A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

22
A ÉTICA SOBRE A EUTANÁSIA, DISTANÁSIA E A ORTOTANÁSIA: Uma reflexão frente ao princípio da autonomia e da vontade. Enfermagem 2015 - UEPA Tucuruí – Campus XIII

Transcript of A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Page 1: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

A ÉTICA SOBRE A EUTANÁSIA, DISTANÁSIA

E A ORTOTANÁSIA:

Uma reflexão frente ao princípio da autonomia e da vontade.

Enfermagem 2015 - UEPA Tucuruí – Campus XIII

Page 2: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Considerações iniciais: O que é a Eutanásia?;

Referências da Bioética;

Eutanásia quanto ao tipo de ação;

Eutanásia quanto ao consentimento do paciente;

O que é a Distanásia?;

O que é a Ortotanásia?;

Page 3: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia
Page 4: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

O que é Eutanásia?

É a prática pela qual

se abrevia a vida de

um enfermo incurável

de maneira controlada

e assistida por um

especialista. Prática

esta proibida no Brasil

e considerada homicídio.

Page 5: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Reflexão sobre a morte: A morte sempre existiu e sempre existirá entre

nós porque morrer é parte integral da vida e da existência humana, tão natural e previsível como nascer.

Por que, então, é tão difícil morrer?

Por que, na sociedade

moderna, a morte

transformou-se num

tema a ser evitado de

todas as maneiras?

Page 6: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Argumentos a favor: As pessoas que julgam a eutanásia um mal necessário

tem como principal argumento poupar o paciente terminal irreversível de seu sofrimento e aliviar a angústia de seus familiares.

São raciocínios que

participam na defesa da

autonomia absoluta de

cada ser individual, direito

a escolha pela sua vida e

pelo momento da morte.

Uma defesa que assume o interesse individual acima da sociedade que, nas leis e códigos, visa proteger à vida.

Page 7: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Argumentos contra: Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os

religiosos, éticos até políticos e sociais. Ponto de vista religioso: a eutanásia é tida como uma usurpação do direito á vida humana, ou seja só Deus pode tirar a vida de alguém.

Ponto de vista da ética

médica: tendo em conta o

juramento de Hipócrates,

segundo o qual considera a

vida como um dom sagrado,

sobre o qual o médico não pode

ser juiz da vida ou da morte de alguém.

Page 8: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

O dilema ético para os profissionais da área da saúde:

A eutanásia representa atualmente uma complicada questão de bioética e biodireito, pois enquanto o estado tem como princípio a proteção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado precário de saúde, desejam dar fim ao seu sofrimento antecipando a sua morte.

E nesse caso, como agir

perante o princípio de autonomia

do doente?

Como agir perante o direito

de viver?

Page 9: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Bioética É uma disciplina nova no campo da filosofia e surgiu

em função da necessidade de discutir moralmente o avanço tecnológico das ciências na área da saúde, bem como aspectos da relação de profissionais e pacientes.

A Bioética pode ser definida como “o estudo sistemático das visões morais, decisões, condutas e políticas das ciências da vida e cuidados com a saúde, empregando uma variedade de metodologias éticas em um ambiente multidisciplinar”.

Page 10: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Classificação da Eutanásia quanto ao tipo de ação:

Não se pensa em eutanásia sem lembrar do Código de Ética. Vale repensar a conduta questionando se estamos prestando assistência de enfermagem com qualidade ou se estamos apenas tendo ações piedosas e se tais ações se resume a um prolongamento desnecessário. O que nos faz repensar e colocar em dúvida alguns conceitos como o de vida ou morte no seu contexto dentro do aspecto de qualidade de vida e o morrer dignamente. Atualmente a eutanásia pode ser classificada de várias formas, de acordo com o critério considerado.

Page 11: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Eutanásia Ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos. Trata-se da ação pela qual se põe fim a vida de uma pessoa enferma, por um pedido do paciente ou a sua revelia. O exemplo típico seria a administração de uma overdose de medicamentos com a intenção de por fim a vida do enfermo. É também chamada de morte piedosa ou suicídio assistido. Refere-se ao profissional.

Page 12: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Eutanásia passiva ou indireta: a morte do paciente ocorre, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de medidas como suspender ou retirar a alimentação, a hidratação ou a oxigenação, com o objetivo de diminuir o sofrimento. Por exemplo a retirada de um equipamento essencial como um respirador em um paciente terminal, sem esperanças de vida. Refere-se ao profissional.

Page 13: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é acelerada como uma consequência indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal. Refere-se ao profissional.

Page 14: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Eutanásia voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente. Refere-se ao paciente.

Eutanásia involuntária: quando a morte é provocada contra a vontade do paciente. Refere-se ao paciente.

Eutanásia não voluntária: quando o paciente ou qualquer

responsável não é consultado ou não

manifesta qualquer posicionamento

sobre a decisão. Refere-se ao paciente.

Page 15: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia
Page 16: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

O que é a Distanásia? A distanásia é um termo pouco conhecido, porém, muitas vezes,

praticada no campo da saúde. É conceituada como uma morte difícil ou penosa, usada para indicar o prolongamento do processo da morte, por meio de tratamento que apenas prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida e sem dignidade. Também pode ser chamada de obstinação terapêutica.

Nesse sentido, enquanto, na eutanásia,

a preocupação principal é com a

qualidade de vida remanescente,

na distanásia, a intenção é de se fixar na

quantidade de tempo dessa vida e de

instalar todos os recursos possíveis para

prolongá-la ao máximo.

Page 17: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

O direito de morrer de

forma digna diz respeito

a uma morte natural, com

humanização, sem que

haja o prolongamento da

vida e do sofrimento,

através da instituição de

intervenções fúteis ou

inúteis, que se reporta à

distanásia.

Page 18: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia
Page 19: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

O que é a Ortotanásia?

A Ortotanásia é deixar que

o paciente siga seu caminho

natural para a morte sem

aumentar-lhe a vida de

forma artificial, ou seja,

apenas o acompanhamento

para que a morte seja menos

sofrível possível e de forma

natural.

Page 20: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Percepção do enfermeiro em relação à ortotanásia:

Na prática profissional, é necessário que se esteja atento ao compromisso de proporcionar uma morte digna, mantendo o paciente assistido e confortável.

Atualmente, a distanásia é um problema ético que interfere no desejo do paciente e da família, bem como no cotidiano dos profissionais da saúde, ignorando o momento de parar de se investir no tratamento. Em contraposição, na ortotanásia, o paciente deve ser atendido de maneira individualizada, sendo auxiliado em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais, respeitando seu tempo de vida.

Page 21: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Ortotanásia: significado do morrer com dignidade na percepção dos enfermeiros do

curso de especialização em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

Segundo a revista Bioethikos, os profissionais podem atuar de forma efetiva na fase da terminalidade junto à família e ao paciente, minorando, sobremaneira, o sofrimento. Cabe à equipe esclarecer as dúvidas, encorajar atitudes positivas; sobretudo, ser sincera e acessível.

A presença dos familiares é vista como importante não só para o paciente, mas também para aproximação dos profissionais em busca de um cuidar mais digno. Esses profissionais irão proporcionar um elo entre familiares e paciente, procurando atender aos seus anseios, medos e

angústias. Os familiares tornam-se agentes desse processo em sintonia com os profissionais.

Page 22: A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia

Obrigada pela atenção!