6º CONGRESSO DOS MÉDICOS AUDITORES E ... Congresso...Asfixia Neonatal (ACOG) – qualquer...
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Ana Gonçalves, Filomena Sousa, Tereza Paula
6º CONGRESSO DOS MÉDICOS AUDITORES E CODIFICADORES CLÍNICOS DO PROCESSO CLÍNICO AO FINANCIAMENTO HOSPITALAR
Relembrando alguns conceitos
Anatomia da circulação fetal
Fisipatologia do equilibrio ácido-base fetal
Avaliação do bem estar fetal
Regras de codificação
Casos Clínicos
Sofrimento Fetal – Índice
Sofrimento Fetal
O Termo “Sofrimento Fetal” surgiu de uma necessidade de se
reconhecer antecipadamente os fetos que poderiam estar em
risco de um desfecho perinatal adverso
asfixia neonatal -> paralisia cerebral Hipóxia fetal
Sofrimento Fetal – Hipóxia Fetal
Hipóxia – Diminuição da pressão
de oxigénio a nivel tecidular
• Placenta • Shunts cardiovasculares
• Ductus Venoso • Foramen Ovale • Canal Arterial
Sofrimento Fetal – Hipóxia Fetal
• Acidose respiratória • Acidose Metabólica
• pH • Défice de bases
Alteração da perfusão da placenta
Acumulação CO2
PCO2
pH
Acidose Respiratória
Diminuição da saturação O2
Metabolismo anaeróbio
ácido lático
pH
Acidose metabólica
Hipóxia – Diminuição da pressão
de oxigénio a nivel tecidular
Sofrimento Fetal – Hipóxia Fetal
• Acidose respiratória
• Acidose Metabólica • Ph • Défice de bases
o pH<7,0
o Défice Bases ≥ 12 mmol/l
Hipóxia – Diminuição da pressão
de oxigénio a nivel tecidular
Mas apenas 4% dos
casos de paralisia
cerebral se devem a
eventos intra-parto!!
Sofrimento Fetal – Asfixia neonatal
Asfixia Neonatal (ACOG) – qualquer situação em que ocorra
hipóxia e acidose metabólica na sequência da qual se verifique
lesão tecidular
Sofrimento Fetal – Asfixia neonatal
Cardiotocografia (CTG)
Ecografia
Sofrimento Fetal – CTG
Categoria I
• FCF 110-160bpm
• Variabilidade 5-25bpm
• Desacelerações tardias ou variáveis: ausentes
• Desacelerações precoces: presentes ou ausenres
• Acelereções: presentes ou ausentes
Categoria II
• Traçados não incluidos nas catergorias I e III
Categoria III
• Variabilidade ausente + Desacelerações tardias ou variáveis recorrentes/ Bradicárdia
• Padrão Sinusoidal
Tranquilizador
Não Tranquilizador
Sofrimento Fetal – CTG
o Etiologia • Restrição de crescimento Fetal, Infecção congénita, anemia
materna…
o Achados CTG • Alterações da FCF basal (taquicardia/bradicardia) • Diminuição da variabilidade • Desacelerações tardias
o Etiologia • Compressão/Prolapso do cordão umbilical, DPPNI,
hiperestimulação uterina, rotura uterina…
o Achados CTG • Desacelerações variáveis ou prolongadas
Sofrimento Fetal – Ecografia
o Avaliação indirecta da perfusão/oxigenação de diferentes centros neurológicos responsáveis pela regulação de:
• Tónus muscular (+/-) • Movimentos fetais (+/-) • Movimentos respiratórios (>30seg) • Líquido Amniótico (Normal/Oligoamnios)
o Avaliação de mecanismos de adaptação fetal à hipóxia (centralização) • Vasoconstrição Artérias Umbilicais • Vasodilatação da artéria cerebral média • Alteração do fluxo do Ductus venoso • Pulsatilidade da veia umbilical
2/0 Máx 8/8
Sofrimento Fetal – Ecografia
Variável Risco de asfixia
CTG Falsos positivos 99%
Perfil Biofísico Sensibilidade 50% para compromisso fetal; VPN 99,9%
Estudo doppler O seu valor na avaliação do bem-estar fetal aumenta nas populações de alto risco
pHmetria Complicações moderadas/graves ocorrem em 10% dos fetos com DB ≥ 12
Sofrimento Fetal
Estado Fetal não
Tranquilizador
Sofrimento Fetal – Regras de Codificação
Sofrimento Fetal – Regras de Codificação
o Desde 1998 a CID inclui no código de sofrimento fetal (fetal distress) a designação acidemia fetal (fetal acidemia)
Perante uma pHmetria do cordão
que revele acidose metabólica
(pH<7,0 + DB≥12), deve ser utilizado
o código de sofrimento fetal/EFNT
Sofrimento Fetal – Regras de Codificação
o Delivery / Complicated (by) / Fetal distress o 656.3 Fetal distress
656 Other known or suspected fetal and placental problems affecting management of mother 656.3 Fetal distress [0,1,3] Fetal metabolic acidemia Excludes: abnormal fetal acid-base balance abnormality in fetal heart rate or rhythm fetal bradycardia fetal tachycardia meconium in liquor
5º Dígito 0: não especificado como episódio de
cuidado ou não aplicável 1: com parto, com ou sem menção de
condição anteparto 2: com parto, com menção a
complicação pós-parto 3: complicação ou condição anteparto 4: condição ou complicação pós-parto
Sofrimento Fetal – Regras de Codificação
o Alterações do CTG o Delivery / Complicated (by) / fetal heart rate or frequency
o 659.7 Abnormality in fetal heart rate or rythm
659 Other indications for care or intervention related to labor and delivery, not elsewhere classified
659.7 Abnormality in fetal heart rate or rhythm [0, 1, 3] Depressed fetal heart tones Fetal: bradycardia tachycardia Fetal heart rate decelerations Non-reassuring fetal heart rate or rhythm
Sofrimento Fetal – Regras de Codificação
o Líquido meconial o Delivery (Pregnancy) / Complicated (by) / Meconium in liquor
o 656.8 Other specified fetal and placental problems
656 Other known or suspected fetal and placental problems affecting management of mother 656.8 Other specified fetal and placental problems [0,1,3] Abnormal acid-base metabolism Intrauterine acidosis Lithopedian Meconium in liquor Subchorionic hematoma
Sofrimento Fetal – Regras de Codificação
A valorização da presença de mecónio no líquido amniótico ou
do traçado do CTG depende da interpretação assumida
pelo médico (de que o mecónio/CTG é sinal de EFNT). Pode
haver mecónio no líquido amniótico ou alterações no CTG sem
que haja indício ou diagnóstico de EFNT.
o Delivery / complicated (by) / indication NEC 659.9 Unspecified indication for care or intervention related to labour and delivery
659 Other indications for care or intervention related to labor and delivery, not elsewhere classified 659.9 Unspecified indication for care or intervention related to labor and delivery
Sofrimento Fetal – Regras de Codificação
Sofrimento fetal - Casos Clínicos
Casos Clínicos
36 anos
I.O: 1001 (1 CST anterior)
IG: 39s+2d
MI: Início de trabalho de parto (4cm de dilatação) – 12:40
Vigilância intraparto:
Analgesia loco-regional – 13:20
17:10 – Desaceleração prolongada com pouca variabilidade; aos
4 min de desaceleração, após rotura artificial de bolsa de águas
(líquido meconial) decide-se cesariana emergente por suspeita
de sofrimento fetal (CTG categoria II + mecónio)
17:26 – CST; RNNV, M, 3250g, I.A 9/10
Alta no terceiro dia de puerpério (sem intercorrências)
Casos Clínicos
Multipara idosa Cesariana Anterior Nado vivo
659.61 654.21
V270
741
7309 Cesariana RABA em TP
CTG 659.71 X
X
X
X
0390 0391
Epid introdução catéter Epid injecção anestésico
Mecónio 656.81 X
Casos Clínicos
28 anos
I.O: 0000
IG: 40s+1d
MI: Rotura prematura de membranas – líquido claro (03:15)
Vigilância intraparto:
Indução TP com misoprostol
Início de trabalho de parto às 9:20
Analgesia loco-regional – 09:40
Durante o período expulsivo CTG categoria II (não tranquilizador)
12:50 – Forceps Naegele aplicado em OIDA, medio, por SF; episiotomia
RNNV, M, 3010g, IA: 7/9
Alta no segundo dia de puerpério (sem intercorrências)
Casos Clínicos RPM<24h IG >40semanas
SF Nado vivo
658.11 645.11
656.31 V270
721 9659
0390 0391
Forceps Naegele Indução com Misoprostol
CTG 659.71
X
X
X
X
X
Epid introdução catéter Epid injecção anestésico
Casos Clínicos
40 anos
I.O: 0000
IG: 36s+5d
MI: Indução de TP por RCF tardio
Vigilância intraparto:
Indução TP com perfusão de ocitocina – 9:00
Início de trabalho de parto às 15:30
Durante o TP CTG com FCF 170bpm, baixa variabilidade e
desacelerações tardias repetidas (categoria III)
18:50 – Cesariana em TP por estado fetal não tranquilizador, sob
anestesia loco-regional
RNNV, M, 2485g, IA: 6/8
pHmetria do cordão: ph 6,95; EB 14
Alta no terceiro dia de puerpério (sem intercorrências)
Casos Clínicos Nulipara idosa
Parto pré-termo CTG Acidemia metabólica Nado vivo
659.51 644.21 659.71
V270
741 734
Cesariana Indução PO
RCF 656.51 X
X
X
X
X
X
656.31
“O objectivo primário da Medicina Materno-Fetal é evitar a
asfixia do feto. No entanto, não sendo este objectivo possível
de obter com os conhecimentos actuais, limitamo-nos a
pretender diagnosticar a existência de hipóxia fetal em
estadios suficientemente precoces que nos permitam evitar a
morte intra-uterina ou sequelas neonatais permanentes.”
Sofrimento Fetal
6º CONGRESSO DOS MÉDICOS AUDITORES E CODIFICADORES CLÍNICOS DO PROCESSO CLÍNICO AO FINANCIAMENTO HOSPITALAR
Ana Gonçalves, Filomena Sousa, Tereza Paula