A Respiração

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A respiraoA respirao ocorre dia e noite, sem parar. Ns podemos sobreviver determinado tempo sem alimentao, mas no conseguimos ficar sem respirar por mais de alguns poucos minutos. Voc sabe que todos os seres vivos precisam de energia para viver e que essa energia obtida dos alimentos. O nosso organismo obtm energia dos alimentos pelo processo da respirao celular, realizada nas mitocndrias, com a participao do gs oxignio obtido no ambiente.Aglicose um os principais combustveis utilizados pelas clulas vivas na respirao. Observe o que ocorre nas nossas clulas:Glicose + gs oxignio ----> gs carbnico + gua + energia esse tipo de fenmeno que ocorre sem parar no interior das clulas viva, liberando a energia que garante a atividade dos nossos rgos por meio do trabalho das clulas.A respirao pode ser entendida sob dois aspectos: O mecanismo por meio da qual a energia qumica contida nos alimentos extrada nas mitocndrias e usada para manter o organismo em atividades, esse mecanismo a respirao celular; O conjunto de processos de troca do organismo com o ambiente externo que permite a obteno de gs oxignio e a eliminao do gs carbnico.Estudaremos a respirao segundo esse ltimo aspecto. Veremos, portanto, como o gs oxignio absorvido do ar atmosfrico e chega s nossas clulas; e como o gs carbnico produzido durante a respirao celular eliminado do organismo.O sistema respiratrioO sistema respiratrio humano formado pelos seguintes rgos, em seqncia:nariz,faringe,laringe,traquia,brnquiosepulmes.Na respirao ocorrem dois tipos de movimento: a inspirao e a expirao de ar. Na inspirao, o ar atmosfrico penetra pelo nariz e chega aos pulmes; na expirao, o ar presente nos pulmes eliminado para o ambiente externo.O ar entra em nosso corpo por duas cavidades existentes no nariz: as cavidades nasais direita e esquerda. Elas so separadas completamente por uma estrutura chamada septo nasal; comunicam-se com o exterior pelas aberturas denominadas narinas e com a faringe pelos canos. As cavidades nasais so revestidas internamente pela mucosa nasal. Essa mucosa contm um conjunto de plos junto as narinas e fabrica uma secreo viscosa chamada muco.Osplose omucoatuam como filtros capazes de reter microorganismos e partculas slidas diversas que penetram no nariz com o ar. Por isso, devemos inspirar pelo nariz e no pela boca: o ar inspirado pelo nariz chega aos pulmes mais limpo do que o ar inspirado pela boca. Alm de filtrado, o ar tambm adequadamenteaquecidoeumidificadono nariz.

rgos do sistema respiratrioFaringe: um canal comum aos sistemas digestrio e respiratrio e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.Laringe: um tubo sustentado por peas de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoo, em continuao faringe. O pomo-de-ado, salincia que aparece no pescoo, faz parte de uma das peas cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espcie de lingeta de cartilagem denominadaepiglote, que funciona como vlvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratrias.O epitlio que reveste a laringe apresenta pregas, ascordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.Traquia: um tubo de aproximadamente 1,5 cm de dimetro por 10- 12 centmetros de comprimento, cujas paredes so reforadas por anis cartilaginosos. Bifurca-se na sua regio inferior, originando osbrnquios, que penetram nos pulmes. Seu epitlio de revestimento muco-ciliar adere partculas de poeira e bactrias presentes em suspenso no ar inalado, que so posteriormente varridas para fora (graas ao movimento dos clios) e engolidas ou expelidas.Pulmes: Os pulmes humanos so rgos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominadapleura. Nos pulmes os brnquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, osbronquolos. O conjunto altamente ramificado de bronquolos arvore brnquicaourvore respiratria.Cada bronquolo termina em pequenas bolsas formadas por clulas epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangneos, denominadasalvolos pulmonares.

Diafragma: A base de cada pulmo apia-se no diafragma, rgo msculo-membranoso que separa o trax do abdmen, presente apenas em mamferos, promovendo, juntamente com os msculos intercostais, os movimentos respiratrios. Localizado logo acima do estmago, o nervo frnico controla os movimentos do diafragma

O trabalho dos alvolos pulmonaresOs alvolos so estruturas elsticas, formadas por uma membrana bem fina e envolvida por uma rede de vasos capilares sanguneos.Existem milhes de alvolos em cada pulmo. em cada um deles que ocorrem as trocas gasosas entre o pulmo e o sangue. Nos alvolosocorre uma difuso dos gases por diferena de concentraoe, consequentemente, da presso dos gases. O sangue que chega aos alvolos absorve o gs oxignio inspirado da atmosfera. Ao mesmo tempo, o sangue elimina gs carbnico no interior dos alvolos; esse gs ento expelido do corpo por meio da expirao.

Os movimentos respiratriosNa inspirao, o diafragma e os msculos intercostais se contraem. Ao se contrair, o diafragma desce e a cavidade torcica aumenta de volume verticalmente. Quando os msculos intercostais contraem, eles levam as costelas e o volume da cavidade torcica aumenta horizontalmente. Com o aumento do volume do trax, a presso do ar no interior da cavidade torcica e dos pulmes diminui. Ento, a presso do ar atmosfrico torna-se maior que a presso do ar interno, e o ar atmosfrico penetra no corpo indo at os alvolos pulmonares: ainspirao.Num segundo movimento, o diafragma e os msculos intercostais relaxam, diminuindo o volume da cavidade torcica. Ento, a presso do ar interno (no interior dos pulmes) aumenta, tornando-se maior que a presso atmosfrica. Assim, o ar sai do corpo para o ambiente externo: aexpirao.Nos alvolos pulmonares, o gs oxignio, presente no ar inspirado, passa para o sangue que ento distribudo pelas hemcias a todas as clulas vivas do organismo. Ao mesmo tempo, as clulas vivas liberam gs carbnico no sangue. Nos pulmes, o gs carbnico passa do sangue para o interior dos alvolos e eliminado para o ambiente externo por meio da expirao.

A regulao da respiraoAs pessoas conseguem ficar alguns segundos sem respirar. Tambm possvel respirar mais rpido ou mais devagar. Nessas situaes, a respirao controlada voluntariamente, isto , conforme a vontade da pessoa, e a atividade do diafragma e dos msculos intercostais regulada por uma regio do crebro da pessoa.Entretanto, quando uma pessoa no est pensando na respirao ou quando est dormindo, por exemplo, a atividade do diafragma e dos msculos intercostais regulada por um rgo do sistema nervoso chamado bulbo, situado um pouco abaixo do crebro. Esse controle involuntrio, independe da nossa vontade. O bulbo apresenta um grupo de neurnios que controla o ritmo respiratrio.Uma pessoa no pode prender a respirao, alm de algum tempo, mesmo que queira. Parando de respirar, o gs carbnico deixa de ser eliminado pelo sangue da pessoa para o ambiente externo. A concentrao desse gs aumenta no sangue e, ao atingir determinado nvel,o bulbovolta a comandar a respirao, regulando a atividade de contrao e relaxamento do diafragma e dos msculos intercostais. A pessoa ento reinicia a respirao, mesmo que no queira.A sade humana e o sistema respiratrioComo vimos, o oxignio contido no ar atmosfrico chega ao interior do nosso corpo pelo sistema respiratrio.Com o ar, alm do oxignio podem ser absorvidas outras substncias, partculas de poeira, fuligem, e at seres vivos microscpicos, como os vrus e as bactrias, capazes de causar danos nossa sade. Algumas impurezas so filtradas m diversos rgos do sistema respiratrio, mas outras conseguem passar at os pulmes, provocando doenas. As doenas mais comuns que atingem o sistema respiratrio podem ser de natureza infecciosa ou alrgica.Doenas infecciosasGripe e resfriadoA gripe uma doena bastante comum e infecciosa, causada pelovrus Influenza, descoberto em 1933. Existem relatos da gripe desde o sculo V a.C, no tempo de Hipcrates. Da em diante foram feitos vrios relatos descrevendo a morte de milhes de pessoas em conseqncia da gripe. Essas epidemias eram vistas no passado, como uma conseqncia da influncia dos astros, da surgiu o nome do vrus: Influenza.

J ocorreram algumas srias epidemias de gripe ao longo da histria, como a gripe espanhola, asitica e a de Hong Kong. Baseando-se nos resultados das trs maiores pandemias da histria, soma-se mais de 1,5 milhes de pessoas mortas e um prejuzo de 32 bilhes de dlares. De fato, hoje em dia a gripe no uma doena preocupante, visto que a doena evolui, na generalidade, de forma benigna, sem necessidade de grandes medidas teraputicas, alm de existir vacina para sua preveno.

A doena altamente contagiosa, sua transmisso se d atravs das partculas da saliva de uma pessoa infectada, expelidas atravs da respirao, da fala, da tosse e dos espirros. Alm disso, o perodo de incubao da gripe em mdia de 2 dias.

Os sintomas da doena so: mal-estar, febre elevada (38-39C), arrepios, dores musculares, dor de cabea, corrimento nasal, entupimento nasal. A gripe pode se tornar grave, principalmente para as pessoas idosas, gestantes ou debilitadas por doenas crnicas.

A gripe normalmente acaba de forma natural, resultado da capacidade imunolgica de cada indivduo. recomendvel descansar bastante e se alimentar bem; beber muito lquido, como sumos de frutas ou gua; umedecer os ambientes na medida do possvel; usar lenos ao tossir ou espirrar para evitar a contaminao de outras pessoas e procurar orientao mdica.BronquiteBronquite ainflamao dos brnquiosque ocorre quando seus minsculos clios param de eliminar o muco presente nas vias respiratrias. Esse acmulo de secreo faz com que os brnquios fiquem permanentemente inflamados e contrados. A bronquite pode ser aguda ou crnica. A diferena consiste na durao e agravamento das crises, que so mais curtas (uma ou duas semanas) na bronquite aguda, enquanto, na crnica, no desaparecem e pioram pela manh.A bronquite aguda causada geralmente por vrus, embora, em alguns casos, possa ser uma infeco bacteriana. O cigarro o principal responsvel pelo agravamento da doena. Poeiras, poluentes ambientais e qumicos tambm pioram o quadro.A bronquite crnica instala-se como extenso da bronquite aguda e pode ser provocada unicamente pela fumaa do cigarro. Por isso, conhecida por tosse dos fumantes, por ser rara entre no-fumantes.

Tanto na forma aguda quanto na crnica, a tosse o principal sintoma da bronquite. Tosse seca ou produtiva podem ser manifestaes da bronquite aguda. Na crnica, porm, a tosse sempre produtiva e a expectorao, espessa. Falta de ar e chiado so outros sintomas da doena.Doenas alrgicasRiniteRinite um termo mdico que descreve a irritao e inflamao crnica ou aguda da mucosa nasal. uma doena que pode ser causada tanto por vrus como por bactrias, embora seja manifestada com mais freqncia em decorrncia de alergia, ou por reaes ao p, fumaa e outros agentes ambientais. A inflamao decorrente da rinite resulta na produo excessiva de muco o que ocasiona o escorrimento nasal, sintoma mais tpico da rinite, entupimento e coceira. A rinite alrgica, que a forma mais comum de rinite, causada geralmente por alrgenos presentes no ar, como o plen, caro e a prpria descamao da pele de animais, mas tambm pode ser provocada devido a reao alrgica coceira, produtos qumicos, cigarros e remdios.AsmaA asma uma inflamao crnica dos brnquios. Ocorre inchao dos bronquolos e grande produo de catarro. O estreitamento e as contraes excessivas dos brnquios dificultam a passagem do ar. A crise respiratria se manifesta periodicamente. Alm da alergia a diversas substncias, as causas dessa doena tambm poder ser fatores emocionais, exerccios fsicos intensos, entre outras.Os sintomas da asma so: dificuldade respiratria, mas os remdios devem ser prescritos por um mdico.

Reaes do organismoQuando impurezas se alojam na garganta ou na traquia, preciso limp-las. A glote, pequena abertura no topo da laringe, se fecha, retendo o ar nos pulmes, o que aumenta a presso no seu interior. Quando a glote se abre repentinamente, o ar sai com muita fora e velocidade, levando junto muco e sujeiras. Isso tosse.Situao semelhante ocorre no nariz. Impurezas e outros agentes causam irritao no nariz ou na boca. A garganta se fecha, retendo o ar nos pulmes, o que aumenta a presso no seu interior. Quando o ar volta, sai explodindo limpando as vias respiratrias, ou seja, ele passa arrancando as partculas irritantes. o espirro.Quando uma pessoa boceja inmeras vezes, sabemos que ela est cansada, sonolenta, aborrecida ou desatenta. a reao do crebro avisando que as suas clulas precisam de mais oxignio para produzir mais energia e, assim, continuar as suas atividades.Ao bocejarmos, inspiramos bastante ar, enviando ao organismo uma carga extra de oxignio.