Coordenadora Geral do Censo da Educao Superior Diretoria de Estatsticas Educacionais
CAPES/MECSandra Freitas - Chefe de Gabinete da Presidncia
Srgio Avellar - Assessor da Presidncia da CAPES/MEC
Ministrio da FazendaNelson Machado - Secretrio Executivo do Ministrio da Fazenda
Frederico Igor Leite Faber - Chefe Substituto da Diviso de Pessoa Fsica/COBRA/CODAC Secretaria da Receita Federal do Brasil
Observatrio de Recursos Humanos/IMS/UERJClia Regina Pierantoni - Diretora Centro Colaborador da OPAS/OMS para Planejamento e Informao da Fora de Trabalho em Sade
Coordenao de Sade Bucal /MS
Observatrio de Recursos Humanos em
Odontologia/Faculdade de Odontologia da USPProf. Dr. Edgard Michel Crosato - Professor associado da FOUSP e vice-coordenador do ObservaRHOdonto;
Prof. Dr. Cilene Renn Junqueira, colaboradora do ObservaRHOdonto;
Acadmico Luiz Fernando Costa, estagirio do ObservaRHOdonto.
Agradecimentos
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APRESENtAO .................................................................................................................... 11
PREFCIO .............................................................................................................................. 13
1 INtRODUO .................................................................................................................... 17
2 DESENvOLvIMENtO DA PESqUISA ................................................................................... 19
3 MEtODOLOGIA .................................................................................................................. 20
3.1 Variveis pesquisadas ..................................................................................20
3.2 Fontes de consultas .......................................................................................20
3.3 Nmero de CD e os tipos de inscrio .........................................................21
3.4 Localizao dos profissionais por CEP ........................................................21
3.5 Classes populacionais adotadas ..................................................................22
3.6 Titulao por tipo..........................................................................................23
3.7 Renda declarada ..........................................................................................24
4 RESULtADOS ...................................................................................................................... 24
4.1 Perfil sociodemogrfico ................................................................................244.1.1 Total de cirurgies-dentistas e distribuio regional
4.1.2 Distribuio nas capitais
4.1.3 Distribuio regional por sexo
4.1.4 Distribuio por faixa etria e por sexo
4.1.5 Migrao Interna
4.1.6 Profissionais estrangeiros e migrao internacional
4.2 Perfil da Formao Tcnico-Cientfica ........................................................454.2.1 Graduao em Odontologia
4.2.2 Matrculas, ingressantes e concluintes em Odontologia
4.2.3 Perfil do aluno de Odontologia em 2004 e 2007
Sumrio
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4.2.4 Ps-Graduao
4.2.5 Distribuio de Especialistas por Regio
4.2.6 Distribuio de Especialistas nas capitais e no interior
4.2.7 Distribuio por sexo, especialidade e regio
4.2.8 Cursos de Mestrado e Doutorado
4.2.9 Discentes matriculados
4.2.10 Mestres e Doutores por faixa etria e sexo
4.3 Perfil do mercado de trabalho .....................................................................62
4.3.1 Concluintes de graduao e inscrio para o exerccio profissional4.3.2 Inscries desativadas
4.3.3 Profissionais cadastrados no SCNES com vnculo pblico
4.3.4 Expanso do PSF e interiorizao de profissionais
4.3.5 Remunerao mdia e valor do trabalho
4.3.6 Renda declarada por regio e UF
CONSIDERAES FINAIS ...................................................................................................... 79
REFERNCIAS ........................................................................................................................ 81
LIStA DE SIGLAS ................................................................................................................... 85
ANExOS ................................................................................................................................. 87
Anexo 1: Brasil e UF, 2005: Remunerao Mdia (R$) e Valor da Hora de Trabalho de Profissionais
Mdicos, Cirurgies-Dentistas e Enfermeiros, por Grandes Regies e Unidades Federadas.
Anexo 2: Brasil e UF, 2006: Remunerao Mdia (R$) e Valor da Hora de Trabalho de Profissionais
Mdicos, Cirurgies-Dentistas e Enfermeiros, por Grandes Regies e Unidades Federadas.
Anexo 3: Brasil e UF, 2007: Remunerao Mdia (R$) e Valor da Hora de Trabalho de Profissionais
Mdicos, Cirurgies-Dentistas e Enfermeiros, por Grandes Regies e Unidades Federadas.
Anexo 4: Brasil e UF, 2005 a 2007: Valor da Hora de Trabalho (R$) de Profissionais Mdicos, Cirurgies-
Dentistas e Enfermeiros, por Grandes Regies e Unidades Federadas.
Anexo 5: Municpios que no constam CD residente e Equipes de Sade Bucal do PSF implantadas, de
acordo com o SIAB e CFO em 2009, por regio brasileira.
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11Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Os cirurgies-dentistas, juntamente com os mdicos e enfermeiros, constituem o ncleo
bsicodeprofissionaisdenvelsuperiordasequipesdesadedafamlia.Estudosanteriorestrou-
xeram informaes sobremdicos e enfermeiros. Esta publicao, Perfil atual e tendncias do
cirurgio-dentista brasileiro, resulta do projeto que deu origem criao da primeira Estao de
Trabalho da Rede de Observatrios de Recursos Humanos em Sade, voltada para a Odontologia,
a Estao de Trabalho da Faculdade de Odontologia da Universidade de So Paulo, com o apoio do
Ministrio da Sade, por meio da Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade, e da
OrganizaoPanamericanadeSade.
Apesquisa,desenvolvidanoperododeAgostode2008aDezembrode2009,envolveua
consultaabancosdedadosquepossueminformaessobreoscercade220.000cirurgies-dentis-
tasregistradosnoConselhoFederaldeOdontologia.OBrasilconcentraaproximadamente20%dos
dentistasdomundo,masadistribuiointernadesigual.Afixaodeprofissionaisnointeriordo
pas,eaformaovoltadaparaatenderoconjuntodapopulaoestoentreosprincipaisdesafios.
O estudo analisa um banco de dados entre os maiores existentes na rea no mundo.
A parceria estabelecida no mbito do projeto com as entidades odontolgicas permitiu
estender a consulta a vrios bancos de dados, e possibilitou o estabelecimento de anlises sob ml-
tiplosolharesrelacionadosformaoeaoexerccioprofissional.Asseguintesentidadesparticipa-
ram deste estudo: Conselho Federal de Odontologia - CFO; Associao Brasileira de Odontologia
- ABO Nacional; Associao Brasileira de Ensino Odontolgico - ABENO; Associao Paulista de
Cirurgies-dentistas - APCD; Ministrio da Sade/DEGES e Coordenao Nacional de Sade Bucal.
Otrabalhocolaborativoearticuladodasentidadespermitiuaidentificaodelacunasnoprocesso
de coleta e o aperfeioamento do conjunto de informaes dos bancos de dados.
A pesquisa teve como objetivo levantar e articular informaes existentes em bancos de
dados isolados de diversas fontes, traando uma linha de base com um conjunto de informaes
sobreocirurgio-dentista(CD)brasileiro.Buscouinvestigarquantosso,ondeesto,qualograu
deformao,qualarendaetipodeexerccioprofissionaldesenvolvidopelosCDsnopas.Alm
Apresentao
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12 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
disto,foielaboradaumaanlisedastendnciasnoperfilsociodemogrfico,daformaotcnico-
cientficaedomercadodetrabalho.
No momento em que o Ministrio da Sade, em parceria com o Ministrio da Educao,
investeamplamentenamudanadaformaodosprofissionaisdesade,nacapacitaogerencial
paraosdiversosnveisdegestodoSUSenagestoeregulaodotrabalhoemsade,estudos
como este aqui apresentado, devero contribuir para o planejamento e a implementao das po-
lticasdeformaoeinseroprofissionalnocampodasadebucalnassuasmltiplasreasde
atuao, integradas equipe de sade.
FRANCISCO EDUARDO DE CAMPOSProfessor Titular da Faculdade de Medicina da UFMG
Secretrio de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade
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13Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Aefetivaodepolticasdeeducaoetrabalhoemsadeapresentamltiplosdesafios.
Entretantosoutros,destaca-seacarnciadeinformaoconfiveisqueorientemoplanejamento,
a execuo e a avaliao de medidas a cargo do poder pblico. O Brasil dispe de boas fontes de
dados sobre recursos humanos, que podem ser consultadas para elaborao de informaes de
interesse tanto dos gestores dos sistemas de sade e educao, como de outros atores sociais. En-
tretanto, no tarefa simples transformar dados em informaes teis e oportunas para o processo
decisrio,suaavaliaoereorientao.Esseumdesafioquevemsendopaulatinamenteenfrenta-
do no Brasil, com a estratgia da Rede Observatrio de Recursos Humanos em Sade, atualmente
conhecida pela siglaObservaRH. Essa iniciativa foi desencadeada oficialmente em reunio pro-
movidapelaOPAS/OMSemSantiagodoChileem1999,comoobjetivogeraldecontribuirparaa
produoeadifusodeconhecimentonessarea.AadesodoBrasilformalizou-senaquelemesmo
ano,comapublicaodeumaportariadaSecretariadePolticasdeSadedoMinistriodaSade.1
Conforme assinalei empublicao contendo a primeira srie de trabalhos produzidos
pelos observatrios brasileiros: O objetivo geral dessa rede propiciar o mais amplo acesso a in-
formaeseanlisessobrerecursoshumanosnareadesadenoPas,facilitandoamelhorformu-
lao,acompanhamentoeavaliaodepolticaseprogramassetoriais.Almdisso,espera-sequea
rede tambm contribua para o desenvolvimento de processos de controle social sobre a dinmica e
astendnciasdossistemasdeeducaoetrabalhonocampodasade.Oentendimentoconsensual
que o funcionamento da rede se estabelea com base na colaborao entre centros de estudo
e instituies pblicas ou privadas e que sua misso leve em conta as expectativas de diferentes
grupos de interesse da sociedade, no se atrelando a orientaes exclusivas dos patrocinadores ou
financiadoresdeprojetos.2
1BRASIL.MinistriodaSade.SecretariadePolticasdeSade.Portarian26,de21desetembrode1999.Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil,PoderExecutivo,Braslia,DF,22deset.1999,Seo1.p.182.
2SANTANA,J.P.AcooperaotcnicacomosobservatriosderecursoshumanosemsadenoBrasil.In:BRASIL,MINISTRIODA SADE. Observatrio de recursos humanos em sade no Brasil: estudos e anlises.RiodeJaneiro:EditoraFiocruz,2003.Disponvelemhttp://www.opas.org.br/rh/publicacoes/textos/orh_completo.pdf.Acessoem:16dez.2009.
Prefcio
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14 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
A Rede ObservaRH foi tomada como prioridade pela nova Secretaria de Gesto do Tra-
balho e da Educao em Sade do Ministrio da Sade, conferindo perenidade a essa linha de
trabalho. Ao longo de uma dcada consolidou-se um amplo conjunto de estaes de trabalho
distribudasemvriasunidadesdafederao.Algumasdelasforamconstitudasemtornodeuma
temticaespecfica,comoocasodoObservatriodaFaculdadedeOdontologiadaUSP.
Aexperinciadessanovaunidadedaredetemsidoexemplar,emtermosdaintegrao
indispensvel para a transformao de dados em informaes para deciso. Os especialistas dos
observatrios devem elaborar os estudos em sintonia com as demandas dos gestores de sade.
Assim foi feito, conforme demonstra a presente publicao, sobre o Perfil atual e tendncias do
cirurgio-dentista brasileiro, resultante de um esforo articulado entre o gestor nacional do SUS
eumainstituioacadmica,comapoiodaOPAS/OMS.
Um dos produtos desse empreendimento colaborativo iniciado h cerca de ano e meio
apresenta-senestelivro:operfilsociodemogrfico,daformaotcnico-cientficaedomercadode
trabalhodeumacategoriaprofissionalchaveparaapolticadesadedoBrasil,particularmenteem
seupropsitodeinclusosocialmedianteaestratgiadesadedafamlia.Soelementosimpor-
tantesparaoplanejamentoeavaliaodaspolticasdeformaoeinseroprofissionalnocampo
da sade bucal nas suas mltiplas reas de atuao. Alm disso, o processo de cooperao entre as
entidadesmobilizadasnaproduodesseestudopermitiuaidentificaodelacunaseoaperfeio-
amento dos respectivos bancos de dados ou sistemas de informao.
Os dentistas, em conjunto com mdicos e enfermeiros, constituem o ncleo da equipe
deprofissionaisdenvelsuperiordaestratgiadesadedafamlia.Estudosanteriorestraaramo
perfildosmdicoseenfermeiros.Alacunasobreoscirurgies-dentistasfoipreenchidacomessa
pesquisa,quecontemplououniversodessesprofissionais(220.000)registradosnoConselhoFe-
deral de Odontologia. Em etapa subsequente o Observatrio/FO/USP ampliar o escopo do estudo
paraosprofissionaisdenveltcnicoemdio.
O ponto de partida para as anlises foi o reconhecimento de que o Brasil tem um efetivo
de dentistas entre os maiores do mundo, mas a distribuio interna desigual. A expectativa das
instituiespromotorasdoprojetosubsidiarpolticasqueincentivemafixaodeprofissionais
nointeriordopaseaformaovoltadaparaatenderoconjuntodapopulao.
Valeressaltar,almdessevaliosoconjuntodeinformaeseanlises,osignificadoimpl-
citoeopotencialdesdobramentoqueseesperadaparticipaodasdemaisentidadesnarealizao
do projeto: o Conselho Federal de Odontologia, a Associao Brasileira de Odontologia, a Asso-
ciao Brasileira de Ensino Odontolgico, a Associao Paulista de Cirurgies-dentistas, alm das
instituies governamentais - CAPES/Representao da rea de Odontologia e Ministrio da Sade/
-
15Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
DEGES e Coordenao Nacional de Sade Bucal. Desse colegiado de atores, em associao com os
gestoresdoSUSnasesferasestaduaisemunicipais,dependeaefetividadedepolticasquevisem
umanovaconfiguraodasituaoetendnciasatuaisemproldaalmejadainclusosocialquese
espera do novo modelo de ateno a sade do Brasil.
Refletirsobrequestesdessaordemtornamaisclaroosignificadodapropostadosobser-
vatrios, que devem ser entendidos como uma instncia de articulao entre pesquisadores e ou-
tros atores sociais interessados na construo de uma determinada modelagem do conhecimento.
Essa interao ao mesmo tempo indispensvel e delicada em sua tecedura. Indispensvel, tendo
em vista a meta de melhorar a interpretao consistente e o uso oportuno de informaes no pro-
cesso decisrio. Delicada, pois deve respeitar a autonomia de cada um dos processos que se entre-
cruzam-aliberdadedopensamentoanalticoeaintencionalidadedosatoresdosprocessossociais.
Outro aspecto a merecer destaque no prefcio dessa publicao resulta de sua contextua-
lizaonombitodaRedeObservaRH.Asinformaes,asanliseseasconclusesapresentadas
revelamacompetnciaeadedicaodosautores,congregadospeloObservatriodaFaculdadede
OdontologiadaUniversidadedeSoPaulo.semdvidaumprodutoasercompartilhadocomas
demaisestaesdetrabalhodarede,intensificandoainteraoquedeveseramarcadistintivada
cooperao entre os pesquisadores das unidades dessa rede colaborativa. Mais que isso, interessa
compartilharasliesaprendidascomessaexperinciadeinvestigao,ampliandoeconsolidando
umconhecimentocoletivosobreoquefazer,ocomofazereparaquefazer.
Areflexofinalqueapresentodizrespeitoimportnciadesseprojetoparaoprocessode
cooperaointernacionalemrecursoshumanosnareadesade.Quefiqueregistradaaexpectati-
va de intercambio no apenas com os observatrios da rede brasileira, mas com os observatrios de
recursoshumanosdeoutrospases,especialmenteaquelescomosquaisoBrasilvempraticando
umaexperinciadecooperaocomtriangulaodaOPAS/OMS,comoosintegrantesdaComu-
nidadedePasesdeLnguaPortuguesa(CPLP)edaUniodeNaesSul-Americanas(UNASUL).
Jos Paranagu de SantanaGerente do TC 41
Programa de Cooperao InternacionalRepresentao da OPAS/OMS no Brasil
-
17Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
1 INtRODUO
NoBrasil,ocursodeOdontologia foi institudoem25deoutubrode1884pelo
Decreto no9311,juntoaoscursosdeMedicinadoRiodeJaneiroedaBahia1,2,3.Desde ento, ocorreu considervel aumento do nmero de escolas, sobretudo nos
ltimos30anos,sendoque,em2008,atingimosonmerode197cursoscadastradosno
InstitutoNacionaldeEstudosePesquisasEducacionais(INEP),deacordocomoCenso
da Educao Superior4.Emmdia,essescursosformamcercade9000novoscirurgies-dentistas a cada ano.
Aprofissodecirurgio-dentista(CD)exercidanopaspormeiodaregulamenta-odaLein5.081,de24deagostode19665.DeacordocomaClassificaoBrasileirade
Profisses(CBO),queodocumentonormalizadordoreconhecimento,danomeaoe
dacodificaodosttulosecontedosdasocupaesdomercadodetrabalhobrasileiro,
entende-se por Cirurgio-dentista, aqueles que:
Atuamnasreasdeodontologialegalesadecoletiva,dentstica,prtesee
prtese maxilofacial, odontopediatria e ortodontia, radiologia, patologia, es-
tomatologia, periodontia, traumatologia bucomaxilofacial e implantodontia.
Trabalhamporcontaprpriaoucomoassalariadosemclnicasparticulares,
cooperativas, empresas de atendimento odontolgico e na administrao p-
blica.Exercemsuasatividadesindividualmenteeemequipe(BRASIL,2002)6.
NasltimasdcadasoexercciodaprofissodeCDtempassadoporprofundasmo-dificaes,resultadodainflunciadediversosfatores.Percebe-seaprogressivaincorpora-odetecnologia,deespecializao,areduodoexerccioliberalestrito,apopularizao
dos sistemasdeOdontologiadegrupo,o aumentodopercentualdeprofissionais com
vnculopblico,sobretudocomocrescimentoexpressivodospostosdetrabalhonarede
pblica de servios de Odontologia. A participao do dentista no Programa de Sade da Famlia(PSF)eosurgimentodosCentrosdeEspecialidadesOdontolgicas(CEO)narede
doSistemanicodeSade(SUS)tmgrandeimpactonessesnmeros.
Segundo o Ministrio da Sade7,em2001,haviacercade2000EquipesdeSadeBucal(ESB)noPSFcredenciadas.Em2009,dadosrelativosaomsdeoutubro,mostram
queh17.818equipesdeSadeBucalimplantadasecadastradasnoSistemadeCadastro
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18 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
NacionaldeEstabelecimentosdeSade(SCNES)doDATASUS1. Essequadrovemacompanhadodedesafiosparaaadequaodaformaoparao
trabalhoemconsonnciacomosprincpiosdoSistemanicodeSade(SUS)8,9,10,11 e da necessidade de se promover umamelhor distribuio de profissionais entre as regies
brasileiras12.A insero do dentista nas equipes de sade da famlia parte essencial da
estratgia de estruturao dos servios no SUS. O papel dos trabalhadores em sade na qualidadedosserviosofertadosindiscutvel13,14.Noaoacaso,aOrganizaoMundial
daSade(OMS),considerandoosProfissionaisdaSadecomoimprescindveis,dedicoua
dcada2006-2015aotema,estabelecendometasaserematingidasnoplanointernacional.
Dorelatriomundialdesadede2006,denominadoTrabalhandojuntospelaSa-de15, destaca-se:
Muitasvezesnohsistemaspararegistrareatualizaronmerosdetra-
balhadores de sade, o que apresenta um grande obstculo para o apri-
moramentodepolticasparaodesenvolvimentode recursoshumanos
baseadosemevidncias...
...sobreoperfilglobaldos trabalhadoresemsadeInformaessobre
composiodaequipe,faixaetria,fontesderenda,localizaogeogrfi-
caeoutrascaractersticasquesoimportantesparaodesenvolvimentode
polticas,estolongedeestarcompletas.
Assim,oconhecimentodoperfildosprofissionaisqueatuamnareadasade,esta-belecendodadoseproduzindoinformaes,sobretudodosqueatuamnaatenobsica,
como foi o caso na presente pesquisa, encontra respaldo na necessidade de fortalecimento da capacidade de planejamento do SUS e na demanda internacional de informaes em sade.
Os dentistas, em conjunto com mdicos e enfermeiros, constituem o ncleo bsico deprofissionaisdenvelsuperiordasequipesdesadedafamlia.Estudosanteriorestra-aram informaes sobre mdicos16, e enfermeiros17.
1 Departamento de Informtica do SUS - DATASUS, rgo da Secretaria Executiva do Ministrio da Sade, responsvel por coletar, processar e disseminar informaes sobre sade.
-
19Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
A pesquisa envolveu bancos de dados que possuem informaes sobre os cerca de 220.000 cirurgies-dentistas registradosnoConselhoFederaldeOdontologia (CFO).O
Brasil tem um efetivo de dentistas entre os maiores do mundo, mas a distribuio interna desigual.Afixaodeprofissionaisnointeriordopaseaformaovoltadaparaatender
oconjuntodapopulaosoosprincipaisdesafios.
Diversosbancosdedadosreferentesprofissomostramumefervescenteperfilde
mudanas. Contudo, esses dados encontram-se isolados e so obtidos com diferentes obje-tivos. A multiplicidade de fontes no permite o delineamento de um quadro geral.
A proposta central desta pesquisa foi levantar e articular a informao existente em bancos de dados isolados para que se pudesse traar uma linha de base com um conjunto de informaes sobre o cirurgio-dentista brasileiro. Pretendeu-se, portanto, saber de for-mamenosempricaquantosso,ondeesto,qualograudeformao,qualarendaetipo
deexerccioprofissionaldesenvolvidopelosCDnopas.
Espera-se que os resultados desse estudo possam contribuir para o planejamento eaimplementaodaspolticasdeformaoeinseroprofissionalnocampodasade.
2 DESENvOLvIMENtO DA PESqUISA
A pesquisa foi desenvolvida por meio da cooperao entre as entidades integrantes doestudoqueparticiparamdoplanejamentoedisponibilizaraminformaescontidasem
seus bancos de dados. Alm disto, contou com a busca ativa de pesquisadores do Observa-trio de Recursos Humanos Odontolgicos da Faculdade de Odontologia da Universidade deSoPaulo(ORHO-USP).Odesenvolvimentodoprojetosedeupormeiodereunies
presenciaiseporvideoconferncias.
Duranteoprocessoestiveramconectadosporvideoconferncia,oObservatriode
Recursos Humanos Odontolgicos da USP e a Associao Paulista de Cirurgies-dentistas (APCD),emSoPaulo.OMinistriodaSade(MS),emBraslia,comaparticipaodo
Departamento de Gesto da Educao na Sade e do Departamento de Ateno Bsica, a AssociaoBrasileiradeOdontologia(ABO)NacionaleaAssociaoBrasileiradeEnsino
Odontolgico(ABENO).OConselhoFederaldeOdontologia,noRiodeJaneiro.Arepre-sentaodareanaCoordenaodeAperfeioamentodePessoaldeNvelSuperior(CA-PES)naUniversidadeFederaldeMinasGerais(UFMG),emBeloHorizonteeapesquisadora
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20 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
responsvelnaUniversidadeEstadualdeLondrina(UEL),emLondrina.
Alm dos representantes das Entidades citadas, colaboraram na produo dos dados o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, a CAPES e a Receita Federal. O estudoteveseuincioemagostode2008.
3 MEtODOLOGIA
3.1 variveis pesquisadas
Perfilsociodemogrfico:idade,sexo,renda,distribuioregional,localde graduao, migrao.
PerfildaFormaoTcnico-Cientfica:graduao,ps-graduaolato e stricto sensu por regio brasileira.
Perfil domercado de trabalho: nmero de profissionais por regio,exerccioprivado,pblico,rendadeclarada
3.2 Fontes de Consultas
Banco de dados do Conselho Federal de Odontologia. Cadastro da Associao Brasileira de Odontologia. Cadastro da Associao Paulista de Cirurgies-dentistas. Banco de dados da Coordenao Nacional de Aperfeioamento Supe-
rior(DATACAPES/Coleta)/MinistriodaEducao(MEC).
Banco de dados do Sistema de Cadastro Nacional dos Estabelecimen-tosdeSade/DATASUS/MinistriodaSade(MS).
PesquisaNacionalporAmostragemdedomiclios(PNAD)/IBGE/Minis-trio do Planejamento, Oramento e Gesto.
CdigodeEndereamentoPostal(CEP)/Correios. BancodedadosdaReceitaFederal/MinistriodaFazenda. Relao Anual de Informaes Sociais - RAIS/ Ministrio do Trabalho e
Emprego. Censo da Educao Superior/INEP/MEC. Cadastros da Educao Superior - Instituies de Educao Superior,
Cursos e Docentes/INEP/MEC. ExameNacionaldeDesempenhodeEstudantes(ENADE)-Question-
rio dos Alunos - INEP/MEC.
-
21Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
3.3 Nmero de CD e os tipos de inscrio
ParaobtenodototaldeCDsatuantesnopas,precisocompreenderaspossibili-dades de registro existentes no banco de dados do CFO. Para efeito da unidade de entrada, as inscries podem ser descritas segundo os seguintes tipos:
Inscrio Provisria a inscrio concedida a recm-formados que ainda no pos-suem Diploma de Graduao. Tem validade mxima de dois anos improrrogveis a contar da data de colao de grau.
Inscrio Principal AtivaainscrioconcedidaaosprofissionaispossuidoresdeDiploma de Graduao mediante requerimento, mantida no sistema em atividade.
Inscrio Secundria e terciria so as possibilidades de inscrio concedida aos profissionais,mediantesolicitao,quandoestespretendematuaremoutrosestadosalm
daquele em que possuem uma inscrio principal.Inscrio por Transfernciaainscrioconcedidaaosprofissionaisquemigram
deestadodeatuao.Ocancelamentodainscrionoestadodeorigemsefazduranteo
trmite do processo.Inscrio de Especialidade OCFOpermiteoregistrodeat2especialidades.Casoo
profissionalqueiraregistrarumaterceiraespecialidadedeverabrirmodeumadasanteriores.
Tambm h registros de caducidade de inscrio e de cancelamentos. Quanto Caducidade,essainformaoregistradaquandooprofissionalquepos-
sua uma inscrio Provisria no retornapara a entregadoDiplomadeConclusode
Curso.Assim,osistemaacancelaporcaducidadedoprazodainscrioprovisria.
Sobre os cancelamentos, estes podero ser por: falecimento, encerramento das atividades,transferncia(nessecaso,especfico,oprofissionalcancelaainscrioemum
ConselhoRegionaldeOdontologia(CRO)eseinscrevenovamenteemoutro),caducidade,
suspensotemporria(noexercciodaprofisso,temporariamente)pordbitosoucassa-o de direitos, derivada de processo tico disciplinar.
Assim,paraesteestudo,emalgumastabelas,seroexcludososdadosdeInscries
Secundrias,TerciriaseProvisrias,afimdeevitaraduplicidadedeentradanacontagem
do nmero total de cirurgies-dentistas.
3.4 Localizao dos profissionais por CEP
ParaadistribuiodosprofissionaissegundocadaUnidadeFederativa,osregistros
nosConselhosRegionaisdeOdontologiaempregamoCEPdosmunicpiosbrasileirospara
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22 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
localizaodoendereoprincipal(endereodecorrespondnciadoprofissional).
Cercade200profissionais/endereosapresentaramdificuldadessuplementaresou
porque o CEP no constava na base dos Correios18, ou porque a informao populacional noestavadisponibilizadaon line pelo IBGE19.Nestecaso,pde-severificarquenosertratavadeummunicpio.
Muitos dos registros deCEP tinham como razo da unidade de entrada a distri-buio espacial. De acordo com os Correios18 O Cdigo de Endereamento Postal um conjunto numrico constitudo de oito algarismos, cujo objetivo principal orientar e
aceleraroencaminhamento,otratamentoeadistribuiodeobjetosdecorrespondncia,
por meio da sua atribuio a localidades, logradouros, unidades dos Correios, servios, rgospblicos,empresaseedifcios...OBrasilfoidivididoemdezregiespostaispara
finsdecodificaopostal,utilizandocomoparmetroodesenvolvimentosocioeconmico
efatoresdecrescimentodemogrficodecadaUnidadedaFederaoouconjuntodelas.
Destemodo,adificuldadedeenquadramentodealgumaslocalidadesserefere,na
maiorpartedoscasos,aofatodeseremdistritosdemunicpiosmaiores.Assim,algumas
localidadesquepossuemcontingentepopulacionalinferiora10.000habitantesforamane-xadasaoseumunicpiosede,oqueemalgunscasos,sobretudonosmunicpiosmaiores,
pode levar a subestimar a distribuio espacial dos CDs em pequenos grupos populacio-nais.Contudo,osdadosrelativosaoscercade5400municpiosestocorrespondendoaos
seuscontingentespopulacionais,oqueabrangemaisde95%dosmunicpiosbrasileiros.
3.5 Classes populacionais adotadas
Paraadistribuiodosmunicpiossegundoosgrupospopulacionais,optou-sepela
utilizaododadomaisrecentedisponvelnapocadoestudo.Essecritriolevouauti-lizaodosdadosdecontagempopulacionalde200719 e a de estimativas populacionais divulgadas no mesmo ano.
AContagemdaPopulaode200719foiempregadaparaos5.435municpiosque
delaparticiparameforamutilizadososdadosdasestimativasdepopulaoparaos128
municpioseoDistritoFederal,noabrangidospelaContagem.
Nadistribuiodosprofissionaisnointeriordecadaestadooptou-sepor5classes
populacionaisdemunicpios,sendo:
-Municpioscomat5000habitantes.
-Municpioscomde5001at20000habitantes.
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23Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
-Municpioscomde20001at100000habitantes.
-Municpioscomde100001at500000habitantes.
-Municpioscommaisde500000habitantes.
3.6 titulao por tipo
Otermops-graduaogenericamenteutilizadoparaaformaoqueocorreaps
a graduao.No Brasil h dois tipos de ps-graduao: lato sensu que engloba os cursos de aper-
feioamentoedeespecializaoestricto sensuqueabrangeoscursosdemestradoprofis-sional, mestrado e doutorado.
No lato sensu,oscursosdeespecializaoeaperfeioamento tmobjetivo tcni-coprofissionalespecficosemabrangerocampototaldosaberemqueseinsereaespe-cialidade. So cursos destinados ao treinamento nas partes de que se compem um ramo profissionaloucientfico.Suametaodomniocientficoetcnicodeumacertaelimitada
readosaberoudaprofisso,paraformaroprofissional20.No stricto sensu,oscursosdemestradoacadmicovisamaformaotcnicocientfi-
catantoparaoensinocomoparaapesquisa.Jomestradoprofissionaladesignaodo
mestradoqueenfatizaestudosetcnicasdiretamentevoltadasaodesempenhodeumalto
nveldequalificaoprofissional.Estanfaseanicadiferenaemrelaoaoacadmico.
Confere,pois,idnticosgraueprerrogativas,inclusiveparaoexercciodadocnciaecomo
todo programa de ps-graduao stricto sensu, tem a validade nacional do diploma condi-cionada ao reconhecimento prvio do curso21. Os cursos de doutorado so voltados para a formaodepesquisadores,preparamparaavidaacadmicaebuscamoaprofundamento
intenso em determinado campo do saberOs dados de stricto sensuincludosnesteestudosooriundosdobancodeinformaes
daCAPEScorrespondentesaoperodode1998a2007esorelativosreadeOdontologia.As-sim, pode-se inferir que os nmeros apresentados so menores que o contingente existente de mestresedoutores.Ficamexcludososdetentoresdettulosstricto sensu obtidos no exterior e osquesetitularamantesdoperodocitado.TambmnoestoincludososCDquesetitularam
emreasafinscomoasdesadecoletivaoudecinciasbsicas.
Quanto ao lato sensutambmnoforamcontabilizadasasinformaessobrecursosdeaperfeioamentosemrazodaampladiversidadedeformatosaquecorrespondemeadificulda-dedepadronizao,umavezqueessesnodoacessoaoregistrodeespecialidade.
-
24 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
Osdadosdeespecialistassereferem,portanto,aosprofissionaiscomespecialidade
registradanoCFO,detentoresdecertificadosdeespecializaolegalmentereconhecidos.A
possibilidade de registro de especialidade no CFO congrega tanto os especialistas advindos de cursos de ps-graduao lato sensu como do stricto sensu.
3.7 Renda declarada
Para a coleta de informaes sobre a renda declarada nas Declaraes de Renda de PessoasFsicasforamutilizadososcdigosdareceitaFederal:226-(odontlogo),epara
efeitosdecomparaooscdigos225(mdicos),227(enfermeiros)e229(fisioterapeuta,
fonoaudilogo,terapeutaocupacionaleafins).
Osdadossebaseiamnarendadeclaradanoperodo2003a2007ereferem-seaos
anos-base2002a2006.
Arendaanualmencionadaextradadototaldetodasasrendas(rendimentostri-butveis,isentosetributaoexclusiva).Apenasosrendimentostributveis(rendimentos
dotrabalho,aluguis,etc)foramempregados.
Asseguintesfaixasderendastributveisforamempregadas:0-12;12-24;24-36;36-
48;48-60;60-72;e>72milR$/ano.
4 RESULtADOS
4.1 Perfil sociodemogrfico
4.1.1 Total de cirurgies-dentistas e Distribuio Regional Onmero totaldecirurgies-dentistasematividadenoBrasil em2008pode ser
observado na tabela 1.
tabela 1 - total de cirurgies-dentistas cadastrados nos Conselhos Regionais de Odontologia por tipo de inscrio em 2008.
C.R.O. Principal Transferncia Provisria Total
AC 141 204 16 361
AL 1502 307 83 1892
AM 1094 559 248 1901
AP 127 167 30 324
-
25Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
BA 5630 1244 664 7538
CE 3540 629 279 4448
DF 3435 1501 319 5255
ES 3129 652 262 4043
GO 4770 1418 550 6738
MA 1352 399 231 1982
MG 22014 3289 1425 26728
MS 1695 916 206 2817
MT 1498 1129 269 2896
PA 2252 689 123 3064
PB 2035 637 187 2859
PE 4605 571 422 5598
PI 1271 234 179 1684
PR 10899 1859 917 13675
RJ 22735 1536 1923 26194
RN 1821 386 199 2406
RO 456 469 131 1056
RR 70 174 17 261
RS 11168 907 1048 13123
SC 5129 1935 699 7763
SE 948 232 127 1307
SP 64875 3487 4146 72508
TO 460 567 127 1154
Total 178651 26097 14827 219575
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Para assegurar a estabilidade da informao, os dados que compem a tabela 1 ex-cluem,paraefeitodesteestudo,as105inscriestemporriasregistradasnoCFOnadata
deextraodosdadosporseremdadossuscetveisdeconfirmaoposterior.
Domesmomodo,paraevitarduplicidadedeinformao,noestocontabilizadas
as3.444inscriessecundriasnemasinscriestercirias.Essenmeroseexplicapela
normativa do CFO sobre a necessidade de uma segunda inscrio para atuao comple-mentar em outro estado alm daquele de atuao principal. Esse subgrupo composto principalmenteporprofessoresqueatuamemdiferentescursosdeespecializaooupor
profissionaisqueatuamregionalmenteemmunicpiosdemaisdeumestado.
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26 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
SobreadistribuiopercentualdosCD,doconjuntodas27UnidadesFederadas
(UF),atabela2mostraque3estados(SP,MGeRJ)concentrammaisde57%dosprofis-sionais.Juntos,dezestadosbrasileirospossuemmaisde84,5%dosprofissionaisdopas.
tabela 2 - Dez UF com maior nmero de cirurgies-dentistas, Brasil, 2008.
C.R.O. CD (%)
DF 5255 2,40%
PE 5598 2,55%
GO 6738 3,07%
BA 7538 3,44%
SC 7763 3,54%
RS 13123 5,99%
PR 13675 6,24%
RJ 26194 11,95%
MG 26728 12,19%
SP 72508 33,08%
Brasil 219.575 100%
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
AdistribuiodosCDnas5regiesgeogrficasdopasmostraumquadrodecon-centraoemdeterminadasregieseescassezemoutras,comgrandevariabilidadeentre
as regies.Comomostra a figura 1, que compara a distribuio regional dapopulao
brasileira com a distribuio dos CD brasileiros, estes encontram-se concentrados princi-palmente nas regies Sudeste e Sul.
-
27Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Figura 1 - Distribuio percentual da Populao Brasileira por regies e de cirurgies-dentistas em 2008.
Dentistas
Populao
Sudeste Sul Centro Oeste Nordeste Norte
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Fonte: Populao, IBGE19;CD,CFO,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
AregiobrasileiracomamenorproporodepopulaoporCD(pop/CD)castra-dosnoCFOaregioSudeste,comopodeserobservadonatabela3.
tabela 3 - Proporo de populao por CD em regies brasileiras, Brasil, 2008.
Regio CD PopulaoProporo Pop/
CDmdia
Maior valor Pop/CD/UF
Menor valor Pop/CD/UF
Sudeste 129.473 77873120 601 829 Esprito Santo 549 So Paulo
Centro Oeste 17706 13222854 747 986 Mato Grosso 467 DF
Sul 34561 26733595 774 806 R Gde do Sul 752 Paran
Nordeste 29714 51534406 1734 3634 Piau 1484 Sergipe
Norte 8121 14623316 1800 2305 Par 1077 Tocantins
Brasil 219.575 183987291 838 3634 Piau 467 D Federal
Fonte: Populao, IBGE 19,CD:CFO,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Entretanto,aproporodepopulaoporCDbastanteinfluenciadaporvalores
extremos na obteno de valores mdios. Quando a unidade de anlise passa de regio paraUF,osvaloresmdiosvariamde467habitantesporCD(hab/CD)noDFa2.634hab/
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28 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
CDnoPiau. Paramelhor compreender a variaodessaproporono interiordopas
necessriodistribuirosCDnaunidademunicpio.Aindaassim,osdadoscarecemde
preciso quando se trata de estimar a distribuio dos CD em distritos e comunidades de regiorural.Contudo,tratando-sedemunicpios,pode-seobservarumagrandevariao
na proporo de populao por CD. Porm, preciso ressalvar que esses dados devem ser interpretadoscomcautela,poisadistribuionosmunicpiosestabaseadanoendereo
principaldoprofissional,oquepodemascararsituaesdearranjoslocaiscomoprofissio-naisquetrabalhamemmaisdeummunicpio,ouquenoresidemnomunicpionoqual
trabalham.Astabela4,5,6,7e8apresentamosvaloresextremosdadistribuiodepopulao
porCDnointeriordasregiesbrasileiras,quandoaunidadedeanliseomunicpio.
tabela 4 - Proporo de populao por CD na regio Sudeste, Brasil, 2008.
UF CD Populao Pop/CD
Mun.Menor
Valor Pop/CD
Municpios
Mun.Maior
Valor Pop/CD
Municpios
Esprito Santo
4.043 3.351.669 829,01 191Vitria
19.180 Viana
Minas Gerais
26.728 19.273.506 721,10 206 Alfenas 16.479 Ladainha
Rio de Janeiro
26.194 15.420.375 588,70 171 Niteri 15.533 Japeri
So Paulo 72.508 39.827.570 549,29 235S Caetano
do Sul19.635
Rio Gde da Serra
Regio Sudeste
129.473 77.873.120 601 171 19.635
Fonte: Populao, IBGE 19,CD:CFO,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Assim,osvaloresmdiosexpressosde601habitantesporCDnaregioSudestej
poderiam ser considerados umaproporo de habitantes pequena por profissional em
comparaocomoutrasregiesecomoutrospases20. Propores ainda menores foram encontradasemcidadescomoNiteri(171habitantesporCD)eVitria(191habitantes
porCD).
Aomesmotempo,noestadodoEspritoSanto,aproporode19.180habitantes
paracadaCDnomunicpiodeViana.Contudo,considerandoqueessaproporofoiob-tidalevando-seemcontaoendereoprincipaldosprofissionaiscadastradosnoCFO,essa
proporopodeserrelativizadaverficando-seaexistnciadeequipesdesadebucaldo
-
29Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
PSF.NocasodeViana,ocadastrodoSIABnoacusouaexistnciadeESBimplantadasat
marode2009.
NaregioNordeste(Tab.5),osvaloresmdiossode1.734pessoasporCD,todavia
essenmeroabrigaumavariaode378hab/CDemJooPessoae65.772emPaatuba,
estado do Cear. Entretanto, em Paatuba, a presena de ESB no PSF, muda o quadro de distribuiodepopulaoporCD.DeacordocomoSIAB,h9ESBdoPSF,comumaco-berturade73%dapopulaodeacordocomosparmetrosdoMinistriodaSade.
tabela 5 - Proporo de populao por CD na regio Nordeste, Brasil, 2009.
UF CD Populao Pop/CD
Mun.Menor
Valor Pop/CD
Municpios
Mun.Maior
Valor Pop/CD
Municpios
SE 1.307 1.939.426 1.484 410 Aracaju 37.137 N Sra do Socorro PI 1.684 6.118.995 3.634 576 Teresina 41.661 Unio
AL 1.892 3.037.103 1.605 537 Macei 45.307 Campo AlegreMA 1.982 6.118.995 3.087 665 So Luiz 47.850 Barreirinha
RN 2.406 3.013.740 1.253 414 Natal 29.436 Touros
PB 2.859 7.065.573 2.471 378 Joo Pessoa 26.279Pedras do
Fogo CE 4.448 8.185.286 1.840 707 Fortaleza 65.772 Paatuba
PE 5.598 8.485.386 1.516 467 Recife 45.777 Paudalho
BA 7.538 14.080.654 1.868 537 Bom Jesus da Lapa 32.489Barra do Choa
Regio NE 29.714 51.534.406 1.734 378 65.772
Fonte: Populao, IBGE 19,CD:CFO,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
NaRegioSul (Tab.6),emboraosvaloresmdiosdecadaestadoguardemcerta
similaridade,nointeriordosestadosomunicpiodeJoaabaemSCtemumaproporode
224hab/CD(valornomuitodistantedadeFlorianpolisquede237hab/CDnomesmo
estado)enquantoqueCapodoLeo,noRioGrandedoSul,tem23.655Hab/CD.Osda-dosdoSIABdemarode2009noindicavamapresenadeESBdoPSF.
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30 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
tabela 6 - Proporo de populao por CD por Regio Sul
UF CD Populao Pop/CD
Mun.Menor
Valor Pop/CD
Municpio
Mun.Maior
Valor Pop/CD
Municpio
SC 7.763 5.866.252 756 224 Joaaba 11.391 Campo Alegre
RS 13.123 10.582.840 806 324 Porto Alegre 23.655 Capo do Leo
PR 13.675 10.284.503 752 336 Curitiba 22.021 Itaperuu
Sul 34.561 26.733.595 774 224 23.655
Fonte: Populao, IBGE19,CD:CFO,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Atabela7mostraosmunicpiosdemaioremenorvalordehab/CDnaregioCen-tro-Oeste.OsdadosrelativosaoDistritoFederalindicamumaproporode467hab/CD,
pormessedadoexpressaapenasovalormdiocontidonomunicpiodeBraslia.Assu-bunidadesdenominadasRegiesAdministrativasnoforamutilizadasparadistribuioem
menorescala,pelapadronizaodedistribuioadotadanopresenteestudo.
tabela 7 - Proporo de populao por CD na Regio Centro Oeste.
UF CD Populao Pop/CD
Mun.Menor
Valor Pop/CD
Municpio
Mun.Maior
Valor Pop/CD
Municpio
MS 2.817 2.265.274 804 487Campo Grande
22.364 Anastasio
MT 2.896 2.854.642 986 419 Cuiab 13.886Vila Bela de Santssima
DF 5.255 2.455.903 467 467NA
467 NA
GO 6.738 5.647.035 838 346 Goinia 12.640 Abadinia
CO 17.706 13.222.854 747 346 22.364
N.A: No se aplica. Fonte: Populao, IBGE19, CD: CFO, Pesquisa Perfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
AregioNorte(Tab.8)possuiamaiorproporodepopulaoporCD(1800hab/
CD)dopaseomenornmerototaldeprofissionais.Emrelaoaototaldapopulao
brasileira,8%residenaregioNorteeestadetm4%dototaldeCD.Nomunicpiode
Portel,2ESBdoPSF,abrangemumacoberturade28%dapopulao.
-
31Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
tabela 8 - Proporo de populao por CD na Regio Norte.
UF CD Populao Pop/CD Limite inf Municpio Limite sup Municpio
RR 261 395725 1516 1384 Boa Vista 24466 Rorainpolis
AP 324 587311 1812 1650 Macap 18746 Laranjal do Jari
AC 361 655385 1815 959 Rio Branco 14314 Xapuri
RO 1056 1453756 1376 716 Porto Velho 11432 Gov. Jorge Teixeira
TO 1154 1243627 1077 390 Araguaina 10491 Paran
AM 1901 3221939 1694 937 Manaus 30727 S. Paulo de Olivena
PA 3064 7065573 2305 660 Belm 45580 Portel
Norte 8121 14623316 1800 390 45580
Fonte: Populao, IBGE 19,CD:CFO,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Em resumo, sobre a distribuio do total de CD nas regies brasileiras, destaca-se quetrsquartosdosdentistasestoconcentradosnoSudesteeSuldopas.Essadistribui-o encontra grande semelhana com a distribuio da participao percentual das grandes regies no PIB a preo mdio de mercado19b.
Embora a proporomdia depopulaopor profissional esteja entre asmeno-resdomundo,sendodeumcirurgio-dentistaparacada838habitantes,enquantoquea
mdiamundialdeumCDpara62.595habitantes20, a presente pesquisa mostra que h importantes disparidades regionais.
4.1.2 Distribuio nas capitaisAtendnciadeconcentraodosCDsemdeterminadasregiesbrasileirasprecisa
tambm ser observada em relao a distribuio capital versus interior nas Unidades da Federao.Assim, a tabela9 apresentaopercentualdeCD registradosnas capitaisdos
estados brasileiros.
-
32 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
tabela 9 - total de CD nas capitais de estados brasileiros, 2008.
CRO CD* Capital (%)
AC 361 261 72,4
AL 1892 1557 82,3
AM 1901 1724 90,7
AP 324 297 91,7
BA 7538 4206 55,8
CE 4448 3407 76,6
DF 5255 2842 64,1
ES 4043 1661 41,1
GO 6738 3699 54,9
MA 1982 1395 70,4
MG 26728 8018 30,0
MS 2817 1518 53,9
MT 2896 1303 45,0
PA 3064 2221 72,5
PB 2859 1672 58,5
PE 5598 3151 56,3
PI 1684 1197 71,1
PR 13675 5278 38,6
RJ 26194 14459 55,2
RN 2406 1775 73,8
RO 1056 492 46,6
RR 261 224 86,2
RS 13123 4369 33,3
SC 7763 1653 21,3
SE 1307 1177 90,1
SP 72508 24797 34,2
TO 1154 257 22,3
Brasil 219575 94610 43,1%
Fonte:CFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
NoBrasilopercentualdeCDnascapitaisde43,1%masnasRegiesNorteeNor-deste,noAmazonas(90,7%)eAmap(91,7%)eemSergipe(90,1%)ospercentuaisso
superioresa90%,sendoaindamaispronunciadoodesequilbrionadistribuiodeprofis-sionais entre capital e interior.
-
33Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
4.1.3 Distribuio regional por sexoComopodeserobservadonatabela10,mulheresCirurgis-dentistascominscrio
principalativasomaioriaem25dos27estadosdoBrasil.Asexceesficamlocalizadas
nos estados de Santa Catarina e Acre. Nos dois estados o percentual de mulheres que com-pemapirmidedemogrficatambmdifereumpoucodoquadronacional,sendoqueno
Brasilopercentualdemulheresde51,2%,eemSC49,7%enoAC49,3%19.
tabela 10 - Distribuio Percentual de CD por estado brasileiro e por sexo, Brasil 2008.
CRO CD* Masculino Feminino (%)AC 361 199 162 45%AL 1892 719 1173 62%AM 1901 779 1122 59%AP 324 139 185 57%BA 7538 3166 4372 58%CE 4448 1957 2491 56%DF 5255 2365 2890 55%ES 4043 1617 2426 60%GO 6738 3167 3571 53%MA 1982 832 1150 58%MG 26728 12028 14700 55%MS 2817 1211 1606 57%MT 2896 1216 1680 58%PA 3064 1195 1869 61%PB 2859 943 1916 67%PE 5598 2295 3303 59%PI 1684 791 893 53%PR 13675 6290 7385 54%RJ 26194 12049 14145 54%RN 2406 1035 1371 57%RO 1056 486 570 54%RR 261 115 146 56%RS 13123 6561 6562 50%SC 7763 4270 3493 45%SE 1307 457 850 65%SP 72508 31904 40604 56%TO 1154 542 612 53%
TOTAL 219575 98328 121247 56%
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
O estado brasileiro com o maior percentual de Cirurgis-Dentistas o estado da Paraba(67%).DoisoutrosestadosnaregioNordeste(AL,SE),possuemmaisde60%de
mulheresnaprofisso.
ApredominnciadeCDdo sexo femininopode serobservadadesdeofinaldos
anos90.Contudoessemovimentotemmaioroumenorgraudeaceleraosegundoas
-
34 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
Unidades Federativas e as Regies brasileiras. A evoluo da distribuio dos Cirurgies-Dentistassegundoosexode1968a2008,apresentadanafigura2.
Figura 2 - Nmero total de cirurgies-dentistas segundo o sexo de 1968 a 2008.
140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
01968 1973 1988 1993 1998 20031978 1983 2008
Feminino
Masculino
Fonte:CFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Emtermospercentuais,afigura3mostraqueh40anos,aprofissopoderiaser
consideradacomoeminentementemasculina,umavezquecercade90%dosprofissionais
eram homens.
Figura 3 - Evoluo percentual de cirurgies-dentistas segundo o sexo de 1968 a 2008.
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Feminino
Masculino
1968 1973 1978 1983 1988 1993 1998 2003 2008
Fonte:CFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
-
35Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Atualmenteaprofissotemmaioriafeminina(56,3%),fatoqueacompanhaoingres-soprogressivodasmulheresbrasileirasnoensinosuperior,sobretudoapartirdosanos80.
4.1.4 Distribuio por faixa etria e por sexoAfigura4mostraadistribuiodosCDbrasileiros,segundogruposetrios.Omaior
nmerodeprofissionaisseencontranasfaixasetriasde26a35anos.
Figura 4 - Distribuio etrias dos CD brasileiros.
40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0At 25 De 26/30 De 31/35 De 36/40 De 41/45 De 46/50 De 51/55 De 56/60 De 61/65 De 65/70
Insc Principal
Fonte:CFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Nafigura5pode-seobservarque57,4%dosCDcominscrioprincipalativatm
at40anosdeidade.
-
36 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
Figura 5 - Distribuio Percentual por faixa etrias dos CD brasileiros, 2008.CD por faixa etria
De 60/653,0%
De 65/701,9%
De 26/3018,6%
De 31/3517,7%
De 36/4014,5%
De 41/4512,9%
De 46/5010,7%
De 51/558,5%
De 56/605,6%
At 256,6%
Sobreadistribuioporsexonasfaixasetrias,pode-seobservarnafigura6queas
mulheres so expressivamente mais numerosas nas faixas mais jovens.
Figura 6 - Distribuio por sexo nas faixa etria dos CD, Brasil, 2008.
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
100%At 25 De 26/30 De 31/35 De 36/40 De 41/45 De 46/50 De 51/55 De 56/60 De 60/65 De 65/70
M
F
Fonte:CFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
-
37Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Emtermosproporcionais,observa-senafigura6,queoshomenssomajoritrios
apenasnasfaixasacimade56anos.Essaproporoestarelacionadaaosdadosobservados
anteriormentequantoevoluodoperfildedistribuioporsexonaodontologianas
ltimas3dcadas.Omovimentodeaumentodoingressodemulheresnaprofissodever
ser extensivo a outras faixas etrias dentro de alguns anos.
4.1.5 Migrao InternaOsdadossobreamigraointernadosprofissionaisforamobtidospormeiodacon-
tabilizaodasinscriesportransfernciajuntoaosConselhosRegionaisdeOdontologia.
Pde-seaferirquedototaldeCDbrasileiros,emtornode12%constituemogrupoquede-pois de ter efetuado uma primeira inscrio em um determinado estado transferiu-se para outro.Emnmerosabsolutos,as10UFquemaispossuemprofissionaisadvindosdeoutros
locaissoapresentadasnatabela11.Emconjunto,essasUFapresentam18.314inscries
portransferncia,oquerepresentamaisde82%dasinscriesportransfernciadopas.
Tabela 11 - Dez UF com maior nmero de Inscries por transferncia, Brasil, 2008.
C.R.O. Transferncia Inscries Total (%)
MS 916 2817 32,52%
MT 1129 2896 38,98%
BA 1244 7538 16,50%
GO 1418 6738 21,04%
DF 1501 5255 28,56%
RJ 1536 26194 5,86%
PR 1859 13675 13,59%
SC 1935 7763 24,93%
MG 3289 26728 12,31%
SP 3487 72508 4,81%
Sub Total 18314 172211 10,63%
Total Brasil 26097 219575 11,89%
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Paradimensionaraimportnciadototaldeinscriesportransferncianaconsti-tuio do efetivo total em cada UF, os maiores percentuais relativos so apresentados na tabela12.
-
38 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
Ogrupode10UnidadesFederadascommaiorpercentualdeinscriesportrans-fernciaemrelaoaocontingentetotalmostraummovimentomigratrioimportantena
constituiodoefetivodasUFdemenorquantidadedeprofissionais(RR,ACeAP)ouque
possuam outros atrativos, como o caso, por exemplo, do Distrito Federal que um local de alta concentrao de empregos pblicos alm de possuir a mais alta renda per capita dopas.
tabela 12 - Dez estados de maior importncia relativa
das inscries por transferncia, Brasil, 2008.
C.R.O. Transferncia Inscritos por UF (%)
SC 1935 7763 24,93%
DF 1501 5255 28,56%
AM 559 1901 29,41%
MS 916 2817 32,52%
MT 1129 2896 38,98%
RO 469 1056 44,41%
TO 567 1154 49,13%
AP 167 324 51,54%
AC 204 361 56,51%
RR 174 261 66,67%
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
4.1.5.1 Migrao Interna e local de nascimentoA tabela13apresentaonmerodeCDnaturaisdoestadode inscrioprincipal
emigrantes, registradosnoCFOem2008.Osdadosdevemser interpretados luzdos
conhecimentos sobre os movimentos migratrios internos. Assim, estados que recebem mi-grantes, ou que esto em expanso e crescimento populacional so os que mais receberam profissionais.Destacam-seasUFdaRegioNorte(TO,RO,RRAC)edoCentro-Oeste(DF,
MTeMS).Em20das27UFbrasileirasosCDseinscrevemmajoritariamentenosestados
de sua naturalidade.
-
39Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
tabela 13 - Nmero de CD naturais do estado de
inscrio principal e migrantes, Brasil, 2008.
CRO Principal Naturais Migrantes (%)
PB 2221 1859 362 16,30%
CE 3820 3172 648 16,96%
ES 3375 2651 724 21,45%
RN 2014 1554 460 22,84%
RS 12207 9033 3174 26,00%
SE 1075 779 296 27,53%
SC 5805 3962 1843 31,75%
MA 1579 1053 526 33,31%
BA 6276 4130 2146 34,19%
PR 11822 7774 4048 34,24%
AL 1584 1033 551 34,79%
PI 1460 944 516 35,34%
MG 23426 15016 8410 35,90%
RJ 24614 15257 9357 38,01%
PA 2379 1448 931 39,13%
GO 5306 3141 2165 40,80%
SP 69073 40798 28275 40,93%
PE 5024 2952 2072 41,24%
AM 1330 738 592 44,51%
AP 158 80 78 49,37%
MS 1901 950 951 50,03%
AC 156 75 81 51,92%
MT 1757 677 1080 61,47%
RR 87 29 58 66,67%
DF 3755 1200 2555 68,04%
RO 584 165 419 71,75%
TO 584 160 424 72,60%
TOTAL 193372 120630 72742 37,62%
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
4.1.5.2 Mulheres e Migrao Interna Nototaldeinscriesportransferncia,asmulheressomaioria(Tab.14),exceto
noAcre, Roraima,Rondnia, Amazonas eTocantins e SantaCatarina.Os seisprimeiros
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40 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
estadosestonaRegioNortee a exceoficapor contadeSantaCatarina, situadana
Regio Sul.
Tabela 14 - Distribuio de Profissionais inscritos por transferncia por estado brasileiro por sexo, Brasil 2008.
CRO Transferido Masculino Feminino (%)
AC 207 120 57,97% 87 42,03%
RR 171 96 56,14% 75 43,86%
RO 471 240 50,96% 231 49,04%
AM 555 282 50,81% 273 49,19%
SC 1924 971 50,47% 953 49,53%
TO 561 281 50,09% 280 49,91%
MT 1110 551 49,64% 559 50,36%
CE 629 307 48,81% 322 51,19%
MS 899 433 48,16% 466 51,84%
AP 161 77 47,83% 84 52,17%
GO 1402 665 47,43% 737 52,57%
MG 3298 1564 47,42% 1734 52,58%
PR 1855 867 46,74% 988 53,26%
MA 390 182 46,67% 208 53,33%
RS 898 406 45,21% 492 54,79%
ES 657 282 42,92% 375 57,08%
RN 381 162 42,52% 219 57,48%
BA 1243 528 42,48% 715 57,52%
PA 682 284 41,64% 398 58,36%
SE 232 96 41,38% 136 58,62%
PE 578 239 41,35% 339 58,65%
SP 3522 1413 40,12% 2109 59,88%
PI 242 97 40,08% 145 59,92%
RJ 1533 613 39,99% 920 60,01%
AL 315 121 38,41% 194 61,59%
DF 1501 574 38,24% 927 61,76%
PB 633 236 37,28% 397 62,72%
TOTAL 26050 11687 44,86% 14363 55,14%
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
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41Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Emboraosmotivosdetransferncianotenhamsidoobjetodestapesquisa,cabe
destacar que as regies em que as transferncias somajoritariamentemasculinas tm
perfilsociodemogrficodiferentedasqueconcentramosmaiorespercentuaisfemininos.
Note-sequenasdezUFcommaiorpredominnciafemininanosinscritosportransferncia
estoincludasasUFqueoferecemmaiorconcentraodeempregospblicoseasmaiores
rendaspercapitadospas(DF,SP,RJ).Osestadosondeostransferidossomajoritariamen-tehomens(AC,RR,RO,AM,TO),soestadosemconstituioequerecebempopulaode
outrasregiesdopas.
4.1.5.3 Local de Graduao e Migrao Interna NoBrasil,86%doscirurgies-dentistasinscritosnoCFOfizeramsuainscrioprin-
cipalnaUFemquecursaramagraduaoemOdontologia(Tab.15).Emalgunsestadosa
existnciadecursosdeOdontologiarecente,oquepodeexplicarpercentuaiselevados
de migrantes nos estados TO, RO, AC, AP, RR. Para o DF, esse dado tem que ser interpretado em conjunto com outros dados migratrios da regio. Tambm para os estados de MT e MS,osaltospercentuaisdevemsercontextualizadosemfunodosmovimentosdecolo-nizaoedeexpansodecrescimentoeurbanizao.
tabela 15 - total de CDs com inscrio principal ativa no mesmo estado em que realizaram a graduao em Odontologia.
CRO PrincipalGraduaco
na UFMigrantes (%)
RS 12207 11849 358 2,93%
PE 5024 4836 188 3,74%
PB 2221 2098 123 5,54%
RJ 24614 23162 1452 5,90%
AL 1584 1472 112 7,07%
MG 23426 21732 1694 7,23%
RN 2014 1853 161 7,99%
PA 2379 2166 213 8,95%
SP 69073 62329 6744 9,76%
SE 1075 965 110 10,23%
MA 1579 1333 246 15,58%
AM 1330 1111 219 16,47%
PR 11822 9711 2111 17,86%
-
42 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
PI 1460 1185 275 18,84%
CE 3820 3023 797 20,86%
BA 6276 4713 1563 24,90%
SC 5805 4140 1665 28,68%
ES 3375 2201 1174 34,79%
GO 5306 3027 2279 42,95%
MS 1901 890 1011 53,18%
MT 1757 806 951 54,13%
DF 3755 1661 2094 55,77%
TO 584 172 412 70,55%
RO 584 162 422 72,26%
AC 156 156 100,00%
AP 158 158 100,00%
RR 87 87 100,00%
TOTAL 193372 166597 26775 13,85%
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
4.1.6 Profissionais estrangeiros e Migrao Internacional
Adistribuiodaorigemdosprofissionaisestrangeirosqueefetuaramseusproces-sosderegistrodediplomanopaseinscrionoCFOporcontinenteat2008apresen-tadanatabela16.AmaiorrepresentatividadeproporcionalcorrespondeaAmricadoSul,
seguida pela Europa e depois pela sia.
tabela 16 - CD estrangeiros que obtiveram registro no CFO, Brasil, 2008.
CONTINENTE N (%)
Amrica do Sul 960 59,8
Amrica Central 102 6,3
Amrica do Norte 67 4,1
Europa 280 17,5
sia 167 10,
frica 6 0,4
Oceania 6 0,4
Oriente Mdio 17 1,1
TOTAL* 1605
*Excludos2.180registrosincompletosnoCadastrodoCFOem2008.Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
-
43Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Atabela17apresentaopercentualdeestrangeirosqueobtiveramregistronoCFO,
oriundosdepasesdaAmricadoSul.Dentrodocontinentesulamericanoomaiorpercen-tualdeprofissionaisquesolicitaramautorizaoparainiciarsuasatividadesnopasforam
bolivianos, seguidos dos peruanos, paraguaios e argentinos.
tabela 17 - Nacionalidade de origem dos CD da Amrica do Sul registrados no CFO, Brasil, 2008.
NACIONALIDADE (%)Guianesa 3 0,31
Equatoriana 12 1,25
Venezuelana 24 2,51
Uruguaia 57 5,96
Colombiana 57 5,96
Chilena 74 7,73
Argentina 81 8,46
Paraguaia 92 9,61
Peruana 181 18,91
Boliviana 379 39,6
TOTAL 960
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
DaAmricaCentral,comoilustraatabela18,Nicaraguenses(27,4%)eSalvadore-nhos(24,5%)juntosconstituemmaisde50%dosprofissionais.DaAmricadoNorte,cerca
de90%temcomonacionalidadedeorigemosEstadosUnidos.
tabela 18 - Nacionalidade de origem dos CD da Amrica Central e do Norte registrados no CFO, Brasil, 2008.
CONTINENTE NACIONALIDADE N (%)
Amrica Central 102
Hondurenha 3 2,9
Costarriquenha 4 3,9
Guatemalteca 7 6,8
Cubana 9 8,8
Mexicana 10 9,8
Panamenha 16 15,6
Salvadorenha 25 24,5
Nicaraguense 28 27,4
Amrica do Norte 67
Norte Americana 61 91
Canadense 6 9
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
-
44 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
NoquedizrespeitoaoContinenteEuropeu(Tab.19)anacionalidadepredominantede
cirurgies-dentistasquesolicitaramregistroparatrabalharnopasfoiaportuguesaemmaisde55%
doscasos.Afacilidadedecomunicaopelousocomumdalnguaeofluxomigratrioentreos
doispasessofatoresquedevemserconsideradosnainterpretaodessesnmeros.
tabela 19 - Nacionalidade dos CD europeus registrados no CFO, Brasil,2008.
NACIONALIDADE N (%)Portuguesa 155 55,36%Espanhola 23 8,21%Francesa 19 6,79%Italiana 29 10,36%Alem 25 8,93%
Britnica 6 2,14%Belga 1 0,36%Grega 4 1,43%
Holandesa 1 0,36%Sueca 1 0,36%
Austraca 3 1,07%Polonesa 1 0,36%Hngara 4 1,43%Romena 7 2,50%Iugoslava 1 0,36%
Total 280
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Paraogrupodepasesasiticos(Tab.20),oschinesessoproporcionalmenteos
maisnumerosos(34%).Japoneses(32,34%)eLibaneses(20,36%)representamjuntos53%
do total, sendo que essas nacionalidades tiveram importante participao na imigrao ocorridanoprocessodecolonizaodoBrasil.
tabela 20 - Nacionalidade dos CD asiticos no CFO, Brasil, 2008.
NACIONALIDADE N (%)
Chinesa 58 34,73
Indiana 1 0,60
Japonesa 54 32,34
Libanesa 34 20,36
Turca 1 0,60
Coreana 19 11,38
Total 167
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
-
45Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
JdaOceania,os6profissionaisinscritosnoCFOsooriginriosdaAustrlia.
DogrupodepasesdoOrienteMdio(Tab.21),onmerodeimigrantespropor-cionalmentepequeno,representandomenosde1%dototal.NestegrupoaSriaopas
quepossuiomaiornmerodeprofissionaisquesolicitaramregistronoCFO.
tabela 21. Nacionalidade dos CD do Oriente Mdio registrados no CFO, Brasil, 2008.
NACIONALIDADE N (%)
Siria 7 41,2
Iraniana 5 29,4
Iraquiana 1 5,8
Israelense 4 23,6
TOTAL 17
Fonte:SistemadeInformaesdoCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
4.2 Perfil da Formao Tcnico-Cientfica
4.2.1 Graduao em Odontologia Atualmente,deacordocomoCensodaEducaoSuperiorde2008,h197cursosde
Odontologia em funcionamento no Brasil. A evoluo do nmero de cursos de graduao no perodode1992a2008apresentadanafigura7.Noperodoanalisado,aexpansofoide
132%.Amaiorvelocidadedeexpansoocorreunoperodode1996a2002,atingindoocresci-mentode87%dototaldecursosexistentesnopasnoinciodasriehistrica(1992).
Figura 7 - Nmero de cursos de Odontologia de 1992 a 2008.
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
01992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008
Cursos
cursos
8589
93
117
142
159
174
185
197
Fonte: MEC/INEP/DEED, 2009. Pesquisa Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro, 2010.
-
46 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
A distribuio de cursos por regio e por categoria administrativa apresentada na figura8.
Figura 8 - Cursos de Odontologia por Regio e Categoria Administrativa, 2008.
140
120
100
80
60
40
20
0Total Norete Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
57
140
4
15 1616
23
75
11
22
3
11
Privada
Pblica
Fonte:MEC/INEP/DEED2009,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Amaiorparte(72%)doscursosdeOdontologiasoprivados.ApenasnoNordeste
h igual nmero de cursos pblicos e privados. Em relao distribuio regional, o Sul e oSudestejuntosconcentram67%doscursos.
4.2.2 Matrculas, Ingressantes e Concluintes em OdontologiaOtotaldealunosmatriculadosnos cursosdeOdontologianoanode2008de
48.752sendo65%destesemInstituiesdeEnsinoSuperior(IES)privadas.Dototalde
19.257vagasofertadas,onmerodeingressantesfoide13.317estudantes,resultandoem
umaTaxadeOcupaodaordemde68%.De2004a2008,conformemostraafigura9,
embora tenha havido expanso da oferta de vagas, a taxa de ocupao permanece prxima observadaem2004.
-
47Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Figura 9 - vagas ofertadas e ingressantes em Odontologia de 2004 a 2008.
20000
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
4000
02004 2005 2006 2007 2008
Ingressos Total
Vagas Total
Fonte: MEC/INEP/DEED, Pesquisa Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro, 2010.
OsdadossobreosconcluintesporregioecategoriaadministrativadaIESem2004
e2008soapresentadosnatabela22,naqualpode-seobservarexpressivoaumentodesse
nmero na regio Norte.
tabela 22 - Concluintes por Regio e Categoria Administrativa de Cursos de Odontologia, 2008.
Curso/Regio2004 2008
Total Pblica Privada Total Pblica Privada
Odontologia
TOTAL 9.056 2928 6.128 8.754 3.271 5.483
Norte 288 87 201 540 206 334
Nordeste 1.301 738 563 1.560 806 754
Sudeste 5.252 1289 3.963 4.131 1462 2.669
Sul 1.677 679 998 1.750 660 1.090
Centro-Oeste 538 135 403 773 137 636
Fonte:MEC/INEP/DEED,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
4.2.3 Perfil do aluno de Odontologia em 2004 e 2007
CombasenoquestionriosocioeconmicodoENADEaplicadonosanosde2004
e2007 23,24,pode-seobservar as caractersticas apresentadasna tabela23.Mulheres so
-
48 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
maioriaentreos ingressanteseconcluintes, indicandoa tendnciadeaumentodopre-domniofemininonosprximosanos.Grandepartedascaractersticasdoperfildoaluno
mostraestabilidadenoperodoemquesto.Percebe-se,entretanto,progressivoingresso
dealunoscujarendafamiliardeclaradadeat3salriosmnimos.Essedado,emcon-junto com a informao sobre a origem do ensino mdio em escolas pblicas, evidencia a ampliao do acesso ao curso de Odontologia a classes de menores rendas.
Tabela 23 - Perfil de alunos de Odontologia ingressantes e concluintes em 2004 e 2007.
Perfil do Aluno de OdontologiaIngressantes
2004Concluintes
2004Ingressantes
2007Concluintes
2007
Idade Entre 20 a 24 anos 51,3% 67,6% 84,4% 64%
Sexo: Feminino 63,3% 65,3% 64,3% 65,8%
Estado Civil: Solteiro 93,3% 91,7% 90% 87,7%
Etnia: Branco 77,6% 83,7% 72,8% 77,8%
Renda Familiar
3-10 salrios mnimos
10-20 salrios mnimos
37,5%
27,2%
31,5%
28,8%
52,1%
29,3
48%
33,5%
Situao Ocupacional: no trabalha 71,1% 71,9% 86% 82,5%
Escolaridade do Pai: Superior 50% 52,7% 43,2% 49,6%
Escolaridade da Me: Superior 47,8% 50,7% 45% 49%
Origem do curso mdio: escola privada 60,2% 66,4% 58,7% 53%
Conhecimento do idioma Ingls:
L, escreve e fala razoavelmente 33,8% 33,3% 32,6% 36%
Conhecimento do idioma Espanhol:
Praticamente nulo 40,9% 44,6% 38,1% 38,4%
Meio de Atualizao: Televiso 64,2% 71% 49,5% 53,7%
Utilizao da Biblioteca:
Muito frequentemente 49% 23,5% 44,5% 23,9%
Fonte de pesquisa
Acervo da biblioteca da minha instituio 67,3% 60,9% 55,1% 50,5%
Acesso internet 95,6% 95,2% 95,2% 96,4%
Computador em casa 74% 75% 79,5% 82,9%
Fonte:MEC/INEP/DEED/ENADE2004e2007.
4.2.4 Ps-GraduaoOsdadosdeespecialistas apresentadosnesseestudo referem-seaosprofissionais
com especialidade registrada no CFO. A possibilidade de registro de especialidade no CFO congrega tanto os especialistas advindos de cursos de ps-graduao lato sensu como do stricto sensu.
-
49Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
OscursosdeespecializaoemOdontologianoBrasilsohojeofertadosporUniversi-dades ou por Instituies especialmente credenciadas pelo Ministrio da Educao25.
Entre as credenciadas, a ABO Nacional e a APCD possuem uma ampla rede de Esco-lasdeAperfeioamentoProfissional(EAP)queofertamcursosdeespecializaonosquais
estudaram boa parte dos especialistas atualmente registrados no CFO.OsQuadros1e2apresentaminformaessobrearededeEscolasdeAperfeioa-
mentoProfissionaldaABOedaAPCDrespectivamente.
quadro 1 - titulados nos Cursos de Especializao das Escolas de Aperfeioamento Profissional da rede ABO Nacional por UF.
EAP CURSOS TITULADOS
AC - -
ALDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontologia Legal
144
AM - -
AP Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Ortodontia 43
BADentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva, Radiologia
376
CE
Dentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva, Pacientes com Necessidades Especiais, Cirurgia, Programa de Sade da Famlia, Odontologia Legal, Auditoria nos Servios de Sade
905
DFDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva, Radiologia e Imaginologia, Ortopedia Funcional dos Maxilares
945
ESDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva, Ortopedia Facial, Odontologia do Trabalho
429
GODentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Radiologia e Imaginologia, Traumatologia BMF
849
MADentstica Restauradora, Endodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria
234
MG
Dentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia e Ortopedia Facial dos Maxilares, Odontopediatria, Sade Coletiva, Radiologia, Cirurgia e Traumatologia, Estomatologia, Odontologia do Trabalho, Disfuno Temporomandibular, Odontologia Legal
1.846
MSDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Odontologia em Sade Coletiva, Radiologia e Imaginologia, Cirurgia e Traumatologia, Ortodontia e Ortopedia Facial
654
MTDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Ortodontia e Ortopedia Facial, Odontopediatria
377
PADentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva
532
-
50 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
PBDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva, Radiologia e Imaginologia
278
PEDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia e Ortopedia Facial, Odontopediatria
255
PIDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Ortopedia Facial, Odontopediatria
2035
PR
Dentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva, Radiologia e Imaginologia, Disfuno Temporomandibular, Odontologia Legal, Pacientes Especiais, Cirurgia e Traumatologia
304
RJDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia e Ortopedia Facial, Odontopediatria, Sade Coletiva, Radiologia e Imaginologia, Odontologia do Trabalho
889
RNDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Cirurgia, Sade Coletiva, Radiologia e Imaginologia e Odontologia Legal
339
RODentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Odontologia Legal
264
RR -
RSDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Sade Coletiva, Dor Oro Facial, Odontogeriatria, Odontologia do Trabalho
536
SCDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria, Odontologia em Sade Coletiva, Radiologia e Imaginologia
471
SEDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Ortodontia e Ortopedia Facial, Odontopediatria
239
SPDentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Ortopedia Facial, Odontopediatria,Odontogeriatria, Sade Coletiva, Cirurgia, Estomatologia, Disfuno Temporo Mandibular
290
TODentstica Restauradora, Endodontia, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Ortodontia, Odontopediatria
163
TOTAL 13.397
Fonte:ABONacional,PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
quadro 2 - Formados nos Cursos de Especializao das Escolas de Aperfeioamento Profissional da rede APCD.
EAP-REGIONAL APCD CURSOS FORMADOS
Regional Osasco(2006-2007)
Disfuno e Dor Oro Facial 9
Regional So Carlos(1993-2008)
Dentstica Restauradora, Periodontia, Endodontia, Ortodontia, Odontopediatria
248
APCD Central(1990-2008)
Cirurgia, Dentstica, Dor Oro Facial, Endodontia, Estomatologia, Odontogeriatria, Radiologia, OdontopediatriaOrtodontia, Pacientes com Necessidades Especiais, Periodontia, Prtese Dentria, Implantodontia, Imaginologia, Disfuno ATM e dor
813
-
51Perfil atual e tendncias do cirurgio-dentista brasileiro
Regional Americana(2007-2008)
Endodontia 18
Regional Campinas(1987-2008)
Periodontia, Implantodontia, Endodontia, Ortodontia, Ortodontia e Ortopedia Facial, Odontopediatria,Dentstica, Radiologia, Sade Coletiva, Estomatologia, Ortopedia Funcional dos Maxilares, Prtese Dentria,Cirurgia TBMF, Disfuno Temporomandibular e Dor Oro Facial, Patologia
907
Regional Jardim Paulista (2005-2008)
Prtese Dentria, Endodontia, Implantodontia, Ortodontia, Radiologia
54
Regional So Jos dos Campos(2005-2008)
Dentstica, Ortodontia, Odontopediatria, Periodontia, Implantodontia
82
Regional Bragana Paulista(2006-2008)
Ortodontia, Periodontia, Implantodontia, Prio-implantodontia 43
Regional Santo Andr (1997-2007)
Endodontia, Periodontia, Dentstica, Odontopediatria, Prtese, Ortodontia, Cirurgia TBMF, Implantodontia
295
Regional So Jos do Rio Preto (1996-2008)
Ortodontia, Endodontia, Dentstica, Periodontia, Implantodontia, Odontopediatria
171
Regional Sorocaba(1997-2008)
Odontopediatria, Endodontia, Ortodontia, Periodontia, Disfuno Temporomandibular e Dor Oro Facial, Prtese Dentria
182
TOTAL 11 EAPs (1987-2008) 2822
Fonte:APCD/PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
4.2.5 Distribuio de Especialistas por RegioOtotaldeespecialistasregistradosnopasde53.679.Cercade56%estonaregio
Sudeste(Tab.24).Nestaregiotambmseobservaamaiorconcentraodeprofissionais
com mais de uma especialidade, possivelmente relacionada ampla oferta de oportunida-des educativas locais.
tabela 24 - Especialistas com uma ou duas especialidades por Regio, Brasil, 2008.
REGIO 1 ESPECIALIDADE 2 ESPECIALIDADES
Norte 1977 3,68% 268 3,90%
Nordeste 5076 9,46% 605 8,81%
Centro Oeste 5855 10,91% 812 11,83%
Sul 10548 19,65% 1462 21,30%
Sudeste 30223 56,30% 3717 54,15%
BRASIL 53679 100,00% 6864 100%
Fonte:SistemadeInformaesCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileiro,2010.
Proporcionalmente,considerandoonmerodeprofissionaisatuandonaregio,o
maiorpercentualdeespecialistaspertenceregioCentroOeste(Tab.25),poisenquanto
amdianacionalde25%deespecialistas,noCentroOesteopercentualde33%.
-
52 Maria celeste Morita, ana estela Haddad e Maria erclia de arajo
tabela 25 - Inscries Ativas e Percentual de Especialistas por Regio, Brasil, 2008.
REGIO INSCRIES ATIVAS 1 ESPECIALIDADE 2 ESPECIALIDADES
Nordeste 29714 5076 17,08% 605 2,04%
Sudeste 129473 30223 23,34% 3717 2,87%
Norte 8121 1977 24,34% 268 3,30%
Sul 34561 10548 30,52% 1462 4,23%
Centro Oeste 17706 5855 33,07% 812 4,59%
Brasil 219575 53679 24,45% 6864 3,13%
Fonte:SistemadeInformaesCFO,2008.PesquisaPerfilatualetendnciasdocirurgio-dentistabrasileir