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8ª FASE- PROVA REGULAR Questão 1- Paciente masculino, 68 anos de idade, sem antecedentes mórbidos, apresenta-se com quadro clínico de fraqueza e cansaço aos esforços há cerca de 6 meses, com piora nas últimas semanas. Refere ainda episódios ocasionais de “fezes escurecidas”. O paciente correlaciona os sintomas a uma possível depressão, relacionada à perda da esposa há 1 ano. Nega febre, emagrecimento, edemas, diarreia ou constipação intestinal. Ao exame físico, apresenta mucosas hipocoradas (++/++++), PA = 115/60 mmHg, ausência de linfomegalias; fígado e baço não palpáveis. O hemograma evidenciou Hb = 9,7 g/dl; VCM = 76 fl; CHCM = 28%; leucócitos = 7.000/mm 3 ; plaquetas = 625.000/mm 3 . A pesquisa de sangue oculto nas fezes foi positiva. Diante do quadro exposto, qual é o diagnóstico provável? A) Anemia por deficiência de vitamina B12 B) Anemia por deficiência de ácido fólico C) Mielodisplasia, subtipo tipo anemia refratária D) Anemia ferropriva E) Beta-talassemia minor Resposta correta: letra D Comentário: Trata-se de uma anemia microcítica e hipocrômica em paciente que está com sangramento no trato gastrointestinal. Portanto, está ocorrendo perda de sangue, o que ocasiona a depleção de ferro. Assim, é uma anemia ferropriva típica. Além disso, a contagem de plaquetas está elevada, favorecendo ainda mais o diagnóstico. As anemias por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico são do tipo megaloblástica (VCM elevado). A mielodisplasia cursa com pancitopenia e a anemia é do tipo normocítica e normocrômica. A talassemia minor é o principal diagnóstico diferencial, mas não promove plaquetose. Referências bibliográficas: Cecil medicina. 23ª ed. Seção XIV: Doenças Hematológicas. Current 2017: Medical diagnosis and treatment. Ch.13: Blood disorders. Questão 2- Você é médico de uma unidade de saúde de Ipatinga e atende a paciente Ana Maria, de 28 anos de idade, que veio para a primeira consulta de pré-natal. Ela está com 6 semanas de gestação e não apresenta sintomas clínicos. Ela retorna em 3 semanas para apresentar os exames que você solicitou na primeira consulta. Dentre os resultados, o hemograma mostra Hb = 10,4 g/dL, VCM = 68 fL, leucócitos e plaquetas normais. As dosagens de ferro sérico, índice de saturação da transferrina e ferritina foram normais.

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8ª FASE- PROVA REGULAR

Questão 1- Paciente masculino, 68 anos de idade, sem antecedentes mórbidos, apresenta-se

com quadro clínico de fraqueza e cansaço aos esforços há cerca de 6 meses, com piora nas

últimas semanas. Refere ainda episódios ocasionais de “fezes escurecidas”. O paciente

correlaciona os sintomas a uma possível depressão, relacionada à perda da esposa há 1

ano. Nega febre, emagrecimento, edemas, diarreia ou constipação intestinal. Ao exame

físico, apresenta mucosas hipocoradas (++/++++), PA = 115/60 mmHg, ausência de

linfomegalias; fígado e baço não palpáveis. O hemograma evidenciou Hb = 9,7 g/dl; VCM =

76 fl; CHCM = 28%; leucócitos = 7.000/mm3; plaquetas = 625.000/mm3. A pesquisa de

sangue oculto nas fezes foi positiva.

Diante do quadro exposto, qual é o diagnóstico provável?

A) Anemia por deficiência de vitamina B12

B) Anemia por deficiência de ácido fólico

C) Mielodisplasia, subtipo tipo anemia refratária

D) Anemia ferropriva

E) Beta-talassemia minor

Resposta correta: letra D

Comentário: Trata-se de uma anemia microcítica e hipocrômica em paciente que está com

sangramento no trato gastrointestinal. Portanto, está ocorrendo perda de sangue, o que

ocasiona a depleção de ferro. Assim, é uma anemia ferropriva típica. Além disso, a

contagem de plaquetas está elevada, favorecendo ainda mais o diagnóstico. As anemias por

deficiência de vitamina B12 e ácido fólico são do tipo megaloblástica (VCM elevado). A

mielodisplasia cursa com pancitopenia e a anemia é do tipo normocítica e normocrômica. A

talassemia minor é o principal diagnóstico diferencial, mas não promove plaquetose.

Referências bibliográficas:

Cecil medicina. 23ª ed. Seção XIV: Doenças Hematológicas.

Current 2017: Medical diagnosis and treatment. Ch.13: Blood disorders.

Questão 2- Você é médico de uma unidade de saúde de Ipatinga e atende a paciente Ana

Maria, de 28 anos de idade, que veio para a primeira consulta de pré-natal. Ela está com 6

semanas de gestação e não apresenta sintomas clínicos. Ela retorna em 3 semanas para

apresentar os exames que você solicitou na primeira consulta. Dentre os resultados, o

hemograma mostra Hb = 10,4 g/dL, VCM = 68 fL, leucócitos e plaquetas normais. As

dosagens de ferro sérico, índice de saturação da transferrina e ferritina foram normais.

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Que exame você deverá solicitar para confirmar a sua hipótese diagnóstica?

A) Dosagem de DHL e bilirrubinas

B) Endoscopia digestiva alta

C) Parasitológico de fezes

D) Eletroforese de hemoglobina

E) Dosagem de folato e vitamina B12

Resposta correta: letra D

Comentário: Trata-se de uma anemia microcítica e hipocrômica cuja hipótese inicial é de

anemia ferropriva. Como o perfil do ferro foi normal, a hipótese passa a ser talassemia

minor, que tem o mesmo padrão de série vermelha no hemograma (anemia hipocítica e

hipocrômica), mas sem plaquetose. O exame que irá confirmar a hipótese será a

eletroforese de hemoglobina, que mostrará uma elevação da hemoglobina A2.

Referências bibliográficas:

Cecil medicina. 23ª ed. Seção XIV: Doenças Hematológicas.

Current 2017: Medical diagnosis and treatment. Ch.13: Blood disorders.

Questão 3- Paciente de 32 anos apresenta gengivorragia ao escovar os dentes, bolhas

hemorrágicas em cavidade oral e equimoses em membros inferiores há três dias. Está

corada, afebril e não apresenta hepatoesplenomegalia. O hemograma revela hematócrito =

38%, Hb = 13,5 g/dl, leucócitos 9.500/mm3 (1% basófilos, 4% eosinófilos, 5% bastões, 70%

segmentados, 16% linfócitos, 4% monócitos, plaquetas = 18.000/mm3, TAP = 14,0

segundos (atividade = 85%), TTPA 37 segundos. O diagnóstico mais provável é:

A) Púrpura trombocitopênica imunológica

B) Coagulação intravascular disseminada

C) Leucemia mieloide aguda

D) Síndrome hemolítico-urêmica

E) Síndrome mielodisplásica

Resposta correta: letra A

Comentário: Trata-se de uma jovem, com sangramento plaquetário (gengivorragia +

equimoses), com plaquetopenia isolada no hemograma e demais provas de hemostasia

normais. A ausência de astenia, febre e de outras anormalidades no leucograma afasta o

diagnóstico de leucemia e síndrome mielodisplásica. A coagulação intravascular

disseminada cursa com prolongamento de TAP e TTPA. A síndrome hemolítico-urêmica

cursa com alteração de função renal (que não foi informada no enunciado) e manifestações

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neurológicas secundárias à retenção nitrogenada. Portanto, o único diagnóstico possível

para o caso é a PTI

Referências bibliográficas:

Cecil medicina. 23ª ed. Seção XIV: Doenças Hematológicas.

Current 2017: Medical diagnosis and treatment. Ch.13: Blood disorders.

Questão 4- Um paciente de 67 anos apresenta, há 6 meses, fraqueza e inapetência há 6

meses, sem emagrecimento, febre ou outros sintomas significativos, sem hepatomegalia ou

esplenomegalia. Apresenta o seguinte hemograma: anemia (Hb = 10,1 g/dL) normocítica e

normocrômica (VCM = 96 fl, CHCM 35%), leucopenia (leucócitos = 3.500 / mm3),

plaquetopenia (95.000 / mm3), neutrófilos hipossegmentados e hipogranulares e 1% de

mieloblastos.

Os achados clínicos e laboratoriais são compatíveis com o seguinte diagnóstico:

A) Leucemia Mieloide Aguda

B) Leucemia Linfoide Crônica

C) Mielofibrose

D) Policitemia vera

E) Mielodisplasia

Resposta correta: letra E

Comentário: Trata-se de um paciente idoso, com uma pancitopenia. A anemia é de perfil

normocítica e normocrômica, o que permite afastar anemias carenciais. Este hemograma é

típico da síndrome mielodisplásica pois, além da pancitopenia, a morfologia dos leucócitos

são características desta síndrome: hipogranulares e hipossegmentados. A presença de 1%

de mieloblastos pode sugerir uma leucemia, cujo diagnóstico só pode ser confirmado com o

mielograma, mas não há neutrófilos disformes como neste caso. A policitemia vera é uma

doença com mieloproliferação, onde haveria leucocitose e plaquetose. Portanto, o caso é

bastante característico de mielodisplasia, considerada uma “pré-leucemia”.

Referências bibliográficas:

Cecil medicina. 23ª ed. Seção XIV: Doenças Hematológicas.

Current 2017: Medical diagnosis and treatment. Ch.13: Blood disorders.

Questão 5- Paciente do sexo masculino, 58 anos, com antecedentes de hipertensão arterial,

diabetes mellitus e dislipidemia, em uso de clortalidona, metformina, losartana, anlodipino e

rosuvastatina, procura atendimento médico devido a queixa de artrite gotosa.

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Qual dos seguintes medicamentos deverá ser suspenso?

A) Anlodipino.

B) Metformina.

C) Losartana.

D) Clortalidona.

E) Rosuvastatina.

Resposta correta: letra D

Comentário: Os diuréticos tiazídicos (clortalidona) podem aumentar os níveis séricos de ácido

úrico e devem ser evitados em pacientes portadores de gota.

Referências bibliográficas: Goldman - Cecil Medicina 25ª edição cap 273 pag1811

Questão 6- Homem, 33 anos, refere dor no quadril e dificuldade para andar há duas horas

após crise convulsiva. Antecedentes pessoais: insuficiência renal crônica. Creatinina= 8,9

mg/dL (< 1,5 mg/dl), Ureia= 194 mg/dL (VR < 40 mg/dl), Cálcio= 4 mg/dL (VR), Fósforo= 6,5

mEq/L (2,5- 4,5 mEq/L), Fosfatase alcalina= 27UI/dL (VR 30-120 U/L), PTH= 488 pg/mL (VR

10 a 65 pg/mL). Radiograma de pelve: Osteopenia e fratura da cabeça do fêmur direito.

O diagnóstico é:

A) Osteomalácia por deficiência de vitamina D.

B) Osteoporose secundária à hiperfosfatemia.

C) Hiperparatiroidismo secundário.

D) Mieloma múltiplo.

E) Doença de Paget.

Resposta correta: letra C

Comentário: A hipocalcemia crônica encontrada na insuficiência renal é causada por uma

hidroxilação renal deficiente da vitamina D o que reduz sua atividade biológica e com isso há

uma redução na absorção intestinal e reabsorção renal do cálcio. Concomitante há um

aumento na produção de PTH (hiperparatireoidismo secundário) e reabsorção óssea para

manutenção do cálcio sérico.

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Referências bibliográficas: Goldman - Cecil Medicina 25ª edição cap 245 pag1656

Questão 7- Paciente sexo masculino 41 anos, comparece a atendimento médico agendado

trazendo resultados de exames: AntiHCV reagente e PCR HCV detecado.

Diante da patologia em questão assinale a alternativa correta:

A) A infecção pela hepatite C tende a cronificar na minoria dos casos.

B) A patologia necessita ser confirmada com teste molecular e genotipagem.

C) A cura desta doença não confere imunidade duradoura, sendo possível ocorrência

de reinfecção.

D) Para conclusão da infecção é necessário realização de demais sorologias como

AntiHBc total, IgG e IgM.

E) A evolução de tal patologia pode levar com facilidade a casos de insuficiência

hepática aguda e hepatite aguda fulminante.

Resposta correta: letra C

Comentário: A hepatite crônica pelo HCV é uma doença de caráter insidioso, caracterizando-

se por um processo inflamatório persistente. Na ausência de tratamento, ocorre cronificação

em 60% a 85% dos casos; em média, 20% podem evoluir para cirrose ao longo do tempo.

Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de

CHC é de 1% a 5%. O anti-HCV é um marcador que indica contato prévio com o vírus.

Isoladamente, um resultado reagente para o anticorpo não permite diferenciar uma infecção

resolvida naturalmente de uma infecção ativa. Por isso, para o diagnóstico laboratorial da

infecção, um resultado anti-HCV reagente precisa ser complementado por meio de um teste

para detecção direta do vírus. De modo geral, a hepatite C aguda apresenta evolução

subclínica. A maioria dos casos têm apresentação assintomática e anictérica, o que dificulta

o diagnóstico. Sintomas estão presentes na minoria de casos (20%-30%) e geralmente são

inespecíficos, tais como como anorexia, astenia, mal-estar e dor abdominal. Uma menor

parte dos pacientes apresenta icterícia ou escurecimento da urina (Westbrook and Dusheiko

2014). Casos de insuficiência hepática, ou casos fulminantes, são extremamente raros. É

importante salientar que a cura da hepatite C após o uso de medicamentos, ou mesmo após

soroconversão espontânea, não confere imunidade. Dessa forma, por meio de outras

exposições ao vírus da hepatite C, a reinfecção por esse vírus é possível.

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Referências bibliográficas: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e

Coinfecções / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de

DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.

Questão 8- Em campanha de doação de sangue indivíduo realiza avaliação com realização de

exames de triagem. Foram solicitados entre outros exames as sorologias Anti HAV IgG e

IgM, HBsAg, AntiHBs, AntiHBc IgG e IgM e AntiHCV.

Assinale a alternativa correta:

A) AntiHCV positivo confirmaria a hepatite C aguda.

B) HBsAg positivo confirmaria hepatite B crônica.

C) AntiHBc IgG negativo, o AntiHBcIgM positivo e o HBsAg positivo confirmariam a

hepatite B aguda.

D) HBsAg negativo, o AntiHBcIgM negativo, AntiHBc IgG positivo e o AntiHBs positivo

confirmariam imunização por vacinação contra hepatite B.

E) AntiHAV IgG e IgM positivos exigiriam realização de exame molecular, mais

conhecido como PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para confirmação de

Hepatite A.

Resposta correta: letra C

Comentário: AntiHCV isoladamente não é suficiente para o diagnóstico de hepatite C, sendo

necessário realização e exame molecular PCR HCV para a documentação da infecção. O

diagnóstico de hepatite B crônica dependerá do tempo de diagnóstico de HBsAg reagente,

se positivo há mais de 6 meses será considerada hepatite B crônica (medida isolada sem

demais sorologias impede o diagnóstico). HBsAg com AntiHBc IgM (Ac de fase aguda)

documenta a infecção viral aguda. A vacinação contra hepatite B contem somente antígeno

da proteína de superfície viral, assim após vacinação não ocorre o aparecimento de

sorologia AntiHBc IgG reagente. Hepatite A é uma infecção viral aguda de transmissão oro-

fecal sem ocorrência de cronificaçaõ / viremia prolongada, assim não existe a realização de

exame molecular para detecção desta.

Referências bibliográficas: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e

Coinfecções / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de

DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.

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Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções / Ministério da

Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. –

Brasília : Ministério da Saúde, 2018.

Questão 9– Uma paciente procura a Unidade de Pronto Atendimento de sua cidade

referindo que, em seu trabalho como doméstica, deixou cair uma boa quantidade de “cloro”

em olho esquerdo, há cerca de 40 minutos atrás. Desde então sente ardor importante neste

olho e sensação de corpo estranho com lacrimejamento abundante.

Para o tratamento desta paciente, seguem-se os seguintes procedimentos:

I) Deve-se pingar colírio anestésico no olho esquerdo e lavá-lo abundantemente, limpando a

conjuntiva inferior com cotonetes e evertendo-se a pálpebra superior esquerda para retirar o

excesso de “cloro” que possa estar alojado na conjuntiva tarsal e no fundo de saco

conjuntival superior.

II) Após o tratamento inicial realizado no Pronto Atendimento, deve-se prescrever para casa

colírio de lágrima artificial sem conservante para pingar de acordo com o necessário,

pomada antibiótica cicatrizante 3X ao dia e ao deitar e colírio anestésico 3X ao dia para

alívio dos sintomas.

III) Após o tratamento realizado no Pronto Atendimento e o prescrito para casa, esta

paciente deverá ser encaminhada para o oftalmologista.

IV) Em caso de dor importante, um analgésico oral deverá ser prescrito.

V) A paciente deverá ter o olho acometido ocluído.

Destes procedimentos, devem ser realizados:

A) II, IV e V

B) I, III e IV

C) I, II e III

D) I, III e V

E) II, III e IV

Resposta correta: letra B

Comentário: Alternativa I está correta – principal função do tratamento na urgência de

queda de produto químico no olho é a remoção do produto do olho com soro fisiológico após

instilação de colírio anestésico.

Alternativa II está incorreta – o colírio anestésico raramente deve ser prescrito para casa e

nestes casos de produto químico no olho esta prescrição é contra indicada.

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Alternativa III está correta – a paciente deve ser encaminhada ao oftalmologista porque na

urgência o médico generalista não é capaz de avaliar a extensão das lesões no olho

causadas pelo produto químico, nem tampouco tratar possíveis sequelas provenientes desta

queimadura.

Alternativa IV está correta – o analgésico oral deve sempre ser prescrito para casa em caso

de possibilidade da persistência da dor.

Alternativa V – deve-se evitar a oclusão do olho acometido por produto químico, uma vez

que alguns produtos químicos podem acelerar seu mecanismo de ação em ambiente

aquecido e em caso de ferimento do olho acometido, a oclusão pode predispor a

contaminação secundária da ferida.

Referências:

1 - RIORDAN-EVA, P. et al. (Org.) Oftalmologia geral de Vaughan e Asbury. 17.ed. Porto

Alegre:Artmed, 2010. ISBN 8563308068

2 - SHAH, C. P.; EHLERS, J. P.; ISLABAO, A. G. Manual de doenças oculares do Wills Eye

Hospital. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. ISBN 8536320397

Questão 10 – Você atende como médico generalista em uma unidade de urgência onde

chega um paciente com queixa de nódulo quente e doloroso em canto medial de olho direito

há três dias com piora da dor e “inchaço” ao redor do nódulo há um dia. Ao exame físico

você observa nódulo endurecido e doloroso à palpação, em região medial inferior de

rebordo orbital direito, com hiperemia local e processo inflamatório muito importante ao

redor do nódulo. Para este paciente, seguem as seguintes afirmações:

I) Ele deverá ser encaminhado na urgência para o oftalmologista.

II) Seus antecedentes oftalmológicos não são relevantes para o esclarecimento diagnóstico

do quadro atual.

III) Você deverá tratá-lo com antibiótico oral tipo amoxacilina com clavulanato de potássio

por 10 a 14 dias.

IV) Ele necessitará tratamento cirúrgico fora da urgência para prevenção de recidivas deste

quadro clínico.

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V) De acordo com as condições deste “nódulo”, ele necessitará tratamento cirúrgico na

urgência.

Destas afirmações, estão corretas:

A) III, IV e V

B) II, III e IV

C) I, IV e V

D) I, II e III

E) II, IV e V

Resposta correta: letra A

Comentário: Alternativa I está incorreta – a localização do nódulo no rebordo orbital e não

na pálpebra, aliado ao quadro de processo inflamatório importante ao redor do nódulo

fecham o diagnóstico de dacriocistite, que deve ser prontamente tratada pelo médico

generalista no atendimento de urgência.

Alternativa II está incorreta – os antecedentes oftalmológicos de lacrimejamento e secreção

constantes no olho que surgem antes do aparecimento do nódulo evidenciam obstrução

baixa da via lacrimal prévia, condição necessária para o desenvolvimento da dacriocistite.

Alternativa III está correta – o médico generalista está apto a tratar a dacriocistite na

urgência, prescrevendo antibiótico oral de amplo espectro como é o caso da amoxacilina

com clavulanato de potássio, por um tempo pouco maior (10 a 14 dias) que o convencional

no tratamento das infecções bacterianas (07 a 10 dias), por se tratar de uma infecção em

local fechado por obstrução baixa da via lacrimal.

Alternativa IV está correta – a obstrução baixa da via lacrimal, condição prévia necessária

para desenvolver uma dacriocistite, deverá ser tratada com a dacriocistorrinostomia, fora da

vigência da infecção do saco lacrimal, com a intenção de se prevenir dacriocistites de

repetição.

Alternativa V está correta – caso a infecção aguda desenvolva a formação de um abcesso

no saco lacrimal, este deverá ser drenado cirurgicamente ainda na urgência.

Referências:

1 - RIORDAN-EVA, P. et al. (Org.) Oftalmologia geral de Vaughan e Asbury. 17.ed. Porto

Alegre:Artmed, 2010. ISBN 8563308068

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2 - SHAH, C. P.; EHLERS, J. P.; ISLABAO, A. G. Manual de doenças oculares do Wills Eye

Hospital. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. ISBN 8536320397

3 - KANSKI, J. J. Oftalmologia clínica: uma abordagem sistemática. 6.ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2008. ISBN 8535226575

Questão 11- Paciente de 28 anos, sexo feminino, natural e procedente de Belo

Horizonte/MG, cantora de música popular, iniciou com queixa de disfonia na voz cantada

para a emissão de notas agudas, há 2 anos. Afirma que, há 6 meses, a disfonia também

tem afetado a voz falada, nos dias em que abusa do uso vocal. Nega dispneia, disfagia,

tosse, pigarro ou outras queixas. Em relação aos antecedentes, a paciente nega

comorbidades ou tabagismo. À videolaringoscopia observa-se espessamento bilateral e

simétrico entre os terços anterior e médio das pregas vocais.

Qual a principal hipótese diagnóstica?

A) Edema de Reinke.

B) Pólipo vocal.

C) Cisto de prega vocal.

D) Nódulos vocais.

E) Laringite crônica.

Resposta correta: letra D

Comentário: Os nódulos vocais, na fase adulta, acometem quase exclusivamente o sexo

feminino, principalmente no período em que se aumenta o uso da voz, por motivo

profissional. O quadro clínico geralmente apresenta disfonia relacionada a abuso vocal ou

uso incorreto da voz. Essa disfonia pode ser contínua ou recorrente e que, na maioria dos

casos, melhora com repouso vocal.

A. ERRADA. O quadro clínico do Edema de Reinke é de disfonia consistente, lentamente

progressiva, principalmente em tabagistas de longa data. A voz é rouca e grave, fazendo

com que pacientes do sexo feminino desenvolvam uma voz masculinizada, que pode ser

confundida com a voz de uma pessoa do sexo masculino ao telefone. Nos casos mais

acentuados, a dispneia pode estar presente devido à obstrução glótica O edema de Reinke

possui forte associação com tabagismo (principal fator etiológico) e acredita-se que homens

e mulheres sejam igualmente afetados. Em geral, os sintomas se iniciam por volta de 40 a

50 anos de idade, e, raramente, estão presentes em crianças.

B. ERRADA. Os pacientes mais acometidos por pólipos vocais são do sexo masculino,

principalmente na faixa etária entre 30 e 50 anos. Pacientes com pólipos vocais, geralmente,

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apresentam disfonia permanente que pode piorar após abuso vocal. Queixas, como

sensação de corpo estranho e incômodo na garganta também podem estar presentes..

C. ERRADA. O cisto de prega vocal é uma causa comum de disfonia crônica, progressiva,

frequentemente acompanhada de abuso vocal. Geralmente unilaterais, observa-se à

videolaringoscopia abaulamento unilateral de prega vocal e a região mais afetada é a face

subglótica devido à localização das glândulas.

E. ERRADA. As laringites crônicas apresentam um quadro clínico caracterizado por disfonia,

dispneia, dor, tosse e eventual perda de peso em pacientes que, frequentemente, têm

histórico de tabagismo e etilismo.

Referência bibliográfica: ENOKI, A. M.; IMAMURA, R; TSUJI, D. H. Doenças benignas da

laringe. In: COSTA, S. S. (Coord.). PRO-ORL Programa de Atualização em

Otorrinolaringologia: Ciclo 4, módulo 4. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 85-128.

Questão 12 - Paciente do sexo masculino, 14 anos, com queixa de dor de garganta intensa

há um dia e febre alta (38,5ºC). Fez uso de anti-inflamatório não hormonal na noite anterior

à consulta, sem melhora. Tem história de faringotonsilite de repetição (7 episódios em

2017). Ao exame físico, apresenta-se com voz empastada e temperatura axilar de 38,7ºC. À

oroscopia, apresenta orofaringe e palato mole bem hiperemiados e congestos, tonsilas

palatinas hiperplásicas com pontos purulentos. Palpação cervical com gânglios

submandibulares aumentados e dolorosos à manipulação.

A partir do conhecimento sobre faringotonsilites e das informações descritas no caso

clínico é correto afirmar que:

A) A principal hipótese diagnóstica deste caso é de Faringotonsilite viral.

B) Solicitar cultura e aguardar o resultado para tratar o quadro infeccioso.

C) A principal hipótese diagnóstica deste caso é de Faringotonsilite bacteriana

estreptocócica.

D) Encaminhar o paciente para um serviço que disponha do teste rápido de detecção

estreptocócica.

E) Iniciar tratamento sintomático com medicação analgésica e antitérmica apenas.

Resposta correta: letra C

Comentário: Sintomatologia característica de odinofagia intensa de início súbito, febre alta,

gânglios cervicais anteriores dolorosos, ausência de sinais e sintomas virais (coriza,

obstrução nasal, espirros, tosse, rouquidão, aftas, sintomas gastrointestinais). Ou seja, o

paciente apresenta sinais preditivos de possível infecção bacteriana estreptocócica. Neste

caso, temos também 5 critérios presentes do Índice estreptocócico (idade entre 5 e 15 anos,

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febre maior ou igual a 38,3ºC, linfadenopatia cervical, exsudato, edema ou eritema faríngeo,

ausência de sinais ou sintomas de uma infecção viral do trato respiratório superior).

A. ERRADA. Ausência de sinais preditivos de infecção viral. Os agentes virais são

largamente prevalentes nos dois ou três primeiros anos de vida e menos frequentes após a

puberdade. Neste caso, a presença de dois ou mais “critérios Centor” (febre acima de 38ºC,

ausência de tosse, linfonodomegalia cervical anterior dolorosa e exsudato tonsilar) fornece

uma indicação da probabilidade de uma faringite ser causada por infecção bacteriana.

B. ERRADA. A cultura é um exame possível para a avaliação do quadro, mas não é

imprescindível para iniciar o tratamento do quadro infeccioso. É o exame padrão para o

diagnóstico de amigdalite bacteriana; porém, a demora dos resultados (geralmente mais de

48 horas) limita sua utilidade como primeiro exame.

D. ERRADA. Assim como a cultura, o teste de detecção rápida não é imprescindível para a

condução deste caso clínico (altamente característico de infecção bacteriana

estreptocócica). Neste caso, a presença de dois ou mais “critérios Centor” (febre acima de

38ºC, ausência de tosse, linfonodomegalia cervical anterior dolorosa e exsudato tonsilar),

torna dispensável o teste de detecção rápida. Os critérios Centor fornecem uma indicação

da probabilidade de uma faringite ser causada por infecção bacteriana.

E. ERRADA. A ausência dos sinais preditivos de infecção viral, a presença de dois ou mais

“critérios Centor” (febre acima de 38ºC, ausência de tosse, linfonodomegalia cervical anterior

dolorosa e exsudato tonsilar), torna dispensável o teste de detecção rápida e já permite o

início de antibioticoterapia para faringotonsilite bacteriana.

Referência bibliográfica: ALMEIDA, E. R.; GRASEL, S. S.; BECK, R. M. O. Up-to-date em

doenças do Anel Linfático de Waldeyer. In: COSTA, S. S. (Coord.). PRO-ORL Programa de

Atualização em Otorrinolaringologia: Ciclo 5, módulo 1. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 87-

133.

Questão 13- A forma mais frequente de hérnia de disco é a lombar, que pode provocar

lombalgia e dor ciática.

Sobre a hérnia de disco lombar, afirma-se que:

A) em geral, os níveis mais afetados são L4-L5 e L5-S1.

B) as raízes L4 e S1 são envolvidas com mais frequência.

C) é frequente a queixa de dor que piora à noite, mesmo dormindo.

D) a Síndrome da Cauda Equina é grave repercussão, ocorrendo em cerca de

20% dos casos.

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E) o tratamento cirúrgico, nos casos de lombociatalgias, deve ser a primeira

opção.

Resposta correta: letra A

Comentário: B (errada) As raízes L5 e S1 são as envolvidas com maior frequência.

C (errada) Dor que piora à noite, mesmo dormindo é sugestiva de processo

infeccioso ou neoplásico.

D (errada) Em cerca de 1 a 2% das hérnias o núcleo rompe o ânulo na região

central, comprimindo diversas raízes da cauda equina.

E(errada) O tratamento conservados, nos casos de lombociatalgias deve ser a

primeira opção, devendo-se insistir nele por 6 a 8 semanas antes de pensar em cirurgia.

Referência bibliográfica: HEBERT, S.; XAVIER, R. Ortopedia e traumatologia: princípios e

prática. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Capítulo 5.4)

Questão 14- A Artrite Séptica e a osteomielite são doenças que devem ser diagnosticadas e

tratadas o mais rápido possível.

Sobre as infecções osteoarticulares, afirma-se que:

A) a dor e limitação da mobilidade articular surgem lenta e gradualmente nos casos

de artrite séptica.

B) a artrite séptica e osteomielite apresentam sinais e sintomas muito semelhantes

nas fases iniciais.

C) para o tratamento das artrites sépticas, recomenda-se as punções de

esvaziamento repetidas, promovendo uma lavagem eficiente da articulação.

D) a osteomielite hematogênica aguda inicia-se na região diafisária dos ossos

longos, em decorrência da alta vascularização e da circulação capilar término-

terminal.

E) uma vez que as radiografias não detectam alterações ósseas precoces, solicita-

se rotineiramente o exame de ressonância magnética para o diagnóstico das

osteomielite agudas.

Resposta correta: letra B

Comentário: A (correta) A dor é sempre muito intensa e a limitação da mobilizada articular

uma das primeiras queixas. C(errada) Não se recomenda as punções de esvaziamento

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repetidas, pois não promovem uma lavagem eficiente e não podem ser retirados os grumos

e o material necrótico por uma agulha. A artrotomia permite lavar de forma cuidadosa e

exaustiva a articulação, retirando todo o material purulento e necrótico. D (errada) A região

metafisária de ossos longos é especialmente mais vascularizada, onde há circulação capilar

término-terminal, em que pequenos êmbolos bacterianos não prosseguem na circulação,

ocasionando o foco infeccioso inicial. E (errada) Não são detectadas alterações ósseas

locais nos primeiro 5 a 7 dias, através das radiografias. A ressonância magnética tem

qualidade de imagem excelente, principalmente para partes moles adjancentes ao osso,

mas não é um exame de rotina.

Referência bibliográfica: HEBERT, S.; XAVIER, R. Ortopedia e traumatologia: princípios e

prática. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Capítulo 29)

Questão 15- Paciente do sexo feminino, 27 anos, comparece ao consultório relatando cistite

bacteriana recorrente, relata ter tido 3 episódios nos últimos 6meses.Informa que infecções

aumentaram de frequência após ter se casado fato que ocorreu há 9 meses .Nega outras

comorbidades ou cirurgias prévias.

Qual é a melhor conduta neste caso?

A) Orientar que o marido da paciente procure o urologista, pois há um risco alto de

transmissão bacteriana via relação sexual.

B) Colher urina para realização de cultura com antibiograma e Iniciar ciprofloxacin

oral mantendo durante 14 dias.

C) Indicar a realização de uma cistoscopia e iniciar o uso de nitrofurantoína

profilática.

D) Realizar um exame de imagem do trato urinário e iniciar uma profilaxia com

antibiótico pós coito( pós relação sexual).

E) Indicar o uso de estrógeno vaginal durante 03 semanas e avaliar o trato urinário

com exame de imagem.

Resposta correta: Letra D.

Comentário: Paciente apresenta cistite de repetição provavelmente relacionada com

aumento das relações sexuais pós o casamento. Nos casos de ITU recorrente sempre

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devemos fazer uma avaliação do trato urinário com exames de imagem para afastarmos

situações que possam necessitar de tratamento cirúrgico.

Referências bibliográficas: Urologia Geral de Smith 16º edição - Urologia Prática-Nelson

Rodrigues Netto Júnior

Questão 16- Criança de quatro anos com diagnóstico de asma, em uso de corticoide

inalatório de dose considerada baixa (spray), com espaçador. A criança se manteve estável

e com controle das crises nos último meses, porém no último mês, apresentou piora dos

sintomas: tosse a noite, prejudicando o dormir, sintomas ao exercício físico com

necessidade de usar neta-2-agonista de ação curta para o resgate, com duração das crises

de ate 3 dias. Neste último mês a criança foi passar as férias com a avó com mora no

interior de Minas Gerais, essa avó refere estar mantendo o o tratamento da criança de forma

regular, todos os dias.

Qual a conduta mais adequada no caso?

A) Verificar a aderência ao tratamento, a técnica do uso do spray e o controle do

ambiente (tabagismo passivo, limpeza da residência, entre outros).

B) Aumentar a dose do corticoide inalatório para dose alta e reavaliar de 4 a 6

semanas.

C) Solicitar exames para investigar possíveis complicações como rinossinusite, refluxo

gastroesofágico, infecções.

D) Manter a dose da medicaçao e iniciar agente beta-2-agonista de açao longa,

conforme recomendam os consensos para tratamento da asma.

E) Manter o tratamento e reavaliar de 4 a 6 semanas.

Resposta correta: letra A

Comentário: De acordo com o GINA entre os parâmetros a serem observados durante o

acompanhamento da criança em uso de corticoides inalatórios que evoluem para crises

recorrentes após período com bom controle está a verificação da adesão ao tratamento, a

técnica usada e o controle do ambiente.

Referência bibliográfica: GINA, 2017

Questão 17- Uma criança de 4 anos e 5 meses chega a UBS – Unidade Básica de Saúde

com queixa de tosse e dificuldade respiratória, com frequência respiratória de 45 irpm e

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febre termometrada de 38,5°C. O médico assistente faz o diagnóstico de pneumonia

adquirida na comunidade e inicia tratamento com amoxicilina solicitando que a criança

retorna para avaliação em 48 horas. A mãe retorna após 48 horas com a criança

apresentando manutenção dos sintomas iniciais, aumento do esforço respiratório, com

tiragem subcostal e um pouco de dificuldade em ingerir liquido.

Qual a melhor conduta no caso acima?

A) Aumentar a dose da medicação amoxicilina e rever em 24 horas,

B) Encaminhar a criança ao serviço hospitalar e providenciar internação com uso de

antibiótico venoso.

C) Trocar o antibiótico por amoxicilina + clavulanato e iniciar com nebulização com

salbutamol.

D) Providenciar acesso venoso na criança e fazer reposição volêmica na própria

unidade, mantendo o antibiótico oral,

E) Prescrever penicilina intramuscular e acompanhar a criança diariamente.

Resposta correta: letra B

Comentário: De acordo com o documento científico expedido pela SBP – Sociedade

Brasileira de Pediatria, sobre o tratamento de crianças com pneumonias, crianças com

sinais de gravidade apresentam critérios de internação e utilização de antobioticoterapia

venosa.

Referência bibliográfica: Pediatria Ambulatorial, 5Ed. Belo Horizonte, COOPMED,

2013.Capítulo 48. Págs. 643-656

Questão 18- Em crianças a identificação precoce de neoplasias pode determinar os

melhores prognósticos, dessa forma entende-se que a possibilidade de exames que possam

sugerir o diagnóstico é de vital importância. Em determinadas neoplasias alguns exames

laboratoriais específicos podem contribui para o diagnóstico.

Em relação a esses exames, numere a primeira coluna de acordo a correspondência

com a segunda coluna.

1. Velocidade de hemossedimentaçao (VHS).

2. Acido vanilmandélico urinário.

3. Alfa-feto proteína.

4. Sulfato de dehidroepiandosterona (DHEA-S).

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5. Gonadotrofina corionica humana (BetaHCG) e alfa-feto proteína.

( ) Hepatoblastoma.

( ) Carcinoma de supra-renal.

( ) Linfoma de Hodgkin.

( ) Tumor de células germinativas.

( ) Neuroblastoma.

Assinale a alternativa que apresenta a numeracao correta da primeira com a segunda

coluna, de cima para baixo.

A) 2–4–3–1–5.

B) 4–2–5–3–1.

C) 3–4–1–5–2.

D) 1–3–2–5–4.

E) 5–1–3–2–4.

Resposta correta: letra C

Comentário: a identificação precoce de tumores em crianças são de grande importante em

relação ao prognóstico da doenças, é sabido que a alfa-feto proteina está aumentada no

hepatoblastoma, DHE-A no carcinoma de supra-renal, VHS no hepatoblastoma, BHC-G nos

tumores de céulas germinativas e o ácido vanililmandélico no neublastoma.

Referências bibliográficas: Doenças neoplásicas da criança e da adolescência, Ed.

Manole, 1 Ed. 2011, São Paulo – Cap. 1 – Pags 3-19

Questão 19- Lactente de dois meses, com histórico de uso de fórmula infantil de forma

esporádica nos primeiros dias de vida, está em aleitamento materno exclusivo. Apresenta

quadro de lesões de pele tipo eczema e diarreia sanguinolenta. Ao exame físico apresenta

eutrófico, com bom desenvolvimento pondo-estatural. Ao toque retal NÃO se observa

sangue tipo geleia.

O diagnostico e a conduta adequada sao:

A) fenilcetonúria / fórmula sem fenilalanina

B) galactosemia / suspender a amamentaçao

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C) intolerancia a lactose / fórmula sem lactose

D) intussucepção intestinal / suspender a dieta

E) alergia a proteína do leite de vaca / amamentaçao exclusiva

Resposta correta: letra E

Comentário: A alergia a proteína do leite de vaca é uma reaçao adversa a proteína

existente no leite de vaca, que envolve mecanismos imunológicos. Pequenas quantidades

de proteína do leite de vaca podem estar presentes no leite de mulheres que ingerem leite

de vaca, provocando colite e eczema na criança, mesmo que ela esteja em alei- tamento

materno exclusivo. Desse modo, o diagnóstico mais provável no caso em discussao é

alergia a proteína do leite de vaca, sobretudo porque a criança usou fórmula de leite de vaca

nos primeiros dias de vida. A conduta recomendada é manter o aleitamento materno

exclusivo com eliminaçao estrita da proteína do leite de vaca da dieta da mae.

Referências bibliográficas: Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 -

Diagnóstico, tratamento e prevençao. Documento conjunto elaborado pela Sociedade

Brasileira de Pediatria e Associaçao Brasileira de Alergia e Imunologia

Questão 20- Um menino de 8 anos é levado a UBS – Unidade Básica de Saúde devido a

queixa de dor abdominal importante e recorrente nos últimos 6 meses, no momento

apresentando faces de dor e inapetência. A família relata que a criança tem hábito alimentar

ruim e que evacua uma a duas vezes por semana, as fezes são grossas, duras, volumosas

e quase sempre a evacuação é dolorosa. Ao exame físico apresenta peso e altura

adequados para a idade, no percentil 50, e ao exame apresenta massa fecal em fossa ilíaca

esquerda, sem outras anormalidades.

Assinale a alternativa que mais corresponde ao diagnóstico mais provável neste caso.

A) Constipaçao aguda.

B) Constipaçao cronica funcional.

C) Doença péptica gastroduodenal da infancia.

D) Doença celíaca.

E) Síndrome do intestino irritável.

Resposta correta: letra B

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Comentário: Criança com sinais de constipação crônica observada devido a fezes grossas,

duras e com evacuação dolorosa, hábito fisiológico ruim, observado há mais de 6 meses. Ao

exame não apresenta sinais e sintomas de abdome cirúrgico.

Referência bibliográfica: Pediatria Ambulatorial, 5Ed. Belo Horizonte, COOPMED,

2013.Capítulo 48. Pags.529-543

Questão 21- As dermatites de contato geralmente aparecem como erupção eczematosa

causado pelo contato com variadas substâncias.

Considerando as dermatoses da faixa etária pediátrica, identifique as alternativas

abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F).

( ) A dermatite de fraldas é uma forma frequente de dermatite por irritante primário.

( ) A dermatite de contato alérgica é considerada uma reaçao alérgica tipo I.

( ) Na regiao perioral ocorre dermatite de contato por irritante primário pela saliva.

( ) Na dermatite por irritante primário é necessária a sensibilizaçao prévia.

Assinale a alternativa que apresenta a sequencia correta, de cima para baixo.

A) V – V – F – F

B) V – F – V – F

C) F – F – F – V

D) V – V – V – V

E) F – V – F – F

Resposta correta: letra B

Comentário: A dermatite das fraldas ocorre frequentemente por irritante primário, como os

materiais que compõem as fraldas descartáveis, a dermatite de contato é considerada uma

reação alérgica tipo II, na dermatite peri-oral o principal irritante primário é a saliva, na

dermatite por irritante primário não necessita de sensibilização prévia.

Referência bibliográfica: Pediatria Ambulatorial, 5Ed. Belo Horizonte, COOPMED, 2013.

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Questão 22- Criança de 3 anos é trazida a UPA – Unidade de Pronto Atendimento,

apresenta quadro de febre irregular persistente, emagrecimento progressivo, palidez

cutaneo-mucosa, hepatoesplenomegalia, comprometimento do estado geral, perda de peso,

anorexia e palidez. O médico assistente avalia, identifica a causa e realiza o tratamento

adequado.

Em relação ao quadro podemos afirmar que:

A) trata-se de quadro de leishimaniose em período inicial e a proposta de tratamento

deve ser proposto ambulatorialmente,

B) trata-se de quadro de leishimaniose período final e neste caso está indicado a

internação em UTI -Unidade de Tratamento Intensivo,

C) trata-se de quadro de leishimaniose período estado e que o tratamento pode ser

realizado ambulatorialmente.

D) trata-se de criança com quadro de leishimaniose período de estado é há

necessidade de internação pois o escore de gravidade é maior que 4.

E) Trata-se de caso de esquistossomose com necessidade de internação devido a

hepatopatia.

Resposta correta: letra C

Comentário: De acordo com o protocolo do Ministérios da Saúde crianças com, febre

irregular persistente, emagrecimento progressivo, palidez cutaneo-mucosa, aumento da

hepatoesplenomegalia, comprometimento do estado geral ,perda de peso, anorexia,

acentuação da palidez são consideradas como período de estado, o mesmo protocolo

esclarece que o tratamento hospitalar só deve ser estabelecidos com há critérios de

gravidade.

Referência bibliográfica: Manual de Vigilancia e Controle da Leishmaniose Visceral, 1a

ediçao 5a reimpressao, Brasília – DF 2014.

Questão 23- Criança de 5 anos é trazida ao atendimento médico em bom estado geral, por

estar apresentando tumoração cervical de aparecimento há aproximadamente 10 dias, ao

exame local identifica lesão tumefeita, medindo aproximadamente 1,5 cm em seu maior

diâmetro, móvel e não coalescente. O médico realiza exames laboratoriais iniciais e não

identificou nenhuma alteração importante exceto por uma eosinofilia relativa.

Diante do quadro acima qual a melhor conduta médica?

A) Iniciar com antibiótico por se tratar de quadro infeccioso,

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B) Encaminhar a criança para realização de ultrassonografia devido ao risco de

gravidade,

C) Encaminhar para avaliação de cirurgião com objetivo de realizar punção com agulha

e avaliação anatomopatológica,

D) Encaminhar para exérese da tumoração e avaliação anatomopatológica,

E) Conduta expectante por se tratar de provável linfonodo reacional.

Resposta correta: letra E

Comentário: Cerca de 40% das crianças na primeira infância irão apresentar

linfonomegalias, sem maiores complicadores. O caso não mostra á avaliação médica

alterações que possam sugerir gravidade, nestes casos a conduta deve ser expectante.

Referência bibliográfica: Pediatria Ambulatorial, 5Ed. Belo Horizonte, COOPMED,

2013.Capítulo 48. Pags.529-543

Questão 24 - Dentre os tumores ginecológicos, os de origem ovariana representam uma

categoria especial, já que são aqueles dispostos entre uma enorme diversidade, aos quais

constam tipos tumorais, tumores benignos, de baixo potencial de malignidade e malignos.

Em relação ao Ca de ovário, assinale a alternativa correta:

A) pode ser diagnosticado de forma precoce, caso de utilize a combinação entre a

ultrassonografia e os marcadores tumorais

B) a principal via de disseminação tumoral é a linfática, constante entre a pélvica e

para-aórtica

C) os tumores germinativos representam a maioria dos casos, ocorrendo somente nas

duas primeiras décadas de vida

D) o sinal clínico mais comumente encontrado é a presença de massa abdominal, de

tamanhos variados

E) a utilização de marcadores tumorais auxilia na detecção precoce, possibilitando a

realização do rastreio

Resposta correta: letra D

Comentário: Não há como rastrear, com os métodos hoje existentes, os cânceres de

ovário. Esses tumores apresentam disseminação rápida e precoce, via contiguidade intra-

abdominal.

Page 22: 8ª FASE- PROVA REGULAR Questão 1- · Que exame você deverá solicitar para confirmar a sua hipótese diagnóstica? A) Dosagem de DHL e bilirrubinas B) Endoscopia digestiva alta

Referência bibliográfica: Câncer de Ovário. Tratado de Ginecologia do NOVAK.

Questão 25 - Dentre os tumores ginecológicos, as neoplasias malignas do corpo uterino

podem ser entendidas como indicadores de qualidade de assistência médica. Em países

onde a assistência é considerada adequada, sua incidência ultrapassa, em muito, à dos

tumores malignos do colo uterino.

Em relação ao câncer do endométrio, assinale a alternativa correta:

A) o uso dos contraceptivos com estrogênio aumentam sua incidência

B) a TH (terapia hormonal climatérica) combinada é um fator de proteção

C) sua incidência tem diminuído ao longo dos anos

D) o tipo II, senil, é o mais prevalente

E) apresenta massa pélvica como sinal precoce

Resposta correta: letra B

Comentário: A associação estro-progestínica é protetora, levando a uma redução na

incidência. Isso vale, também, para o uso de contraceptivos hormonais combinados.

Referência bibliográfica: Terapia Hormonal Climatérica. Tratado de Ginecologia do

NOVAK.

Questão 26 – Estima-se que cerca de 80% das pessoas já tenham tido contato com o

toxoplasma. Sua importância clínica maior se dá quando da infecção de uma mulher durante

o período gestacional.

Sobre o rastreio da toxoplasmose na gestação, assinale a alternativa correta, de

acordo com o Ministério da Saúde do Brasil:

A) está justificado em todas as situações, mesmo em gestantes já comprovadamente

infectadas em gravidezes anteriores

B) deve ser solicitado, por 3 vezes, ao longo da assistência pré-natal, nos casos de

susceptibilidade

C) a infecção fetal é mais prevalente no início, quando comparado ao final da gestação

D) o tratamento proposto não leva a níveis terapêuticos no feto, sendo eficaz somente

para a terapêutica materna

E) a transmissão fetal ocorrerá em todos os casos de infecção materna no primeiro

trimestre gestacional e somente em cerca de 20% ao final

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Resposta correta: letra B

Comentário: O rastreio deve ser iniciado com o teste rápido, assim que se confirmar a

gestação, Para as gestantes susceptíveis estará indicado sua repetição no início do 2o e 3o

trimestres.

Referência bibliográfica: Caderno 32 do MS.

Questão 27 - Várias são as situações em que podem levar a um excesso na liberação da

prolactina hipofisária.

Relativo à hiperprolactinemia, assinale a alternativa correta:

A) pode não levar à galactorreia, em alguns casos

B) levará à compressão do quiasma óptico, sempre

C) necessitará de tratamento cirúrgico, em casos de adenoma hipofisário

D) levará, sempre, a um distúrbio menstrual

E) sempre que houver galactorreia, os níveis de prolactina estarão elevados

Resposta correta: letra A

Comentário: Somente cerca de 30% das hiperprolactinemias cursam com galactorreia.

Somente cerca de 30% das galactorreias cursam com amenorreia. Há 3 tipos distintos de

prolactina. Somente um deles é mensurável clinicamente.

Referência bibliográfica: Hiperprolactinemia e Galactorreia. Tratado de Ginecologia do

NOVAK.

Questão 28 - Poucas são as patologias que acometem as gestantes que levam a tantas

complicações maternas e fetais como o diabetes.

O diagnóstico do diabetes induzido pela gestação pode ser obtido pelo exame:

A) glicemia de jejum no início da gestação

B) glicemia pós-dextrosol no início da gestação

C) teste de O’Sullivan após a 24 semana de gestaçao

D) hemoglobina glicosidada após a 24 semana de gestação

E) 02 glicemias de jejum alteradas no início da gestação

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Resposta correta: letra C

Comentário: O GPD com 75g de dextrosol deve ser realizado a todas as gestantes entre a

24a e 28a semanas de gestação, quando elas apresentarão o pico de um hormônio

contrainsulinar, o HPL.

Referência bibliográfica: Caderno 32 do MS.

Questão 29 - Desde 1999, a quimioirradiação faz parte do arsenal terapêutico das pacientes

portadoras de Ca de colo uterino invasor.

A quimioirradiação no Ca de colo uterino está indicada nas seguintes situações:

A) como terapêutica exclusiva para os estadiamentos III e IV

B) como adjuvante nos estadios pré-invasivos

C) após tratamento cirúrgico nos estadios IIIB

D) quando houver linfonodos excisados

E) nos casos de tumores epidermoides

Resposta correta: letra A

Comentário: O câncer do colo uterino se enquadra dentre os tumores cujo estadiamento é

clínico. Desta forma, a terapêutica cirúrgica está indicada somente nos estadios iniciais e,

em situações raras de estadiamentos IVa, que não tenham acometimento parametrial.

Referência bibliográfica: Câncer do Colo Uterino. Tratado de Ginecologia do NOVAK.

Questão 30 - O câncer do colo uterino é o que mais acomete as mulheres em idade

reprodutiva, levando a consequências sobre o futuro reprodutivo e endócrino dessas

mulheres.

Em relação à vacinação contra o vírus do HPV, assinale a alternativa correta:

A) a bivalente protege somente contra os vírus que causam o condiloma

B) a tetravalente deve ser aplicada em apenas 02 doses

C) a vacinação modifica a periodicidade da coleta da colpocitologia

D) está indicada para somente meninas entre 9 e 13 anos de idade

E) os índices de efeitos colaterais graves estão levando a interrupções na vacinação

Resposta correta: letra B

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Comentário: A vacina tetravalente atua sobre os tipos virais 6, 11, 16, 18, do HPV. Está

indicada em duas doses, 0 e 6 meses, somente.

Referência bibliográfica: Câncer do colo uterino. Tratado de Ginecologia do NOVAK.

Questão 31 – Qual tipo de erro médico (modalidade de culpa) infringida quando uma recém-

nascido sofre complicações clínicas devido o pediatra não conseguir prestar atendimento

médico adequado, porque assumiu sozinho o cuidado de quatro salas de parto?

A) Acidente imprevisível

B) Imperícia

C) Imprudência

D) Negligência

E) Não ocorreu erro nessa situação

Resposta correta: letra C

Comentário: No artigo 951, o novo Código Civil define que em particular o médico que

causar, por imperícia, imprudência ou negligência, a morte do paciente, agravar-lhe o mal,

causar-lhe lesão ou inabilitá-lo para o trabalho, está obrigado a reparar o dano causado. Na

modalidade de culpa imprudência, o médico assume uma conduta sem observar os

cuidados necessários à realização do ato, agindo com pressa, precipitação, arrojo e

ausência de ponderação. Essa temeridade significa pouca consideração pelo melhor

interesse alheio.

Erro Médico

Questão 32 – Médico do serviço público emite Declaração de Óbito para paciente idoso (88

anos) que morreu logo após a admissao no pronto socorro. Os familiares diziam “papai

nunca foi ao médico, pois nunca adoeceu”. Na avaliaçao inicial considerou causa natural por

não existir nenhum sinal externo de violência. Posteriormente, por denúncia, surge suspeita

de que se tratava de envenenamento. Sobre as consequências legais e éticas para esse

médico é correto afirmar:

A) Ao constatar o óbito e emitir a DO, o médico deve proceder um cuidadoso exame

externo e laparotomia no cadáver, a fim de afastar qualquer possibilidade de causa

externa.

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B) Como o médico nao acompanhou o paciente e nao recebeu informações sobre essa

suspeita, nao tem, portanto, responsabilidade sobre as informações registradas na

DO.

C) No campo referente a assistência médica, deve-se anotar “óbito com assistência

médica”, pois o falecido está sendo atendido neste momento por um médico.

D) Se houver exumaçao e a denúncia de envenenamento vier a ser comprovada, o

médico será responsabilizado por erro, pois não considerou esta hipótese na DO.

E) O preenchimento do campo “Descriçao sumária do evento, incluindo o tipo de local

de ocorrência” da DO deve conter os dizeres “nao há sinais externos de violência”,

pois isto fortalece a isenção do médico quanto a responsabilidade perante a justiça.

Resposta correta: letra E

Comentário: Ao constatar o óbito, primeiro, deve-se verificar se a causa da morte é natural

ou externa. Se a causa for externa, o corpo deverá ser encaminhado ao IML. Se for morte

natural, o médico deve esgotar todas as possibilidades para formular a hipótese diagnóstica,

inclusive com anamnese e história colhida com familiares. Caso persista dúvida e na

localidade exista SVO, o corpo deverá ser encaminhado para esse serviço. Caso contrário,

o médico deverá emitir a DO esclarecendo que a causa é desconhecida. O médico deve

proceder a um cuidadoso exame externo do cadáver, a fim de afastar qualquer possibilidade

de causa externa. Como o médico nao acompanhou o paciente e nao recebeu informações

sobre essa suspeita, nao tendo, portanto, certeza da causa básica do óbito, deverá anotar,

na variável causa, “óbito sem assistência médica”. Assim, mesmo se houver exumaçao e a

denúncia de envenenamento vier a ser comprovada, o médico estará isento de

responsabilidade perante a justiça se tiver anotado, na DO, no campo apropriado, “nao há

sinais externos de violência” (campo “Descriçao sumária do evento, incluindo o tipo de local

de ocorrência” da Declaraçao de Obito).

Responsabilidade profissional do médico

Questão 33 – Mulher de 40 anos, com histórico de aneurisma da artéria cerebral média e

nevralgia do nervo trigêmio, em uso regular de clonazepan (2mg, uma vez ao dia; as 20h) e

morfina (10mg, 4/4 horas). Internada na unidade de terapia intensiva as 20 horas de ontem,

com registro de atendimento domiciliar pelo SAMU as 16h do mesmo dia, onde foi

“encontrada desacordada”. Tomografia computadorizada de encéfalo evidenciou extenso

acidente vascular hemorrágico. Exame neurológico realizado no momento da admissão

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detectou coma aperceptivo, com ausência de resposta motora supra-espinhal e apneia. A

família questiona sobre morte encefálica e demonstram interesse em doação de órgãos.

Dados farmacológicos: morfina (T1/2 = 4h); clonazepam (T1/2 = 24h). T1/2 = meia vida

A) Após o diagnóstico de morte encefálica, o suporte avançado de vida (exemplos:

ventilação mecânica e drogas vasoativas) precisa ser mantido nos casos de

contraindicação da doação ou na negativa da família, pois judicialmente, esta

suspensão é considerada como eutanásia.

B) A partir da admissão da paciente acima, serão necessárias 48 horas sem drogas

depressoras do sistema nervoso central, para se iniciar o protocolo de diagnóstico de

morte encefálica.

C) A notificação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para

Transplante precisa de autorização da diretoria clínica do hospital.

D) O intervalo entre os testes clínicos-neurológicos para diagnóstico de morte encefálica

no presente caso é de 24 horas.

E) Visando a desburocratização do processo, atualmente, as equipes médicos-

cirúrgicas de remoção e transplante podem realizar transplante ou enxertos de

tecidos, órgãos ou partes de corpo humano sem autorização prévia pelos órgãos de

gestão nacional do Sistema Único de Saúde.

Resposta correta: letra B

Comentário: A remoção de órgãos para fins de transplante pela legislação brasileira (LEI

9434 de 04 de fevereiro de 1997; Lei 10.211, de 23 de março de 2001 e Res. CFM nº

1931/2009) somente é permitida após a cessação de todas as funções cerebrais, incluindo

as do tronco cerebral. O diagnóstico de morte encefálica segue critérios bem definidos e não

cabe discussão de transplante de órgãos quando esses critérios não são atendidos. A

suspensao de medicações sedativas e hipnóticas é um pré-requisito essencial para iniciar o

protocolo de morte encefálica, uma vez que essas drogas podem confundir o exame clínico.

A suspensao deve levar em consideraçao a meia-vida das drogas. De uma maneira geral,

medicamentos que foram administrados em dose única ou de forma intermitente (< 3 doses

nas últimas 24h), necessita de intervalo de três vezes a meia-vida e drogas administradas

em infusao contínua ou com mais de 3 tomadas nas últimas 24h necessita de intervalo de

cinco vezes a meia-vida. O medicamento com a maior meia vida no caso é o clonazepam.

Considerando 3 meias vidas devido

ser dose única 24h x 3 = 72 h, subtraindo as 24h da última dose (provavelmente no dia

anterior da admissão), observamos a resposta de 48h.

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A notificação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para

Transplante é realizada pela equipe que diagnostica a morte encefálica, sem necessidade

de autorização da diretoria clínica do hospital. Já o intervalo entre os testes clínicos-

neurológicos para diagnóstico de morte encefálica é de dependente da idade do paciente,

sendo 6 horas para os indivíduos com mais de 2 anos de idade. Após o diagnóstico de

morte encefálica, a suspensão do suporte avançado de vida (exemplos: ventilação mecânica

e drogas vasoativas) devido contraindicação da doação ou negativa da família está

respaldado pela legislação vigente.

As equipes médicos-cirúrgicas de remoção e transplante só podem realizar transplante ou

enxertos de tecidos, órgãos ou partes de corpo humano na presença de autorização prévia

pelos órgãos de gestão nacional do Sistema Único de Saúde.

Doação de órgãos para transplante

Questão 34 – Mulher de 58 anos com história de tabagismo, 60maços/ano. Ela se queixa

de fadiga e dispneia aos mínimos esforços além de uma tosse produtiva pela manhã.

Qual dos seguintes é o achado mais provável nessa paciente?

A) Capacidade normal de difusão de monóxido de carbono

B) Volume residual diminuído

C) VEF1 normal ou levemente aumentado

D) VEF1/CVF diminuída

E) CVF diminuída

Resposta correta: letra D.

Comentário: Essa paciente provavelmente tem DPOC, com base na história de tabagismo

e nos sintomas. Uma diminuição na relação VEF1/CVF é marco de vias áereas. O VEF1

diminui nas doenças pulmonares obstrutivas e restritivas. A capacidade de difusão é

normalmente reduzida na DPOC e na doença pulmonar restritiva intrínseca.

Referência bibliográfica: Gusso G; Lopes J. M. C Tratado de Medicina de Família e

Comunidade. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012. Cecil. Tratado de Medicina Interna.

24ª ed. Rio de. Janeiro:Elsevier, 2014.

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Questão 35 – Paciente, L.M.R, sexo feminino, 30 anos, com tireoidite de Hashimoto, tem

diagnóstico de hipotireoidismo há 5 anos e faz uso de levotiroxina 100mcg/dia. Queixa-se de

unhas fracas e queda de cabelo, sem outros sintomas mais relevantes. Ao exame: Peso:

55Kg, altura: 158cm, IMC: 22, Exame fisico: tireoide lisa, macia, exames segmentar sem

particularidades. Exames: TSH: 6,3mUI/L e T4livre: 0,97 ng/dl

Com relação ao caso qual é a melhor abordagem inicial?

A) Aumentar dose de LT4 para 125mcg/dia

B) Pedir a dosagem dos anticorpos antitireoglobulinas e antiperoxidase

C) Reduzir a dose para 75mcg

D) Certifique-se de que a paciente está fazendo uso correto da LT4 diariamente

E) Não modificar a dose, pois é terapêutica e a doença está bem controlada

Resposta correta: letra D.

Comentário: Como a paciente já está usando uma dose de LT4 apropriada para seu peso

(aproximadamente 1,8mcg/kg/dia), antes de aumentar a dose da LT4 recomenda-se que se

descarte qualquer possível causa de má-absorção da LT4 ou má adesão ao tratamento.

Nessa situação, a dosagem dos anticorpos antitireoidianos não muda em nada a conduta

terapêutica; apenas confirma a etiologia autoimune no hipotireoidismo. Reduzir a dose de

LT4 só agravaria o quadro.

Referência Bibliográfica: Gusso G; Lopes J. M. C Tratado de Medicina de Família e

Comunidade. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012. Cecil. Tratado de Medicina Interna.

24ª ed. Rio de. Janeiro:Elsevier, 2014.

Questão 36 – Com relação as medicações que interferem na absorção da LT4, marque V

(verdadeiro) e F (falso).

( ) Fenitoína

( ) Omeprazol

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( ) Sulfato ferroso

( ) Carbonato de cálcio

Assinale a alternativa que representa a sequência correta:

A) F - V - V - V

B) V - F - V - F

C) F - F - V - V

D) V – V- F – V

E) F – F – F - V

Resposta correta: letra A

Comentário: A fenitoina aumenta o metabolismo hepático da LT4 pela enzima citocromo

P450. Todas as outras drogas interferem no metabolismo da LT4 e devem ser usadas em

horários diferentes.

Referência Bibliográfica: Gusso G; Lopes J. M. C Tratado de Medicina de Família e

Comunidade. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012. Cecil. Tratado de Medicina Interna.

24ª ed. Rio de. Janeiro:Elsevier, 2014.

Questão 37 – Sobre os órgãos e tecidos envolvidos na homeostase glicêmica.

Assinale a alternativa correta:

A) O fígado participa da captação de glicose estimulada pela insulina, tendo um papel

fundamental na homeostase glicêmica

B) A deficiência do transportador de glicose no tecido adiposo leva a uma resistência

leve a ação da insulina

C) O músculo esquelético é responsável pela maior parte do metabolismo da glicose

dependente da insulina

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D) A importância do fígado na homeostase glicêmica se dá principalmente no período

pós-prandial, quando os níveis de insulina estão baixos e a glicogenólise e

gliconeogênese hepática liberam glicose na circulação

E) Não há interferência da massa muscular na utilização da glicose

Resposta correta: letra C

Comentário: A primeira alternativa sobre os órgãos e tecidos envolvidos na homeostase

glicêmica é incorreta, dado que, apesar de ter um papel fundamental nesse processo, o

fígado não participa da captação de glicose. A segunda afirmativa é falsa, pois a deficiência

do transportador de glicose no tecido adiposo leva a uma resistência grave a ação da

insulina, e não leve. Finalmente, a quarta alternativa também é falsa, pois a importância do

fígado na homeostase glicêmica se dá especialmente no jejum, quando os níveis de insulina

estão baixos e glicogenólise e gliconeogênese hepática liberam glicose na circulação,

garantido substrato para os tecidos.

Referência Bibliográfica: Cecil. Tratado de Medicina Interna. 24ª ed. Rio de.

Janeiro:Elsevier, 2014.

Questão 38 – Mulher de 38 anos é diagnosticada com hipertensão em estagio I, e após

uma avaliação, não é notada nenhuma complicação. Tendo base seus conhecimentos qual

dos seguintes agentes anti-hipertensivos é considerado agente de primeira linha para essa

paciente.

Assinale a alternativa correta:

A) Vasodilatadores como hidralazina

B) Bloqueador do receptor de angiotensina

C) Agentes alfa-bloqueadores

D) Nitratos

E) Diuréticos tiazídicos

Resposta correta: letra E

Comentário: Os diuréticos tiazídicos, como hidroclorotiazida e clortalidona, geralmente são

considerados agentes de primeira linha no combate a hipertensão não complicada por

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causa de seus efeitos na diminuição do risco de morte por complicação cardiovascular e da

sua relação custo benefício.

Referência Bibliográfica: Gusso G; Lopes J. M. C Tratado de Medicina de Família e

Comunidade. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012. Cecil. Tratado de Medicina Interna.

24ª ed. Rio de. Janeiro:Elsevier, 2014.

Questão 39 – Considere as seguintes afirmativas a respeito do tratamento profilático da

migrânea:

I- Risco de Migrânea crônica é indicação de tratamento profilático

II – A preferência do paciente não pode ser levada em consideração na hora de se

optar por um tratamento profilático

III – O abuso de medicações abortivas podem induzir crises de cefaleia.

IV – O tratamento profilático é igual para todos, seguindo uma ordem pré-

determinada

V- Crise recorrente de Migrânea que interferem na qualidade de vida do individuo

Qual alternativa representa as afirmativas corretas?

A) Apenas I e III

B) Apenas I, III e V

C) Apenas I, II e III

D) I, II, III, IV e V

E) Apenas I e V

Resposta correta: letra B

Comentário: A preferência do paciente deve ser levada em consideração para se optar ou

não pelo tratamento profilático, deve ser escolhido levando em consideração as

comorbidades e não deve ser igual para todos.

Referência Bibliográfica: Gusso G; Lopes J. M. C Tratado de Medicina de Família e

Comunidade. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012. Cecil. Tratado de Medicina Interna.

24ª ed. Rio de. Janeiro:Elsevier, 2014.

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Questão 40- Um homem de 60 anos vem para consulta devido à tosse e à falta de ar. Tem

uma história de fumar 60 maços/ano e continua a fumar um maço por dia, mas relata que

nos últimos dois dias sua tosse aumentou, houve aumento no volume do escarro, além de

mudança da cor de branco para verde e teve de aumentar a frequência de uso do seu

inalador de salbutamol. Ao exame, apresenta-se em sofrimento respiratório importante,

diaforese e agitação. Sua temperatura é 37,9°C, sua pressão arterial é 80/60 mmHg, pulso

de 105 bpm, frequência respiratória de 36 irpm e saturação de oxigênio de 89% em ar

ambiente. Seu exame pulmonar é significativo por sibilos expiratórios difusos. Há sinais de

cianose em ponta de dedos.

Após análise do caso clínico, assinale a correta:

A) Os corticoides sistêmicos estão contra-indicado no curso da exacerbação

B) O uso de antibióticos está contra-indicado neste caso

C) Toda exacerbação de DPOC deverá ser tratada com broncodiladores de ação longa

D) Diante dos sinais clínicos devo considerar encaminhamento para centro de urgência

e emergência por necessidade de intubação orotraqueal de urgência

E) Devo considerar uma exacerbação de DPOC e minha conduta será tratar a

exacerbação com broncodilatador de ação curto, corticoides sistêmicos, antibiótico e

prevenir e reduzir complicações

Resposta correta: letra D.

Comentário: As exacerbações agudas de DPOC são comuns, geralmente se apresentam

com alteração no volume ou na coloração do escarro, tosse, sibilos e aumento da dispneia.

Deve-se avaliar a gravidade da exacerbação pela anamnese, exame fisico, determinação da

oxigenação e testes focalizados. O paciente em questão se encontra num quadro de

exacerbação de DPOC, com sinais clínicos de hipoxemia grave, instabilidade

hemodinâmica, preenchendo critérios para encaminhamento a centro de urgência e

emergência por possível desfecho desfavorável com intubação orotraqueal.

Referência Bibliográfica: Gusso G; Lopes J. M. C Tratado de Medicina de Família e

Comunidade. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2012. Cecil. Tratado de Medicina Interna.

24ª ed. Rio de. Janeiro:Elsevier, 2014.