4.2. Português - Exercícios Resolvidos - Volume 4

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    Mdulo 25 Concordncia Verbal II

    1. (UFV-MG) Assinale a alternativa cuja sequncia enumeracorretamente as frases:(1) concordncia verbal correta(2) concordncia verbal incorreta

    ( ) Ireis de carro tu, vossos primos e eu.( ) O pai ou o filho assumir a direo do colgio.( ) Mais de um dos candidatos se insultaram.( ) Os meninos parece gostarem de brincar.( ) Faz dez anos todos esses fatos.

    a) 1, 2, 2, 2, 1. b) 2, 2, 2, 1, 2. c) 1, 1, 2, 1, 1.d) 1, 2, 1, 1, 2. e) 2, 1, 1, 1, 2.ResoluoNa primeira frase, iremos; na ltima, todos esses fatos sujeitodefazer, por isso o correto fazem.Resposta: E

    2. (FGV-Economia) Considere o trecho e as afirmaes, pararesponder a esta questo.

    Quase metade das grandes descobertas cientficas surgiuno da lgica, do raciocnio ou do uso de teoria, mas da simples

    observao.

    Afirma-se:I. A norma culta admite tambm o emprego desurgiram, na

    frase, concordando com descobertas cientficas.II. Na substituio de quase metade por cinquenta por cento,

    torna-se obrigatria a concordncia no plural:surgiram.III. A flexo no singular (surgiu) decorre da concordncia com

    a palavra mais prxima do verbo (lgica), ncleo do sujeitocomposto.

    Dessas afirmaes, somentea) I est correta. b) II est correta.c) I e II esto corretas. d) I e III esto corretas.e) II e III esto corretas.ResoluoO erro da afirmao III est em que a concordncia, no caso,pode dar-se com o ncleo do sujeito, que singular (metade)ou com o ncleo do sintagma que o determina (das grandesdescobertas cientficas). Portanto, o verbo est no singular paraconcordar com metade, no com lgica, que ncleo do objetoindireto (da lgica).Resposta: C

    Mdulo 26 Concordncia Verbal III

    3. (UNICENTRO) A relao de verbos que completam,conveniente e respectivamente, as lacunas dos perodos abaixo:1. Hoje ________ 24 de janeiro.2. Trinta quilmetros ________ muito.3. J ________ uma e vinte.4. ________ ser duas horas.

    a) so so eram Devem. b) so era Deve.c) era Deve. d) so era Devem.e) so eram Deve.

    ResoluoEm 1, o verbo ser concorda com o numeral do predicativo; em2, o verbo ser fica no singular quando indica excesso; em 3,o verbo ser quando indica hora(s) concorda com o numeraldo predicativo; em 4, na locuo verbal deve ser, o verbo deveconcorda com o predicativo.Resposta: D

    4. (UFU-Adaptada) Observe o trecho abaixo.

    Para salvar banqueiros amigos, parentes banqueiros, ou o

    apoio de algum senador e seu cl, R$ 4,5 bilhes so muitopouco. Mas R$ 4,5 bilhes sacados da poupana, em apenas180 dias, para girar, so uma massa respeitvel de dinheiro.Ou massa de dinheiro respeitvel: o dinheiro de milhes depessoas que, alm de no poderem poupar alguma coisa, comofaziam antes, tm que raspar a poupana pequena.

    (Jnio de Freitas, Folha de S. Paulo)

    a) Construa um pargrafo explicando a diferena de significadoentre as expresses em destaque.

    b) H um erro de concordncia no texto. Identifique-o, faa adevida correo, justificando sua resposta.Resoluoa) A expresso uma massa respeitvel de dinheiro significauma grande ou considervel quantia de dinheiro, j a expressomassa de dinheiro respeitvel significa dinheiro de gente sria,pessoas que trabalharam arduamente para juntar dinheiro.b) O trecho incorreto R$ 4,5 bilhes so muito pouco; o cor-reto seriaR$ 4,5 bilhes muito pouco. O verbo ser concordacom o predicativo (Ex.:pouco, muito so advrbios de intensi-dade) nas indicaes de preo, medida e quantidade: um pouco, dois bom, trs demais.

    GRAMTICAFRENTE 1

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    Mdulo 27 Regncia Nominal e Verbal

    5. (ESPM) A regncia verbal ou nominalno est de acordocom o proposto pela norma culta da lngua em:a) O governo assistiu as famlias atingidas pela catstrofe,

    oferecendo-lhes abrigo e alimentos.b) Apesar de todos os esforos dos amigos, ningum conseguiu

    tir-lo daquela vida miservel que vinha levando.

    c) Os donativos prestavam-se para melhorar, naquele momento,a situao das vtimas, porm no satisfaziam a todas as suasnecessidades.

    d) Nem sempre possvel prevenir-se contra imprevistos e osque mais sofrem com eles so os desprotegidos da sorte.

    e) As pesquisas demonstraram de que somente com a estabi-lidade dos preos tornou-se melhor a vida de alguns seg-mentos da populao.

    ResoluoAs pesquisas demonstraram que...Resposta: E

    6. (F. C. CHAGAS-SP) A me no ________________ bem,nem ___________________ bem; isso talvez explique seu___________ humor.a) o queria, lhe tratava, mau.b) o queria, o tratava, mau.c) lhe queria, lhe tratava, mau.d) lhe queria, o tratava, mau.e) lhe queria, o tratava, mal.Resposta: D

    7. (UFV-MG) Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas abaixo:A enfermeira procede ___________ exame do paciente.O gerente visa ___________ cheque do cliente.A equive visa _________ primeiro lugar no campeonato.O conferencista aludiu ___________ fato.No podendo lutar, preferiu morrer ___________ viver.

    a) ao, o, ao, ao, a. b) ao, ao, o, a, do que.c) ao, a, o, o, que. d) o, a, ao, ao, .e) a, ao, o, ao, que.

    Resposta: A

    Mdulo 28 Regncia Verbal II

    8. Assinale a alternativaerrada:a) No sabia quem sua irm namorava, quando jovem.b) Os avs queriam aos netos com muito carinho.c) O candidato queria o apoio do empresrio e de seus funcio-nrios.d) Simpatizei-me imediatamente com a garota de olhos negros.e) Como no simpatizava com as ideias do candidato, deixou de

    apoi-lo.Resoluo(simpatizei imediatamente...)Resposta: D

    9. Assinale a opo que apresenta a regncia verbalincorreta,de acordo com a norma culta da lngua.a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortvel.

    b) Obedeceu rigorosamente ao horrio de trabalho do corte decana.c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pre-tendido.Resoluo(agrediu-o)Resposta: D

    Mdulo 29 Regncia Verbal III

    10. Se necessrio, corrija as frases a seguir, reescrevendo-as deacordo com a norma culta de regncia verbal. Caso seja desne-cessria a correo, limite-se a escrever corretaa) Papai, aceite o abrao do filho que muito o quer.b) O engenheiro observou e registrou todas as falhas do projeto.c) Aceito e concordo com todas as condies que a empresaimpe.d) Discordo e oponho-me ao seu ponto de vista.Resoluoa) Papai, aceite o abrao do filho que muito lhe quer.

    b) Correta.c) Aceito todas as condies que a empresa impe e concordocom elas.d) Discordo do seu ponto de vista e oponho-me a ele.

    11. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche correta-mente as lacunas correspondentes.A arma _____ se feriu desapareceu.Estas so as pessoas ______ lhe falei.Aqui est a foto _______ me referi.Encontrei um amigo de infncia ________ nome no me

    lembrava.Passamos por uma fazenda _______ se criam bfalos.

    a) que, de que, que, cujo, queb) com que, que, a que, cujo qual, ondec) com que, das quais, a que, de cujo, onded) com a qual, de que, que, do qual, ondee) que, cujas, as quais, do cujo, na cujaResoluo(com que, das quais, a que, de cujo, onde)Resposta: C

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    Mdulo 30 Colocao Pronominal

    Nos testes 12 e 13, assinale a alternativa que apresentaerro decolocao pronominal.

    12.a) Encontrar-se-iam noite porta da lancheria.b) Ningum o levou a srio.c) Diante da recusa, o funcionrio sentiu-se magoado.

    d) Naquele momento, ocorreu-lhe uma grande ideia.e) Voc esquece-se que as oportunidades so raras, por issoconvm aproveit-las.ResoluoVoc se esquece a melhor colocao, j que no apresenta o

    problema de eufonia existente em esquece-se.Resposta: E

    13.a) Deus te abenoe e te guarde, meu filho!b) Quanto custou-nos renunciar!c) Bons ventos o levem!d) Ningum o criticou, pois todos entenderam seu nervosismo.e) Diante das dificuldades, retirava-se e deixava aos outros a

    responsabilidade que lhe cabia.ResoluoEm frases iniciadas por palavras exclamativas deve ocorrerprclise.Resposta: B

    Mdulo 25 Concordncia Verbal II

    1. Assinale a incorreta.a) Os Lusadas tornaram Cames imortal.b) Os Estados Unidos so uma nao isolada.c) Mais de um pas props a cessao das hostilidades.d) Perto de cem soldados morreram.e) Os Estados Unidos perdeu a guerra.

    2. Assinale a orao correta.a) Necessita-se de novos elementos para as cadeiras de Qu-

    mica e Fsica.b) Deve existir modos de aproveitar essa energia.c) Mais de um navio sairo do porto, hoje tarde.d) Ho de haver vagas.e) Quinze anos so muito pouco para quem quer ir a uma

    boate.

    3. (MACKENZIE) Indique a alternativa que apresentaerrode concordncia.a) Certas falhas s se verificaram mais tarde.b) A maioria dos homens egosta.c) Assistiram solenidade a maior parte dos professores.

    d) Aqui sempre se pedem referncias dos candidatos.e) Props-se vrias solues para o caso.

    4. Assinale a alternativa errada.a) Qual de vs escolheu este filme?b) Na verdade, somos ns que venceu a competio.c) Grande quantidade de armamentos foram mandados para a

    Coreia do Norte.d) Eles lem o nosso jornal, diariamente.e) Fostes vs que mandastes o livro para Maria.

    5. (FUND. CARLOS CHAGAS) Indique a alternativa quepreenche corretamente as lacunas.

    No ___________ eu que ________ ao desamparo um paiidoso, a quem a velhice ou a doena ______________ dosustento prprio.

    a) foi deixou privaram b) fui deixei privouc) fui deixou privou d) foi deixei privoue) foi deixei privaram

    6. Indique a alternativa que preenche corretamente as lacunas._________________________ cuidadosamente os clculos:___________________________ ainda de novos emprstimos,

    pois cem mil reais ___________ para obra to vasta.a) Fizeram-se necessitavam-se poucob) Fizeram-se necessitavam-se so poucosc) Fez-se necessitavam-se so poucod) Fez-se necessitava-se so poucoe) Fizeram-se necessitava-se pouco

    7. (AMAN) H apenas uma opo, na qual ambas as frasesesto corretas quanto concordncia verbal:a) Nem a splica, nem o suborno dobrou o juiz.

    Nem a splica, nem o suborno dobraram o juiz.

    b) Os estudantes de nvel inferior a meta do governo.Os estudantes de nvel inferior so a meta do governo.

    c) Trs quilmetros suficiente para a experincia.Trs quilmetros so suficiente para a experincia.

    d) O vencedor da prova seria tu.O vencedor da prova serias tu.

    e) Dinheiro, festas, mulheres, nada o afastava do caminho dodever.Dinheiro, festas, mulheres, nada o afastavam do caminhodo dever.

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    8. (FUVEST) Um grupo de estudantes invadiram o passeio.Neste perodo,a) h um erro de concordncia: o sujeito coletivo exige invaria-

    velmente o verbo no singular.b) o verbo deveria estar no singular, uma vez que o coletivo

    vem precedido do numeral um.c) a concordncia correta uma vez que o coletivo vem

    seguido de adjunto no plural, possibilitando o uso do verbo

    seja no singular, seja no plural.d) h dois erros de concordncia.

    9. (UFF) Assinale a frase que encerra um erro de concor-dncia verbal:a) A maior parte dos alunos no compareceu ao colgio.b) Nem Paulo nem Maria os viram passar l por casa.c) Um dos trabalhadores que mais reclamou o pagamento foi

    o teu amigo.

    d) No deve haver motivos de descontentamento.

    e) Quando deixar de existir no mundo tantas incompreensese maldades?

    10. (MACKENZIE) Assinale a incorreta.a) Dois cruzeiros pouco para esse fim.

    b) Nem tudo so sempre tristezas.

    c) Quem fez isso foram vocs.d) Era muito rdua a tarefa que os mantinham juntos.e) Quais de vs ainda tendes pacincia?

    11. (UFU) Assinale o nico item em que a lacuna pode serpreenchida por qualquer das duas formas verbais indicadas nosparnteses.a) S se ____________________________ gemido e oraes.

    (ouvia ouviam)b) Uma tarde, _______________________ agora doze anos,

    estava eu passeando... (faz fazem)c) Leis como essa declarou ele no ________________

    existir. (poder podero)d) ____________________ boatos na Assembleia Legislativa.

    (correu correram)

    e) Mais de uma razo _______________ haver para que eleassim agisse. (deveria deveriam).

    Mdulo 26 Concordncia Verbal III

    1. (MACKENZIE) Assinale a incorreta.a) Dois cruzeiros pouco para esse fim.b) Nem tudo so sempre tristezas.c) Quem fez isso foram vocs.d) Era muito rdua a tarefa que os mantinham juntos.e) Quais de vs ainda tendes pacincia?

    2. (FUVEST) Das duas oraes: Tudo flores e Tudo soflores,a) a primeira est errada, e a segunda certa.b) a primeira est certa, e a segunda errada.c) ambas esto certas.d) ambas esto erradas.e) no sei.

    3. Assinalar as frases corretas.a) Tudo eram memrias de alegriab) O Brasil, senhores, sois vs!c) Sete anos era muito. No pude esperar.d) A cama so umas palhas.e) Hoje so quinze de outubro.

    4. Assinalar as frases corretas.a) Isso so ossos do ofcio.b) Hoje so 5 de janeiro.c) vinte e duas horas.d) Joana so as alegrias do pai.e) Joana as alegrias do pai.f) Um e outro roubam o errio.

    5. (AMAN) H apenas uma opo, na qual ambas as frasesesto corretas quanto concordncia verbal:a) Nem a splica, nem o suborno dobrou o juiz.

    Nem a splica, nem o suborno dobraram o juiz.b) Os estudantes de nvel inferior a meta do governo.

    Os estudantes de nvel inferior so a meta do governo.c) Trs quilmetros suficiente para a experincia.

    Trs quilmetros so suficiente para a experincia.

    d) O vencedor da prova seria tu.O vencedor da prova serias tu.

    e) Dinheiro, festas, mulheres, nada o afastava do caminho dodever.Dinheiro, festas, mulheres, nada o afastavam do caminho dodever.

    6. (UFU) Marque a alternativa em que a concordncia verbalesteja errada.a) Sois vs quem pagar a conta.b) Tu e eu iremos amanh faculdade.

    c) Quinhentos cruzeiros pouco.d) Fui eu que te emprestou esse livro.e) Cada um deles trazia sua contribuio.

    7. (ABC) Assinale a alternativa em que a concordncia estincorreta, segundo o uso clssico da lngua portuguesa.

    a) Mais de um jornal publicou a notcia.b) Ele e tu iro ao teatro.c) Sou eu quem paga.d) No fui eu a que chegou primeiro.e) Cada um dos jogadores daquele quadro j ganhou um prmio.

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    Mdulo 27 Regncia Nominal e Verbal

    1. Que frase apresenta erro na regncia nominal?a) Ningum est imune a influncias.b) Ela est apta para dirigir.c) Tinha muita considerao por seus pais.d) Ele revela muita inclinao com as artes.e) Era suspeito de ter assaltado a loja.

    2. Indique onde h erro de regncia nominal.a) Ele muito apegado em bens materiais.b) Estamos fartos de tantas promessas.c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.e) A confiana dos soldados no chefe era inabalvel.

    3. (CESGRANRIO) Assinale a nica opo gramaticalmen-te correta.a) Os caminhos porque passamos eram sombrios.

    b) Assististe ao espetculo? Assisti-lhe.c) Volte, que o pas lhe est ordenando.d) Refiro-me opinio dele e no a dela.e) Eis os pases que fizemos restries.

    4. (CFET-PARAN) Observe o emprego do verbo assistirquanto a sua regncia e assinale a alternativa que infringe anorma culta da regncia dos verbos das oraes a seguir.a) O mdico assiste o paciente em sua recuperao.b) A equipe mdica assiste ao paciente em sua convalescncia.c) Quem h de resistir a todo encanto que existe e assiste em

    Ana Lusa.d) Infelizmente, ele nunca assiste este tipo de exposio.e) Muitssimos ainda no assistiram a uma assembleia geral

    de condminos.

    5. (U.SO JUDAS) No h erro de regncia em:a) Embora voc prefira esta obra literria quela, eu lhe obe-

    decerei.b) Quando chegamos em casa, assistimos um bom filme.c) A democracia que todos aspiram visa o bem do povo.

    d) Ontem fui ao cinema assistir aquele filme sobre o qual vocsfalaram.e) A nova lei salarial, embora poucos a obedeam, deveria

    visar o bem da comunidade.

    6. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunasno perodo abaixo.

    Os ideais ______ aspiramos so muitos, mas os recursos_______ dispomos no so muitos.

    a) que dos quais

    b) aos quais com quec) a que qued) que quee) a que de que

    7. (UnB) Em todas as opes a regncia verbal est correta,exceto em:a) Prefiro ficar aqui do que sair com voc.

    b) Eles aspiravam o ar puro das montanhas.c) Estas calas novas lhe servem com perfeio.d) Ns todos queremos bem aos nossos pais.

    8. (FS.CASA) Assinale a alternativa correta quanto regncia.a) Fomos ao cinema e assistimos um filme.b) Prefiro mais trabalhar do que estudar.c) Iremos para o Rio de Janeiro nas prximas frias.d) Ele est curioso em saber a resposta.e) Ele aspira a um cargo de chefia.

    Mdulo 28 Regncia Verbal II

    1. (UNAERP) Assinale a opo que completa correta erespectivamente as lacunas do enunciado abaixo.Perdi meu pai e o senhor ______________ muito amava. Como_______ queria bem! Preferia sua companhia ____________de qualquer outra pessoa.

    a) a quem o que a.b) quem lhe do que a.c) que o a.d) a quem o do que a.e) a quem lhe .

    2. (CESGRANRIO) Indique a regncia que est de acor-do com a norma culta.a) Visei a um passaporte e fui viajar.b) Aspirei ao perfume e achei-o delicioso.c) Perdoo aos teus erros, pois acho-os bem humanos.d) Ensino a voc as regras do bem-viver.

    e) Eu Ihe vi e voc no me viu.

    3. (FUVEST) Assinale a alternativa que preencha correta-mente os espaos.

    Posso informar ___________ senhores _________ ningum,na reunio, ousou aludir _________ to delicado assunto.a) aos de que ob) aos de que aoc) aos que d) os que

    e) os de que a

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    4. (UEMG) Em todas as alternativas, a regncia dos verbose nomes est correta, exceto:a) Os estrangeiros assistem incrdulos as cenas relacionadas aviolncia no Brasil.b) Michael Kepp informou a me sobre as condies de vidade um cidado brasileiro.c) As reportagens sensacionalistas visam a uma propagandanegativa de nosso pas.

    d) O povo brasileiro aspira liberdade e justia sociais.

    5. Assinale a alternativa incorreta:a) Sempre preferiu o apoio do povo ao dos polticos.b) A menina informou aos pais de que dormiria na casa daamiga.c) A menina informou-lhes que dormiria na casa da amiga.d) A menina informou-os de que dormiria na casa da amiga.e) A mulheres fteis preferia as que lutavam por causas nobres.

    Mdulo 29 Regncia Verbal III

    1. (CEFET-PARAN) Assinale a alternativa que completacorretamente as lacunas.I. Poltico inescrupuloso, esqueceu ______ seus compromis-sos de campanha.II. Lembramo-nos sempre ______ seus sbios ensinamentos.III. Os prisioneiros se esqueceram ______ tudo e partiramrumo esperana.IV. Ele esqueceu, para evitar sofrimentos, ______ tudo o quepassara.

    De acordo com a regncia verbal, a preposiode aparecea) em todos os perodos.b) nos perodos II e III.c) nos perodos III e IV.d) nos perodos I e IV.e) apenas no perodo IV.

    2. (MACKENZIE) Indique a alternativa correta quanto regncia verbal.a) Esqueceu do nome dele.b) Esta a cidade que mais gosto.c) Boa era a anedota que se lembrou.d) No pagues o homem justo com a injustia.e) A comisso chega a Londres tarde.

    3. (MACKENZIE) Uma das frases abaixo apresenta errona regncia verbal. Indique-a.a) Hoje eu quero a rosa mais linda que houver.b) Empresrios preferem escala mvel a reajuste trimestral desalrios.c) Ele no costuma pagar pontualmente as contas.d) Custa-nos estudar tanto!

    e) Informaram a todos do sequestro da menininha.

    4. (FEBASP) Assinale a alternativa que completa correta-mente a seguinte frase:

    A cidade ___________ me referi a mesma _______________centro foi armado um grande circo.a) que cujob) a que em cujoc) qual cujo o

    d) de que de cujo

    5. Aponte a alternativa errada.a) O pastor resolveu perdoar certos fiis fervorosos.b) Lembro-me de voc sempre que passo pela feira de objetosantigos.c) Pouca gente sabia que eu preferia a lngua francesa inglesa.d) Lembro-me de meu filho perguntando-me os nomes dasrvores do jardim.e) Todos querem um elogio quando mais acertam do que

    erram.

    6. (FATEC-SP) A regncia verbal est conforme gramticanormativa na alternativa:a) Quero-lhe muito bem e vou assistir a seu casamento.b) Logo que lhe encontrar, aviso-lhe do ocorrido.c) Juliano desobedecia seus pais, mas obedecia ao professor.d) Joo namora com Maria mas prefere mais seus amigos debar do que ela.e) Ele esqueceu do compromisso e no pagou ao mdico.

    7. (UNIMEP-SP) Quando implicar tem sentido de acar-retar, produzir como consequncia, constri-se a orao comobjeto direto, como se v em:a) Quando era pequeno, todos sempre implicavam comigo.b) Muitas patroas costumam implicar com as empregadasdomsticas.c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro.d) O banqueiro implicou-se em negcios escusos.e) Um novo congelamento de salrios implicar uma reaodos trabalhadores.

    8. (PUCSP) Assinale a alternativa que preencha, pela ordem,corretamente, as lacunas abaixo:

    1. O verso _______ se refere o poeta mais belo, mais variadoe mais imprevisto.

    2. O verso ________ trata o poeta mais belo, mais variado emais iprevisto.

    3. O verso ________ o poeta monta seu poema mais belo,mais variado e mais imprevisto.

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    4. O verso ________ o poeta constri mais belo, maisvariado e mais imprevisto.a) em que a que que de queb) com que que com que de quec) a que de que com que qued) a que de que que de quee) que de que com que que

    9. (CEFET-PARAN) Assinale a alternativa que completacorretamente as lacunas.I. Informei ______ de que as provas seriam em julho.II. Deixai-me! J disse no haver nada entre ______ e ele.III. Saram ______ todos, pois a festa j comeara.IV. difcil, para ______, agir dessa forma.V. Preste ateno a tudo ______ que j lhe foi comunicado.a) o eu com ns mim issob) Ihe mim conosco eu issoc) Ihe eu com ns mim istod) o mim com ns mim isso

    e) o eu conosco eu isto

    10. (ITA) Assinale a alternativa que completa corretamenteas lacunas.O repouso uma das grandes armas ________________________________ se utiliza a medicina; ____________________,ele traz, embutidas __________________, mltiplas respostasnocivas.a) curativas das quais por isso nele mesmob) contraditrias de que todavia por si prpriasc) teraputicas de que entretanto em si prprio

    d) tradicionais do qual por conseguinte em si prpriase) benficas com que no obstante por si mesmas

    11. (UNIV. DE UBERABA) Preencha as lacunas com ospronomes pessoais adequados, de acordo com a norma culta, e,em seguida, assinale a alternativa que contm a sequnciacorreta.1) Procure seus pais, to logo puder, e conte ___ a novidade.2) Antes que aquele homem estranho insistisse em ficar,mandei ___ sair.

    3) O soldado esbravejava indignado, no gabinete do comando,mas o capito garantiu ___ que tudo no passava de um mal-entendido.4) Estamos todos tensos, pois a circunstncia pe ___ emdificuldades.5) Quando tiver oportunidade de falar com seu primo, agradea___ o favor que nos prestou.

    a) os lhe o lhe ob) os o lhe lhe lhec) lhes lhe o nos o

    d) lhes o lhe nos lhe

    12. (METODISTA) Assinale a alternativa correta de acordocom a norma culta.a) O controle de natalidade, que o governo faz referncia, noano passado, no deu em nada.b) Chegou, minha aldeia, o grupo de teatro cujos os artistasso excelentes.c) Venceram aqueles atletas em cujo potencial acreditvamos.d) Aquela moa escolheu o tipo de roupa de que mais lhe

    agradava.e) A norma padro, de cujo emprego poucos se utilizam, umaforma a que a sociedade dispe para excluir muitos.

    13. (UNAERP) Observe o slogan da campanha publicitriade uma grande fbrica de automveis.

    Volkswagen, a marca que voc confia.

    Gramaticalmente, h um erro na frase acima. Ocorre um erro

    semelhante ema) Era Marlia, a quem ele havia confiado seu terrvel segredo.b) Aceite o desafio, para mostrar que voc sabe.c) Nunca faa a outrem o que no queres que te faam.d) Conhea bem o candidato que voc vai votar.e) O carro que voc tanto desejava est aqui.

    14. (PUC-SP) Os depoimentos ______ teve acessocomprovaram que a Repblica no cumpriu, nesses cem anos,as promessas _______ foi portadora.a) a que de que

    b) aos quais de cujasc) pelos quais s quaisd) os quais das quaise) que que

    Mdulo 30 Colocao Pronominal

    1. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunasda frase inicial.

    Joo Teodoro entrou a incubar a ideia de tambm ________________________, mas para isso necessitava de um fato qualquer

    que _________________________ de maneira absoluta de que

    Itaoca no tinha mesmo conserto ou arranjo possvel. (Mon-

    teiro Lobato)

    a) mudar-se o convencesseb) se mudar convencesse-lhec) mudar-se convencesse-od) se mudar o convencessee) se mudar convencesse-o

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    2. (FAAP) Assinale a alternativa em que a colocao prono-minal desobedece ao que preceitua a gramtica.a) H muitas estrelas que nos atraem a ateno.b) Jamais dar-te-ia tantas explicaes, se no fosses pessoa detanto merecimento.c) A este compete, em se tratando de corpo da Ptria, revigor-lo com o sangue do trabalho.d) No o realizaria, entretanto, se a rvore no se mantivesse

    verde sob a neve.e) Nenhuma das anteriores.

    3. (FAC. DE AGRON. e ZOOTEC. DE UBERABA) ... que o miraram de soslaio.

    O pronome oblquo est em posio procltica.Assinale a alternativa onde a colocao do pronome estejaincorreta:a) Por que vos lembrastes to tarde?b) Se pudssemos, te ajudaramos de bom grado.

    c) Ali se vendem automveis.d) No lhe fiz promessas mirabolantes.e) Poder-se- resolver o caso agora?

    Nos testes 4 e 5, assinale a alternativaerrada.

    4.a) Aquele era o teatro em que havia-se levado uma grandepea.b) Aquele era o teatro em que se havia levado uma grandepea.

    c) Nunca a tnhamos visto to triste.d) Tinha-lhe dito que tudo se resolvera satisfatoriamente.e) Quando cheguei, todos j se haviam retirado.

    5.a) No lhe devo falar a verdade, para no feri-la.b) No devo-lhe falar a verdade, para no a ferir.c) No devo falar-lhe a verdade, para no feri-la.d) No a encontrando em casa, ps-se a pensar no pior.e) Tendo-nos ajudado naquele triste momento, mostramos-lhenossa gratido.

    6. Em que alternativa o pronome tono est corretamenteempregado?a) Paulo se tinha sentado a meu lado.b) Paulo tinha sentado-se a meu lado.c) Paulo tinha-se sentado a meu lado.d) Os rapazes se iam retirando um a um.e) Ela a aluna que mais tem destacado-se.

    7. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal quecontra-ria a norma culta.a) Ter-me-o elogiado.

    b) Tinha-me lembrado.c) Teria-me lembrado.d) Temo-nos esquecido.e) Tenho-me alegrado.

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    Mdulo 49 Jorge de Lima, Murilo

    Mendes e Ceclia MeirelesTexto para os testes 1 e 2.

    BOTAFOGO

    Desfilam algas sereias peixes e galerasE legies de homens desde a pr-histriaDiante do Po de Acar impassvel.Um aeroplano bica a pedra amorosamenteA filha do portugus debruou-se janelaOs anncios luminosos leem seu bustoA enseada encerrou-se num arranha-cu.

    (Murilo Mendes)

    1. (UFV-MG MODELO ENEM)Assinale a alternativa correta.a) Trata-se de um poema futurista, pois celebra a velocidade e

    a energia mecnica.b) Por liberar imagens do inconsciente, livres da lgica,

    Botafogo pode ser classificado como poema surrealista.c) O estilo metafrico de nomeao fugidia e imediata da rea-

    lidade torna o poema representativo da proposta Pau-Brasil.d) um poema irreverente e provocador, inspirado no Dadasmo.e) um poema cubista, porque explora as formas geomtricas

    e os diversos ngulos dos objetos descritos.

    Resoluo:O poema de Murilo Mendes descreve a paisagem urbana do Rio deJaneiro por meio da justaposio aleatria (ou ilgica) e inusitadade elementos; revela, portanto, influncia do Surrealismo.Resposta: B

    2. (MODELO ENEM) No verso Um aeroplano bica apedra amorosamente, ha) onomatopeia. b) sinestesia.c) personificao. d) oxmoro.e) anttese.Resoluo:

    Em Um aeroplano bica a pedra amorosamente, h proso-popeia (personificao), pois se atribui qualidade de seranimado a ser inanimado.Resposta: C

    Texto para os testes 3 e 4.

    O ACENDEDOR DE LAMPIES

    L vem o acendedor de lampies da rua!Este mesmo que vem infatigavelmente.Parodiar o sol e associar-se lua.

    Quando a sombra da noite enegrece o poente!

    Um, dois, trs lampies, acende e continuaOutros mais a acender imperturbavelmente,

    medida que a noite aos poucos se acentuaE a palidez da lua apenas se pressente.

    Triste ironia atroz que o senso humano irrita: Ele que doira a noite e ilumina a cidade.Talvez no tenha luz na choupana em que habita.

    Tanta gente tambm nos outros insinuaCrenas, religies, amor, felicidade,Como este acendedor de lampies da rua!

    (Jorge de Lima)

    3. (MODELO ENEM) Assinale a alternativa que resume osentido bsico do texto.a) O acendedor de lampies, na verdade, no consegue imitar

    o sol nem a lua.b) H pessoas que carecem dos bens que fornecem aos outros.c) No h quem seja capaz de fazer para si aquilo que faz para

    os outros.d) As pessoas religiosas so hipcritas.e) Nem sempre quem pretende fazer bem aos outros consegue

    realizar seu desejo.Resoluo:O sentido geral do poema fica bastante claro nos versos Eleque doira a noite e ilumina a cidade / Talvez no tenha luz nachoupana em que habita / Tanta gente tambm nos outrosinsinua // Crenas, religies, amor, felicidade, / Como esteacendedor de lampies da rua!Resposta: B

    4. (MODELO ENEM) A contradio a partir da qual sedesenvolve o tema do texto consiste ema) o acendedor pretender doutrinar as pessoas sua volta.

    b) o acendedor querer escurecer a lua para que ela no seapresente plida.c) o acendedor talvez no ter iluminao em sua prpria

    habitao.d) o acendedor desejar iluminar sua prpria casa, mas no saber

    como faz-lo.e) o acendedor no cumprir seu trabalho, porque vive fatigado.Resoluo:A contradio do poema reside na ideia de que o acendedor delampies, aquele que garante iluminao aos demais, pode noter iluminao em sua prpria casa.Resposta: C

    LITERATURAFRENTE 2

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    5. (MODELO ENEM) Leia o fragmento do poema Ou Istoou Aquilo, de Ceclia Meireles.

    Ou se tem chuva e no se tem sol!Ou se tem sol e no se tem chuva!Ou se cala a luva e no se pe o anel,Ou se pe o anel e no se cala a luva!

    A conjuno e estabelece entre as oraes uma relao de

    a) alternncia. b) concluso. c) excluso.d) adio. e) oposio.ResoluoA conjuno e estabelece relao de oposio, pois equivale amas, no entanto,porm etc.Resposta: E

    Texto para o teste 6.

    ANOITECER

    Ao longe do bazar brilham pequenas luzes.A roda do ltimo carro faz a sua ltima volta.Os bfalos entram pela sombra da noite,onde se dispersam.

    As crianas fecham os olhos sedosos.As cabanas so como pessoas muito antigas,sentadas, pensando.

    Uma pequena msica toca no fim do mundo.

    Uma pequena lua desenha-se no alto cu.

    Uma pequena brisa clidaflutua sobre a rvore da aldeiacomo o sonho de um pssaro.

    Oh, eu queria ficar aqui,pequenina.

    (Ceclia Meireles)

    6. (MODELO ENEM) Na caracterizao do cenrioapresentado nos versos, predomina

    a) descrio objetiva com excesso de adjetivos.b) descrio subjetiva com nfase nas impresses visuais.c) descrio objetiva marcada pelo emprego de figuras de

    linguagem.d) descrio subjetiva com emprego de frases nominais.e) argumentao a favor do ambiente rural.ResoluoOs versos descrevem uma cena de um anoitecer, e essa descri-o carregada de subjetivismo, de imagens sugestivas resul-tantes da expresso da percepo que o eu lrico tem daquiloque descreve.

    Resposta: B

    Mdulo 50 Vincius de Moraes

    Texto para o teste 7.

    E o olhar estaria ansioso esperandoe a cabea ao sabor da mgoa balanandoe o corao fugindo e o corao voltandoe os minutos passando e os minutos passando...

    (Vincius de Moraes, O Olhar para trs)

    7. (FATEC-SP MODELO ENEM) A figura de linguagemque predomina nestes versos a) a metfora, expressa pela analogia entre o ato de esperar e o

    ato de balanar.b) a sinestesia, manifestada pela referncia interao dos

    sentidos: viso e corao no momento de espera.c) o polissndeto, caracterizado pela repetio da conjuno

    coordenativa aditiva e, para conotar a intensidade da crescen-te sensao de ansiedades contraditrias do ato de esperar.

    d) o pleonasmo, marcado pela repetio desnecessria da con-

    juno coordenativa sindtica aditivae.e) o paradoxo, expresso pela contradio das aes manifes-

    tadas pelos verbos no gerndio.Resoluo:Nestes versos de Vincius de Moraes, h polissndeto, queconsiste na repetio da conjunoe (E o olhar..., e a cabea...,e o corao..., e os minutos passando e os minutos passando...).Resposta: C

    Texto para o teste 8.

    Voc, que s faz usufruire tem mulher pra usar ou pra exibir,voc vai ver um diaem que toca voc foi bulir.A mulher foi feitapro amor e pro perdo.Cai nessa, no.Cai nessa, no.

    (Vincius de Moraes e Toquinho)

    8. (MACKENZIE-SP MODELO ENEM) Assinale aalternativa correta, de acordo com o trecho dado.

    a) O homem no se deve iludir, porque a mulher traioeira.b) O importante, na relao amorosa, so as aparncias.c) Usufruir, no texto, significa esbanjar dinheiro.d) A mulher superior ao homem, porque ama e perdoa.e) No se deve crer que a mulher sabe apenas amar e perdoar.Resoluo:Na composio de Vincius de Moraes e Toquinho, h umaadvertncia aos homens que veem a mulher como objeto sexual,bem como queles que ainda veem a mulher como ser submissoe resignado, como uma Amlia (Amlia a mulher submissapor excelncia, cantada numa composio de Mrio Lago),mulher disposta a aceitar e perdoar tudo e qualquer coisa.

    Resposta: E

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    Mdulo 51 Regionalismo

    Texto para o teste 9.

    Quando, seu moo,Nasceu meu rebento,No era o momentoDele rebentar.J foi nascendo

    Com cara de fome,E eu no tinha nem nomePra lhe dar.

    (Chico Buarque, Meu Guri)

    9. (MODELO ENEM) Podemos relacionar a letra de ChicoBuarque a uma das temticas do romanceCapites da Areia, deJorge Amado. Assinale a alternativa que comprova essa relao.a) A temtica social do menor abandonado ocupa toda a nar-

    rativa, que chega at a apresentar propostas para programasde controle de natalidade entre adolescentes carentes.

    b) Por meio da personagem Dora, desenvolve-se toda a relaomaternal e afetiva dos menores abandonados, principalmentePedro Bala, que v Dora como irm e me.

    c) A maioria das personagens do romance no tm nome, sotratadas por apelidos, o que reala a sua condio de seresesquivos e marginais, socialmente inferiorizados.

    d) O problema do menor abandonado apenas o pano de fundodo romance, que trata, principalmente, das relaes dosmarginais com os coronis da Bahia.

    e) Os menores abandonados so manipulados pelos chefes dogrupo, que os obrigam vida marginal que levam, em trocade comida e moradia.

    ResoluoNa letra de Chico Buarque, o eu lrico refere-se falta de nomepara a criana nascida; esse mesmo fenmeno se observa emCapites da Areia, visto que os meninos so nomeados por meiode apelidos que lhes caracterizam fsica ou psicologicamente,como Sem-Pernas, Professor, Gato etc., e no por meio denomes prprios convencionais.Resposta: C

    10. O chamado ciclo nordestino da moderna fico brasileiracompreende obras inspiradas em motivos sociais, entre os quaiso flagelo nordestino, como se v em Vidas Secas (1938), deGraciliano Ramos, e o problema do menor abandonado, emCapites da Areia (1937), de Jorge Amado. Comparando-se asduas obras mencionadas, possvel identificar todos osseguintes aspectos em comum,exceto:a) Relativa independncia dos captulos, como se fossem contos

    ou quadros reunidos para compor uma obra maior.b) Linguagem adequada ao universo das personagens: a

    comunicao rida e precria emVidas Secas e o linguajarmalandro e coloquial em Capites da Areia.

    c) Foco narrativo de terceira pessoa; h momentos, porm, queo narrador permite que os pensamentos das personagens serevelem.

    d) Antagonismo entre as personagens e o meio social, cuja

    expresso se v na angstia interiorizada de Fabiano e naagressividade dos Capites da Areia.

    e) Fatalismo no desfecho dos destinos das personagens:transcorrida a histria, elas no conseguem mudar suacondio social e existencial.

    ResoluoEm Capites da Areia, diferentemente de Vidas Secas, algumaspersonagens conseguem mudar (e melhorar) suas vidas: PedroBala transforma-se em militante proletrio e passa a lutar

    contra as opresses sofridas pelos trabalhadores; Professorestudar pintura no Rio e vir a ser um grande artista; Pirulitotorna-se frade; Joo Grande torna-se marinheiro e embarca numnavio etc.Resposta: E

    Mdulo 52 Jos Lins do Rego

    Texto para o teste 11.

    S em torno de 30, e depois, o Brasil histrico e concreto,isto , contraditrio e j no mais mtico, seria o objeto

    preferencial de um romance neorrealista e de uma literaturaabertamente poltica. Mas ao longo dos anos propriamentemodernistas, o Brasil uma lenda sempre se fazendo.

    (Alfredo Bosi, Cu e Inferno)

    11. (FUVEST-SP MODELO ENEM) Aceitando-se o queafirma o texto, poder-se-ia coerentemente complement-lo como seguinte perodo:a) Lendrio o coronel do cacau de Jorge Amado, tanto ou

    mais que o senhor de engenho de Jos Lins do Rego.b) assim que se deve reconhecer o modo pelo qual se opem

    as narrativas de Graciliano Ramos e as de Clarice Lispector.

    c) Em sua obra-prima ficcional, Macunama, Mrio deAndrade veio a recusar esse pas mtico-lendrio, abrindoaquela vertente neorrealista.

    d) Se na fase modernista mais impetuosa a personagemMacunama deu o tom, na subsequente deu-o o nordestinode Graciliano Ramos e de Jos Lins do Rego.

    e) Veja-se, como ilustrao dessa passagem, que a sagaregionalista de um rico Verssimo deu lugar ao universa-lismo da fico de Clarice Lispector.

    ResoluoO fragmento transcrito de Alfredo Bosi contempla a passagemdo primeiro Modernismo irreverente, iconoclasta, primiti-

    vista e nacionalista para o segundo Modernismo, voltadopara as tenses sociais e polticas dos anos de 1930. Fazendoaluso ao antropofgicoMacunama e ao neorrealismo regio-nalista de Graciliano Ramos e de Jos Lins do Rego, refere-seexatamente passagem do projeto esttico-nacionalista dosanos de 1920 para a literatura crtica e engajada da Era Vargas.Resposta: D

    12. (MACKENZIE-SP MODELO ENEM)Ela estava s,completamente s. Lula deitara-se para dormir. Comeou a termedo.

    (Jos Lins do Rego)

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    15. (ENEM) Esta histria, com narrador onisciente, apresentaos acontecimentos da perspectiva de Miguilim. O fato de oponto de vista do narrador ter Miguilim como referncia,inclusive espacial, fica explicitado em:a) O homem trouxe o cavalo c bem junto.b) Ele era de culos, corado, alto (...)c) O homem esbarrava o avano do cavalo (...)d) Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo

    para ele (...)

    e) Estava Me, estava tio Terz, estavam todos.Resoluo:A referncia da locuo adverbial c bem junto ao espaoprximo de Miguilim. O texto apresenta narrador onisciente,que tem acesso ao mundo privado de Miguilim (Miguilimqueria ver se o homem estava mesmo sorrindo para ele, por isso que o encarava.).Resposta: A

    Texto para o teste 16.

    (...) Escuta, Miguilim, uma coisa voc me perdoa? Eu

    tive inveja de voc, porque o Papaco-o-Paco fala Miguilimme d um beijim... e no aprendeu a falar meu nome... ODito estava com jeito: as pernas duras, dobradas nos joelhos,a cabea dura na nuca, s para cima ele olhava. O pior eraque o corte do p ainda estava doente, mesmo pondocataplasma doa muito demorado. Mas o papagaio tinha deaprender a falar o nome do Dito! Rosa, Rosa, voc ensinaPapaco-o-Paco a chamar alto o nome do Dito? Eu jpelejei, Miguilim, porque o Dito mesmo me pediu. Mas ele noquer falar, no fala nenhum, tem certos nomes assim elesteimam de no entender...

    (Guimares Rosa)

    16. (FUVEST-SP MODELO ENEM) De acordo com otexto,a) a Rosa pelejou para ensinar o papagaio a falar o nome dela.b) o papagaio no conseguia falar nome algum porque estava

    doente.c) o Dito tinha jeito para ensinar o papagaio a falar.d) a Rosa tinha inveja do Miguilim porque o papagaio falava

    o nome dele.e) o Dito e o Miguilim pediram Rosa que ensinasse o papa-

    gaio a falar o nome do Dito.ResoluoA resposta a este teste pode ser comprovada na passagem em

    que falam Miguilim e Rosa, respectivamente: Rosa, Rosa,voc ensina Papaco-o-Paco a chamar alto o nome do Dito? e Eu j pelejei, Miguilim, porque o Dito mesmo me pediu.Resposta: E

    17. (PUC-SP corrigido MODELO ENEM) Assinale, en-tre os trechos abaixo, todos extrados do conto So Marcos,aquele que contm uma gradao.a) E as flores rubras, em cachos extremos vermelhssimas,

    ofuscantes, queimando os olhos, escaldantes de vermelhas,cor de guelras de trara, de sangue de ave, de boca ebton.

    b) E, nas ilhas, pennsulas, istmos e cabos, multicrescem

    taboqueiras, tabuas, taquaris, taquaras, taquaribas, taquara-tingas e taquarassus.

    c) ...passo de entrada com o p esquerdo; ave do pescoopelado; risada renga de suindara; cachorro, bode e galo,pretos...

    d) Vou. P por p, p por si... Pporp, pporsi... Pepp or pepp,epp or see Ppe orppe, heppe Orcy

    e) Debaixo do angelim verde, de vagens verdes, um boibranco, de cauda branca. E, ao longe, nas prateleiras dos

    morros cavalgavam-se trs qualidades de azul.Resoluo:H gradao na alternativa a, na enumerao em clmax dasintensidades de vermelho e do seu efeito nos olhos.Resposta: A

    Textos para o teste 18.

    Texto 1

    Em Guimares Rosa, a tendncia regionalista acaba as-sumindo a caracterstica de experincia esttica universal,compreendendo a fuso entre o real e o mgico, de forma aradicalizar os processos mentais e verbais inerentes ao contextofornecedor de matria-prima.

    Sua capacidade criadora, somada a seu domnio do portu-gus arcaico e contemporneo e a seus conhecimentos de muitasoutras lnguas, permitiu que ele funcionasse, juntamente comClarice Lispector, como um divisor de guas da fico brasi-leira. O autor, cuja obra marcada pela inveno de palavras(neologismos), era tambm profundo conhecedor da variedadelingustica regional, pois, em suas andanas pelo serto,registrava em caderninhos a maneira de falar do povo brasileiro.Esse falar utilizado em suas obras no como registro de super-fcie, mas como expresso verbal que se aproxima da metfora

    potica dos grandes escritores universais.

    Texto 2

    Leia a seguir o que disse Guimares Rosa sobre sua obra:

    Eu trazia sempre os ouvidos atentos, escutava tudo o quepodia e comecei a transformar em lenda o ambiente que merodeava, porque este, em sua essncia, era e continua sendouma lenda. Instintivamente, fiz ento o que era justo, o mesmoque mais tarde eu faria deliberada e conscientemente: disse amim mesmo que sobre o serto no se podia fazer literatura dotipo corrente, mas apenas escrever lendas, contos, confisses.

    No necessrio se aproximar da literatura incondicional-mente pelo lado intelectual. Isto vem por si s, com o tempo,quando o homem chega sua maturidade, quando tudo nele seamalgama em uma personalidade prpria.

    18. (MODELO ENEM) De acordo com o texto 1 e/ou como depoimento de Guimares Rosa, correto afirmar quea) o regionalismo desse escritor resulta do registro da fala

    sertaneja e, depois, de sua adaptao s exigncias literrias.b) a literatura de teor regionalista deve ser escrita por indiv-

    duos que no sejam intelectuais.c) a literatura no capaz de retratar o serto mineiro; apenas

    as lendas, contos e confisses o fazem adequadamente.

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    d) as narrativas do autor resultam de um entranhamento doelemento regional, sertanejo, com o trabalho mitopotico.

    e) falar de uma realidade falar tambm dos aspectos mgicose mticos que nos circundam.

    Resoluo:A alternativa d sintetiza adequadamente o texto inicial e o depoi-mento de Guimares Rosa. As alternativasa, b e c distorcem oque declaram os textos, pois no se afirma que a fala sertaneja adaptada s exigncias literrias (alternativaa); Guimares

    Rosa declara que no necessrio se aproximar da literaturaincondicionalmente pelo lado intelectual, mas no diz que osintelectuais no devam escrever literatura regional (alternativab), pois se assim fosse, ele mesmo, um intelectual, no poderiater escrito literatura de teor regionalista; as lendas, contos econfisses so literatura, o que invalida a alternativac. Por fim,a alternativa e apresenta uma ideia secundria em relao aocontedo dos textos em anlise.Resposta: D

    Mdulo 58 Clarice Lispector

    19. (PUCCamp-SP MODELO ENEM) Leia os seguintesexcertos de contos do livro Laos de Famlia, de ClariceLispector:

    Mas ningum poderia adivinhar o que ela pensava. E paraaqueles que junto da porta ainda a olharam uma vez, a aniver-sariante era apenas o que parecia ser: sentada cabeceira damesa imunda, com a mo fechada sobre a toalha comoencerrando um cetro, e com aquela mudez que era a sua ltimapalavra. (Feliz Aniversrio)

    Olhando os mveis limpos, seu corao se apertava umpouco em espanto. Mas na sua vida no havia lugar para quesentisse ternura pelo seu espanto ela o abafava com a mesma

    habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saaento para fazer compras ou levar objetos para consertar,cuidando do lar e da famlia revelia deles. (Amor)

    Em ambos os excertos, destaca-se um dos temas estruturantesdeLaos de Famlia, j que, nessa obra, a autoraa) explora o imaginrio feminino, cuja natureza idealizante

    liberta a mulher de qualquer preocupao existencial.b) denuncia o conformismo burgus da mulher, fazendo-nos

    ver que seus inteis devaneios a afastam da realidade.c) satiriza a hipocrisia dos laos familiares, propondo em lugar

    deles a harmonia de um mundo politicamente mais aberto e

    mais democrtico.d) desvela as tenses entre o universo ntimo e complexo damulher e as condies objetivas do cotidiano em que eladeve desempenhar seu papel.

    e) revela a solidez ntima da mulher, mais preparada para osucesso das relaes familiares do que o homem, obcecadopor valores materiais.

    ResoluoO tema que perpassa os dois fragmentos o do confronto,vivenciado pela figura feminina, entre o complexo mundosubjetivo e o mundo objetivo a vida cotidiana, os papis aserem desempenhados pela mulher em nossa sociedade.

    Resposta: D

    Texto para o teste 20.

    Bem, verdade que tambm eu no tenho piedade do meupersonagem principal, a nordestina: um relato que desejo frio.(...) No se trata apenas de narrativa, antes de tudo vidaprimria que respira, respira, respira. (...) Como a nordestina,h milhares de moas espalhadas por cortios, vagas de camanum quarto, atrs de balces trabalhando at a estafa. Nonotam sequer que so facilmente substituveis e que tanto

    existiriam como no existiriam.(Clarice Lispector)

    20. (UFV-MG) Em uma das alternativas a seguir, h umaspecto do livro de Clarice Lispector, A Hora da Estrela,presente no fragmento transcrito, que o aproxima do chamadoromance de 30, realizado por escritores como GracilianoRamos e Rachel de Queirs. Trata-se da(o):a) preocupao excessiva com o prprio ato de narrar.b) intimismo da narrativa, que ignora os problemas sociais de

    suas personagens.c) construo de personagens que tm sua condio humana

    degradada por culpa do meio e da opresso social.d) necessidade de provar que as aes humanas resultam do

    meio, da raa e do momento.e) busca de traos peculiares da Regio Nordeste.Resoluo: Resposta: C

    Mdulo 59 Joo Cabral de Melo Neto

    Texto para o teste 21.

    S os roados da morte

    compensam aqui cultivar,e cultiv-los fcil:simples questo de plantar;no se precisa de limpa,de adubar nem de regar;as estiagens e as pragasfazem-nos mais prosperar;e do lucro imediato;nem preciso esperarpela colheita: recebe-sena hora mesma de semear.

    (Joo Cabral de Melo Neto,Morte e Vida Severina)

    21. (FUVEST-SP MODELO ENEM) Nos versos trans-critos, a personagem da rezadora fala das vantagens de suaprofisso e de outras semelhantes. A sequncia de imagens nelespresente tem como pressuposto imediato a ideia dea) sepultamento dos mortos.b) dificuldade de plantio na seca.c) escassez de mo de obra no serto.d) necessidade de melhores contratos de trabalho.

    e) tcnicas agrcolas adequadas ao serto.

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    ResoluoJ nos dois primeiros versos, a rezadora afirma: S os roadosda morte / compensam aqui cultivar. Tudo o que se declara nosversos seguintes est associado ideia de morte e sepultamento.Resposta: A

    Texto para o teste 22.

    Decerto a gente daquijamais envelhece aos trintanem sabe da morte em vida,vida em morte, severina.

    (Joo Cabral de Melo Neto,Morte e Vida Severina)

    22. (FUVEST-SP MODELO ENEM) Neste excerto, apersonagem do retirante exprime uma concepo da morte evida severina, ideia central da obra, que aparece em seu prpriottulo. Tal como foi expressa no excerto, essa concepo snoencontra correspondncia em

    a) morre gente que nem vivia.b) meu prprio enterro eu seguia.c) o enterro espera na porta: / o morto ainda est com vida.d) vm seguindo seu prprio enterro.e) essa foi morte morrida ou foi matada?ResoluoNa alternativa e, no h referncia morte como algo associadoao destino dos retirantes, que morrem em vida.Resposta: E

    Mdulo 60 Concretismo

    23. (ITA-SP modificado MODELO ENEM) Decre-tando o fim do verso e abolindo (a)(o) ___________________,esses vanguardistas procuram elaborar novas formas de

    comunicao potica em que predomine o aspecto material dosigno, de acordo com as transformaes ocorridas na vidamoderna. Nesse sentido, (a)(o) __________________________explora basicamente (a)(o) ___________________, jogandocom formas, cores, decomposio e montagem das palavras etc.,criando estruturas que se relacionam visualmente.a) sintaxe tradicional concretismo significanteb) metrificao poesia-prxis significadoc) lirismo poema-processo concretod) versificao neoconcretismo sonoridadee) sintaxe poesia-prxis ritmoResoluoO texto apresentado no enunciado faz aluso Poesia Concreta,que comporta, entre outras, todas as caractersticas mencio-nadas, como a abolio da sintaxe tradicional e do verso, bemcomo a explorao do significante, dando-lhe, muitas vezes,novos ou, antes, inesperados significados.Resposta: A

    24. (UNITAU-SP MODELO ENEM) Segundo o poeta

    Mrio Chamie, o movimento potico que ope palavra-coisa,do concretismo, a palavra-energia, que no considera o poemacomo um objeto esttico e fechado e, sim, como um produto di-nmico passvel de transformao pela influncia ou manipula-o do leitor, a) o hermetismo. b) o dadasmo. c) o cubismo.d) a poesia-prxis. e) o simbolismo.ResoluoEntre as opes apresentadas, a nica que preenche adequada-mente a lacuna a alternativa d. As demais opes consistemem erros gritantes.

    Resposta: D

    Mdulo 49 Jorge de Lima, MuriloMendes e Ceclia Meireles

    Texto para as questes 1 e 2.

    CANO DO EXLIO

    Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabi;As aves, que aqui gorjeiam,No gorjeiam como l.

    Nosso cu tem mais estrelas,Nossas vrzeas tm mais flores,Nossos bosques tm mais vida,

    Nossa vida mais amores.

    Em cismar, sozinho, noite,Mais prazer encontro eu l;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabi.

    (...)

    (Gonalves Dias)

    CANO DO EXLIO

    Minha terra tem macieiras da Califrniaonde cantam gaturamos1 de Veneza.Os poetas da minha terraso pretos que vivem em torres de ametista2,os sargentos do exrcito so monistas3, cubistas,

    os filsofos so polacos4

    vendendo a prestaes.

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    A gente no pode dormircom os oradores e os pernilongos.Os sururus5 em famlia tm por testemunha a Gioconda.Eu morro sufocadoem terra estrangeira.(...)

    (Murilo Mendes)1 Gaturamo: tipo de pssaro.2 Ametista: pedra semipreciosa, de cor violeta.

    3 Monista: doutrina que afirma a existncia de uma nica espcie desubstncia para a matria ou o esprito.4 Polaco: polons.5 Sururu: briga.

    1. (MODELO ENEM) Pode-se dizer que Murilo Mendesa) parodiou a Cano do Exlio de Gonalves Dias.b) exaltou a flora tipicamente brasileira.c) plagiou Gonalves Dias, mas no conseguiu dar sentido ao

    texto.d) fez associaes bastante usuais em seu poema.e) fez um poema moderno, com o mesmo sentido do de

    Gonalves Dias.

    2. (MODELO ENEM) Qual elemento do texto de GonalvesDias que Murilo Mendes manteve na sua Cano do Exlio?a) O tom ufanista.b) O lirismo intenso.c) O pssaro do Brasil.d) O saudosimo.e) A oposio entre l, terra natal, e c, terra estrangeira.

    Texto para as questes 3 e 4.

    METADE PSSARO

    A mulher do fim do mundoD de comer s roseiras,D de beber s esttuas,D de sonhar aos poetas.

    A mulher do fim do mundoChama a luz com um assobio,Faz a virgem virar pedra,Cura a tempestade,

    Desvia o curso dos sonhos,Escreve cartas ao rio,Me puxa do sono eternoPara os seus braos que cantam.

    (Murilo Mendes, O Visionrio)

    3. O poema acima apresenta elementos tpicos de uma dasvanguardas que marcaram a renovao da arte nas primeirasdcadas do sculo XX. Identifique-a, justificando sua respostacom elementos do texto.

    4. Como se caracteriza a mulher citada no poema?

    Texto para o teste 5.

    Descendente de senhores de engenho, Jorge de Lima teve asua infncia e adolescncia profundamente marcadas pelapaisagem tpica dos engenhos tradicionais, com a atmosferapeculiar, carregada da presena do escravo negro. Sob essainfluncia se apresenta uma srie de poemas pertencentes chamada fase nordestina do poeta.

    5. Assinale a alternativa cujos versos, de Jorge de Lima,noapresentam caractersticas que se possam associar fasenordestina.a) Pai Joo foi cavalo pra os filhos do ioi montar.

    Pai Joo sabia histrias to bonitas queDavam vontade de chorar.

    b) Rei Oxal que nasceu sem se criar.Rainha Iemanj que pariu Oxal sem se manchar.Grande Santo Ogum em seu cavalo encantado.

    c) Porque o sangue de Cristo

    jorrou sobre os meus olhos,a minha viso universale tem dimenses que ningum sabe.

    d) Ful! Ful!(Era a fala da Sinh)

    Vem me ajudar, Ful,vem me abanar o meu corpoque eu estou suada, Ful!

    e) E h a cana que d tudo,

    Porque d ao homem triste dessas terrasa alegria cor de brasa da embriagueze o esquecimento cor de cinza que vem dela.

    Texto para o teste 6.

    Navegador de todas as guas (catlico, regionalista, cantorda negritude, modernista, poeta e prosador, narrador e crtico,pintor, mdico e homem poltico) ____________________________________________ permanece, para ns, essencialmentecomo poeta espiritualista, dotado de uma enorme carga inven-tiva e sobretudo de uma capacidade de transfigurar com o sm-bolo a matria (religiosa, regional) de que parte o seu discurso.

    (Luciana Stegagno Picchio,Histria da Literatura Brasileira)

    6. Assinale a alternativa que aponta o autor referido no textoacima.a) Jorge de Lima.b) Vincius de Moraes.c) Carlos Drummond de Andrade.d) Murilo Mendes.

    e) Manuel Bandeira.

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    Texto para os testes 7 e 8.

    O Sinh foi aoitarSozinho a negra Ful.A negra tirou a saiae tirou o cabeo,de dentro dele pulounuinha a negra Ful.

    Essa negra Ful!Essa negra Ful!

    7. (MACKENZIE-SP) Os versos acima exemplificamproduo modernista caracterizada pora) temtica folclrica, esquema rmico regular, neologismos.b) temtica idlica, experincia formal, hermetismo.c) temtica social, humor, irreverncia.d) temtica nativista, preciosismo lexical, reflexo crtica.e) temtica saudosista, culto da eloquncia, traos de catoli-cismo.

    8. (MACKENZIE-SP) Assinale a alternativa correta.a) A forma verbalfoi aoitar equivalente a aoitou.b) O sufixo -inha indica que o castigo recairia sobre tmida e

    ingnua menina negra.c) A forma de tratamento Sinh indica proximidade na relao

    entre o escravo e o senhor.d) Nos versos finais, tem-se a fala de reprovao do Sinh

    dirigindo-se negra Ful.e) A repetio insistente de negra Ful contribui para a

    construo da figura da escrava dominando a cena.

    Texto para as questes 9 e 10.

    Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frgil,fiquei sem poder chorar, quando ca.

    (Ceclia Meireles)

    A realidade exterior, presente na poesia de Ceclia Meireles, tomaforma a partir de elementos instveis, mveis e etreos. A recriaopotica dessa realidade revela a viso de mundo da autora.Considerando essa informao, responda s questes 9 e 10.

    9. (PUC-SP) Identifique o tema que est presente no poema.

    10. (PUC-SP) Transcreva as expresses que, no poema,caracterizam o tema.

    Mdulo 50 Vincius de Moraes

    Antonio Candido define a obra potica de Vincius de Moraescomo uma constelao fraternal de gneros, que inclui acrnica de jornal, a conversa, a notcia, a confisso, a indignaopoltica, o discurso da amizade e a declarao de amor. A partirdessa afirmao, associe as seguintes rubricas aos trechostranscritos nos itens de 1 a 6:

    I. poesia religiosaII. poesia amorosaIII. poesia de crtica socialIV. poesia infantilV. cancioneiro popularVI. prosa potica

    1. ( )

    Vai minha tristezaE diz a elaQue sem ela no pode serDiz-lhe numa preceQue ela regressePorque eu no posso mais sofrer.Chega de saudadeA realidade que sem elaNo h paz, no h beleza s tristeza, e a melancoliaQue no sai de mim, no sai de mim,No sai.

    2. ( )

    Era ele que erguia casasOnde antes s havia o choComo um pssaro sem asasEle subia com as casasQue lhe brotavam da mo.Mas tudo desconheciaDe sua grande misso:No sabia, por exemplo,Que a casa de um homem um templo

    Um templo sem religioComo tampouco sabiaQue a casa que ele faziaSendo a sua liberdadeEra a sua escravido.

    3. ( )

    No sangue e na lama,O corpo sem vida tombou.Mas nos olhos do homem cadoHavia ainda a luz do sacrifcio que redimeE no grande Esprito que adejava o mar e o monteMil vozes clamavam que a vitria do homem forte tombado no

    [leitoEra o Novo Evangelho para o homem de paz que lavra no

    [campo.

    4. ( )

    Meu Deus, eu quero a mulher que passa.Seu dorso frio um campo de lriosTem sete cores nos seus cabelosSete esperanas na boca fresca!

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    Oh! Como s linda, mulher que passasQue me sacias e supliciasDentro das noites, dentro dos dias!

    (...)

    Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

    5. ( )

    O pato patetaPintou o canecoSurrou a galinhaBateu no marrecoPulou no poleiroNo p do cavaloLevou um coiceCriou um galo(...)

    6. ( )

    Para viver um grande amor, preciso muita concentrao emuito siso, muita seriedade e pouco riso para viver umgrande amor.

    Para viver um grande amor, mister ser um homem de umas mulher; pois ser de muitas, poxa! de colher... no temnenhum valor. (...) Mas tudo isso no adianta nada, se nestaselva oscura e desvairada no se souber achar a bem-amada para viver um grande amor.

    7. (MODELO ENEM) No verso A rosa com cirrose (dopoema A Rosa de Hiroxima, de Vincius de Moraes), h

    paronomsia (trocadilho: jogo com o som e o sentido daspalavras). Tal recurso de expresso tambm ocorre em qualverso de Carlos Drummond de Andrade?a) No meio do caminho tinha uma pedra.b) Mundo mundo vasto mundo.c) Devagar... as janelas olham.d) a arte o infarte.e) No serei o poeta de um mundo caduco.

    8. Vincius de Moraes bastante conhecido como poeta lrico,e isso se deve principalmente comunicabilidade dos sonetos defeio camoniana e pelas letras de msica popular. Alm da

    poesia lrico-amorosa, Vincius de Moraes comps textos detemtica social. Indique os versos cujo tema seja de cunhosocial.

    a) Quem pagar o enterro e as floresSe eu morrer de amores?Quem, dentre amigos, to amigoPara estar no caixo comigo?

    b) Deixei-me preso ao seu rosto gravePreso ao seu riso, no entanto ausenteInconsciente de que chorava

    Sem dar-me conta

    c) Mais um ano na estrada percorridaVem, como o astro matinal, que a adoraMolhar de puras lgrimas de auroraA morna rosa escura e apetecida

    d) Notou que sua marmitaEra o prato do patroQue sua cerveja pretaEra o usque do patro

    e) E vivemos partindo, ela de mimE eu dela, enquanto breves vo-se os anosPara a grande partida que h no fim.

    Mdulo 51 Regionalismo

    Texto para os testes 1 e 2.

    Logo depois transferiu-se para o trapiche [local destinado guarda de mercadorias para importao ou exportao] odepsito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava.

    Estranhas coisas entraram ento para o trapiche.No mais estranhas, porm, que aqueles meninos, molequesde todas as cores e de idades, as mais variadas, desde os 9 aos16 anos, que noite se estendiam pelo assoalho e por debaixoda ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava ocasaro uivando, indiferentes chuva que muitas vezes oslavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, comos ouvidos presos s canes que vinham das embarcaes...

    (Jorge Amado, O Trapiche. Capites da Areia.So Paulo, Livraria Martins Ed., 1937. Adaptado.)

    1. (FATEC-SP) Capites da Areia, de Jorge Amado, umromance que trataa) da vida de rfos sobreviventes de um naufrgio ocorrido

    perto da cidade de Pernambuco.b) do sofrimento de um grupo de meninos sobreviventes de uma

    chacina no Rio de Janeiro.c) do drama vivenciado por jovens chineses e africanos en-

    contrados nos pores de um navio no porto de Santos.d) da pobreza vivida pelos jovens fugidos de um reformatrio

    em busca do sonho de liberdade em Recife.e) das histrias cotidianas de meninos de rua que lutam pela

    sobrevivncia em Salvador.

    2. (FATEC-SP) Assinale a alternativa em que o verbodestacado tem como sujeito aquele apresentado entre colchetes.a) Logo depois transferiu-se para o trapiche o depsito dos

    objetos... [os objetos]b) ...o depsito dos objetos que o trabalho do dia lhes pro-

    porcionava. [o depsito dos objetos]c) Estranhas coisas entraram ento para o trapiche. [estra-

    nhas coisas]d) ...indiferentes ao vento que circundava o casaro uivan-

    do... [o casaro]e) ...com os ouvidos presos s canes que vinham das

    embarcaes... [as embarcaes]

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    3. (UNIRP-SP MODELO ENEM) Jorge Amado, em faseinicial, preocupa-se mais com aa) aristocracia cafeeira, que se v beira da falncia com a crise

    de 1929.b) vida nas salinas, que destri paulatinamente os trabalhadores.c) fixao de tipos marginalizados, para analisar toda uma

    sociedade.d) a decadncia da aristocracia da cana-de-acar, diante do

    aparecimento das usinas.e) seca peridica que devasta a regio pecuria do Piau.

    4. (FUVEST-SP adaptada) S em torno de [19]30, edepois, o Brasil histrico e concreto, isto , contraditrio e jno mais mtico, seria o objeto preferencial de um romanceneorrealista e de uma literatura abertamente poltica. Mas aolongo dos anos propriamente modernistas, o Brasil uma lendasempre se fazendo.

    (Alfredo Bosi, Cu, Inferno)

    Aceitando-se o que afirma o texto, poder-se-ia coerentementecomplet-lo com o seguinte perodo:a) Lendrio o coronel do cacau de Jorge Amado, tanto ou

    mais que as personagens de Rachel de Queirs.b) assim que se deve reconhecer o modo pelo qual se opemas narrativas de Jorge Amado e Jos Amrico de Almeida.

    c) Em sua obra-prima ficcional, Macunama, Mrio deAndrade veio a recusar esse pas mtico-lendrio, abrindoaquela vertente neorrealista.

    d) Se na fase modernista mais impetuosa a personagem Macu-nama deu o tom, na subsequente deu-o o nordestino deautores como Rachel de Queirs e Jos Amrico de Almeida.

    e) Veja-se, como ilustrao dessa passagem, que o regionalis-mo de um Jos Amrico de Almeida deu lugar ao univer-salismo da fico de autores da fase posterior.

    Texto para o teste 5.

    Da janela ela viu Guma que partia. Tinha 11 anos e l ia ele,apto para a vida como os jovens mdicos e advogados aos 23 a 25anos. (...) Ela sabia que Guma era inteligente e poucos colegas elaencontrara na Escola Normal, entre os seus amigos das Academias,que fossem to inteligentes como ele. No entanto, aqueles pensavamsempre realizar grandes coisas, traar seus destinos. Os meninosque saam da escola nunca tiveram nenhum desses pensamentos. Odestino deles j estava traado. Era a proa de um saveiro, os remosde uma canoa, quando muito as mquinas de um navio, idealgrandioso que poucos alimentavam. O mar estava diante dela e jtragara muitos alunos seus, e tragara, tambm, seus sonhos de moa.

    O mar belo e terrvel. O mar livre, dizem, e livres so os quevivem nele. Mas Dulce bem sabia que no era assim, que aqueleshomens, aquelas mulheres, aquelas crianas no eram livres,estavam acorrentadas ao mar, estavam presos como escravos (...)

    (Jorge Amado,Mar Morto. 15.a

    Ed. So Paulo, Martins, s/d, p. 53.)

    5. (UNEB-BA adaptado MODELO ENEM) O textoevidencia o senso de observao da professora Dulce em relaoa seu aluno Guma. Por meio de seu enfoque, o leitor tomaconhecimento daa) denncia do preconceito social.

    b) viso determinista em relao ao homem.c) impossibilidade de convvio entre o homem e o mar.d) existncia de personagens do cais voltadas para a concreti-

    zao de seu desejo de ascenso social.e) proximidade entre segmentos sociais diferentes, no que tange

    iniciao para a vida profissional.

    Mdulo 52 Jos Lins do Rego

    1. (FUVEST-SP)a) Cite um romance de Jos Lins do Rego cujo tema fundamental

    a decadncia dos senhores de engenho no Nordeste do Brasil.b) A que movimento literrio pertence a obra?

    Texto para a questo 2.

    Eu no sabia nada. Levava para o colgio um corposacudido pelas paixes de homem feito e uma alma mais velhado que o meu corpo. Aquele Srgio, de Raul Pompeia, entravano internato de cabelos grandes e com uma alma de anjocheirando a virgindade. Eu no: era sabendo de tudo, eraadiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu colgio.

    Menino perdido, menino de engenho. (Jos Lins do Rego)

    2. (PUC-SP) O trecho transcrito, do romance Menino deEngenho, de Jos Lins do Rego, prepara o leitor para a segundaobra do ciclo da cana-de-acar,Doidinho, ao mesmo tempoque retoma O Ateneu, de Raul Pompeia. Em que os romancesDoidinho e O Ateneu se assemelham?

    3. (UFSM-RS MODELO ENEM) Leia o seguinte trechode Fogo Morto, de Jos Lins do Rego.

    E foi-se. O mestre Amaro parou um pouco junto ao paredodo engenho e reparou nos estragos que a chuva fizera nostijolos descobertos. Pareciam feridas vermelhas. O bueiro baixoe a boca da fornalha escancarada, um barco sujo.

    Considere as afirmativas:I. De acordo com o trecho, a fornalha aberta causou estragos

    no paredo do engenho, o que levou o mestre Amaro a con-templ-la.

    II. O trecho apresenta uma associao por semelhana entre aimagem dos estragos no paredo e uma imagem de feridas,vinculando-se nessa analogia matria morta e corpo vivo.

    III. Uma caracterstica formal que se pode observar a repe-

    tio de sons, como o de /p/ e o de /b/, encontrados emvrios pontos do trecho.

    Est correto o que se afirma ema) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas.d) III, apenas. e) I, II e III.

    4. (PUCCamp-SP) Sobre Jos Lins do Rego, corretoafirmar quea) se definiu, certa vez, como apenas um baiano romntico e

    sensual, assumindo-se como contador de histrias de pesca-dores e marinheiros de sua terra.

    b) retratou em suas obras a dura relao entre o homem e o

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    meio, em especial a condio sub-humana do nordestinoretirante.

    c) sempre se declarou escritor espontneo e instintivo,consciente de que sua obra continha muito de sua experinciapessoal em regies da Paraba e de Pernambuco.

    d) escreve a saga da pequena burguesia depois de 1930, numtom leve e descontrado de crnica de costumes.

    e) sua obra A Bagaceira considerada marco inaugural daliteratura social nordestina.

    Texto para os testes 5 e 6.

    A velha Sinh no sabia mesmo o que se passava com o seumarido. Fora ele sempre de muito gnio, de palavras duras, depoucos agrados. Agora, porm, mudara de maneira esquisita.Via-o vociferar, crescer a voz para tudo, at para os bichos, atpara as rvores. No podia ser velhice, a idade abrandava ocorao dos homens. Pobre da Marta que o pai no podia verque no viesse com palavras de magoar at as pedras. Por elano, que era um resto de gente s esperando a morte. Mas nopodia se conformar com a sorte de sua filha. O que teria ela de

    menos que as outras? No era uma moa feia, no era umamoa de fazer vergonha. E no entanto nunca apareceu rapazalgum que se engraasse dela. Era triste, l isso era. Desdepequena via aquela menina quieta para um canto e pensava queaquilo fosse at vantagem. A sua comadre Adriana lhe chamavaa ateno:

    Comadre, esta menina precisa ter mais vida.No fazia questo. Moa era para viver dentro de casa, dar-se

    a respeito.E Marta foi crescendo e no mudou de gnio. Botarana escola do Pilar, aprendeu a ler, tinha um bom talhe de letra,sabia fazer o seu bordado, tirar o seu molde, coser um vestido.E no havia rapaz que parasse para puxar uma conversa.

    Havia moas mais feias, mais sem jeito, casadas desde que sepuseram em ponto de casamento. Estava com mais de trintaanos e agora aparecera-lhe aquele nervoso, uma vontadedesesperada de chorar que lhe metia medo. Coitada da filha. Edepois ainda por cima o pai nem podia olhar para ela. Vinhacom gritos, com despropsitos, com implicncias. O quesucederia sua filha, por que Deus no lhe dera uma sina maisbranda?, pensava assim a velha Sinh enquanto na tenda omestre Jos Amaro batia sola. Aquele ofcio era doentio.

    (Jos Lins do Rego, Fogo Morto)

    5. (FATEC-SP) Considere os enunciados a respeito dofragmento:I. As expectativas familiares de Sinh frustram-se no mo-

    mento em que percebe que o marido tem um gnio difcil.II. A ausncia de pretendente para se casar com Marta revela a

    Sinh que ela no soubera educar sua filha.III. A velha Sinh se d conta de que o marido vive uma crise

    cujas razes, porm, ela desconhece.IV. A relao entre pai e filha, no momento das reflexes da

    velha Sinh, est marcada pela violncia verbal.V. A velha Sinh tem crises de choro ao perceber que sua

    famlia est se tornando desconhecida para ela.

    So corretos os enunciados:

    a) I, II e IV. b) II, IV e V. c) II e III.d) III e IV. e) I, III e V.

    6. (FATEC-SP) Fogo Morto, de Jos Lins do Rego, umromance caractersticoa) do regionalismo romntico do sculo XIX, como se com-

    prova pela descrio da personagem idealizada pelo sofri-mento exagerado.

    b) da fico dos anos 30 e 40 do sculo XX, em que a observa-

    o do meio social no reduz o alcance da anlise dosconflitos humanos.c) da experimentao dos anos 20 do sculo XX, uma vez que

    o autor critica os valores da famlia burguesa e sua inade-quao aos padres culturais.

    d) do regionalismo realista-naturalista de finais do sculo XIX,pois o comportamento das personagens determinado pelomeio natural.

    e) da prosa de vanguarda dos anos 60 do sculo XX.

    Mdulos 53 e 54 Graciliano RamosI e II

    Texto para o teste 1.

    Aparentemente resignado, sentia um dio imenso a qualquercoisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patro, ossoldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contraele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas svezes se arreliava. No havia pacincia que suportasse tantacoisa.

    (Graciliano Ramos, Vidas Secas)

    1. (PUCCamp-SP) Os termos destacados no trecho transcritoindicam que, para Fabiano,a) as opresses da vida no eram invencveis, j que seu dio ou

    sua pacincia, alternando-se, permitiam-lhe enfrent-las domodo que lhe fosse mais conveniente.

    b) tudo era motivo de indignao, uma vez que seu pensamentoconfuso no distinguia entre os verdadeiros inimigos e ospossveis aliados.

    c) os diferentes antagonismos se misturavam e se confundiamem sua limitada capacidade de anlise, o que lhe impediaqualquer reao objetiva.

    d) nada era especialmente revoltante, porque ele avaliava com

    acerto as foras de seus oponentes e acabava adotando umaposio fatalista.e) a vida dos retirantes na catinga era uma lio de conformis-

    mo, nada podendo ser feito contra as vicissitudes do climaque estar sempre a castig-los.

    2. (PUCCamp-SP) A leitura de romances comoVidas Secas,So Bernardo ou Angstia permite afirmar, sobre GracilianoRamos, quea) sua grande capacidade fabuladora e o tom lrico de sua

    linguagem servem a uma obra dominada pelo impulso, emque se mesclam romantismo e realismo, poesia e documento.

    b) sua obra transcende as limitaes do regional, ao evoluir para

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    uma perspectiva universal, ao mesmo tempo que suaexpresso parte para o experimentalismo e para as invenesvocabulares inovadoras.

    c) sua obra, preocupada em fixar os costumes e as falas locaisdo meio rural e da cidade, um registro fiel da realidadenordestina, quase um documentrio transfigurado em fico.

    d) sua obra, toda condicionada pela realidade humana e socialde uma rida regio de coronis e cangaceiros, apresenta umanarrativa linear, mas de linguagem exuberante, prpria dos

    grandes contadores de histrias.e) tanto o enfoque trgico do destino do homem ligado s razesregionais quanto a anlise dos conflitos existenciais dohomem urbano conferem uma dimenso universal sua obra.

    3. (FUVEST-SP) Costuma-se reconhecer que a obteno deverossimilhana (capacidade de tornar a fico semelhante verdade) a principal dificuldade artstica inerente compo-sio de So Bernardo. Essa dificuldade decorre principalmentea) da mistura de narrativa psicolgica, individual, com inten-

    es doutrinrias, polticas e sociais.b) da juno do estilo seco, econmico, com o carter pico,

    eloquente, dos fatos narrados.c) do carter inverossmil da acumulao de capital na zona

    rida do Nordeste.d) da incompatibilidade de base entre o narrador-personagem e

    Madalena, que torna difcil crer em seu casamento.e) da distncia que h entre a brutalidade do narrador-perso-

    nagem e a sofisticao da narrativa.

    4. (UNICAMP-SP) No trecho seguinte, extrado de um doscaptulos de So Bernardo, de Graciliano Ramos, PauloHonrio faz algumas consideraes sobre as diferenas namaneira de falar que acabam provocando desentendimentosentre ele e Madalena:

    No comeo das nossas desavenas todas as noites aqui mesentava, arengando com Madalena. Tnhamos desperdiadotantas palavras!

    Para que serve a gente discutir, explicar-se? Para qu?Para que, realmente? O que eu dizia era simples, direto eprocurava debalde em minha mulher conciso e clareza. Usaraquele vocabulrio, vasto, cheio de ciladas, no me seriapossvel. E se ela tentava empregar a minha linguagemresumida, matuta, as expresses mais inofensivas e concretas

    eram para mim semelhantes a cobras: faziam voltas, picavame tinham significao venenosa.Como possvel explicar, com base na histria pessoal daspersonagens, as diferenas na maneira de falar entre PauloHonrio e Madalena?

    5. (PUCCamp-SP modificado) O isolamento social ecultural de uma famlia de retirantes nordestinos e a tragdia docime, provocada por um incontrolvel sentimento de posse,so os temas centrais de dois grandes romances de GracilianoRamos, respectivamente,a) Vidas Secas e So Bernardo.

    b) So Bernardo e Vidas Secas.c) Memrias do Crcere eAngstia.d) Angstia eInfncia.e) So Bernardo eAngstia.

    Texto para os testes de 6 e 7.

    Pouco a pouco o ferro do proprietrio queimava os bichosde Fabiano. E quando no tinha mais nada para vender, osertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encala-

    crado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado,

    arrependeu-se, enfim deixou a transao meio apalavrada e foiconsultar a mulher. Sinha Vitria mandou os meninos para obanheiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu nocho sementes de vrias espcies, realizou somas e diminuies.No dia seguinte Fabiano voltou cidade, mas ao fechar onegcio notou que as operaes de sinha Vitria, como decostume, diferiam das do patro. Reclamou e obteve aexplicao habitual: a diferena era proveniente de juros.

    No se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, simsenhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinhamiolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. No se

    descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vidainteira assim no toco, entregando o que era dele de mobeijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nuncaarranjar carta de alforria!

    O patro zangou-se, repeliu a insolncia, achou bom que ovaqueiro fosse procurar servio noutra fazenda.

    A Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Noera preciso barulho no. Se havia dito palavra toa, pediadesculpa. Era bruto, no fora ensinado. Atrevimento no tinha,conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia l puxar questo com genterica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Deviaser ignorncia da mulher, provavelmente devia ser ignornciada mulher. At estranhara as contas dela. Enfim, como no

    sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Maspedia desculpa e jurava no cair noutra.O amo abrandou, e Fabiano sai de costas, o chapu

    varrendo o tijolo. Na porta, virando-se, enganchou as rosetasdas esporas, afastou-se tropeando, os sapates de couro crubatendo no cho como cascos.

    Foi at a esquina, parou, tomou flego. No deviam trat-loassim. Dirigiu-se ao quadro lentamente. Diante da bodega deseu Incio virou o rosto e fez uma curva larga. Depois queacontecera aquela misria, temia passar ali. Sentou-se numacalada, tirou do bolso o dinheiro, examinou-o, procurandoadivinhar quanto lhe tinham furtado. No podia dizer em vozalta que aquilo era um furto, mas era. Tomavam-lhe o gadoquase de graa e ainda inventavam juro. Que juro! O que haviaera safadeza.

    (Graciliano Ramos, Vidas Secas)

    6. (FUVEST-SP) O texto, assim como todo o livro de quefoi extrado, est escrito em terceira pessoa. No entanto, orecurso frequente ao discurso indireto livre, com a ambiguidadeque lhe caracterstica, permite ao autor explorar ofilete daescavao interior, na expresso de Antonio Candido. Conside-rando o que se acaba de afirmar, assinale a alternativa em que apassagem nitidamente discurso indireto livre.a) Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das

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    contas davam-lhe uma ninharia.b) Pouco a pouco o ferro do proprietrio queimava os bichos

    de Fabiano.c) No se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.d) Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era

    dele de mo beijada!e) O amo abrandou, e Fabiano saiu de costas, o chapu

    varrendo o tijolo.

    7. (FUVEST-SP) A respeito de sinha Vitria, a mulher deFabiano, possvel afirmar quea) tinha miolo, no errava nas operaes e tentava atenuar os

    conflitos do marido com o patro.b) era mesmo ignorante; quando Fabiano percebeu seu erro, foi

    pedir desculpas ao patro.c) alm de errar nas contas, irritava-se com a diferena dos juros.d) suas contas sempre diferiam das do patro, mas ela pedia a

    Fabiano que se conformasse.e) era o nico apoio do vaqueiro, mas infelizmente sua ao no

    tinha efeito.

    Texto para o teste 8.

    Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se foiesboando. Acomodar-se-iam num stio pequeno, o que pareciadifcil a Fabiano, criado solto no mato. Cultivariam um pedaode terra. Mudar-se-iam depois para uma cidade, e os meninosfrequentariam escolas, seriam diferentes deles. Sinha Vitriaesquentava-se. Fabiano ria, tinha desejo de esfregar as mosagarradas boca do saco e coronha da espingarda depederneira.

    No sentia a espingarda, o saco, as pedras midas que lheentravam nas alpercatas, o cheiro de carnias que empestavamo caminho. As palavras de sinha Vitria encantavam-no. Iriampara diante, alcanariam uma terra desconhecida. Fabiano

    estava contente e acreditava nessa terra, porque no sabiacomo ela era nem onde era. Repetia docilmente as palavras desinha Vitria, as palavras que sinha Vitria murmurava porquetinha confiana nele. E andavam para o sul, metidos naquelesonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninosem escolas, aprendendo coisas difceis e necessrias. Eles doisvelhinhos, acabando-se como uns cachorros inteis, acabando-secomo Baleia. Que iriam fazer? Retardaram-se, temerosos.Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presosnela. E o serto continuaria a mandar gente para l. O sertomandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano,sinha Vitria e os dois meninos.

    (Graciliano Ramos, Vidas Secas)

    8. (MODELO ENEM) As alternativas a seguir apresentaminformaes corretas sobre o texto, exceto:a) Trata-se de narrao, pois h personagens e aes.b) Pode-se deduzir que se trata de uma famlia de retirantes

    sonhando com uma vida melhor na cidade grande.c) O perodo que inicia o segundo pargrafo apresenta trecho

    descritivo.d) O texto dissertativo, pois o autor emite sua opinio a

    respeito do assunto.e) Trata-se de relato de um episdio fictcio, mas que retrata

    uma situao comum no Nordeste.

    Mdulos 55 a 57 Guimares Rosa I, II e III

    1. (FUVEST-SP) Fazendo-se um paralelo entreOs Sertes,de Euclides da Cunha, e Grande Serto: Veredas, de GuimaresRosa, pode-se afirmar que(,)a) em ambas as obras predomina o esprito cientfico, sendo

    analisados aspectos da realidade brasileira.b) ambas as obras tm por cenrio o serto do Brasil seten-

    trional, sendo numerosas as referncias flora e fauna.

    c) ambas as obras, criaes de autores dotados de gnio, muitoenriqueceram nossa literatura regional de fico.d) ambas tm como principal objetivo denunciar nosso subde-

    senvolvimento, revelando a misria fsica e moral do ho-mem do serto.

    e) tendo cada uma suas peculiaridades estilsticas, so ambasproduto de intensa elaborao da linguagem.

    2. (UFPR-PR) A obra Grande Serto: Veredas, de Gui-mares Rosa,a) continua o regionalismo dos fins do sculo XIX, sem gran-

    des inovaes.

    b) exprime problemas humanos, em estilo prprio, baseado nacontribuio lingustica regional.c) descreve tipos de vrias regies do Brasil, na tentativa de

    documentar a realidade brasileira.d) fixa os tipos regionais, com preciso cientfica.e) idealiza o tipo sertanejo, continuando a tradio de Alencar.

    Texto para os testes 3 e 4.

    E o camarada Quim sabia disso, tanto que foi se encostandode medo que ele entrou. Tinha poeira at na boca. Tossiu.

    Levanta e veste a roupa, meu patro Nh Augusto, que eutenho uma novidade meia ruim pra lhe contar.

    E tremeu mais, porque Nh Augusto se erguia de um pulo enum timo se vestia. S depois de meter na cintura o revlver,foi que interpelou, dente em dente:

    Fala tudo!Quim Recadeiro gaguejou suas palavras poucas, e ainda

    pde acrescentar: ...Eu podia ter arresistido, mas era negcio de honra (...)Fez na regra, e feito! Chama os meus homens!

    (Guimares Rosa, A Hora e Vez de Augusto Matraga)

    3. (PUC-SP) Levando-se em considerao o conto do qual se

    extraiu o trecho transcrito, assinale a alternativa correta.a) Reconhecem-se trs desiluses de Nh Augusto: a fuga daesposa e da filha, o abandono dos bate-paus e o ataque detocaia.

    b) Verifica-se que Nh Augusto era couro ainda por curtir esem demora atira no Major Consilva.

    c) Observa-se, nos trechos, que Nh Augusto, em vez deguerreiro, mstico e age em nome de Deus.

    d) Nota-se que a fala sertaneja de Quim Recadeiro revela aoralidade da prosa regional romntica.

    e) Reconhece-se um narrador em terceira pessoa que explora ouniverso das relaes humanas, conforme os padres do

    Naturalismo.

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    4. (PUC-SP modificado MODELO ENEM) Alm deser coloquial, a linguagem de Quim e de Nh Augusto tambmregional, pois caracteriza os habitantes da regio onde transcorrea histria. Suponha que a situao do Recadeiro seja outra: elevive na cidade e um homem letrado. Assinale a alternativa queapresenta a modalidade lingustica que seria utilizada pelapersonagem nas condies propostas.a) Levanta e veste a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu

    tenho uma novidade meia ruim para lhe contar.

    b) Levante e veste a roupa, meu patro senhor Augusto, que eutenho uma novidade meia ruim para lhe contar.c) Levante e vista a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu

    tenho uma novidade meia ruim para lhe contar.d) Levante e vista a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu

    tenho uma novidade meio ruim para lhe contar.e) Levanta e veste a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu

    tenho uma novidade meio ruim para lhe contar.

    5. Leia a seguir as afirmaes sobre A Volta do Marido Pr-digo e responda ao que se pede.I. Neste conto, o autor descreve um ladino que vende a mulher

    para dedicar-se a aventuras na cidade grande, mas depois searrepende, volta para sua regio e, malandramente, recon-quista sua posio e sua mulher.

    II. O conto uma pardia da parbola do filho prdigo eapresenta traos de humor, presentes, principalmente, nacaracterizao da personagem protagonista como malandrofolclrico.

    III.O que se percebe que no existe julgamento moral arespeito de nenhuma das atitudes de Lalino, que poderiam,segundo o senso comum, ser consideradas ms. No conto,o que importa retratar a personagem do malandro, do tpicobrasileiro que, para tudo, d um jeitinho.

    IV. Pode-se afirmar que Lalino, o protagonista do conto emquesto, assemelha-se a Leonardo, deMemrias de um Sar-gento de Milcias, e a Macunama: trs heris sem nenhumcarter.

    Est correto o que se afirma ema) I, II e IV, apenas.b) II, III e IV, apenas.c) I, II e III, apenas.d) I e III, apenas.e) I, II, III e IV.

    6. (PUC-SP) O conto Conversa de Bois integra a obraSagarana, de Joo Guimares Rosa. De seu enredo como umtodo, pode afirmar-se quea) os animais justiceiros, puxando um carro, fazem uma via-

    gem que comea com o transporte de uma carga de rapadurae um defunto e termina com dois.

    b) a viagem tranquila e nenhum incidente ocorre ao longo dajornada, nem com os bois, nem com os carreiros.

    c) os bois conversam entre si e so compreendidos apenas porTiozinho, guia mirim dos animais e que se torna cmplicedo episdio final da narrativa.

    d) a presena do mtico-lendrio se d na figura da irara, tosria e moa e graciosa, que se fosse mulher s se chamariaRisoleta e que acompanha a viagem, escondida, at

    cidade.

    e) a linguagem narrativa objetiva e direta e, no limite, despro-vida de poesia e de sensaes sonoras e coloridas.

    7. (UNAERP-SP) Quanto personagem Iz, do conto SoMarcos, de Joo Guimares Rosa, s no se pode afirmarque(,)a) desacredita inicialmente nas formas de religiosidade arcai-

    co-populares que grassam no meio em que vive.b) uma personagem cuja cultura letrada o diferencia do

    restante da coletividade em que se insere.c) ao ser acometido de cegueira, percebe que a sua lgica denada lhe vale, passando a questionar sua superioridade emrelao a Mangol.

    d) debocha dos poderes mgicos do feiticeiro Mangol, emrelao a quem se considera superior at o final do relato,desacreditando de seus poderes mgicos.

    e) estabelece um