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BOLETIM www.cvbd.org Edição 4/2013 Carrapato Marrom do Cão – o Inimigo Canino que Está por Toda Parte Informações mais recentes trazidas até você pelo Fórum Mundial de CVBD ® CVBD ® Patrocinado por: CVBD_Digest_Tradução_1 3/14/13 9:09 AM Page 1

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Edição 4/2013

Carrapato Marrom do Cão – o Inimigo Canino que Está por Toda Parte

Informações mais recentes

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De áreas endêmicas...• O Carrapato Marrom do Cão, Rhipicephalus sanguineus, o carrapato de

maior presença mundial, é ativo em regiões tropicas e subtropicais, bemcomo, em número crescente, em regiões temperadas.

• Está altamente adaptado a viver e se desenvolver em ambientes domésticose em locais próximos a esses ambientes, tanto na área rural, quanto urbana.

...para áreas não endêmicas• O aquecimento global pode resultar no aumento das populações de carrapato

em regiões não endêmicas, como na região norte temperada da Europa.• Veterinários do norte da Europa normalmente encontram o Carrapato

Marrom do Cão em cães vindos de locais do sul.

Da especificidade do hospedeiro…• Todos os três estágios do Carrapato Marrom do Cão sugam sangue

predominantemente em cães.• Nas fêmeas R. sanguineus, o processo de alimentação dura entre dois dias

e diversas semanas, com períodos alternados de salivação, sucção de sangue e regurgitação.

• Os carrapatos machos permanecem no cão por mais tempo, alimentando-sede sangue múltiplas vezes, de forma intermitente.

…à zoonose• O Carrapato Marrom do Cão pode ocasionalmente parasitar outros

hospedeiros vertebrados, incluindo humanos e pequenos animais, como coelhos e outros roedores.

• A infestação nos humanos tem sido descrita com mais frequência em países europeus do que em sul-americanos.

Transmissão da doença• O Carrapato Marrom do Cão pode ser considerado uma verdadeira Caixa de

Pandora, capaz de transmitir diversas doenças aos cães, incluindo babesiose,erliquiose, rickettsiose e hepatozoonose.

• O R. sanguineus tem sido descrito como um vetor para rickettsiose em humanos, febre maculosa das montanhas rochosas (Rickettsia rickettsii) e febre maculosa do mediterrâneo (R. conorii).

Prevenção• A prevenção contra picadas de carrapato é crucial para minimizar

a transmissão da doença.• Tratamento com produto ectoparasiticida, com atividade repelente e

exterminadora de carrapatos, apresenta a melhor opção para a prevençãodas picadas.

Resumo

BOLETIM CVBD® Carrapato Marrom do Cão – O Inimigo Canino que Está por Toda Parte

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Autora: Juliane StraubeDVM, Universidade de Leipzig, Instituto de Higiene Animal eSaúde Pública Veterinária.

O Carrapato Marrom do Cão, Rhipicephalus sangui-neus, é talvez o carrapato de maior presença mundial,sendo ativo durante todo o ano não apenas em regiõestropicais e subtropicais, como também, em númerocrescente, em regiões temperadas. Este parasita estáaltamente adaptado a viver e se desenvolver em am-bientes domésticos e em locais próximos a esses am-bientes, tanto na área rural, quanto urbana,convivendo com seu principal hospedeiro, o cão do-méstico. A prevalência e os níveis de infestação na po-pulação canina variam drasticamente devido a fatorescomo estação do ano e localização geográfica, indi-cando uma espécie totalmente capaz de adotar dife-rentes estratégias para sobreviver.

O Carrapato Marrom do Cão, Rhipicephalus sanguineus, éum vetor que pode estar infectado com diversos patógenosbacterianos, virais, protozoários e helmínticos, causandouma variedade de doenças caninas transmitidas por veto-res (CVBDs), incluindo, entre outras, erliquiose, babesiose,rickettsiose e hepatozoonose. Embora o R. sanguineuspa-rasite principalmente os cães, ele também afeta outros ani-mais, incluindo humanos, especialmente em ambientesaltamente infestados. Alterações no padrão alimentar de R.sanguineus em altas temperaturas sugerem que o aqueci-

mento global possa agir não apenas no alastramento dapresença geográfica do carrapato, como também no au-mento do risco de parasitismo humano e transmissão dedoenças. Desta forma, o controle deste carrapato e a pre-venção de patógenos associados transmitidos por ele sãode grande importância para médicos veterinários e para asaúde pública.

Família e Diversidade de CarrapatosO papel dos carrapatos como vetores ou reservatórios de di-ferentes patógenos permanece o foco de extensivas pes-quisas e continua sendo motivo de preocupação paraprofissionais médicos e veterinários. Os aracnídeos podemser considerados uma verdadeira Caixa de Pandora, capa-zes de transmitir diversos patógenos, incluindo bactérias,vírus, protozoários e helmintos, que representam grandeparte das CVBDs.

Os carrapatos são artrópodes que obrigatoriamente sealimentam de sangue e que dependem de um hos-pedeiro animal para sobreviver e se reproduzir. Asduas principais famílias de carrapato são: Ixodidaeou “carrapatos duros” e Argasidae ou “carrapatos

Observação: Os carrapatos são capazes de transmi-tir diversos patógenos, incluindo bactérias, vírus, pro-tozoários e helmintos, e a maioria das CVBDs.!

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3Carrapato Marrom do Cão – O Inimigo Canino que Está por Toda Parte BOLETIM CVBD®

Carrapato Marrom do Cão - o Inimigo Canino que Está por Toda Parte

Figura 1 Microscopia eletrônica do Carrapato Marrom do Cão, A) lado dorsal, B) lado ventral e C) visão dorsal completa (micro-scopia de luz) de um carrapato macho adulto. (Com a permissão de Filipe Dantas-Torres, Bari, Itália).

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moles”. Os carrapatos duros são assim denominados,pois possuem um escudo dorsal esclerotizado. O es-cudo está presente em todos os estágios móveis docarrapato, com formatos e características diferentesdependendo do gênero do carrapato. ORhipicephalus sanguineus, normalmente conhecidocomo “Carrapato Marrom do Cão” ou “Carrapatode Canil”, pertence à família Ixodidae e é provavel-mente o mais importante para os veterinários emtodo o mundo. Os carrapatos moles da família Ar-gasidae possuem aparência coriácea, com capítulolocalizado na parte debaixo do corpo, que não podeser visto de cima. Os carrapatos moles são normal-mente habitantes de ninhos, associados a roedores,aves ou morcegos. Porém, diversas espécies tambématacam humanos e transmitem doenças.

Carrapato Marrom do Cão: Morfologiae DistribuiçãoGeralmente, os carrapatos são morfologicamente dis-tinguíveis por pelo menos seis características diferen-tes:1 formato, tamanho, cor, partes bucais (capítulo),escudo dorsal e festões (sulcos abdominais posterioresque se parecem com um colar de pérolas).

Os carrapatos R. sanguineus possuem coloração aver-melhada/marrom característica, corpo com formatoalongado e palpos curtos. Eles possuem olhos, festões eum capítulo basal hexagonal, que é uma característicade identificação (vide Fig. 1A e B).

Os adultos machos são chatos, possuem cerca de 2-3 mm de comprimento, de cor avermelhada/mar-rom, com minúsculos caroços espalhados pelo dorso.Antes de se alimentarem com sangue, as fêmeas separecem com os machos em tamanho e formato,porém, aumentam claramente de tamanho (> 1 cm)

durante a sucção de sangue, sendo que a parte au-mentada do corpo muda de cor, passando a ser azulacinzentado ou oliva.2 As larvas de seis patas e asninfas são menores (larvas < 1 mm de comprimento,ninfas < 2 mm de comprimento) (vide Fig. C).

DistribuiçãoO R. sanguineus é distribuído quase que globalmente,especialmente nas latitudes 35ºS e 50º N (conforme re-visto por Dantas-Torres, 2008)2, sendo abundante emregiões tropicais e subtropicais, bem como em regiõescom clima moderado a morno. Em áreas tropicais e sub-tropicais, os carrapatos permanecem ativos o ano in-teiro. Em regiões menos quentes, eles permanecemativos pelo menos do final da primavera ao começo dooutono. Foi demonstrado que o Carrapato Marrom doCão pode se desenvolver em diversas condições no quediz respeito à temperatura (20-35ºC) e umidade rela-tiva (35-95%)3. Entretanto, em temperaturas baixas (porexemplo, 10ºC), larvas e ninfas ingurgitadas podem so-frer diapausa.

Foi sugerido que o aquecimento global pode causar o estabe-lecimento de populações de R. sanguineus em regiões não en-dêmicas, como a região norte temperada da Europa.4,5 Não éraro para os veterinários do norte da Europa encontrarem oCarrapato Marrom do Cão em cães vindos de localidades do sul.O R. sanguineus é um carrapato endofílico que pre-fere ambientes secos e quentes, e que está adaptadoa viver em ambientes internos. Desta forma, os car-rapatos estão intrinsicamente relacionados a resi-

Observação: O R. sanguineus está presentequase em todo o mundo, especialmente nas lat-itudes 35ºS e 50ºN. Ele é abundante em áreastropicais e subtropicais, bem como em regiõescom clima moderado a morno.

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Figura 2 Estágios do desenvolvimento do Carrapato Marrom do Cão. A) Oviposição das fêmeas, B) larvas e C) ninfas.(Com a permissão de Filipe Dantas-Torres, Bari, Itália).

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dências, canis ou quintais com a presença de cães ehumanos. O principal hospedeiro deste carrapatosão cães domésticos que vivem em áreas urbanas erurais.6,7,8 Em geral, a taxa de infestação de carrapatoé mais alta entre cães de rua do que entre cães res-tritos a uma residência7, e casas com jardim são con-sideradas ambientes mais adequados que as áreascircunjacentes de grandes construções.9

Na maioria das vezes, os carrapatos não residem no cão,mas sim no ambiente, em refúgios como fendas, bura-cos em pedras e paredes de pedra em regiões quentes,e em ambientes aquecidos em regiões frias.10

Ecologia/Biologia – Ciclo de VidaOs carrapatos possuem quatro estágios de vida: ovo,larva, ninfa e adulto. As larvas e ninfas passam para opróximo estágio após a digestão de uma refeição desangue. Após se alimentar no hospedeiro, a fêmeaadulta produz um único lote grande de ovos e morre.

O acasalamento dos carrapatos Rhipicephalus ocorreapenas enquanto os carrapatos adultos estão no ani-mal hospedeiro. O parasita macho sobe na fêmea etransfere o espermatóforo ao aparelho genital dafêmea.11 A ingestão de sangue é considerada o prin-cipal estímulo para espermatogênese e ovogêneseem carrapatos machos e fêmeas, respectivamente. Afêmea ingurgitada abandona o animal e, após um pe-ríodo que varia de três dias a algumas semanas, depo-sita seus ovos. Uma média de 1.500 – 4.000 ovos sãodepositados pela fêmea do Carrapato Marrom doCão (vide Fig. 2A).12,13 Dependendo das condições,como temperatura e umidade, as larvas eclodementre 6 dias a algumas semanas (vide Fig. 2B). As pe-quenas larvas de cor marrom clara e de seis patas pre-cisam se fixar a um hospedeiro para conseguirem sealimentar de sangue. As larvas se alimentam em umhospedeiro até estarem fartas, abandonam o animale passam para o estágio de ninfas, que se parece bas-tante com o estágio de carrapato adulto com oitopatas (vide Fig. 2C). Após se alimentarem no hospe-deiro, as ninfas ingurgitadas abandonam o animal epassam para o estágio de carrapatos adultos.

Tanto para as larvas, quanto para as ninfas, o pro-

cesso de desenvolvimento ao próximo estágio de-pende de condições ambientais. Em baixas tempe-raturas, o processo de desenvolvimento das larvas eninfas, bem como a oviposição bem sucedida e aeclosão dos ovos são improváveis.3,15 Quanto maisalta for a temperatura, menor será o período de de-senvolvimento para o próximo estágio.3

InfestaçãoA prevalência de infestações de carrapato em cães éaltamente variável, dependendo, por exemplo, daregião geográfica, da densidade da população ca-nina e da aplicação de acaricidas.

Os carrapatos detectam seus hospedeiros de diversas for-mas: odor (incluindo dióxido de carbono, amônia e ácidolático), calor corporal, umidade, vibração e, para algumasespécies, pistas visuais, como sombras. Os carrapatos nãovoam e não pulam, desta forma, quando um hospedeiroem potencial se aproxima deles, eles precisam ter contatodireto com o hospedeiro. Uma vez no cão, os carrapatosRhipicephalus podem se fixar em qualquer parte do ani-mal, embora prefiram as orelhas, as regiões inguinal e axi-lar, espaços interdigitais e o dorso. O carrapato se fixa aohospedeiro utilizando suas quelíceras para perfurar a pelee subsequentemente insere seu hipóstomo e quelícerasna epiderme (vide Fig. 3). O processo de alimentação duraentre dois dias e diversas semanas para o Carrapato Mar-

Observação: Uma média de 1.500 – 4.000 ovossão postos pelo carrapato fêmea. Dependendodas condições, como temperatura e umidade, aslarvas eclodem entre 6 dias a algumas semanas.

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Observação: Os machos podem permanecerno hospedeiro por períodos mais longos, ali-mentando-se de sangue múltiplas vezes, deforma intermitente. Eles não aumentam detamanho com a alimentação como as fêmeas.

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Figura 3 Infestação de carrapatos em cão. (Com a permissão de Filipe Dantas-Torres, Bari, Itália).

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rom do Cão12,15, com períodos alternados de salivação, suc-ção de sangue e regurgitação.16 Isso é de extrema impor-tância para a transmissão de patógenos durante aalimentação com sangue. A saliva dos carrapatos contémuma variedade de substâncias que facilitam a fixação docarrapato e o processo de alimentação com sangue. A sa-liva também suprime a resposta imunológica e inflamató-ria do hospedeiro, permitindo aos carrapatos ficarem nohospedeiro por mais tempo. Os carrapatos machos per-manecem no hospedeiro por mais tempo que os carrapa-tos fêmeas, alimentando-se de sangue múltiplas vezes, deforma intermitente, e eles não aumentam de tamanhocom a alimentação da mesma forma que as fêmeas.

Depois de se alimentar e deixar o hospedeiro, o Car-rapato Marrom do Cão se esconde em todos os tiposde fendas e rachaduras próximo ao local onde o ani-mal passa a maior parte do tempo. Em caso de resi-dências altamente infestadas, os carrapatos R.sanguineus podem ser vistos rastejando em tapetes,paredes e móveis.17,18

A quantidade dos carrapatos em cães individuaisque vivem juntos pode variar bastante. Algunspodem ser infestados por um único carrapato, aopasso que outros podem hospedar centenas deles.As razões dessa variação não são claramente conhe-cidas, mas a idade e a raça do cão podem ser fatoresque contribuem para esse fenômeno. Foi relatadoque cães mais novos apresentam infestações maioresque cães mais velhos.8,19 Um estudo recente demons-trou que o R. sanguineus demonstra padrões distin-tos de comportamento em resposta a odores deraças caninas diferentes.20

O R. sanguineus pode, ocasionalmente, parasitar ou-tros animais vertebrados, incluindo humanos.21,18 Es-tágios imaturos podem ser encontrados em roedorese outros pequenos mamíferos, ao passo que os adul-tos parecem preferir animais maiores. Foram relata-das infestações em gatos, coelhos, canídeosselvagens e roedores. A infestação nos humanos temsido descrita com mais frequência em países euro-peus do que em países sul-americanos.22,23

A babesiose é uma infec-ção parasitária causadapor protozoários do gê-nero Babesia, por exem-plo: B. canis ou B. gibsoni.Os protozoários invademos eritrócitos, causandohemólise e, consequente-mente, a complexa do-

ença babesiose, que possui diversos graus deseveridade: de infecção subclínica à falência múltipla deórgãos e morte. A descoberta clínica mais comum emcães é anemia hemolítica.

A erliquiose é causadapor bactérias intracelula-res obrigatórias, Ehrlichiaspp., que possuem tro-pismo por células hema-topoiéticas. A erliquiosemonocítica canina (CME),uma doença potencial-mente fatal em cães, é

causada por E. canis. Normalmente, a infecção se fazpresente durante toda a vida, mesmo após tratamentocom antibiótico. Cães cronicamente infectados podempermanecer assintomáticos ou desenvolver doençagrave. Trombocitopenia é a descoberta hematológicamais consistente da erliquiose (consulte também Bole-tim CVBD Nº2, 2011).

A hepatozoonose écausada por duasespécies apicomple-xas: Hepatozoon canise Hepatozoon ameri-canum. A infecção porH. canis resulta em do-ença moderada, aopasso que a infecção

por H. americanum quase sempre causa doençagrave, levando à debilitação e morte. Forte neu-trofilia é a descoberta hematológica consistenteem infecções por H. americanum. A transmissãose dá através da ingestão do carrapato infectadoou partes dele.

Q U A D R O I N F O R M AT I V O 1CVBDS IMPORTANTES TRANSMITIDAS PELO R. SANGUINEUS

(Com a permissão de Patrick Bour-deau, França).

(Com a permissão de Gad Beneth,Israel).

(Com a permissão de DomenicoOtranto, Itália).

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Artigo original29 de Jennifer McQuiston, Divisão deZoonoses Rickettsiais, Centro de Controle e Prevençãode Doenças, Atlanta, EUA. “Alguns novos aspectos daecologia da febre maculosa das Montanhas rochosas(RMSF) estão surgindo. Com início em 2003, um focode RMSF foi identificado no leste do Arizona, asso-ciado à transmissão de Rhipicephalus sanguineus, oCarrapato Marrom do Cão. Este surto representou a

primeira vez que esta espécie de carrapato foi reco-nhecida como vetor da transmissão de R. rickettsii nosEstados Unidos, embora tenha sido relatada anterior-mente a transmissão do agente pelo carrapato no Mé-xico e em algumas partes da América Latina.

Desde este surto inicial, o problema se expandiu eagora parece estar firmemente estabelecido comofoco enzoótico no leste do Arizona. Neste mesmolocal, a incidência anual está além de 400 casos a cadaum milhão de pessoas, ou mais que 60 vezes a taxanacional.

O ciclo ecológico de R. rickettsii associado a R. sangui-neus é bem menos compreendido que o ciclo tradi-cional associado a Dermacentor.

Há ocorrência de transmissão transovariana, porém,reservatórios animais adicionais não foram identifica-dos. Embora o R. sanguineus seja encontrado em di-versos hospedeiros mamíferos, a grande preferênciadeste carrapato por alimentar-se nos cães em cada umde seus ciclos de via sugere a possível contribuição doscães na manutenção da infecção nesta região.”

Q U A D R O I N F O R M AT I V O 2AMEAÇA EMERGENTE DE NOS EUAR. SANGUINEUS

Transmissão de doenças caninasOs patógenos de significância veterinária transmiti-dos pelo R. sanguineus incluem Babesia canis, Ehrli-chia canis e Hepatozoon canis, os agentes etiológicosda babesiose canina, erliquiose monocítica canina ehepatozoonose canina, respectivamente (Quadro In-formativo 1).2 Foi sugerido, mas não comprovadode forma definitiva, que os carrapatos R. sanguineuspodem transmitir outros patógenos, como Ana-plasma platys24 e Leishmania infantum.25

Os patógenos são transmitidos do carrapato fêmea à suaprole (transmissão transovariana) e por meio dos estágiossucessivos de vida do carrapato (transmissão transestadial).Desta forma, os carrapatos R. sanguineuspodem servir comovetores e reservatórios de alguns patógenos (por exemplo:Rickettsia conorii). A prevalência da doença em carrapatos R.sanguineus varia de acordo com a região geográfica.

Impacto à Saúde PúblicaOs carrapatos R. sanguineus foram descritos comovetores de Rickettsia rickettsii, o agente etiológicoda febre maculosa das montanhas rochosas (RMSF)em diferentes regiões dos Estados Unidos25,26,27,17 ecomo reservatórios de R. conorii, o agente etiológicoda febre maculosa do mediterrâneo.28

Estratégias de Prevenção e Controle dosCarrapatosPara um controle efetivo, é necessário considerar oscarrapatos presentes no cão e no ambiente. Portanto,medidas diferentes são necessárias, incluindo buscaregular por carrapatos no cão, tratamento do cão, etratamento do ambiente interno e externo.

Tratamento do cãoA prevenção contra as picadas de carrapato é essencialpara reduzir o risco de doenças protozoárias, bacterianase virais transmitidas pelos carrapatos (TBDs). Quanto maistempo o carrapato se alimenta no hospedeiro, maior a pro-babilidade de ele transmitir patógenos. Para a maioria dospatógenos transmitidos pelo carrapato, estima-se um pe-

Observação: A prevalência de infecção por carra-patos R. sanguineus com diferentes patógenos éfortemente dependente da região geográfica. !

Mão e pulso direitos de uma criança com exantema ma-culoso característico da febre maculosa das montanhasrochosas (CDC).

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ríodo de pré-ativação de cerca de 4-48 horas antes de elesserem transmitidos ao hospedeiro.30, 38 Desta forma, oscães devem ser submetidos regularmente a buscas por car-rapatos e esses devem ser removidos o mais rápido possí-vel. A utilização de pinças de ponta fina ou dispositivosespeciais para remoção de carrapatos permite a remoçãosem esmagar o corpo do carrapato. Em áreas onde há en-demia de febre maculosa das montanhas rochosas, cui-dado extra deve ser tomado para evitar o contato com osfluidos do carrapato, que podem conter Rickettsia e ou-tros patógenos. Para o tratamento preventivo dos cães,prefere-se produtos que contêm atividade acaricida e pro-priedades repelentes.

Tratamento de ambientes internos e externosO nível de infestação ambiental pode ser reduzido coma remoção dos refúgios dos carrapatos. Rachaduras efendas devem ser seladas, e entulhos presentes na pro-

priedade devem ser removidos. Há disponibilidade deuma variedade de produtos com atividade acaricidapara tratamento de áreas internas e externas. A aplica-ção deve ser realizada com cuidado, sob a presença deluz, nos locais utilizados para esconderijo pelos carra-patos.

VacinaçãoVacinas contra o carrapato poderiam contribuir enorme-mente para a prevenção de infestações de carrapatos etransmissão de doenças e, até certo ponto, foram demons-tradas com o desenvolvimento de vacinas que reduzem in-festações de Boophilus spp. no gado.31,32,33

Entretanto, atualmente não há nenhuma vacina “contracarrapato” para utilização em cães, e ela não parece pro-vável no futuro próximo. Os cães não parecem desenvolveratividade imunológica contra carrapatos. O desenvolvi-mento de vacinas contra os patógenos transmitidos pelocarrapato pode ser uma estratégia alternativa adequada.

Observação: A prevenção contra as picadas decarrapato é essencial para reduzir o risco dedoenças protozoárias, bacterianas e virais trans-mitidas pelos carrapatos. Quanto mais tempo ocarrapato se alimenta no hospedeiro, maior aprobabilidade de ele transmitir patógenos.

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Observação: Dependendo do nível de infestaçãoambiental e das condições encontradas, tratamentoadicional da área externa pode ser necessário. A de-tecção e eliminação dos refúgios dos carrapatos sãoimportantes, mas podem ser difíceis

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I N F O B O X 3

O controle de carrapatos fornecido por ectoparasiticidasmodernos se tornou parte importante do cuidado preven-tivo na saúde canina. Entretanto, são raros os estudos decampo que avaliam a eficácia contra carrapato e a reduçãoassociada no risco de transmissão de doenças em condi-ções de vida real. Em 2005, Otranto e colegas realizaramum estudo de campo detalhado que avaliou a infestaçãode carrapatos em cães ao longo de um período de 2meses.35 Eles monitoraram canis no sul da Itália, em uma

região altamente infestada pelo Carrapato Marrom doCão. Esses cães foram divididos em três grupos, dois dosquais foram tratados no dia 0 e dia 28 com imidacloprida(10%) / permetrina (50%) e fipronil (10%)/(S)-metopreno(12%) respectivamente, e o terceiro grupo não foi tratado,sendo utilizado como grupo controle. Nos dias 28 e 56, car-rapatos adultos e imaturos foram coletados nos cães e con-tados. Os resultados referentes a carrapatos imaturosforam observados conforme demonstrado abaixo (Fig. 4).

Os autores sugeriram redução abaixo dos níveis efeti-vos do ingrediente ativo Fipronil e/ou maior eficáciada permetrina contra carrapatos neste estágio devida devido provocar hiperexcitação no parasita, quese movimenta descoordenadamente, é expulso doanimal e morre como justificativa da diferença signifi-cativa na eficácia observada entre os grupos tratadoscontra carrapatos imaturos.Carrapatos imaturos, como carrapatos adultos, apre-sentam risco de transmissão de doenças e são impor-tantes para manutenção das populações no ambiente.A redução do risco de transmissão de doenças cau-sadas por Ehrlichia canis, Anaplasma platys (emborapresumidamente transmitida pelo R. sanguineus, opapel dos carrapatos na transmissão de A. platysnão foi comprovado) e Babesia spp. associadas aoCarrapato Marrom do Cão, também foi investigadaem estudos de campo de larga escala (vide Fig.5).36,37 Esses estudos demonstraram que a utilizaçãode acaricidas que causam a hiperexcitação no para-sita, que se movimenta descoordenadamente, é ex-pulso e morre, sem a necessidade de picá-lo podereduzir significantemente a transmissão de doençastransmitidas pelo carrapato.

Dia Após oTratamento

Imidacloprida(10%)/ permetrina (50%)

Fipronil (10%)/(S)-metopreno (12%)

Controle NãoTratado

Contagem decarrapatos imaturos

% de Eficácia Contagem decarrapatos imaturos

% de Eficácia Contagem decarrapatos imaturos

28 15.1 98.5 230.8 77.4 1,021.4

56 0.8 99.9 105 81.3 560.3

CVBD Redução nainfecção (%)

Ehrlichia canis 94.6

Babesia spp. 94.4

Anaplasma platys 81.9

Fig. 5 Redução do risco de transmissão de diferentespatógenos CVBD®5 em um estudo de campo com cãesabrigados em canis no sul da Itália. Imidacloprida (10%) /permetrina (50%) foi administrado a cada 21* dias por 12meses. A eficácia geral contra R. sanguineus foi 97,9%.37

* O intervalo de 3 semanas no tratamento está de acordocom as indicações do rótulo para flebotomíneos naUnião Europeia. Dados previamente publicados nãodemonstraram diferença na proteção contra a transmis-são de L. infantum e E. canis com utilização de intervalode 2 ou 4 semanas.

Fig. 4 Carga média de carrapatos imaturos e porcentagem de eficácia contra carrapatos imaturos em grupos tratados nos dias 0e 28 com imidacloprida 10% / permetrina 50% e fipronil 10% / metopreno 12% versus controles não tratados.

CONTROLE DE EM CÃESR. SANGUINEUS

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