81857421-58632441-Apostila-de-Custos-Unipan-2009
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Profº Evanilde Drehmer Carminati [email protected]
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Cascavel, fevereiro de 2009.
PLANO DE ENSINO.............................................................................................................................. 3 1- FUNDAMENTOS DE CUSTOS.......................................................................................................... 6
1.1 DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS ....................................................................... 6 1.2 FINALIDADE DAS INFORMAÇÕES DE CUSTOS ...................................................................... 6 1.3 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS....................................................................... 6 1.4 PRINCIPIOS CONTÁBEIS APLICADOS A CUSTOS ................................................................... 7 Exercícios........................................................................................................................................... 8 1.5 UTILIZAÇÃO DE CUSTOS NA INDUSTRIA, COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS........ 9 1.6 TERMINOLOGIA BÁSICA .......................................................................................................... 9 1.7 DIFERENÇA ENTRE CUSTOS E DESPESAS ............................................................................ 13 Exercícios......................................................................................................................................... 14 1.8 ESTOQUE DE MATERIAIS ....................................................................................................... 14 1.9 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES ....................................................................... 14
2- CLASSIFICAÇÃO E ESTUDO DO COMPORTAMENTO DOS CUSTOS ......................................... 26 2.1 FORMAÇÃO DE CUSTOS ......................................................................................................... 26 2.2 CUSTOS DIRETOS .................................................................................................................... 26 2.3 CUSTOS INDIRETOS ................................................................................................................ 27 2.4 CUSTOS VARIÁVEIS ................................................................................................................ 31 2.5 CUSTOS FIXOS ......................................................................................................................... 31 2.6 CUSTOS SEMI-VARIÁVEIS ...................................................................................................... 32 2.7 CUSTOS SEMI-FIXOS ............................................................................................................... 32 2.8 OUTROS TIPOS DE CUSTOS .................................................................................................... 36 2.9 DESPESAS FIXAS E DESPESAS VARIÁVEIS........................................................................... 37 2.10 PROBLEMA DO RATEIO DOS CUSTOS FIXOS...................................................................... 39
3- SISTEMAS DE CUSTEIO ................................................................................................................ 52 3.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO ...................................................................................................... 52 3.2 CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL ........................................................................................... 60 3.3 DIFERENÇA ENTRE CUSTEAMENTO DIRETO VERSUS ABSORÇÃO NA APURAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................................................................ 60 3.4 CUSTEIO POR ATIVIDADE ...................................................................................................... 66
4. DESENHO BÁSICO DOS CUSTOS DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES ............................................ 73 4.1 DEPARTAMENTOS E SUA CLASSIFICAÇÃO.......................................................................... 73 4.2 DEPARTAMENTO E CENTRO DE CUSTOS ............................................................................. 73 4.3 CRITÉRIOS PARA ALOCAÇÃO DE CUSTOS COM BASE EM DEPARTAMENTOS ................ 73
5 PRODUÇÃO POR ORDEM E CONTÍNUA........................................................................................ 84 5.1 PRODUÇÃO POR ORDEM ........................................................................................................ 84 5.2 PRODUÇÃO CONTÍNUA OU POR PROCESSO ....................................................................... 98
6. ESTUDO DO CUSTO PADRÃO ..................................................................................................... 118 6.1 DEFINIÇÃO DE CUSTO PADRÃO .......................................................................................... 118 6.2 TIPOS DE CUSTO PADRÃO.................................................................................................... 118 6.3 UTILIDADES DO CUSTO PADRÃO........................................................................................ 119 6.4 CUSTO REAL .......................................................................................................................... 119 6.5 PERIODICIDADE DA CONSTRUÇÃO DO CUSTO PADRÃO ................................................. 119
7. RELAÇÃO CUSTO/VOLUME E LUCRO ....................................................................................... 122 7.1 CUSTOS (E DESPESAS) FIXOS............................................................................................... 122 7.2 CUSTOS (E DESPESAS) VARIÁVEIS ..................................................................................... 123
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7.3 COMPONENTES PARA APURAÇÃO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO GERAL E UNITÁRIA...................................................................................................................................................... 123 7.4 IMPORTÂNCIA DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ............................................................. 124 7.5 PONTO DE EQUILÍBRIO......................................................................................................... 134 7.6 MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO .................................................................................................. 135
8. TÓPICOS ESPECIAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................... 141 8.1 FORMAÇÃO DO PREÇO A PARTIR DO CUSTO .................................................................... 141 8.2 FORMAÇÃO DO PREÇO A PARTIR DO MERCADO .............................................................. 142 8.3 ELEMENTOS BÁSICOS PARA FORMAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA .................................. 142 8.4 FATOR DE MARCAÇÃO DE CUSTOS “MARK-UP” ............................................................... 144 8.5 OUTROS CONCEITOS DE CUSTOS; CUSTOS IMPUTADOS, CUSTOS PERDIDOS E CUSTOS DE OPORTUNIDADE.................................................................................................................... 151
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PLANO DE ENSINO 1 – IDENTIFICAÇÃO
Colegiado de Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS Ano Letivo: 2009
Área de Ensino: Ciências Sociais Aplicadas
Habilitação: Bacharel em Ciências Contábeis
Nome da Disciplina: CONTABILIDADE DE CUSTOS Anual
Carga horária: 132 Série: 2ª A e B Cód. Disc:
Professor: Evanilde Drehmer Carminati
2 – EMENTA
A contabilidade financeira e de custos. Origem e evolução da contabilidade de custos. Finalidade da contabilidade de custos. Terminologias, classificação dos custos. Princípios contábeis aplicados à custo. Separação entre custos e despesas. Componentes de custos. Departamentalização. Critérios de avaliação de estoques. Produção por ordem e por processo. Sistemas de custeio: absorção e variável. Custos para avaliação de estoques. Critérios de rateio dos custos indiretos e taxas pré-determinadas. Custos segundo sua natureza. Esquema básico da contabilidade de custo. Materiais diretos. Mão-de-obra direta e indireta, custo padrão e custo real. Influência das variações de preços.
3 – OBJETIVOS DA DISCIPLINA
3.1 – Gerais
Apresentar ao acadêmico os conceitos básicos da contabilidade de Custos, bem como as ferramentas utilizadas para a análise e tomada de decisão com base nos custos.
3.2 – Específicos
Promover conhecimentos para o educando resolver casos envolvendo questões de custeio, análise de preço, planejamento do lucro e outras questões da contabilidade e administração de custos, além de capacitá-lo a interpretar relatórios emitidos pela contabilidade de custos e tomar decisões.
4 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Bimestre Conteúdo
Primeiro
1 - FUNDAMENTOS DE CUSTOS 1.1 - Definição de contabilidade de custos 1.2 - Finalidade das informações de custos 1.3 - Evolução da Contabilidade de Custos 1.4 - Princípios contábeis aplicados a Custos 1.5 - Utilização de Custos na Indústria, Comércio e Prestação de Serviços 1.6 - Terminologias: Custos, gastos, invest., despesas, desembolso e perdas 1.7 - Diferença entre Custos e Despesas 1.8 - Estoque de Materiais 1.9 - Critérios para avaliação de estoques 1.10- Classificação ABC de Estoque de Materiais 2 - CLASSIFICAÇÃO E ESTUDO DO COMPORT. DOS CUSTOS 2.1 - Formação de Custos 2.2 - Custos diretos 2.3 - Custos indiretos 2.4 - Custos variáveis
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2.5 - Custos fixos 2.6 - Custos semi-variáveis 2.7 - Custos semi-fixos 2.8 - Outros tipos de Custos 2.9 - Despesas fixas e despesas variáveis
Segundo
3 - SISTEMAS DE CUSTEIO 3.1 - Custeio por absorção 3.2 - Custeio direto ou variável 3.3 - Diferenças entre custeamento direto versus absorção na apur. resultados 3.4 - O Problema do rateio dos custos fixos 3.5 - Custeio por Atividades 4 - DESENHO BÁSICO DOS CUSTOS DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES 4.1 - Departamentos e sua classificação 4.2 - Departamento e centro de custos 4.3 - Critérios para alocação de custos com base em departamentos
Terceiro
5 - PRODUÇÃO POR ORDEM E CONTÍNUA 5.1 - Produção por ordem 5.2 - Produção contínua ou por processo 6 - ESTUDO DO CUSTO PADRÃO 6.1 - Definição de custo padrão 6.2 - Tipos de padrão 6.3 - Utilidades do custo padrão 6.4 - Custo real 6.5 - Periodicidade da construção do custo padrão
Quarto
7 - RELAÇÃO CUSTO/VOLUME E LUCRO 7.1 - Custos e Despesas fixos 7.2 - Custos e Despesas Variáveis 7.3 - Componentes p/apuração da margem de contribuição geral e unitária 7.4 - Importância da Margem de Contribuição 7.5 - Ponto de Equilíbrio 7.6 - Maximização do Lucro 8 - TÓPICOS ESPECIAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 8.1 - Formação do preço a partir do custo 8.2 - Formação do preço a partir do mercado 8.3 - Elementos básicos para formação de preços de venda 8.4 - Fator de marcação de custos "mark-up" 8.5 - Outros conceitos de custos: custos imputados, custos perdidos e custos de oportunidade.
5 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A disciplina será desenvolvida através de aulas expositivas, projeção de transparências, aula participativa, debate de questões, trabalho em equipes, resolução de exercícios práticos, além de simulações (cases, problemas de empresas e jogos empresariais).
6 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
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Provas bimestrais - individual escrita (Peso 7,0); e trabalhos em equipes de no máximo 4 (quatro) alunos com (Peso 2,0). Também debates em sala, exercícios, estudos (avaliação pela paraticipação - Peso 1).
7 – BIBLIOGRAFIA INDICADA
7.1 – BÁSICA
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9ª.ed. São Paulo: Atlas, 2003 RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
7.2 – COMPLEMENTAR
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1998. NAKAGAWA, Masayki. Gestão Estratégica de Custos. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. BRUNI, Adriano Leal et al. Gestão de Custos e Formação de Preços. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. CREPALDI, Silvio Aparecido.Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. NASCIMENTO, Jonilton Mendes. Custos. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. MARTINS, Elizeu et al. Contabilidade de Custos Livro de Exercícios. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. JIMBALVO, James. Contabilidade Gerencial. São Paulo: LTC Editora, 2002
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1- FUNDAMENTOS DE CUSTOS
1.1 DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Contabilidade consiste no processo sistemático e ordenado de registrar as alterações ocorridas no
patrimônio de uma entidade. A contabilidade pode assumir diferentes formas, dependendo do usuário e da
informação requerida:
� Contabilidade financeira: condicionada às imposições legais e requisitos fiscais (utilizada para o
pagamento dos tributos e fornecimento de informações com finalidade financeira: distribuição
de lucros, pagamento de dividendos entre outras);
� Contabilidade tributária: estuda e controla os fatos que podem afetar o patrimônio e efetua o
planejamento tributário;
� Contabilidade gerencial: voltada à administração das empresas, não se condiciona às imposições
legais e tem por objetivo a geração de informações úteis para a tomada de decisões;
� Contabilidade custos: voltada à análise dos gastos realizados pela empresa no decorrer de suas
operações. (Bruni et al, 2004)
A Contabilidade de Custos é um ramo da Contabilidade aplicado às empresas industriais e prestadoras
de serviços e não está presa aos requisitos legais ou fiscais, nem a convenções padronizadas.
“Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos
produtos e/ou serviços. Ela tem a função de gerar informações precisas e rápidas para a administração, para a
tomada de decisões.” (CREPALDI, 2002, pg.13)
“Custo é o somatório dos bens e serviços consumidos ou utilizados na produção de novos bens ou
serviços, traduzidos em unidades monetárias.” (NASCIMENTO, 2001, PG.25)
1.2 FINALIDADE DAS INFORMAÇÕES DE CUSTOS
� Determinação do lucro: através de dados obtidos na contabilidade, processando-os de maneira diferente,
tornando-os mais úteis à administração;
� Controle das operações: controle dos recursos produtivos e dos estoques através de padrões e
orçamentos, comparações entre o previsto e realizado;
� Tomada de decisões: envolvendo produção (o que, quanto, como e quando fabricar), formação de
preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada.(Bruni e Fama, 2004, pg.25)
1.3 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Contabilidade de Custos surgiu da contabilidade geral pela necessidade de fazer um controle maior sobre
os valores a serem atribuídos aos estoques de produtos na indústria e pena necessidade de decidir sobre quanto e
como produzir. (CREPALDI, 2002)
A Contabilidade de Custos desenvolveu-se com a Revolução Industrial, e teve que se adaptar à nova
realidade econômica, com o surgimento das máquinas e a produção em grande escala. Até então as empresas
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apenas compravam e revendiam mercadorias, dedicando-se apenas ao comércio. Para apurar o resultado das
operações com mercadorias, calculava-se o Custo das Mercadorias Vendidas. (CREPALDI, 2002)
Como as empresa industriais passaram a produzir em grande quantidade, por meio de máquinas, o custo do
produto deveria incluir todos os elementos utilizados na fabricação do produto. Os componentes do custo
industrial – material direto (Matéria-prima, material secundário e embalagem), mão-de-obra direta empregada
na fabricação do produto (incluindo o valor dos salários e encargos) e custos indiretos de fabricação (demais
gatos fabris) formam o Custo dos Produtos Produzidos – CPP, parte integrante do Custo dos Produtos Vendidos
– CPV. (CREPALDI, 2002)
1.4 PRINCIPIOS CONTÁBEIS APLICADOS A CUSTOS
Entre os Princípios Fundamentais aplicados em custos, podem ser mencionados:
� Competência ou Confrontação: as receitas são reconhecidas quando realizadas, ou seja, quando da
entrega da mercadoria ou produto ou serviço em troca de elementos do ativo. A Despesa, por sua vez,
deve ser registrada no período em que são incorridas. Logo, o lucro ou prejuízo só se realiza no ato da
venda;
� Registro pelo Valor Original: Os ativos devem ser registrados pelo valor de entrada (valor da nota
fiscal). Os custos de produção são lançados na contabilidade pelo valor de compra, para que no Balanço
os estoques apareçam pelos valores dos custos de produção.
� Prudência ou conservadorismo: na dúvida em como fazer um lançamento contábil, deve-se usar de
cautela. Na dúvida entre custo de produção ou despesa do período, deve prevalecer a escolha que
representa redução imediata do resultado, portanto, despesa do período (Bruni et al, 2004).
� Consistência ou uniformidade: o processo para registro contábil não deve ser mudado com freqüência,
para não prejudicar os resultados contábeis. A mudança, quando necessária, pode ser efetuada caso
algum fato relevante o justifique, devendo ser feita a divulgação de seu efeito nas demonstrações
contábeis;
� Objetividade, materialidade ou relevância: os itens considerados de pequeno valor (irrelevante) não
devem consumir muitos recursos da empresa para sua apuração (Crepaldi, 2002). Desobriga, portanto de
um tratamento mais rigoroso aqueles itens cujo valor monetário é pequeno dentro dos gatos totais
(Martins, 2006)
� Realização da Receita: Determina o reconhecimento contábil do resultado (lucro ou prejuízo) apenas
quando da realização da receita e, em regra geral, isso ocorre quando da transferência do bem ou do
serviço para terceiros (Martins, 2006).
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Exercícios
1. O princípio envolvido para o correto reconhecimento das despesas é:
a) Custo Histórico como Base de Valor;
b) Competência ou confrontação;
c) Conservadorismo ou Prudência;
d) Materialidade ou Relevância;
e) Consistência ou Uniformidade.
2. Segundo o Princípio da Realização, considera-se realizada a receita quando:
a) Do pagamento por terceiros pelo bem ou serviço;
b) Da transferência do bem ou serviços a terceiros;
c) Há o aumento do caixa em decorrência da venda;
d) Da diminuição da conta do cliente comprador;
e) Da apuração do resultado do período da venda.
3. A regra contábil que desobriga de um tratamento mais rigoroso aqueles itens cujo valor monetário é pequeno,
dentro dos gastos totais, é conhecida como Princípio:
a) Da Materialidade ou Relevância;
b) Do Conservadorismo ou Prudência;
c) Do Custo Histórico como Base do Valor;
d) Da Consistência ou Uniformidade;
e) Da Realização da Receita.
4. Do ponto de vista econômico, o lucro surge durante:
a) O pagamento por terceiros pelo bem ou serviço;
b) A transferência do bem ou serviço a terceiros;
c) O aumento do caixa em decorrência da venda;
d) A apuração do resultado do período da venda;
e) A elaboração do bem ou serviço pela empresa.
5. O uso do Princípio do Custo Histórico como Base de Valor para a avaliação de estoques deve ser abandonado
quando há:
a) Custo de oportunidade;
b) Alta inflação do país;
c) Valor de mercado menor;
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d) Devedores duvidosos;
e) Juros sobre o capital.
6. Se a empresa usar diferentes bases e critérios da rateio dos custos indiretos ao longo do tempo, ela estará
ferindo o Princípio:
a) Do Conservadorismo;
b) Da Materialidade;
c) Da Consistência;
d) Da Relevância;
e) Da Prudência.
1.5 UTILIZAÇÃO DE CUSTOS NA INDUSTRIA, COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
A empresa comercial se limita a revender mercadorias, sendo seu custo definido como: Custo das
Mercadorias Vendidas – CMV. O custo das mercadorias corresponde ao valor constante na Nota Fiscal, pago ao
fornecedor, diminuído dos impostos recuperáveis, acrescidos das despesas com transportes (fretes e seguros
pagos até a chegada no estabelecimento). CMV = Estoque inicial + compras – estoque final
A prestação de serviços utiliza-se da contabilidade para apuração do custo dos serviços prestados – CSP –
ou Custo dos serviços vendidos – CSV. Este custo é formado com a mão-de-obra utilizada acrescida de possíveis
materiais necessários aos serviços.
A indústria compra a matéria-prima, transforma essa matéria-prima em um produto acabado e o vende Na
transformação do material em produto utiliza a mão-de-obra e outros custos de fabricação, originando o Custo
dos produtos vendidos – CPV
CPV =Estoque inicial de produtos acabados (EIPA) + custo dos produtos produzidos (CPP) – estoque final
de produtos acabados (EFPA)
CPP = estoque inicial de produtos em produção + custos de produção do período – estoques finais de
produtos em produção
1.6 TERMINOLOGIA BÁSICA � Gastos ou dispêndios: sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou
serviço, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente
dinheiro);
� Investimentos: gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuídos a futuros
períodos. Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima,
contabilizada temporariamente como circulante; a máquina é um gasto que se transforma em
investimento permanente; as ações de outras empresas são classificadas como investimentos
permanentes ou circulantes;
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� Custos: Gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços: Matéria-
prima, mão-de-obra, embalagens etc.
� Despesas: Bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão
associadas à produção de um produto ou serviço: salários de vendedores, de funcionários da
administração etc.;
� Desembolsos: pagamento resultante da aquisição de bens ou serviços, independentemente de quando o
produto ou serviços foi ou será consumido. Não confundir despesa com desembolso;
� Perdas: Bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária e não se confundem com a
despesa e muito menos com o custo. Não é um sacrifício feito com a obtenção de receita. Exemplos:
perdas com incêndios, obsoletismo dos estoques. (Bruni et al, 2004)
EXERCÍCIOS
1-. (Martins e Rocha, 2006) – Classificar os eventos descritos a seguir, relativos a um banco comercial, em
investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P), seguindo a terminologia contábil:
( ) Compra de Impressos e material de escritório
( ) Gastos com salários do pessoal operacional de agência
( ) Consumo de energia elétrica
( ) Gastos com transporte de numerário (carro-forte)
( ) Telefone (Conta mensal)
( ) Manutenção do sistema de processamento de dados
( ) Utilização de impressos para acolher depósitos
( ) Reconhecimento de crédito como não recebível
( ) Gastos com envio de talões de cheques a clientes
( ) Depreciação de equipamentos (computadores)
( ) Remuneração de tempo ocioso
( ) Consumo de material de escritório da administração
( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral
( ) Remuneração de gerentes
( ) Depreciação de prédios das agências
( ) Gastos com treinamento e desenvolvimento de funcionários
( ) Depreciação do prédio sede administrativa do banco. 2 (Martins e Rocha, 2006) - Classificar os eventos abaixo, relativos a uma indústria, como Investimento (I),
Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P), seguindo a terminologia contábil:
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( ) Compra de matéria-prima
( ) Consumo de energia elétrica
( ) Gastos com mão-de-obra
( ) Consumo de combustível
( ) Gastos com pessoal do faturamento (salários)
( ) Aquisição de máquinas
( ) Depreciação de máquinas
( ) Comissões proporcionais às vendas
( ) Remuneração do pessoal da Contabilidade Geral (Salários)
( ) Depreciação do prédio da fábrica
( ) Consumo de matéria-prima
( ) Aquisição de Embalagens
( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente
( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve
( ) Geração de sucata no processo produtivo
( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de produtos
( ) Reconhecimento de duplicata como não recebível
( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos
( ) Gastos com seguros contra incêndio da fábrica
( ) Consumo de embalagens
3. Os recursos relativos ao processo produtivo são denominados, terminologia contábil:
a) Despesas
b) Perdas
c) Investimentos
d) Custos
e) Desembolsos.
4. Os recursos relativos à administração geral, às vendas e aos financiamentos são denominados, na terminologia
contábil, de:
a) Custos
b) Despesas
c) Desembolsos
d) Investimentos
e) Perdas.
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5. Classifique como custos ou despesas os seguintes gastos: Comissões de vendedores 80.000 Salários de fábrica 120.000 Matéria-prima consumida 350.000 Salários da administração 90.000 Depreciação na fabrica 60.000 Seguros na fábrica 10.000 Despesas financeiras 50.000 Honorários da diretoria 40.000 Materiais diversos – fabrica 15.000 Energia elétrica – fabrica 85.000 Manutenção – fabrica 70.000 Despesas de entrega 45.000 Correios, telefone e telex 5.000 Material de consumo – escritório 5.000 Total dos gastos 1.025.000 Custos de produção Total 710.000 Despesas administrativas Total 140.000 Despesas de vendas Total 125.000 Despesas financeiras
6. (Martins e Rocha, 2006) – Dados os seguintes eventos ocorridos em determinada empresa no mês de abril:
a- Compra de material no valor de R$ 10.000,00 a pagar no mês seguinte;
b- Pagamento, em cheque, dos salários relativos ao mês de março: R$ 5.000,00;
c- Utilização de mão-de-obra, a pagar em maio, sendo: pessoal da produção R$ 8.000,00, e da administração, R$
3.000,00;
d- Contabilização da depreciação do mês, sendo: dos equipamentos da produção R$ 7.500,00; dos veículos de
uso da diretoria, R$ 2.500,00;
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e- Consumo de parte do material adquirido no item 1, sendo: na produção R$ 3.800,00 e na administração, R$
1.000,00;
f- Perda anormal de material na produção: R$ 200,00
g- Energia elétrica adquirida e consumida no mês, a pagar no mês seguinte, R$ 8.000,00. Uma quarta parte desse
total cabe às áreas administrativa e comercial da empresa e o restante à produção;
h- Compra de uma máquina de produção por R$ 50.000,00, a pagar em duas parcelas iguais, sem juros, tendo
sido a primeira paga no ato da compra. Entrará em operação no mês seguinte;
i- Uma enchente inesperada destruiu parte dos materiais: R$ 2.000,00.
Utilizando a terminologia normalmente empregada no meio contábil, pede-se:
a) classificar os eventos de abril;
b) calcular o valor dos gastos, desembolsos, investimentos, custos, despesas e perdas.
1.7 DIFERENÇA ENTRE CUSTOS E DESPESAS
� Custos: São gastos incorridos para a elaboração do produto, são aqueles utilizados no processo de
produção de bens e serviços. Diz-se que, enquanto os produtos ficam estocados, os custos são ativados,
destacados na conta Estoques do Balanço Patrimonial, e não na Demonstração do Resultado do
Exercício. Somente farão parte do cálculo do Lucro ou Prejuízo quando de sua venda, sendo
incorporados, então, à Demonstração do Resultado e confrontados com as Receitas de Vendas.
� Despesas: Estão associadas a gastos administrativos e/ou com vendas e incidência de juros (despesas
financeiras). Possuem natureza não fabril, integrando a Demonstração do Resultado do Exercício do
período em que incorrem. Diz-se que as despesas estão associadas ao momento de seu consumo ou
incorrência. (Bruni et al, 2004).
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Exercícios
1. (Martins e Rocha, 2006) - Como exemplo de despesas especificamente incorridas para consecução das
principais receitas, há a despesa de:
a) Administração
b) Propaganda;
c) Manutenção;
d) Comissão de Vendas;
e) Depreciação.
2. (Martins e Rocha, 2006) - Devem ser classificados como custos de produção os itens:
a) Matéria-prima, mão-de-obra, honorários da diretoria;
b) Honorários da diretoria, fretes e seguros da fábrica;
c) Seguros da área de produção e material de embalagem;
d) Matéria-prima, Seguros da fábrica e fretes nas vendas;
e) Honorários da diretoria e fretes nas vendas.
1.8 ESTOQUE DE MATERIAIS
Os estoques de materiais podem ser classificados em:
� Materiais diretos: compreendem a matéria-prima (componente físico que sofre a transformação, como
o tecido, por exemplo) e materiais secundários (botões, linha) e embalagem. Materiais diretos são
aqueles que podem ser apropriados ao produto através de uma medida de consumo;
� Materiais indiretos: são os empregados na fabricação do produto, mas, devido à dificuldade de cálculo
quanto à quantidade utilizada em cada produto fabricado, são considerados materiais indiretos.
� Estoque de produtos em andamento: representa o valor dos produtos em processo, em fabricação, os
produtos que ainda não estão acabados para serem vendidos;
� Estoque de produtos acabados : representa o saldo dos produtos disponíveis para venda, em estoque,
no depósito de produtos acabados da empresa.
1.9 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
� UEPS: último a entrar, primeiro a sair, ou em inglês, Lifo, last in, first out. O custo a ser contabilizado
em decorrência de consumo no processo produtivo é feito “da frente para trás”. São baixados, em
primeiro lugar, os materiais diretos adquiridos mais recentemente e, depois os mais antigos, nesta ordem.
A legislação fiscal brasileira não permite o emprego desse critério em decorrência da “antecipação” dos
benefícios fiscais, decorrentes do cálculo de custos maiores, especialmente em épocas de altas taxas de
inflação.
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� PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair, ou, em inglês, fifo, first in, first out. O custo a ser contabilizado
em decorrência de consumo no processo produtivo é feito “de trás para a frente”. São baixados, em
primeiro lugar, os materiais diretos adquiridos há mais tempo e, depois, os mais novos, nesta ordem.
� MPM ou Custo Médio Ponderado: pode ser móvel ou fixo. O custo a ser contabilizado representa uma
média dos custos de aquisição. (Crepaldi, 2002)
�
EXERCÍCIOS 1. Em 02 de abril a Fabrica Bom Tempo Ltda adquiriu 3 toneladas do produto químico Beta Seis por R$
40.000,00 cada uma. Em 08 de abril comprou mais 2 toneladas por R$ 88.000,00 no total e em 15 de abril
comprou mais 1 tonelada a R$ 54.000,00. No dia 18 de abril, efetuou uma única de 4 toneladas do estoque,
empregando-as no processo produtivo. Qual o custo incorrido com os materiais diretos, considerando o método
do PEPS, UEPS e da MPM?
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO PEPS
Material: código
Data entradas Saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO UEPS
Material: código
Data entradas Saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
16
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO MPM
Material: código
Data entradas Saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
2- Durante a produção de chumbadas para redes de pesca, a Fábrica Pesadinhas Ltda utiliza chumbo como
matéria-prima. No mês de janeiro, com estoque inicial nulo, fez as transações relacionadas a seguir. Calcule o
custo do mês, com base nos critérios PEPS, UEPS e MPM.
Data Descrição 03/06 Compra de 300kg. Pelo total de $ 3.300,00 06/06 Consumo de 170 kg 09/06 Aquisição de 500 kg ao custo de R$ 15,00 o quilo 15/06 Consumo de 260 kg. 18/06 Compra de 250 kg ao custo de $ 18,00 o quilo 21/06 Consumo de 400 kg.
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO PEPS
Material: código
data entradas saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
17
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO UEPS
Material: código
data entradas saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO MPM
Material: código
data entradas saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
3- Elabore as fichas de estoque do material segundo o método PEPS, UEPS e o MPM da seguinte
movimentação:
Dia Quantidade Kg. Preço unit $ Total $ Consumo kg 03 08 12 25 30
1.500 2.500
- 1.000
-
10 12 - 13 -
15.000 30.000
- 13.000
- -
1.500 -
2000
18
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO PEPS
Material: código
data entradas saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO UEPS
Material: código
data entradas saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO MPM
Material: código
data entradas saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
19
4 - Com base na movimentação do material elabore as fichas de controle de estoque e do Mapa de
apuração do custo do material:
� Estoque inicial: 2.000 unidades a R$ 5,00/unidade
� Dias 03: compra de 800 unidades a R$ 6,00/unidade
� Dias 05: compra de 2.200 unidades a R$ 5,00/unidade
� Dia 10: requisição de 2.000 unidades p/ aplicação no produto “B”
� Dia 12: requisição de 1.500 unidades para aplicação no produto “A”;
� Dia 15: compra de 1.000 unidades a R$ 6,00/unidade
� Dia 17: devolução ao depósito de matérias-primas do excesso de 1.000 unidades das 2.000 unidades
requisitadas no dia 10 para aplicação no produto “B”
� Dia 18: compra de 3.500 unidades a R$ 5,80/unidades
� Dia 25: requisição de 2.000 unidades para aplicação no produto “B”
� Dia 28: requisição de 3.000 unidades para aplicação no produto “A”
� Dia 30: requisição de 500 unidades para aplicação no produto “B”
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO PEPS
Material: código
data entradas saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
20
MAPA DE APURAÇÃO DE CUSTO DE MATERIAL
Ordem de produção, ou de serviço, ou Centro de custo ou produto
Data Produto A Produto B Total
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO MPM
Material: código
Data entradas Saídas saldo
quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot quant R$ unit R$ tot
21
MAPA DE APURAÇÃO DE CUSTO DE MATERIAL
Ordem de produção, ou de serviço, ou Centro de custo ou produto
Data Produto A Produto B Total
5. A Comercial Pinheiro Ltda que iniciou suas atividades em 01/12/2006, apresentou até 31/12/2006, data do
primeiro balanço, a seguinte movimentação, em relação a uma determinada mercadoria:
Data Natureza da operação Valor total
08/12/2006 Compra de 30 unidades 2.400,00(*)
16/12/2006 Venda de 05 unidades 500,00
23/12/2006 Compra de 40 unidades 3.600,00(*)
31/12/2006 Venda de 20 unidades 2.200,00
(*) Valor liquido de ICMS
O valor do estoque final, avaliado pelo método PEPS, atingiu o montante de:
a) 3.300,00
b) 4.050,00
c) 4.000,00
d) 3.600,00
6. Considerando os dados abaixo, na ordem apresentada, apure, respectivamente, o custo das mercadorias
vendidas e o valor do estoque, com base no custo médio ponderado, sabendo-se que no decorrer das operações,
foram enviadas ao fornecedor para conserto, 125 unidades:
� Saldo inicial de 100 unidades a R$ 11,00 cada
� Aquisição de 300unidades por R$ 3.200,00 + Frete no valor de R$ 300,00
� Venda de 200 unidades por R$ 5.000,00
� Aquisição de 150 unidades por R$ 2.075,00
� Aquisição de 50 unidades por R$ 825,00
� Venda de 180 unidades por R$ 4.100,00 + Frete no valor de R$ 200,00
22
a) R$ 4.340,00 e R$ 2.560,00
b) R$ 4.640,00 e R$ 2.860,00
c) R$ 6.100,00 e R$ 2.560,00
d) R$ 6.400,00 e R$ 2.860,00
7. Uma empresa comercial mantém controle permanente de estoque e o avalia pelo método do custo médio
ponderado.O estoque final de mercadorias em 28 de fevereiro de 2002 era de 200 unidades avaliadas ao custo
médio unitário de R$ 10,00. As compras e as vendas dessas mercadorias estão isentas de tributações. Em março
de 2002 a empresa realizou os seguintes movimentos de compra e venda de mercadorias:
02/93/2002 compra a prazo de 500 unidades pelo valor total de R$ 5.200,00
03/03/2002 Venda de 500 unidades pelo valor total de R$ 6.000,00
04/03/2002 Compra a vista de 400 unidades ao preço unitário de R$ 15,00
05/03/2002 Venda à vista de 200 unidades ao preço unitário de R$ 18,00
Com base nas informações, é CORRETO afirmar que:
a) O custo total das vendas do dia 3 de março foi de R$ 5.900,00
b) O Lucro Bruto total das operações alcançou a cifra de R$ 3.900,00
c) O Lucro Bruto alcançado nas vendas do dia 5 de março foi de R$ 3,00 por unidade
d) O Estoque Final existente após a venda do dia 5 de março é de 300 unidades ao custo médio de R$
14,40.
8. Uma empresa apresenta, no sistema de controle de estoque, no item matéria-prima, em quilos:
Data Entrada Saída Saldo
31/03/07 250
06/04/07 200 450
09/04/07 90 540
17/04/07 30 570
18/04/07 230 340
22/04/07 170 170
O Estoque inicial foi comprado a R$ 1,50 o quilo. As demais compras foram a R$ 1,70, R 1,90 e R$ 2,10 o quilo
respectivamente. Pelo método PEPS o estoque final é de:
a) R$ 255,00
b) R$ 289,00
c) R$ 319,00
d) R$ 357,00
23
9. Uma empresa que trabalhava com um único tipo de mercadoria realizou, na ordem abaixo, as seguintes
operações:
1ª) Compra de 20 unidades a R$ 20,00 cada e com destaque de 17% de ICMS
2ª) Compra de 30 unidades a R$ 25,00 cada e com destaque de 17% de ICMS
3ª) Venda de 15 unidades a R$ 50,00 cada e com destaque de 17% de ICMS
Tendo em vista que essa empresa adota o Método do Custo Médio Ponderado Variável, podemos afirmar que o
custo das mercadorias vendidas relativo à 3ª operação é de:
a) R$ 286,35
b) R$ 337,50
c) R$ 345,00
d) R$ 403,65
10. (CFC) =- Uma empresa apresenta seu orçamento de produção estimado para 2003, com um total de receita
de 495.000 unidades, um estoque estimado no início do ano de 82.500 unidades e um estoque desejado no final
do ano de 49.000 unidades. A produção anual total, indicada no orçamento de produção, em unidades, será de:
a) 363.500 unidades
b) 461.500 unidades
c) 528.500 unidades
d) 544.000 unidades
11. (Martins e Rocha, 2006) – A Empresa Modd’s Hair produz um único produto (xampu de camomila) que é
vendido, em média por R$ 9,50 cada unidade (preço líquido de tributos). Em determinado período, em que não
houve estoques iniciais, produziu integralmente 14.000 unidades, e incorreu nos seguintes custos e despesas:
Supervisão da fábrica R$ 17.000,00
Depreciação dos equipamentos de fábrica R$ 10.000,00
Aluguel do galpão industrial R$ 2.400,00
Administração geral da empresa R$ 8.000,00
Material direto R$ 2,00 por unidade
Mão-de-obra direta R$ 1,50 por unidade
Energia elétrica consumida na produção R$ 0,40 por unidade
Comissão s/vendas R$ 0,75 por unidade
Frete para entregas produtos vendidos R$ 0,15 por unidade
Considerando-se que no final do período havia 1.000 unidades do produto acabado em estoque, e que não houver
perdas, pede-se calcular: a) O Estoque Final dos produtos acabados.
b) O Lucro (ou prejuízo) do período.
24
12. (Martins e Rocha, 2006) – A Empresa Camanducaia foi constituída em 02/01/X1 com capital inicial de R$
100.000,00 totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional. O objeto da empresa é produzir
artigos para festas em geral. O preço médio de venda do produto acabado é de R$ 9,50 por unidade. Impostos e
comissões sobre a receita bruta totalizam 20% do preço. Durante o mês de janeiro ocorreram os seguintes custos
e despesas todos pagos dentro do mês.
Aluguel da fábrica R$ 3.000,00 Supervisão da fábrica R$ 9.000,00 Matéria-prima ($ 3,00/u) R$ 36.000,00 Mão-de-obra direta R$ 24.000,00 Despesas Administrativas R$ 8.000,00 No final do mês, 12.000 pacotes de confete haviam sido integralmente produzidos e vendidos 10.000 pacotes.
Pede-se:
A) A Demonstração de Resultados relativa ao mês de janeiro
b) O Balanço Patrimonial do dia 31 de janeiro.
1.10 CLASSIFICAÇÃO ABC DE ESTOQUES DE MATERIAIS
Segundo Crepaldi (2002) em relação às atividades relacionadas ao controle de estoques, pode ser feita a
classificação dos itens armazenados, destacando os de elevado valor em relação aos demais. Pode-se aplicar a
classificação ABC, na qual os itens são agrupados da seguinte forma:
� Itens A: são aqueles cujos estoques apresentam elevado valor relativo e, portanto, merecem um controle
mais rigoroso que os demais. Os inventários podem ser mais freqüentes, mensais, semanais ou diários;
� Item B: em valores, não são tão representativos como os estoques dos itens A, mas representam,
também, elevada aplicação de recursos. Podem ser inventariados em uma freqüência menor:
mensalmente, trimestralmente ou semestralmente;.
� Item C: representam estoques que são bastante numerosos em termos de itens, porém pouco
representativos em termos de valor. Costumam somente ser inventariados no momento do balanço.
Sugestão para classificação ABC
Eixo/classe A B C
Valor do conjunto 67 – 75% 15 – 30% 5 – 10%
Número de itens 10 - 20% 20 – 25% 50 – 70%
25
EXERCICIOS 1. Classificar os estoques de materiais pelo método ABC (Bruni et al, 2004):
Itens Valor Arruelas 350,00 Componentes mecânicos 1.800,00 Componentes químicos 106.420,00 Correias 13.360,00 Embalagens 34.600,00 Equipamentos de proteção 1.560,00 Graxas industriais 890,00 Óleo combustível 14.990,00 Parafusos 420.00 Porcas 220,00 Somas 174.610,00 Itens Valor $ % % acumulado Classificação
Componentes químicos 106.420,00 60,95 60,95 A Embalagens 34.600,00 19,81 80,76
2 A Cutelaria Cortante S.A apurou que seus estoques em 31.12.2005 estariam avaliados de acordo com a
tabela seguinte. Assim, qual seria a classificação ABC dos itens relacionados (Bruni et al, 2004):
Item Valor R$ % Linhas de costura 80,00 Cera polidora 600,00 Óleo lubrificante 450,00 Cabos 80.000,00 Plástico de embalagem 3.500,00 Filmes de polietileno 360,00 Filtros 560,00 Peças de reposição 8.200,00 Fitas adesivas para embalagem 800,00 Couro 16.000,00 Rolamentos industriais 1.400,00 Parafusos 1.300,00 Caixas de papelão 2.600,00 Chapas 150.000,00 Total 265.850,00 100,00
26
Item Valor $ % % acumulado classificação 2- CLASSIFICAÇÃO E ESTUDO DO COMPORTAMENTO DOS CUSTOS
2.1 FORMAÇÃO DE CUSTOS
Os custos são formados com a utilização de recursos humanos e materiais com o intuito de produzir-se um
novo bem ou serviço;
� Recursos materiais: matérias primas e outros materiais
� Recursos humanos: serviços prestados por pessoas físicas vinculadas à empresa ou prestados por
terceiros;
Outros recursos : água, luz, transporte, segurança, manutenção.
2.2 CUSTOS DIRETOS
São os que podemos apropriar diretamente aos produtos, e variam com a quantidade produzida.
Exemplo: Material direto, mão-de-obra direta. (Crepaldi, 2002)
2.2.1 Material Direto (MD)
� Matéria prima: é o principal material que entra na composição do produto final. Ela sofre
transformação no processo de fabricação. É o material, que do ponto de vista da quantidade, é o mais
empregado na produção. Exemplo: tecido na confecção de roupas, madeira na fabricação de móveis.
� Material secundário: é o material direto, de caráter secundário; não é o componente básico na
composição do produto, mas é perfeitamente identificável ao produto. Exemplo: parafusos nos móveis
(se houver controle de consumo; se não houver, serão tratados como custos indiretos), botão nas roupas,
etc.
27
� Embalagens: materiais utilizados para embalagem do produto ou seu acondicionamento para remessa.
São materiais diretos devido à fácil identificação com o produto. Exemplo: saco plástico onde é
colocada a roupa. (Crepaldi, 2003)
2.2.2 Mão-de-obra Direta (MOD)
É o custo de qualquer trabalho humano diretamente identificável e mensurável com o produto. Exemplo:
salários, inclusive os encargos sociais ( 13º, férias, INSS, FGTS) dos empregados que trabalham diretamente na
produção. É a mão-de-obra empregada na transformação do material direto em produção acabada. (Crepaldi,
2002)
Encargos Sociais: são os gastos da empresa incidentes sobre a folha de pagamento que não
correspondem a um trabalho efetivo do funcionário (operário). (Crepaldi, 2002). Os encargos sociais dividem-se
em:
� Gastos sem contraprestação de serviço – são as obrigações das empresas relativas a seus empregados
sem que eles tenham ficado à disposição da empresa. Exemplo: férias, 13º salário, DSR – Descanso
Semanal Remunerado – feriados;
� Contribuições sociais – são os encargos dos empregados para a formação de fundos para o
desenvolvimento de atividades sociais.
Contribuições que incidem em uma empresa normal:
� Previdência social - 20%
� Seguro de acidente de trabalho – de 1 a 3%
� Contribuição para terceiros: 5,8%
� FGTS: 8,0%
2.3 CUSTOS INDIRETOS
Segundo Crepaldi (2003) aão aqueles que não podemos identificar diretamente com os produtos e
necessitamos de rateios para fazer a apropriação.Exemplos:
� Aluguel da área ocupada pela fábrica (setor produtivo)
� Depreciação de máquinas e ferramentas industriais
� Energia elétrica consumida na fabrica
� Mão-de-obra indireta (demais funcionários da fábrica)
� Materiais indiretos (lubrificantes, lixas, colas)
� Demais custos fabris.
A soma dos Custos Indiretos é chamada de Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Quando a empresa fabrica
apenas um único produto, todos os custos são considerados diretos em relação a esse produto, não havendo,
portanto, custos indiretos.
28
2.3.1 Rateios dos Custos Indiretos
Rateio é um artifício empregado para a distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual vamos dividir os
CIFs. Exemplos de bases utilizadas:
� Unidades produzidas
� Horas de MOD
� Horas de uso direto das máquinas
� Valor (custo) da MOD
� Matéria-prima consumida
� Horas diretas de serviços prestados
� QWH – hora (energia elétrica) ou HP);
� m³ de ar comprimido
� nº funcionários
A escolha da base utilizada deve ser feita em função do recurso mais utilizado na produção. (Crepaldi,
2003).
EXERCICIOS
1. Custos Diretos de um produto são aqueles que:
a) Entram diretamente na linha de produção de um produto
b) Estão fisicamente incorporados aos produtos;
c) Podem ser mensurados com precisão;
d) Estão diretamente relacionados com o processo produtivo;
e) Podem ser rateados com base em critérios adequados.
2.Custos alocados aos produtos por meio de estimativas e aproximações são denominados custos:
a) Diretos
b) Orçados
c) Indiretos
d) Estimados
e) Aproximados.
3. Normalmente são custos diretos em relação aos produtos:
a) Aluguel e supervisão
b) Aluguel e embalagens
c) Promoção e propaganda
d) Matéria-prima e supervisão
e) Matéria-prima e embalagens.
29
4. Normalmente são custos indiretos em relação aos produtos:
a) Aluguel e supervisão
b) Aluguel e embalagens
c) Promoção e propaganda
d) Matéria-prima e supervisão
e) Matéria-prima e embalagens.
5. Estudo de caso: Hospital Público Bom Samaritano (Bruni et al, 2004) . Inaugurado no inicio de
janeiro de 1999, o Hospital Público Bom Samaritano tornou-se um marco na realização de cirurgias
toráxicas. Estima-se que, após construído, o hospital permanecerá em operação por 20 anos. Os
móveis, equipamentos e utensílios adquiridos têm uma vida útil média estimada em 10 anos. No
primeiro ano, 120 cirurgias foram realizadas, com elevado percentual de sucesso. Esse sucesso, aliado à
boa qualidade do atendimento e ao alto nível de satisfação dos pacientes e familiares, motivou a
Secretaria de Saúde a estudar os dados financeiros da instituição. Os gastos incorridos no ano de 1990
estão apresentados na tabela seguinte:
Item valor
Salários e encargos de médicos 80.000,00
Gastos com a construção do hospital 800.000,00
Salários e encargos dos enfermeiros 40.000,00
Aquisição de materiais cirúrgicos (apenas 40% foram consumidos) 120.000,00
Compra de equipamentos hospitalares 300.000,00
Salários e encargos do pessoal administrativo 20.000,00
Gastos com a aquisição de moves e computadores para o setor administrativo 10.000,00
Pergunta-se:
a) qual o custo contábil médio por cirurgia realizada?
b) qual o custo integral (gasto) por cirurgia realizada?
c) Outro hospital estima que seu custo integral para realizar cirurgias similares é igual a R$ 2.300,00. O
que pode ser dito em relação ao Bom Samaritano?
d) Uma empresa particular propôs realizar para o Estado as mesmas cirurgias, cobrando a importância de
R$ 2.000,00 por cirurgia. Sob a óptica da gestão de custos e considerando que, com a terceirização do
serviço, o hospital poderia ser fechado, não sendo empregado em outras atividades, quais deveriam ser
os aspectos analisados pelo Estado?
30
Item Valor Subtotal unitário
MD
MOD
CIF
Somas dos custos
Despesas
Soma dos gastos (custo Integral)
6. (Bruni, et al, 2004) -Alguns dados contábeis e financeiros das Fábricas de Sandálias Aladas Ltda, estão
exibidos a seguir. Com base nos números apresentados estime para o volume total produzido no período: a) o
custo primário; b) o custo de transformação; d) o gasto total ou custo integral.
Conta R$
Materiais requisitados: diretos 8.200,00
Depreciação do parque industrial 1.700,00
Aluguel da fábrica 5.200,00
Aluguel dos escritórios administrativos 7.400,00
Materiais requisitados: indiretos 950,00
Depreciação de computadores da diretoria 720,00
Mão-de-obra direta 9.400,00
Seguro da área industrial 2.600,00
a) Custo primário = MD + MOD
b) b) Custo de transformação = MOD + CIF
c) Custo total = MD + Custo de Transformação
d) Custo integral = Custos + Despesas
31
Descrição do subgrupo e conta Valor R$ Subtotal R$
MD
MOD
CIF
Despesas
7- Em relação à questão anterior, sabe-se que no período analisado a empresa produziu 2.000 unidades de um
mesmo produto. Calcule qual o custo integral unitário de cada produto e qual a margem líquida da empresa em
R$ e em % se o preço de venda da empresa for igual a R$ 20,00.
2.4 CUSTOS VARIÁVEIS
São aqueles que, a qualquer variação da quantidade produzida ou vendida, acompanham essa mesma
variação. Ex matéria-prima, mão-de-obra direta variável.
2.5 CUSTOS FIXOS
Custo fixo, por sua própria natureza, é o que não varia, seja qual for a quantidade produzida em
determinado período. Ex Depreciações, alugueis, prêmios de seguros.
32
2.6 CUSTOS SEMI-VARIÁVEIS
É o custo que apresenta uma parcela fixa e uma parcela variável. Até determinada quantidade, ele é
constante, e a partir dessa quantidade, varia de forma diretamente proporcional à variação na quantidade. Ex:
Energia elétrica.
2.7 CUSTOS SEMI-FIXOS
É o que permanece fixo até determinada quantidade fabricada e, nesse ponto, sofre uma variação,
permanecendo constante nesse novo volume de quantidade.
EXERCICIOS
1. Classificam-se como fixos os elementos de custos cujo valor total, dentro de determinado intervalo de tempo,
em relação às oscilações no volume de produção:
a) Acompanhe o volume
b) Permaneça constante
c) Diminua com o aumento do volume
d) Aumente com a diminuição do volume
e) Tenha correlação com o volume de produção.
2. (Bruni et al, 2004) - Estudo de caso: Fábrica de Pãozinho Delícia
Após receber, durante anos, elogios sobre seus pãezinhos de festa, Dona Célia Silva resolveu ampliar sua
produção. Em 1º de janeiro de 1998 criou a Pãozinho Delicia Ltda., empresa voltada ao fornecimento de pães
para festas e bufês. Sua capacidade produtiva permitia a fabricação de até 900 bandejas com 40 unidades por
mês, sem a necessidade de novos equipamentos ou funcionários. Cada bandeja era comercializada, em média por
R$ 38,00.
Os principais valores desembolsados inicialmente para a criação da empresa consistia em: Item Valor
Aquisição de forno elétrico industrial (vida útil de 10 anos) 10.000,00
Aquisição de masseira (vida útil de 10 anos) 4,000,00
Aquisição de liquidificador industrial (vida útil de 10 anos) 1.800,00
Aquisição de bandejas, assadeiras e utensílios diversos (vida útil 5 anos) 2.000,00
No ano de 1998 foram comercializados em média 400 bandejas por mês. Par atender a esses pedidos, Dona
Célia teve outros gastos, apresentados na tabela seguinte. Estima-se que o veiculo adquirido no início do ano
será usado para entregas por 5 anos.
33
Item Valor no ano R$
Salários e encargos dos funcionários da produção (capacidade para produzir e
entregar até 900 bandejas por mês)
80.000,00
Veículo para entregas 16.000,00
Matéria-prima (apenas 70% foram consumidos) 80.000,00
Conta de telefone 1.200,00
Embalagem (90% foram consumidos) 9.000,00
Energia elétrica (variável em função da produção) 3.600,00
a) Construa a DRE da empresa, destacando os custos fixos e variáveis.
b) Qual o custo unitário da empresa no ano de 1998? Obtenha o custo contábil e o custo integral.
c) Em março de 1999, o potencial cliente Bufê Festa Mágica propôs-lhe um contrato, no qual por 18
meses compraria 3 bandejas adicionais por mês, a um preço de R$ 21,00 por bandeja. Deveria
Dona Cecília firmar o contrato?
d) Antes de responder as questões formuladas é interessante observar que a empresa possui uma folga
de capacidade igual a 500 bandejas por mês ou 6000 bandejas por ano.
Item mês Ano
Capacidade 900 10.800
Produção atual 400 4.800
Folga de capacidade produtiva 500 6.000
e) Para elaborar a DRE é preciso calcular as depreciações anuais de cada investimento.
DRE
Item Total R$ Unitário R$ (4.800 bandejas)
Receitas
Custos
Soma dos Custos
Despesas (fixas)
Soma das Despesas ( fixas)
Soma dos gastos (custos + despesas)
Resultado (lucro)
34
3 Calcule a mão de obra direta no mês com um salário de R$ 800,00 (mensal)
Salário 13º salário 1/12 Férias 1/12 + adic INSS 28,8% .FGTS 8% total
800,00
4. Calcular a MOD sendo o salário mensal R$ 1.200,00 e foram realizadas 15 horas extras normais
Salário H extras DSR 13º salário ferias INSS FGTS Total
1.200,00
220 horas mensais 44 horas semanais
OBS: Oras extras normais com 50% de acréscimo
DSR : HE/25 x 5
5- Calcule o custo da MOD por hora de um funcionário que recebe R$ 6,20 por hora normal.
Salário/hora 13º salário ferias Adicional férias INSS FGTS Total
6- Preencha o Relatório semanal da mão de obra com base nos dados a seguir:
Segunda-feira 08 Montadores 03 Soldadores 01 Mecânico 01 Carpinteiro 08 Ajud montador 02 Ajud soldador
horas 08 08 07 07 08 08
Terça-feira 10 Montadores 03 Soldadores 01 Carpinteiros 08 Ajud montador 02 Ajud.soldador
horas 08 08 08 08 08
Quarta-feira 12 Montadores 06 Soldadores 02 Mecânicos 02 Pintores 12 Ajud montador 03 Ajud soldador
horas 08 08 08 08 08 08
Quinta-feira 06 Montadores 03 Soldadores 04 Pintores 06 Ajud montador 01 Ajud soldador
horas 08 08 08 08 07
Sexta-feira 04 Montadores 02 Soldadores 04 Pintores 04 Ajud montador 01 Ajud.soldador
horas 08 08 08 08 08
Sábado 01 Soldador 01 Pintor 01 Ajud soldador
horas 04 04 04
Salários: Montador R$ 1.200,00 Soldador R$ 1.000,00 Mecânico R$ 900,00 Carpinteiro R$ 800,00 Pintor R$ 850,00 Ajud.montador R$ 400,00 Ajud.Soldador R$ 400,00
35
RELATÓRIO SEMANAL DE APROPRIAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA – Produto: Período: / / / a / / / Dia/semana Montador soldador Mecânico carpinteiro Pintor Aju Montador Ajud,soldador Total
Quant horas Quan horas Quant horas Quant horas Quant hora Quant horas Quant horas Quant horas
Segundafeira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Sábado
Total horas
Sal/hora
Custo total
função salário insalubri SOMA 1 13 sal Férias SOMA 2 INSS FGTS TOTAL Hora
36
2.8 OUTROS TIPOS DE CUSTOS
� Custo histórico e efetivo: São os custos apropriados ou realizados com base em seus valores
originais de aquisição ou apuração de um bem ou serviço. Ex: o custo de uma máquina que ainda não
sofreu correção ou reavaliação é um custo histórico em relação à data de sua aquisição. È
considerado efetivo na mesma data em que a Contabilidade efetuou seu registro. Já o custo de
produção ou venda é efetivo quando a Contabilidade o registra e oficializa
� Custo estimado é aquele geralmente fixado com base em valores realizados do exercício anterior e
quantitativos de produção e vendas estabelecidos;
� Custo-padrão é determinado com base em coeficientes de otimização da produção e venda de um
bem ou serviço. O custo-padrão deve nortear a fixação do preço final de venda. Quanto menor for
esse custo, maiores as chances de competição dentro de um mercado de concorrência livre;
� Custo corrigido e atualizado foi utilizado até dezembro de 1995, quando toda a economia era
indexada. A partir de janeiro de 1996 o governo extinguiu a correção monetária de bens, direitos e
serviços. O custo atualizado depende de uma avaliação prévia, em se tratando de reavaliação de bens
do ativo permanente;
� Custos integrais ou pleno ou gastos totais é a soma de todos os dispêndios realizados ou dos custos
imputados à produção e comercialização de um novo bem ou serviço em determinado período. E
também a soma de todos os custos fixos e variáveis, ou dos custos diretos e indiretos, incluindo as
despesas;
� Custo unitário e médio: é o resultante da média aritmética simples entre valores quantidades
consumidas, produzidas ou vendidas;
� Custos primários ou diretos (CD): estão associados diretamente à produção, equivalendo à soma do
material direto com a mão-de-obra direta;
� Custo de transformação ou de conversão (CT): representam o esforço da empresa para transformar
o material adquirido do fornecedor em produto acabado. Equivalem à soma da mão-de-obra direta
mais os custos indiretos de fabricação;
� Custo fabril (CF): representa a soma dos três elementos do custo: material direto, mão-de-obra
direta e custos indiretos de fabricação. São incorridos durante o processo de fabricação e
incorporados aos estoques de produtos em processo. Quando os itens são finalizados, estes, custos e
estoques, são transferidos para o estoque de produtos acabados;
� Custo das mercadorias vendidas (CMV): representam a saída dos estoques da entidade para o
comprador. Podem ser denominados CMV, quando a operação é mercantil, CPV (custo dos produtos
vendidos), quando a operação é industrial e CSC (custo dos serviços prestados) quando da prestação
37
de serviços. Consistem na última etapa do processo de formação de custos e representam os valores
retirados dos estoques e entregues aos clientes.
� Custos irrecuperáveis ou afundados: correspondem a custos sem possível recuperação. Uma
pesquisa de mercado para estimar a viabilidade do lançamento de um novo produto, os gastos
associados com a pesquisa são custos irrecuperáveis, independente do resultado da pesquisa
(favorável ou desfavorável). Esses gastos não são recuperados pela empresa, portanto são excluídos
dos processos de tomada de decisão.
� Custos de oportunidade: estão associados a uma alternativa abandonada ou preterida. Pode ser o
aproveitamento do resíduo industrial de seu processo produtivo na elaboração de um novo produto,
mesmo nada desembolsando pelo resíduo, caso este possua um valor de mercado, essa importância
deve ser incluída no cálculo dos custos. Consiste em um custo de oportunidade: a alternativa de
venda do resíduo foi preterida para uso na elaboração do novo produto. (BRUNI et al , 2004)
� Custos integrais ou plenos ou gastos totais: correspondem à soma de todos os valores consumidos
pela empresa para a elaboração do produto ou prestação do serviços, incluindo custos e despesas.
(Bruni, et al, 2004)
2.9 DESPESAS FIXAS E DESPESAS VARIÁVEIS
2.9.1 Despesas Fixas
Não variam em função do volume de vendas. Ex: aluguel e seguro das lojas, salário do pessoal da
administração, etc.
2.9.2 Despesas Variáveis
São aquelas que variam de acordo com as vendas: comissões de vendedores, fretes sobre vendas,
ICMS, PIS, COFINS.
Exercícios
1. (Martins e Rocha, pg. 25, 2006)- Uma máquina tem seu valor econômico definido em função da
obsolência e esta é estimada em cinco anos. A máquina é utilizada para fabricar três produtos alternadamente:
o produto P1 utiliza 0,6 hm por unidade, o P2, 1,5 hm por unidade e o P3 utiliza 3,75 hm por unidade (hm =
hora máquina). Nesta situação, a depreciação dessa máquina, em relação aos produtos, deve ser classificada
como custo:
a) Primário
b) Direto e Fixo
c) Direto e Variável
d) Indireto e Fixo
38
e) Indireto e Variável.
2. (Martins e Rocha, pg. 26, 2006) - Em uma indústria metalúrgica que fabrica vários produtos, verifica-se a
ocorrência dos seguintes eventos em determinado período:
Eventos R$
Consumo de energia diretamente proporcional ao volume 400,00
Consumo de Matéria-prima 500,00
Gastos com pessoal da produção, proporcionais às unidades produzidas 300,00
Depreciação de máquinas de produção comum 200,00
Salários da supervisão e administração da produção 600,00
Depreciação de equipamento de processamento de dados do controle da produção 100,00
PEDE-SE calcular o valor:
a) Custos diretos (CD):
b) Custos indiretos (CI):
c) Custos Fixos (CF):
d) Custos variáveis:
3. (Martins e Rocha, pg. 26, 2006) Em uma indústria de óleo vegetal verificou-se a ocorrência das seguintes
transações, em determinado mês:
a) Moagem de 50 toneladas de soja ao custo de R$ 500,00 / tonelada;
b) Depreciação do equipamento de moagem: R$ 3.000,00
c) Utilização de recipiente para embalagem do óleo: R$ 2.500,00 (R$ 0,25/unidade)
d) Utilização de mão-de-obra de quatro operários cujo custo é de R$ 1.000,00 por mês cada um (salário e
encargos sociais)
e) Utilização de rótulos de papel para colocar nas garrafas de óleo: R$ 800,00 (R$ 0,08/unidade)
f) Totalização da conta de energia elétrica, no valor de R$ 4.000,00, sendo: R$ 3.000,00 correspondentes à
demanda mínima previamente contratada com a concessionária e R$ 1.000,00 proporcionais o consumo
excedente.
Pede-se:
a) Calcular o Valor dos Custos Fixos
b) O Valor dos Custos variáveis:
4. (Martins e Rocha, pg. 28, 2006) - Devem ser classificados como custos de produção os itens:
a) Matéria-prima, mão-de-obra, honorários da diretoria
39
b) Honorários da diretoria, fretes e seguros da fábrica
c) Seguros da área de produção e material direto
d) Matéria-prima, telefone e salário da administração
e) salários da administração, material direto e perdas.
2.10 PROBLEMA DO RATEIO DOS CUSTOS FIXOS
Os critérios de rateio dos custos indiretos são fundamentais no processo de apropriação, distribuição
ou determinação dos custos de produção ou venda, a partir de dois ou mais produtos fabricados com
características e peculiaridades diferenciadas (Nascimento, 2001).
O rateio é uma forma de apropriação aonde são arbitrados valores a serem agregados ao custo final de
produção de dois ou mais bens e serviços. Essa forma de arbitramento deve ser precedida do estabelecimento
de critérios lógicos e racionais, para que o resultado final não seja distorcido, influenciando o preço de venda,
o qual pode ser fixado abaixo ou acima do mercado (Nascimento, 2001). Critérios de rateio geralmente
aceitos:
Força e luz (energia) Proporcionalmente ao consumo de energia em kw/hora por centro de custo ou produto
Água Proporcionalmente ao consumo de m³ por centro de custo
Telefone Proporcional ao número de ramais telefônicos ou impulsos por centro de custo
Aluguéis Proporcional à área em m² ocupada pelo centro de custo
Depreciação Proporcional aos valores dos bens alocados por centro de custo
Assistência médica e social Proporcional ao nº de funcionários ou nº de atendimentos médicos
Administração de materiais Proporcional ao nº de requisições emitidas por centro de custo
Transporte (fretes) Proporcional ao km rodado por centro de custo
Manutenção de edifícios e instalações
Proporcional à área ocupada ou à ordem de serviço emitida
Administração da fábrica Proporcional ao custo direto total da produção de bens ou serviços
Administração geral Proporcional ao preço de venda do produto ou á margem de contribuição bruta
Manutenção de máquinas e equipamentos
Proporcional às horas trabalhadas por ordem de serviço
Administração de recursos humanos
Proporcional ao nº de empregados ou horas de MOD.
Fonte: Nascimento ( 2001)
40
EXERCICIOS
1. (Martins, 2006) - A Empresa Rubi produz dois produtos, A e B, cujo volume de produtos e de vendas é de
cerca de 12.000 unidades do produto A e 4.000 unidades do produto B, por período, e dos Custos Indiretos de
Fabricação (CIF) totalizam R$ 500.000,00. Em determinado período, foram registrados os seguintes custos
diretos por unidade em R$:
A B
Material-direto 20,00 25,00
mão-de-obra direta 10,00 6,00
Pede-se calcular:
a) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) de cada produto:
b) Custo total de cada produto:
c) Custo unitário de cada produto:
CRITÉRIO MD PRODUTO A 12.000 UN PRODUTO B 4.000 UN
UNIT TOTAL UNIT TOTAL SOMA
MD
MOD
CIF
SOMAS
CRITÉRIO MOD PROD A 12.000 UN PROD B 4.000 UN
UNIT TOTAL UNIT TOTAL SOMA
MD
MOD
CIF
SOMAS
2- (Martins, 2006) Uma indústria de confecções produz e vende dois tipos de roupas femininas: saias e
vestidos. As principais informações são dadas a seguir:
Preços e volumes normais de produção e vendas:
Produtos Preço de venda unit. Volume Produção unid Volume Vendas unid.
saias R$ 60,00 35.000 30.000
vestidos R$ 80,00 29.000 25.000
41
Dados físicos de produção:
saias vestidos
Quantidade matéria prima (metros) 3 5
Tempo de MOD (hh) 2,4 4,0
Área ocupada (m2) 600 400
Consumo de energia (kwh) 12.000 13.000
Tempo de máquina (h/maq) 110 140
Estrutura básica de custos e despesas:
Matéria-prima R$ 7,00 metro tecido
Mão-de-obra direta (MOD) R$ 6,00 hora
Tributos sobre a receita bruta 15%
Comissões sobre a receita líquida 8%
Aluguel do galpão industrial R$ 60.000,00 por período
Supervisão geral da produção R$ 40.000,00 por período
Energia elétrica da produção (demanda) R$ 30.000,00 por período
Depreciação das máquinas de produção R$ 15.000,00 por período
Despesas com publicidade e propaganda R$ 120.000,00 por período
Despesas administrativas gerais da empresa R$ 150.000,00 por período
Sabendo-se que não havia estoques iniciais, pede-se calcular, utilizando o Custeio por Absorção:
a) o custo total de cada produto;
b) o custo unitário de cada produto;
c o lucro bruto de cada produto vendido e o total da empresa
d) o lucro líquido do período
e) o valor do estoque final de produtos acabados.
SAIAS VESTIDOS
unit total unit total Somas
MD
MOD
Custos diretos
Energia elétrica
42
Aluguel
Supervisão
depreciação
Custos indiretos
Custo Total
DRE
SAIAS VESTIDOS
Volume vendas 30.000 unid 25.000 unid
unit total unit total somas
Receita Bruta
(-) tributos
(=)Receita liquida
(-) CPV
(=)Lucro bruto
(-) comissões
(-) publicidade
(-) desp administrativas
resultado
Estoque final
3- Calcular o Custo Total (CT) dos diferentes produtos e o lucro total obtido:
CUSTOS DIRETOS Produtos Matéria-prima % Mão-de-obra % Total
A 2.580,00 731,00 3.311,00 B 3.150,00 1.120,00 4.270,00 C 1.890,00 712,00 2.602,00 D 3.600,00 977,00 4.577,00
Totais 11.220,00 3.540,00 14.760,00
43
CUSTOS INDIRETOS (CIF)
� Mão-de-obra indireta 1.050,00
� Depreciação s/ máquinas 293,00
� Materiais diversos 845,00
� Energia elétrica 329,00
� Outros custos 197,00 Total 2.714,00
Critérios de rateio:
� Depreciação, materiais diversos, energia elétrica e outros custos: proporcional ao consumo de
matéria-prima;
� Mão de Obra Indireta (MOI): proporcional ao consumo de Mão-de-obra Direta (MOD).
Total das Despesas Operacionais: R$ 1.320,00
Vendas: R$ 23.600,00
Prod A Prod B Prod C Prod D Totais
Receita Total
Matéria-prima
Mão-de-obra direta
Custos diretos
Mão-de-obra indireta
Depreciação s/máq
Materiais diversos
Energia elétrica
Outros custos
Custos Indiretos
Custo total
Despesas
Lucro/prejuízo total
4- Em uma indústria foram os seguintes os custos indiretos de fabricação CIFs:
Aluguel $ 3.000
Material indireto $ 2.500
MOI $ 5.000
Seguros $ 1.500
Energia elétrica $ 500
Depreciação máquinas $ 7.500 Total: ________________
44
OUTROS DADOS Produtos Volume prod MD R$ % MOD R$ % Horas MOD %
A 20.000 3.000 3.000 800 h
B 10.000 1.000 3.000 700h
TOTAL 30.00 4.000 100 6.000 100 100
Utilizando os diversos critérios para rateio dos CIFs (MD, MOD e horas MOD). calcule o Custo Total e o
Custo unitário de cada produto
RATEIO DOS CIFS: MD A B Totais MD MOD CIFs Custo total Quant prod Custo unit. RATEIO DOS CIFS: MOD RATEIO DOS CIFS: horas MOD 5- Considerando o quadro abaixo, calcule os custos indiretos e os custos unitários dos produtos A,B e C,
respectivamente sendo que os custos de MOD foram apropriados com base na quantidade de unidades
produzidas; os CIFs foram rateados com base no custo direto total de cada produto. Observando que o custo
direto total é formado pela soma dos materiais diretos e da mão-de-obra direta
Custos Prod A Prod B Prod C Total Matéria-prima 177.750,00 118.500,00 98.750,00 395.000,00 MOD 355.500,00 Custo direto 750.500,00 CIFs 262.675,00 Custo Total Unidades 125 275 350 750 Custo unitário
45
6- A Industria Anel produz sabão em pó e sabão líquido. Em determinado período produziu 20.000
caixas do sabão em pó e 16.000 frascos do líquido incorrendo nos seguintes custos:
Custos diretos Sabão em pó - Sabão líquido total
Matéria-prima $ 2/kg 12.000 kg 8.000 kg
MOD $ 5/hora 6.000 h 3.000 h
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIFs
Supervisão da produção 3.600
Depreciação de equipamentos de produção 12.000
Aluguel do galpão industrial 4.500
Seguro dos equipamentos de produção 1.500
Energia elétrica 2.400
Os custos de matéria-prima, MOD e os CIFs são comuns aos dois produtos. A Aniel possui contrato de
demanda da energia elétrica com a concessionária, pelo qual paga apenas uma quantia fixa por mês, e não
mede o consumo por tipo de produto.
Os CIFs são apropriados aos produtos de acordo com o tempo de MOD empregado na produção de um e de
outro, sabendo-se que são necessários 18 minutos para produzir uma caixa de sabão em pó e 11,25 minutos
para produzir um frasco de sabão líquido.
Pede-se:
a) Calcular os custos totais de cada produto
b) Calcular o custo unitário de cada produto.
7- A Alterosa S/A., que produz e vende mesas e escrivaninhas, apresentou as seguintes informações,
para determinar seu custo de fabricação:
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – CIFS Mão-de-obra indireta 100.000
Depreciação das máquinas 20.100
Aluguel da fábrica 10.600
46
Matérias indiretos 90.400
TOTAIS.,..........................
QUANTIDADES PRODUZIDAS
Mesas 2.000 unidades
Escrivaninhas 2.000 unidades
PREÇO UNITÁRIO DE VENDA:
Mesas 450,00
Escrivaninhas 620,00
OUTRAS INFORMAÇÕES Produto MD % MOD % Energia elétrica % Horas MOD trab %
Mesas 150.000 160.000 20.000 18.000
escrivaninhas 188.000 220.000 33.000 22.000
Totais 100 100 100 100
PEDE-SE: Calcular o Custo Total, custo unitário e lucro unitário de cada produto, utilizando os diversos
critérios para rateio dos CIFs.
CRITÉRIO: MD Mesas Escrivaninhas Totais
MD
MOD
Energia elétrica
CIFs
Custo total
Custo unitário
Preço de venda
Lucro unitário
CRITÉRIO: MOD
47
CRITÉRIO: ENERGIA ELETRICA
CRITÉRIO: HORAS MOD
8- Calcular o Custo total de cada produto e o lucro obtido no período, sendo que a empresa teve o seguinte
movimento:
� Despesas Operacionais no valor de R$ 887,00
� Venda dos produtos 1, 3 e 4 por R$ 15.500,00
Rateio dos CIF: MOI proporcionalmente à MOD de cada produto; demais CIF proporcionalmente
à matéria-prima de cada produto.
CUSTOS DIRETOS
Produtos Matéria-prima Mão-de-obra
1 1.860,00 630,00
2 990,00 450,00
3 2.015,00 1.100,00
4 1.550,00 720,00
5 2.230,00 970,00
Soma
48
CUSTOS INDIRETOS (CIF)
� Energia elétrica 423,00
� Aluguel 280,00
� Depreciação 416,00
� Mão-de-obra 828,00
� Impostos (IPTU, alvará). 95,00 Soma ............................................
DRE
9- Calcular o Custo total , custo unitário e o lucro de cada produto:
CUSTOS DIRETOS
Produtos Matéria-prima Mão-de-obra
A 32.000,00 8.600,00
B 27.500,00 7.300,00
CUSTOS INDIRETOS (CIF)
� Depreciação 1.500,00
� Energia elétrica 400,00
� Aluguel 600,00
� Materiais diversos 950,00
� Mão–de-obra 2.200,00
� Outros custos 350,00
49
OUTRAS INFORMAÇÕES
� Produção de “A” 500 unidades – vendido 400 unidades por R$ 65.000,00
� Produção de “B” 400 unidades – vendido 350 unidades por R$ 50.000,00
Consumo de energia:
� Produto “A” 6.000 kwats
� Produto “B” 5.000 kwats
Valor do Imobilizado
� Produto “A” R$ 30.000,00
� Produto “B” R$ 24.000,00
Despesas Operacionais R$ 5.600,00
CRITÉRIOS DE RATEIO
� Depreciação, proporcional ao imobilizado;
� Energia elétrica, proporcional ao consumo de energia;
� Aluguel, materiais diversos e outros custos, proporcional à matéria-prima;
� Mão-de-obra indireta, proporcional à mão-de-obra direta.
Produto A Produto B somas
Matéria-prima Mão-de-obra Depreciação Energia elétrica Aluguel Materiais diversos Mão-de-obra indireta Outros custos Custo total Custo unitário Receita Total Custo total Despesas Lucro total Preço de venda unit Custo unitário Lucro unitário
50
10- A Fabrica de instrumentos musicais Fagote de Ouro S.ª fabrica exclusivamente dois produtos: Trombetes
e Clarinetes. Determine os custos de cada produto, utilizando como critério de rateio dos custos indiretos:
a) as hora-máquina empregadas
a) MOD
b) MD
c) Custo primário direto
• Qual o produto mais lucrativo? O que se pode dizer dos diferentes critérios de rateio?
Produção mensal: Trombetes 200 - Clarinetes 180
Preços de venda: Trombetes R$ 490,00 - Clarinetes R$ 400,00
Descrição trombete % clarinete % total % Materiais diretos 48.000,00 37.000,00 85.000,00 100,00 0Mão-de-obra direta 21.000,00 12.000,00 33.000,00 100,00 Custo primário direto 69.000,00 -------- 49.000,00 ---- 118.000,00 ---- Custos indiretos de fabricação ----------- ---------------- 50.000,00 Horas-máquina empregadas 630 920 1.550
Rateio dos custos indiretos de fabricação: hora máquina Trombete clarinete
MD MOD Custo Primário CIF Custo total Custo unitário Preço de venda Lucro
Rateio dos custos indiretos de fabricação: MOD
Rateio dos custos indiretos de fabricação: MD
51
Rateio dos custos indiretos de fabricação: custo primário
11- A empresa de Café Sabor Ltda produz três produtos, Café Forte (CF), Café Suave (CS) e Café Especial
(CE). Empregue como critério de rateio dos custos indiretos a) MOD e b) MD) Classifique os gastos abaixo
em Custos e Despesas sabendo que os custos diretos foram:
Produto MD MOD ENERGIA CF 20% 5.000,00 2.000,00 CS 50% 6.000,00 3.000,00 CE 30% 3.000,00 6.0000,00 Totais
Gasto R$ Custo Despesa
Correios, telefone, fax 1.000,00 Seguros da fábrica 2.000,00 Material de escritório 1.000,00 Salários da fábrica 24.000,00 Energia elétrica da fábrica 17.000,00 Honorários da diretoria 8.000,00 Depreciação na fábrica 12.000,00 Salários da administração 18.000,00 Despesas financeiras 10.000,00 Materiais diversos (fábrica) 3.000,00 Matéria-prima 70.000,00 Despesas de entrega 9.000,00 Manutenção fábrica 14.000,00 Comissões de vendedores 16.000,00 Totais
CRITÉRIO MOD produto MD MOD ENERGIA CIF TOTAL
CRITÉRIO MD produto MD MOD ENERGIA CIF TOTAL
52
Rateio dos custos indiretos de fabricação (CIF) Critério Café forte (CF) Café suave (CS) Café especial (CE) MOD MD
3- SISTEMAS DE CUSTEIO
Sistema de Custos é a forma como os custos são apurados e apropriados aos produtos.
3.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Este sistema considera que todos os custos fixos e variáveis devem ser alocados aos produtos, exceto
aqueles relacionados às perdas. Parte-se do pressuposto de que o custo do produto é independente do volume
produzido, não tendo, portando, responsabilidade sobre as perdas ocorridas no período. Os gastos incorridos
que não são contemplados nesse princípio são mensurados em forma de perdas, sejam elas decorrentes de
ociosidade, ineficiência, retrabalho ou unidade refugada.
Consiste em imputar ao produto todos os custos, variáveis diretos, os indiretos e os fixos. Os gatos
que não pertencem ao processo produtivo, como as despesas, são excluídos.
Esse método de custeio é derivado dos princípios fundamentais de contabilidade, pois está de acordo
com o regime da competência, considerando como despesa do período apenas o custo dos produtos que foram
vendidos no período (Crepaldi,2002).
Nascimento (2001), reconhece algumas vantagens do método por absorção:
a) Agregação de todos os custos fixos indiretos da atividade, como os custos com manutenção industrial e
administração da produção;
b) Formação do valor do estoque a custos mais reais;
d) Determinação do custo final da produção, agregando os valores que diretamente ou indiretamente
fazem parte do processo produtivo, envolvendo atividades-fim e de apoio à produção. (Nascimento,
2001)
EXERCICIOS
01- A Sorveteria Gelado Delícia Ltda fabrica três sabores diferentes de sorvete: chocolate, creme e passas.
No mês de maio foram produzidos 20 litros de sorvete de chocolate, 45 litros de sorvete de creme e 40 litros
de sorvete de passas. Pede-se para calcular o custo unitário de cada litro de sorvete produzido, empregando
como critério para base de rateio:
a) MOD,
b) custos diretos.
53
Componentes do custo Custos diretos Custos indiretos Custo total Chocolate Creme Passas Matéria-prima 150 250 220 620 Mão-de-obra 30 60 55 95 240 Energia elétrica 80 90 60 50 280 Depreciação 120 120 Seguros 60 60 Materiais diversos 45 45 Manutenção 110 110 Total 260 400 335 480 1.475 Rateio dos custos indiretos de fabricação - MOD Critério Chocolate Creme Passas total CIF Custos diretos Custo unitário Rateio dos custos indiretos de fabricação – CUSTOS DIRETOS
02- (Bruni et al, 2004) - A Vidraçaria Santo Antonio fabrica três produtos: Copos Tulipa, Uísque e Água. Os
gastos com energia elétrica para os três produtos são, respectivamente, iguais a R$ 34.000,00, R$ 40.000,00 e
R$ 14.000,00. Dos gastos mão-de-obra, os três produtos absorvem diretamente os percentuais 18%, 39% e
16%. O volume consumido de matéria-prima é, aproximadamente, igual a R$ 150.000,00 para os copos
Tulipa, R$ 290.000,00 para os copos Uísque e R$ 280.000,00 para os copos água. Determine o volume de
custos indiretos de cada produto fabricado pela empresa, utilizando a MOD e os custos diretos como critério
de rateio.
Componente Valor R$ Energia elétrica 168.000,00 Mão-de-obra 240.000,00 Depreciação 120.000,00 Seguros 20.000,00 Manutenção 140.000,00 Materiais diversos 30.000,00 total 1.438.000,00
54
Componente Tulipa Uísque Água Indiretos Soma
Total
MOD % 100%
Rateio dos CIFs
Custos diretos % 100%
Rateio dos CIFs
03- (Bruni et al, 2004) – A Gráfica Ligeirinho Ltda., como forma de agilizar o processo de cotação de preços
para serviços gráficos solicitados por seus clientes, optou por empregar taxas predeterminadas de alocação de
CIFs e despesas da empresa. Os principais gastos estimados para o ano posterior são apresentados na tabela a
seguir. A empresa estima a utilização do parque gráfico atingirá o total de 2.000 horas no ano.
Descrição Valor R$
Salários e encargos da gráfica 60.000,00
Depreciação de máquinas 20.000,00
Salários e encargos administrativos 25.000,00
Contador, advogados 1.000,00
Gastos com materiais diversos 44.000,00
Soma 15.000,00
Com base no critério escolhido pela empresa, estime qual o valor que a empresa cobrará do seguinte
pedido, sabendo que, aos gastos encontrados, a empresa acrescenta mais 60% a título de lucro, impostos e
gastos diversos não computados anteriormente.
55
Pedido nº 01568/06
Descrição Valor
Papel sulfite de baixa gramatura 1.800,00
Tintas 50,00
Utilização do parque gráfico 10 horas
Descrição Valor
Total a ser cobrado
4 . (CFC) - Considerando o quadro abaixo, calcule os custos indiretos e os custos unitários dos produtos “A”,
“B”, e “C”, respectivamente: Os custos de mão-de-obra direta foram apropriados com base na quantidade de
unidades produzidas; O custos indiretos foram rateados com base no custo direto total de cada produto
CUSTOS Produto A Produto B Produto C TOTAL
Matéria-prima R$ 177.750,00 R$ 118.500,00 R$ 98.750,00
Mão-de-obra direta R$ 355.500,00
SUB-TOTAL
Custos indiretos R$ 262.675,00
TOTAL
Unidades 125 275 350 750
Custo unitário
RESPOSTA:
a) Custos Indiretos 43.779,17 96.314,17 122.581,66
Custo Unitário 2.246,23 1.255,14 1.106,38
b) Custos Indiretos 82.950,00 87.097,50 92.627,50
Custo Unitário ,2.559,60 1.221,63 1.020,79
c) Custos Indiretos 118.203,75 78.802,50 65.668,75
Custo Unitário 4.559,29 1.519,76 723,70
d) Custos Indiretos 237.000,00 248.850,00 264.650,00
Custo Unitário 2.559,60 1.221,63 1.020,79
56
5 (CFC) - Uma empresa produziu no mesmo período, 100 unidades de um produto A, 200 unidades de um
produto B w 300 unidades de um produto C. Considerando R$ 176,25 de custos indiretos e que os custos
diretos unitários de matérias-primas foram, respectivamente R$ 1,50, R$ 0,90 e R$ 0,60 e os custos unitários
de mão-de-obra direta, R$ 0,60, R$ 0,30 e R$ 0,25, o custo final indireto unitário de cada produto,
proporcional ao custo direto total de cada produto, será ,respectivamente:
a) R$ 52,00; R$ 60,00 R$ 63,75
b) R$ 210,00 R$ 240,00 R$ 255,00
c) R$ 3,86 R$ 2,08 R$ 1,44
d) R$ 0,52 R$ 0,30 R$ 0,21
6. (CFC) - Uma determinada empresa recebe um pedido de 2.600 unidades do produto “P”, no mês de agosto,
de um cliente tradicional. Sua capacidade ociosa é de 2.080 unidades. Para atender esse pedido, a empresa
terá de reduzir para 12.480 unidades as vendas no mercado interno, o que não lhe compromete o futuro. O
preço de venda que o cliente está disposto a pagar por esse pedido é de R$ 65,00 a unidade. A empresa
fabrica 13.000 unidades por mês e apresenta os seguintes custos unitários de produção:
• Custos Variáveis Proporcionais R$ 46,80
• Custos Fixos R$ 26,00
• Custo Total R$ 72,80
• Preço de venda unitário R$ 91,00
O Lucro do mês, caso a empresa aceite o pedido de encomenda especial, será de:
a) 132.496.000,00
b) 260.936.000,00
c) 308.256.000,00
d) 328.536.000,00
O Lucro do mês, caso a empresa não aceite o pedido de encomenda especial, será de:
a) 213.616.000,00
b) 236.600.000,00
c) 551.616.000,00
d) 574.600.000,00
O Lucro do mês, caso a empresa venda toda a capacidade de produção a preços normais, será de:
a) R$ 260.936.000,00
b) R$ 283.920.000,00
c) R$ 328.536.000,00
d) R$ 351.520.000,00
57
7 – (CFC) - Uma empresa produz apenas um tipo de produto e possuía 125 unidades no Estoque de Produtos
Acabados em 31/12/2006 no montante de R$ 375,00. No primeiro semestre de 2007 foram produzidas 3.750
unidades deste produto e foram vendidas 3.125 unidades a R$ 4,50. Nesse mesmo primeiro semestre de 2007
os custos totalizar R$ 11.250,00 e as despesas R$ 2.375,00. Os Custos dos Produtos Vendidos e o Saldo do
Estoque de Produtos Acabados em unidades e o Resultado Bruto no primeiro semestre de 2007 foram,
respectivamente:
a) R$ 9.375,00; 750 unidades; R$ 2.312,50
b) R$ 9.375,00; 750 unidades; R$ 4.687,50
c) R$ 11.625,00; 875 unidades; R$ 62,50
d) R$ 11.625,00; 875 unidades; R$ 2.437,50
8- (CFC) - O valor dos Custos Indiretas de Fabricação numa empresa industrial que teve os seguintes saldos
no mês de fevereiro de 2003 é:
• Compras de Materiais Diretos R$ 135.000,00
• Estoque Final da Conta Materiais Diretos R$ 130.000,00
• Estoque Final de Produtos em Processamento R$ 300.000,00
• Estoque Inicial da Conta Materiais Diretos R$ 105.000,00
• Estoque Inicial de Produtos em Processamento R$ 0,00
• Mão-de-Obra Direta E$ 145.000,00
a) R$ 165.000,00
b) R$ 155.000,00
c) R$ 45.000,00
d) R$ 20.000,00
9. (CFC) - . Uma empresa possui um custo fixo mensal pré-determinado no montante de R$ 297.000,00. No
mês de fevereiro de 2003 produziu 99.000 unidades de seu produto, incorrendo R$ 693.000,00 de custo
variável. Se a produção tivesse sido de 74.250 unidades, o valor do custo unitário da produção seria de:
a) R$ 10,00
b) R$ 11,00
c) R$ 12,23
d) R$ 13,33
10. (CFC) -. Uma empresa fabrica um produto que utiliza dois tipos de matérias-primas pesando 2,50 kg,
sendo 1,40 kg. de matéria-prima A e 1,10 kg de Matéria-prima B. O Método utilizado pela empresa para
58
valorar seus estoques é o custo médio ponderado móvel. Em agosto de 2007. os custos unitários das
requisições foram Matéria-Prima A= R$ 276,00 kg. e Matéria-Prima B= R$ 632,00/kg. Durante o processo de
fabricação existe uma perda de 8% na quantidade requisitada de matéria-prima. O Custo da Matéria-Prima
para cada unidade é de
a) R$ 454,00
b) R$ 587,83
c) R$ 908,00
R$ 1.175,65
11. (Martins et al, 2006) - Uma empresa edita duas revistas, sendo uma mensal e outra semanal. As páginas
são impressas em of-set (sistema de gravação em chapas, com alta definição) e as chapas em rotogravura
(sistema de gravação em cilindros); o acabamento da revista mensal é em lombada quadrada e o da semanal
em lombada canoa. Os principais dados relativos aos materiais são demonstrados nas tabelas a seguir, sendo
que só o papel é importado:
Tiragem normal, em número de exemplares:
Revistas Tiragem Periodicidade Nº páginas
Moderna 10.000 mensal 80
Weekly 15.000 semanal 60
Quantidade (Líquida de perdas) de material por exemplar:
Materiais Moderna Weekly
Papel cuchê (para páginas) 160 g 120 g
Papel supercalandrado (para capas) 30g 30 g
Tinta para impressão 0,30 l 0,25 l
Grampos - 2
Cola 10g -
Preço do papel por tonelada
Papel Preço bruto
Cuchê US$ 800/tonelada
Supercalandrado US$ 780/tonelada
Gastos relacionados à importação, tonelada:
Frete internacional US$ 12/ton.
Seguro internacional US$ 9/ton.
Taxa de anuência R$ 100,00
59
Honorários do despachante R$ 940,00
Taxa de emissão de Declaração de Importação (DI) R$ 40,00
Imposto de Importação 2%
Outros gastos relativos ao custo do papel:
Fretes e seguros locais R$ 7,30/ton.
Armazenagem R$ 4,70/ton
Dados relativos aos preços dos materiais:
Material Preço bruto
Tinta R$ 7,50/ l
Grampos R$ 0,05/unidade
Cola R$ 0,50/ kg.
Outros dados:
� Do papel introduzido na máquina, 10% se perdem normalmente para ajuste da impressora; não há
perda de outros materiais;
� A matéria-prima (papel) é importada em partidas mensais, na quantidade necessária para um mês de
consumo;
� A taxa de câmbio a ser utilizada é de R$ 2,50 por dólar norte-americano;
� Por ter similar nacional, a importação do papel é tributada; e o imposto de importação, não
recuperável, incide sobre o valor FOB acrescido de todos os outros gastos relacionados com as
importação.
Considerando quatro semanas por mês, calcular:
a) o custo de cada tipo de material;
b) o custo do material contido em cada revista, por exemplar
60
3.2 CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
O sistema de absorção variada determina que apenas os gastos variáveis (que oscilam com a
produção/vendas) sejam apropriados como custos e todos os gastos fixos são tratados como despesas do
período, independentemente se os produtos goram ou não vendidos. Consiste em imputar ao produto final
apenas os custos variáveis e diretos ( matéria-prima, mão-de-obra direta, energia etc) levando os custos fixos
e indiretos, como depreciação, seguros, alugueis diretamente à conta de resultado do exercício (Nascimento,
2001)
No Brasil, este médoto não é aceiro pelo Imposto de Renda, que entende haver redução na carga
tributária, pois leva diretamente ao resultado os custos indiretos de fabricação e reduz o valor do estoque de
produtos acabados (Nascimento, 2001).
Nascimento (2001) coloca algumas vantagens do custeio direto:
� Torna mais simples e operacionalização dos custos, dispensando os rateios;
� Identifica os produtos com maior ou menor margem de contribuição.
3.3 DIFERENÇA ENTRE CUSTEAMENTO DIRETO VERSUS ABSORÇÃO NA APURAÇÃO DOS
RESULTADOS
Como o custeio direto não leva em consideração os custos fixos e indiretos, estes custos são
diretamente lançados ao Resultado do Exercício, reduzindo o resultado ou lucro, ao mesmo que tempo que
reduz o valor dos estoques acabados.
O custeio por absorção considera como custos todos os custos, diretos e indiretos, fixos e variáveis e
na apuração do estoque dos produtos, estes recebem um maior valor, o que resultará nu resultado ou lucro
final tributável superior ao alcançado no sistema direto.
EXERCICIOS
1- A Industria de Violões Afinados iniciou suas atividades no dia 1º de outubro. Seu único produto
é vendido, em média, por R$ 600,00, e sobre esse preço de venda a empresa paga comissão de 5% aos
vendedores. A capacidade de produção é de 16.000 unidades por mês. O volume de produção e de vendas no
último trimestre do ano foi o seguinte, em unidades físicas:
produção Vendas
Outubro 8.000 7.000
Novembro 16.000 7.000
Dezembro 4.000 14.000
Os custos variáveis são a matéria-prima, o material secundário e o de embalagem, que totalizam R$
200,00 por unidade; já os custos e despesas fixos mensais são os seguintes (em R$):
61
Salários e encargos dos operários 2.000.000,00
Salários e encargos do pessoal administrativo 300.000,00
Depreciação dos equipamentos da fábrica 200.000,00
Aluguel do prédio da fábrica 100.000,00
Custos diversos de manufatura 100.000,00
Promoção e propaganda 50.000,00
Sabendo que não houve estoques de produção em elaboração e desconsiderando tributos incidentes sobre a
receita, pede-se elaborar a Demonstração do Resultado de cada mês, pelo Custeio por Absorção e pelo
Variável, e calcular:
a) a diferença, em cada mês entre os lucros apurados segundo os dois critérios
b) a diferença entre os estoques finais dos produtos acabados de cada mês, segundo os dois critérios.
DRE - Custeio por Absorção
DRE – Custeio variável
62
2- (Martins et al, 2006) - A Industria Brasileira de Malas tem capacidade prática de produção – planta,
instalações, mão-de-obra etc. – para fabricar até 15.000 unidades por m~es. Se único produto é vendido, em
média, por R$ 45,00; sobre esse preço incidem tributos de 20% e a empresa remunera seus vendedores com
comissões de 15%. O custo do material direto (matéria-prima e embalagem) é de R$ 15,00 por unidade; e os
custos e despesas fixos (CDF) mensais são os seguintes (em R$):
Mão-de-obra direta 60.000,00
Mão-de-obra indireta 25.000,00
Depreciação dos equipamentos da fábrica 5.000,00
Despesas administrativas 30.000,00
Em março, foram produzidas integralmente 12.000 unidades e em abril 15.000; e as vendas foram de
9.000 malas em cada um desses meses. Considerando que não havia estoques iniciais em março e utilizando o
critério PEPS, pede-se elaborar a DRE de cada mês, pelo custeio POR Absorção e pelo Variável, e calcular:
a) a diferença, em cada mês, entre os lucros apurados segundo os dois critérios
b) a diferença entre os estoques finais de cada mês, segundo os dois princípios.
3. (CFC) 0 Considere uma empresa que fabrica 5.000 unidades mensais do produto X e que apresenta os
seguintes custos unitários para esta produção:
Custos variáveis: R$ 18,00
Custos Fixos R$ 10,00
Custo total R$ 28,00
Preço de venda unitário R$ 35,00
Esta empresa, no início de março, recebe um pedido de 1.000 unidades deste produto de um cliente no
exterior. No entanto, sua capacidade ociosa é de 800 unidades. Para atender esse pedido, teria de reduzir
temporariamente para 4.800 unidades as vendas no mercado interno, o que não lhe comprometeria
futuramente. O preço de venda que o cliente está disposto a pagar por este pedido é de R$ 25,00 a unidade.
Caso aceite o pedido, o lucro do mês será:
a) R$ 35.000,00
b) R$ 45.600,00
c) R$ 38.600,00
d) R$ 31.200,00
4. (Martins et al, 2006) – Uma empresa de consultoria e assessoria em sistemas de informações dedica-se à
prestação de serviços na área de informática, concebendo e desenvolvendo projetos de sofware. Todo
63
trabalho especializado que a empresa utiliza é terceirizado, exceto a gerência de projetos. Nos últimos dois
meses, a empresa dedico-se exclusivamente ao desenvolvimento de dois projetos: BILS, para gerenciamento
de custos e INFO, para gestão de estoques. Os principais dados de custos relativos aos projetos são
demonstrados nas tabelas a seguir:
Custos de Material (em R$):
Material BILS INFO
Papel 3.500,00 2.200,00
Disquete 1.100,00 850,00
Tinta para impressora 1.600,00 1.950,00
Outros 3.800,00 3.500,00
Tempo de mão-de-obra especializada:
Profissionais BILS INFO
Analista 182 h 158 h
Consultor jurídico 332 h 238 h
Consultor Sênior 91 h 99 h
Estrutura Básica de Custos:
Mão-de-obra terceirizada
Analista R$ 30,00 por hora
Consultor júnior R$ 50,00 por hora
Consultor sênior R$ 100,00 por hora
Aluguel do imóvel R$ 2.000,00 por mês
Energia elétrica R$ 500,00 por mês
Telefone R$ 1.200,00 por mês
Salário do gerente de projetos R$ 4.000,00 por mês
Encargos sociais sobre salários 45%
Depreciação dos equipamentos, móveis e utensílios R$ 6.000,00 por mês
Pede-se calcular o custo de cada projeto pelo Custeio Variável e pelo Custeio por Absorção, utilizando para
este último os seguintes critérios de rateio:
� Aluguel, energia elétrica e telefone: partes iguais entre os dois projetos;
� Remuneração do gerente: proporcional ao tempo de mão-de-obra;
� Depreciação dos equipamentos: proporcional ao tempo de mão-de-obra.
64
Absorção Variável
5. (CFC) - . Uma empresa elabora apenas dois produtos: A e B. No mês de agosto de 2003 foram produzidas
400 unidades de A e 360 de B. Os critérios de rateio adotados pela empresa para apropriação dos Custos
Indiretos são: Horas-Máquina e a Mão-de-Obra Direta. Face às informações retro, a alternativa CORRETA é:
Produto A Produto B Total
Materiais diretos 96.000,00 74.000,00 170.000,00
Mão-de-Obra direta 42.000,00 24.000,00 66.000,00
Custo Primário Direto 138.000,00 98.000,00 236.000,00
Custos Indiretos de Fabricação 100.000,00
Total
Horas Máquina empregadas 630 920 1.550
a) O Produto A tem um custo unitário de produção ,ais alto considerando o critério de rateio base Mão-de-
Obra Direta no montante de R$ 57,50 devido ao montante de Mão-de-Obra Direta utilizada na Fabricação;o
produto B tem um custo unitário de produção mais alto considerando o critério base Horas-Máquina no
montante de R$ 63,89 devido ao volume de horas trabalhadas na fabricação do produto.
b) O Produto A tem um custo unitário de produção mais baixo considerando o critério horas-máquina no
montante de R$ 132.78, devido ao volume de horas trabalhadas na fabricação do produto; o Produto B tem
um custo unitário de produção mais baixo considerando o critério de rateio Mão-de-obra direta no montante
de R$ 11,39 devido ao montante de Mão-de-Obra Direta utilizada na fabricação.
c) O Produto A tem um custo unitário de produção mais alto considerando o critério horas-máquina no
montante de R$ 68,89 devido ao montante de Mão-de-Obra Direta do produto; o produto B tem um custo
65
unitário de produção mais alto considerando o critério de rateio Mão-de-obra Direta no montante de R$ 75,28
devido ao volume de horas-máquina na fabricação.
d) O Produto A tem um custo unitário de produção mais alto considerando o critério de rateio Mão-de- obra
direta no montante de R$ 57,50 devido ao volume de horas-máquina utilizadas na fabricação; o produto B
tem um custo unitário de produção mais alto considerando o critério Mão-de-Obra Direta no montante de R$
63,89 devido ao volume de oras trabalhadas na fabricação do produto.
6. (CFC) - Uma empresa apresentou, em sua contabilidade em 31.01.2007 os seguintes dados:
Aluguel da Fábrica R$ 40.000,00
Compra de matéria-prima R$ 120.000,00
Consumo de matéria-prima R$ 100.000,00
Custos diversos R$ 60.000,00
Despesas administrativas R$ 120.000,00
Despesas de vendas R$ 80.000,00
Mão-de-obra da fábrica R$ 80.000,00
No mês de fevereiro de 2007, foram fabricadas 800 unidades do produto e vendidas 540 unidades por R$
650,00 cada uma. O saldo de estoques de produtos acabados e o custo dos produtos vendidos foram,
respectivamente:
a) R$ 91.000,00 e R$ 189.000,00
b) R$ 189.000,00 e R$ 260.000,00
c) R$ 192.000,00 e R$ 162.000,00
d) R$ 280.000,00 e R$ 351.000,00
7. (CFC) - . Em determinado período, foram produzidas 5.400 unidades, das quais 400 unidades defeituosas,
que foram vendidas pelo valor líquido de R$ 64.000,00, incluídas as despesas diretas com vendas. Sabendo-
se que os custos de fabricação do período importaram em R$ 616.000,00, o custo de cada unidade perfeita
foi de:
a) R$ 102,22
b) B) 110,40
c) R$ 114,07
d) R$ 123,20
66
3.4 CUSTEIO POR ATIVIDADE
O custeio baseado por atividades ou, simplesmente ABC, difere do sistema de custeio tradicional em
função de, no lugar das bases de rateio, empregar as atividades desenvolvidas dentro da organização e alocar
os custos, contrariamente aos sistemas que se baseiam em volumes. Dessa forma, objetiva fornecer
metodologia mais coerente de alocação de custos (Bruni et al, 2004).
Para construir a rede de alocação dos custos no ABC é necessário definir as atividades principais que
serão empregadas nas transferências dos gastos. Uma atividade consiste numa combinação de recursos
humanos, materiais, tecnológicos e financeiros para se produzirem bens ou serviços. É composta por um
conjunto de tarefas necessárias a seu desempenho, sendo fundamental a concretização de um processo (Bruni
et al, 2004).
Apesar de poder ser empregado apenas nos custos de produção, como determina a legislação, a
aplicação mais difundida do ABC ocorre nos custos plenos ou integrais, onde todos gastos, custos ou
despesas, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, são direcionados para os produtos ou serviços por meio das
atividades(Bruni et al, 2004).
Os sistemas tradicionais de custeio pressupõem a existência de produtos homogêneos. Assim, rateios
de custos gerais podem empregar bases relativas aos volumes processados, como totais de materiais diretos,
gastos ou horas consumidas de mão-de-obra direta. No custeio baseado em atividades, o foco do custo do
produto desloca-se para as atividades – a demanda por atividades determina o custo do produto (Bruni et al,
2004)
O foco nas atividades possibilita relacionar a demanda dos produtos por atividades executadas. Como
exemplos de atividades consumidas, podem ser mencionados o tempo e o número de ajustes de máquina,
tempo de processamento e o número de pedidos (Bruni et al, 2004)
Segundo Bruni et al (2004) as etapas para a aplicação do custeio baseado em atividades consistem
em:
a- identificar as atividades e seus respectivos custos
b- alocar o custo do departamento ao custo da atividade
c- identificar os direcionadores de custo
d- dividir o custo da atividade pelo direcionador de custos.
EXERCICIOS
67
1. (Bruni et al, 2004) - A Metalúrgica Pula-Pula Ltda. fabrica dois produtos, carrinhos de mão (CM) e
escadas dobráveis (ED). Os produtos necessitam dos insumos relacionados a seguir. Sabe-se que a empresa
vendeu 6.000 unidades de CM a um preço igual a R$ 40,00 e 2.000 unidades de ED a um preço de R$ 50,00.
No período estudado, os custos indiretos de fabricação alcançaram R$ 250.000,00. Em relação a estes
últimos, sabe-se que foram referentes às atividades relacionadas a seguir. Pede-se:
a) calcule o custo total por produto e o lucro unitário com base no sistema de custeio tradicional (critério para
rateio igual ao valor da MOD);
b) recalcule ambos com base no custeio por atividades
Item CM ED
Material direto R$ 10,00 R$ 13,00
Mão-de-obra direta R$ 5,00 R$ 4,00
Atividade R$
Conferir material direto 30.000,00
Armazenar material direto 25.000,00
Controlar estoques 20.000,00
Operar máquinas e dar-lhes manutenção (inclui depreciação 75.000,00
Engenharia de processos 100.000,00
Total 250.000,00
Atividades relacionadas à elaboração dos produtos:
Item CM ED
Número de lotes conferidos, armazenados e controlados 4 12
Número de horas- máquina 4.000 7.000
Tempo de engenharia de processos 20% 80%
Respostas:
a) rateio dos CIFs somados com base em MOD:
DRE Indiretos CM ED
Receitas
Custos
Material direto
68
Mão-de-obra direta
Custos indiretos
MOD
Lucro total
Unidades
Lucro unitário
b) Rateio com base nas atividades:
DRE Indiretos CM ED
Receitas
Custos
material direto
Mão-de-obra direta
Custos indiretos
Conferir material
Armazenar material
Lucro total
Unidades
Lucro unitário
69
2- (Martins et al, 2006) -O departamento de engenharia da Metalúrgica Guarulhense, em determinado
período, incorreu nos seguintes custos (R$):
Custo R$
Salários e encargos sociais 204.000,00
Depreciação de equipamentos 34.000,00
Viagens e Estadas 20.000,00
Aluguel 10.000,00
Seguros 7.000,00
SOMA
As atividades relevantes desempenhadas naquele departamento foram as seguintes:
� Projetar novos produtos -Elaborar fichas técnicas - Treinar funcionários
O quadro de pessoal do departamento, respectivos salários (com encargos) e tempo disponível são os
seguintes:
Cargo Tempo disponível em horas Salário em R$
1 gerente 2.000 60.000,00
1 secretária 2.000 12.000,00
3 engenheiros 6.000 120.000,00
2 estagiários 2.000 12.000,00
Por meio de análise de processos, verificou-se que o tempo era gasto nas atividades mais relevantes da
seguinte forma:
Projetar novos produtos Elaborar fichas técnicas Treinar funcionários Total
Gerente 70% - 30%
Secretária * - -
Engenheiros 50% 20% 30%
Estagiários - 100% -
* 75%do tempo da secretária eram utilizados para dar assistência ao gerente; o restante, aos três
engenheiros.
O consumo de recursos pelas atividades foi:
Projetar novos produtos Elaborar fichas
técnicas
Treinar funcionários Somas
Depreciação 30% 20% 50%
Viagens 100%
70
Aluguel 40% 10% 50%
Pede-se calcular o custo de cada atividade Projetar novos
produtos
Elaborar fichas
técnicas
Treinar funcionários
3- (Martins et al, 2006) - A empresa Parma, produtora de laticínios dedica-se à produção de dois produtos:
Requeijão Cremoso (unidade) e Queijo Parmesão (unidade). Em determinado período, foram registrados os
seguintes custos diretos por unidade:
Requeijão Queijo Somas
Matéria-prima – MD R$ 12,00 R$ 18,00
Mão-de-obra direta - MOD R$ 6,00 R$ 3,00
Os custos indiretos de produção totalizaram R$ 54.000,00 e referiam-se às seguintes atividades:
Atividade R$
Inspecionar matéria-prima 8.000,00
Armazenar matéria-prima 6.000,00
Controlar estoques 5.000,00
Processar produtos (máquinas) 15.000,00
Controlar processos (engenharia) 20.000,00
Soma
Os custos foram direcionados e distribuídos entre os produtos, a saber:
Requeijão Queijo
Nº lotes inspecionados e armazenados 15 60
Nº pedidos de entrega de produtos aos clientes 120 140
71
Nº horas-máquina de processamento de produtos 4.000 6.000
Nº de horas de transporte 210 295
Dedicação do tempo dos engenheiros em horas 50 150
A produção foi a seguinte:
Requeijão Queijo
Quantidade produzida e vendida 6.000 unidades 3.000 unidades
Preço médio de venda unitário R$ 30,00 R$ 41,00
Pede-se calcular:
a- O valor dos Custos indiretos de fabricação de cada produto o valor e o percentual de lucro de cada
produto, utilizando custo de mão-de-obra direta como base de rateios:
Requeijão queijo Total
MD
MOD
CIF
Custo total
Quantidade produzida
R$ preço de venda unit.
Receita Total
Lucro bruto
b) Idem, rateando com base no custo de matéria-prima;
72
c) idem , pelo Custeio Baseado em Atividades (ABC);
4- (Bruni et al, 2004) - A Industria de Roupas Bonita e Bela produz um único produto: calça jeans masculina.
Seus departamentos industriais são direcionados às atividades de corte, costura e acabamento. Todos os
produtos elaborados passam pelos três departamentos, nessa ordem.Apenas no setor de acabamento não são
incorporados materiais diretos aos produtos. Com base nos números fornecidos a seguir, estime os custos
totais e unitários por departamento e o custo unitário de cada produto comercializado após os trabalhos
executados em cada departamento. Sabe-se que os estoques iniciais e finais são nulos e que foram iniciadas e
completadas 20.000 unidades no período.
Corte Costura Acabamento Materiais diretos 45.000,00 60.000,00 MOD 60.000,00 24.000,00 45.000,00 CIFs aplicadps 36.000,00 30.000,00 54.000,00 Resposta:
Corte Costura Acabamento
Materiais diretos
MOD
CIFs aplicados
Subtotal (1)
Custo unitário
Custos transferidos
Subtotal (2)
Custo unitário
Custos transferidos
Total
Custo unitário
73
4. DESENHO BÁSICO DOS CUSTOS DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES
4.1 DEPARTAMENTOS E SUA CLASSIFICAÇÃO
Um departamento é uma unidade operacional e representa um conjunto de homens e/ou máquinas com
características semelhantes, desenvolvendo atividades homogêneas dentro de uma mesma área. O
departamento é uma unidade mínima administrativa e deve ter sempre um responsável para a tomada de
decisões, permitindo aplicar a contabilidade de custos por responsabilidade. (Bruni, 2004)
Os departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos:
� Departamento de serviços: é parte essencial da organização, não trabalhando, porém, na elaboração
dos produtos e sua função é atender às necessidades do departamento de produção;
� Departamento de produção: elabora diretamente os produtos, transformando fisicamente as
unidades em processamento. (Bruni, 2004)
4.2 DEPARTAMENTO E CENTRO DE CUSTOS
Centro de Custos é uma unidade mínima de custos. É um artifício usado pela Contabilidade quando
ela quer acumular custos de forma diferente da departamentalização da empresa. Eventualmente um centro de
custos pode coincidir com um departamento, mas pode ser a soma de dois ou mais departamentos, ou pode
haver mais de um centro de custos em um departamento. (Crepaldi, 2002)
4.3 CRITÉRIOS PARA ALOCAÇÃO DE CUSTOS COM BASE EM DEPARTAMENTOS
Segundo Bruni et al (2004), normalmente os custos dos departamentos são transferidos em função de
bases de rateio preestabelecidas. Existem três possibilidades para distribuição de custos dos departamentos:
� Método de distribuição direta: a distribuição dos custos dos departamentos de serviços ocorre
diretamente para os departamentos de produção. Os custos são alocados diretamente na produção.
Possui a vantagem da simplicidade, embora os resultados não sejam tão precisos em virtude da perda
de algumas informações.
� Método passo a passo: Reconhece o inter-relacionamento do departamento de serviços, distribuindo
os serviços para outro departamento de serviços e depois para os departamentos de produção.
� Método de distribuição algébrica: quando alguns departamentos de serviços não só prestam serviços
mas também podem receber serviços de outros departamentos. (Bruni et al, 2004)
EXERCICIOS
74
1. (Bruni et al, 2004) -A Companhia Verde e Rosa S.A estuda a possibilidade de distribuir alguns custos
indiretos de fabricação entre seus três departamentos de produção: Costura, acabamento e Controle e
Embalagem:
Descrição Critério de rateios R$
Seguros
Depreciação de máquinas e móveis
Encargos sociais
Gastos com manutenção
Aluguel
Total do imobilizado do departamento
Valor das máquinas e móveis do dpto.
Gastos com a folha do dpto.
Diretamente ao departamento industrial
Área ocupada pelo departamento
8.200,00
64.800,00
39.500,00
5.600,00
7.600,00
Total 125.700,00
Critérios de rateio podem ser vistos na tabela:
Departamento Total Imobilizado ( R$)
Máquinas e Móveis (R$)
Folha de Pagamento (R$)
Área (m) ocupada
Costura 650.000,00 1.600.000,00 280.000,00 17.000
Acabamento 80.000,00 180.000,00 80.000,00 500
Embalagem 310.000,00 40.000,00 90.000,00 1.800
total
Resposta:
Descrição Valor total Base de rateio Costura Acabamento Embalagem
seguros 8.200,00
depreciação
Encargos sociais
Gastos manutenção
aluguel
Total
2.- A Supondo que a Companhia Verde e Rosa S/A fábrica três produtos:
Toalhas de mesa - Toalhas de banho - Panos de copa
Calcule os custos de cada produto, usando como base de rateio dos CIFS:
a)MOD b) MD c)Custo Primário. Sua produção e seus custos diretos foram:
Produto Unid produzidas MD MOD Custo primário Toalhas mesa 1.500 24.000,00 3.000,00 Toalhas banho 2.600 18.200,00 3.120,00 Panos copa 25.800 20.640,00 7.740,00 TOTAIS
75
RATEIO: MD Toalhas Mesa Toalhas Banho Panos De Copa Totais
MD
MOD
CUSTO PRIMÁRIO
CIFS
CUSTO TOTAL
UNID PRODUZIDAS
CUSTO UNITÁRIO
RATEIO: MOD
RATEIO: CUSTO PRIMÁRIO
3- (Bruni et al, 2004) - Determinada empresa controla seus custos indiretos por departamentos, todos relacionados à produção:
- controle de qualidade
- manutenção eletrônica
- manutenção mecânica
- produção
Os CIFS estão apresentados na tabela a seguir:
76
CIF $ Critério de rateio
Gastos com manutenção 63.500,00 Departamento de produção
Seguros 96.400,00 Imobilizado do dpto.
Depreciação de máquinas e móveis 148.600,00 Máquinas e móveis dpto.
Encargos sociais 92.900,00 Folha de pagamento
Total 401.400,00
Bases de Rateio:
Departamento Imobilizado Máquinas e móveis Folha de pagamento
Controle de qualidade 140.000,00 20.000,00 16.000,00
Manutenção eletrônica 80.000,00 150.000,00 31.000,00
Manutenção mecânica 100.000,00 26.000,00 14.000,00
Produção 800.000,00 980.000,00 244.000,00
Totais 1.120.000,00 1.176.000,00 305.000,00
Produtos Fabricados e Custos Primários:
Produto Produção (KG) MD MOD
Espaguete 150.000 120.000,00 30.000,00
Lasanha 120.000 84.000,00 12.000,00
Ravióli 50.000 65.000,00 80.000,00
Rondele 30.000 75.000,00 63.000,00
Talharim 140.000 112.000,00 28.000,00
Totais
Sabendo, que o departamento de Controle de qualidade atende exclusivamente à produção de rondeles, os
departamentos de manutenção eletrônica e manutenção mecânica atendem exclusivamente à produção de
espaguete, e os custos de produção são diretamente rateados ao custo primário, calcule o custo por
departamentos:
Custo por departamentos:
Controle qualidade Man. eletrônica Man. mecânica Produção Totais
Seguros 96.400,00
Depreciação
Encargos Sociais
Gastos com
manutenção
TOTAIS
77
Custo dos Produtos:
Espaguete Lasanha Ravióli Rondele Talharim Totais
MD
MOD
Custo Primário
Controle qualidade
Manutenção eletrônica
Manutenção Mecânica
Produção
Totais
Quantidade produzida
Custo unitário
4- (Bruni et al, 2004) -A Fábrica de Frigideiras Panela Velha Ltda aloca seus custos por departamentos e sua produção foi: 1.200 Frigideiras Caçarola e 1.000 Frigideiras Fritabem Departamentos: Almoxarifado manutenção fundição Soldagem Totais Imobilizado 4.000,00 6.000,00 12.000,00 18.000,00 40.000,00 Área m2 10 7,5 37,5 45 100 m2 Custos Diretos MD Embalagem MOD Caçarola 8.000,00 3.000,00 2.500,00 Fritabem 6.000,00 2.000,00 3.500,00 Totais Custos Indiretos CIFs: Aluguel: 2.000,00 Depreciação: 500,00 Horas trabalhadas Origem/destino Manutenção Fundição Soldagem Caçarola Fritabem Soma almoxarifado 40 10 20 60 70 200 manutenção 60 80 150 110 400 Fundição 350 150 500 Soldagem 50 50 100 Custos por departamentos: almoxarifado Manutenção fundição Soldagem Totais
Aluguel 2.000,00 Depreciação Totais
78
Custos dos produtos: Almoxari Manutenç Fundição soldagem Caçarola Fritabem Totais Custos diretos 25.000,00 Custos deptos 250,00 2.500,00 Almoxarifado (250,00) subtotal Manutenção subtotal Fundição subtotal Soldagem subtotal Custos totais 27.500,00 Produção unida Custo unitário
5- Os custos indiretos de uma empresa em seus departamentos foram os seguintes:
armazém graneleiro silo almoxarifado manutenção Administração Total
Aluguel 1.848,00 2.310,00 1.848,00 1.386,00 924,00 924,00 9.240,00
Energia elétrica 3.080,00 2.310,00 693,00 407,00 110,00 660,00 7.260,00
Mat indiretos 682,00 478,50 489,50 517,00 418,00 275,00 2.860,00
MOI 1.540,00 1.430,00 2.088,90 232,10 462,00 968,00 6.721,00
Apurar os CIFs totais de cada departamento e de cada produto, com base no que segue:
a) Os custos da Administração Geral são assim distribuídos aos demais departamentos com base na área
ocupada: Armazém 35% - graneleiro 15% - Silo 30% e Almoxarifado 10% e manutenção 10%
b) A Manutenção presta serviço somente aos departamentos de produção: Armazém 40% - Graneleiro 25% -
Silo 35%.
c) O almoxarifado distribui seus custos sendo ½ para o armazém = ¼ para o graneleiro e o restante para o
silo.
d) A distribuição dos CIFs do armazém e do silo aos respectivos produtos é feita na mesma proporção do
MD.
e) os CIFs do graneleiro são distribuídos aos produtos com base na Mão-de-obra direta.
Custos Diretos
MD MOD
Trigo 17.468,00 7.920,00
Soja 15.312,00 6.754,00
Total 32.780,00 14.674,00
79
Distribuição dos CIFS aos departamentos:
armazém graneleiro silo almoxarifado manutenção Administra totais
Aluguel
Energia elétrica
Mat. indiretos
MOI
Sub total 26.081,00
Transf administ
Sub total
Transf manutençã
Sub total
Transf almoxarif
Totais
Custo dos produtos:
TRIGO SOJA TOTAL
MD
MOD
CIFS ARMAZEM
CIFS GRANELEIRO
CIFS SILO
TOTAIS
6- A Cooperativa Central de Produtores de Leite DELTA pasteurizou, embalou e comercializou 83.397 litros
de Leite Genoveva e 36.608 litros de Leite Genoveva Super, utilizando os seguintes departamentos:
Área Kw energia Horas de trabalho
pasteurização 11.000 34.000 48.000
Embalagem 9.800 28.200 24.000
Manutenção 1.500 3.000 4.000
Administração 2.700 1.300 4.000
Totais
80
Custos diretos e indiretos:
Genoveva Genoveva Super Totais
Custos diretos 43.900,00 25.200,00 69.100,00
Aluguel, manutenção dos prédios e impostos 4.250,00
Materiais indiretos 2.600,00
Energia elétrica 3.675,00
Depreciação 2.400,00
Outros custos indiretos de fabricação 3.300,00
Totais 85.325,00
Critérios de rateio:
Aluguel – área ocupada pelo departamento
Energia elétrica – kw energia
Demais custos indiretos – horas de trabalho.
Transferência dos custos entre departamentos:
Administração geral – pasteurização 40% - manutenção 20% - 40% embalagem
Manutenção – 4/5 atenderam as máquinas da pasteurização e 1/5 as máquinas da embalagem;
Os produtos absorvem os CIFS proporcionalmente aos Custos Diretos.
Custos dos departamentos:
Pasteurização embalagem Manutenção administração Total
Aluguel
Materiais indiretos
Energia elétrica
Depreciações
Outros CIFS
Sub totais
Transferência
administração
Sub total
Transferência
manutenção
Totais
Custo dos produtos:
81
Genoveva Genoveva super Total
Custo direto 43.900,00 25.200,00 69.100,00
Pasteurização
Embalagem
Custo total
Produção (litros)
Custo unitário
7- (Martins et al, 2006) - A Empresa Postes Reis produz postes de cimento em três tamanhos: nº 0, nº 1 e nº
2. O Número 0, devido ao tamanho e tratamento de sua estrutura, é feito em uma máquina grande. Os
números 1 e 2, por serem de menor porte, são produzidos em uma máquina pequena.. Os custos diretos
unitários, em determinado período, foram os seguintes (em R$):
Poste nº material Mão-de-obra 0 350,00 90,00 1 250,00 81,00 2 175,00 54,00
Os custos indiretos (supervisão, depreciação e manutenção) foram de R$ 200.000,00 no mesmo período,
sendo que:
a) R$ 37.500,00 são específicos da máquina pequena
b) R$ 75.000,00 são específicos da grande
c) r$ 87.500,00 referem-se a serviços auxiliares e da administração geral da produção (supervisão geral)
A empresa produziu 1.000 postes de cada tamanho no período e costuma ratear o valor total dos custos
indiretos diretamente aos produtos (departamentalização), à base do custo da mão-de-obra direta.
Considerando=se vendida toda a produção dos postes nº 0 e 1, e nada do poste nº 2, e sabendo-se que não
havia estoques iniciais, pede-se calcular: o custo dos produtos vendidos e o estoque final, rateando os custos
indiretos por meio da utilização de departamentos.
Poste 0 Poste 1 Poste 2 soma
82
8 – (Martins et al, 2006) – A empresa Nandaca produz dois produtos, A e B, cuja produção no último período
foi de 4.000 e 1.000 unidades, respectivamente. Seus custos departamentais e o nº de empregados foram os
seguintes:
departamentos Custos R$ Nº empregados
Gerencia geral da produção 1.050,00 2
Manutenção 1.110,00 4
Montagem 9.300,00 8
Acabamento 7.140,00 8
Pede-se calcular o valor de cada produto considerando-se que:
a) os custos da gerencia geral da produção devem ser os primeiros a serem distribuídos aos demais, e a base é
o número de empregados;
b) em seguida, devem ser rateados os custos do Departamento de Manutenção: 75% para a Montagem;
c) Finalmente, distribuir os custos da Montagem e do Acabamento para os produtos, proporcionalmente às
quantidades produzidas.
MAPA DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS
Custos indiretos Gerencia geral produção
manutenção
montagem
acabamento
total
9 (CFC) - Na produção de dois tipos de máquinas são utilizados os centros de custo C1 e C2 com a
incorrência dos seguintes custos diretos:
Máquina A Máquina B
Matéria Prima R$100.000,00 R$60.000,00
Mão-de-obra direta R$ 50.000,00 R$ 40.000,00
Somas R$150.000,00 R$100.000,00
Os custos indiretos de fabricação totalizaram R$ 50.000,00 e foram alocados nos centros de custos C1 e C2,
no montante de R$ 32.000,00 e R$ 18.000,00 respectivamente. Os custos do C1 são rateados
83
proporcionalmente à matéria-prima consumida enquanto os do C2 à mão-de-obra direta aplicada.
Considerando que todos os produtos foram concluídos, informe os custos dos produtos acabados:
a) C1= R$ 170.000,00 C2= R$ 130.000,00
b) C1= R$ 180.000,00 C2= R$ 120.000,00
c) C1= R$ 200.000,00 C2= R$ 100.000,00
d) C1= R$ 182.000,00 C2= R$ 118.000,00
10. (CFC) - Na produção de dois tipos de tratores, correram os seguintes custos:
Trator A Trator B
Matéria-prima R$ 250.000,00 R$ 150.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 125.000,00 R$ 100.000,00
Os custos indiretos de fabricação totalizaram R$ 125.000,00 e foram alocados nos centros de custos Ca e Cb,
no montante de R$ 80.000,00 e R$ 45.000,00 respectivamente. Os custos de R$ 80.000,00 pertencentes ao Ca
foram rateados proporcionalmente à mão-de-obra direta aplicada para cada produto, enquanto os de R$
45.000,00 pertencentes ao Cb rateados proporcionalmente à matéria-prima consumida para cada produto.
Todos os produtos foram concluídos. Os Custos dos Produtos Acabados – Trator A e Trator B, foram
respectivamente:
a) Trator A R$ 375.000,00 Trator B R$ 250.000,00
b) Trator A R$ 427.427,00 Trator B R$ 322.573,00
c) Trator A R$ 447.573,00 Trator B R$ 302.427,00
d) Trator A R$ 455.000,00 Trator B R$ 295.000,00
11. (CFC) - Uma Companhia fabrica os produtos P1, P2 e P3. Os custos diretos para fabricação dos produtos,
no mês de abril de 2007, foram:
P1 P2 P3
Matéria-prima R$ 15.000,00 R$ 25.000,00 R$ 10.000,00
Mão-de-obra direta R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 R$ 2.000,00
Os Custos Indiretos de Produção identificados com os departamentos foram os seguintes:
Administração geral Manutenção Montagem Acabamento
Mão-de-obra R$ 4.500,00 R$ 3.000,00 R$ 10.000,00 R$ 8.000,00
Depreciação R$ 1.500,00 R$ 2.500,00 R$ 12.000,00 R$ 18.000,00
materiais R$ 3.000,00 R$ 1.500,00 R$ 3.000,00 R$ 1.500,00
Os critérios de rateio adotados pelo sistema de custos da empresa são os seguintes:
84
• Administração geral – percentuais iguais para cada departamento
• Manutenção – 70% para montagem e o restante para acabamento
• Montagem – proporcional ao consumo de matéria-prima por produto
• Acabamento – proporcional à mão-de-obra direta por produto
O custo do departamento de montagem, rateado para os produtos P1, P2 e P3, será respectivamente:
a) R$ 7.500,00 – R$ 12.500,00 – R$ 5.000,00
b) R$ 10.000,00 - R$ 10.000,00 – R$ 5.000,00
c) R$ 10.500,00 – R$ 17.500,00 – R$ 7.000,00
d) R$ 14.000,00 – R$ 14.000,00 – R$ 7.000,00
5 PRODUÇÃO POR ORDEM E CONTÍNUA
5.1 PRODUÇÃO POR ORDEM
A produção de entidades, que apresentam grandes variações de produtos ou serviços comercializados,
pode classificar em produção sob encomenda, ou por ordem de produção.
Um exemplo típico de custeio por ordem de produção é a industria do vestuário, que produz
diferentes peças de roupas ( calças, camisas, bermudas) de diferentes tamanhos (adulto, criança) empregando
a mesma linha de produção. Há a necessidade de um controle individualizado. (Bruni et al, 2004)
A produção sob encomenda ocorre quando um serviço ou produto específico é comercializado antes
ou durante sua elaboração e esta ocorre segundo as especificações do comprador. Um exemplo é a marcenaria
que comercializa móveis com projetos e especificações dos clientes.(Bruni et al, 2004)
No sistema de custos por ordem de produção ou encomenda os custos são acumulados em folhas (ou
registros eletrônicos) denominadas Ordens de Produção (OP) ou Ordens de Fabricação (OF) ou Ordens de
Serviço (OS), e representam a individualização do controle da conta produtos ou serviços em elaboração ou
processo. (Bruni et al, 2004)
A alocação dos gastos é razoavelmente simples, consistindo em transferir o total para o componente ou
ordem em elaboração, resultado das quantidades consumidas pela ordem de produção multiplicada pelos
custos unitários. (Bruni et al, 2004)
EXERCICIOS
1.- (Bruni et al, 2004) - A fabricação das Industrias MaqMaq Ltda, apresenta custeio com base nas ordens de
produção colocadas. Com base nos dados a seguir calcule o total de custos (discriminados_ e o resultado
bruto por ordem de produção, considerando os valores estimados e os valores reais. Em 1º de setembro de
2004, o total de produtos em processo era:
85
Ordem de produção nº R$
11/04 12.450,00
12/04 9.750,00
13/04 10.050,00
14/04 300,00
Total 32.550,00
Custos debitados às ordens de produção:
Ordem de produção MD (R$) MOD (R$)
11/04 450,00 300,00
12/04 2.250,00 1.800,00
13/04 1.800,00 1.050,00
14/04 2.700,00 1.500,00
15/04 450,00 150,00
16/04 150,00
As ordens de produção 11/04, 12/04 e 13/04 foram completadas e entregues em setembro e vendidos por R$
18.450,00. R$ 18.700,00 e R$ 16.000,00 respectivamente
Custos estimados: Os CIFs são apropriados com base em 250% da MOD.
Custos apropriados Estoque
OP Estoque inicial MD (R$) MOD (R$) CIF (R$) Subtotal Final
11/04 12.450,00
12/04
13/04
14/04
15/04
16/04
soma 32.550,00 7.800,00 4.800,00 12.000,00 24.600,00 57.150,00
Resultado previsto:
11/04 12/04 13/04 Total
Receita 18.450,00
Custo estimado 13.950,00
Resultado 4.500,00
86
Custo Real: CIFs com base na MOD ( R$ 13.500,00/ R$ 4.800,00)
Custos apropriados Estoque
OP Estoque inicial MD (R$) MOD (R$) CIF (R$) Subtotal Final
11/04 12.450,00
12/04
13/04
14/04
15/04
16/04
soma 32.550,00 7.800,00 4.800,00 13.500,00 26.100,00 58.650,00
Resultado real:
11/04 12/04 13/04 Total
Receita 18.450,00
Custo real
Resultado
2- (Bruni et al, 2004) - A Gráfica Traços e Rabiscos Ltda. apresentou os dados seguintes referentes a sua
produção no mês de Junho de 2006. Com base nestes números, contabilize os lançamentos e apure os custos.
Registros do almoxarifado: requisições de materiais diretos
data requisição OP quantidade Custo unitário
12/junho 1.208/06 563/06 90 3,50
17/junho 1.209/06 564/06 210 3,60
Registro de utilização de MOD.
Data OP quantidade Custo unitário
14/junho 563/06 300 6,20
21/junho 564/06 800 6,20
A empresa transfere os custos indiretos para as ordens de produção de acordo com as horas de mão-de-obra
direta empregadas. Os custos indiretos de fabricação no período foram iguais a R$ 6.000,00, para um total de
horas de mão-de-obra direta igual a 2.000 horas.Resposta:
87
563/06 564/06
MD Quantidade
Custo unitário
Subtotal
MOD Quantidade
Custo unitário
Subtotal
CIF quantidade
Custo unitário
Subtotal
Soma
3- (Martins et al, 2006) - A Industria de Móveis Pica-Pau produz movei para escritório sob encomenda. No
início de determinado mês recebeu, de clientes diferentes, três pedidos de orçamento para possíveis
encomendas de mesas para computador: 160 grandes, 92 médias e 95 pequenas. Sua estimativa de custos foi
a seguinte:
I. Matéria-prima
Produtos R$
Grandes 4.950,00
Médias 2.375,00
Pequenas 1.764,00
II. Tempo de produção requerido por unidade de produto:
Produtos Tempo de MOD Tempo de Máquina
Grandes 1,4 horas 1,8 hora
Médias 1,0 horas 1,4 horas
Pequenas 1,0 horas 1,0 horas
III Outros Custos:
Custos Fixo Variável
Supervisão da produção R$ 2.250,00
Depreciação de equipamentos R$ 1.600,00
Energia elétrica R$ 2,00 hora-máquina
Mão-de-obra direta R$ 10,00 hora MOD
Outros R$ 8,00 horas máquina
Seguros R$ 14.150,00
88
Pede-se: Calcular os utilizando como base de rateio dos custos indiretos as horas-máquina
Custo Grandes Médias Pequenas Totais
MD
Supervisão da produção
Depreciação equipamentos
Seguros
Energia-elétrica
Mão-de-obra direta
Outros custos
Totais
Quant. Produzida
Custo unitário
Base de rateio as horas de mão-de-obra direta
Custo Grandes Médias Pequenas Totais
MD
Supervisão da produção
Depreciação equipamentos
Seguros
Energia-elétrica
Mão-de-obra direta
Outros custos
Totais
Quant. Produzida
Custo unitário
4- (Martins et al, 2006) - A Industria de Confecções Jeans Stop produz peças de vestuário para moda jovem e
a cada estação climática lança nova coleção. Durante o último verão, a Jeans Stop trabalhou com cinco
89
modelos, identificados pelas Ordens de Produção Nºs 1.431 a 1.435 (suponha um só tamanho e cor para cada
modelo). No final do dia 31 de janeiro, o único estoque existente era o de produtos em processamento, tendo
sido incorridos os seguintes custos (em R$):
Material R$ Mão-de-obra direta R$ Total
Ordens Corte costura Acabamento Corte costura acabamento
1.431 500,00 100,00 70,00 300,00 200,00 100,00 1.270,00
1.432 700,00 50,00 200,00 30,00 980,00
1.433 300,00 - 150,00 450,00
Totais 1.500,00 150,00 70,00 650,00 230,00 100,00 2.700,00
Durante o mês de fevereiro, foram trabalhadas 205 horas de mão-de-obra, distribuídas da seguinte forma:
Número de horas de mão-de-obra em fevereiro:
Ordens Corte Costura Acabamento
1.431 - - 10
1.432 - 5 20
1.433 12 30
1.434 30 53 15
1.435 20 10 -
O Custo de mão-de-obra, por hora já com os encargos sociais, foi o seguinte: (R$)
Corte: R$ 5,00 Costura: R$ 3,00 Acabamento: R$ 2,50
Apenas a OP nº 1.435 não foi concluída em fevereiro; as OP de nº 1.431 e 1.432 foram totalmente vendidas e
entregues a seus clientes. Para a produção do mês de fevereiro incorreu nos seguintes custos de material
direto: (R$)
Ordens Corte Costura Acabamento Totais
1.431 50,00 50,00
1.432 70,00 80,00
1.433 200,00 120,00
1.434 1.000,00 400,00 200,00
1.435 800,00 250,00 -
Totais
Pede-se preencher as fichas de custos das ordens de produção (OP) anexas e calcular:
a) o valor de custo dos estoques de produtos em processamento existentes no final de fevereiro:
b) O valor de custo dos estoques de produtos acabados no final de fevereiro:
90
c) O Custo dos produtos vendidos em fevereiro:
Ordem nº Material Mão-de-obra Total
Corte costura acabamento corte costura acabamento
inicial
Fevereiro
Somas
Ordem nº Material Mão-de-obra Total
Corte costura acabamento corte costura acabamento
inicial
Fevereiro
Somas
Ordem nº Material Mão-de-obra Total
Corte costura acabamento corte costura acabamento
inicial
Fevereiro
Somas
Ordem nº Material Mão-de-obra Total
Corte costura acabamento corte costura acabamento
inicial
Fevereiro
Somas
Ordem nº Material Mão-de-obra Total
Corte costura acabamento corte costura acabamento
inicial
Fevereiro
Somas
91
5- (Martins et al, 2006) - A Empresa Asfáltica fechou com o Governo do Estado um contrato de
pavimentação de uma rodovia, em 01/01/X0, nas seguintes condições:
Quilometragem a ser pavimentada: 2.000 km
Período previsto para a execução da obra 3 anos
Custo estimado: R$ 10.000.000,00
Receita Prevista: R$ 15.000.000,00 - Condições de pagamento: 40% na
assinatura do contrato; 20% após um ano; 20% após dois anos e 20% na conclusão do serviço.
� Em 01/01/X1, de acordo com os apontamentos efetuados pelos engenheiros, constatou-se que tinham
sido completados 500 km de pavimentação.
� A partir do início do segundo ano, os custos aplicados na obra tiveram um aumento imprevisto de
10% em relação ao primeiro. O contrato não permite reajuste do preço.
� Em 01/01/X2, aferições constataram que 70% da obra tinham sido executados.
� Ao final do terceiro ano, a empresa concluiu seus trabalhos e o recebimento final foi realizado
conforme descrito no contrato.
� Considerando-se que a empresa reconhece a receita proporcionalmente à execução da obra e que os
custos também são incorridos naquela proporção, pede-se calcular:
a) O custo da etapa completa do 1º ano:
b) O valor do lucro bruto do 1º ano:
c) O custo da etapa do serviço prestado no 2º ano:
d) O valor do lucro bruto do 2º ano:
e) O custo da etapa do serviço executado no 3º ano:
f) O valor do resultado bruto da empreitada:
6- (Martins et al, 2006) - Uma empresa produz e vende ventiladores de vários modelos e tamanhos, cujos
designs são atualizados de três em três meses. Em determinado mês foi iniciada e concluída a Ordem de
Produção nº 22, para um lote de 500 ventiladores tipo “M”, totalmente vendidos, cuja estrutura de custos
pode ser visualizada abaixo.
No mesmo mês foi processada a Ordem de Produção nº 23, com um lote adicional de 60 unidades do
mesmo produto, pois o pessoal da área de marketing verificou que a demanda seria superior às 500
inicialmente estimadas.
O tempo de Mão-de-Obra direta aplicado àquele novo lote foi superior ao normal em 10% e o
respectivo custo teve um acréscimo de 50%, em função de horas extras.
92
Quantidade Preço OP 22 OP 23
Matéria prima - MD 3 kg por unidade 29,00 por kg.
Mão-de-obra direta MOD 2, 50 horas/unidade R$ 6,00 por hora
Embalagem R$ 5,60 unidade
Energia elétrica R$ 3,00 unidade
Depreciação R$ 5.000,00
SOMA
No fim do processo de produção da OP nº 23, antes do embalamento ocorreu um acidente que fez
com que o produto ficasse parcialmente danificado; entendo que não deveria colocar no mercado produtos
com defeito, a empresa vendeu como sucata o lote defeituoso, pelo valor de R$ 6.000,00.
Sabendo-se que o preço normal de venda daquele modelo é de R$ 250,00 por unidade, pede-se
calcular o resultado bruto (lucro ou prejuízo) de cada OP e o total.
OP 22 OP 23 TOTAL
LUCRO OU PREJUIZO
7. (Bruni et al, 2004)- Em Julho de2007 a controladoria da Tique-e-Taque Relógios Ltda apresentou os dados
descritos a seguir. Durante o mês foram elaboradas duas ordens de produção: 14/07 e 015/07. Pede-se que
sejam calculados os custos totais estimados de cada ordem de produção, ajustando os gastos com os Custos
Indiretos de Fabricação verificados. O critério de alocação dos CIFs baseava-se nas horas de mão-de-obra
direta aplicadas nas ordens de produção. Os valores estimados anteriormente previam uma utilização de
MOD igual a 1.500 horas e um total de custos indiretos de fabricação igual a R$ 2.250,00. Os valores reais,
porém, indicaram que os gastos com CIF alcançaram R$ 2.400,00 e o uso de MD e MOD pode ser visto na
tabela a seguir.
Descrição Ordem produção 014/07 Ordem produção 015/07
Material direto R$ 400,00 600,00
Mão-de-hora direta R$ 200,00 400,00
Mão-de-obra direta - horas 400 800
Resposta:
93
Custos previstos OP 014/07 OP 015/07 Soma
MD R$
MOD R$
MOD - horas
Critério alocação (R$/h)
CIFs previstos
Soma dos Custos Previstos
Custos reais OP 014/07 OP 015/07 Soma
MD R$
MOD R$
MOD - horas
Critério alocação (R$/h)
CIFs reais
Soma dos Custos reais
8.- (Oliveira e Perez Jr, 2005) – A Cia Naval fabrica lanchas e pequenos iates sob encomenda e em 30 de
junho estavam em aberto as seguintes Ordens de Produção:
Nº OP Matérias-primas R$ Mão-de-obra R$ CIFs R$
39 120.000,00 60.000,00 65.000,00
43 49.000,00 26.000,00 24.000,00
44 26.000,00 14.000,00 12.800,00
As requisições de matérias-primas e os apontamentos de mão-de-obra de julho foram:
OP Matéria-prima Mão-de-obra
39 92.000,00 48.000,00
43 64.000,00 60.100,00
44 96.000,00 73.000,00
45 52.000,00 39.400,00
46 26.300,00 24.500,00
Os Custos Indiretos de Fabricação totalizaram R$ 294.000,00 no mês de julho e são apropriados aos produtos
com base na mão-de-obra direta. As Ordens de Produção 39 e 45 foram concluídas em julho e foram
vendidas por R$ 850.000,00 e R$ 360.000,00 respectivamente. Pede-se: Apropriar os custos indiretos às
ordens de produção
94
• Calcular os custos de cada ordem em 31/07/2007
• Apurar os lucros das ordens de produção vendidas
Solução: Cálculos dos custos até 31/07/2007
OP nº 39 43 44 45 46 total
Saldos iniciais
MD
MOD
CIFs
Totais
Solução: Apuração do Lucro sobre as OP vendidas
OP nº OP nº
Receita
(-) Custo
(=) Lucro
9- (Oliveira e Perez Jr. 2001) – A Cia Elétrica Nepallight fabrica geradores de alta tensão sob encomenda e
em 31/06/2007 havia as seguintes ordens de produção em andamento:
OP Matéria-prima R$ Mão-de-obra R$ CIFs R$
139 130.000,00 65.000,00 75.000,00
143 59.000,00 20.600,00 20.000,00
144 28.000,00 14.000,00 10.800,00
Durante o mês de julho, os gastos com matérias-primas e os apontamentos de mão-de-obra direta
apresentaram os seguintes valores:
OP Matéria-prima R$ Mão-de-obra R$
139 189.280,00 158.000,00
143 171.535,00 70.100,00
144 106.470,00 71.000,00
145 70.980,00 49.400,00
146 53.235,00 34.500,00
Os Custos indiretos de fabricação totalizaram R$ 394.000,00 no mês de julho e são apropriados a cada OP
proporcionalmente aos gastos com matérias-primas no mês. As OP 139 e 145 foram concluídas e vendidas
em julho por R$ 805.000,00 e R$ 340.000,00 respectivamente.
Solução: Demonstração do Custo acumulados de cada OP em 31/07/2007
95
OP 139 143 144 145 146 totais
Solução: Apuração do Resultado das OP encerradas e vendidas em julho/2007
OP nº OP nº
10. (Oliveira e Perez Jr., 2001) – A Consultoria e Engenharia de Projetos Automotivos Logistic Ltda (Cepall)
é uma empresa especializada na prestação de serviços de consultoria em logística para empresas do setor
automotivo, integrando montadoras e seus inúmeros fornecedores de peças, componentes e matérias-primas.
Em 01/03/2007 havia as seguintes OS em andamento, com os respectivos custos incorridos:
OS MOD CIFs serviços
consultoria
Outros custos diretos
serviços consultoria
Total
4140 170.000,00 68.000,00 30.000,00
4141 30.000,00 12.000,00 20.000,00
4142 100.000,00 40.000,00 50.000,00
Os Custos do mês de março foram:
OS Mão-de-obra direta R$ Custos diretos dos serviços de consultoria R$
4140 45.000,00 10.000,00
4141 135.000,00 30.000,00
4142 297.000,00 70.000,00
4143 189.000,00 45.000,00
4144 234.000,00 105.000,00
Os custos indiretos do mês de março totalizaram R$ 225.000,00 e foram apropriados proporcionalmente aos
custos com a mão-de-obra. Durante o mês, as despesas comerciais, administrativas e financeiras totalizaram
R$ 110.000,00. As OS 4140, 4142 e 4144 foram completadas durante o mês, sendo vendidas por R$
480.000,00, R$ 850.000,00 e R$ 600.000,00 respectivamente. A Cepall paga 5% de ISS sobre as receitas de
prestação de serviços de consultoria.
96
Solução: Custos Acumulados em 31/03/2007.
Totais
Solução: Demonstração do resultado do mês de março, antes dos tributos s/o lucro:
OS nº OS nº OS nº Total
Receita bruta
(-) ISS
(=) Receita líquida
(-) custo serv prest
(=) lucro bruto
(-)despesas
(=) RAIR
11. (Jiambalvo) – A Companhia Smith de Moldes fabrica moldes de cortes para industrias de sapatos. Cada
grupo de moldes é desenhados sob medidas para os padrões do cliente. Recebeu, durante o mês de maio seis
pedidos de clientes e estes foram numerados de 1005 a 1010. As requisições de materiais indicaram o
seguinte movimento, sendo a apropriação dos materiais indiretos proporcionalmente aos materiais diretos:
OP nº Materiais diretos - MD Materiais indiretos - MI
1005 560,00
1006 730,00
1007 1.480,00
1008 540,00
1009 370,00
1010 285,00
Totais 3.965,00 799,00
O sumário de apontamentos de mão-de-obra apresentou os seguintes custos, sendo a apropriação da mão-de-
obra indireta proporcionalmente a mão-de-obra direta:
97
OP nº Mão-de-obra direta Mão-de-obra indireta
1005 1.420,00
1006 1.840,00
1007 3.220,00
1008 1.200,00
1009 720,00
1010 560,00
totais 8.960,00 6.400,00
Solução:
1005 1006 1007 1008 1009 1010 totais
MD
MI
MOD
MOI
totais
12- (Jiambalvo) – Bob e Beth Ford aposentaram-se no negócio de serviços alimentícios e começaram a
realizar serviços de buffet para recepções de casamentos, de forma limitada. Os principais custos para
organizar seu negócio incluíram:
Toalhas de linho 1.000,00
Faqueiros completos de prata 800,00
Pratos e copos de vidro 1.200,00
Acessórios e instrumentos para tortas 400,00
Total
Espera-se que os materiais acima durem 10 anos. Bob e Beth realizaram toda a preparação da comida em seu
apartamento e perceberam que as contas mensais de água, luz e gás custaram R$ 100,00 a mais do que
quando não realizavam esse tipo de serviço. Todos os suprimentos para a preparação da comida são tratados
como materiais diretos e o único adicional incorrido é o seguro de responsabilidade de R$ 1.200,00 ao ano.
Bob e Beth pagam a si mesmos uma remuneração de R$ 25,00 por hora. Durante o mês de julho atenderam a
cinco casamentos:
Materiais diretos Horas de trabalho
Casamento nº 01 350,00 20
Casamento nº 02 700,00 35
98
Casamento nº 03 425,00 18
Casamento nº 04 1.500,00 80
Casamento nº 05 550,00 28
A base de alocação de custos indiretos é horas mão-de-obra, com uma estimativa de 1.000 horas por ano, e o
faturamento é de 120% sobre o custo do serviço. Pede-se:
a) calcular o custo de cada ordem de serviço e o lucro do mês de julho:
casamento Nº 01 Nº 02 Nº 03 Nº 4 Nº 05 totais
13. (CFC)- Numa ordem de produção, utilizaram-se R$ 280.000,00 de mão-de-obra direta e R$ 420.000,00
de matéria-prima. Os custos gerais de produção foram aplicados a uma taxa de 16% sobre os custos diretos
básicos. O custo da ordem de produção foi de:
a) R$ 252.000,00
b) R$ 588.000,00
c) R$ 812.000,00
d) R$ 1.288.000,00
5.2 PRODUÇÃO CONTÍNUA OU POR PROCESSO
Quando a produção é caracterizada por homogeneidade, com processamento de produtos com
mesmas características, diz-se tratar de produção por processo. Os custos são inicialmente classificados por
tipo de gasto e posteriormente distribuídos às unidades produzidas. (Bruni et al, 2004)
O sistema de custos por processo deve procurar refletir o processo físico da produção, criando centros
de custos (departamentos, centro de acumulação de dados físicos e de custos). O estoque de produtos em
processo é igual a soma dos vários processos produtivos. (Crepaldi, 2002)
No controle de custos por processo deve ser rotina avaliar os estoques que continuam em processo, já
parcialmente produzidos e recebendo a parte dos gastos associados a materiais diretos, mão-de-obra direta ou
custos indiretos de fabricação, estimando o grau de completude dos itens em processo. (Bruno et al, 2004)
99
EXERCICIOS
1- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- Unidades iniciadas no mês: 10.000
b- Unidades em processo no final do mês: 3.000, tendo recebido 60% do MD e 20% de MOD.
Solução:
Unidades acabadas: __________
Unidades em processo que receberam MD: __________
Unidades em processo que receberam MOD: ________
Total de unidades que receberam no mês: MD _____________ MOD ____________
2- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades iniciadas no mês: 15.000
b- unidades acabadas no mês: 10.000
c- as unidades em processo no final do mês receberam 80% MD e 40% MOD.
Solução:
Unidades em processo no final do mês ___________
Unidades em processo que receberam MD _________
Unidades em processo que receberam MOD ________
Total de unidades que receberam MD no mês _______
Total de unidades que receberam MOD no mês ______
3- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 2.000, tendo já recebido 40% de MD e 20% de MOD.
b- Unidades iniciadas no mês: 20.000
c- Unidades acabadas no mês: 15.000
d- As unidades em processo no final do mês, tendo recebido 30% de MD e 20% de MOD.
Solução:
Unidades em processo no início do mês: MD __________ MOD ________
Unidades iniciadas e acabadas no mês __________
Unidades em processo no final do mês ___________
Unidades em processo receberam no mês MD _________ MOD __________
Total de unidades que receberam MD no Mês ___________
Total de unidades que receberam MOD no mês __________
100
4. Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 3.000, tendo já recebido 50% de MD e 30% de MOD.
b- unidades iniciadas no mês: 15.000
c- unidades em processo no final do mês: 1.000, tendo recebido 100% de MD e 70% de MOD.
Solução:
Unidades em processo n o início do mês: MD _________ MOD_________
Unidades acabadas no mês __________
Unidades iniciadas e acabadas no mês ________
Unidades em processo que receberam MD no mês _______
Unidades em processo que receberam MOD no mês ______
Total de unidades que receberam MD no Mês ___________ MOD no mês __________
5- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 1000, tendo já recebido 100% de MD e 40% de MOD.
b- unidades iniciadas no mês: 10.000
c- unidades em processo no final do mês: 2.000, tendo recebido 70% de MD e 40% de MOD.
Solução:
Unidades em processo n o início do mês: MD _________ MOD_________
Unidades acabadas no mês __________
Unidades iniciadas e acabadas no mês: ________
Unidades em processo que receberam MD no mês ___________ MOD no mês ______
Total de unidades que receberam MD no Mês ___________ MOD no mês __________
6- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 5000, tendo já recebido 70% de MD e 30% de MOD.
b- unidades iniciadas no mês: 20.000
c- unidades em processo no final do mês: 7.000, tendo recebido 50% de MD e 30% de MOD no mês.
Solução:
Unidades em processo n o início do mês: MD _________ MOD_________
Unidades acabadas no mês __________
Unidades iniciadas e acabadas no mês _________
Unidades em processo que receberam MD no mês _______
Unidades em processo que receberam MOD no mês ______
Total de unidades que receberam no mês: MD ___________ MOD __________
101
7- Calcular as unidades e os custos dos produtos acabados e em processo, sendo:
a- Unidades iniciadas no mês: 12.000
b- Unidades em processo no final do mês: 5.000, tendo recebido 60% do MD e 20% de MOD no mês.
c- Gastos no mês: MD R$ 40.000,00 - MOD/CIF R$ 30.000,00
Solução:
Unidades acabadas: __________ Unidades em Processo ________________
Unidades em processo que receberam MD: __________
Unidades em processo que receberam MOD: ________
Total de unidades que receberam MD: _____________
Total de unidades que receberam MOD ____________
Produtos acabados Produtos em processo quantidade R$ quantidade R$ total inicial MD MOD/CIF Custo total quantidades Custo unitário
8- Calcular as unidades dos produtos acabados e em processo, sendo:
a- unidades iniciadas no mês: 18.000
b- unidades acabadas no mês: 12.000
c- as unidades em processo no final do mês receberam 80% MD e 40% MOD.
d- Gastos no mês: MD R$ 100.000,00 – MOD R$ 80.000,00
Solução:
Unidades em processo no final do mês ___________
Unidades em processo que receberam MD _________
Unidades em processo que receberam MOD ________
Total de unidades que receberam MD no mês _______
Total de unidades que receberam MOD no mês ______
Produtos acabados Produtos em processo quantidade R$ quantidade R$ total inicial MD MOD/CIF Custo total quantidades Custo unitário
102
9- Calcular as unidades dos produtos acabados e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 1.000, tendo já recebido 40% de MD e 20% de MOD.
b- Unidades iniciadas no mês: 25.000
c- Unidades acabadas no mês: 18.000
d- As unidades em processo no final do mês, tendo recebido 30% de MD e 20% de MOD.
e- Custo das unidades em processo no início do mês: R$ 12.000,00
f- Gastos no mês: MD R$ 98.000,00 – MOD/CIF R$ 85.000,00
Unidades em processo no início do mês MD ________ MOD _______
Unidades iniciadas e concluídas no mês __________
Unidades em processo no final do mês ___________
Unidades em processo no final do mês que receberam MD no mês _______
Unidades em processo no final do mês que receberam MOD no mês ______
Total de unidades que receberam MD no Mês ___________
Total de unidades que receberam MOD no mês __________
10- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 4.000, tendo já recebido 50% de MD e 30% de MOD no mês
anterior.
b- unidades iniciadas no mês: 16.000
c- unidades em processo no final do mês: 1.200, tendo recebido 100% de MD e 70% de MOD.
d- Custo das unidades em processo no início do mês R$ 15.000,00
e- Gastos no mês: MD R$ 140.000,00 – MOD/CIF R$ 110.000,00
Solução:
Unidades em processo no início do mês: MD ________ MOD _________
Unidades acabadas no mês __________
Unidades iniciadas e concluídas no mês ____________
Unidades em processo no final do mês que receberam MD no mês _______
Unidades em processo no final do mês que receberam MOD no mês ______
Total de unidades que receberam MD no Mês ___________
Total de unidades que receberam MOD no mês __________
103
11- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 1.200, tendo já recebido 100% de MD e 40% de MOD.
b- unidades iniciadas no mês: 12.000
c- unidades em processo no final do mês: 3.000, tendo recebido 70% de MD e 40% de MOD.
d- Custo das unidades em processo no início do mês R$ 18.000,00
e- Gastos no mês: MD R$ 60.000,00 – MOD/CIF R$ 70.000,00
Unidades em processo n o início do mês: MD _________ MOD_________
Unidades acabadas no mês __________ Unidades iniciadas e concluídas no mês ___________
Unidades em processo no final do mês que receberam MD no mês _______
Unidades em processo no final do mês que receberam MOD no mês ______
Total de unidades que receberam MD no Mês ___________
Total de unidades que receberam MOD no mês __________
12- Calcular as unidades de produtos acabadas e em processo, sendo:
a- unidades em processo no início do mês: 6.000, tendo já recebido 70% de MD e 30% de MOD.
b- unidades iniciadas no mês: 25.000
c- unidades em processo no final do mês: 8.000, tendo recebido 50% de MD e 30% de MOD.
d- Custo das unidades em processo no início do mês R$ 30.000,00
e- Gastos do mês: MD R$ 90.000,00 – MOD R$ 120.000,00
Unidades em processo no início do mês: MD _________ MOD _________
Unidades acabadas no mês __________ Unidades iniciadas e concluídas no mês _________
Unidades em processo no final do mês que receberam MD no mês _______ e MOD no mês ______
104
Total de unidades que receberam MD no Mês __________e MOD no mês __________
13- Determinada empresa apresentava no início do mês 5.000 unidades em processamento, as quais já
haviam recebido 45% de MD e 15% de MOD e CIF, e os custos incorridos somavam R$ 20.000,00.
Durante o mês foram concluídas 30.000 unidades e 4.000 unidades se encontravam em processo no final do
mês, as quais já haviam recebido 40% de MD e 10% de MOD e CIF. Os Custos incorridos no mês somaram
R$ 120.000,00 de MD e R$ 100.000,00 de MOD e CIF. Calcular o custo total e o custo unitário dos produtos
acabados e dos produtos em processo.
Unidades iniciadas no mês anterior ________ faltando receber MD _______ e MOD/CIF________
Unidades iniciadas no mês ___________ Unidades acabadas no mês ___________
Total de unidades em processo no final do mês ________
Unidades que foram iniciadas e acabadas no mês ________
Unidades em processo no final do mês que receberam MD ______
Unidades em processo no final do mês que receberam MOD _______
Total de unidades que receberam MD no mês ___________
Total de unidades que receberam MOD no mês __________
14- Determinada empresa apresentava no início do mês 4000 unidades em processamento, as quais já haviam
recebido 60% de MD e 20% de MOD e CIF, e os custos incorridos somavam R$ 15.000,00. Durante o mês
foram iniciadas 30.000 unidades e 3.000 unidades se encontravam em processo no final do mês, as quais já
haviam recebido 50% de MD e 20% de MOD e CIF. Os Custos incorridos no mês somaram R$ 140.000,00
de MD e R$ 80.000,00 de MOD e CIF. Calcular o custo total e o custo unitário dos produtos acabados e dos
produtos em processo.
105
Unidades iniciadas no mês anterior ________ faltando receber MD _______ e MOD/CIF________
Unidades iniciadas no mês ___________ Unidades acabadas no mês ___________
Total de unidades iniciadas e acabadas no mês ___________
Total de Unidades em processo no final do mês _____________
Unidades em processo que receberam MD ___________e MOD __________ no mês
Total de unidades que receberam MD ___________ MOD __________ no mês
15. O MD apresenta um custo por unidade de R$ 1,20 e a MOD/CIF R$ 1,00. A empresa iniciou o mês
com 200 unidades, das quais 100 unidades já haviam recebido todo o MD e 50 unidades já haviam recebido a
MPD/CIF. Durante o mês iniciou 1.200 unidades das quais 950 foram concluídas e o restante ficou em
processo no final do mês, sendo que 50% já receberam o MD e 20% a MOD/CIF. Calcule o Custo total e o
custo unitário dos produtos acabados e dos produtos em processo.
Unidades iniciadas no mês anterior ________ faltando receber MD _______ e MOD/CIF________
Unidades iniciadas no mês ___________
Unidades acabadas no mês ___________
Total de unidades iniciadas e acabadas no mês ___________
Total de Unidades em processo no final do mês ____________
Unidades em processo que receberam MD ___________e MOD __________ no mês
Total de unidades que receberam MD ___________ MOD __________ no mês
16. O gasto total com MD foi de R$ 140.000,00 durante o mês e com MOD/CIF R$ 160.000,00. A empresa
iniciou o mês com 3.000 unidades, sendo que 40% já haviam recebido o MD e 15% a MOD/CIF e o custo
destas unidades somava R$ 30.000,00. Foram concluídas durante o mês 15.000 unidades e ao final do mês
106
4.000 unidades ficaram em processo, tendo recebido 60% de MD e 20% de MOD. Responda as questões
abaixo e determine o custo total e o custo unitário das unidades acabadas e das unidades em processo.
Unidades iniciadas no mês anterior ________ faltando receber MD _______ e MOD/CIF________
Unidades iniciadas no mês ___________
Unidades concluídas no mês _________
Unidades iniciadas e acabadas no mês __________
Total de unidades em processo no final do mês ________
Unidades em processo que receberam MD ___________e MOD __________ no mês
Total de unidades que receberam MD ___________ e MOD __________ no mês
17- O gasto total com MD foi de R$ 180.000,00 durante o mês e com MOD/CIF R$ 150.000,00. A empresa
iniciou o mês com 4.000 unidades, sendo que 40% já haviam recebido o MD e 15% a MOD/CIF e o custo
destas unidades somava R$ 40.000,00. Foram concluídas durante o mês 18.000 unidades e ao final do mês
6.000 unidades ficaram em processo. Responda as questões abaixo e determine o custo total e o custo
unitário das unidades acabadas e das unidades em processo.
Unidades iniciadas no mês anterior ________ faltando receber MD _______ e MOD/CIF________
Unidades iniciadas no mês ___________ Unidades iniciadas e concluídas no mês _________
Total de Unidades em processo no final do mês ___________
Unidades em processo que receberam MD ___________e MOD __________ no mês
Total de unidades que receberam MD ___________e MOD __________ no mês
18- O MD apresenta um custo por unidade de R$ 1,50 e a MOD/CIF R$ 1,20. A empresa iniciou o mês
com 500 unidades, das quais 300 unidades já haviam recebido todo o MD e 200 unidades já haviam recebido
107
a MPD/CIF. Durante o mês iniciou 5.000 unidades das quais 4.000 foram concluídas e o restante ficou em
processo no final do mês, sendo que 50% já receberam o MD e 20% a MOD/CIF. Calcule o Custo total e o
custo unitário dos produtos acabados e dos produtos em processo.
Unidades iniciadas no mês anterior ________ faltando receber MD _______ e MOD/CIF________
Unidades iniciadas no mês ___________
Unidades acabadas no mês _________ Total de unidades iniciadas e acabadas no mês ___________
Total de Unidades em processo no final do mês ____________
Unidades em processo que receberam MD ___________e MOD __________ no mês
Total de unidades que receberam MD ___________ e MOD __________ no mês
19- Os Gastos e estoques das Industrias Abracadabra estão apresentados a seguir. Todos os números referem-
se ao mês de setembro de 2001. Pede-se determinar: (a) Custo com Materiais Diretos; (b) Custo Fabril; (c)
Custo dos Produtos Vendidos; (d) DRE e o Lucro da empresa. (Bruni et al, 2004)
Descrição R$
Materiais indiretos consumidos na fábrica 540.000,00
Depreciação de móveis do escritório 15.000,00
Receitas de vendas 1.111.000,00
Depreciação de máquinas industriais 18.000,00
Salários dos vendedores 12.000,00
Aquisição de novo equipamento industrial 65.400,00
Seguros da fábrica 1.200,00
Salários dos administradores 600,00
Compras de matéria-prima 2.400,00
Mão-de-obra indireta 120.000,00
Mão-de-obra direta 6.000,00
Energia da fábrica 75.000,00
108
Os estoques em fins de agosto e setembro de 2001 podem ser vistos na tabela seguinte:
Estoques finais agosto Setembro
Matéria-prima 60.000,00 48.000,00
Produtos em processo 36.000,00 48.000,00
Produtos acabados 36.000,00 48.000,00
GABARITO:
Material Direto Compras=
+ Estoque Inicial=
_ Estoque Final
Em processo
Custos recebidos=
Custos incorridos=
+Estoque inicial=
- Estoque final=
Acabados Custos recebidos
+ Estoque inicial=
-Estoque final=
Custos transferidos= Custos transferidos= CPV=
DRE
Receitas de Vendas
(-) CPV
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Lucro líquido antes do IR
20- (Bruni et al, 2004) A Industrias Tibiriçá Ltda venderam no mês de agosto o montante de R$ 180.000,00,
já abatidas as eventuais deduções. Os estoques da empresa podem ser vistos na tabela seguinte:
Estoques em R$ 1º de agosto 31 de agosto Materiais 20.000,00 16.000,00 Produtos em Processo 12.000,00 16.000,00 Produtos Acabados 12.000,00 10.000,00 O Resultado Bruto sobre as vendas realizadas no mês de agosto foi de R$ 38.600,00. Outros dados
financeiros:
109
Descrição Valor
MOD 50.000,00
Mão-de-obra indireta 37.000,00
Salário de vendedores 6.000,00
Salários administrativos 4.000,00
Imposto de Renda 10.000,00
Depreciação das máquinas 400,00
Depreciação de móveis administração 200,00
CIF diversos 2.000,00
Pede-se calcular o valor das compras de materiais do período. Posteriormente, obtenha a DRE de agosto,
detalhando: a) compras e o custo com materiais diretos; b) custo fabril; c) o custo das mercadorias vendidas.
Gabarito:
Material Direto Compras=
+ Estoque Inicial=
_ Estoque Final
Em processo Custos recebidos=
Custos incorridos=
+Estoque inicial=
- Estoque final=
Acabados Custos recebidos
+ Estoque inicial=
-Estoque final=
Custos transferidos= Custos transferidos= CPV=
Mapa de apuração de custos
DRE:
Receitas de Vendas
(-) CPV
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Lucro líquido antes do IR
21- (Martins, 2003) A Empresa ICMEP, produtora de bens de capital, aceitou a encomenda de um cliente
para produzir um equipamento, com as seguintes condições:
Preço total: R$ 540.000,00
Prazo de execução: 2 anos
110
Pagamento: 40% na assinatura do contrato, 30% um ano após e o saldo na entrega.
A ICMEP comprou todo o material necessário à construção do equipamento no início da encomenda, pelo,
preço total de R$ 120.000,00; desse material comprado utilizou 60% no primeiro ano. No primeiro ano
trabalhou 5.000 horas do total previsto de 11.500 horas. Essa mão-de-obra teve um custo de R$ 10,00/hora
(incluindo encargos) e estima-se que haverá um reajuste de 12% para o segundo ano. A taxa de apropriação
dos custos indiretos é de R$ 20,00 por hora MOD no primeiro ano e de R$ 22,40 no segundo. Para o
reconhecimento da receita utilizam-se as horas MOD empregadas na empreitada.
Ano 1 Ano 2 Total
MD
MOD
CIF
Custo total
Receita
Lucro
22- (Oliveira e Perez Jr., 2001) – A Fábrica de Artefatos Cromados Especiais S/A (FACE) é uma industria de
produção contínua, sendo o total dos custos de fabricação de julho R$ 6.000.000,00 Neste mês foi iniciada a
produção de 5.250 unidades, das quais 4.750 foram concluídas durante o mês. As peças em elaboração no
final do mês receberam, em média, 50% dos custos necessários para o término de todo o processo produtivo.
Solução:
a) peças prontas no mês Unidades
b) peças em elaboração no final do mês = 500
% de custos recebidos= %
unidades
c) total de peças para apropriação dos custos
d) Custo total de produção do mês
Custo unitário das unidades equivalentes = d / c
Custo total dos produtos acabados
Custo total dos produtos em elaboração em 31/07
23- (Oliveira e Perez Jr., 2001) – A Industria de Peças Usinadas S/A (IPUSA) não possuía estoques em
processo em 30 de junho. Durante o mês de julho, iniciou a produção de 40.000 peças das quais 30.000 foram
terminadas até 31/07. As peças em processo tinham recebido, em média, os seguintes percentuais de custos:
Matéria prima 60%
Mão-de-obra direta 50%
111
Custos indiretos de fabricação 20%
Os custos do mês foram:
Matéria prima R$ 720.000,00
Mão-de-obra direta R$ 175.000,00
Custos indiretos de fabricação R$ 960.000,00
Pede-se: Calcular o custo total e unitário dos produtos acabados e em processo.
Produtos acabados Produtos processamento totais
Estoques iniciais
MD
MOD
CIF
Custo total
Quantidade
Custo unitário
24-(Jiambalvo) – No início de julho a Companhia Clássica de Ceras para Carros tinha saldo inicial de
produtos em processo de 1.000 unidades que estavam concluídas 90% em relação ao material e 45% em
relação aos custos de conversão. O custo das Unidades era de R$ 7.200,00 (R$ 5.400,00 de material e R$
1.800,00 de custos de conversão). Durante o mês a empresa iniciou 43.000 unidades e incorreu em R$
243.480,00 de custos de material e R$ 91.120,00 de custos de mão-de-obra e custos indiretos (custos de
conversão). As unidades no saldo final de produtos em processo eram de 4.000 e estavam 20% acabadas em
relação a material e 10% em relação aos custos de conversão.
Calcular o custo unitário dos produtos acabados e o Custo Unitário dos Produtos em Processo
O Custo Total dos produtos acabados e o custo total dos produtos em processo:
25- (Jiambalvo) – Para o mês de setembro, a Cia de Picles teve um custo por unidade de R$ 0,50 para
materiais e R$ 0,90 para custos de conversão (MOD e CIF) e as unidades são medidas por galão. A Empresa
112
começou o mês com 500 galões no mês e ao final do mês 4.000 galões estavam concluído e 800 galões
estavam em processo. As unidades em processo estavam 100% concluídas em relação a material e 80% em
relação a MOD e CIF. Calcular o custo dos produtos acabados e o custo dos produtos em processo.
26- (Jiambalvo) – A Howell Super Servidores produz um único modelo, o HM24, em um processo contínuo.
80% dos materiais são adicionados no início da produção e os outros 20% são adicionados imediatamente
antes da transferência para o armazém de produtos acabados. Admite-se que os custos de conversão são
adicionados uniformemente no decorrer do processo. Ao final de junho, havia 4 servidores em processo, 60%
concluídos para MOD e CIF. 85 dos servidores foram concluídos em durante o mês. Admita-se que o custo
por unidade para o mês de junho seja:
MD R$ 2.500,00 por unid
MOD R$ 1.000,00 por unid.
CIF R$ 2.000,00 por unid.
Determine o custo final dos produtos em processo e o custo dos itens concluídos e transferidos para o estoque
de produtos acabados.
27- (Jiambalvo) – No início de Outubro, a Puro Estrato Helbert tinha um estoque de produtos em processo de
2.000 unidades que estavam 90% concluídas em relação a materiais e 50% em relação a custos de conversão.
113
O custo das unidades era de R$ 27.000,00 (R$ 18.000 de custo de material e R$ 9.000, de MOD e CIF).
Durante o mês a empresa iniciou 40.000 unidades e incorreu nos seguintes custos:
MD R$ 404.180,00
MOD e CIF R$ 371.880,00
A empresa concluiu 41.000 unidades e o restante estava em processo, no final de outubro. As unidades em
processo estavam 80% concluídas em relação a material e 40% em relação a custos de conversão. Calcular o
custo dos itens acabados e o custo dos produtos em processo.
28- (Jiambalvo) – A Polimentos Regal fabrica um único produto e no início de maio havia 5.000 unidades em
processamento, que estavam 100% concluídas em relação a material e 50% em relação a custos de conversão
(MOD e CIF). Durante o mês a empresa iniciou 100.000 unidades e o estoque final de produtos em processo
consistia em 2.000 unidades que estavam 100% concluídas em relação a material e 80% em relação aos
custos de conversão.
Informações do custo Saldo inicial de pro em processo Custos adicionados no mês
MD 3.000,00 65.250,00
MOD 125,00 6.151,00
CIF 175,00 7.147,00
somas 3.300,00 78.548,00
Calcular o custo unitário e o custo total dos itens acabados e dos produtos em processo:
114
29- (Jiambalvo) – A Filtros Marquita produz um filtro de ar para uso em aeronaves. As peças são adicionadas
em diversos pontos no seu processo de produção. Em agosto de 2006, a produção iniciou com 600 filtros em
processo, 80% concluídos para material e 70% para MOD e CIF. Durante o mês foram iniciadas mais 3.200
unidades. No final do mês 800 filtros estavam em processo, sendo 60% concluídos para materiais e 50% para
MOD e CIF sendo:
Saldo inicial 01/08/2006 Custos de agosto.31/08/2006
MD 48.000,00 317.400,00
MOD 12.600,00 94.500,00
CIF 84.000,00 590.900,00
Totais 144.600,00 1.002.800,00
Calcular o custo total e o custo unitário dos produtos acabados e dos produtos em processo
30- (Bruni et al, 2004) - A produção das Industrias Sai da Frente Ltda emprega sistema de custeio por
processo. Com base nos dados fornecidos a seguir, calcule os custos unitário da empresa, discriminando os
115
valores gastos com MD, MOD e CIF. Empregue o critério do custo médio para a obtenção dos valores
solicitados.
Estoques em processo no início do mês Em unidades 2.000
Em R$ R$ 3.500,00
Composição dos estoques
Material R$ 3.500,00
MOD R$ 0,00
CIF R$ 0,00
Unidades iniciadas durante o mês 20.000 unidades
Unidades completadas e transferidas para produtos acabados 16.000 unidades
Outras informações:
� As unidades remanescentes em processo estavam 60% prontas (em relação à MOD e CIF) e 100%
em relação ao emprego de materiais diretos;
� Os custos, debitados aos processos no período em estudo, corresponderam a R$ 119.700,00,
compostos por R$ 42.700,00 de MD, R$ 25.200,00 de MOD e R$ 51.800,00 referentes a custos
indiretos de fabricação.
Estoque inicial 2.000
Unidades iniciadas 20.000
Unidades transferidas (-) 16.000
Unidades em processo 6.000
Respostas:
Descrição Fórmula Valor unitário
MD (3.500,00 + 42.700,00)/22.000
MOD
CIF
Soma
31- (Martins et al, 2006) - A Industria Carbexa, produtora de papel jornal, iniciou suas atividades de
produção em 2 de abril, com um lote de 10.000 kg.
A mão-de-obra direta e os custos indiretos de produção incidem de maneira uniforme e concomitante ao
longo do processo de produção, porém a matéria-prima é inserida na máquina de uma só vez, bem no inícios.
Sabe-se que nesse ramos, considerando-se o atual estágio tecnológico, é norma, que se percam 5% das
unidades iniciadas, e isso ocorre bem no começo do processo.
Sua estrutura de custos, no mês, foi a seguinte (em R$):
116
Matéria-prima 9.500,00
Mão-de-obra direta 7.200,00
Custos indiretos de fabricação 4.500,00
No final do mês havia 8.000 kg de produto acabado no armazém, 1.500 kg em processo de fabricação, num
grau de, aproximadamente, 2/3 de acabamento, e 500 kg.perdidos, dentro das condições normais de
produção.
Pede-se calcular:
a) o custo unitário de produção do mês
b) o valor de custo do estoque final de produto acabado
c) o valor e custo das unidades em processamento no fim do mês
32- (Martins et al, 2006) – A Empresa Antártida produz seu único produto em série, continuamente, em um
único departamento, em lotes de 10.000 unidades. A Matéria-prima é totalmente aplicada logo no inicio do
processo produtivo; porém, a mão-de-obra direta e os custos indiretos de produção incidem de maneira
uniforme e proporcional ao longo de todo o processo. Nos dois primeiros meses de determinado ano – em que
não havia estoques iniciais – a empresa incorreu nos seguintes custos:
janeiro fevereiro
Matéria-prima 100.000,00 110.000,00
Mão-de-obra direta 46.000,00 51.700,00
Custos indiretos de fabricação 73.600,00 82.720,00
O Volume de produção e venda foi o seguinte em unidades:
janeiro fevereiro
Acabadas 9.000 9.000
Vendidas 9.000 6.000
Em processamento no final do mês 1.000 2.000
Considerando-se que as unidades em processamento no final do mês encontravam-se em graus de
acabamento de 20% em janeiro e 30% em fevereiro, pede-se calcular, pelo PEPS, para cada mês:
a) o custo unitário do produto;
b) o valor de custo da produção acabada;
c) o custo dos produtos vendidos (CPV)
d) o valo0r de custo do estoque final de produtos acabados
e) o valor de custo do estoque final de produtos em elaboração.
117
33. (Martins et al, 2006) – A Empresa Plasmatec produz embalagens plásticas de um único modelo, cor e
tamanho. A seguir estão relacionados os dados de custos relativos aos meses de novembro e dezembro em
R$:
Novembro dezembro
Material 924.000,00 979.000,00
Mão-de-obra 539.000,00 623.000,00
Custos indiretos 847.000,00 801.000,00
Sabendo que:
a) não havia quaisquer estoques no início de novembro;
b) em novembro foram totalmente acabadas 760.000 unidades e ainda ficaram 40.000 processadas até um
quarto (25%)
c) em dezembro, iniciou-se a produção de outras 900.000 unidades
d) em dezembro, conseguiu-se o término de 860.000 e ainda ficaram 80.000 processadas ate a metade.
e) tos os custos (MD, MOD e CIF) são incorridos uniformemente, do início até o fim do processo
f) a empresa utiliza o critério PEPS, para avaliar os estoques
Pede-se calcular:
a) o custo unitário de novembro
b) o custo unitário de dezembro
c) o custo do Estoque final de produtos em processo em 30/novembro
d) o custo do estoque final de produtos em processo em 31/dezembro
34. (CFC) - No mês de agosto de 2007 foi iniciada a produção de 1.700 unidades de um, determinado
produto. Ao final do mês, 1.400 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 300 unidades em
processo, as quais estavam 75% acabadas. O Custo Total de Produção do período foi de R$ 640.250,00. O
Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são
respectivamente:
a) R$ 527.264,71 e R$ 112.985,29
b) R$ 551.600,00 e R$ 88.650,00
c) R$ 555.512,00 e R$ 84.738,00
d) R$ 640.250,00 e R$ 0,00
118
6. ESTUDO DO CUSTO PADRÃO
6.1 DEFINIÇÃO DE CUSTO PADRÃO
De acordo com Bruni (2004) o custo padrão consiste em fixar previamente preços para cada produto que
a empresa fabrica. Diferencia-se do custo estimado em razão de apresentar maior rigor técnico e busca de
eficiência em sua estimativa.
� Custo estimado: estabelecido com base em custos de períodos anteriores, ajustados em função de
expectativas de ocorrências futuras, porém sem muito questionamento sobre as quantidades de
materiais/mão-de-obra utilizados.
� Custo-padrão: estabelecido com mais critério e representa o que o produto deveria custar, em
condições normais de eficiência de uso de material direto, mão-de-obra, equipamentos,
abastecimento do mercado e demanda do mercado consumidor. Pode ser ideal, quando obtido com
base em estudos científicos, desprezando ineficiências e apresentando pouca chances de ser
alcançado. Pode ser corrente, quando considera as características normais do processo e do produto
(incluindo qualidade de materiais, ineficiências, paradas etc.) que representam metas a serem
alcançadas em determinado período.
Bruni, (2004) diz que a fixação de custos-padrão envolve dois tipos de padrões relativos aos consumos
físicos de recursos e aos gastos financeiros unitários de cada recurso consumido:
� Padrões físicos: como materiais, mão-de-obra direta, consumo de energia etc., são
responsabilidades de áreas ocupacionais, como produção, desenvolvimento do produto etc.;
� Padrões monetários: custos em unidades monetárias de recursos necessários; são de
responsabilidade de áreas administrativas, como controladoria, compras, departamento de
pessoal.
6.2 TIPOS DE CUSTO PADRÃO
Crepaldi (2002) escreve que são dois os tipos de custo padrão:
� Custo padrão ideal: os recursos produtivos (MD, MOD e CIF) são utilizados com a máxima
eficiência, não levando em conta os desperdícios de MD, possíveis quebras de equipamento e
diminuição de ritmo de trabalho dos funcionários. Dificilmente é atingido na prática;
� Custo padrão corrente: considera as perdas de MD, queda na produtividade dos funcionários e
possíveis quebras de equipamentos. Normalmente, é este que é usado, pois leva em consideração um
desempenho passível de ser alcançado.
119
6.3 UTILIDADES DO CUSTO PADRÃO
O custo padrão não é aceito para avaliação de estoques, mas apenas como referencial para uma tomada de
decisão. Algumas das principais vantagens decorrentes da aplicação de um sistema de custeio padrão:
� Eliminação de falhas nos processos produtivos: a comparação entre o padrão e o custo realizado
permite a apuração de eventuais falhas.
� Aprimoramento dos controles: os padrões podem funcionar como instrumento de controle interno,
identificando desvios entre custos reais e padrões.
� Instrumento de avaliação de desempenho: o conhecimento da existência dos padrões contribui para a
maximização no desempenho de diversos executivos e departamentos.
� Contribuição para o aprimoramento dos procedimentos de apuração do custo real: análises entre o
padrão e o real podem indicar revisão de etapas de apuração dos custos reais.
� Rapidez na obtenção de informações: os padrões permitem a obtenção rápida de informações para a
realização de pequenos orçamentos e cotações de vendas, quando não existe tempo para a apuração
do custo real. (Bruni et al, 2004)
�
6.4 CUSTO REAL
Nascimento (2001) define o custo real como custo efetivado pela Contabilidade, seja de investimento,
seja de produção ou de vendas. Entende-se o custo real de um bem ou serviço aquele que reflete de fato os
valores agregados e imputados à sua produção, em determinado período, sem distorções ou desvios de
qualquer natureza.
6.5 PERIODICIDADE DA CONSTRUÇÃO DO CUSTO PADRÃO
Bruni et al (2004) ressalta que o custo padrão deve manter-se atualizado, por exigência da legislação
fiscal, quando utilizado com o instrumento de gestão. Sua atualização deve incorporar as variações do lucro
real de forma que os dois não se diferenciem muito. Os ajustes devem ser efetuados em prazo máximo de
três meses, distribuindo-se entre os estoques e custos de forma proporcional.
A legislação fiscal, segundo Bruni (2004), determina ainda que a atualização não deve exceder o
exercício social ou o ciclo usual de produção.
EXERCICIOS
1 – (Bruni et al, 2004) - A Doceria Bombocado estimou que o custo-padrão de uma torta seria igual a R$
21,24. O custo seria formado assim:
120
� 1,8 km de farinha de trigo a R$ 0,90 por quilo = R$ 1,62
� 400 g de açúcar a R$ 1,45 po kg. = R$ 0,58
� 2,8 horas de MOD a R$ 6,80 a hora= R$19,04
Em junho de 2006, para produzir uma unidade de torta foram necessários:
� 2 kg de farinha de trigo a R$ 0,88 kg
� 300 g de açúcar a R$ 1,52 kg
� 3 horas de mão-de-obra R$ 7,20/hora.
a) Analise as variações, determinando quais delas foram favoráveis e quais foram desfavoráveis.,
b) calcule as variações de preço, quantidade e variação conjunta da mão-de-obra direta.
Respostas:
Ingrediente Padrão Real Diferença
quantid Preço Custo quantid preço custo quant preço Custo
2- (Bruni et al, 2004) - A fábrica de Biscoitos HumHum Ltda. gostaria de analisar as variações ocorridas em
seu processo produtivo. Observou-se que a conta Produtos em Elaboração não mostrava estoque inicial nem
final.Segundo a controladoria , o custo padrão pode ser observado como:
Descrição R$
Materiais (0,80 kg de farinha a R$ 0,72/kg.) 0,5760
MOD (0,07 hora a R$ 6,00/ hora) 0,4200
CIF 0,84
Custo-padrão total unitário ?
Dados financeiros:
a) foram produzidas 1.600 caixa de biscoito, das quais 1.536 foram vendidas;
b) foram comprados 1.500 kg de farinha de trigo a R$ 1.150,00; do estoque de materiais foram requisitados
1.400 kg para a produção;
c) o departamento de pessoal informou que as despesas com MOD foram iguais a R$ 710,00; 107 horas reais
foram consumidas;
d) os custos indiretos de fabricação foram aproximadamente iguais a R$ 1.430,00.
121
Pede-se que sejam determinados em quais componentes existiram variações favoráveis na análise
comparativa entre custo-padrão e o custo real.
Resposta:
componentes Padrão Real Diferença
3. (CFC) - O Estoque inicial de produtos acabados e o estoque de produtos em elaboração, em unidades, era
de zero. Foram produzidas 7.200 unidades e 60% foram vendidas. Considerando as informações abaixo, o
Custo dos Produtos Vendidos e o Estoque Final de Produtos Acabados, de um determinado período são:
Custo padrão por unidade de produto:
Custos indiretos de fabricação R$ 2,50
Mão-de-Obra Direta R$ 2,80
Material Direto R$ 3,70
O Custo Real apurado no período:
Custos Indiretos de Fabricação: R$ 18.000,00
Mão-de-Obra Direta R$ 22.600,00
Material Direto R$ 28.800,00
a) 38.880,00 25.920,00
b) 41.640,00 27.760,00
4. (CFC) - Uma empresa previu que gastaria 15 quilos de matéria-prima, a um custo de R4 45.000,00 o quilo
para produzir uma unidade de determinado produto. Ao final do período, constatou que, embora tivesse
economizado 20% no preço do material, havia um gasto de 20% a mais de material que o previsto. A
variação do custo padrão da empresa é:
b) desfavorável em R$ 45.000,00
c) Desfavorável em R$ 27.000,00
d) Favorável em R$ 27.000,00
e) Favorável em R$ 45.000,00
122
5. (CFC) - Uma empresa orçou para o mês de agosto o gasto de 20 toneladas de matéria-priMA A UM custo
de R$ 600,00 cada, para produzir uma unidade de determinado produto. Ao final de agosto, constatou que,
embora tivesse economizado 10% no preço do material, havia gasto 10% a mais de material que o orçado. A
variação desses custos levaram a empresa a ter:
a) Um custo real de R$ 12.120,00, apresentado assim um comprometimento de R$ 120,00 em relação ao
custo padrão para ser investido em outras operações na empresa
b) um custo padrão de R$ 11.880,00, apresentando assim uma sobra de R$ 120,00 em relação ao Custo Real
para ser investido em outras operações na empresa
c) Um custo Real de R$ 11.880,00, apresentando assim uma sobra de R$ 120,00 em relação ao Custo Padrão
para ser investido em outras operações na empresa
d) Um Custo Padrão de R$ 12.120,00, apresentando assim um comprometimento de R$ 120,00 em relação ao
Custo Real para ser investido em outras operações da empresa;
7. RELAÇÃO CUSTO/VOLUME E LUCRO
7.1 CUSTOS (E DESPESAS) FIXOS
7.1.1 Custos Fixos
Custo fixo é o que não varia com a produção, sendo indiferente que a empresa produza uma ou 20
unidades de um ou mais produtos em um mês, pois o custo será o mesmo. O custo fixo existe mesmo que não
haja produção. Unitariamente, o custo fixo varia de forma inversamente proporcional á quantidade produzida.
Quanto maior a quantidade produzida, menor o custo fixo por unidade produzida. (Crepaldi, 2002)
Outro aspecto dos Custos Fixos é que eles não são, mesmo repetitivos, eternamente do mesmo
valor. Assim como também podem não ser repetitivos e só acontecer esporadicamente.
São custos fixos:
Alugueis da fábrica
Manutenção de máquinas e equipamentos
Manutenção de prédios
Mão-de-obra indireta
Depreciação
Seguros da fábrica
Energia Elétrica (parte fixa)
7.1.2 Despesas Fixas
123
As despesas fixas são aquelas que não variam com o volume de vendas, apesar de repetitivas. As
despesas de vendas acontecem mesmo que não haja venda nenhuma no período. São as despesas
administrativas, financeiras, de vendas Exemplo de despesas de vendas fixas: Propaganda, salários da
administração das vendas, parte fixa do salário dos vendedores.
As Despesas administrativas, em sua grande maioria, são fixas: Pro-labore, telefone, alugueis da
administração ou da loja, depreciação de instalações da administração ou da loja, salários de funcionários da
administração, seguros de bens da administração ou da loja.
As despesas financeiras também são fixas: Juros e encargos de empréstimos, despesas bancárias,
multas, entre outras.
7.2 CUSTOS (E DESPESAS) VARIÁVEIS
7.2.1 Custos Variáveis
O custo variável é aquele que varia em função da quantidade produzida. Assim, quanto maior a
quantidade produzida, maior o custo variável . Se não houver produção, o custo variável será zero. (Crepaldi,
2002).
São custos variáveis:
� Materiais diretos: matéria-prima, material secundário, embalagem
� Mão-de-obra direta: parte variável (produtividade, horas extras)
� Energia elétrica – parte variável
7.2.2 Despesas Variáveis
As despesas variáveis são aquelas que variam em função das vendas. Quanto maior o volume de
vendas, maiores serão as despesas variáveis. São despesas variáveis:
� Comissão sobre vendas
� Fretes ou despesas de entregas
� Tributos (impostos e contribuições sobre as vendas ou sobre o resultado)
7.3 COMPONENTES PARA APURAÇÃO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO GERAL E
UNITÁRIA
No custeio variável, todos os custos e despesas variáveis (inclusive despesas de vendas e administração)
são deduzidos das Receitas de Vendas, embora as despesas variáveis não façam parte do custo do produto,
resultando na Margem de Contribuição. (Crepaldi, 2002)
A Margem de Contribuição representa o valor que cobrirá os custos e despesas fixos da empresa e
proporcionará o lucro.
Fórmulas:
124
Margem de Contribuição Total:
MC = RV - CDVT
Onde: MC = Margem de Contribuição
RV = Receita de vendas totais
CDVT = Custos e Despesas variáveis totais
Margem de Contribuição unitária (MC/U):
MC/U = PV/U – CDV/U
Onde: CM/U = Margem de contribuição unitária
PV/U = preço de venda unitário
CDV/U = Custos e despesas variáveis unitários
7.4 IMPORTÂNCIA DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Margem de Contribuição é um conceito de extrema importância para o custeio variável e para a tomada
de decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda
e a soma dos custos e despesas variáveis.
EXERCICIOS
1 – (Bruni et al, 2004) - A Fábrica de Manteiga Saborosa produzia dois produtos principais, com marcas
Suave e Sabor. A marca Suave era comercializada na região Sul do país e a Sabor na região Nordeste.
Estoque zero e Alíquota de IR nula
Descrição Valor
Consumo de matéria-prima 180.000,00
Gastos com depreciação da fábrica 30.000,00
Gastos com fretes para a região Sul 20.000,00
Consumo de embalagem Sabor 10.000,00
Despesas fixas de propaganda 8.000,00
Gastos com mão-de-obra direta 40.000,00
Consumo de embalagem Suave 15.000,00
Gastos com frete para a região Nordeste 35.000,00
125
sabor Suave
Matéria-prima 60% 40%
MOD 50% 50%
Unidades vendidas 60.000 50.000
Preços unitários de venda R$ 3,50 R$ 4,00
Construa a DRE com base no custeio variável.
sabor 60.000 unid suave 50.000 unid soma
Total Unitário Total Unitário
Receita
(-) custos variáveis
(-) MD matéria-prima
(-)MD embalagem
(-) MOD
(-) Despesas variáveis
(-) Gastos variáveis
(=) Margem de contrib
(-) Custos Fixos
(-) Despesas fixas
(=) Resultado operacio
2- (Bruni et al, 2004) -A Pousada Brisa do Mar possui 90 quartos para alugar, praticando um preço médio de
R$ 56,00 por diária. Recentemente, na baixa temporada, com apenas 30% dos quartos ocupados, a empresa
foi contactada por uma grande operadora de turismo que propôs alugar 56 quartos por R$ 30,00 a diária.
Como gerente de operações da pousada, você deveria aceitar a proposta? O custo diário fixo do
empreendimento é de R$ 400,00 e o custo variável por quarto alugado alcança R$ 22,00 por dia alugado.
Baixa estação – ocupação parcial de 30%
Quartos ocupados
Receita bruta
Custo variável
MCT
Custo fixo
Resultado
126
Baixa estação – com proposta da operadora de turismo
Ocupação normal Operadora de turismo total
3- (Bruni et al, 2004) - A Industria de Confecções Pepe Ltda. enfrentava problemas relacionados à baixa
lucratividade da empresa. Provavelmente, um de seus produtos fabricados e comercializados (toalhas de mesa
e toalhas de banho) estaria afetando a lucratividade da empresa. No mês anterior a empresa produziu 100
toalhas de mesa e 400 toalhas de banho. Alguns dados da empresa estão apresentados a seguir:
Preço unitário da toalha de mesa: R$ 34,00
Preço unitário da toalha de banho: R$ 10,00
Material direto consumido em cada toalha de mesa R$ 8,00
Material direto consumido em cada toalha de banho R$ 3,00
MOD consumida com a produção de toalhas de mesa R$ 400,00
MOD consumida com a produção de toalhas de banho R$ 600,00
Aluguel da fábrica R$ 3.200,00
Depreciação de equipamentos da fábrica R$ 800,00
Base de rateio a mão-de-obra direta
Pede-se calcular:
a.determinar o lucro de cada produto mediante o custeio por absorção
b. Algum produto apresenta problemas com baixa lucratividade?
c. Este produto deve ser eliminado das linhas de produção?
d. Calcule o lucro dos produtos com base no método de custeio variável e estime qual produto apresenta
problemas relacionados à lucratividade. Algum produto deve ser eliminado?
127
Custeio por absorção Mesa – 100 um. Banjo 400 un
Unit. total Unit total Somas
Receita
MD
MOD
% MOD
Aluguel fábrica
Depreciação
Custo total
Lucro
Custeio variável Mesa – 100 um. Banjo 400 un
Unit. total unit total Somas
Receita
MD
MOD
Margem contribuição
(-) custos fixos - - - - 4.000,00
Lucro
4– A Cia TudoLimpo produz enceradeiras e aspiradores de pó, cujos preços de venda, líquidos de tributos,
são em média R$190,00 e R$ 260,00, respectivamente, e o volume de produção e de vendas cerca de 2.000
unidades de cada, por período. Sua estrutura de custos é a seguinte:
Custos variáveis por unidade Enceradeiras R$ Aspiradores R$
Matéria-prima 30,00 40,00
Material de embalagem 12,00 18,00
Mão-de-obra direta 35,00 60,00
Custos indiretos (fixos) por período R$
Supervisão 60.000,00
Depreciação 200.000,00
Outros 36.250,00
Os custos indiretos são apropriados aos produtos pelo critério da proporcionalidade ao tempo de mão-de-obra
direta e são necessários 0,75 hora para produzir a enceradeira e 1,225 para produzir o aspirador, pede-se
calcular:
128
a- o valor do lucro bruto unitário de cada produto:
b. O valor do lucro bruto total de cada produto e da empresa:
c. O valor da Margem de Contribuição Unitária (MC/um) de cada produto:
d. o valor da Margem de Contribuição Total (MCT) de cada um:
enceradeiras Aspiradores somas
Matéria-prima
Embalagem
Mão-de-obra-direta
Custos Variáveis
Supervisão
Depreciação
Outros
Custos Fixos
Custo total
Quant produzida
Custo unitário
Preço de venda
Lucro unitário
5- (Martins et al, 2006) - A Escola Immacolata oferece dois cursos técnicos profissionalizantes: Mecânica de
automóveis (60 horas) e eletricidade de automóveis (40 horas); para atender à demanda, oferece normalmente
25 vagas em cada curso, por período letivo.
O preço de custo para cada aluno participante é aproximadamente o mesmo das escolas concorrentes: R$
750,00 e R$ 600,00 respectivamente, para os cursos de mecânica e eletricidade, e a Immacolata pretende
acompanha-los; o Imposto sobre Serviços (ISS) é de 2% sobre a receita.
Os custos com material didático, impressos, xerox, lanches etc. são de R$ 30,00 por aluno, além de R$ 60,00
hora-aula efetivamente ministrada pelos instrutores, já os custos fixos comuns (secretaria, laboratório,
equipamento, estacionamento etc) totalizam R$ 10.000,00 por período letivo.
Suponha que para determinado período a escola disponha de poucos instrutores, com disponibilidades para
ministrar no máximo 80 horas de treinamento. Nessa situação, para obter o lucro máximo, que curso deve ser
oferecido? (considerar que todas as vagas serão preenchidas, não havendo limitação de mercado). Pede-se
ainda calcular:
a.O custo de cada um dos cursos, considerando preenchidas todas as vagas e rateando os custos comuns
proporcionalmente à remuneração dos instrutores (custeio por Absorção).
129
b. O lucro por curso, pelo custeio por Absorção, com todas as vagas preenchidas
c. margem de contribuição por aluno pagante
d. a margem de contribuição por curso, considerando-se preenchidas todas as vagas e apropriando a cada um
seus respectivos custos diretos (não ratear os custos fixos comuns).
Mecânica Eletricidade Total
Materiais diretos
Mão-de-obra direta
Custos fixos indiretos 10.000,00
Custo total
Receita bruta
ISS 2%
Lucro
MC do curso
MC por aluno pagante
Mecânica Eletricidade
Materiais diretos Materiais diretos
Mão-de-obra direta Mão-de-obra direta
Custos fixos indiretos Custos fixos indiretos
Custo total Custo total
Receita bruta Receita bruta
ISS 2% ISS 2%
Lucro Lucro
MC do curso MC do curso
MC por aluno pagante MC por aluno pagante
130
6- (Martins et al, 2006) - Uma editora distribui mensalmente 120.000 exemplares da revista Moderna para
cem cidades do território nacional. Se lançar no mercado 30.000 exemplares mensais da revista Arcaica, a
empresa passará a utilizar os 20% de ociosidade que há no seu centro de distribuição (CD). Sua estrutura
básica de custos é a seguinte:
Custos Variáveis Revista Moderna Revista Arcaica
Produção
Papel, tinta,
grampos,cola,embalagem
R$ 2,26 por exemplar R$ 1,94 por exemplar
Manuseio R$ 20,00 por mil exemplares R$15,00 por mil exempl.
Frete de Ida R$ 0,50 por kg. R$ 0,50 por kg
Logística
Logística Reversa R$ 50,00 por mil exemplares R$ 75,00 por mil exempl.
Custos Fixos Valor
Aluguel R$ 80.000,00
Depreciação R$ 260.000,00
Salários e encargos sociais R$ 410.000,00
Outros dados Revista Moderna Revista Arcaica
Preço de venda de cada exemplar R$ 7,00 R$ 4,00
Receita de publicidade, por edição R$ 300.000,00 R$ 100.000,00
Peso médio de cada exemplar 460 gramas 200 gramas
Percentual de encalhe 5% 2%
Proporção de vendas avulsas 100% 100%
� A Receita de vendas de revistas goza de imunidade tributária mas a receita de venda de publicidade
é tributada em 10%.
� O custo de logística reversa inclui o frete de retorno e o manuseio do encalhe;
� Os custos fixos, quando alocados às revistas, o são proporcionalmente à quantidade de exemplares;
� Todo o encalhe é sucateado e descartado sem gerar receita. Pede-se calcular:
1. O lucro da Revista Moderna, por edição mensal, na situação inicial em que só ela existia;
2. O Lucro de cada Revista após o lançamento da Revista Arcaica.
3. A Margem de Contribuição Unitária e a Margem de Contribuição Total de cada revista.
4. Se o único objetivo da empresa for o de maximizar lucro, deve ser lançada a nova revista?
131
REVISTA MODERNA
Unidades produzidas: 120.000 Custo unitário Custo total
Custos variáveis
Manuseio
Frete de ida
Logística reversa
Custos Fixos --------------------------
Aluguel --------------------------
Depreciação --------------------------
Salários e encargos --------------------------
Custos Totais --------------------------
Vendas de revistas
Venda de publicidade
Lucro bruto
Despesas Variáveis - Impostos
Resultado do exercício -----------------------
Margem de contribuição Unitário Total
Receita bruta
(-) Custos variáveis
(-) Despesas variáveis
(=) margem de contribuição
Moderna- 120.000 Arcaica 30.000 Totais
unitário Total unitário Total
Manuseio
Frete de ida
Logística reversa
Custos variáveis
Aluguel 80.000,00
Depreciação 260.000,00
Salários e encargos 410.000,00
Custos Fixos 750.000,00
132
Custos Totais
Vendas de revistas
Venda de publicidade
Lucro bruto
Despesas Variáveis
Resultado do exercício
Margem/ contribuição Moderna Arcaica Totais
Receita bruta
(-) Custos variáveis
(-) Despesas variáveis
(=) margem/contribuição
7- (Martins et al, 2006) - A Cia Amazonense de Veículos tem capacidade prática instalada para produzir até
36.000 carros por ano, mas nos últimos anos vem conseguindo colocar no mercado apenas 24.000, ao preço
médio unitário de R$ 10.000,00; e ela atua só no mercado nacional.Sua estrutura de gastos é a seguinte:
� Material direto R$ 4.000,00/unidade
� Mão-de-obra direta R$ 2.500,00/unidade
� Custos fixos R$ 45.000,00/ano
� Despesas fixas de admin.e vendas R$ 9.000,00/ano
� Comissões sobre a receita bruta 1%/
� Imposto sobre a receita bruta 9%
Da Venezuela a empresa recebe uma proposta de aquisição de 12.000 carros, ao preço CIF de R$
7.500,00 cada. Caso a proposta seja aceita, haverá isenção de impostos, mas o percentual de comissão sobre o
preço de venda bruto dobra, e haverá gastos com frete e seguro que somam R$ 250,00/unidade.
Pergunta-se: a Cia Amazonense deve ou não aceitar a proposta? Por quê? Para justificar sua resposta
sugere-se calcular:
a) O lucro bruto por unidade, atuando só no mercado doméstico.
b) O Lucro Operacional da empresa, antes do Imposto de Renda (LAIR), atuando só no mercado
doméstico.
c) O Lucro Bruto de cada unidade a ser vendida para a Venezuela, caso a proposta seja aceita.
d) O Lucro Operacional da empresa, antes do Imposto de Renda (LAIR) atuando nos dois mercados.
133
e) A Margem de Contribuição Unitária (MC/um.) e a Total (MCT) dos automóveis vendidos no
mercado doméstico;
f) Margem de Contribuição unitária (MC/um) e a Total (MCT) da proposta recebida da Venezuela;
Mercado nacional
Produção em unidades 24.000
Material direto total
Mão-de-obra direta total
Custos fixos
Custo total
Receita bruta
Impostos sobre a receita bruta 9%
Lucro Bruto
Comissões sobre vendas 1%
Despesas fixas de admin. e Vendas
Lucro Operacional antes do LAIR
MC Total
MC Unitária
Mercado nacional Venezuela Somas
Produção em unidades 24.000 12.000
Material direto total
Mão-de-obra direta total
Custos fixos
Custo total
Receita bruta
Impostos s/ a receita bruta 9%
Lucro Bruto
Comissões sobre vendas 1%
Fretes
Despesas fixas admin. e Vendas
Lucro Operacional antes do IR
MC Total
MC Unitáaria
134
8. Uma empresa apresenta uma proposta para manter o mesmo nível de estoque no inicio e no final do mês.
Os custos fixos estimados para o mês são de R$ 720.000,00 e os custos variáveis unitários estimados são de
R$ 35,00 a unidade. A empresa espera que 150.000 unidades sejam vendidas ao preço de R$ 50,00 por
unidade. A quantidade máxima de vendas, dentro do mÊs, é de 175.000 unidades. O índice de Margem de
Contribuição e a Margem de Contribuição Unitária esperada, são:
a) 18% e R$ 10,89
b) 18% e R$ 15,00
c) 30% e R$ 10,20
d) 30% e R$ 15,00
9. (CFC) - Uma empresa obteve, no primeiro semestre de 2007, uma receita com vendas no montante de R$
1.650.000,00, um custo variável de fabricação de R$ 720.000,00, uma despesa variável de vendas de R$
135.000,00 e um custo Fixo de fabricação de R$ 320.000,00. A Margem de Contribuição pelo Custeio Direto
e o Resultado Bruto pelo Custeio por Absorção no semestre são, respectivamente:
a) R$ 475.000,00 R$ 610.000,00
b) R$ 610.000,00 R$ 795.000,00
c) R$ 795.000,00 R$ 475.000,00
d) R$ 795.000,00 R$ 610.000,00
7.5 PONTO DE EQUILÍBRIO
A empresa está no ponto de equilíbrio quando ela não tem lucro ou prejuízo; nesse ponto as receitas
totais são iguais aos custos totais e despesas totais. Ou seja:
Ponto de equilíbrio = Receita total= custo e despesas totais
Ponto de equilíbrio = receita total = custo e despesas fixas e variáveis (Crepaldi, 2002)
7.5.1 Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC)
É obtido quando há volume (monetário ou físico) suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas,
ou seja, o ponto onde não há lucro nem prejuízo contábil. É o ponto de igualdade entre a Receita Total e o
Custo Total. (Crepaldi, 2002)
PEC = CDFT MC/u= PV – CDV/u MC
135
7.5.2 Ponto de equilíbrio econômico
Ocorre quando a empresa gera lucro e quer comparar este lucro com uma taxa atrativa que o mercado
financeiro oferece ao capital investido. (Crepaldi, 2002)
PEE = CDFT + Lucro MC 7.5.3 Ponto de equilíbrio financeiro
É representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa cumprir com seus
compromissos financeiros. Nem todos os custos de produção representam desembolsos, com é o caso das
depreciações. (Crepaldi, 2002)
PEF = CDFT – despesas não desembolsáveis (depreciações)
MC
7.6 MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO
A Margem de Contribuição fornecerá o valor com que o produto contribui para o pagamento dos custos
fixos e despesas fixas. Portanto, utilizando-se a Margem de Contribuição poderá ser determinada a produção
necessária que gere o lucro capaz de manter a atividade.
EXERCICIOS
1- A Fábrica de Relógios Cuco Ltda vendeu 40.000 unidades ao preço unitário de R$ 220,00. Para poder criar
e manter a empresa os sócios investiram R$ 4.000.000,00 e desejam uma remuneração anual próxima a 28%.
Pede-se para estimar, em quantidades, o ponto de equilíbrio: a) Contábil; b) econômico; c) financeiro.
Gastos Valor R$
Aluguel industrial 480.000,00
Depreciação fabril 560.000,00
Materiais diretos 1.520.000,00
Salário de supervisores (fixo) 120.000,00
Mão-de-obra direta 1.640.000,00
Outros custos indiretos fixos 480.000,00
Resposta:
a)Ponto de equilíbrio contábil:
b) Ponto de equilíbrio econômico:
c) Ponto de equilíbrio financeiro:
2 - A Fábrica de Embalagens Sacolândia S/A apresenta os seguintes dados:
136
� Custos Fixos: R$ 40.000,00
� Custos variáveis: R$ 6,00 por unidade
� Preço de venda: R$ 16,00 por unidade
� Previsão de vendas: entre 8.000 e 12.000 unidades
Pede-se:
a) o ponto de equilíbrio contábil
b) o lucro a 8.000 unidades de vendas
c) o lucro a 12.000 unidades de vendas
d) o que acontece com o PE contábil se o custo fixo aumentar 15%
e) se o custo unitário aumentar em 15%
f) se o preço de venda unitário aumentar em 15%
g) e se as unidades vendidas de 8.000 aumentarem em 10%.
3– A empresa Maravilha Ltda apresentou os seguintes dados:
� Vendas no período: 1.000 unidades
� Preço unitário de vendas: R$ 30,00
� Total das vendas: R$ 30.000,00
� Custos Fixos: R$ 8.300,00
� Custos Variáveis: R$ 18.900,00
� Lucro líquido: R$ 2.800,00
Pede-se:
a) calcular o ponto de equilíbrio contábil
b) calcular o PE contábil, supondo que os custos fixos elevem-se em 20%
c) Calcular o PE contábil, supondo que somente os custos variáveis sejam aumentados em 20%
d) Calcular o PE contábil, supondo que os preços de vendas sejam elevados em 20%;
e) calcular o PE contábil supondo que o volume de vendas aumente em 20%.
4. (CFC) - Uma industria produz e vende apenas dois tipos de lancheiras. A do tipo exportação apresenta
uma contribuição unitária de R$ 30,00 e a do tipo nacional, de R$ 50,00. Os custos fixos totalizam R$
2.100.000,00 por mês, rateados de acordo com a margem de contribuição total, de cada tipo de produto. A
industria tem vendido seus produtos conjuntamente, nas seguintes quantidades mensais:
lancheira tipo exportação: 70.000 unidades
lancheira tipo nacional: 42.000 unidades
137
Considerando os dados acima, o ponto de equilíbrio de cada produto é:
a) Lancheira tipo exportação 14.000 unidades
– Lancheira tipo Nacional 14.000 unidades
Total .................................. 28.000 unidades
b) Lancheira tipo exportação 8.750 unidades
Lancheira tipo nacional ..14.000 unidades
Total ............................... 22.750 unidades
c) Lancheira tipo exportação 21.000 unidades
Lancheira tipo nacional .. 21.000 unidades
Total ............................... 42.000 unidades
d) Lancheira tipo exportação 35.000 unidades
Lancheira tipo nacional .. 21.000 unidades
Total ............................... 56.000 unidades
5. (CFC) - Na produção de 100.000 unidades de um produto X, são incorridos custos varáveis de R$
1.500.000,00, sendo os custo fixos de R$ 900.000,00 e o preço unitário de venda de R$ 25,00. Indique o
ponto de equilíbrio:
a) 120.000 unidades
b) 90.000 unidades
c) 60.000 unidades
d) 50.000 unidades
6. (CFC) - A Empresa Tauru’s produz e vende 40 unidades mensais de um determinado produto, apurando os
dados abaixo:
Preço de venda R$ 32.000,00
Custos e Despesas variáveis unitários R$ 16.000,00
Custos e despesas fixas R$ 80.000,00
Demonstração de Resultados R$
Receita de vendas R$ 1.280.000,00
(-) Custos e Despesas Variáveis R$ 640.000,00
(=) Margem de contribuição R$ 640.000,00
(-) Custos e Despesas Fixas R$ 80.000,00
(=) Resultado operacional R$ 560.000,00
Com base nesses dados, indique respectivamente:
138
• O ponto de equilíbrio, em unidades e
• O valor da receita necessária para se obter um lucro líquido de 10% sobre a Receita de Vendas
a) 5 unidades R$ 640.000,00
b) 40 unidades R$ 1.280.000,00
c) 5 unidades R$ 200.000,00
d) 40 unidades R$ 640.000,00]
7. (CFC) - Uma empresa apresenta duas propostas de orçamento para o segundo semestre de 2007. orçamento % orçamento %
Vendas 5.700.000,00 100 7.200.000,00 100
Custos variáveis 3.500.000,00 61 4.200.000,00 58
Margem Contribuição 2.200.000,00 39 3.000.000,00 42
Custos Fixos 1.000.000,00 18 1.800.000,00 25
Lucro Liquido 1.200.000,00 21 1.200.000,00 17
Os pontos de equilíbrio dos respectivos orçamentos, em valores monetários, são:
a) 1.754.385,00 2.500.000,00
b) 1.639.344,30 3.103.448,30
c) 2.564.102,60 4.285.714,30
d) 2.857.142,00 4.285.714,00
8. Uma empresa apresenta uma proposta para manter o mesmo nível de estoque no inicio e no final do mês.
Os custos fixos estimados para o mês são de R$ 720.000,00 e os custos variáveis unitários estimados são de
R$ 35,00 a unidade. A empresa espera que 150.000 unidades sejam vendidas ao preço de R$ 50,00 por
unidade. A quantidade máxima de vendas, dentro do mÊs, é de 175.000 unidades. O índice de Margem de
Contribuição e a Margem de Contribuição Unitária esperada, são:
e) 18% e R$ 10,89
f) 18% e R$ 15,00
g) 30% e R$ 10,20
h) 30% e R$ 15,00
9. Uma empresa apresenta os seguintes dados no orçamento do segundo semestre:
Preço de Venda Unitário de R$ 33,40
Custo Variável Unitário R$ 28,80
Custos Fixos R$ 384.000,00
139
Para gerar o lucro operacional de R$ 30.000,00 são necessárias:
a) 45.000 unidades
b) 76.957 unidades
c) 83.478 unidades
d) 90.000 unidades
10. (CFC) Uma empresa vende 40 unidades de produtos. O preço unitário de venda é de R$ 12.000,00, os
custos e despesas variáveis unitários de R$ 3.000,00 e os custos e despesas fixas mensais totais de R$
36.000,00. O Ponto de Equilíbrio em unidades e o Resultado Operacional Líquido das operações normais na
empresa são, respectivamente:
a) 4 unidades; R$ 48.000,00
b) 4 unidades; R$ 324.000,00
c) 30 unidades; R$ 270.000,00
d) 30 unidades; R$ 360.000,00
11 (CFC) - Uma empresa investiu R$ 150.000,00 num empreendimento novo e deseja um lucro
correspondente a 6% ao mês. Os dados projetados são os seguintes: Preço de Venda unitário R$ 7,00, Custo
Variável Unitário R$ 4,00, Despesas Variáveis 20% do Preço de Venda e Custos Fixos e Despesas Fixas num
total de R$ 5.000,00 por mês. Diante destes fatos o Ponto de Equilíbrio Econômico é de:
b) 2.500 unidades
c) 3.182 unidades
d) 4.667 unidades
e) 8.750 unidades
12 (CFC) - . Uma empresa apresenta os seguintes dados no orçamento do primeiro semestre de 2007:
Preço de venda unitário R$ 66,80
Custo Variável Unitário R$ 57,60
Custo Fixo R$ 768.000,00
Para gerar um lucro operacional de R$ 60.000,00 no primeiro semestre de 2007 serão necessários:
a) Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 45.000 unidades
b) Produzir e obter margem de contribuição no mínimo de 76.957 unidades
c) Produzir e vender no mínimo 83.478 unidades
d) Produzir e vender no mínimo 90.000 unidades
140
13. (CFC) - No primeiro semestre de 2007 uma empresa produziu e vendeu 5.500 unidades de um
determinado produto, apresentando o seguinte resultado:
Receita Total R$ 99.000.000,00
(-) Custos e Despesas Variáveis de Produtos vendidos R$ 60.500.000,00
Margem de contribuição R$ 38.500.000,00
Custos e Despesas Fixas R$ 11.000.000,00
Resultado Operacional R$ 27.500.000,00
A alternativa INCORRETA baseada nos dados acima é:
a) O ponto de equilíbrio contábil demonstra que a empresa precisa vender 1.571 unidades para cobrir sue
custos fixos e despesas.
b) O Ponto de Equilíbrio Financeiro demonstra que a empresa precisa vender 1.550 unidades para cobrir uma
dívida total de R$ 13.000.000,00 pagável em 5 parcelas, vencendo a primeira neste ano e uma depreciação no
montante de 25% dos custos e despesas fixas.
c) O Ponto de Equilíbrio Econômico demonstra que a empresa precisa vender 3.235 unidades para cobrir um
lucro desejado de 25% numa política sobre custos além de levar em conta o custo de oportunidade.
d) O Ponto de Equilíbrio Econômico demonstra que a empresa precisa vender 1.335 unidades para obter um
lucro desejado de 30% numa política sobre os custos e não levando em conta o custo de oportunidade.
14. (CFC) - Uma industria lança um novo produto e projeta os custos fixos unitários em R$ 100,00 e os
custos variáveis unitários em R$ 150,00. Deseja uma margem de lucro de 20% sobre o preço de venda. As
despesas variáveis unitárias correspondem a 10% e o somatório dos tributos incidentes 23% sobre o preço de
venda. Sabendo-se que é utilizado o custeio por absorção, o preço de venda com o qual se deve trabalhar com
base nos custos e na margem de lucro objetivada será de:
a) R$ 229,50
b) R$ 382,50
c) R$ 471,69
d) R$ 531,91
141
15. (CFC) - Uma empresa fabrica um produto que é a 16,00 por unidade e tem custos variáveis totais de R$
42.000,00 para a produção atual de 6.000 unidades. Sabendo-se que os custos fixos correspondem a R$
31.500,00 mensais, é INCORRETO afirmar que:
a) O preço de venda de R$ 16,00 cobre o custo unitário de produção de R$ 1,25 numa análise de custeio
por absorção
b) O ponto de equilíbrio contábil foi atingido com 3.500 unidades
c) O custo total para a produção de 10.000 unidades será de R$ 122.500,00 numa análise de custeio
variável
d) A margem de contribuição unitária é de R$ 9,00
8. TÓPICOS ESPECIAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
8.1 FORMAÇÃO DO PREÇO A PARTIR DO CUSTO
Segundo Assef (2003) os Preços baseados nos custos: buscam, de alguma forma, adicionar algum valor aos
custos e a justificativa para o emprego deste método está baseado em:
a- Simplicidade: ajustando preços a custos não é necessário preocupar-se com ajustes em função da
demanda;
b- Segurança: os vendedores sentem maior segurança quanto a custos incorridos do que a aspectos
relativos à demanda e a mercado consumidor;
c- Justiça: muitos acreditam que o preço acima dos custos é mais justo tanto para o consumidor, quanto
para os vendedores, que obtêm um retorno justo por seus investimentos, sem tirar vantagens do
mercado quando ocorrem elevações de demanda.
8.1.1 Alguns métodos da formação dos preços a partir do custo (Assef, 2003):
� Preços com base no Custo Pleno: Nesse método, os preços são estabelecidos com base nos custos
plenos ou totais (custos totais de produção acrescidos das despesas de vendas, de administração e da
margem de lucro desejada);
� Preços com base no Custo de Transformação: como os esforços da empresa estão concentrados,
basicamente, nos custos de transformação, esse método propõe-se a formar preços com base, apenas,
nos custos de transformação, não considerando nos cálculos os custos com materiais diretos.
� Preços com base no custo marginal: O custo marginal pode ser conceituado como incremento de
custo correspondente à produção de uma unidade adicional de produto. Assim, corresponde aos
142
custos que não seriam incorridos se um produto fosse eliminado ou não produzido. (ver custeio
variável ou direto).;
� Preços com base na taxa de retorno exigida sobre o capital investido: permite estimar o preço
com base em taxa predeterminada de lucro sobre o capital investido. Uma fórmula simplificada para
a obtenção do preço de venda:
P= (CT +R% X CI) / V
Onde: CI = capital investido CT= custos totais R% = lucro percentual desejado sobre o capital investido P = preço sugerido de vendas V= volume de vendas � Preços com base no custo padrão: a empresa estima seu custo-padrão, com o cuidado de separar
corretamente os custos pertencentes aos produtos (variáveis) e os custos pertencentes à estrutura
operacional da empresa (fixos).
8.2 FORMAÇÃO DO PREÇO A PARTIR DO MERCADO
De acordo com Assef (2003) a formação do Preço a partir do mercado apresenta dois aspectos:
� Preços baseados no consumidor: emprega-se nessa metodologia a percepção que os consumidores
têm do valor do produto, e não os custos do vendedor. Preços são definidos para se ajustar aos
valores percebidos. Um exemplo é o preço da lata de cerveja em um bar e o mesmo produto em um
restaurante de luxo.
� Preços baseados na concorrência: as empresas prestam pouca atenção a seus custos ou a sua
demanda e é a concorrência que determina os preços a praticar. Os preços podem ser de oferta
(quando a empresa cobra mais ou menos que seus concorrentes) ou de proposta (quando a empresa
determina seu preço segundo seu julgamento sobre como os concorrentes irão fixar seus preços).
8.3 ELEMENTOS BÁSICOS PARA FORMAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA
Segundo Martins (2003) para administrar preços de venda, é necessário conhecer o custo do produto,
mas só isso não basta. É preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços dos produtos dos
concorrentes, os preços dos produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa, entre outras.
8.3.1 Aspectos mercadológicos da formação de preços
a- Ciclo de Vida do Produto
143
Os produtos, assim como os seres vivos, tem um ciclo de vida, ou seja, uma duração, medida em
unidade de tempo. Esta duração depende de vários fatores externos, entre os quais, o avanço tecnológico,
modismos, concorrência direta e indireta. (Assef, 2003). A importância do ciclo de vida para a formação de
preços de venda é muito grande e corresponde a uma estratégia mercadológica.
O ciclo de vida de qualquer produto pode ter as seguintes etapas:
� Introdução: nesta fase os investimentos em desenvolvimento, marketing, pesquisa etc. são muito
grandes. Os resultados financeiros são negativos, em face dos elevados investimentos e baixos
volumes de vendas, e o que se busca é a introdução da marca/produto. A estratégia é colocar os
preços em patamares elevados, buscando nichos, ou segmentos, de mercado que servirão de teste
para o produto. As operações são deficitárias, aguardando o crescimento das vendas. (Exemplos:
blindagem de carros – treinamento gerencial à distância).
� Crescimento: os investimentos em desenvolvimento estão sendo parcialmente amortizados, o
volume de vendas é crescente, a marca já é razoavelmente reconhecida e os custos de marketing são
de reforço da imagem do produto e penetração em novos mercados e segmentos. Os preços embutem
margens de lucro positivas e os resultados financeiros globais são superavitários. (exemplos:
produtos diet – telefonia celular).
� Maturidade: os volumes de vendas são mais constantes e atingem os maiores patamares. É o
período de maior lucratividade para a empresa, pois os investimentos no desenvolvimento do produto
são mínimos, eventualmente de layout, e os preços já atingiram o patamar máximo permitido pelo
mercado, tendendo a declinar em face da concorrência. (exemplo: cervejas tradicionais).
� Declínio: nesta fase o produto apresenta queda acentuada de vendas, os investimentos são
praticamente eliminados e asa margens tendem a ser negativas. Isto decorre da necessidade desse
produto de gerar caixa para financiar outros que estejam em outras fases do ciclo e que possam trazer
maiores retornos para a empresa. Muitas vezes os preços são elaborados apenas para a eliminação de
estoque ocioso, não cobrindo sequer os custos de reposição. (Exemplo: computadores de grande
porte, máquinas de escrever, televisores em preto-e-branco, vídeos, discos de vinil, fita-cassete).
b- Atuação da Concorrência
O acompanhamento e a análise das estratégias da concorrência, tanto financeiras quanto
mercadológicas são essenciais em qualquer atividade empresarial. Conhecer e identificar quem são os
concorrentes, conhecer os preços e a qualidade de seus produtos é uma avaliação primária a ser realizada.
Uma análise mais criteriosa de preços pode permitir avaliar situações interessantes dos concorrentes, como
dificuldades de caixa momentânea, negociações especiais com fornecedores comuns, eliminação de produtos
para formar estoques em novas linhas etc.
144
8.3.2 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS
No Brasil, um dos principais aspectos a serem analisados na formação dos preços de venda consiste
na análise dos impostos incidentes nas operações de elaboração e venda. Tributos incidentes sobre o
faturamento e o resultado:
� Imposto sobre produtos industrializados – IPI
� Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS
� Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza – ISS
� Programa de Integração Social – PIS
� Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS
� Imposto sobre a Renda - IR
� Contribuição Social sobre o Lucro Liquido - CSLL
8.4 FATOR DE MARCAÇÃO DE CUSTOS “MARK-UP”
O termo Mark-up deriva do inglês, que quer dizer marca acima. É um índice que aplicado sobre os
gastos de determinado produto ou serviço, permite a obtenção do preço de venda. Pode ser aplicado sobre o
custo variável, sobre os gastos variáveis e sobre gastos integrais.(Bruni et al, 2004)
Fórmula do Mark-up:
Mark-up = _________1____________ ou 1 / 1 – ( i + i……)
1- soma das taxas percentuais
Sendo i = percentuais correspondentes a despesas variáveis como: impostos, comissões etc.
EXERCICIOS 1 - (Bruni et al, 2004) - A empresa Industria Timbira produz e comercializa um único produto na razão de
180 unidades por mês. Pergunta-se qual deveria ser o preço praticado pela empresa caso aplicasse um
multiplicador igual:
a) 1,70 sobre os custos plenos (integrais)
b) 2,80 sobre os custos de transformação.
Item Valor
Seguro da fábrica 80.000,00
Embalagem 52.000,00
Mão-de-obra direta 148.000,00
Depreciação industrial 26.000,00
Mão-de-obra indireta 19.000,00
Matéria-prima 360.000,00
145
2- Em relação à questão anterior, sabe-se que a empresa recolhe ICMS à alíquota de 12% (ignorando créditos
oriundos de aquisição de matéria-prima) e paga comissões no valor de 5% sobre as vendas. Pergunta-se qual
deveria ser o preço praticado pela empresa se a mesma desejasse:
a) um lucro líquido sobre as vendas igual a 16%;
b) um lucro total igual a R$ 80.000,00.
Resposta:
3- (Bruni et al, 2004) - As Cerâmicas Barro Bom Ltda. produzem telhas e tijolos. A empresa recolher ICMS
a12% e paga 2% de comissão aos vendedores. A MOD consiste no critério para alocação de custos e despesas
na metodologia de custeio integral da empresa. A empresa trabalha a capacidade plena, produzindo 120
milheiros de tijolos e 80 milheiros de telhas por mês. Calcule qual deveria ser o preço praticado por cada
produto (por milheiro), sabendo que a empresa gostaria de obter um lucro líquido de 30% sobre o preço de
venda.
Componentes Gastos diretos Gastos indiretos
Tijolos telhas indiretos Subtotal
Barro 1.200,00 2.300,00 3.500,00
Areia 560,00 420,00 980,00
Energia elétrica 800,00 1.100,00 4.000,00 5.900,00
Mão-de-obra e encargos 8.000,00 12.000,00 3.000,00 23.000,00
Depreciação fabril 1.500,00 1.500,00
Salários e encargos administrativos 2.600,00 2.600,00
Aluguel escritório 1.200,00 1.200,00
Depreciação escritório 400,00 400,00
Salários e encargos comerciais 3.000,00 3.000,00
Subtotal 10.560,00 15.820,00 15.700,00 42.080,00
% MOD para rateio dos CIFs 100,00%
CIFs rateados
Custo total
Unidades produzidas
Custo unitário
Mark-up multiplicador
Preço unitário
146
4. (Martins et al, 2006) -Os administradores da Industria Cofag, produtora de amortecedores para veículos
pesados, têm como meta atingir um lucro de R$ 2.000.000,00 por período. A empresa possui capacidade
prática para produzir até 58.000 unidades por período, mas vem conseguindo colocar no mercado apenas
54.000 unidades, ao preço de R$ 220,00. Seus custos diretos são os seguintes:
Matéria-prima (por unidade R$ 110,00
Embalagem (por unidade R$ 28,00
Mão-de-obra direta (por período) R$ 300.000,00
Seus Custos Indiretos de fabricação e despesas, por período:
Supervisão da fábrica R$ 100.000,00
Depreciação de máquinas da produção R$ 900.000,00
Despesas de administração geral R$ 200.000,00
Comissões sobre vendas 10%
Desconsiderando a incidência de tributos sobre a receita, calcular:
a) A margem de contribuição, o valor do resultado que a empresa vem obtendo por período.
b) O ponto de equilíbrio atual
c) O preço de venda para obter um lucro de R$ 2.000.000,00
Preço de venda
Matéria-prima
Embalagem
Comissões sobre vendas
Margem de contribuição
Ponto de equilíbrio: Custos e despesas fixos =
MC
Receita Bruta
Custos Variáveis
Custos Fixos
Despesas variáveis
Despesas Fixas
Lucro ou Resultado
O Departamento de Marketing fez uma pesquisa de mercado para saber qual seria o volume de vendas em
diversos níveis de preço. O resultado foi:
147
Preço por unidade R$ Quantidade que seria vendida
R$ 200,00 60.000
R$ 240,00 48.000
R$ 280.00 36.000
R$ 300,00 30.000
Desconsiderando a incidência de tributos sobre a receita, calcular a Margem de Contribuição e o Ponto de
equilíbrio para todos os preços:
Preço de venda
Matéria-prima
Embalagem
Comissões sobre vendas
Margem de contribuição
Ponto de equilíbrio: Custos e despesas fixos =
MC
5. Uma empresa produz e comercializa dois produtos, flautas e violões e seus custos variáveis são
respectivamente R$ 60,00 e R$ 220,00 por unidade. A linha de produção de flautas tem um custo fixo direto
de R$ 10.000,00 e a de violões de R$ 20.000,00. Os custos fixos comuns aos dois produtos são de R$
45.000,00, por período, e as despesas fixas de administração e de vendas R$ 21.000,00 por período. Os
tributos incidentes sobre a receita bruta perfazem 15%. A empresa costuma remunerar seus vendedores na
base de 10% sobre as vendas.
Considerando-se a formação de preços de venda com base nos custos e que:
� O departamento de marketing estima uma demanda de 2.000 flautas e 1.000 violões por período.
� A administração estabeleceu uma meta de lucratividade de 8% sobre a receita para cada um dos
produtos
� O rateio dos custos comuns é feito com base nos custos variáveis totais de cada produto
Pede-se calcular o preço de venda dos dois produtos e o resultado obtido no período, a MC e o PEC:
flautas 1.500 unid Violões 1.000 unid
Custo unit Custo total Custo unit Custo total Totais
Custos variáveis
Custos fixos diretos
Custos fixos indiretos
Despesas fixas adm/ vendas
Custo total
148
Mark-up
Preço de venda
Resultado do período:
Flautas Violões Totais
Receita Bruta (vendas)
Custos variáveis
Custos Fixos diretos/indiretos
Despesas variáveis
Despesas Fixas
Resultado ou Lucro
MC: PE:
flautas 2.000 unid Violões 1.000 unid
Custo unit Custo total Custo unit Custo total Totais
Custos variáveis
Custos fixos diretos
Custos fixos indiretos
Despesas fixas administração/
vendas
Custo total
Mark-up
Preço de venda
Resultado do período:
Flautas Violões Totais
Receita Bruta (vendas)
Custos variáveis
Custos Fixos diretos/indiretos
Despesas variáveis
Despesas Fixas
Resultado ou Lucro
MC flautas: PE flautas:
MC Violões: PE Violões:
149
FORMAÇÃO DE PREÇOS A PRAZO – Capitalização Composta
VF = VP (1+ i)™ ™ ™ ™
108- Uma empresa possui um preço de venda a vista igual a R$ 430,00 para determinado produto. O custo de
oportunidade dos recursos da empresa é igual a 3% a.m. Calcule qual deveria ser o preço de venda cobrado
pela empresa, caso o prazo concedido para pagamento fosse igual a: a) 3o dias ; b) 60 dias; c) 90 dias; d) 15
dias; e) 10 dias.
Resposta: a: VF: 430,00 x (1+0,03) elevado a 30/30: 442,90
b)
c)
d)
e)
1. A Fábrica de Sapatos Passo Macio possui os dados financeiros apresentados a seguir. O prazo médio
concedido aos clientes é de 45 dias. Calcule o preço a vista e o preço a prazo praticado pela empresa . O
Mark-up multiplicador é igual a 3,50 e o custo do dinheiro no tempo para a empresa é estimado em 2% a.m.
Componentes unitários Valor R$
Matéria-prima 18,00
Mão-de-obra direta 2,40
CIFS diversos 3,10
Custo unitário total
Preço à vista:
Preço à prazo:
2. O setor comercial da Marcenaria Arte no Traço Ltda. solicitou proposta pa elaboração de um conjunto de
móveis escolares. Com base nos valores apresentados pede-se calcular o valor a ser cobrado por esse pedido.
Item Valor R$
Custo da madeira, parafusos, tintas, colas, vernizes e laminados. 36.000,00
Mão-de-obra e encargos sociais 12.000,00
150
Impostos e taxas sobre vendas 9%
Margem de lucro desejada 36%
Prazo médio de pagamento 45 dias
Custo de oportunidade dos recursos financeiros da empresa 4% a.m
3. O Restaurante Aquilo Delicias possui em seu quadro os seguintes funcionários:
Funcionário quantidade Salário-base mensal Salários totais
Cozinheiro 02 1.200,00
Copeiro 01 1.000,00
Garçons 04 800,00
Ajudantes gerais 02 600,00
Total
Cálculo do custo mensal da mão-de-obra direta:
Salários 13º salário 8,33% Férias/adicional 11,11% INSS 28,8% FGTS 8,5% Total
Materiais consumidos mensalmente:
Item Consumo (kg) Preço médio (kg.) R$ Totais
Carnes 1.800 8,00
Cereais 2.100 6,00
Verduras 1.300 5,00
Frutas 800 4,50
Temperos 90 3,00
Diversos 20 18,00
Custos Fixos Indiretos:
Descrição Valor mensal R$
Serviços externos de segurança 1.200,00
Energia Elétrica 840,00
IPTU 180,00
Contador 700,00
151
A empresa recolhe ICMS com alíquota igual a 12% sobre o preço de venda e 6% de Impostos Federais sobre
a receita bruta. Sabendo que a empresa comercializa 6.000 kg por mês, determine o preço mínimo a ser
cobrado por Kg de refeição, de forma a remunerar a empresa em 30%.
Mão de obra
Materiais diretos
Custos Fixos
Custo Total
Kg comercializados
Custo por Kg.
Mark-up multiplicador
Preço de venda
8.5 OUTROS CONCEITOS DE CUSTOS; CUSTOS IMPUTADOS, CUSTOS PERDIDOS E CUSTOS
DE OPORTUNIDADE
� Custos Imputados: Segundo Martins (2003) “Custo Imputado é um valor apropriado ao produto
para afeitos internos,mas não contabilizável”. Exemplos de custo imputado: o cálculo de juros sobre
o Capital Próprio sobre cada produto; o aluguel apropriado quando o imóvel é próprio.
� Custos Perdidos: são valores já gastos no passado e que, mesmo que ainda não totalmente
contabilizados como custos, o serão no futuro. Exemplo: Gastos Pré-operacionais.
� Custo de Oportunidade: Representa quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração
por ter aplicado seus recursos numa alternativa em invés de outra. Não é contabilizável, mas
obrigatoriamente deve ser levado em consideração nas análises para tomada de decisões. (Martins,
2003). Uma das conseqüências mais importantes da utilização do Custo de Oportunidade é a
identificação dos produtos ou linhas de produção que estão produzindo um retorno inferior a ele.
QUESTÕES CONSTANTES DO ENADE 2006:
1- A Cia Eficiência fabrica equipamentos de irrigação agrícola modular. Em um determinado mês produz e
vende 450 unidades ao preço unitário de R$ 3.500,00. A estrutura de custos e despesas da empresa é a
seguinte:
Custos e Despesas Variáveis R$ 2.500,00 por mês
Custos e despesas fixas R$ 360.000,00 por mês
152
Com base nos dados apresentados e considerando o conceito de alavancagem operacional é correto afirmar:
a) a empresa opera com margem de segurança de 20%
b) a empresa nestas condições obtém um lucro de R$ 60.000,00
c) o ponto de equilíbrio da empresa se dá após a venda de 380 unidades
d) a empresa apura, no período, um prejuízo de R$ 100.000,00
e) o resultado da empresa é nulo
2- A Industria Laguna S/A planeja fabricar e vender 100.000 unidades de um único produto durante o
exercício fiscal de 2005, com um custo variável de R$ 4,00 por unidade e um custo fixo de R$ 2,00 por
unidade. Se nesse mesmo período a empresa não alcançar o planejado e fabricar e vender somente 80.000
unidades, incorrendo em um custo total de R$ 515.000,00, qual será a variação de custo nesse período?
a) R$ 85.000,00 favorável
b) R$ 85.000,00 desfavorável
c) R$ 80.000,00 desfavorável
d) R$ 5.000,00 favorável
e) R$ 5.000,00 desfavorável
3- A Irmãos Anhangá é uma empresa de manufatura que produziu e comercializou, mo exercício social de
2005, um único produto. A fábrica entrou em operação nesse ano, não havendo, portanto, qualquer tipo de
estoque no início do exercício fiscal de 2005. Durante este período a contabilidade reporta dados da produção
e das despesas incorridas:
� 200 unidades produzidas e acabadas
� custo variável de fabricação: R$ 30,00 por unidade
� Custos fixos de fabricação: R$ 600,00
� Despesas operacionais de administração e vendas: R$ 400,00
� 120 unidades vendidas
� preço líquido de venda por unidade: R$ 40,00
Com base nas informações, é correto afirmar que os resultados finais apurados pelo método de custeio por
absorção e pelo método de custeio variável são, respectivamente:
a- R$ 200,00 e R$ 200,00
b- R$ 440,00 e R$ 200,00
c- R$ 440,00 e R$ 600,00
d- R$ 600,00 e R$ 800,00
e- R$ 840,00 e R$ 600,00
153
4- A Industria Laboriosa fabrica apenas um produto, gastando 12 minutos de hora/máquina para produzir
cada unidade. Em um determinado mês sua estrutura de custos e despesas é a seguinte:
� Custos fixos mensais $ 1.920.000,00
� Custos variáveis $ 1.260.000,00
� Despesas fixas mensais $ 1.200.000,00
� Despesas variáveis de venda $ 0,20 para cada R$ 1,00 de vendas
� Horas máquinas totais/ mês aplicadas 2.000 horas
Nessas condições, para a empresa vender todas a sua produção e obter um resultado, antes do imposto de
renda e Contribuições, no valor de R$ 1.400.000,00, qual a margem de contribuição unitária?
a- R$ 140,00
b- R$ 318,50
c- R$ 452,00
d- R$ 578,00
e- R$ 722,50