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CURSO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO LATO SENSU INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA

APOSTILA

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIacuteFICA

MINAS GERAIS

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1 O QUE Eacute METODOLOGIA DA PESQUISA OU MEacuteTO-

DOS E TEacuteCNICAS DA PESQUISA

Eacute uma disciplina acadecircmica construiacuteda a partir do princiacutepio aceito de que natildeo

haacute produccedilatildeo de conhecimento cientiacutefico ou melhor da ciecircncia a natildeo ser atraveacutes da

pesquisa

Mas como haacute ciecircncia e ciecircncia assim haacute pesquisa e pesquisa Daiacute a

necessidade de fornecermos teoria e instrumental metodoloacutegico voltado para a for-

maccedilatildeo de um pesquisador

Meacutetodos e Teacutecnicas de Pesquisa ndash estrateacutegia e taacuteticas indicadas para as di-

versas fases do processo da problematizaccedilatildeo da coleta de dados e informaccedilotildees

da mensuraccedilatildeo da formaccedilatildeo do marco teoacuterico de referecircncia da formulaccedilatildeo de hipoacute-

teses do levantamento de variaacuteveis e seu relacionamento da anaacutelise de dados da

prova ou da comprovaccedilatildeo ou natildeo da hipoacutetese

Constitui um dos principais objetivos de nosso trabalho a produccedilatildeo da ciecircncia

em seus dois niacuteveis o da produccedilatildeo do conhecimento cientiacutefico ndash niacutevel da interiorida-

de da subjetividade do produtor do conhecimento ndash e o da produccedilatildeo da ciecircncia pro-

priamente dita ndash niacutevel de exterioridade da objetividade ou seja ciecircncia com institui-

ccedilatildeo e praacutetica social do saber

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2 O QUE Eacute PESQUISA

De acordo com o Prof Aureacutelio Buarque de Holanda Ferreira pesquisa eacute a in-

dagaccedilatildeo ou busca minuciosa para averiguaccedilatildeo da realidade eacute a investigaccedilatildeo e o

estudo com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princiacutepios relativos a um

campo qualquer do conhecimento Assim sendo pesquisar eacute inquirir perquirir in-

vestigar

Pesquisa eacute uma palavra de origem espanhola Esta herdada do latim Havia

em latim o verbo perquiro que significava ldquoprocurar buscar com cuidado procurar

por toda parte informar-se inquirir perguntar indagar bem aprofundar na buscardquo O

particiacutepio passado desse verbo latino era perquisitum Por alguma lei da foneacutetica

histoacuterica o primeiro R se transformou em S na passagem do latim para o espanhol

originando o verbo pesquisar que conhecemos hoje Daiacute vocecirc percebe que os signi-

ficados desse verbo em latim insistem na ideia de uma busca feita com cuidado e

profundidade (BAGNO 2000)

3 IMPORTAcircNCIA DA PESQUISA

Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes

empresas do mundo de hoje possuem departamentos chamados ldquoPesquisa e De-

senvolvimentordquo

As induacutestrias farmacecircuticas vivem agrave procura de novos medicamentos mais

eficazes contra velhas e novas doenccedilas As montadoras de automoacuteveis querem pro-

duzir carros mais econocircmicos menos poluentes mais seguros A informaacutetica natildeo

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para de nos assustar com seus computadores cada dia mais raacutepido com maior ca-

pacidade de memoacuteria com programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido E eacute bastante loacutegico que nas universidades a pesquisa eacute

muito importante O professor universitaacuterio que se limita a dar suas aulas sem estar

engajado em algum projeto de pesquisa natildeo eacute visto com bons olhos pelos seus co-

legas Afinal a Universidade natildeo pode ser um ldquodepoacutesitordquo do conhecimento

A importacircncia da pesquisa eacute reconhecida tambeacutem pelos oacutergatildeos governamen-

tais No Brasil por exemplo em niacutevel nacional existem entidades como a CAPES

(Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) e o CNPq (Conse-

lho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Teacutecnico) que financiam projetos de

pesquisa

O objetivo fundamental da pesquisa eacute descobrir respostas para problemas

mediante o emprego de procedimentos cientiacuteficos Assim sendo podemos entender

pesquisa como sendo um processo que utilizando a metodologia cientiacutefica permite

a obtenccedilatildeo de novos conhecimentos no campo da realidade social Realidade social

eacute entendida com um sentido bastante amplo envolvendo todos os aspectos relativos

ao homem em seus muacuteltiplos relacionamentos com outros homens e instituiccedilotildees so-

ciais

Vivemos num mundo competitivo onde existe uma corrida muito intensa pelo

conhecimento Sobressaem os estudantes os teacutecnicos as empresas ou instituiccedilotildees

que utilizarem mais rapidamente e com mais eficiecircncia os conhecimentos os avan-

ccedilos da ciecircncia e a utilizaccedilatildeo adequada das tecnologias geradas pelas pesquisas

Desse modo atualizar-se na escola nas leituras nos cursos de curta duraccedilatildeo nos

eventos nos congressos nos simpoacutesios nas palestras nos seminaacuterios nos docu-

mentaacuterios na televisatildeo e na internet e tambeacutem atraveacutes de contatos com outros pro-

fissionais eacute de fundamental importacircncia Pesquisar eacute uma necessidade de todos os

indiviacuteduos Pesquisa cientiacutefica eacute uma atividade desenvolvida nas diferentes aacutereas de

conhecimentos voltada para soluccedilatildeo de problemas utilizando metodologia cientiacutefi-

ca Pesquisas geram as ciecircncias e por sua vez as tecnologias abrangem todas as

aacutereas onde atua o homem desde a produccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos ferramentas

e maacutequinas passa pela produccedilatildeo industrial armazenamento agricultura transporte

telecomunicaccedilatildeo informaacutetica atingem de forma ateacute polecircmica a biotecnologia

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Atraveacutes da Biotecnologia o homem tem explorado de forma mais raacutepida e efi-

ciente o meio ambiente o espaccedilo o combate agraves pragas e doenccedilas a melhoria do

setor agropecuaacuterio atraveacutes do aumento da produtividade e melhoria da qualidade

do produto final com menor agressatildeo ao meio ambiente aleacutem de novas descobertas

nas aacutereas meacutedica farmacecircutica comunicaccedilatildeo e informaacutetica

Assim a pesquisa cientiacutefica vem produzindo conhecimento ciecircncia e tecnolo-

gia atraveacutes da geraccedilatildeo de procedimentos equipamentos produtos meacutetodos para

proporcionar melhor qualidade de vida a todos Eacute praticamente impossiacutevel ilustrar

todas as tecnologias os produtos meacute-

todos os protoacutetipos enfim todos os

conhecimentos gerados

Fazendo um exerciacutecio mental

podemos verificar que a maioria daqui-

lo que era utilizado e consumido haacute

dez anos nas diferentes aacutereas vem

passando por modificaccedilotildees ateacute os dias

de hoje como Informaacutetica telecomu-

nicaccedilatildeo automobilismo maacutequinas

eletrodomeacutesticos alimentos empre-

gos construccedilatildeo civil agricultura ensi-

no medicina gerenciamento de em-

presas e biotecnologia

No laboratoacuterio do seacuteculo XXI

natildeo haacute lugar para explosotildees coloridas como nos desenhos animados O pesquisa-

dor de hoje transforma informaccedilatildeo em conhecimento e conhecimento em soluccedilotildees

A pesquisa faz parte do nosso quotidiano quando vocecirc abre a paacutegina de classifica-

dos do jornal e sai marcando os anuacutencios que lhe interessam - estaacute fazendo uma

pesquisa

Eacute difiacutecil imaginar qualquer accedilatildeo humana que natildeo seja precedida por algum ti-

po de investigaccedilatildeo A simples consulta ao reloacutegio uma olhada para fora da janela

para observar o tempo a batidinha na porta do banheiro para saber se tem gente

Todos esses gestos satildeo rudimentos de pesquisa Mas eacute claro que natildeo eacute dessa pes-

quisa rudimentar que vamos nos ocupar A pesquisa que nos interessa eacute a pesquisa

cientiacutefica isto eacute a investigaccedilatildeo feita com o objetivo expresso de obter conhecimento

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especiacutefico e estruturado sobre um assunto preciso A caracteriacutestica maior da pesqui-

sa cientiacutefica eacute o acreacutescimo ao conhecimento jaacute existente sobre o assunto pesquisa-

do Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes em-

presas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Departamento de

Pesquisa e Desenvolvimento Nas induacutestrias farmacecircuticas - novos medicamentos

medicamentos mais eficazes contra velhas e novas doenccedilas satildeo desenvolvidos nas

montadoras de automoacuteveis - carros mais econocircmicos menos poluentes e mais se-

guros satildeo fabricados A informaacutetica natildeo para de nos assustar computadores cada

dia mais raacutepidos com maior capacidade de memoacuteria e programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido Lacircmpada eleacutetrica telefone Mendel - ervilhas e geneacuteti-

ca aviatildeo trem a vapor automoacutevel computador DNA - coacutedigo geneacutetico ndash transgecircni-

cos televisatildeo novos medicamentos etc Eacute bastante loacutegico que nas Universidades e

nas Escolas a pesquisa seja muito importante Um professor natildeo pode se limitar a

dar suas aulas sem estar engajado em algum projeto de pesquisa

4 NIacuteVEIS E TIPOS DE PESQUISA CIENTIacuteFICA

O domiacutenio das necessidades humanas faz a histoacuteria da Humanidade gravada

nos resultados positivos e negativos todos formadores da cultura da qual geraccedilatildeo

de beneficiam Cada tentativa seguida de avanccedilos ou fracassos cientiacuteficos eacute um

pedaccedilo da histoacuteria de uma necessidade humana dividida e reconhecida por meio

dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciecircncias

Esse conjunto eacute a primeira referecircncia organizada sobre aquilo que a Humani-

dade jaacute conseguiu Por exemplo a agronomia reuacutene com seu conteuacutedo os avanccedilos

e suas limitaccedilotildees a respeito da necessidade humana de cultivar a terra para produzir

alimentos vegetais a zootecnia apresenta como conteuacutedo o que jaacute se sabe ou natildeo

acerca da utilidade dos outros animais para o homem a medicina apresenta como

conteuacutedos os limites e as habilidades jaacute conseguidas de manutenccedilatildeo qualificaccedilatildeo e

extensatildeo da vida bioloacutegica do ser humano o direito apresenta-se como o conjunto

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de acordos miacutenimos de convivecircncia garantia e justiccedila miacutenima para uma dada socie-

dade a filosofia compotildee-se do conjunto organizado de sugestotildees de como ldquoenxer-

gar um palmo diante do proacuteprio nariz o que natildeo eacute tatildeo faacutecil nem tatildeo inuacutetil como mui-

tos pensamrdquo (GOMES 1979 p 18)

A cultura anterior poreacutem ao apresentar as diversas ciecircncias oferece resulta-

dos da atividade intelectual e existencial jaacute previamente desenvolvido e ao mesmo

tempo exemplo e incentivo para novas tentativas de ampliaccedilatildeo Naturalmente ldquoca-

vador de respostasrdquo o homem nega si mesmo quando se acomoda aacute rotina de uma

ciecircncia jaacute desenvolvida Ir agrave escola Ler um livro estudar uma ciecircncia ser presente-

ado com resultados prontos eacute aceitar um compromisso como desafio De presente

recebem-se os resultados jaacute conseguidos pelas geraccedilotildees anteriores o compromisso

eacute continuar a perseguir as necessidades questionar os modelos aprender a apren-

der para superar (-se) Nenhuma geraccedilatildeo pode dar-se por satisfeita com um mundo

de segunda matildeo

Natildeo imagine um univer-

sitaacuterio de que ele seja um sim-

ples estudante e natildeo um cien-

tista que em decorrecircncia dis-

so natildeo precisa conhecer a me-

todologia da pesquisa cientifi-

ca que em seus trabalhos natildeo

teraacute portanto pretensatildeo de

realizar pesquisa cientiacutefica

Natildeo satildeo poucos os universitaacute-

rios que se acomodam agrave som-

bra desse sofisma E bem verdade que o estudante universitaacuterio natildeo aquele cientis-

ta jaacute formado jaacute amadurecido jaacute experimentado e integrado numa equipe de pes-

quisadores que trabalham nos grandes templos da ciecircncia movidos pelo objetivo da

descoberta capaz de aumentar o conhecimento e o domiacutenio do universo por parte da

Humanidade

Os recursos desses cientistas suas condiccedilotildees de trabalho o porte e a rele-

vacircncia de suas pesquisas que visam ao avanccedilo da ciecircncia e ao progresso da Hu-

manidade tornam de fato a sociedade dos cientistas distinta da classe dos estudan-

tes Os estudantes universitaacuterios treinam passos no caminho da ciecircncia Isto eacute ver-

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dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

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ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

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A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

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demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

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5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

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No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

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que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

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terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

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satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

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sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 2 ~

1 O QUE Eacute METODOLOGIA DA PESQUISA OU MEacuteTO-

DOS E TEacuteCNICAS DA PESQUISA

Eacute uma disciplina acadecircmica construiacuteda a partir do princiacutepio aceito de que natildeo

haacute produccedilatildeo de conhecimento cientiacutefico ou melhor da ciecircncia a natildeo ser atraveacutes da

pesquisa

Mas como haacute ciecircncia e ciecircncia assim haacute pesquisa e pesquisa Daiacute a

necessidade de fornecermos teoria e instrumental metodoloacutegico voltado para a for-

maccedilatildeo de um pesquisador

Meacutetodos e Teacutecnicas de Pesquisa ndash estrateacutegia e taacuteticas indicadas para as di-

versas fases do processo da problematizaccedilatildeo da coleta de dados e informaccedilotildees

da mensuraccedilatildeo da formaccedilatildeo do marco teoacuterico de referecircncia da formulaccedilatildeo de hipoacute-

teses do levantamento de variaacuteveis e seu relacionamento da anaacutelise de dados da

prova ou da comprovaccedilatildeo ou natildeo da hipoacutetese

Constitui um dos principais objetivos de nosso trabalho a produccedilatildeo da ciecircncia

em seus dois niacuteveis o da produccedilatildeo do conhecimento cientiacutefico ndash niacutevel da interiorida-

de da subjetividade do produtor do conhecimento ndash e o da produccedilatildeo da ciecircncia pro-

priamente dita ndash niacutevel de exterioridade da objetividade ou seja ciecircncia com institui-

ccedilatildeo e praacutetica social do saber

~ 3 ~

2 O QUE Eacute PESQUISA

De acordo com o Prof Aureacutelio Buarque de Holanda Ferreira pesquisa eacute a in-

dagaccedilatildeo ou busca minuciosa para averiguaccedilatildeo da realidade eacute a investigaccedilatildeo e o

estudo com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princiacutepios relativos a um

campo qualquer do conhecimento Assim sendo pesquisar eacute inquirir perquirir in-

vestigar

Pesquisa eacute uma palavra de origem espanhola Esta herdada do latim Havia

em latim o verbo perquiro que significava ldquoprocurar buscar com cuidado procurar

por toda parte informar-se inquirir perguntar indagar bem aprofundar na buscardquo O

particiacutepio passado desse verbo latino era perquisitum Por alguma lei da foneacutetica

histoacuterica o primeiro R se transformou em S na passagem do latim para o espanhol

originando o verbo pesquisar que conhecemos hoje Daiacute vocecirc percebe que os signi-

ficados desse verbo em latim insistem na ideia de uma busca feita com cuidado e

profundidade (BAGNO 2000)

3 IMPORTAcircNCIA DA PESQUISA

Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes

empresas do mundo de hoje possuem departamentos chamados ldquoPesquisa e De-

senvolvimentordquo

As induacutestrias farmacecircuticas vivem agrave procura de novos medicamentos mais

eficazes contra velhas e novas doenccedilas As montadoras de automoacuteveis querem pro-

duzir carros mais econocircmicos menos poluentes mais seguros A informaacutetica natildeo

~ 4 ~

para de nos assustar com seus computadores cada dia mais raacutepido com maior ca-

pacidade de memoacuteria com programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido E eacute bastante loacutegico que nas universidades a pesquisa eacute

muito importante O professor universitaacuterio que se limita a dar suas aulas sem estar

engajado em algum projeto de pesquisa natildeo eacute visto com bons olhos pelos seus co-

legas Afinal a Universidade natildeo pode ser um ldquodepoacutesitordquo do conhecimento

A importacircncia da pesquisa eacute reconhecida tambeacutem pelos oacutergatildeos governamen-

tais No Brasil por exemplo em niacutevel nacional existem entidades como a CAPES

(Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) e o CNPq (Conse-

lho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Teacutecnico) que financiam projetos de

pesquisa

O objetivo fundamental da pesquisa eacute descobrir respostas para problemas

mediante o emprego de procedimentos cientiacuteficos Assim sendo podemos entender

pesquisa como sendo um processo que utilizando a metodologia cientiacutefica permite

a obtenccedilatildeo de novos conhecimentos no campo da realidade social Realidade social

eacute entendida com um sentido bastante amplo envolvendo todos os aspectos relativos

ao homem em seus muacuteltiplos relacionamentos com outros homens e instituiccedilotildees so-

ciais

Vivemos num mundo competitivo onde existe uma corrida muito intensa pelo

conhecimento Sobressaem os estudantes os teacutecnicos as empresas ou instituiccedilotildees

que utilizarem mais rapidamente e com mais eficiecircncia os conhecimentos os avan-

ccedilos da ciecircncia e a utilizaccedilatildeo adequada das tecnologias geradas pelas pesquisas

Desse modo atualizar-se na escola nas leituras nos cursos de curta duraccedilatildeo nos

eventos nos congressos nos simpoacutesios nas palestras nos seminaacuterios nos docu-

mentaacuterios na televisatildeo e na internet e tambeacutem atraveacutes de contatos com outros pro-

fissionais eacute de fundamental importacircncia Pesquisar eacute uma necessidade de todos os

indiviacuteduos Pesquisa cientiacutefica eacute uma atividade desenvolvida nas diferentes aacutereas de

conhecimentos voltada para soluccedilatildeo de problemas utilizando metodologia cientiacutefi-

ca Pesquisas geram as ciecircncias e por sua vez as tecnologias abrangem todas as

aacutereas onde atua o homem desde a produccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos ferramentas

e maacutequinas passa pela produccedilatildeo industrial armazenamento agricultura transporte

telecomunicaccedilatildeo informaacutetica atingem de forma ateacute polecircmica a biotecnologia

~ 5 ~

Atraveacutes da Biotecnologia o homem tem explorado de forma mais raacutepida e efi-

ciente o meio ambiente o espaccedilo o combate agraves pragas e doenccedilas a melhoria do

setor agropecuaacuterio atraveacutes do aumento da produtividade e melhoria da qualidade

do produto final com menor agressatildeo ao meio ambiente aleacutem de novas descobertas

nas aacutereas meacutedica farmacecircutica comunicaccedilatildeo e informaacutetica

Assim a pesquisa cientiacutefica vem produzindo conhecimento ciecircncia e tecnolo-

gia atraveacutes da geraccedilatildeo de procedimentos equipamentos produtos meacutetodos para

proporcionar melhor qualidade de vida a todos Eacute praticamente impossiacutevel ilustrar

todas as tecnologias os produtos meacute-

todos os protoacutetipos enfim todos os

conhecimentos gerados

Fazendo um exerciacutecio mental

podemos verificar que a maioria daqui-

lo que era utilizado e consumido haacute

dez anos nas diferentes aacutereas vem

passando por modificaccedilotildees ateacute os dias

de hoje como Informaacutetica telecomu-

nicaccedilatildeo automobilismo maacutequinas

eletrodomeacutesticos alimentos empre-

gos construccedilatildeo civil agricultura ensi-

no medicina gerenciamento de em-

presas e biotecnologia

No laboratoacuterio do seacuteculo XXI

natildeo haacute lugar para explosotildees coloridas como nos desenhos animados O pesquisa-

dor de hoje transforma informaccedilatildeo em conhecimento e conhecimento em soluccedilotildees

A pesquisa faz parte do nosso quotidiano quando vocecirc abre a paacutegina de classifica-

dos do jornal e sai marcando os anuacutencios que lhe interessam - estaacute fazendo uma

pesquisa

Eacute difiacutecil imaginar qualquer accedilatildeo humana que natildeo seja precedida por algum ti-

po de investigaccedilatildeo A simples consulta ao reloacutegio uma olhada para fora da janela

para observar o tempo a batidinha na porta do banheiro para saber se tem gente

Todos esses gestos satildeo rudimentos de pesquisa Mas eacute claro que natildeo eacute dessa pes-

quisa rudimentar que vamos nos ocupar A pesquisa que nos interessa eacute a pesquisa

cientiacutefica isto eacute a investigaccedilatildeo feita com o objetivo expresso de obter conhecimento

~ 6 ~

especiacutefico e estruturado sobre um assunto preciso A caracteriacutestica maior da pesqui-

sa cientiacutefica eacute o acreacutescimo ao conhecimento jaacute existente sobre o assunto pesquisa-

do Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes em-

presas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Departamento de

Pesquisa e Desenvolvimento Nas induacutestrias farmacecircuticas - novos medicamentos

medicamentos mais eficazes contra velhas e novas doenccedilas satildeo desenvolvidos nas

montadoras de automoacuteveis - carros mais econocircmicos menos poluentes e mais se-

guros satildeo fabricados A informaacutetica natildeo para de nos assustar computadores cada

dia mais raacutepidos com maior capacidade de memoacuteria e programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido Lacircmpada eleacutetrica telefone Mendel - ervilhas e geneacuteti-

ca aviatildeo trem a vapor automoacutevel computador DNA - coacutedigo geneacutetico ndash transgecircni-

cos televisatildeo novos medicamentos etc Eacute bastante loacutegico que nas Universidades e

nas Escolas a pesquisa seja muito importante Um professor natildeo pode se limitar a

dar suas aulas sem estar engajado em algum projeto de pesquisa

4 NIacuteVEIS E TIPOS DE PESQUISA CIENTIacuteFICA

O domiacutenio das necessidades humanas faz a histoacuteria da Humanidade gravada

nos resultados positivos e negativos todos formadores da cultura da qual geraccedilatildeo

de beneficiam Cada tentativa seguida de avanccedilos ou fracassos cientiacuteficos eacute um

pedaccedilo da histoacuteria de uma necessidade humana dividida e reconhecida por meio

dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciecircncias

Esse conjunto eacute a primeira referecircncia organizada sobre aquilo que a Humani-

dade jaacute conseguiu Por exemplo a agronomia reuacutene com seu conteuacutedo os avanccedilos

e suas limitaccedilotildees a respeito da necessidade humana de cultivar a terra para produzir

alimentos vegetais a zootecnia apresenta como conteuacutedo o que jaacute se sabe ou natildeo

acerca da utilidade dos outros animais para o homem a medicina apresenta como

conteuacutedos os limites e as habilidades jaacute conseguidas de manutenccedilatildeo qualificaccedilatildeo e

extensatildeo da vida bioloacutegica do ser humano o direito apresenta-se como o conjunto

~ 7 ~

de acordos miacutenimos de convivecircncia garantia e justiccedila miacutenima para uma dada socie-

dade a filosofia compotildee-se do conjunto organizado de sugestotildees de como ldquoenxer-

gar um palmo diante do proacuteprio nariz o que natildeo eacute tatildeo faacutecil nem tatildeo inuacutetil como mui-

tos pensamrdquo (GOMES 1979 p 18)

A cultura anterior poreacutem ao apresentar as diversas ciecircncias oferece resulta-

dos da atividade intelectual e existencial jaacute previamente desenvolvido e ao mesmo

tempo exemplo e incentivo para novas tentativas de ampliaccedilatildeo Naturalmente ldquoca-

vador de respostasrdquo o homem nega si mesmo quando se acomoda aacute rotina de uma

ciecircncia jaacute desenvolvida Ir agrave escola Ler um livro estudar uma ciecircncia ser presente-

ado com resultados prontos eacute aceitar um compromisso como desafio De presente

recebem-se os resultados jaacute conseguidos pelas geraccedilotildees anteriores o compromisso

eacute continuar a perseguir as necessidades questionar os modelos aprender a apren-

der para superar (-se) Nenhuma geraccedilatildeo pode dar-se por satisfeita com um mundo

de segunda matildeo

Natildeo imagine um univer-

sitaacuterio de que ele seja um sim-

ples estudante e natildeo um cien-

tista que em decorrecircncia dis-

so natildeo precisa conhecer a me-

todologia da pesquisa cientifi-

ca que em seus trabalhos natildeo

teraacute portanto pretensatildeo de

realizar pesquisa cientiacutefica

Natildeo satildeo poucos os universitaacute-

rios que se acomodam agrave som-

bra desse sofisma E bem verdade que o estudante universitaacuterio natildeo aquele cientis-

ta jaacute formado jaacute amadurecido jaacute experimentado e integrado numa equipe de pes-

quisadores que trabalham nos grandes templos da ciecircncia movidos pelo objetivo da

descoberta capaz de aumentar o conhecimento e o domiacutenio do universo por parte da

Humanidade

Os recursos desses cientistas suas condiccedilotildees de trabalho o porte e a rele-

vacircncia de suas pesquisas que visam ao avanccedilo da ciecircncia e ao progresso da Hu-

manidade tornam de fato a sociedade dos cientistas distinta da classe dos estudan-

tes Os estudantes universitaacuterios treinam passos no caminho da ciecircncia Isto eacute ver-

~ 8 ~

dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 3 ~

2 O QUE Eacute PESQUISA

De acordo com o Prof Aureacutelio Buarque de Holanda Ferreira pesquisa eacute a in-

dagaccedilatildeo ou busca minuciosa para averiguaccedilatildeo da realidade eacute a investigaccedilatildeo e o

estudo com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princiacutepios relativos a um

campo qualquer do conhecimento Assim sendo pesquisar eacute inquirir perquirir in-

vestigar

Pesquisa eacute uma palavra de origem espanhola Esta herdada do latim Havia

em latim o verbo perquiro que significava ldquoprocurar buscar com cuidado procurar

por toda parte informar-se inquirir perguntar indagar bem aprofundar na buscardquo O

particiacutepio passado desse verbo latino era perquisitum Por alguma lei da foneacutetica

histoacuterica o primeiro R se transformou em S na passagem do latim para o espanhol

originando o verbo pesquisar que conhecemos hoje Daiacute vocecirc percebe que os signi-

ficados desse verbo em latim insistem na ideia de uma busca feita com cuidado e

profundidade (BAGNO 2000)

3 IMPORTAcircNCIA DA PESQUISA

Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes

empresas do mundo de hoje possuem departamentos chamados ldquoPesquisa e De-

senvolvimentordquo

As induacutestrias farmacecircuticas vivem agrave procura de novos medicamentos mais

eficazes contra velhas e novas doenccedilas As montadoras de automoacuteveis querem pro-

duzir carros mais econocircmicos menos poluentes mais seguros A informaacutetica natildeo

~ 4 ~

para de nos assustar com seus computadores cada dia mais raacutepido com maior ca-

pacidade de memoacuteria com programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido E eacute bastante loacutegico que nas universidades a pesquisa eacute

muito importante O professor universitaacuterio que se limita a dar suas aulas sem estar

engajado em algum projeto de pesquisa natildeo eacute visto com bons olhos pelos seus co-

legas Afinal a Universidade natildeo pode ser um ldquodepoacutesitordquo do conhecimento

A importacircncia da pesquisa eacute reconhecida tambeacutem pelos oacutergatildeos governamen-

tais No Brasil por exemplo em niacutevel nacional existem entidades como a CAPES

(Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) e o CNPq (Conse-

lho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Teacutecnico) que financiam projetos de

pesquisa

O objetivo fundamental da pesquisa eacute descobrir respostas para problemas

mediante o emprego de procedimentos cientiacuteficos Assim sendo podemos entender

pesquisa como sendo um processo que utilizando a metodologia cientiacutefica permite

a obtenccedilatildeo de novos conhecimentos no campo da realidade social Realidade social

eacute entendida com um sentido bastante amplo envolvendo todos os aspectos relativos

ao homem em seus muacuteltiplos relacionamentos com outros homens e instituiccedilotildees so-

ciais

Vivemos num mundo competitivo onde existe uma corrida muito intensa pelo

conhecimento Sobressaem os estudantes os teacutecnicos as empresas ou instituiccedilotildees

que utilizarem mais rapidamente e com mais eficiecircncia os conhecimentos os avan-

ccedilos da ciecircncia e a utilizaccedilatildeo adequada das tecnologias geradas pelas pesquisas

Desse modo atualizar-se na escola nas leituras nos cursos de curta duraccedilatildeo nos

eventos nos congressos nos simpoacutesios nas palestras nos seminaacuterios nos docu-

mentaacuterios na televisatildeo e na internet e tambeacutem atraveacutes de contatos com outros pro-

fissionais eacute de fundamental importacircncia Pesquisar eacute uma necessidade de todos os

indiviacuteduos Pesquisa cientiacutefica eacute uma atividade desenvolvida nas diferentes aacutereas de

conhecimentos voltada para soluccedilatildeo de problemas utilizando metodologia cientiacutefi-

ca Pesquisas geram as ciecircncias e por sua vez as tecnologias abrangem todas as

aacutereas onde atua o homem desde a produccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos ferramentas

e maacutequinas passa pela produccedilatildeo industrial armazenamento agricultura transporte

telecomunicaccedilatildeo informaacutetica atingem de forma ateacute polecircmica a biotecnologia

~ 5 ~

Atraveacutes da Biotecnologia o homem tem explorado de forma mais raacutepida e efi-

ciente o meio ambiente o espaccedilo o combate agraves pragas e doenccedilas a melhoria do

setor agropecuaacuterio atraveacutes do aumento da produtividade e melhoria da qualidade

do produto final com menor agressatildeo ao meio ambiente aleacutem de novas descobertas

nas aacutereas meacutedica farmacecircutica comunicaccedilatildeo e informaacutetica

Assim a pesquisa cientiacutefica vem produzindo conhecimento ciecircncia e tecnolo-

gia atraveacutes da geraccedilatildeo de procedimentos equipamentos produtos meacutetodos para

proporcionar melhor qualidade de vida a todos Eacute praticamente impossiacutevel ilustrar

todas as tecnologias os produtos meacute-

todos os protoacutetipos enfim todos os

conhecimentos gerados

Fazendo um exerciacutecio mental

podemos verificar que a maioria daqui-

lo que era utilizado e consumido haacute

dez anos nas diferentes aacutereas vem

passando por modificaccedilotildees ateacute os dias

de hoje como Informaacutetica telecomu-

nicaccedilatildeo automobilismo maacutequinas

eletrodomeacutesticos alimentos empre-

gos construccedilatildeo civil agricultura ensi-

no medicina gerenciamento de em-

presas e biotecnologia

No laboratoacuterio do seacuteculo XXI

natildeo haacute lugar para explosotildees coloridas como nos desenhos animados O pesquisa-

dor de hoje transforma informaccedilatildeo em conhecimento e conhecimento em soluccedilotildees

A pesquisa faz parte do nosso quotidiano quando vocecirc abre a paacutegina de classifica-

dos do jornal e sai marcando os anuacutencios que lhe interessam - estaacute fazendo uma

pesquisa

Eacute difiacutecil imaginar qualquer accedilatildeo humana que natildeo seja precedida por algum ti-

po de investigaccedilatildeo A simples consulta ao reloacutegio uma olhada para fora da janela

para observar o tempo a batidinha na porta do banheiro para saber se tem gente

Todos esses gestos satildeo rudimentos de pesquisa Mas eacute claro que natildeo eacute dessa pes-

quisa rudimentar que vamos nos ocupar A pesquisa que nos interessa eacute a pesquisa

cientiacutefica isto eacute a investigaccedilatildeo feita com o objetivo expresso de obter conhecimento

~ 6 ~

especiacutefico e estruturado sobre um assunto preciso A caracteriacutestica maior da pesqui-

sa cientiacutefica eacute o acreacutescimo ao conhecimento jaacute existente sobre o assunto pesquisa-

do Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes em-

presas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Departamento de

Pesquisa e Desenvolvimento Nas induacutestrias farmacecircuticas - novos medicamentos

medicamentos mais eficazes contra velhas e novas doenccedilas satildeo desenvolvidos nas

montadoras de automoacuteveis - carros mais econocircmicos menos poluentes e mais se-

guros satildeo fabricados A informaacutetica natildeo para de nos assustar computadores cada

dia mais raacutepidos com maior capacidade de memoacuteria e programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido Lacircmpada eleacutetrica telefone Mendel - ervilhas e geneacuteti-

ca aviatildeo trem a vapor automoacutevel computador DNA - coacutedigo geneacutetico ndash transgecircni-

cos televisatildeo novos medicamentos etc Eacute bastante loacutegico que nas Universidades e

nas Escolas a pesquisa seja muito importante Um professor natildeo pode se limitar a

dar suas aulas sem estar engajado em algum projeto de pesquisa

4 NIacuteVEIS E TIPOS DE PESQUISA CIENTIacuteFICA

O domiacutenio das necessidades humanas faz a histoacuteria da Humanidade gravada

nos resultados positivos e negativos todos formadores da cultura da qual geraccedilatildeo

de beneficiam Cada tentativa seguida de avanccedilos ou fracassos cientiacuteficos eacute um

pedaccedilo da histoacuteria de uma necessidade humana dividida e reconhecida por meio

dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciecircncias

Esse conjunto eacute a primeira referecircncia organizada sobre aquilo que a Humani-

dade jaacute conseguiu Por exemplo a agronomia reuacutene com seu conteuacutedo os avanccedilos

e suas limitaccedilotildees a respeito da necessidade humana de cultivar a terra para produzir

alimentos vegetais a zootecnia apresenta como conteuacutedo o que jaacute se sabe ou natildeo

acerca da utilidade dos outros animais para o homem a medicina apresenta como

conteuacutedos os limites e as habilidades jaacute conseguidas de manutenccedilatildeo qualificaccedilatildeo e

extensatildeo da vida bioloacutegica do ser humano o direito apresenta-se como o conjunto

~ 7 ~

de acordos miacutenimos de convivecircncia garantia e justiccedila miacutenima para uma dada socie-

dade a filosofia compotildee-se do conjunto organizado de sugestotildees de como ldquoenxer-

gar um palmo diante do proacuteprio nariz o que natildeo eacute tatildeo faacutecil nem tatildeo inuacutetil como mui-

tos pensamrdquo (GOMES 1979 p 18)

A cultura anterior poreacutem ao apresentar as diversas ciecircncias oferece resulta-

dos da atividade intelectual e existencial jaacute previamente desenvolvido e ao mesmo

tempo exemplo e incentivo para novas tentativas de ampliaccedilatildeo Naturalmente ldquoca-

vador de respostasrdquo o homem nega si mesmo quando se acomoda aacute rotina de uma

ciecircncia jaacute desenvolvida Ir agrave escola Ler um livro estudar uma ciecircncia ser presente-

ado com resultados prontos eacute aceitar um compromisso como desafio De presente

recebem-se os resultados jaacute conseguidos pelas geraccedilotildees anteriores o compromisso

eacute continuar a perseguir as necessidades questionar os modelos aprender a apren-

der para superar (-se) Nenhuma geraccedilatildeo pode dar-se por satisfeita com um mundo

de segunda matildeo

Natildeo imagine um univer-

sitaacuterio de que ele seja um sim-

ples estudante e natildeo um cien-

tista que em decorrecircncia dis-

so natildeo precisa conhecer a me-

todologia da pesquisa cientifi-

ca que em seus trabalhos natildeo

teraacute portanto pretensatildeo de

realizar pesquisa cientiacutefica

Natildeo satildeo poucos os universitaacute-

rios que se acomodam agrave som-

bra desse sofisma E bem verdade que o estudante universitaacuterio natildeo aquele cientis-

ta jaacute formado jaacute amadurecido jaacute experimentado e integrado numa equipe de pes-

quisadores que trabalham nos grandes templos da ciecircncia movidos pelo objetivo da

descoberta capaz de aumentar o conhecimento e o domiacutenio do universo por parte da

Humanidade

Os recursos desses cientistas suas condiccedilotildees de trabalho o porte e a rele-

vacircncia de suas pesquisas que visam ao avanccedilo da ciecircncia e ao progresso da Hu-

manidade tornam de fato a sociedade dos cientistas distinta da classe dos estudan-

tes Os estudantes universitaacuterios treinam passos no caminho da ciecircncia Isto eacute ver-

~ 8 ~

dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 4 ~

para de nos assustar com seus computadores cada dia mais raacutepido com maior ca-

pacidade de memoacuteria com programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido E eacute bastante loacutegico que nas universidades a pesquisa eacute

muito importante O professor universitaacuterio que se limita a dar suas aulas sem estar

engajado em algum projeto de pesquisa natildeo eacute visto com bons olhos pelos seus co-

legas Afinal a Universidade natildeo pode ser um ldquodepoacutesitordquo do conhecimento

A importacircncia da pesquisa eacute reconhecida tambeacutem pelos oacutergatildeos governamen-

tais No Brasil por exemplo em niacutevel nacional existem entidades como a CAPES

(Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) e o CNPq (Conse-

lho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Teacutecnico) que financiam projetos de

pesquisa

O objetivo fundamental da pesquisa eacute descobrir respostas para problemas

mediante o emprego de procedimentos cientiacuteficos Assim sendo podemos entender

pesquisa como sendo um processo que utilizando a metodologia cientiacutefica permite

a obtenccedilatildeo de novos conhecimentos no campo da realidade social Realidade social

eacute entendida com um sentido bastante amplo envolvendo todos os aspectos relativos

ao homem em seus muacuteltiplos relacionamentos com outros homens e instituiccedilotildees so-

ciais

Vivemos num mundo competitivo onde existe uma corrida muito intensa pelo

conhecimento Sobressaem os estudantes os teacutecnicos as empresas ou instituiccedilotildees

que utilizarem mais rapidamente e com mais eficiecircncia os conhecimentos os avan-

ccedilos da ciecircncia e a utilizaccedilatildeo adequada das tecnologias geradas pelas pesquisas

Desse modo atualizar-se na escola nas leituras nos cursos de curta duraccedilatildeo nos

eventos nos congressos nos simpoacutesios nas palestras nos seminaacuterios nos docu-

mentaacuterios na televisatildeo e na internet e tambeacutem atraveacutes de contatos com outros pro-

fissionais eacute de fundamental importacircncia Pesquisar eacute uma necessidade de todos os

indiviacuteduos Pesquisa cientiacutefica eacute uma atividade desenvolvida nas diferentes aacutereas de

conhecimentos voltada para soluccedilatildeo de problemas utilizando metodologia cientiacutefi-

ca Pesquisas geram as ciecircncias e por sua vez as tecnologias abrangem todas as

aacutereas onde atua o homem desde a produccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos ferramentas

e maacutequinas passa pela produccedilatildeo industrial armazenamento agricultura transporte

telecomunicaccedilatildeo informaacutetica atingem de forma ateacute polecircmica a biotecnologia

~ 5 ~

Atraveacutes da Biotecnologia o homem tem explorado de forma mais raacutepida e efi-

ciente o meio ambiente o espaccedilo o combate agraves pragas e doenccedilas a melhoria do

setor agropecuaacuterio atraveacutes do aumento da produtividade e melhoria da qualidade

do produto final com menor agressatildeo ao meio ambiente aleacutem de novas descobertas

nas aacutereas meacutedica farmacecircutica comunicaccedilatildeo e informaacutetica

Assim a pesquisa cientiacutefica vem produzindo conhecimento ciecircncia e tecnolo-

gia atraveacutes da geraccedilatildeo de procedimentos equipamentos produtos meacutetodos para

proporcionar melhor qualidade de vida a todos Eacute praticamente impossiacutevel ilustrar

todas as tecnologias os produtos meacute-

todos os protoacutetipos enfim todos os

conhecimentos gerados

Fazendo um exerciacutecio mental

podemos verificar que a maioria daqui-

lo que era utilizado e consumido haacute

dez anos nas diferentes aacutereas vem

passando por modificaccedilotildees ateacute os dias

de hoje como Informaacutetica telecomu-

nicaccedilatildeo automobilismo maacutequinas

eletrodomeacutesticos alimentos empre-

gos construccedilatildeo civil agricultura ensi-

no medicina gerenciamento de em-

presas e biotecnologia

No laboratoacuterio do seacuteculo XXI

natildeo haacute lugar para explosotildees coloridas como nos desenhos animados O pesquisa-

dor de hoje transforma informaccedilatildeo em conhecimento e conhecimento em soluccedilotildees

A pesquisa faz parte do nosso quotidiano quando vocecirc abre a paacutegina de classifica-

dos do jornal e sai marcando os anuacutencios que lhe interessam - estaacute fazendo uma

pesquisa

Eacute difiacutecil imaginar qualquer accedilatildeo humana que natildeo seja precedida por algum ti-

po de investigaccedilatildeo A simples consulta ao reloacutegio uma olhada para fora da janela

para observar o tempo a batidinha na porta do banheiro para saber se tem gente

Todos esses gestos satildeo rudimentos de pesquisa Mas eacute claro que natildeo eacute dessa pes-

quisa rudimentar que vamos nos ocupar A pesquisa que nos interessa eacute a pesquisa

cientiacutefica isto eacute a investigaccedilatildeo feita com o objetivo expresso de obter conhecimento

~ 6 ~

especiacutefico e estruturado sobre um assunto preciso A caracteriacutestica maior da pesqui-

sa cientiacutefica eacute o acreacutescimo ao conhecimento jaacute existente sobre o assunto pesquisa-

do Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes em-

presas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Departamento de

Pesquisa e Desenvolvimento Nas induacutestrias farmacecircuticas - novos medicamentos

medicamentos mais eficazes contra velhas e novas doenccedilas satildeo desenvolvidos nas

montadoras de automoacuteveis - carros mais econocircmicos menos poluentes e mais se-

guros satildeo fabricados A informaacutetica natildeo para de nos assustar computadores cada

dia mais raacutepidos com maior capacidade de memoacuteria e programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido Lacircmpada eleacutetrica telefone Mendel - ervilhas e geneacuteti-

ca aviatildeo trem a vapor automoacutevel computador DNA - coacutedigo geneacutetico ndash transgecircni-

cos televisatildeo novos medicamentos etc Eacute bastante loacutegico que nas Universidades e

nas Escolas a pesquisa seja muito importante Um professor natildeo pode se limitar a

dar suas aulas sem estar engajado em algum projeto de pesquisa

4 NIacuteVEIS E TIPOS DE PESQUISA CIENTIacuteFICA

O domiacutenio das necessidades humanas faz a histoacuteria da Humanidade gravada

nos resultados positivos e negativos todos formadores da cultura da qual geraccedilatildeo

de beneficiam Cada tentativa seguida de avanccedilos ou fracassos cientiacuteficos eacute um

pedaccedilo da histoacuteria de uma necessidade humana dividida e reconhecida por meio

dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciecircncias

Esse conjunto eacute a primeira referecircncia organizada sobre aquilo que a Humani-

dade jaacute conseguiu Por exemplo a agronomia reuacutene com seu conteuacutedo os avanccedilos

e suas limitaccedilotildees a respeito da necessidade humana de cultivar a terra para produzir

alimentos vegetais a zootecnia apresenta como conteuacutedo o que jaacute se sabe ou natildeo

acerca da utilidade dos outros animais para o homem a medicina apresenta como

conteuacutedos os limites e as habilidades jaacute conseguidas de manutenccedilatildeo qualificaccedilatildeo e

extensatildeo da vida bioloacutegica do ser humano o direito apresenta-se como o conjunto

~ 7 ~

de acordos miacutenimos de convivecircncia garantia e justiccedila miacutenima para uma dada socie-

dade a filosofia compotildee-se do conjunto organizado de sugestotildees de como ldquoenxer-

gar um palmo diante do proacuteprio nariz o que natildeo eacute tatildeo faacutecil nem tatildeo inuacutetil como mui-

tos pensamrdquo (GOMES 1979 p 18)

A cultura anterior poreacutem ao apresentar as diversas ciecircncias oferece resulta-

dos da atividade intelectual e existencial jaacute previamente desenvolvido e ao mesmo

tempo exemplo e incentivo para novas tentativas de ampliaccedilatildeo Naturalmente ldquoca-

vador de respostasrdquo o homem nega si mesmo quando se acomoda aacute rotina de uma

ciecircncia jaacute desenvolvida Ir agrave escola Ler um livro estudar uma ciecircncia ser presente-

ado com resultados prontos eacute aceitar um compromisso como desafio De presente

recebem-se os resultados jaacute conseguidos pelas geraccedilotildees anteriores o compromisso

eacute continuar a perseguir as necessidades questionar os modelos aprender a apren-

der para superar (-se) Nenhuma geraccedilatildeo pode dar-se por satisfeita com um mundo

de segunda matildeo

Natildeo imagine um univer-

sitaacuterio de que ele seja um sim-

ples estudante e natildeo um cien-

tista que em decorrecircncia dis-

so natildeo precisa conhecer a me-

todologia da pesquisa cientifi-

ca que em seus trabalhos natildeo

teraacute portanto pretensatildeo de

realizar pesquisa cientiacutefica

Natildeo satildeo poucos os universitaacute-

rios que se acomodam agrave som-

bra desse sofisma E bem verdade que o estudante universitaacuterio natildeo aquele cientis-

ta jaacute formado jaacute amadurecido jaacute experimentado e integrado numa equipe de pes-

quisadores que trabalham nos grandes templos da ciecircncia movidos pelo objetivo da

descoberta capaz de aumentar o conhecimento e o domiacutenio do universo por parte da

Humanidade

Os recursos desses cientistas suas condiccedilotildees de trabalho o porte e a rele-

vacircncia de suas pesquisas que visam ao avanccedilo da ciecircncia e ao progresso da Hu-

manidade tornam de fato a sociedade dos cientistas distinta da classe dos estudan-

tes Os estudantes universitaacuterios treinam passos no caminho da ciecircncia Isto eacute ver-

~ 8 ~

dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 5 ~

Atraveacutes da Biotecnologia o homem tem explorado de forma mais raacutepida e efi-

ciente o meio ambiente o espaccedilo o combate agraves pragas e doenccedilas a melhoria do

setor agropecuaacuterio atraveacutes do aumento da produtividade e melhoria da qualidade

do produto final com menor agressatildeo ao meio ambiente aleacutem de novas descobertas

nas aacutereas meacutedica farmacecircutica comunicaccedilatildeo e informaacutetica

Assim a pesquisa cientiacutefica vem produzindo conhecimento ciecircncia e tecnolo-

gia atraveacutes da geraccedilatildeo de procedimentos equipamentos produtos meacutetodos para

proporcionar melhor qualidade de vida a todos Eacute praticamente impossiacutevel ilustrar

todas as tecnologias os produtos meacute-

todos os protoacutetipos enfim todos os

conhecimentos gerados

Fazendo um exerciacutecio mental

podemos verificar que a maioria daqui-

lo que era utilizado e consumido haacute

dez anos nas diferentes aacutereas vem

passando por modificaccedilotildees ateacute os dias

de hoje como Informaacutetica telecomu-

nicaccedilatildeo automobilismo maacutequinas

eletrodomeacutesticos alimentos empre-

gos construccedilatildeo civil agricultura ensi-

no medicina gerenciamento de em-

presas e biotecnologia

No laboratoacuterio do seacuteculo XXI

natildeo haacute lugar para explosotildees coloridas como nos desenhos animados O pesquisa-

dor de hoje transforma informaccedilatildeo em conhecimento e conhecimento em soluccedilotildees

A pesquisa faz parte do nosso quotidiano quando vocecirc abre a paacutegina de classifica-

dos do jornal e sai marcando os anuacutencios que lhe interessam - estaacute fazendo uma

pesquisa

Eacute difiacutecil imaginar qualquer accedilatildeo humana que natildeo seja precedida por algum ti-

po de investigaccedilatildeo A simples consulta ao reloacutegio uma olhada para fora da janela

para observar o tempo a batidinha na porta do banheiro para saber se tem gente

Todos esses gestos satildeo rudimentos de pesquisa Mas eacute claro que natildeo eacute dessa pes-

quisa rudimentar que vamos nos ocupar A pesquisa que nos interessa eacute a pesquisa

cientiacutefica isto eacute a investigaccedilatildeo feita com o objetivo expresso de obter conhecimento

~ 6 ~

especiacutefico e estruturado sobre um assunto preciso A caracteriacutestica maior da pesqui-

sa cientiacutefica eacute o acreacutescimo ao conhecimento jaacute existente sobre o assunto pesquisa-

do Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes em-

presas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Departamento de

Pesquisa e Desenvolvimento Nas induacutestrias farmacecircuticas - novos medicamentos

medicamentos mais eficazes contra velhas e novas doenccedilas satildeo desenvolvidos nas

montadoras de automoacuteveis - carros mais econocircmicos menos poluentes e mais se-

guros satildeo fabricados A informaacutetica natildeo para de nos assustar computadores cada

dia mais raacutepidos com maior capacidade de memoacuteria e programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido Lacircmpada eleacutetrica telefone Mendel - ervilhas e geneacuteti-

ca aviatildeo trem a vapor automoacutevel computador DNA - coacutedigo geneacutetico ndash transgecircni-

cos televisatildeo novos medicamentos etc Eacute bastante loacutegico que nas Universidades e

nas Escolas a pesquisa seja muito importante Um professor natildeo pode se limitar a

dar suas aulas sem estar engajado em algum projeto de pesquisa

4 NIacuteVEIS E TIPOS DE PESQUISA CIENTIacuteFICA

O domiacutenio das necessidades humanas faz a histoacuteria da Humanidade gravada

nos resultados positivos e negativos todos formadores da cultura da qual geraccedilatildeo

de beneficiam Cada tentativa seguida de avanccedilos ou fracassos cientiacuteficos eacute um

pedaccedilo da histoacuteria de uma necessidade humana dividida e reconhecida por meio

dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciecircncias

Esse conjunto eacute a primeira referecircncia organizada sobre aquilo que a Humani-

dade jaacute conseguiu Por exemplo a agronomia reuacutene com seu conteuacutedo os avanccedilos

e suas limitaccedilotildees a respeito da necessidade humana de cultivar a terra para produzir

alimentos vegetais a zootecnia apresenta como conteuacutedo o que jaacute se sabe ou natildeo

acerca da utilidade dos outros animais para o homem a medicina apresenta como

conteuacutedos os limites e as habilidades jaacute conseguidas de manutenccedilatildeo qualificaccedilatildeo e

extensatildeo da vida bioloacutegica do ser humano o direito apresenta-se como o conjunto

~ 7 ~

de acordos miacutenimos de convivecircncia garantia e justiccedila miacutenima para uma dada socie-

dade a filosofia compotildee-se do conjunto organizado de sugestotildees de como ldquoenxer-

gar um palmo diante do proacuteprio nariz o que natildeo eacute tatildeo faacutecil nem tatildeo inuacutetil como mui-

tos pensamrdquo (GOMES 1979 p 18)

A cultura anterior poreacutem ao apresentar as diversas ciecircncias oferece resulta-

dos da atividade intelectual e existencial jaacute previamente desenvolvido e ao mesmo

tempo exemplo e incentivo para novas tentativas de ampliaccedilatildeo Naturalmente ldquoca-

vador de respostasrdquo o homem nega si mesmo quando se acomoda aacute rotina de uma

ciecircncia jaacute desenvolvida Ir agrave escola Ler um livro estudar uma ciecircncia ser presente-

ado com resultados prontos eacute aceitar um compromisso como desafio De presente

recebem-se os resultados jaacute conseguidos pelas geraccedilotildees anteriores o compromisso

eacute continuar a perseguir as necessidades questionar os modelos aprender a apren-

der para superar (-se) Nenhuma geraccedilatildeo pode dar-se por satisfeita com um mundo

de segunda matildeo

Natildeo imagine um univer-

sitaacuterio de que ele seja um sim-

ples estudante e natildeo um cien-

tista que em decorrecircncia dis-

so natildeo precisa conhecer a me-

todologia da pesquisa cientifi-

ca que em seus trabalhos natildeo

teraacute portanto pretensatildeo de

realizar pesquisa cientiacutefica

Natildeo satildeo poucos os universitaacute-

rios que se acomodam agrave som-

bra desse sofisma E bem verdade que o estudante universitaacuterio natildeo aquele cientis-

ta jaacute formado jaacute amadurecido jaacute experimentado e integrado numa equipe de pes-

quisadores que trabalham nos grandes templos da ciecircncia movidos pelo objetivo da

descoberta capaz de aumentar o conhecimento e o domiacutenio do universo por parte da

Humanidade

Os recursos desses cientistas suas condiccedilotildees de trabalho o porte e a rele-

vacircncia de suas pesquisas que visam ao avanccedilo da ciecircncia e ao progresso da Hu-

manidade tornam de fato a sociedade dos cientistas distinta da classe dos estudan-

tes Os estudantes universitaacuterios treinam passos no caminho da ciecircncia Isto eacute ver-

~ 8 ~

dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 6 ~

especiacutefico e estruturado sobre um assunto preciso A caracteriacutestica maior da pesqui-

sa cientiacutefica eacute o acreacutescimo ao conhecimento jaacute existente sobre o assunto pesquisa-

do Sem pesquisa natildeo haacute ciecircncia muito menos tecnologia Todas as grandes em-

presas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Departamento de

Pesquisa e Desenvolvimento Nas induacutestrias farmacecircuticas - novos medicamentos

medicamentos mais eficazes contra velhas e novas doenccedilas satildeo desenvolvidos nas

montadoras de automoacuteveis - carros mais econocircmicos menos poluentes e mais se-

guros satildeo fabricados A informaacutetica natildeo para de nos assustar computadores cada

dia mais raacutepidos com maior capacidade de memoacuteria e programas mais eficientes

Se natildeo houvesse pesquisa todas as grandes invenccedilotildees e descobertas cientiacute-

ficas natildeo teriam acontecido Lacircmpada eleacutetrica telefone Mendel - ervilhas e geneacuteti-

ca aviatildeo trem a vapor automoacutevel computador DNA - coacutedigo geneacutetico ndash transgecircni-

cos televisatildeo novos medicamentos etc Eacute bastante loacutegico que nas Universidades e

nas Escolas a pesquisa seja muito importante Um professor natildeo pode se limitar a

dar suas aulas sem estar engajado em algum projeto de pesquisa

4 NIacuteVEIS E TIPOS DE PESQUISA CIENTIacuteFICA

O domiacutenio das necessidades humanas faz a histoacuteria da Humanidade gravada

nos resultados positivos e negativos todos formadores da cultura da qual geraccedilatildeo

de beneficiam Cada tentativa seguida de avanccedilos ou fracassos cientiacuteficos eacute um

pedaccedilo da histoacuteria de uma necessidade humana dividida e reconhecida por meio

dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciecircncias

Esse conjunto eacute a primeira referecircncia organizada sobre aquilo que a Humani-

dade jaacute conseguiu Por exemplo a agronomia reuacutene com seu conteuacutedo os avanccedilos

e suas limitaccedilotildees a respeito da necessidade humana de cultivar a terra para produzir

alimentos vegetais a zootecnia apresenta como conteuacutedo o que jaacute se sabe ou natildeo

acerca da utilidade dos outros animais para o homem a medicina apresenta como

conteuacutedos os limites e as habilidades jaacute conseguidas de manutenccedilatildeo qualificaccedilatildeo e

extensatildeo da vida bioloacutegica do ser humano o direito apresenta-se como o conjunto

~ 7 ~

de acordos miacutenimos de convivecircncia garantia e justiccedila miacutenima para uma dada socie-

dade a filosofia compotildee-se do conjunto organizado de sugestotildees de como ldquoenxer-

gar um palmo diante do proacuteprio nariz o que natildeo eacute tatildeo faacutecil nem tatildeo inuacutetil como mui-

tos pensamrdquo (GOMES 1979 p 18)

A cultura anterior poreacutem ao apresentar as diversas ciecircncias oferece resulta-

dos da atividade intelectual e existencial jaacute previamente desenvolvido e ao mesmo

tempo exemplo e incentivo para novas tentativas de ampliaccedilatildeo Naturalmente ldquoca-

vador de respostasrdquo o homem nega si mesmo quando se acomoda aacute rotina de uma

ciecircncia jaacute desenvolvida Ir agrave escola Ler um livro estudar uma ciecircncia ser presente-

ado com resultados prontos eacute aceitar um compromisso como desafio De presente

recebem-se os resultados jaacute conseguidos pelas geraccedilotildees anteriores o compromisso

eacute continuar a perseguir as necessidades questionar os modelos aprender a apren-

der para superar (-se) Nenhuma geraccedilatildeo pode dar-se por satisfeita com um mundo

de segunda matildeo

Natildeo imagine um univer-

sitaacuterio de que ele seja um sim-

ples estudante e natildeo um cien-

tista que em decorrecircncia dis-

so natildeo precisa conhecer a me-

todologia da pesquisa cientifi-

ca que em seus trabalhos natildeo

teraacute portanto pretensatildeo de

realizar pesquisa cientiacutefica

Natildeo satildeo poucos os universitaacute-

rios que se acomodam agrave som-

bra desse sofisma E bem verdade que o estudante universitaacuterio natildeo aquele cientis-

ta jaacute formado jaacute amadurecido jaacute experimentado e integrado numa equipe de pes-

quisadores que trabalham nos grandes templos da ciecircncia movidos pelo objetivo da

descoberta capaz de aumentar o conhecimento e o domiacutenio do universo por parte da

Humanidade

Os recursos desses cientistas suas condiccedilotildees de trabalho o porte e a rele-

vacircncia de suas pesquisas que visam ao avanccedilo da ciecircncia e ao progresso da Hu-

manidade tornam de fato a sociedade dos cientistas distinta da classe dos estudan-

tes Os estudantes universitaacuterios treinam passos no caminho da ciecircncia Isto eacute ver-

~ 8 ~

dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 7 ~

de acordos miacutenimos de convivecircncia garantia e justiccedila miacutenima para uma dada socie-

dade a filosofia compotildee-se do conjunto organizado de sugestotildees de como ldquoenxer-

gar um palmo diante do proacuteprio nariz o que natildeo eacute tatildeo faacutecil nem tatildeo inuacutetil como mui-

tos pensamrdquo (GOMES 1979 p 18)

A cultura anterior poreacutem ao apresentar as diversas ciecircncias oferece resulta-

dos da atividade intelectual e existencial jaacute previamente desenvolvido e ao mesmo

tempo exemplo e incentivo para novas tentativas de ampliaccedilatildeo Naturalmente ldquoca-

vador de respostasrdquo o homem nega si mesmo quando se acomoda aacute rotina de uma

ciecircncia jaacute desenvolvida Ir agrave escola Ler um livro estudar uma ciecircncia ser presente-

ado com resultados prontos eacute aceitar um compromisso como desafio De presente

recebem-se os resultados jaacute conseguidos pelas geraccedilotildees anteriores o compromisso

eacute continuar a perseguir as necessidades questionar os modelos aprender a apren-

der para superar (-se) Nenhuma geraccedilatildeo pode dar-se por satisfeita com um mundo

de segunda matildeo

Natildeo imagine um univer-

sitaacuterio de que ele seja um sim-

ples estudante e natildeo um cien-

tista que em decorrecircncia dis-

so natildeo precisa conhecer a me-

todologia da pesquisa cientifi-

ca que em seus trabalhos natildeo

teraacute portanto pretensatildeo de

realizar pesquisa cientiacutefica

Natildeo satildeo poucos os universitaacute-

rios que se acomodam agrave som-

bra desse sofisma E bem verdade que o estudante universitaacuterio natildeo aquele cientis-

ta jaacute formado jaacute amadurecido jaacute experimentado e integrado numa equipe de pes-

quisadores que trabalham nos grandes templos da ciecircncia movidos pelo objetivo da

descoberta capaz de aumentar o conhecimento e o domiacutenio do universo por parte da

Humanidade

Os recursos desses cientistas suas condiccedilotildees de trabalho o porte e a rele-

vacircncia de suas pesquisas que visam ao avanccedilo da ciecircncia e ao progresso da Hu-

manidade tornam de fato a sociedade dos cientistas distinta da classe dos estudan-

tes Os estudantes universitaacuterios treinam passos no caminho da ciecircncia Isto eacute ver-

~ 8 ~

dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 8 ~

dade Mas para treinar passos no caminho da ciecircncia devem imbuir-se natildeo soacute de

espiacuterito cientifico e de mentalidade cientifica mas tambeacutem se instrumentar e se habi-

litar a trabalhar em criteacuterios de ciecircncias Devem ainda estar em condiccedilotildees de reali-

zarmos trabalhos de pesquisa que lhes forem sendo gradativamente solicitados de

acordo com as normas da metodologia cientifica (RUIZ 1986 p49)

41 Niacuteveis de pesquisa cientifica

Pode-se portanto localizar a atividade de pesquisa em duas frentes funda-

mentais que caracterizam dois niacuteveis a pesquisa acadecircmica e a pesquisa ldquode pon-

tardquo

411 A pesquisa acadecircmica

A educaccedilatildeo escolar a fase pedagoacutegica da vida moderna consiste no contato

sistemaacutetico organizado e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles

jaacute conseguidos ateacute hoje pelos seres humanos Considerando os limites das capaci-

dades de assimilaccedilatildeo das vaacuterias faixas etaacuterias a educaccedilatildeo infantil os niacuteveis de en-

sino fundamental meacutedio e superior satildeo passeios pelo que de melhor jaacute se desenvol-

veu em relaccedilatildeo agraves necessidades humanas de manutenccedilatildeo preservaccedilatildeo e reprodu-

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 9 ~

ccedilatildeo da vida bioloacutegica formaccedilatildeo das individualidades convivecircncia com os outros

com a realizaccedilatildeo do homem e com os misteacuterios que ldquosobramrdquo ao redor

Embora obviamente limitados os conteuacutedos apresentados pelos programas

escolares satildeo o mundo conhecidodesconhecido pelas pessoas apresentado a

apreciaccedilatildeo de cada individuo para que dele se aproprie e tambeacutem se torne seu Eacute

um convite agrave superaccedilatildeo e ao alargamento da mundivisatildeo pessoal Representa o re-

sultado do esforccedilo de todos os homens que aqui jaacute lidaram para fornecer a cada

uacutenico homem que chegou depois um pedaccedilo daquilo que em seu tempo consegui-

ram perceber da realidade

Para o racional poreacutem a assimilaccedilatildeo de conhecimentos assim como a visatildeo

do mundo ao redor eacute pura provocaccedilatildeo Conteuacutedos assimilados precisam de criacutetica e

aprimoramento Mais que o conteuacutedo assimilado o que conta eacute o efeito desse con-

teuacutedo sobre o conteuacutedo criacutetico e criativo do sujeito Dessa forma junto com a infor-

maccedilatildeo transmitada e assimilada geradora de uma rotinacientiacutefico-profissional vem

o convite agrave negaccedilatildeo-superaccedilatildeo da mesma rotina Daiacute a importacircncia do desenvolvi-

mento do espiacuterito de busca da indagaccedilatildeo intencional da pesquisa

A pesquisa acadecircmica eacute pois uma atividade pedagoacutegica que visa o despertar

o espiacuterito de busca intelectual autocircnoma Eacute necessaacuterio que se aprendam as formas

de problematizar as necessidades solucionar problemas indicar respostas adequa-

das etc A pesquisa acadecircmica eacute antes de tudo exerciacutecio preparaccedilatildeo O resultado

mais importante natildeo eacute a oferta de uma resposta salvadora para a Humanidade mas

a aquisiccedilatildeo do espiacuterito e meacutetodo da indagaccedilatildeo intencional

412 A pesquisa ldquode pontardquo

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 10 ~

A fase acadecircmica da formaccedilatildeo profissional em nosso sistema de ensino cul-

mina com o ensino superior jaacute que o paiacutes ainda da tradiccedilatildeo de formaccedilatildeo teacutecnica de

niacutevel meacutedio Ou seja eacute ao final do curso superior que se tem uma profissional de

alto niacutevel Algueacutem que pelo menos em tese tenha aprendido assimilar criticar e

aprimorar informaccedilotildees em grau maacuteximo pois superior eacute um superlativo

Esses niacuteveis de formaccedilatildeo profissional pela aquisiccedilatildeo dos resultados ofereci-

dos nas diversas ciecircncias estudadas e pelo concomitante preparam para criticaacute-las e

aprimoraacute-las de maneira metoacutedica e intencional eacute considerado o mais apto a desen-

volver novas soluccedilotildees para velhas necessidades Ou seja o profissional de niacutevel

superior eacute naturalmente convidado a integrar se na pesquisa ldquode pontardquo a lidar com

a problematizaccedilatildeo a soluccedilatildeo e a resposta aacutes necessidades que ainda perduram

seja porque simplesmente natildeo respondidas seja porque natildeo satisfatoriamente tra-

balhadas

Dessa forma a pesquisa ldquode pontardquo caracteriza-se como a atividade tiacutepica do

individuo que tendo dominado as respostas comuns jaacute incorporadas agrave rotina de

uma ciecircncia ou profissatildeo parte em busca do novo do ignorado com intenccedilatildeo e meacute-

todo A pesquisa ldquode pontardquo eacute tentativa de negaccedilatildeosuperaccedilatildeo cientifica e existen-

cial a oferta de um dado novo para a Humanidade

42 Tipos de pesquisa cientiacutefica

Fundamentalmente existem trecircs tipos de pesquisas pesquisa bibliograacutefica

pesquisa descritiva pesquisa experimental

PESQUISA BIBLIOGRAacuteFICA - Busca estudar o problema a partir de um referencial

teoacuterico contido em publicaccedilotildees e material documental O objetivo dessa pesquisa eacute

de desvendar recolher e analisar as principais contribuiccedilotildees teoacutericas sobre um de-

terminado fato assunto ou ideia

PESQUISA DESCRITIVA - Estuda os fatos e os fenocircmenos as suas frequecircncias de

ocorrecircncia relaccedilotildees e conexotildees entre eles O pesquisador natildeo exerce interferecircncia

tatildeo somente observa os dados sem manipulaacute-los A pesquisa descritiva busca as

diversas situaccedilotildees e relaccedilotildees que ocorrem na vida social poliacutetica econocircmica e nos

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 11 ~

demais aspectos do comportamento humano tanto do indiviacuteduo isoladamente como

de grupos e comunidades mais complexas

PESQUISA EXPERIMENTAL - Manipula diretamente as variaacuteveis envolvidas no ob-

jeto de estudo Nessa pesquisa utilizam-se aparelhos e instrumentos disponibiliza-

dos pela teacutecnica para visualizar as relaccedilotildees que existem entre as variaacuteveis do obje-

to de estudo

FORMAS DE PESQUISA DESCRITIVA

ESTUDOS EXPLORATOacuteRIOS - Chamados por alguns de pesquisa quase cientiacutefica

ou natildeo cientiacutefica Natildeo elaboram hipoacuteteses e se restringem a definir objetivos e bus-

car informaccedilotildees mais aprofundadas sobre certo assunto Esses assuntos satildeo reco-

mendados para a aplicaccedilatildeo de conhecimentos sobre o problema em estudo

ESTUDOS DESCRITIVOS - Visam estudar e descrever as caracteriacutesticas proprie-

dades ou regiotildees na realidade objeto da pesquisa Da mesma forma que os explora-

toacuterios os estudos descritivos contribuem para uma pesquisa mais ampla e completa

do problema e da hipoacutetese

PESQUISA DE OPINIAtildeO - Procura saber as razotildees inconscientes ou ocultas que

levam a determinar a preferecircncia por algum produto ou comportamentoatitudes

ESTUDO DE CASO - Realiza uma pesquisa sobre algum indiviacuteduo grupo ou comu-

nidade visando estudar diversos aspecto da vida

PESQUISA DOCUMENTAL - Investiga documentos objetivando descrever e compa-

rar usos costumes tendecircncias e outras caracteriacutesticas Estuda o presente e natildeo o

passado

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 12 ~

5 O CONHECIMENTO

Conteuacutedo psicoloacutegico adquirido pela aprendizagem e pela elaboraccedilatildeo interior

dos dados adquiridos Conhecer a relaccedilatildeo que se estabelece entre a pessoa e o ob-

jeto a ser conhecido Atraveacutes do conhecimento o homem entra nas diversas aacutereas

tomando posse sabendo da sua natureza significado funccedilatildeo origem finalidade

subordinaccedilatildeo Enfim de sua estrutura fundamental com todas as implicaccedilotildees daiacute

resultantes

A capacidade elaborativa de conhecer e pensar do ser humano coloca o uni-

verso em suas matildeos e o diferencia dos outros animais A principal diferenccedila do ho-

mem em relaccedilatildeo aos outros animais eacute que ele vecirc e conhece conhece o que vecirc

pensa analisa interpreta investiga e chega a conclusotildees Enquanto os outros ani-

mais natildeo possuem essas caracteriacutesticas

O homem eacute o uacutenico ser que possui razatildeo ou seja o homem tem a faculdade

de avaliar julgar ponderar ideias universais estabelecer relaccedilotildees loacutegicas de co-

nhecer compreender raciocinar tendo tambeacutem a capacidade de relacionar e ir aleacutem

da realidade imediata

Desse modo o homem eacute o uacutenico ser que supera a sua animalidade com a ra-

cionalidade O processo conhecer se manifesta de maneira tatildeo natural que em al-

guns momentos nem nos damos conta de sua complexidade Desde cedo nossos

pais e professores nos mostram a necessidade de aprender e conhecer e mais tar-

de da necessidade de autoconhecimento de ser humano valendo-se de suas capa-

cidades manifesta o desejo de conhecer a natureza das coisas e o comportamento

humano

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 13 ~

No passado o homem interpretava o mundo de forma empiacuterica intuitiva Atu-

almente atraveacutes das pesquisas e do conhecimento da ciecircncia o mundo vem sendo

transformado e passou a ser analisado pensado planejado organizado interpreta-

do pronto para o uso e para o consumo Como reflexo disso vivemos em uma soci-

edade organizada com normas leis direitos regulamentos religiotildees bem estabele-

cidas aleacutem de programas de educaccedilatildeo sauacutede e seguranccedila bem elaboradas e exe-

cutas

Quando se trata de conhecimento tem-se em mente o conhecimento verdadei-

ro apesar de muitos serem falsos Para o ambiente cientiacutefico o conhecimento falso

natildeo eacute propriamente conhecimento e sim erro ilusatildeo

NIacuteVEIS DE CONHECIMENTO

Buscamos constantemente o conhecimento e consequentemente cada vez

mais pesquisamos mediante a necessidade de desvendarmos a complexidade do

real onde se daacute o conhecimento fazem-se necessaacuterios um estudo sobre a diversifi-

caccedilatildeo das formas de conhecimento De acordo com a profundidade do conhecimen-

to e a sua aproximaccedilatildeo da verdade podemos distinguir e caracterizar de forma ge-

ral cinco niacuteveis de conhecimento intuitivo empiacuterico cientiacutefico filosoacutefico teoloacutegico

CONHECIMENTO INTUITIVO

INTUIR

INTUIR PERCEBER

INTUICcedilAtildeO

Eacute uma modalidade de conhecimento que pela caracteriacutestica de alcanccedilar o ob-

jetivo sem ldquomeiordquo ou intermediaacuterio das comparaccedilotildees assemelha-se ao fenocircmeno do

conhecimento sensorial especial da visatildeo Intuiccedilatildeo sensorial eacute evidente em razatildeo de

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 14 ~

que os sentidos natildeo analisam natildeo comparam e natildeo julgam o conhecimento que se

tem por exemplo da temperatura da aacutegua de uma vasilha em temperatura ambiente

Surge no instante em que se toca com a matildeo Outro exemplo Eacute a emoccedilatildeo do prazer

que se experimenta eacute um dado de experiecircncia interna aprendido imediatamente

A percepccedilatildeo cujo objeto passa para a mente sem a necessidade de um co-

nhecimento preacutevio Tem sua origem na experimentaccedilatildeo e no sentir mediante as

sensaccedilotildees transmitidas pelos oacutergatildeos dos sentidos visatildeo audiccedilatildeo tato gustaccedilatildeo e

olfato A este processo denominamos conhecimento intuitivo sensorial Entretanto o

conhecimento intuitivo sensorial natildeo se realiza exclusivamente pela experiecircncia de

fenocircmenos externos visto que existe outra experiecircncia interna a qual denominamos

de reflexatildeo que pode se entendida como a accedilatildeo de examinar o conteuacutedo por meio

do entendimento da razatildeo

A experiecircncia externa utiliza os oacutergatildeos dos sentidos para a apreensatildeo do obje-

to a experiecircncia interna limita-se a comparar os diferentes dados da experiecircncia ex-

terna

Exemplificando Podemos pela visatildeo distinguir a cor vermelha da cor azul me-

diante uma experiecircncia externa Podemos afirmar que o vermelho eacute diferente do

azul valendo-nos da experiecircncia interna

CONHECIMENTO EMPIacuteRICO

Conhecimento vulgar popular o conhecimento do povo eacute o conhecimento pro-

ativo obtido ao acaso apoacutes inuacutemeras tentativas Adquirido e acumulado atraveacutes de

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 15 ~

terceiros da vivecircncia e dos problemas do dia-a-dia Obtido por qualquer se humano

e baseia-se na experiecircncia pessoal

Todo ser humano no transcurso de sua existecircncia vai acumulando conheci-

mentos daquilo que viu ouviu provou cheirou e pegou vai acumulando vivecircncia vai

interiorizando as tradiccedilotildees da cultura da comunidade Eacute o modo comum espontacircneo

e preacute-criacutetico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor

Os produtores rurais sabem o momento certo de efetuar os plantios das dife-

rentes culturas os tipos de culturas que se adaptam bem agrave sua regiatildeo a variedade

mais adequada para o plantio o tipo de solo que predomina na sua propriedade a

eacutepoca de fazer os tratos culturais e combater as ervas daninhas as possiacuteveis pra-

gas e doenccedilas que atacam as suas culturas e como combatecirc-las a importacircncia da

aacutegua da luz e da temperatura para se obter boas produccedilotildees a eacutepoca da colheita e

a melhor forma de armazenamento

Pelo conhecimento empiacuterico o homem conhece o fato a sua ordem aparente

tem explicaccedilotildees agrave razatildeo de ser das coisas e dos homens tudo isso por curiosidade

criatividade experiecircncia ao acaso adquirida por terceiros realizada atraveacutes dos pro-

blemas e das necessidades do dia-a-dia Eacute loacutegico que todo ser humano bem infor-

mado traz consigo ldquoconhecimentosrdquo de ldquopsicologiardquo ldquofarmacologiardquo especialmente

algumas mulheres que jaacute tiveram filhos se vecirc ldquohabilitadasrdquo para dar gratuitamente

ldquoconsultasrdquo e ldquoreceitas infaliacuteveisrdquo para dores de barriga do receacutem-nascido e para

qualquer dor de cabeccedila tem conhecimento de um comprimido ou chaacute eficaz para o

aliacutevio Entretanto ignoram a composiccedilatildeo do comprimido a natureza da dor de cabe-

ccedila e a accedilatildeo do medicamento E eacute isto que caracteriza conhecimento vulgar ou em-

piacuterico pois o conhecimento das coisas ocorre superficialmente seja por informaccedilatildeo

ou experiecircncia casual

Sabemos que o psicoacutelogo e o farmacecircutico conhecem os enunciados cientifi-

camente porem o homem comum pode conhecer criteacuterios da psicologia e da farmaacute-

cia de outro modo natildeo cientificamente mas de maneira vulgar ou empiacuterica Cabe

ressaltar que para qualquer homem a porccedilatildeo maior de seus conhecimentos perten-

ce agrave classe do conhecimento vulgar Ningueacutem precisa estudar loacutegica e aprofundar-

se em teorias sobre validaccedilatildeo cientiacutefica da induccedilatildeo ou nas leis mais formais do raci-

ociacutenio dedutivo para ser natural e vulgarmente loacutegico Ningueacutem precisa devotar-se

aos estudos mais avanccedilados da psicologia e qualquer religiatildeo e ter suas convicccedilotildees

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 16 ~

satildeo subjetivas e se traduzem por uma absoluta fixaccedilatildeo de enunciados evidentes ou

natildeo verdadeiros ou natildeo

CONHECIMENTO CIENTIacuteFICO

Eacute profundo obtido atraveacutes de experimentaccedilatildeo utilizando a metodologia cientiacute-

fica Vai aleacutem do empiacuterico natildeo atinge simplesmente os fenocircmenos na sua manifes-

taccedilatildeo global mas suas causas na sua constituiccedilatildeo iacutentima Estatildeo voltados para as

causas consequecircncias e constituiccedilatildeo dos fenocircmenos na sua manifestaccedilatildeo global

caracterizando-se dessa forma pela sua capacidade de analisar explicar desdo-

brar justificar induzir e aplicar leis e de predizer com seguranccedila eventos similares

futuros Esse conhecimento lembra laboratoacuterio com metodologia evidenciando o

caraacuteter de autoridade e de respeitabilidade Ele se baseia no meacutetodo cientiacutefico sen-

do por isso menos sujeito a erros

Ao contraacuterio do empiacuterico o conhecimento cientiacutefico procura conhecer aleacutem do

fenocircmeno as suas causas O homem eacute tendencioso a procurar explicaccedilotildees vaacutelidas

questionar e exigir respostas e justificativas positivas e convincentes destas inquie-

tudes surge agrave ciecircncia O conhecimento cientiacutefico distingue-se do conhecimento vul-

gar ou empiacuterico pela forma o meacutetodo ou o meacutetodo e os instrumentos do conhecer

Exemplificando Saber que a cultura do cafeacute conilon necessita de uma quanti-

dade ldquoXrdquo de aacutegua para expressar o seu potencial produtivo e que se natildeo receber

aacutegua de forma natural atraveacutes das chuvas deve ser irrigado Pode ser um conheci-

mento verdadeiro e comprovaacutevel mas nem por isso eacute cientiacutefico Para se cientiacutefico

eacute preciso ir aleacutem disso deve-se conhecer a fisiologia dessa variedade sua origem

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 17 ~

sua composiccedilatildeo sua adaptaccedilatildeo seu ciclo de desenvolvimento e produccedilatildeo a con-

diccedilatildeo climaacutetica que predomina na regiatildeo e as particularidades dessa planta que a

distingue de outra espeacutecie Conclui-se que ciecircncia natildeo eacute o uacutenico caminho de acesso

ao conhecimento e agrave verdade Um objeto ou fenocircmeno como uma planta um ani-

mal um mineral uma comunidade uma sociedade as relaccedilotildees entre chefes e su-

bordinados Pode ser mateacuteria de observaccedilatildeo tanto para o cientista quanto para o

homem comum que leva um ao conhecimento cientiacutefico e o outro ao vulgar ou po-

pular eacute a forma de observaccedilatildeo

CONHECIMENTO FILOSOacuteFICO

O significado etimoloacutegico da palavra Filosofia eacute Amor ao conhecimento A pala-

vra filosofia tem sido empregada com significados diversos Na Greacutecia Antiga cha-

mavam ldquofiloacutesofosrdquo os homens mais saacutebios que forneciam as explicaccedilotildees mais plau-

siacuteveis na sua eacutepoca para os misteacuterios da natureza do pensamento do universo Fo-

ram os filoacutesofos que elaboraram as primeiras concepccedilotildees sobre os homens o mundo

e o movimento no sentido de transformaccedilatildeo da realidade Filosofar eacute interrogar

questionar a si e a realidade Filosofia natildeo eacute algo feito acabado Eacute uma busca contiacute-

nua do sentido de justificaccedilatildeo de possibilidades de interpretaccedilatildeo a respeito de tudo

aquilo que envolve o homem e sobre o proacuteprio homem em sua existecircncia concreta

Entre outros significados atribuiacutedos a palavra filosofia existe alguns de caraacuteter

quase pejorativo e que satildeo empregados constantemente na linguagem cotidiana

Filosofia expressando uma atitude ou uma forma de encarar um aspecto mais restri-

to da realidade Eacute comum ouvir dizer Filosofia de administraccedilatildeo ou filosofia de go-

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 18 ~

verno Nesta mesma tendecircncia de aviltamento da palavra filosofia ela tem sido em-

pregada para traduzir uma atitude de distanciamento de alienaccedilatildeo frente agrave realidade

concreta Exemplo fulano vive a vida com filosofia sicrano eacute um filoacutesofo Outro signi-

ficado bastardo que tem sido atribuiacutedo agrave palavra filosofia eacute o de teoria hermeacutetica

conhecimento inuacutetil sem a menor finalidade praacutetica ou temas extremamente difiacuteceis

que as pessoas comuns natildeo podem alcanccedilar

Em nosso trabalho filosofia deve ser entendida com o significado de uma con-

cepccedilatildeo global da natureza da sociedade do pensamento do universo ou seja uma

concepccedilatildeo do mundo da qual decorre uma determinada forma de conduta A filoso-

fia tem como objeto o universo a natureza a vida o pensamento o homem o proacute-

prio conhecimento Enfim todo que existe suas causas e o seu desenvolvimento O

conhecimento filosoacutefico baseia-se na experiecircncia e natildeo na experimentaccedilatildeo Norteia-

se principalmente atraveacutes da reflexatildeo sobre os diferentes tipos de conhecimentos e

interroga os fatos os problemas que cercam o homem como lei justiccedila verdade

liberdade moral e eacutetica Constantemente reflete interroga problematiza as ques-

totildees como

Haacute liberdade

O homem seraacute dominado pela teacutecnica

A maacutequina substituiraacute o homem

O ser humano seraacute clonado

O progresso obtido pela ciecircncia eacute um benefiacutecio para a humanidade

O conhecimento filosoacutefico eacute valorativo seu ponto de partida consiste em hipoacute-

teses natildeo poderatildeo ser submetidas agrave observaccedilatildeo e sim agrave experiecircncia (e natildeo agrave expe-

rimentaccedilatildeo) natildeo verificaacutevel uma vez que os enunciados das hipoacuteteses filosoacuteficas

natildeo podem ser aceitos e nem rejeitados racional em virtude de consistir num con-

junto de enunciados logicamente correlacionados sistemaacutetico suas hipoacuteteses e

enunciados visam a sua representaccedilatildeo coerente da realidade estudada numa tenta-

tiva de apreendecirc-la em sua totalidade Finalmente eacute faliacutevel e especulativo pois na

busca da realidade eacute capaz de abranger todas as outras quer na definiccedilatildeo do ins-

trumento capaz de aprender a realidade seus postulados assim como suas hipoacutete-

ses natildeo satildeo submetidas ao decisivo teste da observaccedilatildeo que eacute a experimentaccedilatildeo

Filosofia natildeo se confunde com devaneios sobre fantasias

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 19 ~

Filosofia questiona problemas reais usa princiacutepios racionais procede de acor-

do com as leis formais do pensamento tem meacutetodo proacuteprio predominantemente de-

dutivo nas suas colocaccedilotildees criacuteticas

CONHECIMENTO TEOLOacuteGICO

Apoia em doutrinas e na Biacuteblia Sagrada Suas evidecircncias natildeo satildeo verificadas

mas regidas pela feacute O conhecimento religioso ou teoloacutegico parte do princiacutepio de que

as ldquoverdadesrdquo tratadas satildeo infaliacuteveis e indispensaacuteveis por consistirem em ldquorevela-

ccedilotildeesrdquo divinas As verdades do conhecimento teoloacutegico estatildeo dispostas nos textos

biacuteblicos que traduzem a palavra de Deus isto eacute eacute a comunicaccedilatildeo da verdade de

Deus tem em sua mente e comunica aos homens A humanidade experimentou e vai

continuar experimentando a necessidade de um simbolismo religioso que se sobre-

ponha agrave razatildeo Caracteriza-se por um simbolismo religioso que se sobreponha agrave

razatildeo

Caracteriza-se por um conhecimento valorativo inspiracional sistemaacutetico natildeo

verificaacutevel infaliacutevel e exato Mesmo existindo uma separaccedilatildeo metodoloacutegica entre os

quatro niacuteveis de conhecimentos no processo de apreensatildeo da realidade do objeto

o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas aacutereas ao mesmo tempo

Lakatos e Marconi (1996) estudando o homem chegaram a vaacuterias conclusotildees

o seu modo de atuar na sociedade baseado no senso comum ou na experiecircncia do

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 20 ~

dia a dia ndash conhecimento empiacuterico o seu modo de viver como ser bioloacutegico verifi-

cando o seu comportamento mediante a investigaccedilatildeo experimental as reaccedilotildees exis-

tentes entre determinados oacutergatildeos e as suas funccedilotildees ndash conhecimento cientiacutefico

questionar quanto a sua origem e destino quanto agrave sua liberdade e sua existecircncia

suas incertezas ndash conhecimento filosoacutefico o observaacute-lo como um ser criado pela di-

vindade agrave sua imagem e semelhanccedila e ainda meditar sobre o que dele dizer os

textos sagrados ndash conhecimento teoloacutegico

6 CITACcedilOtildeES

Em um trabalho cientiacutefico

devemos ter sempre a preocupa-

ccedilatildeo de fazer referecircncias precisas

agraves ideias frases ou conclusotildees de

outros autores isto eacute citar a fonte

(livro revista e todo tipo de mate-

rial produzido graacutefica ou eletroni-

camente) de onde satildeo extraiacutedos

esses dados

As citaccedilotildees podem ser

Diretas quando se referem agrave transcriccedilatildeo literal de uma parte do tex-

to de um autor conservado a grafia pontuaccedilatildeo idioma etc devem

ser registradas no texto entre aspas

Indiretas quando satildeo redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a par-

tir das ideias e contribuiccedilotildees de outro autor portanto consiste na

reproduccedilatildeo do conteuacutedo eou ideia do documento original devem

ser indicadas no texto com a expressatildeo conforme (sobrenome

do autor)

As citaccedilotildees fundamentam e melhoram a qualidade cientiacutefica do trabalho por-

tanto elas tecircm a funccedilatildeo de oferecer ao leitor condiccedilotildees de comprovar a fonte das

quais foram extraiacutedas as ideias frases ou conclusotildees possibilitando-lhe ainda apro-

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 21 ~

fundar o temaassunto em discussatildeo Tecircm ainda como funccedilatildeo acrescentar indica-

ccedilotildees bibliograacuteficas de reforccedilo ao texto

As fontes podem ser

Primaacuterias quando eacute a obra do proacuteprio autor que eacute objeto de estudo

ou pesquisa

Secundaacuteria quando se trata da obra de algueacutem que estuda o pen-

samento de outro autor ou faz referecircncia a ele

Conforme a ABNT (NBR 6023) as citaccedilotildees podem ser registradas tanto em

notas de rodapeacute chamadas de Sistema Numeacuterico como no corpo do texto chamado

de Sistema Alfabeacutetico

CITACcedilOtildeES DIRETAS

Curtas

As citaccedilotildees curtas com ateacute 3 linhas deveratildeo ser apresentadas no texto

entre aspas e ao final da transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

Eacute neste cenaacuterio que [] a AIDS nos mostra a extensatildeo que uma doenccedila

pode tomar no espaccedilo puacuteblico Ela coloca em evidecircncia de maneira brilhante a arti-

culaccedilatildeo do bioloacutegico do poliacutetico e do social (HERZLICH e PIERRET 1992 p7)

Exemplo 2

Segundo Paulo Freire (1994 p 161) [] transformar ciecircncia em conheci-

mento usado apresenta implicaccedilotildees epistemoloacutegicas porque permite meios mais

ricos de pensar sobre o conhecimento []

Exemplo 3

Noacutevoa (1992 p16) se refere agrave identidade profissional da seguinte forma A

identidade eacute um lugar de lutas e conflitos eacute um espaccedilo de construccedilatildeo de maneiras

de ser e de estar na profissatildeo

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 22 ~

Exemplo 4

O papel do pesquisador eacute o

de servir como veiacuteculo inteligente

e ativo (LUumlDKE e ANDREacute 1986

p11) entre esse conhecimento

acumulado na aacuterea e as novas evi-

decircncias que seratildeo estabelecidas a

partir da pesquisa

Longas

As citaccedilotildees longas com mais de 3 linhas deveratildeo ser apresentadas separa-

das do texto por um espaccedilo O trecho transcrito eacute feito em espaccedilo simples de entre-

linhas fonte tamanho 10(11) com recuo de 4 cm da margem esquerda Ao final da

transcriccedilatildeo faz-se a citaccedilatildeo

Exemplo 1

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

quais essa realidade se construiu Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras vale ressaltar que

[] para compreender o desencadeamento da abundante retoacuterica que fez com que a AIDS se construiacutesse como fenocircmeno social tem-se frequente-mente atribuiacutedo o principal papel agrave proacutepria natureza dos grupos mais atin-gidos e aos mecanismos de transmissatildeo Foi construiacutedo entatildeo o discurso doravante estereotipado sobre o sexo o sangue e a morte [] (HERZLICH e PIERRET 1992 p30)

Exemplo 2

A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qua-

litativa na linha exposta por Franco (1986 p36) como sendo aquela que

[] assentada num modelo dialeacutetico de anaacutelise procura identificar as muacutelti-plas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliaccedilatildeo de um curso a or-ganizaccedilatildeo de uma escola a repetecircncia a evasatildeo a profissionalizaccedilatildeo na adolescecircncia etc) contrapondo os dados obtidos aos paracircmetros mais

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 23 ~

amplos da sociedade abrangente e analisando-os agrave luz dos fatores sociais econocircmicos psicoloacutegicos pedagoacutegicos etc []

CITACcedilOtildeES INDIRETAS

Reproduz-se a ideia do autor consultado sem contudo transcrevecirc-la literal-

mente Nesse caso as aspas ou o itaacutelico natildeo satildeo necessaacuterios todavia citar a fonte

eacute indispensaacutevel

Exemplo 1

De acordo com Freitas (1989) a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida atraveacutes de seus elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais

estoacuterias e mitos tabus e normas

Exemplo 2

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida atraveacutes de seus

elementos baacutesicos tais como valores crenccedilas rituais estoacuterias e mitos tabus e

normas Existem diferentes visotildees e compreensotildees com relaccedilatildeo agrave cultura organiza-

cional O mesmo se daacute em funccedilatildeo das diferentes construccedilotildees teoacutericas serem resul-

tantes de opccedilotildees de diferentes pesquisadores opccedilotildees estas que recortam a realida-

de detendo-se em aspectos especiacuteficos (FREITAS 1989)

Exemplo 3

Eacute na induacutestria tecircxtil de Satildeo Paulo que temos o melhor exemplo da participa-

ccedilatildeo da famiacutelia na divisatildeo do trabalho A mulher neste setor tem uma participaccedilatildeo

mais ativa na gestatildeo dos negoacutecios e os filhos um envolvimento precoce com a ope-

raccedilatildeo da empresa da famiacutelia (DURAND 1992 apud BERHOEFTB 1996)

A expressatildeo latina apud que significa citado por conforme segundo eacute utili-

zada quando se faz referecircncia a uma fonte secundaacuteria

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 24 ~

7 NOTAS DE RODAPEacute para que servem as notas

As notas de rodapeacute possuem inuacutemeras finalidades bibliograacuteficas utilizadas

para indicar fontes tambeacutem para prestar esclarecimentos ou inserir no trabalho con-

sideraccedilotildees complementares cujas inclusotildees no texto interromperiam a sequecircncia

loacutegica da leitura Ficam localizadas no peacute da paacutegina separadas do texto por um tra-

ccedilo a partir da margem esquerda em espaccedilo simples (um) com caracteres menores

do que os usados no texto (fonte tamanho 10) As notas natildeo devem ocupar mais de

50 do espaccedilo total da paacutegina

Obs Deve-se usar a ferramenta automaacutetica do Word ndash inserir notas de

rodapeacute

As notas de rodapeacute bibliograacuteficas utilizadas para indicar a fonte da qual foi ti-

rada uma citaccedilatildeo Citaccedilotildees entre aspas isto eacute frases citadas no decorrer do texto

emprestada de outros autores satildeo identificadas no rodapeacute nome completo do autor

tiacutetulo da obra e paacutegina(s) Esta identificaccedilatildeo eacute importante para uma possiacutevel com-

provaccedilatildeo fornece subsiacutedio para uma retomada do assunto ou aprofundamento de

certos aspectos Eacute importante lembrar a obra citada em rodapeacute automaticamente

deve estar incluiacuteda na Bibliografia final do texto Abaixo seguem alguns exemplos de

notas de rodapeacute com caracteriacutestica bibliograacutefica

Ex

_______________

1 GOLDMANN Lucien Ciecircncias humanas e filosofia p67

Quando a obra eacute escrita por dois autores

Ex

_______________

1 MARTINS Joel CELANI M Antonieta Alba Subsiacutedios para redaccedilatildeo de

tese de mestrado e doutoramento p23

Havendo mais de trecircs autores utiliza-se a expressatildeo ldquoet alrdquo

Ex

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 25 ~

________________

1BERQUOacute Elza Salvatori et al Bioestatiacutestica p82

Em citaccedilotildees de segunda matildeo isto eacute ideias de um autor citado por outro

apoacutes o nome do autor da citaccedilatildeo coloca-se o termo ldquoApudrdquo seguido do nome do au-

tor da obra

Ex

___________________

DEWEY John Apud RUDIO Franz Victor Introduccedilatildeo ao projeto de pes-

quisa cientiacutefica p17

Quando em notas sucessivas na mesma paacutegina satildeo citadas obras diferentes

de um mesmo autor o nome deste pode ser substituiacutedo pela expressatildeo ldquoIdemrdquo ou

sua abreviatura ldquoIdrdquo (o mesmo autor)

Ex

__________________

1 BUNGE Mario La investigacioacuten cientiacutefica p115

2 Idem Epistemologia p37

3Idem Teoria e realidade p203

De forma semelhante quando em notas sucessivas sempre colocadas na

mesma paacutegina faz-se referecircncia agrave mesma obra do autor variando apenas a paacutegina

de onde se tira a citaccedilatildeo Nesse caso aleacutem da expressatildeo ldquoIdemrdquo utiliza-se ldquoIbidemrdquo

ou de forma abreviada ldquoIbrdquo ou ldquoIbidrdquo

Ex

______________

1 DEMO Pedro Metodologia cientiacutefica em ciecircncias sociais p112

2 Id Ibid p118

1 Id Ibid p115

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

~ 45 ~

CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

~ 26 ~

As notas de rodapeacute possuem ainda outras finalidades como definir conceitos

e expressotildees utilizados

Ex

_______________

1O conceito de ldquopreconceitordquo aqui adotado eacute sob a perspectiva de Agnes

HellerPara ela ldquodevemos nos aproximar da compreensatildeo dos preconceitos partindo

da esfera da cotidianidaderdquo Ver Agnes Heller O cotidiano e histoacuteria 1985 p 43

Notas de rodapeacute satildeo uacuteteis ainda para inserir consideraccedilotildees complementares

Muitas vezes fazem-se necessaacuterias ou complementares algumas explicaccedilotildees pes-

soais do autor para uma melhor compreensatildeo do texto Sua inclusatildeo no texto pode

interromper a sequecircncia do raciociacutenio e para isso figuram no rodapeacute

8 COMO FAZER AS REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

As referecircncias de acordo com as normas da ABNT (2002 p2) satildeo o conjun-

to de elementos que permitem a identificaccedilatildeo no todo ou em parte de documentos

impressos ou registrados em diversos tipos de material utilizadas como fonte de

consulta e citados nos trabalhos elaborados

A referecircncia eacute constituiacuteda de

Elementos essenciais satildeo as informaccedilotildees indispensaacuteveis agrave identifi-

caccedilatildeo do documento tais como autor (es) tiacutetulo subtiacutetulo ediccedilatildeo

local editora e data de publicaccedilatildeo

~ 27 ~

Elementos complementares satildeo os opcionais que podem ser

acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publica-

ccedilotildees referenciadas tais como organizador volumes seacuterie editorial

ou coleccedilatildeo etc Alguns elementos complementares em determina-

das situaccedilotildees podem se tornar essenciais eacute o caso do nordm da edi-

ccedilatildeo (ediccedilatildeo revista ou ampliada)

Os elementos de uma referenciaccedilatildeo satildeo retirados do proacuteprio documento utili-

zado e devem ser apresentados em uma sequecircncia padronizada conforme veremos

nos exemplos a seguir

O recurso usado para destacar o tiacutetulo - negrito itaacutelico ou sublinhado - deve

ser uniforme em todas as referecircncias de um mesmo modelo

As referecircncias podem aparecer no rodapeacute no fim do texto ou do capiacutetulo em

lista de referecircncia ou antecedendo resumos e resenhas

As referecircncias constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre

aos mesmos princiacutepios ao optar pela utilizaccedilatildeo de elementos complementares es-

tes devem ser incluiacutedos em todas as referecircncias daquela lista

EXEMPLOS DE REFEREcircNCIAS

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES EM SUA TOTALIDADE

Referem-se ao uso de livros teses dissertaccedilotildees manuais guias enciclopeacute-

dias dicionaacuterios etc em sua totalidade para a elaboraccedilatildeo do trabalho Usa-se um

padratildeo para a apresentaccedilatildeo da referecircncia

SOBRENOME DO AUTOR Prenome Tiacutetulo Ediccedilatildeo Local Editora ano

Exemplo 1 Pessoa fiacutesica ateacute trecircs autores menciona-se o nome de

todos eles

a) Com elementos essenciais

DANNA Marilda Fernandes MATOS Maria Ameacutelia Ensinando observaccedilatildeo Satildeo

Paulo IDICON 1996

MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientiacutefica na era da informaacutetica Satildeo

Paulo Saraiva 2002

~ 28 ~

RICHARDSON Roberto Jarry e Colaboradores Pesquisa social meacutetodos e teacutecni-

cas Satildeo Paulo Atlas 1999

b) Com elementos complementares

BAUER Martins W GASKELL George Pesquisa qualitativa com texto imagem

e som um manual praacutetico Traduccedilatildeo Pedrinho A Guareschi Petroacutepolis Vozes

2002 516p ISBN 853262727-7

HENRIQUES Antocircnio MEDEIROS Joatildeo Bosco Monografia no curso de direito

2ed Satildeo Paulo Atlas 2001

WERTHEIN Jorge CUNHA Ceacutelio da Fundamentos da nova educaccedilatildeo Brasiacutelia

UNESCO 2000 60p (Educaccedilatildeo v5)

Exemplo 2 Se haacute mais de trecircs autores menciona-se o primeiro se-

guido da expressatildeo latina et al (QUE SIGNIFICA E OUTROS)

LUCKESI Cipriano Carlos et al Fazer universidade uma proposta metodoloacutegica

Satildeo Paulo Cortez 1989

LUumlCK Heloiacutesa et al A escola participativa o trabalho do gestor escolar Rio de

Janeiro DPampA 2000

Exemplo 3 Organizador Compilador Coordenador Quando natildeo haacute

autor e sim um responsaacutevel intelectual entra-se por este responsaacutevel seguido

da abreviaccedilatildeo que caracteriza o tipo de responsabilidade entre parecircnteses

KUNSCH Margarida Maria Krohling (Org) Obtendo resultados com relaccedilotildees puacute-

blicas Satildeo Paulo Pioneira 1997

FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs) Gestatildeo

da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000

CASALI Aliacutepio et al (Orgs) Empregabilidade e educaccedilatildeo novos caminhos no

mundo do trabalho Satildeo Paulo EDUC 1997

Exemplo 4 Dissertaccedilotildees Teses e Outros Trabalhos Acadecircmicos

~ 29 ~

MEDDA Maria Conceiccedilatildeo Gobbo Anaacutelise das representaccedilotildees sociais de profes-

sores e alunos sobre a avaliaccedilatildeo na escola um caminho construiacutedo coletivamen-

te Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Psicologia)-PUCSP Satildeo Paulo 1995

QUEIROZ Ana Cristina A de A educaccedilatildeo da crianccedila surda pela liacutengua de si-

nais respeitando a construccedilatildeo de sua identidade Trabalho de Conclusatildeo de Curso

(Graduaccedilatildeo em Pedagogia)-Universidade Anhembi Morumbi Satildeo Paulo 2002

UTILIZACcedilAtildeO DE PARTES DE UMA PUBLICACcedilAtildeO

Quando apenas alguma parte da publicaccedilatildeo consultada tal como capiacutetulo

volume etc eacute utilizada na elaboraccedilatildeo do trabalho Tal situaccedilatildeo eacute muito frequumlente

nos casos de livros por exemplo que possuem um organizador e diversos autores

que escrevem os capiacutetulos

Exemplo 1 Parte (capiacutetulo de livro paacuteginas volumes de coleccedilatildeo

etc) sem autoria proacutepria Indica-se a parte consultada

BOGGS James Accedilatildeo e pensamento Satildeo Paulo Brasiliense 1969 3v v3 A re-

voluccedilatildeo americana

KOumlCHE Joseacute Carlos Fundamentos de Metodologia Cientiacutefica Petroacutepolis Vozes

1997 p41-88

Exemplo 2 Parte (capiacutetulos de livros volumes paacuteginas coleccedilotildees

etc) com autoria proacutepria

MELO Maria Teresa Leitatildeo de Gestatildeo educacional - os desafios do cotidiano esco-

lar In FERREIRA Naura Syria Carapeto e AGUIAR Maacutercia Acircngela da S (Orgs)

Gestatildeo da educaccedilatildeo Satildeo Paulo Cortez 2000 p243-254

PENtildeA Maria de los Dolores Jimenez Avaliaccedilatildeo de aprendizagem instrumento de

reflexatildeo da praacutetica pedagoacutegica In QUELUZ Ana Gracinda (Ori) e ALONSO Myrtes

(Org) O trabalho docente teoria amp praacutetica Satildeo Paulo Pioneira 1999 Cap 11

~ 30 ~

Exemplo 3 Parte com autoria proacutepria de congressos conferecircncias

etc

PINHEIRO Carlos Honoacuterio Arecircas Novas experiecircncias em processos seletivos In II

ENCONTRO NACIONAL VESTIBULAR IN FOCO 2 e 3 de junho de 1998 Braganccedila

Paulista Anais Salvador CONSULTEC 1998 p62-64

REVISTAS E JORNAIS

Exemplo 1 Volume ou fasciacuteculo de uma revista

BRAVO Satildeo Paulo DAacutevila n47 ago 2001

MARIE E CAIRE Satildeo Paulo Globo n145 abril 2003

VEJA Satildeo Paulo Abril n14 11 de abril de 2001

Exemplo 2 Artigos com autoria

MATOS Francis Valdivia Mitos do trabalho em equipe TampD Satildeo Paulo n107 nov

2001 p25-26

NOGUEIRA Salvador Brasileiro cria analisador meacutedico portaacutetil Folha de Satildeo Pau-

lo Satildeo Paulo 30 jan 2002 Caderno Ciecircncia pA12

Exemplo 3 Artigos sem autoria

IacuteNDIOS ganham universidade Paacutetio Porto Alegre ARTMED n19 novjan 2002

p 8

DESIGUALDADE natildeo mudou diz estudo Folha de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 jan

2002 Caderno Cotidiano pC5

~ 31 ~

UTILIZACcedilAtildeO DE PUBLICACcedilOtildeES CUJA RESPONSABILIDADE Eacute

DE UMA INSTITUICcedilAtildeO

Quando forem utilizadas publicaccedilotildees de responsabilidade de entidades -

tais como oacutergatildeos governamentais empresas etc - as obras tecircm entrada pelo seu

proacuteprio nome por extenso

Exemplos

UNIVERSIDADE DE SAtildeO PAULO Cataacutelogo de teses da Universidade de Satildeo Pau-

lo 1992 Satildeo Paulo 1993

PANAMBRA INDUSTRIAL E TEacuteCNICA SA Aparelhos para preparaccedilatildeo de amos-

tras Satildeo Paulo 1996 Cataacutelogo Metalografia

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO E DO DESPORTO Paracircmetros curriculares nacio-

nais Brasiacutelia MECSEF 1997 10v

ENCICLOPEacuteDIA DE LA BIBLIA 2 ed Barcelona Garriga 1969 6v

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Elaboraccedilatildeo do relatoacuterio final do TCC orien-

taccedilotildees e regras Satildeo Paulo Curso de Pedagogia 2002 Mimeo

DOCUMENTOS ELETROcircNICOS

Podemos considerar como documento eletrocircnico toda informaccedilatildeo arma-

zenada em um dispositivo eletrocircnico (disco riacutegido disquete CD-ROM fita magneacuteti-

ca) ou transmitida atraveacutes de um meacutetodo eletrocircnico Exemplos de documentos ele-

trocircnicos satildeo os softwares os bancos de dados os arquivos de som texto ou ima-

gem disponiacuteveis em CDs discos ou fitas magneacuteticas assim como as informaccedilotildees

acessadas on-line - via Internet o que inclui as mensagens eletrocircnicas pessoais (e-

mails) foacuteruns de discussatildeo arquivos de hipertexto (http em sites da WWW) ou ar-

quivos da Internet de formatos especiais como FTP Gopher Telnet entre outros

situados em seus respectivos sites

Exemplo 1 Documentos on-line

MESQUITA FILHO Alberto Teoria sobre o meacutetodo cientiacutefico em busca de um

modelo unificante para as ciecircncias e de um retorno agrave universidade criativa Disponiacute-

~ 32 ~

vel em lthttpwwwapollonialearningcombrARTIGO20CIENTCDFIC Ohtmgt

Acesso em 30 jan 2002

PAROLIN Isabela Cristina Hierro Autoestima como instrumento no processo de

aprender e de ensinar prender virtual Satildeo Paulo 18 out 2003 Seccedilatildeo Psicope-

dagogia Disponiacutevel em lthttpwwwaprendervirtualcomgt Acesso em 18 out

2003

BIBLIOTECA on-line Disponiacutevel em lthttpwwwplatanocombrabnthtmgt Acesso

em 30 jan 2002

Exemplo 2 CD-ROM ou CD

MORAES Anna Claudia Soares NUNES Andrea e CARUSI Tosca Faccedila dar cer-

to Satildeo Paulo dez 2001 1 CD-ROM

COSTA Gal Gal Satildeo Paulo Globo Polydor 1994 1 CD

MORFOLOGIA dos artroacutepodes In ENCICLOPEacuteDIA multimiacutedia dos seres vivos

[Sl] Planeta DeAgostinini 1998 CD-ROM 9

Exemplo 3 Imagem em movimento (filmes videocassetes DVD etc)

Os elementos essenciais satildeo tiacutetulo diretor produtor local produtora data

especificaccedilatildeo do suporte e quando necessaacuterio para melhor identificar o documento

acrescentam-se elementos complementares

Exemplos

OS PERIGOS do uso de toacutexicos Produccedilatildeo de Jorge Ramos de Andrade Coordena-

ccedilatildeo de Maria Izabel Azevedo Satildeo Paulo CERAVI 1983 1 videocassete (30 min)

VHS son color

ZABALA Antoni A educaccedilatildeo hoje para a sociedade de amanhatilde Satildeo Paulo [scp]

[sd] Fita de viacutedeo (50 min) VHS son color em espanhol

A QUESTAtildeO dos paradigmas Satildeo Paulo Siamar [sd] 1 videocassete (38 min)

VHS son color leg

~ 33 ~

DOCUMENTOS ICONOGRAacuteFICOS

Satildeo considerados documentos iconograacuteficos pintura gravura ilustraccedilatildeo fo-

tografia desenho teacutecnico dispositivo diafilme material estereograacutefico transparecircn-

cia cartaz e outros

Para a referenciaccedilatildeo satildeo considerados elementos essenciais autor tiacutetulo da-

ta e especificaccedilatildeo do suporte Como nos outros casos quando necessaacuterio acres-

centam-se elementos complementares para melhor identificar o documento

Exemplos

KOBAYASHI K Doenccedila dos xavantes 1980 1 fotografia

FRAIPONT E Amiacutelcar II O Estado de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 30 nov 1998 Ca-

derno 2 Visuais pD2 1 fotografia pampb Foto apresentada no Projeto ABRACoca-

cola

SANTOS Siacutelvio Aparecido dos A Universidade e o seu papel no estiacutemulo e de-

senvolvimento de novos empreendedores Satildeo Paulo 2002 22 transparecircncias

color 25 cm x 20 cm Apresentaccedilatildeo feita na abertura do ano letivo na Universidade

Anhembi Morumbi

STOCKDALE Reneacute Whens recess [Sd] 1 fotografia color Disponiacutevel em

lthttpwwwwebshotscomgd2002gt Acesso em 15 jan 2001

DOCUMENTOS CARTOGRAacuteFICOS

Satildeo aqui incluiacutedos atlas mapa globo fotografia aeacuterea etc Na referenciaccedilatildeo

adotam-se os mesmos padrotildees indicados para outros tipos de documentos

Os elementos essenciais satildeo autor(es) tiacutetulo local editora data de publica-

ccedilatildeo designaccedilatildeo especiacutefica e escala lembrando-se que outros elementos comple-

mentares poderatildeo ser incorporados

Exemplos

ATLAS Mirador Internacional Rio de Janeiro Enciclopeacutedia Britacircnica do Brasil 1981

1 atlas Escalas variadas

~ 34 ~

BRASIL e parte da Ameacuterica do Sul mapa poliacutetico escolar escolar rodoviaacuterio turiacutesti-

co e regional Satildeo Paulo Michalany 1981 1 mapa color 79 cm x 95 cm Escala

1600000

DOCUMENTOS JURIacuteDICOS

A NBR 6023 considera como documento juriacutedico legislaccedilatildeo jurisprudecircncia e

doutrina

LEGISLACcedilAtildeO

Constituiccedilatildeo

Emendas constitucionais

Textos infraconstitucionais lei complementar e ordinaacuteria medida provisoacuteria

decreto em todas as suas formas resoluccedilatildeo do Senado Federal

Normas emanadas das entidades puacuteblicas e privadas ato normativo portaria

resoluccedilatildeo ordem de serviccedilo instruccedilatildeo normativa comunicado aviso circular deci-

sotildees administrativas e outros

Na referenciaccedilatildeo consideram-se como elementos essenciais local de jurisdi-

ccedilatildeo (ou cabeccedilalho da entidade no caso de se tratar de normas) tiacutetulo nuacutemero data

e dados da publicaccedilatildeo Outros dados necessaacuterios agrave identificaccedilatildeo do documento po-

dem ser acrescentados como por exemplo ementa oacutergatildeo publicador local volume

nuacutemero paacutegina data etc

Exemplos

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil Brasiacute-

lia Senado 1988

BRASIL Constituiccedilatildeo (1988) Emenda constitucional nordm 9 de 9 de novembro de

1995 Daacute nova redaccedilatildeo ao art 177 da Constituiccedilatildeo Federal alterando e inserindo

paraacutegrafos Lex Coletacircnea de Legislaccedilatildeo e Jurisprudecircncia legislaccedilatildeo federal e

marginalia Satildeo Paulo v 59 p1966 outdez 1995

BRASIL Medida provisoacuteria nordm 1569-9 de 11 de dezembro de 1997 Estabelece mul-

ta em operaccedilotildees de importaccedilatildeo e daacute outras providecircncias Diaacuterio Oficial da Repuacute-

blica Federativa do Brasil Poder Executivo Brasiacutelia 14 dez 1997 Seccedilatildeo 1

p29514

~ 35 ~

9 ESCREVENDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

A REDACcedilAtildeO

A redaccedilatildeo de trabalhos acadecircmicos deve atender

a algumas caracteriacutesticas para que a transmissatildeo da

informaccedilatildeo e a sua compreensatildeo por parte do leitor seja

eficaz Alguns dos princiacutepios baacutesicos desta interaccedilatildeo

que deve existir entre autor e leitor satildeo os seguintes

(MOURA sd p 40)

a) Clareza de expressatildeo Todo o texto escrito deve ser perfeitamente compre-

ensiacutevel pelo leitor Este natildeo deve ter nenhuma dificuldade para entender o

texto As sentenccedilas estatildeo bem construiacutedas As ideias estatildeo bem encadea-

das Haacute uma sequecircncia adequada na apresentaccedilatildeo dos seus resultados e de

sua argumentaccedilatildeo Leia cuidadosamente o que escreveu como se vocecirc fos-

se o seu leitor

b) Objetividade na apresentaccedilatildeo Conveacutem selecionar os conteuacutedos que faratildeo

parte do seu texto Selecione a informaccedilatildeo que vocecirc dispotildee e apresente soacute o

que for relevante Elabore um relato loacutegico objetivo e se possiacutevel retiliacuteneo

tanto das observaccedilotildees como do raciociacutenio Isto eacute ainda mais importante em

um artigo em que a concisatildeo eacute geralmente desejada pelo perioacutedico e pelo lei-

tor

c) Precisatildeo na linguagem A linguagem cientiacutefica deve ser precisa Cuidado

com termos vagos ou que podem ser mal interpretados As palavras e figuras

que entraratildeo no seu texto devem ser escolhidas com cuidado para exprimir o

que vocecirc tem em mente

d) Utilizaccedilatildeo correta das regras da liacutengua

Escrever erradamente pode resultar de igno-

racircncia ou de desleixo Se for por ignoracircncia

informe-se melhor consulte dicionaacuterios e tex-

tos de gramaacutetica Se for por desleixo o leitor

(e membro da Banca Examinadora) teraacute todo

~ 36 ~

direito de pensar que o trabalho em si tambeacutem foi feito com desleixo Seja

qual for agrave razatildeo eacute um desrespeito ao leitor

A LINGUAGEM CIENTIacuteFICA

De acordo com Bervian (2002 p 128) ao redigir o trabalho final para apre-

sentar os resultados de sua pesquisa o autor deveraacute ter em mente que estaacute escre-

vendo para dois puacuteblicos

a) Um puacuteblico interno pertencente agraves comunidades teacutecnicas acadecircmicas e ci-

entiacuteficas composto por pessoas que tambeacutem fazem pesquisa e que tambeacutem

escrevem

b) Um puacuteblico externo composto de uma forma geral por leigos que podem ou

natildeo dominar a linguagem teacutecnica acadecircmica e cientiacutefica

Assim Bervian (2002) Andrade (2009) e Rodrigues (2006) concordam que a

redaccedilatildeo deve ter algumas caracteriacutesticas para que se processe a comunicaccedilatildeo

buscando uma linguagem adequada para o leitor que faccedila ciecircncia ou natildeo mas que

tenha um niacutevel educacional que possa compreendecirc-la Desta forma a redaccedilatildeo do

conteuacutedo dos trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos devem apresentar algumas normas

especiais relativas agrave linguagem cientiacutefica

a) Impessoalidade A redaccedilatildeo do trabalho acadecircmico teacutecni-

co ou cientiacutefico deve ter caraacuteter impessoal Deve estar na

terceira pessoa evitando-se referecircncias pessoais como

ldquoo meu trabalhordquo ldquominha monografiardquo etc Utilizam-se pre-

ferencialmente as formas ldquoo presente trabalhordquo ldquoa presente monografiardquo etc

Tambeacutem verbos que tendem agrave impessoalidade como ldquoo procedimento utili-

zadordquo ldquotal informaccedilatildeo foi verificadardquo etc O uso de ldquonoacutesrdquo com a intenccedilatildeo de

evitar a impessoalidade eacute da mesma forma desaconselhaacutevel

b) Objetividade Devem-se expor as ideias relevantes retirando do texto todas

as informaccedilotildees consideradas supeacuterfluas Utiliza-se uma linguagem denotativa

em que cada palavra deve apresentar seu significado proacuteprio natildeo possibili-

tando dar margem a outras interpretaccedilotildees Expressotildees como ldquoeu penso pa-

rece-me parece serrdquo dentre outras deixam margem agrave subjetividade A lingua-

~ 37 ~

gem objetiva deve buscar a precisatildeo dos termos teacutecnicos isenta de informa-

ccedilotildees de caraacuteter de valor pessoal e ambiguidades (BERVIAM 2002 p 129)

c) Clareza Para haver clareza de expressatildeo eacute necessaacuterio que haja primeira-

mente clareza de ideias (BERVIAM 2002 p 131) Deve-se evitar a constru-

ccedilatildeo de paraacutegrafos longos excesso de oraccedilotildees subordinadas e termos obscu-

ros Utiliza-se vocabulaacuterio simples e formal com os termos teacutecnicos precisos

bem definidos adequados para cada situaccedilatildeo que for necessaacuteria no texto

sem exagero de repeticcedilatildeo As frases devem ser inteligiacuteveis objetivas e com

clareza de ideias Frases claras e curtas satildeo essenciais Natildeo se deve prolon-

gar uma ideia pois esta poderaacute ficar confusa A simplicidade deve estar pre-

sente na exposiccedilatildeo das ideias e essas devem sempre estar de forma coesa e

coerente

d) Concisatildeo Deve-se evitar a repeticcedilatildeo da mesma ideia em mais de um paraacute-

grafo e de detalhes natildeo relevantes Expressar o maacuteximo de informaccedilotildees com

o miacutenimo de palavras informar o que se deseja sem subterfuacutegios Assim ex-

pressar o pensamento em poucas palavras sem redundacircncia de ideias as

frases devem conter somente o essencial

e) Estilo Deve-se utilizar o estilo formal obedecendo agraves regras gramaticais e

evitando o uso de giacuterias ou expressotildees populares

f) Coerecircncia deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e

as ideias dentro do texto As ideias devem estar organizadas de forma se-

quenciadas tendo um iniacutecio um meio e um fim Consiste no raciociacutenio loacutegico

das ideias

g) Modeacutestia e cortesia Segundo Bervian (2002 p 130) o autor natildeo deve insi-

nuar que os resultados de outros estudos ou pesquisas anteriores estejam

cobertos de erros ou incorreccedilotildees O proacuteprio trabalho por mais perfeito que

seja nem sempre estaacute isento de erros Tambeacutem na redaccedilatildeo de um trabalho

deve-se apresentar humildade jaacute que os resultados de um estudo expotildeem-se

por si mesmos e sendo avaliado pela comunidade cientiacutefica Assim sendo

natildeo eacute preciso sobrecarregar a redaccedilatildeo de termos teacutecnicos para demonstrar

~ 38 ~

capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto A cortesia

eacute traccedilo importante de todo trabalho sobretudo quando se trata de discordar

dos resultados de outras pesquisas A linguagem de uma pesquisa deve se

limitar agrave descriccedilatildeo de seus passos e agrave transmissatildeo de seus resultados dando

ecircnfase agrave modeacutestia e agrave cortesia que devem acompanhar um bom trabalho

Sua funccedilatildeo eacute expressar e natildeo impressionar

O CONTEUacuteDO

Podemos entender como conteuacutedo o substrato ideoloacutegico a ar-

ticulaccedilatildeo e a estrutura loacutegica do texto Entendemos como apresenta-

ccedilatildeo material os aspectos teacutecnicos da redaccedilatildeo quanto agrave grafia pontu-

accedilatildeo paginaccedilatildeo destaque de tiacutetulos e subtiacutetulos localizaccedilatildeo para

iacutendice e tudo o que concorra para a aparecircncia fiacutesica do texto (RUIZ

2002 p 74)

Segundo Lakatos (2004 p 266) os trabalhos cientiacuteficos acadecircmicos sempre

apresentam a mesma estrutura Introduccedilatildeo Desenvolvimento e Conclusatildeo Isto se

daacute por forccedila e exigecircncia da coerecircncia loacutegica do proacuteprio trabalho cientiacutefico (RUIZ

2002 p 74)

a) Introduccedilatildeo A Introduccedilatildeo eacute uma formulaccedilatildeo clara e simples do tema de

investigaccedilatildeo Eacute a apresentaccedilatildeo sinteacutetica do tema sua justificativa objeto e

objetivos importacircncia da metodologia utilizada e raacutepida referecircncia a traba-

lhos anteriores sobre o assunto tratado (LAKATOS 2004 p 266)

A introduccedilatildeo deve ser escrita numa linguagem direta e natildeo teacutecnica sendo re-

digida de forma clara simples e sinteacutetica de modo que sua apresentaccedilatildeo possa ser

entendida por todas as pessoas para as quais o trabalho seraacute distribuiacutedo Assim sua

funccedilatildeo eacute transmitir informaccedilotildees que deixem o leitor a par dos assuntos tratados no

restante do trabalho (DOMINGUES 2005 p 15)

De forma geral a estrutura da introduccedilatildeo deve conter (MILER et al 2008)

~ 39 ~

1 Apresentaccedilatildeo do assunto deve iniciar a introduccedilatildeo apresentando o

assunto tendo o cuidado de usar uma linguagem clara e objetiva evi-

tando termos equiacutevocos e inexpressivos deve-se iniciar o dialogo

com os autores ou seja colocar citaccedilotildees

2 Delimitaccedilatildeo do assunto apoacutes a apresentaccedilatildeo do assunto deve-se

delimitaacute-lo ou seja indicar o ponto de vista que seraacute enfocado no tra-

balho qual eacute o tema desenvolvido Pode ser feito em forma de per-

gunta que seraacute respondida no desenvolvimento do trabalho ou em

forma de afirmativa

3 Justificativa do tema deve-se apresentar o porquecirc da escolha do re-

ferido tema ou enfoque o que motivou a escolher o referido tema

4 Localizar o assunto no tempo e no espaccedilo contextualizar o assun-

to em que contexto desenvolveu-se a pesquisa ou o estudo ou seja

relacionaacute-lo com o que jaacute foi escrito sobre a mateacuteria sem se perder

em minuacutecias

5 Ressaltar a importacircncia do tema deve-se provar que o tema eleito

eacute interessante e tem importacircncia

6 Apresentar os objetivos do trabalho de pesquisa

Embora apareccedila no iniacutecio do trabalho a ldquointroduccedilatildeordquo eacute a uacuteltima parte a ser

definitivamente redigida (RUIZ 2002 p 75)

b) Desenvolvimento Eacute a parte mais extensa do trabalho a fundamentaccedilatildeo

loacutegica do trabalho de pesquisa e tem por objetivo desenvolver a ideia prin-

cipal analisando-a ressaltando os pormenores mais importantes discu-

tindo hipoacuteteses divergentes reais e possiacuteveis expondo a proacutepria hipoacutetese

de demonstrando-a atraveacutes de documentaccedilatildeo (RUIZ 2002) Eacute a parte

principal do texto que conteacutem a exposiccedilatildeo ordenada e pormenorizada do

assunto Divide-se em seccedilotildees que variam em funccedilatildeo da abordagem do

tema e do meacutetodo

Segundo Lakatos (2004) o desenvolvimento abrange trecircs fases

Explicaccedilatildeo Eacute o ato pelo qual se faz expliacutecito o impliacutecito claro o

escuro simples o complexo

~ 40 ~

Discussatildeo Eacute o exame a argumentaccedilatildeo a anaacutelise e a explicaccedilatildeo

da pesquisa

Demonstraccedilatildeo Eacute a deduccedilatildeo loacutegica do trabalho implica no exerciacute-

cio do raciociacutenio

c) Conclusatildeo Eacute a fase final do trabalho de pesqui-

sa Consiste no resumo completo mas sinteacutetico da

argumentaccedilatildeo dos dados e dos exemplos cons-

tantes na introduccedilatildeo e desenvolvimento do traba-

lho (LAKATOS 2004)

Segundo Ruiz (2002) a conclusatildeo deve ser prepara-

da pelo corpo do trabalho e dele nascer espontaneamente A conclusatildeo tem por

finalidade reafirmar sinteticamente a ideia principal e os pormenores mais importan-

tes jaacute colocados em plena luz no corpo do texto Referecircncias ao que foi feito devem

ser escritas com o verbo no passado recomendando-se natildeo incluir dados novos

nesta etapa (TACHIZAWA 2000)

Segundo Rodrigues (2006) natildeo eacute recomendaacutevel que descriccedilotildees detalhadas

de dados quantitativos (tabelas e graacuteficos) apareccedilam na conclusatildeo tampouco resul-

tados comprometidos e passiacuteveis de novas discussotildees Um dos cuidados que se

deve ter diz respeito agrave extensatildeo e divulgaccedilatildeo dos resultados que vatildeo figurar na

conclusatildeo Estes tanto podem ser verdadeiros como gerarem erros em virtude de

generalizaccedilatildeo precipitada do pesquisador o que fatalmente compromete os resulta-

dos da investigaccedilatildeo

~ 41 ~

10 FORMATANDO O ARTIGO CIENTIacuteFICO

FORMATO DO PAPEL

Os textos devem ser apresentados em papel branco formato A4 (210 cm x

297 cm) digitados na cor preta no anverso da folha utilizando-se da fonte Arial ou

Times New Roman justificados hifenizados e com a indicaccedilatildeo de paraacutegrafos

Recomenda-se para digitaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de fonte tamanho 12 para o texto

e 10 para citaccedilotildees longas1 e notas de rodapeacute

MARGEM

3 3cm

2 cm

1 Citaccedilotildees curtas ateacute trecircs linhas satildeo feitas no corpo do texto e com a mesma letra do texto

AacuteREA

DE

3 cm

2 cm

~ 42 ~

ESPACcedilAMENTO

Todo texto deve ser digitado com 15 de entrelinhas

As citaccedilotildees longas as notas de rodapeacute as referecircncias e os resumos em ver-

naacuteculo deveratildeo ser digitadas em espaccedilo simples

O tiacutetulo deve ser separado do texto que os precede ou que o sucede por uma

entrelinha dupla

PAGINACcedilAtildeO

Todas as folhas do trabalho a partir da capa devem ser contadas sequumlenci-

almente mas a capa natildeo eacute numerada A numeraccedilatildeo eacute colocada a partir do resumo

em algarismos araacutebicos no canto superior direito da folha O artigo deveraacute ter no

maacuteximo 12 folhas contando a partir da capa

ABREVIATURAS E SIGLAS

Quando aparecem pela primeira vez no texto deve-se colocar seu nome por

extenso e entre parecircnteses a abreviatura ou sigla

Ex Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC)

ILUSTRACcedilOtildeES

Figuras (organogramas fluxogramas esquemas desenhos fotografias graacutefi-

cos mapas plantas e outros) constituem unidade autocircnoma e explicam ou com-

plementam visualmente o texto portanto devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacute-

vel do texto a que se referem Sua identificaccedilatildeo deveraacute aparecer na parte inferior

precedida da palavra designativa (figura desenho etc) seguida de seu nuacutemero de

ordem de ocorrecircncia em algarismos araacutebicos do respectivo tiacutetulo eou legenda e da

fonte se necessaacuterio

~ 43 ~

Figura 1 ndash CONSTRUCcedilAtildeO DE TRIAcircNGULOS POR TRANSLACcedilAtildeO

Fonte (DRYDEN e VOS 1996 p124)

TABELAS

As tabelas satildeo elementos demonstrativos de siacutentese que apresentam infor-

maccedilotildees tratadas estatisticamente constituindo uma unidade autocircnoma

Em sua apresentaccedilatildeo deve ser observado

Tecircm numeraccedilatildeo independente e consecutiva

O tiacutetulo deveraacute ser colocado na parte superior precedido da palavra Tabela e

de seu nuacutemero de ordem em algarismos araacutebicos

As fontes e eventuais notas aparecem em seu rodapeacute apoacutes o fechamento uti-

lizando-se o tamanho 10

Devem ser inseridas o mais proacuteximo possiacutevel do trecho a que se referem

TIacuteTULO

Satildeo destacados gradativamente usando-se racionalmente os recursos de

negrito e caixa alta

Deve ser adotado o seguinte padratildeo

Tiacutetulo de capiacutetulos impressos em letra maiuacutescula negrito fonte tamanho 14

sem paraacutegrafo utilizando-se algarismos araacutebicos

~ 44 ~

Os itens (partes secundaacuterias) devem ser impressos com a primeira letra das

palavras principais em maiuacutescula negrito fonte tamanho 12

A partir do 3ordm niacutevel devem ser impressos com a primeira letra maiuacutesculos e

demais minuacutesculos (mesmo que contenha vaacuterias palavras)

Natildeo se usa pontuaccedilatildeo no final dos tiacutetulos

ESTRUTURA

A estrutura de um artigo cientifico compreende elementos preacute-textuais ele-

mentos textuais e elementos poacutes-textuais

ELEMENTOS PREacute-TEXTUAIS

Os elementos preacute-textuais satildeo aqueles que antecedem o texto com informa-

ccedilotildees que contribuem para a identificaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do trabalho

A) o tiacutetulo e subtiacutetulo (se houver) devem figurar na paacutegina de abertura do artigo

na liacutengua do texto

B) a autoria Nome completo do(s) autor(es) na forma direta acompanhados de

um breve curriacuteculo que o (s) qualifique na aacuterea do artigo

C) o curriacuteculo incluindo endereccedilo (e-mail) para contato deve aparecer em nota

de rodapeacute

D) resumo na liacutengua do texto O resumo deve apresentar de forma concisa os

objetivos a metodologia e os resultados alcanccedilados natildeo ultrapassando 250

palavras Natildeo deve conter citaccedilotildees ldquoDeve ser constituiacutedo de uma sequecircncia

de frases concisas e natildeo de uma simples enumeraccedilatildeo de toacutepicos Deve-se

usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular ativardquo (ABNT

NBR-6028 2003 p 2)

Os elementos preacute-textuais devem figurar na primeira folha do artigo

e) palavras-chave na liacutengua do texto elemento obrigatoacuterio devem figurar abaixo do

resumo antecedidas da expressatildeo Palavras-chave separadas entre si por ponto

conforme a NBR 6028 2003 p 2

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CAPA

A capa elemento obrigatoacuterio que identifica o trabalho deve conter as informa-

ccedilotildees na ordem estabelecida pela NBR 14724 entretanto por uma questatildeo de prati-

cidade usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem

Nome da Instituiccedilatildeo de Ensino localizado na margem superior centralizado le-

tras maiuacutesculas fonte 16 e em negrito ndash colocar a logomarca da Instituiccedilatildeo

Nome do curso logo abaixo do nome da Universidade em letras maiuacutesculas

centralizado fonte 16 e em negrito

Tiacutetulo do trabalho em letras maiuacutesculas centralizado fonte 16 negrito

Nome(s) do(s) autor(es) nome e sobrenome do(s) autor(es) em ordem alfabeacute-

tica em letras maiuacutesculas centralizado (considerando o alinhamento horizontal)

fonte 14 e em negrito

Local e ano nas duas uacuteltimas linhas da folha em letras maiuacutesculas centraliza-

do fonte 12 e em negrito

FOLHA DE ROSTO

A Folha de Rosto elemento obrigatoacuterio eacute a repeticcedilatildeo da capa com a descriccedilatildeo

da natureza e objetivo do trabalho portanto conteacutem detalhes da identificaccedilatildeo do

trabalho na mesma ordem

Natureza e objetivo do trabalho trata-se de uma nota explicativa de referecircncia

ao texto Deve ser impresso em espaccedilo simples fonte 10 e com o texto alinhado a

partir da margem direita

ELEMENTOS TEXTUAIS

Satildeo considerados elementos textuais a parte do trabalho em que se apresen-

ta o assunto

RESUMO

INTRODUCcedilAtildeO

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSAtildeO ou CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS