Abinforma - Dezembro de 2013

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS DEZEMBRO 2013 | Nº 269 | ANO XXIII “A prorrogação ou não do Reintegra vai definir qual a relevância do setor exportador para o Governo Federal”. A frase do presidente-executivo da Abi- calçados, Heitor Klein, resume a posição dos cal- çadistas acerca da pauta que foi debatida na reu- nião da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio no dia 19 de novembro na Câmara dos Deputados, em Brasília/DF. Segundo o executivo, a reunião, que contou com a partici- pação de representantes de entidades setoriais e dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimen- to, Indústria e Comércio Exterior, foi positiva. “O Governo Federal está ciente do fato e propondo o debate”, disse. Klein ressaltou que a valorização cambial, argumento utilizado pelo Governo para a não prorrogação do Reintegra para 2015, não conseguiu repor a queda na competitividade do setor calçadista. O debate foi proposto pelo depu- tado federal Renato Molling (PP-RS). Leia artigo sobre o tema na página 2. Foi prorrogado o prazo para as empresas inte- ressadas em participar do levantamento sobre o design. Os questionários, que têm como objetivo realizar um panorama geral do design no Brasil através do mapeamento de agentes e instituições, além da sua inserção no segmento industrial e de serviço, podem ser respondidos até o final de de- zembro. Os dados declarados são confidenciais e só serão utilizados em amostras de grupos anôni- mos para apoiar o desenvolvimento das atividades de pesquisa e benchmarking. A iniciativa é do Mi- nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com parceria da Abicalçados. Acesse e responda: https://pt.surveymonkey.com/s/ApexBrasil-Design. Foi no mês de novembro que a Casa Rosada con- firmou uma notícia que há muito era esperada pelos empresários e investidores com operações na Argentina: a renúncia do secretário de Co- mércio Interior, Guillermo Moreno. Com a saída do secretário, as decisões econômicas devem se concentrar no novo ministro da Economia, Axel Kicillof, que por sua vez também não é visto com muitos “bons olhos” pelos investidores, já que ele já vinha exercendo comando em vários segmen- tos da economia. O momento para os empresá- rios brasileiros é de preocupação, principalmente nessa fase de definição de uma proposta do Mer- cosul para as negociações com a União Europeia. A informação é do Estado de SP. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afir- mou que os investimentos vão crescer e serão o principal motor da economia em 2014. Mante- ga garantiu que o Banco Nacional de Desenvol- vimento Econômico e Social (BNDES) manterá as linhas de crédito para as empresas, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financia a compra de bens de capital, caminhões e máquinas agrícolas. Ele informou que o governo vai fazer, nos próximos dias, um aporte de R$ 24 bilhões para empréstimos do BNDES. Ao todo, o banco teve R$ 190 bilhões para financiamentos neste ano. Esse valor deve cair para cerca de R$ 150 bilhões em 2014. Com protecionismo crescente, mercado do país vizinho ameaça exportações brasileiras. Página 4 Aproximação com clientes é fundamental para manutenção de mercados potenciais. Página 3 REINTEGRA EM PAUTA PESQUISA SOBRE DESIGN MUDANÇAS NO GOVERNO KIRCHNER MANTIDO O PSI ARGENTINA É A PEDRA NO SAPATO BRASILEIRO EXPANSÃO INTERNACIONAL ATRAVÉS DO VAREJO: UM BOM NEGÓCIO PARA A INDÚSTRIA CALÇADISTA NACIONAL

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Informativo mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

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INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOSDEZEMBRO 2013 | Nº 269 | ANO XXIII

“A prorrogação ou não do Reintegra vai definir qual a relevância do setor exportador para o Governo Federal”. A frase do presidente-executivo da Abi-calçados, Heitor Klein, resume a posição dos cal-çadistas acerca da pauta que foi debatida na reu-nião da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio no dia 19 de novembro na Câmara dos Deputados, em Brasília/DF. Segundo o executivo, a reunião, que contou com a partici-pação de representantes de entidades setoriais e dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior, foi positiva. “O Governo Federal está ciente do fato e propondo o debate”, disse. Klein ressaltou que a valorização cambial, argumento utilizado pelo Governo para a não prorrogação do Reintegra para 2015, não conseguiu repor a queda na competitividade do setor calçadista. O debate foi proposto pelo depu-tado federal Renato Molling (PP-RS). Leia artigo sobre o tema na página 2.

Foi prorrogado o prazo para as empresas inte-ressadas em participar do levantamento sobre o design. Os questionários, que têm como objetivo realizar um panorama geral do design no Brasil através do mapeamento de agentes e instituições, além da sua inserção no segmento industrial e de serviço, podem ser respondidos até o final de de-zembro. Os dados declarados são confidenciais e só serão utilizados em amostras de grupos anôni-mos para apoiar o desenvolvimento das atividades de pesquisa e benchmarking. A iniciativa é do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com parceria da Abicalçados. Acesse e responda: https://pt.surveymonkey.com/s/ApexBrasil-Design.

Foi no mês de novembro que a Casa Rosada con-firmou uma notícia que há muito era esperada pelos empresários e investidores com operações na Argentina: a renúncia do secretário de Co-mércio Interior, Guillermo Moreno. Com a saída do secretário, as decisões econômicas devem se concentrar no novo ministro da Economia, Axel Kicillof, que por sua vez também não é visto com muitos “bons olhos” pelos investidores, já que ele já vinha exercendo comando em vários segmen-tos da economia. O momento para os empresá-rios brasileiros é de preocupação, principalmente nessa fase de definição de uma proposta do Mer-cosul para as negociações com a União Europeia. A informação é do Estado de SP.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afir-mou que os investimentos vão crescer e serão o principal motor da economia em 2014. Mante-ga garantiu que o Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES) manterá as linhas de crédito para as empresas, como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financia a compra de bens de capital, caminhões e máquinas agrícolas. Ele informou que o governo vai fazer, nos próximos dias, um aporte de R$ 24 bilhões para empréstimos do BNDES. Ao todo, o banco teve R$ 190 bilhões para financiamentos neste ano. Esse valor deve cair para cerca de R$ 150 bilhões em 2014.

Com protecionismo crescente, mercado do país vizinho ameaça exportações brasileiras. Página 4

Aproximação com clientes é fundamental para manutenção de mercados potenciais. Página 3

REINTEGRA EM PAUTA

PESQUISA SOBRE DESIGN

MUDANÇAS NO GOVERNO KIRCHNER

MANTIDO O PSI

ARGENTINA É A PEDRA NO SAPATO BRASILEIRO

EXPANSÃO INTERNACIONAL ATRAVÉS DO VAREJO: UM BOM NEGÓCIO PARA A INDÚSTRIA CALÇADISTA NACIONAL

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A manutenção do sistema Reintegra é legítima conquista do setor exportador, que desta forma vê parcialmente cor-rigida uma grave distorção de nosso sistema tributário. No Brasil, os impostos sobre o valor não incidem unicamente sobre o mesmo porque muitas parcelas de insumos e de serviços não proporcionam créditos no momento da apu-ração do líquido a recolher. Essa distorção produz forte impacto no custo dos produtos, tanto maior quanto mais alongada a cadeia produtiva.

Quando a implementação do Rein-tegra, que ora se pretende vigen-te por prazo indeterminado, as exportações brasileiras de calça-dos haviam registrado queda de 40% em seu valor anual. Assim, de US$ 1,9 bilhão em 2008, em 2009 caíram para US$ 1,4 bilhão, em 2010 para US$ 1,5 bilhão, em 2011 para US$ 1,3 bilhão e em 2012 para US$ 1,1 bilhão.

No corrente ano, até outubro in-clusive o valor é de US$ 900 mi-lhões que, anualizados, resultariam cerca de US$ 1,1 bilhão, o mesmo de 2012. Em outras palavras, em 2013 paramos de cair, fruto da implementação do Reinte-gra. Estas quedas ocorreram em decorrência do custo Bra-sil, dado que o mercado mundial de importados cresce e as nossas exportações caem.

Esse fenômeno não se restringe ao produto calçado, mas é característico de todos os produtos com elevado agre-gado de mão de obra e disponibilidade interna dos insumos aplicados, que são fatores pagos com moeda forte, o Real. Até 2008, a combinação de alguns fatores de competi-tividade ensejava a formação de preços que sustentavam aquela performance de US$ 1,9 bilhão.

Como resultado desta perversa combinação, e agora intro-duzindo o valor das importações, o setor amarga a triste conclusão de que, nestas condições muito em breve tere-mos também em calçados um saldo comercial negativo.

Assim, em 2008 o saldo foi positivo em US$ 1,6 bilhão, em 2009 caímos para US$ 1 bilhão, o mesmo que em 2010, em

2011 para US$ 868 milhões e em 2012 para US$ 584 milhões. Se incluirmos nesta conta as impor-tações de calçados desmontados o saldo até outubro de 2013 cai para US$ 280 milhões, menos da metade do ano anterior.

É importante observar que mesmo com estas quedas na performance, os calçados brasileiros são expor-tados para os mesmos 150 paí-ses. Isso significa que, embora em quantidades menores, continua-mos presentes no varejo mundial e que, recompostas as condições de competitividade, poderemos voltar à nossa performance histórica.

Por esta razão, tendo presente a imperiosa necessidade de saldos

comerciais positivos para a saúde da economia nacional, não existe alternativa senão a de continuidade da desone-ração tributária do setor exportador, contexto em que se insere o sistema Reintegra.

Esta providência, conjugada com a modernização da re-gulamentação trabalhista e o aperfeiçoamento de nos-so sistema de defesa comercial, promoverá as condições necessárias à recuperação do setor exportador e a melhor competitividade no mercado doméstico em relação aos im-portados, com o consequente aumento da atividade indus-trial e a geração de renda, emprego e divisas.

PRESIDENTE:Paulo Schefer

CONSELHEIROSCaetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, José Carlos Brigagão Do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco Lourenço Müller, Milton Cardoso, Paulo Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender,

Heitor KleinPresidente-executivo da

Abicalçados

REINTEGRA AUXILIA NA COMPETITIVIDADE ALÉM-FRONTEIRAS

1. BALANÇA COMERCIAL 2. FATORES DE COMPETITIVIDADE

editorial

Renato Klein, Ricardo José Wirth, Rosnei Alfredo da Silva, Sérgio Gracia e Thiago Borges.

PRESIDENTE-EXECUTIVO:Heitor Klein

CONSULTORESAdimar Schievelbein, Edson Morais Garcez e Rogério Dreyer

ABINFORMA é o informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Nº 269 Dezembro | 2013 Ano XXIII

EDIÇÃOAlice Rodrigues (Mtb. 12.832) e Diego Rosinha (Mtb. 13.096)

TEXTOSAlice RodriguesDiego RosinhaRoberta Ramos

FOTOSEquipe Abicalçados e divulgação

PRODUÇÃO GRÁFICAGabriel Dias

CONTATORua Júlio de Castilhos, 561Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130Fone: 51 3594-7011 Fax: 51 3594-8011

E-mail: [email protected]@abicalcados.com.brwww.abicalcados.com.br @abicalcados fb.com/abicalcados

CONSELHO DELIBERATIVO

NO CORRENTE ANO, ATÉ OUTUBRO, O VALOR (DAS

EXPORTAÇÕES) É DE US$ 900 MILHÕES [...] EM 2013 PARAMOS DE CAIR, FRUTO DA

IMPLEMENTAÇÃO DO REINTEGRA

58,7%

411,4%

28,0%0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

400%

450%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Exportações de calçados

Importações de calçados e partes

Saldo Balança Comercial

89,8%

162,2%

105,1%

60%

80%

100%

120%

140%

160%

180%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Câmbio

Salário Médio

Carga Tributária Bruta (% PIB)

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A concorrência internacional, por vezes desleal, e as crises nos principais mer-

cados mundiais estão transformando a realida-de das empresas exportadoras de calçados. A aposta em valor agregado e expansão de mer-cados através da aproximação, do olho no olho, se tornaram essenciais para a manutenção das exportações. Uma das estratégias mais efica-zes é a abertura de showrooms além-fronteiras.

Rafael do Prado Ribeiro, da gerência de Proje-tos Setoriais da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), destaca que é fundamental ter um “braço” no país-alvo, seja ele representante comercial ou showroom. “O showroom tem uma contribui-ção maior no meu ponto de vista, especialmente porque muitos deles já possuem uma rede de representantes e com a diferença de ter um espaço físico para apresentação de coleções, construção de conceito, posicionamento de marca, cross-selling e confiança transmitida ao mercado”, avalia. Segundo ele, e o processo de internacionalização acontece em várias etapas, dentre as quais trabalho de inteligência comer-cial e estudo de viabilidade operacional em de-terminado mercado. “Quanto mais estruturada a empresa está no país-alvo, maior as suas chan-ces de transmitir confiança e calibrar bem os 4 P´s do marketing (preço, produto, promoção, praça)”, acrescenta Ribeiro.

Além do showroom próprio, o gerente da Apex-Brasil destaca outras ações ligadas ao ponto-

de-venda que podem influenciar positivamente na expansão internacional. “Ações como cria-ção de corners no PDV e abertura de franquias também são interessantes e aumentam o re-conhecimento de marca, agregando serviços e permitindo um melhor posicionamento no mercado gerando assim menos sensibilidade a variações cambiais”, comenta o especialista.

CasesO empresário Fabio Lucena de Oliveira, sócio-diretor da Lucena e Oliveira Comércio e Repre-sentação, abriu um showroom em Dubai com um sócio local e não se arrepende. Comercializando as marcas Beira Rio, Vizzano, Moleca, Molekinha, Modare, Ramarim, Comfort Flex, Mary Pepper e Bibi desde setembro deste ano, ele destaca a im-portância do estabelecimento próximo ao cliente. Segundo Oliveira, o mercado árabe tem uma se-mana útil de domingo a quinta-feira, sendo que muitos já trabalham no sábado. “Estando lá o aproveitamento do tempo é bem maior e as ne-cessidades imediatas, características dos árabes, são atendidas prontamente”, aponta, ressaltando a importância da aproximação para conheci-mento do mercado, desenvolvimento de coleções apropriadas ao perfil dos consumidores, entre outras particularidades. Oliveira destaca que a montagem da estrutura foi uma demanda de clientes locais que estavam sendo prospecta-dos e disseram comprar só após o estabele-cimento da representação em Dubai. “Com o escritório, não apenas estreitamos nosso re-lacionamento com os compradores, mas tam-

bém com seus gerentes de marketing, profis-sionais de visual merchandising e balconistas. O crescimento em relação ao ano passado já está acima de 75%”, avalia Oliveira.

O sócio local também é fundamental para os negócios de Oliveira. “A parceria se dá com o intercâmbio de contatos, pois nossa entrada em grandes redes o ajuda muito a apresentar os seus produtos (ele é proprietário de uma fábrica de calçados masculinos)”, afirma. Para o próximo ano, Oliveira adianta que a expectativa é vender um milhão de pares na região, especialmente através da abertura de mais um showroom, que a partir do final deste ano irá funcionar na cida-de de Jeddah, na Arábia Saudita.

Apostando no mesmo caminho para conquistar a confiança de clientes de uma cultura muito diferente da verde-amarela, a Sapatoterapia trabalha com um showroom em Dongguan, na China, para ser um facilitador e conseguir aten-der de maneira eficaz o mercado. A estratégia foi adotada assim que a empresa de Franca, São Paulo, aderiu ao projeto China do Brazilian Foo-twear, em agosto de 2012. “Vimos que iríamos

precisar de alguma ‘força extra’ para poder ir mais rápido e resolvemos buscar uma empresa local para nos auxiliar, gente que já conhecía-mos e já tínhamos nos aproximado anos antes, quando havia o objetivo de abrir uma loja na-quele País”, conta Daniel Figueiredo, gerente de exportação da marca.

Com uma bagagem adquirida em 2007, ano em que a empresa fez embarques esporádicos para a China, Figueiredo conta que já sabiam da dificuldade em trabalhar com um mercado tão grande e distante. “Sabemos que realizar negócios à distância não é fácil. Poderá acon-tecer, mas não com a intensidade desejada. Assim, para que houvesse a oportunidade de dar o acompanhamento necessário ao cliente, decidimos que seria preciso ter um parceiro local para trabalhar com o showroom.” Segun-do ele, o cliente se sente mais confortável ao poder visitar o showroom, entende a inten-ção da fábrica e sabe que pode contar com alguém próximo a qualquer momento. “Ajuda e dá credibilidade. Sabemos que o cliente chinês é muito cauteloso e sente-se melhor em seu ambiente”, destaca.

EMPRESAS APOSTAM EM SHOWROOMS NO EXTERIOR

especial

Exportadores que desistem Recente pesquisa da Abical-çados com associados apontou que 39% dos exportadores bra-sileiros que trabalhavam com a Argentina deixaram de exportar para lá devido à imprevisibilida-de dos negócios. “Não podemos assistir a deterioração deste importante comércio para o calçado brasileiro”, destacou o presidente Heitor Klein duran-te seminário na Fiergs nesta terça (05), acrescentando que, ao mesmo tempo em que as exportações de produtos brasi-leiros para o país vizinho caem, as importações argentinas de calçados chineses aumentam.

Barreira argentina continua e 700 mil pares estão na fronteira Sem esperanças de que as recentes mudanças no Mi-nistério da Economia da Argentina possam melhorar as relações comerciais en-tre os dois principais sócios do Mercosul, a Abicalçados resolveu fazer um novo ape-lo para que o governo bra-sileiro entre em cena para destravar as exportações ao país vizinho. Se não houver evolução no caso, a entida-de já prevê entre 8 mil e 10 mil demissões no setor em 2014, a maior parte do Rio Grande do Sul.

Abicalçados defende renovação do Reintegra “A prorrogação ou não do Reintegra vai definir qual a relevância do setor exporta-dor para o governo federal”. A frase do presidente-exe-cutivo da Associação Bra-sileira das Indústrias de Cal-çados (Abicalçados), Heitor Klein, resume a posição dos calçadistas acerca da pauta que foi debatida na reunião da Comissão de Desenvolvi-mento Econômico, Indústria e Comércio, nesta semana, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

É preciso gastar sola de sapato Sair batendo de porta em porta pode ser a melhor so-lução em tempos de crise. É isso que mostra a indústria calçadista, que, apesar da concorrência chinesa, tem conseguido vender para des-tinos pouco explorados, como Rússia, Arábia Saudita e Isra-el, produtos de qualidade su-perior à dos asiáticos. Para se dar bem, o setor adotou a estratégia de destinar calça-dos de maior valor agregado aos mercados com potencial de consumo.

Barreira argentina mina Mercosul Em dois meses, mais do que dobrou a quantidade de calçados gaúchos retidos na fronteira com a Argentina. Já são 750 mil pares vendidos que não chegam ao destino por falta de liberação do governo vizinho, calcula a entidade que representa o setor, a Abicalçados. É mais um exemplo de um antigo problema sem solução à vista: as barreiras comerciais impostas pelo governo Cristina Kirchner. parados alimentos e móveis, causando prejuízos para ambos os lados.

Abicalçados recebe Prêmio Automação GS1 Brasil A Abicalçados recebeu, na noite de quinta-feira, dia 7, em cerimônia realizada em São Paulo/SP, o Prêmio Automa-ção da GS1 Brasil. O prêmio veio na categoria Inovação, através do Sistema de Ope-rações Logísticas Automati-zadas (SOLA), programa rea-lizado pela entidade calçadista com o apoio da Assintecal, ACI NH-CB-EV e ABDI.

abi na mídia

Jornal Valor --- Página 5 da edição "27/11/2013 1a CAD A" ---- Impressa por CCassiano às 26/11/2013@21:09:52

Quarta-feira, 27 de novembro de 2013 | Valor | A5

Enxerto

Jornal Valor Econômico - CAD A - BRASIL - 27/11/2013 (21:9) - Página 5- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

B ra s i l

Fonte: Secex. Elaboração: Valor. * Acumulado entre janeiro e outubro de cada ano

Inversão da pautaExportações brasileiras de couro e calçados*

US$ FOB (em bilhões)

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Calçados Couro

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

1,1

2,1

1,7

Quantidade (em milhões)

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Calçados Couro

90

110

130

150

170

105,2

160,6

144,9

127,7

Comércio exterior País importa couro e usa mão de obra especializada, enquanto o Brasil perde mercado

Com ajuda brasileira, China sofistica produçãoCamilla Veras MotaDe São Paulo

O diretor da Associação Brasi-leira dos Químicos e Técnicos daIndústria do Couro (Abqtic), Ete-valdo Zilli, foi um dos milharesde brasileiros que, no começodos anos 1990, foi à China comocontratado da então embrioná-ria indústria calçadista local. Aocontrário de muitos, ele não foipara ficar, apenas para prestarconsultoria a algumas empresas.“Praticamente não se trabalhavacom couro lá. Só se usava mate-rial sintético. Os sapatos custa-vam US$ 2, US$ 3”, lembra.

Nos últimos 20 anos, porém, amão de obra qualificada que mi-grou do Brasil, dos Estados Unidose da Itália para o polo calçadista deDongguan — que abriga atual-mente mais de três mil brasileiros— promoveu uma mudança estru-tural importante no setor.

Os calçados mais baratos conti-nuam sendo produzidos, mas ago-ra eles dividem espaço com peçasde maior valor agregado, feitos es-pecialmente em couro. A segundageração de brasileiros que traba-lha na indústria de calçados chine-sa presta serviços principalmentepara marcas internacionais. A filhade Zilli, por exemplo, trabalha hácinco anos como especialistaem couro na China, atualmentepara uma marca americana quevende botas estilo cowboy que nãosaem por menos de US$ 200 aoconsumidor final.

A sofisticação da indústria cal-çadista chinesa e o encolhimentodo setor no Brasil, contudo, têmimpactos na economia brasileiraque vão além da migração de

uma segunda geração de brasi-leiros. Ela reforçou mais um casode “p r i m a r i z a ç ã o” da pauta deexportações, com impactos dire-tos no segmento de couro.

Na contramão do desempenhodas exportações da indústria cal-çadista, as vendas de couro para oexterior aumentaram de formasignificativa nos últimos anos. Noacumulado entre janeiro e outu-bro deste ano, o comércio de courobrasileiro com outros países movi-mentou US$ 2,1 bilhões, aproxi-madamente 23,5% mais do que nomesmo período de 2008. Emquantidade, o avanço foi aindamaior, de 25,8%. As exportações decalçados, por outro lado, diminuí-ram 41,2% em valor nesse intervalo(para US$ 1 bilhão entre janeiro eoutubro) e 27,4% em quantum. Osdados foram obtidos na Secretariade Comércio Exterior (Secex).

Em 2012, a China ultrapassoua Itália — cliente histórico do cur-tume brasileiro — e se tornou omaior comprador de couro dopaís. A nação asiática foi o desti-no de quase 25% do total expor-tado, em valor, pelo setor entrejaneiro e outubro deste ano. JoséFernando Bello, presidente doCentro das Indústrias de Curtu-me do Brasil (CICB), afirma que aexpectativa para este ano é que75% do couro produzido no paísseja exportado, contra 70% noano passado e 40% em 2003. Tam-bém contribui para esse quadro,ressalta, o uso cada vez mais in-tensivo de material sintético naprodução de calçados esportivose femininos no Brasil.

A inversão na pauta brasileirade exportação — mais couro e me-nos calçados, proporcionalmente

—, explica o economista Fabio Sil-veira, da GO Associados, caracteri-za mais um caso de primarizaçãoda pauta brasileira de exportações— quando commodities e produ-tos de menor valor agregado ga-nham cada vez mais relevância nabalança comercial, em parte emdetrimento do produto domésticode maior valor agregado. “Esse éum tipo de desindustrialização fla-g r a n t e”, pondera.

Ele chama atenção para a mu-dança na composição do superá-vit da balança do setor de couro ecalçados. De US$ 1,950 bilhão dedólares em 1997, o saldo anualsubiu para US$ 2,3 bilhões em2012. Naquela época, o resultadodo segmento de calçados era res-ponsável por 70% do total, e o ra-mo de couro respondia pelo res-tante. Em 2012, o percentual decalçados recuou para 44,6%.

Entre janeiro e setembro desteano, a quantidade de pares expor-tados pelo Brasil para os EstadosUnidos, um mercado que passou acomprar bastante da indústria cal-çadista chinesa e é ainda o maiorimportador de produtos do setorno Brasil, foi 21,4% menor do queno mesmo período do ano ante-rior. Em valor, a retração foi umpouco menor, de 9%.

A situação se repete nas trocascom países como França (-25,7%em pares e -9,3% em valor), ReinoUnido (-39,2% e -31,3%) e Alema-nha (-23,9% e -24,3%) e são asmaiores quedas registradas pelolevantamento da Associação Brasi-leira das Indústrias de Calçados(Abicalçados). Em 2012, as vendasaos Estados Unidos ainda cresce-ram em pares — 9,2% —, mas dimi-nuíram 16,2% em valor.

Barreira argentina continua e 700 mil pares estão na fronteiraSérgio Ruck BuenoDe Porto Alegre

Sem esperanças de que as re-centes mudanças no Ministérioda Economia da Argentina pos-sam melhorar as relações comer-ciais entre os dois principais só-cios do Mercosul, a AssociaçãoBrasileira das Indústrias de Cal-çados (Abicalçados) resolveu fa-zer um novo apelo para que o go-verno brasileiro entre em cenapara destravar as exportações aopaís vizinho. Se não houver evo-lução no caso, a entidade já prevêentre 8 mil e 10 mil demissões nosetor em 2014, a maior parte doRio Grande do Sul.

O cálculo leva em conta a esti-mativa de que 10 milhões a 12milhões de pares deixarão de serexportados no ano que vem emfunção da “leniência do governob r a s i l e i r o” ante o protecionismoargentino, disse o presidente da

entidade, Heitor Klein. No totalo setor empregava 352,7 mil tra-balhadores no Brasil em setem-bro — um contingente já 2,2%menor do que no mesmo mês de2012 — , sendo 114 mil no Esta-do, calcula a Abicalçados.

A principal barreira impostapelo governo argentino é a De-claração Jurada de Antecipaçãode Importações (DJAI), que aca-ba atrasando a liberação do in-gresso dos calçados brasileirosno país para bem além do prazode 60 dias previsto pela Organi-zação Mundial de Comércio(OMC), conforme a Abicalçados.A exigência do documento éparte da política “uno por uno”:para cada dólar importado umdeve ser exportado.

Segundo a associação, umadas saídas poderia ser a criaçãode uma linha de crédito pelo go-verno brasileiro para financiar asimportações dos calçados pelos

argentinos. Alguns empresários,porém, defendem medidas maisdrásticas como contrapartida aobloqueio informal. “O Brasil de-veria aplicar as mesmas barreiraspara produtos argentinos comoo trigo”, afirmou o diretor dogrupo P r i o r i t y, Eduardo Schefer.

Os problemas enfrentados pe-los calçadistas brasileiros seagravaram desde agosto e atual-mente existem 700 mil pares decalçados já negociados à esperade liberação para chegar aos va-rejistas e distribuidores argenti-nos. Parte deles está bloqueadadesde julho. O valor total dasmercadorias é estimado emUS$ 13 milhões, o equivalente a9,5% de todas as exportações pa-ra a Argentina em 2012.

Neste ano, os embarques já re-cuaram 12,1% em valor e 17,9%em volume de janeiro a outubrona comparação com igual perío-do de 2012, para US$ 107,4 mi-

lhões e 7,7 milhões de pares, res-pectivamente. “Algumas empre-sas estão abandonando o merca-do argentino e os importadoresde lá estão inseguros para fazerencomendas”, explicou Klein. Osócio do Brasil no Mercosul é osegundo maior mercado das ex-portações brasileiras, atrás ape-nas dos Estados Unidos.

Conforme o executivo, as subs-tituições do ex-ministro da Eco-nomia da Argentina, Hernán Lo-renzino, por Axel Kicillof, e do se-cretário de Comércio Interior,Guillermo Moreno, por AugustoCosta, não deverão facilitar ascoisas para os brasileiros. “Daparte da Argentina ficará tudoigual”, disse Klein, que no mêspassado pediu ajuda à presiden-te Dilma Rousseff durante umavisita dela à cidade gaúcha deNovo Hamburgo.

Na época, de acordo com ele, apresidente encarregou o minis-

tro da Educação, Aloizio Merca-dante, de encontrar uma soluçãopara o problema. Nesta semana,Klein recebeu um telefonema doMinistério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior su-gerindo uma audiência com o se-cretário-executivo da pasta, Ri-cardo Schaefer, devido a proble-mas de agenda do ministro Fer-nando Pimentel. “Já falamos comele [Schaefer] quatro vezes. Ago-ra queremos conversar com o mi-n i s t r o”, cobrou o presidente daAbicalçados.

Diante do impasse, a ministrada Casa Civil, Gleisi Hoffmann,receberá um grupo de represen-tantes da Abicalçados hoje, emBrasília. Um deles é o diretor dogrupo Priority, Eduardo Schefer,que cobra medidas mais durasdo governo brasileiro. A fabri-cante tem 50 mil pares negocia-dos à espera de autorização paraentrar na Argentina, o equiva-

lente a um terço de todas as ex-portações previstas para o paísvizinho neste ano.

Conforme Schefer, a Argentinaé o principal mercado externo daempresa e se o comércio bilateralnão for regularizado em 2014não haverá como evitar demis-sões. O Priority emprega 2 milpessoas no Rio Grande do Sul eem Sergipe.

Outro integrante do grupoque será recebido por Gleisi é odiretor administrativo e finan-ceiro da Calçados Bibi, RosneiAlfredo da Silva. Segundo ele, afabricante tem 80 mil pares reti-dos em transportadoras à esperade liberação pelas autoridadesargentinas, o que corresponde àmetade das vendas projetadaspara o país em 2013. Por en-quanto, o executivo não prevêdemissões entre os 1,6 milempregados no Rio Grande doSul e na Bahia.

Nova geração de imigrantes trabalhapara marcas internacionais no paísDe São Paulo

O gaúcho de Sapiranga Ever-ton Silva trabalha para a marcabritânica Clarks há três anos, emDongguan, no sul do país. Antesde se mudar para a China, em2004, aos 25 anos, ele trabalhoupor onze anos no grupo Paque -tá, dono de marcas como Du-mont e Ortopé. Com a ajuda doscursos profissionalizantes dadospela própria empresa e pelo Se-nai da região, dominou o siste-ma CAD/CAM, usado para mo-delar calçados, e foi contratadona China como especialista. Pas-sou pelo setor de controle dequalidade e hoje trabalha emdesenvolvimento de produtos,junto com os escritórios nos Es-tados Unidos e Inglaterra.

A Clarks chegou a produzir noBrasil, em fábricas terceirizadas.

Por conta da pressão do aumen-to de custos, afirma Silva, troca-ram a gaúcha Sapiranga porUruburetama, no Ceará, mas hádois anos saíram do país. Atual-mente, as unidades parceiras naRepública Dominicana e em ou-tros países do Caribe dão contadas exportações para a AméricaLatina, diz o brasileiro.

Com o desenvolvimento dopolo calçadista de Dongguan, ospreços na província de Guang-dong, onde o município está lo-calizado, subiram e empurrarama fabricação de produtos maisbaratos para Wenzhou, mais aonorte, e para países vizinhos co-mo Vietnã e Camboja.

A embaixada do Brasil em Pe-quim informa que Dongguanainda é a cidade com maior nú-mero de brasileiros na China. Sãocerca de 3 mil, ante 1 mil em Pe-

quim, por exemplo. O setor co-mercial do consulado em Cantão,onde fica a província de Guan-dong, afirma que há atualmente21 companhias calçadistas brasi-leiras na cidade, muitas em par-ceria com sócios locais chineses.

Em 2009, uma dessas empre-sas, a Paramount Asia, esteve en-tre as recordistas de exportaçõesda China, com 35 milhões de pa-res vendidos. Há alguns anos ogoverno local vem privilegiandoindústrias de mais alta tecnolo-gia e, como consequência, pro-movendo êxodo daquelas quepagam salários menores. As mar-cas internacionais que permane-cem na região enfrentam hojecustos de produção mais altos,mas contam com a boa infraes-trutura de logística disponível,aspecto que faz diferença hoje nomercado calçadista. (CVM)

05/11/2013Affonso Ritteraffonsoritter.com.br

11/11/2013Exclusivo Online exclusivo.com.br

19/11/2013Isto É Dinheiro Pág. 40

06/11/2013Zero HoraPág. 11

21/11/2013Jornal NH Pág. 15

27/11/2013Valor EconômicoPág. 5

Espaços aproximam empresas dos clientes internacionais e incrementam negócios

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abinforma - dezembro 20134

O mês de novembro marcou a intensificação dos debates e

tratativas para a solução do impasse do comércio bilateral entre Brasil e Argentina, fato que segue causando prejuízos aos exportadores brasileiros. Conforme mais recente levantamento da Abicalçados, mais de 700 mil pares de calçados verde-amarelos seguem impedidos de entrar na Argentina por conta da não liberação das Declara-ções Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAIs). O prejuízo é de mais de US$ 13 milhões, isso sem con-tar a falta de repetição dos pedidos.

No dia 5 de novembro, os entraves pautaram os debates do seminário “A realidade econômica e as perspecti-vas comerciais da relação Brasil e Ar-gentina”, promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), em Porto Alegre/RS. Com especialistas dos dois países, o evento trouxe importantes reflexões acerca do contexto atual e perspectivas dos negócios com o país vizinho.

Na oportunidade, o presidente-exe-cutivo da Abicalçados, Heitor Klein, fez um histórico das relações entre os exportadores brasileiros e os “herma-nos”, que apesar de robusta nunca foi das mais pacíficas. Atualmente a Ar-gentina é o segundo principal destino do calçado verde-amarelo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Entre janeiro e outubro deste ano, os argentinos compraram 7,53 mi-lhões de pares, pelos quais pagaram

US$ 107,4 milhões, quedas de 18% em pares e de 12,1% em dólares no comparativo com o mesmo período do ano passado. Por outro lado, a base de comparação é fraca, já que o ano passado registrou uma queda de 30% com relação a 2011. Klein ressaltou que os dados estão muito distantes da performance brasileira, que já foi de 20 milhões de pares ex-portados para lá.

Segundo o executivo, a queda é mo-tivada pelo crescente protecionismo argentino, algo inadmissível no con-texto do Mercosul. Desde setembro de 2005, quando a Argentina ado-tou as licenças não-automáticas para importação, o problema vem se agravando, culminando na adoção das DJAIs – sob a política do chama-do uno por uno - a partir de janeiro do ano passado.

Ainda no mês de novembro, a Abical-çados promoveu um encontro com lideranças políticas do Rio Grande do Sul para discutir os próximos passos. O evento aconteceu na sede da enti-dade calçadista, em Novo Hamburgo/RS, no último dia 22, e contou com as presenças dos deputados estaduais Lucas Redecker (PSDB) e João Fis-cher (PP), da prefeita de Sapiranga, Corinha Molling, de vereadores da região, representantes dos trabalha-dores e empresários.

Na oportunidade, Klein, ressaltou que é preciso sensibilizar a socie-dade para o problema. “Já fomos à

Brasília, entregamos carta à pre-sidente em evento aqui em Novo Hamburgo, a ACI teve encontro com o vice-presidente Michel Temer e participamos ativamente do debate, mas a resolução não aparece”, disse. Com com a presidente em Brasília, o executivo aponta que o caminho é explicar para a sociedade, fazer com que todos saibam do impasse e os seus reflexos sociais.

ColetivaIInconformada com o crescente protecionismo do governo argenti-no, a Abicalçados promoveu, no dia 28 de novembro, um encontro com jornalistas para tratar do tema. Com presença significativa tanto da im-prensa como de lideranças setoriais e políticas, a coletiva aconteceu na sede da entidade.

Klein iniciou o encontro fazendo um histórico da situação com a Argenti-na, ressaltando a queda de mais de 50% nos embarques nos últimos anos.

Na ocasião, o executivo ressaltou que o problema é maior do que a re-tenção dos pares sugere, pois acaba não proporcionando a repetição dos pedidos. “A estimativa é de que, por conta das barreiras impostas pelo nosso segundo principal mercado, percamos mais de 8 mil postos de

trabalho já nos próximos dois me-ses”, alertou.

Na oportunidade, Klein agradeceu o apoio político de senadores, deputa-dos, lideranças da região e do Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que tem mostrado boa vontade para a resolução do impasse, “infelizmente sem resultado”.

ResistênciaQuestionado sobre a posição de par-te do empresariado, de que o Brasil deveria abandonar o mercado ar-gentino, Klein ressaltou que a Abi-calçados, através do programa Bra-zilian Footwear, tem buscado uma maior diversificação de países com-pradores. “Existe um esforço contí-nuo da nossa parte para a diversi-ficação e expansão de mercados, mas isso não significa que vamos nos conformar com a situação de dete-rioração das relações com a Argen-tina”, disse, acrescentando que hoje o Brasil exporta para 150 países e tem retomado negócios com a Rús-sia e aberto mercados importantes na China e África do Sul.

UniãoA prefeita de Sapiranga, Corinha Molling, participou do encontro com a imprensa para destacar a impor-

tância da atividade calçadista para as regiões dos vales do Sinos e Pa-ranhana e da união dos empresários em prol da solução do problema co-mercial. “O impasse com a Argenti-na vai fazer com que a questão do desemprego bata na nossa porta”, disse. Também participaram do en-contro o vereador de Campo Bom, Marinho de Moura, o presidente da Câmara de Vereadores de Parobé, Lindemar Hartz, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pa-robé, Samuel Mosmann, e o repre-sentante da Federação dos Traba-lhadores da Indústria de Calçados e Vestuário do Rio Grande do Sul e do Sindicato dos Sapateiros de Parobé, Gaspar de Mello Nehering.

EntendaO governo argentino instituiu, em 2012, a necessidade da DJAI, buro-cracia que obriga que o exportador declare suas intenções de investimen-to em solo argentino através da políti-ca informal do uno por uno (para cada dólar importado um deve ser exporta-do ou investido no País). Na prática, a política visa, através de uma manobra protecionista, equilibrar a balança comercial argentina. Alguns calçados brasileiros aguardam liberação desde julho, enquanto o prazo máximo da Organização Mundial do Comércio (OMC) para liberação é 60 dias.

abinotícias

No dia 12 de novembro, os polos calçadistas de Birigui e Fran-ca, no interior de São Paulo, receberam eventos da Abicalçados. Através dos encontros, a entidade apresentou as novidades de mais uma edição do Prêmio Direções e ainda promoveu a palestra “Marketing no Ambiente de Negócios de 2014”, ministrada pelo coordenador dos programas de mercado da pós-graduação da ESPM-Sul, Artur Vasconcellos. Em cada uma das cidades, o pú-blico mostrou interesse pela exposição do professor e ainda pode saber mais detalhes sobre a distinção, que presta reconhecimen-to às melhores práticas setoriais em diversas categorias, como comercial, industrial, internacional, marketing e design.

De acordo com coordenador da Unidade de Desenvolvimento da Abicalçados, Cristian Schlindwein, as ações foram positivas e reuniram calçadistas interessados em ambas as apresentações. “O resultado foi ótimo e o feedback por parte de algumas em-presas muito interessante. O tema da palestra é bastante ade-

quado à realidade calçadista e ofereceu uma visão dos principais desafios que o setor enfrentará, em termos de marketing, para o próximo ano”, destacou. As ações aconteceram na sede do Sindi-cato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui (Sinbi) e do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca).

ReconhecimentoCom o objetivo de apontar os rumos para as práticas da indústria calçadista nacional, a Abicalçados promove a segunda edição do Prêmio Direções. A novidade deste ano fica por conta de uma nova categoria: a Direções Internacionais, que vai premiar a empresa com as melhores práticas no comércio exterior. A distinção conta ainda com as categorias Direções Comerciais, Direções de Marke-ting, Direções Industriais e Direções de Design.

Assim como na edição anterior, a premiação irá destacar duas empresas em cada categoria, uma de micro/pequeno e outra

de médio/grande porte. As categorias de Destaque Projeto de Sustentabilidade, Jornalista, Personalidade do Setor e Sindicato também foram mantidas. As inscrições serão realizadas até o dia 10 de janeiro de 2014 através do site www.premiodirecoes.com.br, onde a empresa deverá preencher formulário eletrônico que irá gerar login e senha para acesso. Os investimentos variam de R$ 300 a R$ 900 para associados da Abicalçados e R$ 600 a R$ 1,8 mil para não-associados da entidade.

A realização do Prêmio Direções é da Abicalçados e os patrocí-nios ouro da Caixa Econômica Federal, Apex-Brasil, Grupo Cou-romoda, Francal Feiras e VPSA; e patrocínios prata da Lectra, Fastcargo e New Profissionais da Imagem.

Mais informações e inscrições no site www.premiodirecoes.com.br, e-mail [email protected] ou contato direto pelo telefone (51) 3594-7011 com Janaína.

ABICALÇADOS PROMOVE EVENTO EM POLOS CALÇADISTAS DE SÃO PAULO

UMA PEDRA ARGENTINA NO SAPATO BRASILEIRO

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dezembro 2013 - abinforma 5

abinotícias

A Abicalçados recebeu, na noite do dia 7 de novembro, em cerimônia realizada em São

Paulo/SP, o Prêmio Automação da GS1 Brasil. O prêmio veio na categoria Inovação, através do Sistema de Operações Logísticas Automatizadas (SOLA), programa realizado pela entidade calça-dista com o apoio da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Associação Comercial, In-dustrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI NH-CB-EV) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Para o presidente-executivo da Abicalçados, Hei-tor Klein, “o reconhecimento tem elevado signi-

ficado para a entidade, pelo que representa para o setor calçadista em termos do desenvolvimento da competitividade”. Segundo ele, a competitivi-dade é um dos pilares da Associação, o que des-taca ainda maior relevância para a premiação.

O projetoO SOLA, que encerrou a fase piloto em ou-tubro e terá seu uso irrestrito a partir de no-vembro, é a aplicação web na qual a principal função é a integração da cadeia coureiro-cal-çadista no que tange a identificação, codifi-cação e troca de mensagens EDI, permitindo que as empresas fornecedoras de matéria-prima e fabricantes tenham um ambiente co-

mum para agilizar toda logística. As empresas poderão utilizar o sistema através de um ser-vidor nacional, que armazenará o protocolo das comunicações realizadas entre as partes e o catálogo de produtos disponibilizados. Mais informações e cadastramento através do e-mail [email protected].

Na sua décima sexta edição, o Prêmio Auto-mação homenageou empresas e organiza-ções que desenvolveram projetos inovadores em processos automatizados com os padrões de tecnologia GS1. A cerimônia de premiação aconteceu no espaço de eventos HSBC Brasil, na capital paulista.

A Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios – encerrou mais uma edição como uma pla-taforma de negócios plenamente consolida-da. Lojistas e expositores ressaltam o sucesso nos objetivos da feira, assim como o entusias-mo em relação ao período de realização do evento, que antecipa as coleções de outono-inverno. Para os lojistas, a mostra é o pontapé inicial nas vendas para o abastecimento do estoque e também possibilita o primeiro con-tato com as tendências de moda para o ano de 2014. Já para os expositores, a Zero Grau representa uma oportunidade importante de planejamento da produção do primeiro tri-mestre do ano.

Frederico Pletsch, diretor da Merkator Feiras e Eventos, promotora da Zero Grau, avalia que o objetivo da feira foi plenamente alcançado. Não apenas nas vendas, que superaram as expec-tativas iniciais, mas também pela possibilidade de firmar e sedimentar o relacionamento funda-mental entre o lojista e o expositor.

O empresário Marlin Kohlraush, presidente da Bibi Calçados, afirma que a Zero Grau vem crescendo ano a ano acompanhando o mercado, muito pela possibilidade de planejamento que a antecipação das coleções oferece. “O produto chega na loja já em fevereiro, possibilitando uma projeção mais es-pecífica para o ano em relação à coleção”, aponta.

O bom fluxo de visitantes e a vontade do vare-jo em conhecer as novidades, bem como bus-car a antecipação de compras, são apontados pela diretora comercial da Piccadilly, Ana Clara Grings. Segundo ela, a Zero Grau vem se con-solidando como canal de negócios, mostrando a nova dinâmica do setor calçadista em relação o varejo. “O público que visita a feira está cada vez mais qualificado e a visitação bem distribuí-da em relação aos dias da mostra”, avalia.

A quarta edição da Zero Grau – Feira de Calça-dos e Acessórios ocorre de 17 a 19 de novembro de 2014 também no Centro de Eventos do Ser-ra Park, em Gramado/RS.

Com o objetivo de aproximar os elos da cadeia coureiro-calçadista, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com a parceria da Abicalçados, realizou, no dia 21 de no-vembro, o 1º Encontro entre Ofertantes e Toma-dores. A iniciativa aconteceu na sede da entidade calçadista, em Novo Hamburgo/RS, e serviu para apresentar os atelieres às indústrias de calçados e bolsas da região dos vales do Sinos e Paranhana. O evento reuniu mais de 30 unidades de forneci-mento que puderam divulgar seus trabalhos para indústrias do segmento.

De acordo com o gerente regional do Sebrae, Marco Aurélio Copetti, o projeto serviu para apro-ximar a indústria dos pequenos e médios fornece-dores, já que a busca por mão de obra qualificada é uma constante entre as empresas calçadistas. “Com o mercado cada vez mais competitivo, as marcas vêm buscando uma sinergia maior com os atelieres. A intenção é fazer este encontro duas vezes ao ano para que as indústrias de calçados e acessórios possam conhecer diferentes prestado-

res de serviços e ainda manter a qualidade de seus artigos”, destaca. A aproximação com os atelieres é vista como positiva por Carlos Vanzella, da Ar-teflex, divisão de EPIs do Grupo Artecola. “A inicia-tiva é importante por nos colocar frente a frente com prestadores de serviços de diferentes áreas. Além disso, ter um cadastro de fornecedores cer-tificados pela Sebrae faz a diferença na hora de procurar um parceiro”, destaca. A opinião é parti-lhada por Lindoberto de Oliveira, da Piccadilly. “O evento foi muito interessante e possibilitou conta-tos para suprir algumas necessidades da empresa, especialmente na área de costura”, comenta.

ABICALÇADOS RECEBE PRÊMIO AUTOMAÇÃO GS1 BRASIL

SEBRAE PROMOVE ENCONTRO ENTRE INDÚSTRIA CALÇADISTA E UNIDADES DE FORNECIMENTO

ZERO GRAU SE CONSOLIDA COMO NOVA PLATAFORMA DE NEGÓCIOS PARA O SETOR CALÇADISTA

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abinforma - dezembro 20136

Durante os meses de agosto e de-zembro do ano passado, o Brazi-

lian Footwear foi avaliado por associa-dos em pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos em Indústria, Tecnologia e Economia Internacional da Faculdade de Ciências Econômicas da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A apresentação do estudo foi realizada no dia 26 de novembro, na Abicalçados, em Novo Hamburgo/RS. Além da apresentação, o consultor Helio Henkin palestrou sobre “Cenário Econômico 2014” para uma plateia de empresários exportadores.

PesquisaCom 78 empresas, o levantamento apontou o Brazilian Footwear como um programa positivo para o incre-mento das exportações e manu-tenção de mercados em tempos de concorrência acirrada e turbulências no âmbito internacional. Conforme a pesquisa, 78% das empresas associa-das tiveram continuidade nas expor-tações no período de 2005 e 2011, percentual que cai para 20,8% entre as não apoiadas pelo programa.

Ainda segundo o levantamento, as associadas ao Brazilian Footwear

responderam por 64,4% dos valo-res totais exportados em 2011 (US$ 813,45 milhões de US$ 1,26 bilhão), ao passo que as não apoiadas pelo programa exportaram apenas 35,6% do total da receita gerada. “Notamos uma inversão, pois em 2005, quando os números totais foram de US$ 1,75 bilhão, 64,5% dos valores gerados eram provenientes de empresas não apoiadas pelo programa”, enfatizou o coordenador de Projetos da Abical-çados, Cristiano Körbes.

Um total de 62% das empresas apoia-das destacaram o apoio em pesquisa e conhecimento de mercado pro-porcionado pelo Brazilian Footwear como elemento relevante. Já 25% das ouvidas destacaram a maior capaci-

dade de desenvolvimento de produto e ajuste às necessidades do mercado internacional. As empresas ressalta-ram, ainda, a importância da iniciativa para o maior relacionamento no mer-cado, em projetos de desenvolvimento e capacitação para comércio exterior e promoção de negócios e imagem.

Cenários econômicos A apresentação da pesquisa foi su-cedida por uma palestra do consultor Helio Henkin. “Em 2014 apostamos em uma recuperação das taxas de crescimento, com exceção de Brasil e China, que tendem a manter as taxas atuais”, disse, acrescentando que a China, por outro lado, deve continu-ar a crescer mais do que os demais emergentes. Segundo ele, toda a

expectativa para 2014 depende da manutenção ou não da política mo-netária dos Estados Unidos.

Embora a aposta seja em uma re-cuperação moderada da maior eco-nomia do mundo, a dúvida quanto à manutenção dos estímulos do Federal Reserve permanece, o que pode ter efeitos macroeconômicos. Já na Eu-ropa, com a maior rigidez devido ao atrelamento ao Euro, o crescimento deve ocorrer, mas será mais baixo do que nos demais países.

A aposta de desaceleração da econo-mia chinesa porém, traz a boa notícia de que o governo do “Tigre Asiático” vai precisar rever o modelo de cresci-mento, investindo mais no consumo interno e menos nas plataformas de exportações, o que deve “diminuir a pressão de desova de mercadorias baratas no mercado internacional”. “A previsão é de que as empresas brasileiras consigam vender cada vez mais na China”, ressaltou Henkin.

Já o cenário na América do Sul é de crescimento moderado devido às tur-bulências políticas – notadamente na Argentina e Venezuela – e à depen-

dência de exportações de commo-dities. “No Oriente Médio temos um cenário parecido com a América do Sul. As turbulências políticas devem impedir um crescimento substancial.”

CâmbioPara vislumbrar 2014 na área do câm-bio, Henkin apresentou alguns fatores que podem influenciar na cotação, sendo o principal deles a manutenção ou não da política monetária norte-americana. “A expectativa é de que o dólar fique entre R$ 2,15 e R$ 2,40, sendo que existe uma pressão para a maior cotação”, disse. Como conten-ção da valorização cambial, o econo-mista listou a possibilidade da utiliza-ção das reservas da União, operações cambiais no âmbito do Banco Central, elevação das taxas de juros internas e recuperação da economia mundial.

Balança comercialNo cenário calçadista, que segundo Henkin “aterrissou na realidade brasi-leira”, a previsão é de queda nas ex-portações e desaceleração no varejo. “A balança comercial de calçados caiu mais de 70% desde 2005. A tendên-cia é, mantido o panorama, que ela zere em quatro anos”, concluiu.

PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASILbrazilian footwear

BRAZILIAN FOOTWEAR APRESENTA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS ASSOCIADOS

Henkin aponta para manutenção das taxas de crescimento do País

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dezembro 2013 - abinforma 7

Nada mais adequado do que a “Capital Nacio-nal do Calçado” para sediar a primeira edição da Bota do Mundo, projeto que irá proporcio-nar a realização do sonho de crianças cadei-rantes com idade de 8 a 12 anos que, com a ajuda dos ídolos – jogadores e ex-jogadores de futebol –, poderão disputar uma Copa do Mun-do de penalidades máximas. O torneio acon-tecerá no dia 15 de dezembro, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo/RS. A iniciativa é da Smile Flame, Equipe Abicalçados e Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). O apoio é do Instituto Carlos Duarte, através do

Esporte Clube Novo Hamburgo, e da Cooper-shoes, empresa que produziu botas especiais para o torneio.

Em busca de apoiadoresPara viabilizar uma verdadeira Copa do Mundo da solidariedade, a iniciativa ainda está em busca de parceiros, sejam pessoas físicas ou jurídicas. As doações de R$ 20 a R$ 500 podem ser fei-tas através do site catarse.me/botadomundo até o dia 9 de dezembro. Já as cotas de patrocínio, abertas para empresas interessadas em apoiar o projeto, têm valores a partir de R$ 3 mil.

Já colocaram seu nome no projeto: Perestroika, Prorrogação, Paquetá, Kildare, Ortopédica Cata-rinense, Jornal Exclusivo e SPR.

ProjetoO projeto Bota do Mundo está chamando ídolos do futebol que formarão duplas com crianças cadeirantes. Cada dupla será uma seleção da Copa do Mundo de 2014 e dis-putará, em pênaltis, o título do torneio. As crianças poderão chutar a bola graças a uma

bota especial desenvolvida pela Coopersho-es. Alguns nomes já confirmaram presença: Tinga, ídolo do Internacional e atualmente no Cruzeiro, Nei, ex-jogador do Internacional e atualmente no Vasco da Gama, Jardel e Es-pinosa, ídolos do Grêmio, e Volmir, ex-jogador da dupla Grenal.

Mais informações sobre o projeto com Roberta Ramos – [email protected] – ou Daniel Mattos – [email protected].

balança comercial

ARGENTINA É DETERMINANTE PARA QUEDA NAS EXPORTAÇÕES

IMPORTAÇÕES DO CAMBOJA AUMENTAM 1.444% EM OUTUBRO

Os entraves do governo argentino às exportações brasileiras foram determi-nantes para os resultados das exportações em outubro. No mês dez, con-

forme dados do MDIC, foram embarcados 10,58 milhões de pares que geraram US$ 91,93 milhões, valor 16,6% menor do que no mesmo mês de 2012. Já no acumulado de janeiro a outubro foram embarcados ao exterior 98,93 milhões de pares que renderam US$ 900,7 milhões, resultado 1,2% inferior ao do mesmo período do ano passado. Em pares, porém, o resultado foi positivo em 7,4%, o que demonstra um esforço do calçadista brasileiro na formação de preços mais competitivos e com margens cada vez mais apertadas.

Em outubro a Argentina representou o pior desempenho para as exportações brasileiras de calçados. As quedas foram de mais de 71% em dólares e 60,6% em pares. No mês passado os “hermanos” compraram 975,8 mil pares pelos quais pagaram US$ 8,7 milhões. No acumulado de janeiro a outubro os argentinos já compraram 7,53 milhões de pares a um custo de US$ 107,4 milhões, quedas de 18% em pares e de 12,1% em dólares ante o mesmo período do ano passado.

Os Estados Unidos seguem como o principal mercado para o calçadista brasileiro. No acumulado, os norte-americanos importaram 8,14 milhões, no valor de US$ 155,4 milhões, registro 17,7% menor em pares e 5,5% menor em dólares com relação ao mesmo período de 2012.

As importações de calçados, apesar de uma queda no mês de outubro no compa-rativo com o mesmo mês do ano passado, seguem em alta no acumulado. No mês de outubro entraram no Brasil mais de 3,64 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 54,53 milhões, valor 10% inferior ao do mesmo mês de 2012. Por outro lado, no acumulado, as importações chegaram a US$ 510,28 milhões, registro 15% maior do que no ano passado. Em volume, o aumento é de 10,7%, chegando a 34,81 milhões de pares.

A grande surpresa do mês de outubro foi o aumento das importações do Camboja, país de fraca industrialização calçadista. Naquele mês os cambojanos venderam 221,27 mil pares de calçados para o Brasil, o que equivale a US$ 3 milhões, valor 1.444% maior do que o registrado em outubro do ano passado (US$ 197,4 mil). O resultado fez com que o país asiático saltasse do 11°, em 2012, para o 4° lugar entre as principais origens das importações brasileiras de calçados.

Em partes e cabedais, as importações de janeiro a outubro deste ano decresceram 16% com relação ao mesmo período de 2012. A principal origem segue sendo a China, que corresponde a mais de 40% do total importado em materiais para produção de calçados.

ação social

Fonte: MDIC/Abicalçados

BOTA DO MUNDO SERÁ EM NOVO HAMBURGO

O que?Bota do Mundo de futebol

IngressosR$ 5 para público em geral – vendidos no localCadeirantes e familiares isentos

Quem participa?Serão 16 duplas formadas por ídolos e crianças cadeirantes

Quando e onde?Dia 15 de dezembro a partir das 15hs, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo/RS.

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retrospectiva