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A Incrível Transformação da Mulher Através da Maternidade · XfT_adYaeX§ TfXd`T`fX b3E...
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Metamorfose
Maternante
A Incrível Transformação da MulherAtravés da Maternidade
Roberta Arend
UMA JORNADA FEMININA DE AUTOCONHECIMENTO,AUTOCUIDADO E EMPODERAMENTO
A Incrível Transformação da MulherAtravés da Maternidade
Metamorfose
Maternante
UMA JORNADA FEMININA DE AUTOCONHECIMENTO,AUTOCUIDADO E EMPODERAMENTO
Roberta Arend
PARTE 1
Bem Vinda a Jornada .......................................... 03
A Metamorfose ................................................... 07
O Puerpério ........................................................ 11
PARTE 2
6 Dicas Poderosas para Acompanhar a Sua Jornada
#1 Informe-se ...................................................... 14
#2 Não Crie Grande Expectativas ......................... 18
#3 Acolha Suas Emoções ..................................... 23
#4 Peça Ajuda! .................................................... 27
#5 Viva o Momento Presente ................................ 32
#6 Permita-se ....................................................... 36
PARTE 3
Aspectos Emocionais e Exaustão Materna ............. 39
Autocuidado ........................................................ 45
PARTE 4
Empoderamento Materno ..................................... 50
Por uma Maternidade Mais Livre! ........................ 55
EXTRA: Um Recado aos Homens-Pais .................
Referências ......................................................... 60
Sobre a Autora .................................................... 61
Sumário
Bem Vinda
a Jornada
PARTE 1
Metamorfose Maternante
Seja muito bem vinda a Jornada METAMORFOSE
MATERNANTE!
Mas Roberta que nome é esse? Me explica um pouco o que é
isso!
Pois bem, vou tentar explicar um pouco mas acho que esse
nome já diz tudo né?
Bem, pra quem ainda tá chegando aqui e não me conhece meu
nome é Roberta Arend, sou mãe do Joaquim e da Aurora e meu
trabalho com o puerpério nasceu praticamente junto com a
chegada do meu filhote Joaquim através da minha primeira
experiência (forte, intensa, visceral) de pós-parto e puerpério.
A chegada de um filho mexe muito com a gente e pra mim
não foi diferente da maioria das mulheres, foi algo
simplesmente transformaDOR.
Imagino que com você também deva ter sido parecido, ou está
sendo, ou ainda está por vir. Cada mãe, no seu processo, do
seu jeito, com a sua experiência. Uma experiência tão íntima,
tão única, tão sua. E tão especial!
Esse tornar-se mãe é um momento muito intenso na vida da
mulher pois num estalar de dedos tudo muda, de filha nos
tornamos mãe, um dia estamos com o bebê na barriga e no
outro ele já está em nossos braços, ou de mãe de um nos
tornamos mãe de dois (ou de três, quatro, cinco e assim
sucessivamente). Isso mexe com tudo literalmente. É fato.
Nossa vida muda repentina e drasticamente.
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Metamorfose Maternante
A maternidade é uma das vivências mais palpáveis e viscerais
da vida-morte-vida como nos diz lindamente Clarissa Pinkolas
Éstes.
E de repente nosso bebê está ali conosco e precisando de
todo aconchego e carinho. É o que ele quer e necessita.
Mamazinhos sem ter fim. Colinhos infinitos. Um espaço seguro
e confortável para seus primeiros dias, semanas, meses e anos
de vida. De preferência tudo embebido de muito amor.
Nós, as mães, que seremos essa fonte inesgotável de amor
iremos provir o alimento mais precioso preparado
exclusivamente para o nosso filho (que seja pelo seio materno
ou pela mamadeira carinhosamente oferecida). Alimento esse
que irá nutri-lo de amor, carinho, aconchego, segurança. E por
isso nós, as mães, também precisamos de muito carinho e apoio
emocional.
Somos nós mães que temos aquele colo único e que é o porto
seguro da nossa cria. Colo onde ele quer ficar por muito
tempo (senão o dia todo!) em seus primeiros dias (senão
meses ou anos!) de vida. E por isso nós, as mães, também
precisamos de colo e compreensão.
[abre parênteses] - claro que os pais, avós e amigos também são
fonte de amor e colo para o bebê, mas aqui estamos falando
especificadamente de nós, as mães – [fecha parênteses]
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Metamorfose Maternante
Somos nós, as mães, que estamos passando por essa tremenda
transformação de vida misturada a todo um turbilhão
emocional. Mudanças físicas, enxurrada de hormônios,
carga mental, privação de sono, nova rotina e realidade, e
ainda por cima tendo que tomar decisões e fazer escolhas
desafiadoras diariamente. Pensa na transformação (interna e
externa) que é tudo isso! Tudo isso e mais um pouco é o que eu
chamo de metamorfose maternante.
Nós, mães, que também somos mulheres, precisamos de muita
compreensão e empatia pra dar conta do recado. Precisamos e
queremos apoio, ambiente seguro, afetivo e confortável, onde
possamos liberar nossas emoções, sermos nós mesmas, e assim
vivenciar essa nova experiência com integridade, com respeito,
com autenticidade.
Vivenciar a nossa própria maternidade. Nos reconstruir
como mulheres e mães que agora somos.
E pra isso queremos e precisamos de escuta e um local onde a
intimidade aconteça. Local onde o AMOR prevaleça. A
compaixão. A empatia.
Vamos começar criando juntas esse ninho de amor e
compreensão?
Se você tem interesse nesses assuntos todos então está lugar
certo! Bora falar sobre isso aqui na jornada Metamorfose
Maternante.
Vem comigo!
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A Metamorfose
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Gestação – parto – pós-parto – puerpério
Das grandes transformações da maternidade:
Gestação: aquela fase onde existe um ser crescendo e se
desenvolvendo dentro de nós. Dois corações em um só corpo.
Estamos ajudando a produzir órgãos, tecidos e tudo mais.
Sentimos tanta coisa ao mesmo tempo!
Nosso corpo se transforma a cada dia. Seguimos meses
gestando como uma de preparação pra tudo o que vem pela
frente. E sabemos que nem tudo são flores numa gestação,
apesar de pouco ainda se falar sobre isso, e que cada gestação e
muito única mesmo pra mesma mulher.
Parto: momento intenso e senão um dos mais fortes e
transformadores de tudo isso, que é quando esse ser
literalmente sai do útero quentinho e vem para nossos braços.
Nasceu! Uau!
Vejo o nascimento como um grande portal, tanto para
o bebê que está nascendo como pra mulher que está
renascendo.
Pós-parto: essa fase é super intensa! Tem a hora mágica do
imprinting, que é aquele primeiro momento olho no olho, pele a
pele, cheiro do bebê e da mãe. Aquele RECONHECER.
Estamos conhecendo o rostinho daquele que carregamos por
tanto tempo. Tem a enxurrada de hormônios, que é ALGO!
Também liberamos muito sangue do nosso corpo durante esse
evento (tanto no parto normal como na cesariana).
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Em seguida começa a função do aleitamento e nutrição
emocional (para mãe e bebê). Essa fase de primeiros dias é
crucial para que a amamentação se estabeleça. Acredito que
os primeiros dias é a fase mais crítica da amamentação. Por
isso muito apoio e ajuda nessa hora é fundamental. Amamentar
não é tão automático assim (pode acontecer para algumas
mulheres) mas no geral é um grande e desafiador aprendizado.
Mãe e bebê aprendendo juntos.
Puerpério: ahhh, o puerpério! É muito sobre ele que iremos
falar durante essa jornada. Já trazendo a valiosa informação de
que PUERPÉRIO NÃO É A MESMA COISA QUE PÓS-
PARTO. Mesmo hoje em dia já falando bastante sobre o
puerpério ainda existe muita confusão entre pós-parto e
puerpério. Pois bem, eles não são a mesma coisa. E o
puerpério não tem data certa pra terminar. Sim, isso
mesmo!
Nessa breve jornada iremos nos aprofundar um pouco mais
sobre o puerpério e falaremos com mais propriedade sobre as
fases que envolvem esse período assim como seu tempo de
duração.
É transformação pura né gente? Eu poderia ficar aqui horas e
horas escrevendo e divagando sobre todas as possíveis
transformações que essas fases da vida de uma mulher podem
trazer mas tem coisas que nem palavras descrevem de tão vasto
e ao mesmo tempo tão particular que é.
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Como foi a sua gestação? Quais os momentos mais
marcantes?
E o parto? Que sensações chegam até você quando
lembra desse dia? Você chegou a escrever seu relato de
parto?
Como tem sido pra você vivenciar essas tantas
transformações?
Perguntas valiosas para você escrever em seu diário ou caderno
especial:
Escrever sobre toda essa experiência gera autoconhecimento e
uma clareza incrível sobre nós mesmas, sobre nossa trajetória.
Esclarece alguns porquês. Com a escrita conseguimos nos
perceber como observadoras de nós mesmas. Como a
principal protagonista da nossa própria história, e com isso
temos o poder de ressignificar alguns pontos importantes de
nossa vida. Olha aí que incrível possibilidade de cura!
Mas voltando a questão da METAMORFOSE:
O Puerpério
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O Puerpério
Por saber que muitas mulheres estão vivenciando o puerpério e
muitas vezes nem sabem, a proposta desse ebook é isso: falar
sobre essa fase tão intensa-complexa-única-desafiadora-
profunda-vulnerável-sensível-transformadora-potente que é o
puerpério.
Ai ai ai... como definir o que é puerpério?
Bem vou tentar descrever um pouco pois puerpério é daquelas
coisas quase que indescritíveis e que só vivenciando para
conseguir compreender um pouco desse universo tão misterioso
e ainda pouco falado e pesquisado devido a grandeza de sua
importância.
Sabe, eu só fui conhecer essa palavrinha um tanto esquisita
(sim confesso que achei super esquisita de início) quando eu já
estava vivenciando o meu primeiro puerpério. Lembro que eu
comecei a pesquisar sobre o assunto mas não encontrava
nada que realmente fizesse sentido sobre tudo o que eu
estava passando. E olha, isso aconteceu em 2013, há
pouquíssimo tempo, mas já percebo que de lá pra cá as coisas
mudaram e que nós mulheres estamos cada vez mais
apropriadas do que acontece em nossas vidas. E o puerpério é
um dos momentos mais importantes e intensos na vida de
uma mulher que virou mãe. Isso é fato!
E não importa se é o primeiro filho, segundo, terceiro ou o que
for, sempre será um puerpério. Um novo puerpério. Uma nova
experiência.
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Mas afinal, quanto tempo dura o puerpério?? Quando
começa? Quando termina?
O puerpério começa logo após o parto. E termina... bem, difícil
dizer quando termina pois ele simplesmente não tem data certa
pra terminar. Pode ir além do primeiro ano, pode durar dois, até
três anos! É realmente algo muito particular.
O puerpério é um processo interno e externo, onde a mulher
entra numa espécie de casulo passando por muitas
transformações. Ele pode ser um tanto lento, intenso,
complexo, e muito diferente de mulher pra mulher.
Por isso uma das coisas que mais queremos e precisamos nessa
fase é: RESPEITO.
Respeito com nosso tempo. Com nosso ritmo. Com nosso
corpo. Com nosso bebê.
Respeito com nossas emoções.
Respeito com nossas escolhas de maternidade.
Por isso, mulher-mãe-puérpera, não menospreze quaisquer que
sejam seus sentimentos, sensações, dificuldades, desafios,
necessidades e/ou transformações que o SEU puerpério esteja
lhe trazendo.
Porque esse é um momento seu, e só você para saber como
está sendo.
No próximo capítulo teremos algumas dicas preciosas para ter
mais bem-estar e equilíbrio nessa fase, e assim vivenciar uma
maternagem cada vez mais livre, plena, consciente e autêntica!
Seguimos!
#1 INFORME-SE
PARTE 2
06 Dicas Poderosas
para Acompanhar
a Sua Jornada
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#1 INFORME-SE
Sei que parece bobagem e que quase todo mundo fala isso, mas
é verdade, informação salva vidas (e puérperas!). Temos que
agradecer que hoje em dia temos boas fontes de informação e
muito material disponível. Salve salve a internet!
E pensar que muitas mulheres nas gerações passadas deixaram
de amamentar por exemplo, por falta de informação. Por não
ter rede de apoio. Por não ter com quem sanar suas dúvidas
nem com quem compartilhar as experiências.
Temos disponível livros incríveis sobre temas variados e redes
de apoio a maternagem e a amamentação que espalham
informação e conhecimento. Oh que maravilha!
Com informação de qualidade aumentamos o nosso nível de
consciência e quando expandimos nossa consciência
ampliamos nossa mentalidade, o que nos traz liberdade e
assim consequentemente libertamos nossos filhotes de
crenças equivocadas e padrões limitantes.
Mas atenção: quando falo em informação estou falando
daquela informação que alimenta nossa alma, que nos nutre
para fortalecer ainda mais o que nosso coração está vibrando.
Portanto pesquise as fontes de informação, seja questionadora,
use a informação que chega até você com moderação e
principalmente: siga seu coração em direção aquilo que faz
sentido pra você e seu bebê.
Se conecte com aquilo que nutra a sua alma.
Metamorfose Maternante
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Por isso a pergunta:
>> Onde você tem colhido informações sobre maternidade,
amamentação, pós-parto e puerpério, crescimento e
desenvolvimento infantil? Sobre educação e criação de filhos?
IMPORTANTE: utilize seu filtro sempre! Dar pausas também
é válido pra não se sobrecarregar com tanta informação ou se
desconectar da sua própria intuição.
Outra coisa: atenção aos conselhos e receitas prontas de
como VOCÊ deve maternar, isso não existe. Cada mãe, cada
bebê, cada maternar, cada situação é única! Por isso, duvide de
cartilhas prontas ou soluções mágicas.
Ah, e também tem aquela troca de experiências com outras
mães, com a nossa mãe, com a sogra, com a avó, tia, vizinha,
prima, amiga, que é maravilhosa, porém existe uma diferença
(que pode ser bem sutil) entre aquela troca gostosa e nutritiva
de experiências daquela outra que parece mais uma imposição
de como “tem que ser feito” ou até uma certa concorrência de
quem é “melhor” ou “pior”, quem faz mais ou faz menos.
Quando isso acontecer perceba a situação e tente ver se essa
sensação de disputa ou imposição vem de você ou de fora. Se
vier de você, acolha esse sentimento e perceba de onde isso
está vindo essa crença (como por exemplo uma necessidade de
justificar suas escolhas, ou validar, ou agradar ou estar certa).
Você não precisa se justificar pra ninguém, nem estar certa,
nem querer agradar. E se essa questão vier de fora, da outra
pessoa, você pode escolher não entrar nessa disputa de egos.
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Tenha em mente que quanto mais você se fortalece em
relação a sua própria maternidade menos isso vai
acontecer, ou se acontecer você nem vai mais perceber ou
dar atenção.
Por isso quando temos informação sobre o período em que
estamos vivenciando (seja gestação, pós-parto, amamentação,
puerpério, desenvolvimento do bebê, alimentação, criação e
educação) conseguimos ampliar nossa visão e nos alinhar com
o que realmente faz sentido para nossas vidas e realidades.
Conseguimos nos fortalecer diante das nossas próprias
escolhas.
Conseguimos nos abrir ao aprendizado que tudo isso está
nos trazendo.
Conseguimos ter mais autenticidade.
E seguir em paz no caminho do coração nessa evolução terrena
e espiritual chamada vida.
#2 NÃO CRIE GRANDES
EXPECTATIVAS
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#2 NÃO CRIE GRANDES EXPECTATIVAS
Eu sei, é difícil! Mas é possível diminuir as expectativas e
assim se frustrar menos. É possível quando começamos a viver
mais o momento presente, o aqui e agora.
Alguns passos para iniciar:
- Aceitar sua realidade, por mais desafiadora que possa estar
sendo.
- Aceitar seu momento, sua fase.
- Aceitar seu bebê do jeitinho que ele é.
- E principalmente, aceitar você mesma!
Você, com suas dificuldades e com suas habilidades de mãe,
que naturalmente irão se manifestar. Aceitar a si mesma como
a mãe possível e real que és hoje.
Quando não criamos muita expectativa em relação as coisas
conseguimos aceitar melhor os acontecimentos. Sei que não é
tarefa fácil pois geralmente criamos expectativas em relação a
quase tudo nessa vida.
E quando estamos grávidas então, ficamos imaginando como
será nosso bebê, como será nossa vida depois que o ele nascer,
muitas vezes perdemos o sono devido a tantos pensamentos
(isso acontece MUITO na gestação), mas na verdade não temos
muita noção real de como será tudo depois que o bebê nascer
pois afinal nunca vivenciamos essas experiências de fato.
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Podem ser tantas as expectativas (mesmo que inconscientes)
como: meu bebê vai dormir a noite toda, meu bebê não vai
chorar, não vai ter cólica, a amamentação será um sucesso
imediato, o parto será tranquilo e rápido, vou cuidar do bebê
sozinha e estarei sempre disposta, meu relacionamento vai
continuar igual (ou vai melhorar), entre tantas questões.
A idealização de uma maternidade perfeita pode ser uma de
nossas maiores inimigas. Pode nos fazer sofrer. Pode inclusive
abafar nossos verdadeiros potenciais de mulher-mãe-mamífera
que todas temos-somos em alguma parte do nosso ser. Pode
nos impedir de SENTIR. Sim, sentir, deixar fluir,
vulnerabilizar. Porque se tem coisa que a maternidade traz
com tudo é a VULNERABILIDADE – e essa , minha irmã,
geralmente vem sem criamos nenhuma expectativa!
Na verdade vejo a vulnerabilidade como um dos maiores
presentes que ganhamos com a maternidade pois nos ajuda a
despirmos de personagens que muitas vezes carregamos por
anos e anos. Nos ajuda a desconstruir muita coisa que já
está desnecessária para nossas vidas. Nos ajuda a nos
reencontrarmos com partes nossas por vezes esquecidas ou
desconhecidas.
Pra quem quer se aprofundar no assunto da vulnerabilidade
super recomendo o livro A Coragem de Ser Imperfeito da
maravilhosa Brené Brown.
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Então, sempre que se pegar em devaneios, tanto do passado
como do futuro, simplesmente pare tudo e respire. Foque na sua
respiração de forma consciente. Sinta o aqui e agora. Pois a
única certeza que temos é a do momento presente e quando nos
damos conta disso a ACEITAÇÃO vem como nossa maior
aliada.
Aceitação é um dos primeiros passos inclusive para
possíveis mudanças desejadas. Portanto não brigue com a
realidade pois você só irá se machucar.
Quando temos um bebezinho em casa nenhum dia será igual
ao outro, não se iluda. Sabe quando você acha que encontrou a
estratégia perfeita pra soneca do baby que tanto reluta pra
dormir? Pois é, muitas vezes no outro dia essa mesma solução
mágica já não funciona mais.
Ou aquele dia que você idealiza um banho tranquilo e mal dá
tempo de entrar no box e sentir os pingos da água. Ou aquela
inocente ida no mercado que “do nada” o bebê começa a chorar
sem parar. Ou aquela saída de carro que era para relaxar um
pouco mas o filhote não quer nem pensar em ficar na
cadeirinha do carro. Ou aquele dia que você consegue comer
bem sossegada e no outro dia mal dá pra
escovar os dentes.
Enfim, vida real, maternidade real, com suas dores e amores,
choro e riso, dias bons e outros nem tão bons assim. E tudo
bem. Tudo passa. Você não está sozinha nessa. Saiba que por
trás de toda foto linda de maternidade no facebook e
instagram existe uma história pessoal e real.
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Somos humanas!
Como diz uma amiga querida “família perfeita só em fotografia
de porta retrato”.
Abracemos nossa realidade com mais carinho, afeto e
autocompaixão.
Momento reflexão >> Tente lembrar de alguma ocasião da
maternidade em que você criou expectativas muito elevadas ou
fantasiosas e que sensações isso gerou.
#3 ACOLHA SUAS
EMOÇÕES
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#3 ACOLHA SUAS EMOÇÕES
Ahhh as emoções! Como elas se intensificam com a
maternidade. No puerpério então, tem dias em que estamos
literalmente a flor da pele!
Mas como lidar com esse turbilhão emocional se não
aprendemos a fazer isso?
Pois então, sei que não é fácil mas pode ser esse um bom
momento para aprendermos, mesmo que seja em plena prática.
Falar sobre isso, como estamos fazendo aqui, já pode ser um
grandioso e ótimo passo.
>> Comece por não se reprimir tanto ou tentar escapar do que
está sentindo. Aqui voltamos um pouco na questão da
vulnerabilidade, onde em momentos de fragilidade temos uma
tendência em querer fugir, negar ou se esconder
desesperadamente. Calma. Vamos por partes e seguindo juntas.
Respira, vamos conseguir.
DEIXE FLUIR PARA CONSEGUIR DEIXAR IR. Pense nas
suas emoções como o fluxo de um rio. Abra espaço para a
emoção fluir sem julgamentos. E deixe ir... libere.
E lembre-se sempre que: Mãe nutrida = Filho nutrido
(tanto fisicamente como emocionalmente)
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Trago aqui duas frases da Laura Gutman para nos inspirar:
“Essa é a tarefa de cada ser humano: atravessar a vida
terrena em busca da própria sombra, para leva-la à luz e
trilhar sua
vereda de cura.”
“Transformar-se em “mãe-bebê” é atravessar o puerpério em
um estado de consciência de outra ordem.”
A maternidade é um verdadeiro reencontro com nossa própria
criança interior. E geralmente a encontramos em sua forma
mais crua, sensível, frágil, vulnerável. Pronta para ser acolhida,
para ser amada. Em meu primeiro puerpério pude me
reencontrar de uma forma muito profunda com minha própria
criança e posso dizer que foi uma das maiores curas internas
que já passei na vida. Pude chorar o choro contido da minha
criança que ainda estava ali, dentro de mim. Mergulhei em
águas bem profundas (e desaguei) que foi pela experiência de
pós-parto que consegui acessar. Como tive muito apoio e colos
carinhosos consegui desaguar com abundância e liberdade
aquilo que estava represado dentro de mim. E principalmente,
consegui me permitir liberar o que precisava ser liberado. Sem
culpas, sem receios, sem vergonhas ou autocríticas. Larguei
mão do controle, saí do mental. Pensa na transformação e
cura que isso pode gerar. E gerou! Renasci.
Toda essa metamorfose maternante pela qual passamos no
puerpério mexe com muita coisa tanto externamente como
internamente. Por isso tente ampliar sua PERCEPÇÃO sobre
alguns fatores que podem lhe auxiliar durante essa jornada,
como:
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>> Perceba suas necessidades
- Quais novas necessidades estão se apresentando para você?
- O que é importante pra você nesse momento?
- Você está conseguindo se expressar? Tem com quem
conversar e se abrir?
>> Perceba seu bebê
Sinta ele. Se conecte com esse novo ser.
Se abra para construção dessa nova relação.
Num abraço afetuoso una o seu coração com o coração do seu
bebê.
Sinta os ritmos que existem entre vocês dois. Entre nessa dança.
>> Perceba seu ambiente e as pessoas que estão com você
- Você se sente incomodada com alguma coisa ou com alguém?
- Quem está contribuindo com sua experiência da
maternidade (seja de pós-parto, amamentação, puerpério,
criação) e o vínculo com o seu filho?
- Onde e com quem você se sente bem?
Em momentos de maior fragilidades e emoções a flor da pele
busque um colo aconchegante, procure uma pessoa confiável
pra conversar, se abrir, colocar pra fora e poder falar o que
sente. Se precisar busque ajuda especializada. E se possível,
aprenda cada vez mais a ser você mesma seu melhor e maior
colo praticado a autocompaixão. Nesse processo de maternar,
embalar e ninar nosso bebê também estamos de alguma forma
maternando, embalando e ninando a nós mesmas e a nossa
criança interior. Podemos aprender a fazer isso: a ser o colo
daquela criança que está dentro de nós.
#4 PEÇA AJUDA
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#4 PEÇA AJUDA!
Isso mesmo: peça ajuda.
Não tenha receio ou medo em buscar e pedir ajuda (presencial
ou virtual).
Não é feio pedir ajuda!
Lembre-se de que você não está sozinha nessa e que é normal
se sentir insegura em alguns (senão vários) momentos da
maternidade. Afinal você está vivenciando uma nova
experiência (mesmo se não for o primeiro filho) e tudo que é
novo pode nos causar estranheza, medo, insegurança.
Por isso exponha seus medos e necessidades. Se abra com
alguém. As coisas ficam mais leves depois que colocamos pra
fora.
Para iluminar nossas sombras precisamos abrir espaço para
que a luz entre.
Se depois de expor seus sentimentos você perceber que não está
tendo a ajuda adequada e/ou necessária busque ajuda
especializada. Porque as vezes é preciso sim buscar um tipo de
ajuda mais especializada (em maternidade) como uma doula
pós-parto, uma consultora em amamentação, uma terapia.
IMPORTANTE: Uma das maiores dificuldades que nós
mulheres temos é em pedir ajuda. Falo por mim mesma e por
(quase) todas ue já falamos aqui). Muitas vezes aprendemos
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que para ser uma mulher forte temos que dar conta de tudo, e o
pior, sozinhas. Ou que se abrirmos nossas fragilidades e
inseguranças o mundo irá cair em cima de nós com dedos
apontando em mil julgamentos. Mas isso não é verdade. O
mundo não vai cair em cima de nós e se alguém vier com
julgamentos que busque resolver suas próprias questões já que
estamos justamente buscando resolver as nossas.
Todos temos nossas questões internas pra resolver e negar
isso é muito mais pesado do que o contrário.
Esses tempos uma mulher incrível que eu estava acompanhando
na gestação me falou que aprendeu que “uma mulher forte não
pede ajuda” e por isso estava tendo dificuldades em lidar com
algumas questões do final da sua gestação: como medos,
ansiedades, inseguranças (tão normais nessa fase). Era como se
ela não pudesse olhar para essas questões internas, falar
sobre isso, se expor ou pedir ajuda. Fomos aos poucos
tentando desconstruir essa crença limitante que só aprisiona e
nos enfraquece. Não preciso nem falar que só pelo fato dela
expor essas questões e falar-acolher-extravasar o que estava lhe
afligindo tudo foi se dissipando como que num passe de
mágica.
Comigo não foi diferente. Em meu início de maternidade recebi
MUITA ajuda, na verdade tive que me abrir quase que
obrigatoriamente a isso, e foi ali naqueles dias vivendo no
“olho do furacão” que aprendi a largar mão de ter que ser
aquela que “tem que” estar sempre no controle e dar conta de
tudo. E ainda hoje, esse é um dos meus grandes desafios: pedir
ajuda AND receber ajuda. Essa questão é um aprendizado
constante pra mim.
Metamorfose Maternante
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Foi com a maternidade também que aprendi a olhar para as
mulheres de uma outra forma, e olhar pra mim mesma com um
novo olhar.
Descobri o meu feminino mais potente bem em meio ao
momento mais frágil e vulnerável que já passei na vida.
Louco isso né, pois parece um tanto contraditório, mas vivi na
prática esse lance da coragem de ser imperfeita, pois foi ali que
me fortaleci como nunca.
Foi ali, no meu início de maternidade que me reconectei com
meu feminino mais profundo e que hoje vejo que tem tudo a
ver com a abrir-se para CUIDAR e SER CUIDADA. Se abrir
para o fluxo natural da vida, se abrir as imprevisibilidades, se
abrir à vivência dos ciclos femininos.
Porque afinal somos cíclicas e a maternidade com todas
suas fases nos mostra isso muito claramente.
Sobre rede materna e feminino coloco aqui uma frase de uma
amiga querida que num dia em que eu estava precisando
receber apoio e acolhimento acabei recebendo também essa
mensagem linda de presente, que compartilho agora com vocês:
"Quando iniciamos um processo de resgate do feminino
reconectamos esse fio invisível que nos une”.
Maria Bernadete Perius
Metamorfose Maternante
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Sobre redes de apoio: elas existem e estão aí pra isso, para
apoiar você! Mas afinal o que é rede de apoio? É isso mesmo
que o nome diz, é ter uma rede que te apoia. Pode ser um
grupo, uma pessoa, a família, um profissional, enfim, é saber
que você tem com quem contar.
Uma rede de apoio pode ser uma escuta atenta, pode ser uma
comidinha quentinha, pode ser um copo d’água enquanto você
amamenta, pode ser uma limpeza na casa, pode ser um colo
para o seu bebê pra você ir tomar um banho ou fazer qualquer
coisa que você queira ou precise, pode ser um grupo presencial
pra você trocar ideias e se conectar com outras mães, pode ser
um abraço reconfortante, pode ser uma ajudinha com o
mercado.... pode ser tanta coisa!
A rede de apoio pode ter muitos formatos! Simmm, são
muitas as possibilidades de uma rede, e os motivos de precisar
e buscar uma também! Inclusive você pode também criar uma
rede de apoio materna no seu bairro, cidade ou região. Junte-se
a outras mães que estejam nesse mesmo momento, fale com
suas amigas.
Encontrar nossa tribo nessa fase da vida é altamente
libertador. Acredito que aquele famoso provérbio africano “é
preciso uma aldeia inteira para educar uma criança” pode
começar a fazer sentido (já que a maioria de nós na atualidade
vive a maternidade de forma muito solitária e isolada) quando
encontramos uma rede de apoio pra chamar de nossa.
Para reforçar: a ajuda pode vir de várias formas. Se abra a ela!
Pergunta-chave >> Como está sua rede de apoio?
#5 VIVA O MOMENTO
PRESENTE
Metamorfose Maternante
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#5 VIVA O MOMENTO PRESENTE
O que significa também: viva um dia de cada vez.
Aproveite o tempo do bebê, que é bem diferente do nosso e nos
conecta diretamente com o aqui e agora.
Mas porque será que é tão difícil pra maioria de nós
humanos adultos viver o momento presente? Estar no aqui
e agora?
Eu sei, não é fácil, não estamos acostumadas com isso, as vezes
nem sabemos vivenciar o momento presente devido a nossa
vida moderna e corrida, cheia de afazeres, agenda lotada e
pensamentos mil. Aliás, para muitas mulheres (me incluo
nessa) essas tantas pausas que a maternidade traz pode ser uma
coisa um tanto nova e algo diferente do que jamais fizemos
antes. Pausas quase que o tempo todo pra sanar
necessidades tão urgentes desse novo alguém tão
dependente e tão importante em nossa vida. E uma enorme
pausa de tudo (num sentido mais amplo) para nos dedicarmos a
outra vidinha. Pausa para ser colo, ser alimento, ser porto
seguro. Essas pausas muitas vezes podem trazer um certo
desconforto mas se soubermos aproveitar pode ser tornar uma
poderosa oportunidade de autoconhecimento e aprendizagem
sobre a vida em sua maior versão. Sobre a nossa maior versão!
Por isso aproveite esse momento. E lembre-se de que tudo isso
vai passar.
Entre no tempo do bebê. Curta essa conexão. Essa fusão
mãe-bebê.
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É no pós-parto e puerpério que acontece a conexão mãe-bebê,
ou melhor, que começa essa conexão-relação tão especial. Mas
quando estamos vivendo essa experiência muitas vezes nos
perguntamos…
Como faz? Quando acontece? Essa conexão é instantânea?
Muito se fala em conexão mãe bebê, e isso nos é vendido na
maioria das vezes como uma coisa instantânea. Porém essa
conexão, essa fusão, essa relação mãe e filho é construída aos
poucos e diariamente. É uma conexão construída da relação
do dia a dia, que é feita no momento presente. Do estar em
PRESENÇA.
Então se você está nessa fase se permita vivenciá-la da melhor
maneira possível pois essa fase vai passar, e não volta mais. E
com certeza deixará saudades por mais difícil e trabalhosa que
possa estar sendo. Se entregue ao (momento) presente mais
especial (desafiador-intenso-profundo-lindo-louco) de todos.
Tenha momentos de silêncio com seu bebê. Sintam um ao
outro.
Esse mergulho no aqui e agora, mãe e bebê juntos, pode lhe
ajudar a resgatar a maternidade intuitiva que todas nós temos.
E novamente: viva um dia de cada vez.
Vamos fazer juntas uma prática de atenção plena e
mindfulness. Vem comigo:
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Pare tudo agora e simplesmente respire! Marque um minuto
somente para respirar. Respire lentamente, sentindo o ar que
entra e o ar que sai de suas narinas. Vá acalmando o seu
coração e a sua mente. Continue respirando...
Esse exercício simples de respiração consciente nos ajuda a
conectar com o estado de presença. Com o aqui e agora. O
momento presente é tudo o que temos (mesmo em meio ao
caos) e a mensagem que ele nos dá quando nos conectamos de
forma consciente é a de que “está tudo bem”.
Você pode fazer essas pausas de tanto em tanto ao longo do
dia para se conectar a sua respiração. Pode inclusive colocar
um sinalizador para te lembrar, que pode ser o próprio bebê
(porque quando temos bebê pequeno não gostamos muito de
barulhos não é mesmo?). Então escolha uma atividade com seu
filho para fazer suas respirações conscientes como enquanto
amamenta, quando vai colocar ele pra dormir, enquanto dá
banho, enfim, pratique a respiração consciente ao longo do seu
dia. Te digo com certeza que essa prática transforma a vida.
Depois me conta como foi!
Conecte-se com você mesma.
Conecte-se com seu bebê.
Viva o momento presente.
Aceite esse momento.
Deixe ESTAR.
Vai passar.
E você irá se transformar.
>> E me conta, como é pra você essa entrega ao momento
presente?
#6 PERMITA-SE
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#6 PERMITA-SE!
Se permita ser a MÃE que você é hoje.
Se permita ser a MULHER que você é agora.
Se permita APRENDER a maternar seu bebê.
Se permita vivenciar DE CORPO E ALMA esse seu momento.
E lembre-se que você tem todo o direito de querer viver a sua
maternidade do seu jeito. De repente não é do jeito que sua
mãe gostaria, que sua avó fazia, do jeito da vizinha ou da atriz
de cinema, mas é o seu jeito, a sua vida, o seu filho, a sua
realidade.
Cada bebê é único. Cada mãe é única.
Cada mãe é uma mãe.
Muito se fala que não existe bebê igual. Cada bebê é único. Ok.
Mas hoje quero lembrar que NÃO EXISTE MÃE IGUAL.
Cada mãe é única.
Cada mulher mãe tem o SEU próprio jeito de maternar.
Portanto vamos parar de querer que o nosso maternar seja igual
ao da amiga da prima da vizinha ou vice e versa porque isso
simplesmente não existe.
Empoderamento materno é quando cada mulher mãe se
encontra na sua própria maternidade.
Empoderamento materno é quando uma mãe respeita a outra
mãe em suas escolhas.
Empoderamento materno é AUTOCONHECIMENTO.
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Por isso aproveite essa montanha russa emocional que a
maternidade traz para se reencontrar consigo mesma.
Para redesenhar sua identidade.
Para resgatar sua essência.
Para se reconectar com a sua criança interior.
Para se conectar com sua intuição feminina.
Para reconhecer seus instintos mais profundos.
Se permita se reinventar internamente para
desabrochar sua melhor versão como mulher e como mãe.
A sua versão mais autêntica.
Vá ao encontro de práticas de maternidade que realmente façam
sentido pra você.
Busque esse sentido pois ele está dentro de você.
Pratique aquilo que te faz bem.
Vivencie a sua própria maternidade.
Se permita!
>> Quais são as suas escolhas de maternidade?
Elas fazem sentido pra você? Então se conecte com elas!
Aspectos Emocionais e a
Exaustão Materna
PARTE 3
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AS EMOÇÕES NO PUERPÉRIO E MATERNAGEM
Ainda não temos muitos estudos aprofundados sobre essa fase
da mulher, o puerpério, que inclusive pode se estender por
até 3 anos e pouca gente sabe disso. Não se fala muito das
inúmeras e imensas mudanças que acontecem com a mulher
que inicia lá na gestação, passando pelo parto, pós-parto e que
continua no puerpério e na maternagem em si.
São mudanças e transformações de ordem integral
permeando vários aspectos do ser mulher e sobre tudo o
que envolve de mudanças físicas, mentais, emocionais,
psicológicas, espirituais.
Nossas emoções ficam bastante intensas em todas essas fases e
no puerpério elas podem vir com tudo, emoções que não
imaginávamos que iríamos sentir, sensações que não estávamos
esperando vivenciar.
Muitas vezes por não estarmos esperando esse turbilhão
emocional e a culpa materna pode se instalar, misturada com
vergonha, sensações de inadequação, constrangimento,
incapacidade, tristeza, angústia, entre outros...
Lembrando que as experiências de pós-parto e puerpério são
diferentes pra cada mulher, e a mesma mulher provavelmente
terá experiências distintas em cada pós-parto e puerpério que
vivenciar quando se tem mais de um filho. Então se você está
vivendo esse turbilhão emocionais, horas choro horas riso,
com altos e baixos, saiba que você não é a única.
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Mas por que será que as mulheres sentem essas emoções tão
à flor da pele, e muitas vezes controversas, durante o pós-
parto e puerpério?
No livro O Guia Definitivo para o Pós-parto, o autor, médico
australiano e pai de três filhos Oscar Serrallach, traz algumas
causas dos sintomas emocionais:
- Mudanças físicas no cérebro materno
- Mudanças hormonais
- Privação de sono
- A mudança de papel e uma certa confusão entre nosso antigo
papel e o novo papel (também conhecido como perda de
identidade)
- Falta de apoio (um dos fatores mais comuns, infelizmente)
- O preparo inadequado para o papel de pós-parto e puerpério
- Pressão social
Uauu quanta coisa! Junta tudo isso e mistura com o turbilhão
que já acontece no dia a dia de uma recém mãe cuidadora de
um bebezico. É bastante coisa né? Por isso precisamos falar
mais sobre isso e começar a cuidar com mais inteireza,
delicadeza e seriedade de nós mesmas. E espalhando
informação as pessoas a nossa volta também começam a ter
mais consciência sobre tudo isso.
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EXAUSTÃO MATERNA
Baseado no livro O Guia Definitivo para o Pós-parto, exaustão
materna é uma série de sintomas que afetam todas as esferas da
vida de uma mulher mãe, e esses sintomas decorrem de
problemas físicos, mudanças hormonais e interrupção do ciclo
circadiano (aquela noção de dia/noite do ciclo de sono), tudo
isso somado por componentes psicológicos, mentais e
emocionais.
(pausa para respirar: inspira.... expira... inspira.... expira...)
Em resumo: exaustão materna é o resultado compreensível
de acontecimentos abaixo do ideal que levam ao
esgotamento do bem-estar de uma mulher em múltiplos
níveis.
No livro o autor traz um teste bem interessante pra ver se você
está com exaustão materna, fiz um vídeo compartilhando o
teste e como fazer a pontuação e resultado, pra assistir o vídeo
clique aqui.
SINTOMAS FÍSICOS:
- Baby Brain (que é uma disfunção cognitiva);
- Cansaço;
- Privação de Sono (que pode ser misturado com insônia e sono
perturbado e não relaxante);
- Perda de elasticidade da pele, pele seca unhas mais fracas,
cabelos mais finos;
- Sensibilidade a luz e som.
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Sobre o Baby Brain: senti (e ainda sinto) alguns dos sintomas
conforme o autor apresenta no livro, e tenho quase certeza que
você pode se identificar também. Para saber mais sobre Baby
Brain clica aqui e dá uma olhadinha no vídeo que fiz sobre o
tema.
EFEITOS EMOCIONAIS:
- Ansiedade
- Diminuição da libido
- Culpa / vergonha
- Incapacidade de lidar com coisas básicas que em outro
momento seriam fáceis
- Perda da autoconfiança
Ufa! É um tanto difícil ler isso né? Quem já passou ou está
passando por isso sente até um frio na espinha ou um incômodo
no estômago porque sabe o quão duro é viver com essas
sensações. Realmente não é nada agradável.
>> Quando olhamos com atenção para todos esses sintomas e
fatores que desencadeiam a exaustão materna podemos
começar a lidar melhor com isso e a buscar ajuda quando
necessário. E assim não carregar consequências por anos e anos
da nossa vida.
Portanto mulherada, vamos dar mais atenção e carinho pra nós
mesmas?
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Vamos privilegiar nosso AUTOCUIDADO começando hoje
mesmo com pequenas práticas que podem nos auxiliar a curto,
médio e longo prazo?
Vem comigo que nas próximas páginas falaremos sobre um
autocuidado mais essencial para nós mulheres mães e puérperas
e como podemos iniciar em nossa vida real.
Estamos quase no final da nossa jornada! Agora vamos adentrar
um pouco mais a fundo na questão do autocuidado materno.
Lembrando que o autocuidado materno acontece em
relação a QUAL FASE do puerpério e da maternidade você
está passando. Enquanto para uma mãe o “simples” fazer uma
boa refeição é um super ato de autocuidado para outra pode ser
iniciar uma prática de atividade física. Por isso a informação
sobre o universo materno e do bebê aliado ao
autoconhecimento é fundamental para termos clareza de onde
estamos agora.
Seja paciente com você mesma. Não se cobre tanto. O
autocuidado essencial é aquele que vem de um lugar de
compaixão e respeito consigo mesma. Por isso não fique se
comparando a outras mães e outras realidades.
Use essa fase um tanto turbulenta onde questões profundas
podem vir a superfície para se conhecer melhor e assim se
conectar cada vez mais com a sua própria essência, o que
inclusive irá lhe trazer clareza sobre o que é essencial na sua
vida HOJE.
A importância do autocuidado no puerpério: como conciliar
os cuidados com a mãe e com o bebê?
Autocuidado
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Vamos falar de autocuidado na maternidade e na fase de
puerpério?
Primeiro quero nos relembrar que o puerpério não são só os
primeiros dias e meses na vida de uma mulher-mãe com bebê, o
puerpério pode se estender para os primeiros dois ou três anos
de vida da mulher que virou mãe. Na verdade é difícil mensurar
e definir um tempo exato pois cada mulher é um universo
particular. Porém estima-se que a duração do puerpério tem
uma média de dois anos.
Nesse período a mulher é muito demandada pelo bebê e está
sendo uma fonte essencial de nutrição física e emocional para
um outro ser. Então eis que a mulher precisa receber muita
nutrição também nessa fase. É uma fase intensa!
Mas vamos direto ao ponto: Como inserir práticas de
autocuidado quanto tem dias em que nem escovar os dentes
é possível?
Pois é, sei bem o que é isso. Já vivi na pele esses dias intensos
e insanos.
Mas calma! É sobre isso que vamos conversar.
Quando falo em autocuidado no puerpério não estou falando
em grandes planos mirabolantes como uma super viagem ou ir
para um spa, porque sei que não cabe na maternidade real e
quem é mãe e está no puerpério sabe que a maior parte dos dias
a gente acaba acionando aquele botão de sobrevivência que nos
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permite muitas vezes dormir (quando conseguimos), comer
(frio) e tomar um banho (quando dá). Então esse cuidar de si
mesma com mais afeto e atenção vai entrando devagarinho, se
adentrando na rotina assim como a mãe e bebê vão alinhando
suas vidas com o passar do tempo.
É como um convite a si mesma para retomar o que é
essencial e possível nessa rotina muitas vezes
desesperadora.
É um banho quente sentindo a água relaxar o corpo, é comer
sem ser interrompida saboreando o alimento, é ter rituais como
lavar o rosto com algum sabonete especial, é passar um
hidratante depois do banho, é escutar uma música que eleve,
relaxe, anime ou lhe convide a dançar e movimentar o corpo, é
ler um bom livro mesmo que sejam duas páginas ao dia, é
assistir um seriado ou filme que você goste (mesmo que em
partes), é dormir abraçadinha no seu baby, é uma caminhada na
natureza ou ao redor da quadra, é conversar com uma amiga, é
um tempinho de descanso sozinha no sofá, é um momento pra
respirar, meditar ou se alongar. É o que você sentir que irá lhe
fazer bem.
Busque algo que lhe traga bem estar por mais simples que
seja. E o principal: que você consiga encaixar no seu dia a
dia.
E claro que para alguma dessas coisas acontecer precisaremos
que alguém fique com o bebê. É aí que entra a famosa rede de
apoio e o colocar em prática aquele grande exercício (e
aprendizado) que conversamos anteriormente: o pedir ajudar e
aceitar ajuda, pois sim somos humanas e precisamos viver para
além da sobrevivência.
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Precisamos nos nutrir para ser nutrição.
>> Quem eu posso chamar e contar pra ter alguns momentos
diários só pra mim? (mesmo que sejam poucos minutos pra
tomar um café quentinho)
E lembrando: não se prenda a números e grandes
planejamentos pois no puerpério cada dia é um dia, e terão
(muitos) dias que
serão a base da sobrevivência mesmo. E tudo bem! O
importante é levar a atenção plena para esses momentinhos tão
especiais do dia de você consigo mesma. Sejam cinco minutos
de um banho ou meia hora de uma soneca do bebê.
O puerpério é assim, uma descoberta de grandes prazeres
em pequenas coisas.
E quando esse momento de reencontro consigo mesma
acontecer, seja no banheiro ou na cozinha, curta cada
segundinho! Como se fosse um reencontro com uma amiga
querida. Se energize com a sua própria presença. Se delicie
com você mesma. Se redescubra!
>> Como você pode trazer hoje mais presença e prazer
para as atividades do seu dia?
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Autocuidado
Físico
AUTOCUIDADO
INTEGRAL
Autocuidado
Emocional
Autocuidado
Mental
Autocuidado
Intelectual
Autocuidado
Visual
Autocuidado
Espiritual
Empoderamento
Materno
PARTE 4
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EMPODERAMENTO MATERNO
Na fase de puerpério acontece uma espécie de identidade em
metamorfose. Adentramos em um novo mundo com uma força
tão grande que muitas vezes não sabemos mais quem somos.
É como uma perda de identidade.
E afinal estamos mesmo em processo de desconstrução do que
éramos e de construção de uma nova identidade pois esse é um
período de descobertas de partes nossas e de uma parte muito
importante que antes não
conhecíamos: a nossa parte mãe.
E além de tudo isso estamos vivendo uma experiência de fusão
com um outro ser, o nosso bebê, o que deixa tudo ainda mais
intenso. Um tanto confuso.
Vivemos uma fase de ambivalência. Na prática.
Por isso querida mãe puérpera, se você não está mais se
reconhecendo, acalme-se! Pois isso é bem natural dessa fase e
quero que saibas que você não está sozinha nessa. Acolha o
que for preciso acolher durante esse período da maternidade e
permita-se vivenciar essa grande transformação. Tente estar
cercada de respeito, apoio, afeto, paciência e compreensão.
Busque ajuda quando necessário. Se dê tempo e permissão para
viver essa experiência única.
E uma coisa é certa: você não será mais a mesma depois
dessa linda e louca aventura.
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Puerpério é TRANSIÇÃO.
E como toda transição, vai passar! Por isso tente não se
apressar tanto hoje, querer algo que não está sendo possível
agora, retomar com tanta urgência a velha rotina, e
principalmente, não se exija tanto!
O puerpério pode ser um momento interessantíssimo para
desconstruirmos muitos daqueles personagens e papéis que
carregamos por tanto tempo e que talvez agora, ou muito em
breve, não fará mais o menor sentido continuar carregando.
Se permita viver sua fase de transição puerperal e se
reconhecer em você mesma.
Como está sendo pra você essa desconstrução?
Essa reconstrução? Esse renascimento?
Quando revisitamos nossa própria biografia compreendemos
que simplesmente tudo faz sentido. Pode não parecer.
Principalmente quando estamos no meio do "olho do furacão",
diga-se puerpério, fica difícil sentir isso. Fica difícil
compreender o sentido das coisas, os porquês do que está
acontecendo. E tudo bem! Porque tem horas em que o que mais
precisamos é sentir e deixar fluir.
O bom disso tudo é que o tempo é sábio e o nosso maior
mestre. Tem coisas que só com o tempo vamos entender. Por
isso o importante é estarmos inteira em cada processo.
Vivenciar de corpo e alma. Nos despir de grandes expectativas.
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Vivenciar com mais aceitação aquilo que temos agora.
Reconhecer o que temos, somos e estamos hoje.
Quando olhamos pra nossa experiência de maternidade como
uma grande oportunidade de crescimento e evolução
pessoal grandes transformações positivas acontecem. Nos
abrimos para nós mesmas. Nos acolhemos num ato de
autocuidado mais essencial.
Quando adentramos nas águas profundas do puerpério acontece
uma espécie de encontro om partes de nós mesmas antes nunca
reveladas. Como um reencontro da nova mulher que
estamos nos tornando. Essa fase pode passar por vários
períodos, que podem ser diferentes de mulher pra mulher, e
levar o tempo que for necessário pra essa transformações tão
íntima e pessoal.
Nos transformamos de dentro pra fora num convite a esse
mergulho mais profundo em nós mesmas, nessas águas
antes nunca navegadas. E é durante o puerpério também que
vamos aos poucos emergindo à superfície, nos reencontrando
nessa metamorfose toda, reconhecendo quem é essa nova
mulher.
O tornar-se mãe é um grande rompimento com o que
éramos antes. Coisas ficam pra trás enquanto outras tantas
surgem. Esse tornar-se mãe, num sentido mais amplo e
integral, não acontece de um dia para o outro, é algo que vai
sendo construído e desconstruído – aos poucos no tempo que
deve ser.
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Se dê a permissão para experienciar a sua metamorfose
maternante de forma plena e autêntica, e renascer forte,
potente, deslumbrante, divina!
Honre a sua experiência de maternidade!
Se empodere da sua própria maternidade!
Pra quando chegar a hora certa você dar asas a essa incrível
borboleta que está imergindo com a força e potência da sua
metamorfose maternante!
E pra você qual foi a grande transformação que a
maternidade trouxe?
Por uma Maternagem
mais Livre!
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“Nós somos aquelas que estávamos esperando”
Essa frase vem de uma oração dos índios americanos Hopi.
Amo essa frase, simplesmente amo. Ela me nutre, me
empodera, me inspira, me motiva, me liberta. Me toca a alma!
Sim, somos nós! Nossa revolução é aqui e agora.
E na maternidade também é assim. Nós somos as próprias
mulheres mães que tanto buscamos!
Estar em evolução é isso.
Queremos maternar com liberdade, autenticidade, respeito,
inspiração, intuição. Queremos maternar com o coração.
Não queremos mais ter que ficar explicando nossas escolhas de
maternidade para os outros. Não queremos mais ter que
justificar nossas escolhas para o mundo o tempo todo. Não
queremos mais carregar a tal da (tão famosa) culpa materna.
A maternidade é um convite e tanto para adentramos nesse
conhecer a nós mesmas com mais profundidade. Para nos
libertarmos de coisas que ainda nos aprisionam.
O que geralmente acontece com as mulheres depois desse
mergulho no mar desconhecido que a maternidade traz é o
renascer de mulheres transformadas. São mulheres que não se
reconhecem mais em seus antigos papéis, seus antigos
corpos, antigos padrões.
Metamorfose Maternante
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Mas por que isso acontece? Porque todo processo de
autoconhecimento e de crescimento pessoal vem de um olhar
pra dentro. E tem maior fonte de "olhar pra dentro" que a
maternidade? De se enxergar nua e crua, mesmo que num
espalhamento com seu filho? Olha, se tem, eu desconheço.
Que nós mulheres consigamos vivenciar nossa maternidade
com a potência e a autenticidade que merecemos e desejamos.
Que a invisibilidade materna se dissolva, que mães com seus
bebês sejam sempre bem vindos em todos os lugares, que o
pertencimento aconteça.
Um novo maternar está acontecendo. Novas relações entre
pais e filhos, mães e filhas, pais e filhas, mães e filhos.
Aceitação | Empatia | Respeito | Sororidade
Sei que ainda temos chão pela frente, mas também confio que a
cada dia estamos mais fortes, mais conscientes, seguindo em
frente.
Pois para maternar não precisamos de cartilha nem regras.
Maternar é vivência, é prática, é entrega, é construção, é dia a
dia. É turbilhão, é doação, é ser humana, é intuição
feminina. E estar rodeada de outras mulheres que nos
entendam e que nos estendam suas mãos nesse momento é
maravilhoso. Além de ser algo tão rico o simples (e poderoso)
fato de compartilhar experiências, trocar ideias. A
possibilidade de ser e receber apoio.
Porque Juntas
Somos Mais!
Metamorfose Maternante
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SIM, JUNTAS SOMOS MAIS! E falando nisso...
Você já se imaginou num grupo só para mulheres
mães? Onde a base seja informação, rede de apoio e
autoconhecimento? Onde você pode se manifestar e se
expressar e estará “em casa” já que "estamos todas no mesmo
barco”? Pois é, parece um sonho né? Mas quero te contar que
esse grupo existe e que eu já sonhei muito com ele, e hoje é
com muita alegria e honra que quero te convidar para conhecer
o Puérperas Online! Um curso-programa-grupo em formato
online e ao vivo onde o amor e o respeito são o norte. As
turmas abrem duas vezes ao ano e é feito especialmente para
mães de bebês de até dois anos.
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Outra novidade empoderadora: a Jornada Metamorfose
Maternante ganhou mais vida e se transformou em uma série de
Workshops Online e ao vivo. Sim, teremos encontros ao longo
do ano para abordar temas específicos com especialistas e
convidadas mais que especiais. Simplesmente imperdível!
Para receber todos os detalhes sobre os workshops em primeira
mão é só cadastrar seu e-mail >> Clique aqui <<
E se você quer se aprofundar nas práticas de autocuidado
feminino e materno, e viver a maternidade de uma forma mais
equilibrada, leve e fluida você vai adorar o GUIA
ESSENCIAL DE AUTOCUIDADO MATERNO.
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Bem, chegamos no final da nossa Jornada! Uauuu quanta coisa
abordamos por aqui hein! E quantas coisas ainda por abordar e
aprofundar. Nosso universo materno é tão vasto, tão rico!
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Quero agradecer imensamente a todas as mulheres que
acompanharam a jornada e por nossos caminhos terem se
cruzado de alguma forma.
E gostaria muito de saber como foi pra você percorrer a jornada
metamorfose maternante. Quais foram seus principais
insights? Aprendizados? Me conta? Vou adorar saber.
Sabe, eu aprendo muito com todas as trocas femininas e
maternas pois é assim que nos fortalecemos e nutrimos umas às
outras. Receba meu abraço carinhoso, de mãe pra mãe, de
mulher pra mulher, ventre com ventre.
Seguimos juntas! Minha casa virtual do momento (além dos
cursos e workshops) é no instagram @roberta_arend, me
chama que estou sempre por lá! Vou adorar trocar uma ideia
contigo.
Com amor,
Roberta Arend
Me encontre por aqui:
SITE
BLOG
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EXTRA: Um Recado aos
Homens-Pais
Pois é, me pareceu muito importante termos um espaço nessa
jornada para falar sobre e principalmente COM os homens.
Eles, que também estão (re)nascendo como pais. Eles, que
também sentem muitas transformações em suas vidas em
função desse momento tão grandioso: a paternidade.
Então se você que está aqui tem um companheiro ao lado,
chama ele também pra essa conversa! Aliás não só pra ler essa
parte do ebook mas para conversar com ele sobre os tantos
aspectos que envolvem o tornar-se mãe, desde a gestação, o
parto, o pós-parto, a amamentação, a fase do puerpério. E
sobre o tornar-se pai também.
Aproveita e chama ele para vivenciar tudo isso mais pertinho
de você. Tenho certeza que ele também tem muitas questões
pessoais pra compartilhar contigo. E mais, ele pode te ajudar
nessa jornada. Muitas vezes ele está precisando de informação
pra saber o que está acontecendo com a mulher que está ao seu
lado. Vocês podem ser ajudar.
Vocês podem percorrer essa jornada juntos.
Cada um do seu modo, cada um no seu papel.
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Sabe, uma das reclamações que mais recebo das mulheres é
a de que o homem demora pra se encontrar no papel de pai,
ou que começa a se afastar com a chegada do filho, ou que o
homem não consegue encontrar espaço para paternar junto com
o maternar da mulher como se fosse uma disputa, ou de que o
homem não coopera, ou de que o homem não toma para si suas
responsabilidades de pai, ou que o homem não entende o que a
mulher está passando, ou que o homem não se empenha com o
filho e com a casa, ou que o homem não entende a forma de
criação que a mulher escolheu, entre tantas outras queixas. Não
vou entrar aqui no mérito de quem está certo ou errado, ou o
porquê disso acontecer com tanta frequência (porque sabemos
que o buraco dessas questões é mais embaixo e é bem profundo
né patriarcado?), então a questão que quero abordar aqui é a de
tirarmos um pouco as máscaras e personagens que podem estar
nos distanciando da conexão entre as relações. E ao contrário
disso, vamos nos conectar!
E tem mais, é muito comum nessa fase da vida o conflito
aparecer. As crises conjugais. Sabe por que? Porque quando
temos um filho nos deparamos diretamente com a nossa própria
criança interior. E que geralmente está ferida. E que traz tantas
lembranças da infância, de traumas, ressentimentos, mágoas,
com sensações as vezes inexplicáveis, e assim trazendo à tona
padrões e crenças familiares, e esses por mais que muitas
vezes queiramos fazer diferente da nossa família de origem, ou
romper comportamentos tóxicos, podem vir com tudo e se
manifestar até de forma inconsciente.
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E sabe, ainda é mais difícil para os homens se abrirem e se
conectarem com as suas próprias emoções, se mostrarem
vulneráveis com suas incertezas e fragilidades, porque eles
aprenderam a serem fortões desde muito cedo. Não estou aqui
defendendo ninguém por deixar de assumir as próprias
responsabilidades, estou aqui para entendermos um pouco de
onde vem tanta desconexão e o medo da entrega diante da
paternidade (e da maternidade).
Então tendo consciência dessas questões podemos nós, que
estamos vivendo esse momento tão intenso de nossas vidas e
naturalmente vulnerável, nos abrir mais (primeiramente para
nós mesmas) e assim trazer os homens para mais pertinho da
gente, e assim dar a oportunidade de para eles conhecerem um
pouco mais sobre o nosso universo.
Lembrem-se, a palavra aqui é CONEXÃO.
IMPORTANTE: mesmo tendo um homem super parceiro ao
lado ter mulheres junto da gente é fundamental. Tem coisas que
só entre mulheres vamos querer conversar, desabafar, trocar,
para assim nos fortalecer mutuamente.
Sabendo que esse assunto é polêmico e rende muito, conversei
com o Tiago Koch do canal @homempaterno para trazer uma
luz para todos nós quando o assunto é homens que viraram
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pais. O Tiago trabalha com homens que estão vivenciando
essas transformações e disponibilizou um texto que é um
verdadeiro recado para os homens-pais. Segue abaixo:
“Puerpério, ou você navega nesse mar com muito
conhecimento e empatia, ou seu barco pode afundar.
Se você nunca ouviu essa palavra e nem sabe o que
realmentesignifica marujo, atenção, pois você vai navegar ou
já está navegando em um oceano desconhecido, e sem bússola.
E isso pode ser desastroso, para todos.
Percebo que tem muito marujo por aí mais perdido que
azeitona em boca de banguela durante puerpério, e o principal
motivo que enxergo para isso é a falta de conhecimento. Nesse
sentido trago 5 pontos que são fundamentais você saber:
- Puerpério é um período de reorganização física, emocional,
psi e energética da mulher após o parto e que não tem tempo
determinado para terminar. Pode durar meses ou anos. Sim,
anos! E a única pessoa que vai saber quando o puerpério
acabou é a mulher, e mais ninguém.
- Para muitas mulheres, o puerpério é também o nascimento de
uma nova mulher, com os mesmos valores e carácter, mas com
uma nova forma de enxergar e se relacionar com a vida,
inclusive com você.
- Puerpério não é depressão pós-parto. Depressão pós-parto é
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um desequilíbrio, que necessita de tratamento. Mulheres
puérperas necessitam de empatia, amor, acolhimento, apoio
e pró-atividade com todas as novas demandas.
- Puerpério não é quarentena.
- Mulheres puérperas não são loucas, por mais que possa
parecer aos nossos olhos de homens. Imagine você nesse
lugar:passar por uma gestação e todas suas transformações,
por um parto(que dependendo como foi, pode impactar tanto
positivamente quanto negativamente no puerpério), por uma
oscilação hormonal brutal, pela amamentação (que pode ser
punk), noites sem dormir, dificuldade em conseguir tempo para
fazer suas necessidades básicas ( cagar, mijar, tomar banho e
comer), cobranças sociais para ser uma "boa" mãe e esposa,
não se compreender e nem ser compreendida, e mais a perda
da liberdade e autonomia.
Como já mencionei, esses são somente alguns pontos
importantes entre muitos existentes. E se você ficou com
dúvidas, MARAVILHA! Mais um sinal para você cair de
cabeça na busca por conhecimento sobre esse período.
Conhecimento gera empatia, não esqueça!”
Tiago Koch, @homempaterno
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Referências
- Material de estudos de Educação Transpessoal e Mindfulness
- A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra, Laura
Gutman
- O Poder do Discurso Materno, Laura Gutman
- Mulheres Visíveis, Mães Invisíveis, Laura Gutman
- O Guia Definitivo para o Pós-Parto, Oscar Serrallach
- A Coragem de Ser Imperfeita, Brené Brown
- O Lado Sombrio dos Buscadores de Luz, Debbie Ford
- Um Coração Sem Medo, Thupten JInpa
- Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkolas Estes
- O Mito do Amor Materno, Elizabeth Badinter
- Curso Psicologia do Puerpério, do Instituto Aripe
- Curso Teoria do Apego, do Instituto Aripe
- Minha própria experiência com a maternidade
- Todas as mulheres mães que já passaram em minha vida
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Oi! Meu nome é Roberta Arend,
sou mãe do Joaquim e da Aurora
(o melhor de mim), arquiteta
(minha eterna formação), doula
de gestação e pós-parto (minha
paixão), coach e mentora em
educação transpessoal e
mindfulness (minha vocação),
cantora nas horas vagas (minha
conexão). Sou mulher, amiga, filha,
companheira, apaixonada pela
natureza, curiosa pelos mistérios
Sobre a Autora
Mais tarde, conforme fui acompanhando o desenvolvimento do
meu filho Joaquim o interesse em me aprofundar no tema da
parentalidade foi crescendo e o educar de uma forma mais
consciente e respeitosa se transformou em minha atual missão
de vida. Hoje apoio outras mulheres mães (e suas famílias) em
seus processos de parentalidade consciente (desde a gestação,
pós-parto, puerpério, maternagem e criação de filhos).
Por um mundo melhor!
Você vem comigo nessa caminhada?
Um abraço, Roberta
da vida, adoradora do mar e um ser em constante transformação.
Minha história com a maternidade iniciou antes mesmo do meu
filho Joaquim nascer. Foi na minha primeira gestação onde
passei por uma perda gestacional devido a um aborto retido que
muitas mudanças começaram a acontecer. Conheci a realidade
obstétrica do Brasil e comecei a estudar sobre o parto
humanizado.
Metamorfose
Maternante
A Incrível Transformação da MulherAtravés da Maternidade
Roberta Arendwww.robertaarend.com.br