Abinforma - Agosto de 2013

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FRANCAL ABRE A TEMPORADA MAIS RENTÁVEL PARA O CALÇADO NACIONAL INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS AGOSTO 2013 | Nº 265 | ANO XXIII No próximo dia 11 agosto, a brasileiríssima Rider vai se juntar com os ícones adolescentes de Hollywood da televisão, música, cinema, esportes, moda, comédia e da web durante a cerimônia do Teen Choice Awards, em Los Angeles. Com o apoio da empresa de relações públicas do Brazilian Footwear nos Estados Unidos, a marca fará parte do pacote de presentes que será entregue a uma lista de celebridades como Lucy Hale, Ian Somerhalder, Russell Westbrook, Demi Lovato, Rebel Wilson, Lily Collins, e Liam Hemsworth. Criado para celebrar o ano através das múltiplas plataformas de entretenimento, o Teen Choice Awards é uma premiação anual dedicada ao pú- blico adolescente. A Abicalçados deu mais um passo rumo à sus- tentabilidade. A entidade fechou parceria com a Guerreiro Advogados Associados, que irá pres- tar consultoria jurídica e ambiental em caráter não oneroso. A assinatura do convênio aconteceu na sede da Abicalçados, em Novo Hamburgo/RS. O do- cumento foi assinado pelo presidente-execu- tivo da entidade, Heitor Klein, e pelo sócio da empresa, Rui Guerreiro. A presidente Dilma Rousseff vetou integralmen- te o projeto aprovado no Congresso que previa o fim da multa adicional de 10% FGTS paga pelos empregadores. A Abicalçados lamenta a decisão, que vai de encontro aos esforços para desoneração tributária da produção nacional. A partir de janeiro de 2014 exportadores nacionais terão que pagar tarifas integrais. Pág 3 Feira paulista, que aconteceu entre 9 e 12 de julho, superou adversidades externas com bons negócios. Pág 5 Com a intenção de incentivar processos de inova- ção entre as pequenas e micro empresas calçadis- tas, o Sebrae/RS apresentou, no dia 4 de julho, o projeto Rede de Serviços Tecnológicos (RST) para empresários do setor calçadista que atuam na re- gião dos vales do Sinos, Caí e Paranhana. O lançamento aconteceu no NH Hall, em Novo Hamburgo/RS, e reuniu representantes de di- versas indústrias do setor, que conheceram detalhes da iniciativa, desenvolvida em par- ceria com o Banco Interamericano de Desen- volvimento (BID) e o Centro de Tecnologia e Qualidade do Setor de Móveis da Região de Marche, na Itália (COSMOB), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desen- volvimento (PNUD) e o Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin). A intenção é atingir cerca de 1,2 mil empre- sas, que poderão contar com uma consultoria especializada e preços diferenciados na hora de adquirir novos equipamentos para definir estratégias comerciais. RIDER PARTICIPA DO TEEN CHOICE AWARDS, EM LOS ANGELES PARCERIA PELO MEIO AMBIENTE DILMA VETA FIM DA MULTA ADICIONAL DO FGTS PEQUENOS GRANDES INOVADORES BRASIL PERDE BENEFÍCIO PARA EXPORTAR À UNIÃO EUROPEIA Juarez Machado/Grupo Sinos

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Informativo mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Transcript of Abinforma - Agosto de 2013

FRANCAL ABRE A TEMPORADA MAIS RENTÁVEL PARA O CALÇADO NACIONAL

INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOSAGOSTO 2013 | Nº 265 | ANO XXIII

No próximo dia 11 agosto, a brasileiríssima Rider vai se juntar com os ícones adolescentes de Hollywood da televisão, música, cinema, esportes, moda, comédia e da web durante a cerimônia do Teen Choice Awards, em Los Angeles. Com o apoio da empresa de relações públicas do Brazilian Footwear nos Estados Unidos, a marca fará parte do pacote de presentes que será entregue a uma lista de celebridades como Lucy Hale, Ian Somerhalder, Russell Westbrook, Demi Lovato, Rebel Wilson, Lily Collins, e Liam Hemsworth.

Criado para celebrar o ano através das múltiplas plataformas de entretenimento, o Teen Choice Awards é uma premiação anual dedicada ao pú-blico adolescente.

A Abicalçados deu mais um passo rumo à sus-tentabilidade. A entidade fechou parceria com a Guerreiro Advogados Associados, que irá pres-tar consultoria jurídica e ambiental em caráter não oneroso.

A assinatura do convênio aconteceu na sede da Abicalçados, em Novo Hamburgo/RS. O do-cumento foi assinado pelo presidente-execu-tivo da entidade, Heitor Klein, e pelo sócio da empresa, Rui Guerreiro.

A presidente Dilma Rousseff vetou integralmen-te o projeto aprovado no Congresso que previa o fim da multa adicional de 10% FGTS paga pelos empregadores. A Abicalçados lamenta a decisão, que vai de encontro aos esforços para desoneração tributária da produção nacional.

A partir de janeiro de 2014 exportadores nacionais terão que pagar tarifas integrais. Pág 3

Feira paulista, que aconteceu entre 9 e 12 de julho, superou adversidades externas com bons negócios. Pág 5

Com a intenção de incentivar processos de inova-ção entre as pequenas e micro empresas calçadis-tas, o Sebrae/RS apresentou, no dia 4 de julho, o projeto Rede de Serviços Tecnológicos (RST) para empresários do setor calçadista que atuam na re-gião dos vales do Sinos, Caí e Paranhana.

O lançamento aconteceu no NH Hall, em Novo Hamburgo/RS, e reuniu representantes de di-versas indústrias do setor, que conheceram detalhes da iniciativa, desenvolvida em par-ceria com o Banco Interamericano de Desen-volvimento (BID) e o Centro de Tecnologia e Qualidade do Setor de Móveis da Região de Marche, na Itália (COSMOB), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desen-volvimento (PNUD) e o Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin).

A intenção é atingir cerca de 1,2 mil empre-sas, que poderão contar com uma consultoria especializada e preços diferenciados na hora de adquirir novos equipamentos para definir estratégias comerciais.

RIDER PARTICIPA DO TEEN CHOICE AWARDS, EM LOS ANGELES

PARCERIA PELO MEIO AMBIENTE

DILMA VETA FIM DA MULTA ADICIONAL DO FGTS

PEQUENOS GRANDES INOVADORES

BRASIL PERDE BENEFÍCIO PARA EXPORTAR À UNIÃO EUROPEIA

Juarez Machado/Grupo Sinos

abinforma - agosto 20132

Entre os três maiores problemas enfrentados pela indústria calçadista brasileira, a falta de mão de obra qualificada, final-mente, vem recebendo maior atenção dos governos federal e estadual. Na segunda quinzena de julho, recebemos, na sede da Abicalçados, uma reunião histórica das entidades da cadeia coureiro-calçadista, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria Estadual do Trabalho do RS, diretores das escolas do Senai/RS e empresários. A pau-ta do encontro foi debater as principais dificuldades enfren-tadas pelas indústrias do setor quanto à questão da mão de obra para a realização de cursos de capacitação no âmbito do Pronatec (matéria na página 4).

A partir da reunião, ficou definido que serão enviados questio-nários para as indústrias calçadistas para o levantamento pre-ciso das necessidades de qualificação com vistas à formação dos cursos, que poderão ser realizados in company ou em es-truturas externas em 2014. Sem custo para as empresas – os aportes serão do Governo Federal, a iniciativa proporcionará um melhor atendimento das demandas levando em conside-ração as particularidades de cada polo brasileiro. A medida é

PRESIDENTE:Paulo Schefer

VICE-PRESIDENTESCaetano Bianco Neto; Caio Borges Ferreira; Junior Cesar Silva; Leandro Mosmann; Marco Lourenço Muller;Milton Cardoso dos Santos Filho;Renato Klein; Ricardo José Wirth;Roberto Argenta; Rosnei Alfredo da Silva; e Sérgio Gracia.

Heitor KleinPresidente-executivo da

Abicalçados

A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA

editorial

de extrema importância para a qualificação não só do traba-lhador, mas do produto e, consequentemente, da imagem do calçado nacional aqui e além das fronteiras.

ConvocaçãoPor outro lado, na apresentação do Programa, o representante do MDIC colocou que apenas 110 mil das mais de duas milhões de vagas existentes no mercado brasileiro foram mapeadas, cerca de 5%. Que o setor calçadista fuja da estatística e saiba aproveitar a oportunidade da melhor forma possível é a missão da Abicalçados.

E, é pela relevância do trabalho e do momento de sinergia en-tre os poderes público, privado e dos trabalhadores, que apro-veito o espaço deste informativo para convocar as indústrias e se engajarem nesta causa. O preenchimento do formulário, que deverá ser entregue até o dia 30 de agosto, não levará mais do que alguns minutos, tempo ínfimo perto do que pode representar para o desenvolvimento do calçado brasileiro.

Boa leitura!

FICOU DEFINIDO QUE SERÃO ENVIADOS QUESTIONÁRIOS PARA AS INDÚSTRIAS DO SETOR PARA O LEVANTAMENTO PRECISO DAS NECESSIDADES DE QUALIFICAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DOS CURSOS

PRESIDENTE-EXECUTIVO:Heitor Klein

DIRETOR EXECUTIVO:Rogério Dreyer

CONSULTORESAdimar Schievelbein, Cristov Becker,Edson Morais Garcez e Enio Klein

ABINFORMA é o informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

Nº 265 Agosto | 2013 Ano XXIII

EDIÇÃOAlice Rodrigues (Mtb. 12.832) e Diego Rosinha (Mtb. 13.096)

TEXTOSAlice RodriguesDiego RosinhaRoberta Ramos

FOTOSEquipe Abicalçados e divulgação

PRODUÇÃO GRÁFICAGabriel Dias

CONTATORua Júlio de Castilhos, 561Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130Fone: 51 3594-7011 Fax: 51 3594-8011

E-mail: [email protected]@abicalcados.com.brwww.abicalcados.com.br @abicalcados fb.com/abicalcados

Dólar valorizado favorece exportação Com o dólar mais valoriza-do, aumentam as chances do Brasil exportar sua pro-dução calçadista. Mesmo antes de começar a Fran-cal, a promotora da feira já prospectava um cres-cimento nas visitas de es-trangeiros por conta disso. Embora os números finais do evento ainda não te-nham sido contabilizados, a promotora afirma que no primeiro dia da mostra, por exemplo, o número de im-portadores foi 8% superior

ao mesmo período de 2012.

Enquanto indústria de roupas esportivas cresce, a de sapatos retrai no Brasil Enquanto os 5 milhões de corredores praticam o es-porte no país, a indústria nacional de artigos espor-tivos vive um cenário divi-dido, em que as empresas de roupas esportivas saem ganhando. No ano passa-do, a produção de vestuário para quem pratica esportes cresceu, mas os números positivos não foram replica-dos pela indústria de calça-dos esportivos.

Brazilian Footwear realiza Projeto Comprador com empresários da Colômbia e BolíviaOs quatro dias da Francal, que se encerrou na sexta-feira (12), foram de bons negócios para os importa-dores da Colômbia e Bolívia que participaram do Proje-to Comprador do Brazilian Footwear, programa de incentivo às exportações de calçados brasileiros, de-senvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-tos (Apex-Brasil).

Exportações de calçados caem 6,5% em junho ante maio, diz associação As exportações de calçados brasileiros caíram 6,5% em junho na comparação com maio, segundo informou nesta segunda-feira (15) a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abi-calçados). Na comparação com junho de 2012, o recuo foi de 7,8%. No mês de junho foram vendidos para o ex-terior 7,46 milhões de pares de calçados, o equivalente a US$ 80,58 milhões, segundo a Abicalçados.

Mão de obra em pauta no setor calçadistaCom vistas a enfrentar um dos principais gargalos do setor coureiro-calçadista bra-sileiro, a Associação Brasilei-ra das Indústrias de Calça-dos (Abicalçados) promoveu, no último dia 17 de julho, uma reunião de alinhamento da cadeia produtiva do seg-mento para definição das demandas de formação e qualificação profissional do Pronatec - Programa Na-cional de Acesso ao Ensino Médio e Emprego.

Benefício que devolve 3% para exportadores vale até 31 de dezembro de 2013O Reintegra, programa de incentivo às exportações do governo federal que de-volve 3% do faturamento total com exportações para a indústria exportadora, foi prorrogado até 31 de de-zembro de 2013. A medida, que será retroativa à 4 de junho, quando venceu o be-nefício, é comemorada pelos calçadistas. O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, ressalta que a medida torna a indústria brasileira mais competitiva frente aos desafios impos-tos no mercado externo.

abi na mídia

12/07/2013Exclusivo Geral | Pág. 4 18/07/2013

Exclusivo On-line exclusivo.com.br

18/07/2013Aduaneiras aduaneiras.com.br

15/07/2013Portal G1 g1.com.br

24/07/2013Jornal Agora.comjornalagora.com.br

21/07/2013Diário Catarinense Onlinediariocatarinense.clicrbs.com.br/sc

CONSELHOR DIRETOR

agosto 2013 - abinforma 3

enquanto, esperamos que pelo menos se mantenha forte”, ava-lia Giteau. Se por um lado, a nova tarifa preocupa, o quadro se mantém estável graças à estratégia adotada de trabalhar novas marcas para compensação da perda de vendas para os clientes

mais tradicionais.

O gerente de exportações da Democrata, marca masculina de Franca/SP, Ander-

son Melo, avalia que a notícia veio num momento “menos desastroso” para o setor exportador, já que o câmbio mais competitivo pode, de alguma forma, diminuir o custo na hora da negociação. “O mercado europeu vem diminuindo para o calçado brasileiro. Por questões de preço e logística, os europeus têm buscado

produtos no próprio continente, com destaque para Portugal”, afirma. Por

outro lado, mesmo com a adversidade da tarifa maior, no embalo de uma retomada

da economia, Melo acredita que o ano deve fechar com incremento nos embarques destinado à

UE na ordem de 10%. Exportando cerca de 25% da produção de 7,5 mil pares diários para mais de 60 países, a Democrata tem seu foco nos Estados Unidos e países da América Latina. “A Euro-pa representa 15% do total exportado. Já representou muito mais. Só para Espanha, em 2005/2006 exportávamos 100 mil pares”, revela. Na Europa, onde o preço médio do produto exportado é US$ 40, o principal destino é a Holanda.

John Schmidt, do departamento de Exportações do Grupo Priority (marcas West Coast e Cravo&Canela), ressalta que o im-pacto deve ser menor, pois a empresa tem focado a inserção mais no mercado do Leste Europeu. “Cerca de 24% das nossas exporta-ções são destinadas à Europa, mas a maioria para o Leste. Perde-mos espaço nos países da UE, onde só está sendo possível retomar mercado através de private label (produzir com marca de tercei-ro) por questões de preço”, afirma. Segundo Schmidt, a empresa pretende “dar o desconto necessário” nas negociações, mas não irá absorver o aumento isoladamente. O preço médio dos calçados exportados para Europa é de US$ 28.

Países integrantes do bloco europeuÁustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Irlanda, Suécia, Alemanha, Eslovênia, Eslováquia, Hungria, Polônia, Rep. Tcheca, Letônia, Estônia, Lituânia, Malta, parte greco-cipriota do Chipre, Bulgária e Romênia.

NCM 6401 (calçado injetado de borracha ou plástico)

NCM 6402 (calçado cabedal de borracha ou plástico)

NCM 6403 (calçado cabedal de couro natural)

NCM 6404 (calçado cabedal de material têxtil)

NCM 6405 (outros)

O desenvolvimento econômico e social alcançado pelo Bra-sil nos últimos anos fez com que o País fosse excluído do

Sistema Geral de Preferências (SGP) da União Europeia. A par-tir de 1º de janeiro de 2014, os exportadores brasileiros passam a pagar tarifa integral, sem o desconto concedido pelo sistema desde 1971 e que visa beneficiar países menos desenvolvidos. O motivo da exclusão do Brasil foi a classificação do Banco Mundial que colocou o País como sendo de “economia de ren-da média-alta nos últimos três anos”, que tem base na renda nacional bruta (RNB).

Conforme a Comissão Europeia, o novo sistema se concentra em menor número de países benefi-ciários para garantir um impacto maior aos mais necessitados. Se-gundo a Comissão, uma queda limi-tada nas exportações, na faixa de 1%, é esperada para muitos desses parceiros. Por outro lado, mesmo quedas de exportação de economias mais avançadas podem potencialmente propor-cionar oportunidades significativas para os países mais pobres, cujas exportações são comparativamente muito pequenas.

Além do Brasil, saíram do SGP europeu, pelo mesmo motivo: Ará-bia Saudita, Kuwait, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã, Brunei Darussalam e Macau (todos com renda alta), Argen-tina, Brasil, Cuba, Uruguai, Venezuela, Belarus, Rússia, Cazaquis-tão, Gabão, Líbia, Malásia e Palau (todos de renda média-alta).

ImpactoA Abicalçados alerta que, para usufruir dos benefícios do SGP concedidos até o final do ano, os produtos brasileiros deverão estar desembaraçados para livre circulação na UE até o dia 31 de dezembro de 2013. As mercadorias que chegarem aos países europeus em 2014, mesmo enviadas em 2013, estarão sujeitas à nova legislação tarifária. Em 2012 o Brasil exportou o equivalente a US$ 40,2 milhões para os países da UE, número que deve cair em 2013. Nos primeiros seis meses do ano as exportações brasileiras para o bloco foram de US$ 13,17 milhões, 30,6% inferiores do que no mesmo período do ano passado. A queda deverá ser ainda maior com a nova tarifa, que vem somada à crise que se abate nas principais economias da Europa. Para o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, a medida merece acompanhamen-to. “Outros países, concorrentes do Brasil, também perderão o benefício”, pondera.

A agência de exportações ADG Export está receosa quanto aos negócios com a Europa para o próximo ano. Trabalhando com embarques para o bloco desde 2005, a empresa despacha uma média de 170 mil pares de calçados anualmente para o velho continente. Segundo o diretor da empresa, Alexandre Giteau, os principais destinos dos calçados, que possuem um preço médio de 24 euros, são Bélgica e França. “As exportações para Europa são vitais para a ADG”, enfatiza. Para o diretor, os preços, que já estavam com margens apertadas, agora com o adicional da tarifa integral devem dificultar ainda mais os negócios com os clientes da UE. “Se as fábricas ou o mercado não absorverem a diferença, certamente vai haver impactos nas vendas, inclusive no varejo. A solução seria a valorização do Dólar/Euro que, por

A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA

BRASIL PERDE BENEFÍCIO PARA EXPORTAR À UE

especial

As vendas externas das indústrias de calçados pas-sam por um processo de dificuldades. Entre os anos de 2000 e 2012 o valor exportado passou de US$ 1,7 bi-lhão para US$ 1,1 bilhão. É possível elencar um conjunto de alterações estruturais que determinou esse desem-penho, com destaque para três elementos: a integração à economia mundial dos países asiáticos, que dispõem de mão de obra abundante e barata; o significativo crescimento da renda nacional, com o PIB per capita brasileiro passando de US$ 7 mil para US$ 11,6 mil entre 2000 e 2011, impondo uma recolocação da economia brasileira na escala de competitividade global; e o forte ciclo de elevação dos preços das commodities no mer-cado internacional, ocasionando uma entrada signifi-cativa de divisas internacionais na economia brasileira e gerando uma valorização da moeda nacional frente o dólar estadunidense. Estas dificuldades definem a necessidade de um novo posicionamento externo da indústria brasileira de calçados, em que se priorize a agregação de valor ao produto exportado.

Esse novo posicionamento também está relacionado ao destino das exportações brasileiras de calçados. No ano de 2000, 66% das exportações brasileiras de calça-dos tinham como destino os EUA, enquanto em 2012 esse porcentual foi de 15,6%. Países como Peru, Angola, Colômbia, Rússia e Arábia Saudita, que não figuravam entre os 20 principais destinos em 2000, no ano de 2012 já aparecem numa posição de destaque.

Destacando as exportações de calçados de couro, ob-serva-se que o preço médio passou de US$ 11,4 para US$ 29,4 entre 2000 e 2012. Na Colômbia, que se-gundo a associação calçadista local importa 56% dos calçados consumidos no País, o preço médio teve um incremento de 11,2% ao ano no período. Já na Rússia, onde 85% dos calçados consumidos são importados, o preço médio dos calçados de couro exportados cres-ceu a uma taxa média anual de 9,3% entre 2000 e 2012. Espera-se, ainda, que o consumo de calçados de luxo na Rússia cresça 7,5% ao ano entre 2012 e 2017, patamar superior ao projetado para o mundo no mesmo período (4,6%).

Outros mercados que merecem destaque pela trajetória de agregação de valor entre 2000 e 2012 são: China, Hong Kong, África do Sul e Emirados Árabes. Em re-lação à China e Hong Kong, estima-se para a primei-ra região um crescimento médio anual do consumo de calçados de luxo de 14,9% entre 2012 e 2017 e para a segunda região espera-se um crescimento de 7,6%. No mercado dos Emirados Árabes estima-se que as vendas de calçados crescerão a uma taxa anual de aproxima-damente 4% entre 2012 e 2017. Já na África do Sul é possível projetar um crescimento do consumo de calça-dos de luxo de 4,7% ao ano até 2017.

Entretanto, apesar dos ganhos de preços via agregação de valor dos calçados exportados entre 2000 e 2012, já é possível observar que esta dinâmica perde a força após a crise econômica que se iniciou no ano de 2009. Assim, é importante um monitoramento mais preciso dos preços dos pares exportados, ao passo que, neste novo ciclo de desaceleração do ritmo de crescimento da economia global alguns ajustes sobre a margem de lucro podem ser necessários para permanecer no pro-cesso de exportações.

*Coordenador da Unidade de Inteligência Apex - Brasil

VALOR AGREGADO É A SOLUÇÃOMarcos Lélis*

OLHAR DE ESPECIALISTA

Veja as tarifas do SGP e para “terceiros países”

SGP (vigente até 31/12/2013)

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SGP (vigente até 31/12/2013)

SGP (vigente até 31/12/2013)

SGP (vigente até 31/12/2013)

Tarifa para terceiros países

Tarifa para terceiros países

Tarifa para terceiros países

Tarifa para terceiros países

Tarifa para terceiros países

11,9%

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abinforma - agosto 20134

Um dos maiores palestrantes do País está confirmado no 2º Fó-rum CICB de Sustentabilidade. O navegador Amyr Klink – com mais de duas mil palestras proferidas em temas que relacionam desde a navegação marítima à gestão es-tratégica de negócios – estará em Novo Hamburgo para o Fórum, no dia 28 de agosto, a partir das 12 horas no Centro de Eventos da Fe-nac. A organização do evento é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). Inscrições podem ser feitas no site www.cicb.org.br/forumdesustentabilidade.

Klink fará a palestra Navegando em um Mundo Sustentável. Além de palestrante, o navegador tem cinco livros publicados e é economista e administrador de empresas gradu-

ado pela USP. Iniciou suas viagens em 1984 quando realizou a primeira travessia solitária do Atlântico Sul a remo. Em 1989, começou sua in-vernagem solitária na Antártica e no verão deixou a Península Antártica seguindo até a Ilha Moffen, no Ár-tico, navegando 27 mil milhas e re-tornando ao Brasil 642 dias após sua partida. Em 1998, a bordo do veleiro Parati, navegou ao redor da Antárti-ca completando a primeira circuna-vegação do continente gelado.

Além de Klink, o Fórum traz Federi-co Brugnoli (italiano responsável pelo relatório técnico da Unido sobre cou-ros e emissões de carbono); Ronaldo Fraga (renomado estilista nacional); e Michael Appleby (inglês represen-tante da Sociedade Mundial de Pro-teção Animal em Londres).

O 2º Fórum CICB de Sustentabilidade conta com o patrocínio da JBS Couros; Clariant, Fenac e Abrameq. O apoio é da AICSul, Apex-Brasil e IBTeC e a coorganização coorganização é da Abqtic.

abinotícias

A 8ª edição do Inspiramais – Salão de Design e Inovação

de Componentes, que ocorreu nos dias 10 e 11 de julho, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo/SP, mo-vimentou o setor de moda brasileiro unindo negócios e informação. Con-tando com a visitação qualificada de mais de cinco mil profissionais de diversos estados brasileiros, além de especialistas e compradores da Europa e américas Latina e Central, o salão apresentou os lançamentos em matérias-primas e componentes para as temporadas de Inverno 2014 e Verão 2015.

Além dos estandes de mais de 100 empresas que apresentaram cerca de 600 lançamentos com inovações em

Com o intuito de promover a quali-ficação e capacitação profissional, a Abicalçados realizou, no último dia 17 de julho, uma reunião de alinhamen-to da cadeia produtiva do setor para definição das demandas de formação e qualificação profissional do Prona-tec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Médio e Emprego. O encontro contou com a participa-ção de representantes dos governos federal e estadual, entidades seto-riais, sindicatos patronais e de tra-balhadores, instituições de pesquisa e ensino e empresários.

“A questão da falta de mão de obra qualificada foi apontada, em recente levantamento feito pela entidade, como um dos três maiores problemas do setor calçadista. Então é preciso

que façamos esse alinhamento com os governos, empresas e trabalha-dores para mapear quais as neces-sidades para a realização de cursos específicos nos polos calçadistas bra-sileiros”, explicou o presidente-exe-cutivo da Abicalçados, Heitor Klein.

PronatecO diretor da Secretaria de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Rafael Marques, apresentou o Prona-tec. Além da indicação das demandas para o governo federal, as entidades devem divulgar as vagas dos proces-sos seletivos, elaborar conteúdos e estabelecer as turmas dos cursos, que poderão ser externos ou in company. O representante do MDIC frisou que os cursos serão destinados para qual-

quer trabalhador, independente da sua renda.

Marques explicou que o Pronatec en-globa três agentes: os demandantes (ministérios e parceiros); ofertantes (escolas do Sistema S, institutos fe-derais e estaduais de ensino técnico e universidades); e parceiros (as enti-dades setoriais, que devem identificar as demandas, monitorar a qualidade dos cursos, entre outras atribuições).

Para a fase de mapeamento dos cur-sos, que devem iniciar em janeiro de 2014, as indústrias de calçados terão que responder questionário, a ser de-senvolvido pelo MDIC, até o dia 30 de agosto. No documento, a empre-sa deve relatar quais cursos e vagas necessita.

O Reintegra, programa de incentivo às exportações do governo federal que devolve 3% do faturamento total com exportações para a indústria expor-tadora, foi prorrogado até 31 de de-zembro de 2013. A medida, que será reatroativa à 4 de junho, quando ven-ceu o benefício, é comemorada pelos calçadistas.

O presidente-executivo Abicalçados, Heitor Klein, ressalta que a medida torna a indústria brasileira mais com-petitiva frente aos desafios impostos no mercado externo, que vão desde a oscilação cambial até a concorrência desleal aos produtos asiáticos. Se-gundo o executivo, “a prorrogação do Reintegra representa um importan-te benefício para o setor exportador brasileiro e demonstra que o governo

federal está empenhado na desonera-ção da produção e das exportações”. No prazo de vigência do benefício - de dezembro de 2011 até 3 de junho deste ano -, a estimativa é de que te-nham sido devolvidos para a indústria calçadista brasileira mais de R$ 100 milhões.

VarejoAinda no âmbito da Medida Provisória nº 610/2013, que prorrogou o Rein-tegra, foi publicada a desoneração da folha de pagamento de diversos seto-res, entre eles o comércio calçadista. A partir de agora o varejo, a exemplo da indústria calçadista, poderá pagar a alíquota de 1% sobre a receita bruta em substituição à contribuição de 20% so-bre a folha de pagamento para o INSS.

INSPIRAÇÃO PARA MODA E BONS NEGÓCIOS

MÃO DE OBRA EM PAUTA NO SETOR CALÇADISTA

REINTEGRA É PRORROGADO E DESONERAÇÃO DA FOLHA CHEGA AO VAREJO

CICB APRESENTA AMYR KLINK NO FÓRUM DE SUSTENTABILIDADE

design e tecnologia, o Salão trouxe ao visitante uma agenda repleta de ati-vidades, experiências e a unificação de toda a cadeia produtiva da moda.

Os destaques do Inspiramais foram as rodadas de negócios com com-pradores nacionais e, principalmente, internacionais. Um total de 26 impor-tadores da América Latina e Europa tiveram a oportunidade de conhecer – e negociar com – as empresas ex-positoras. Além deles, uma comitiva com mais de 15 convidados do Vietnã veio ao País prestigiar o evento.

CartilhaDurante o evento também foi lançada a cartilha do Selo Origem Sustentável, programa desenvolvido pela Abical-

çados em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Compo-nentes para Couro, Calçados e Artefa-tos (Assintecal). A certificação desta-ca empresas associadas às entidades que possuem sistemas produtivos sus-tentáveis, tanto do ponto de vista so-cial, cultural como ambiental.

O Inspiramais é realizado pela As-sintecal, FootwearComponents By Brasil e Centro das Indústrias de Cor-tumes do Brasil (CICB), com o apoio da Abicalçados, Abest, Instituto By Brasil, Abiacav, IBGM, In-Mod, ABIT e Texbrasil. Tem como parceiros a ABDI, Apex-Brasil e Sebrae, e com patrocínio da Cipatex, Bertex, Altero, Sappi – Warren, AmPlast, Colorgraf, CST, Magma e BHZ Design Moda. Visitantes conheceram as tendências em componentes para as próximas temporadas

Representantes dos governos federal e estadual estiveram na entidade

Investimentos

SóciosR$ 50 até 23 de agostoR$ 75 após 23 de agosto

Não sóciosR$ 100 até 23 de agostoR$ 125 após 23 de agosto

EstudantesR$ 25

agosto 2013 - abinforma 5

FRANCAL SUPERA ADVERSIDADES EXTERNAS COM VISITAÇÃO QUALIFICADA

francal

A 45ª edição da Feira Interna-cional da Moda em Calçados

e Acessórios – Francal, que aconte-ceu entre os dias 9 e 12 de julho, no Anhembi, em São Paulo/SP, foi satis-fatória para a grande maioria dos mais de mil expositores e 61 mil visitantes que puderam ver de perto – e princi-palmente comprar – as coleções para primavera-verão. A feira teve, ainda, em coletiva nacional da Abicalçados, a apresentação da edição 2012 do Relatório Setorial da Indústria de Cal-çados, desenvolvido pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI). O relatório apontou uma produção de 864 milhões de pares no ano passa-do, incremento de 5,5% com relação a 2011, e traçou perspectivas positi-vas para 2013.

O presidente da Francal, Abdala Ja-mil Abdala, destaca que os primeiros dias surpreenderam positivamen-te com uma visitação expressiva e, acima de tudo, focada nos negócios.

“Somente no primeiro dia tivemos 4,3 mil lojistas mais do que no pri-meiro dia da edição de 2012. Quem veio à feira, veio para comprar. Mui-tos expositores bateram toda sua meta de vendas já no primeiro dia”, avalia. Por outro lado, Abdala ressal-ta que as paralisações anunciadas para o terceiro dia da Francal afas-taram parte dos visitantes, “Se não fosse por isso, o resultado teria sido muito melhor”, pondera.

ExportaçõesCom uma visitação expressiva de 1,5 mil importadores de 63 países, a Francal teve como destaque o mercado externo. Para o presiden-te-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, a 45ª edição da Francal “mar-cou o início da recuperação do setor calçadista na área internacional”, impulsionada por um câmbio mais competitivo e as perspectivas de aprovação do Reintegra. “O ambien-te é positivo, de forma que a expec-

tativa é de aumento nos embarques em 2013”, constata.

O diretor do Grupo Amazonas, Saulo Pucci Bueno, avalia que o balanço da Francal foi positivo, especialmen-te no mercado externo. “Também tivemos um procura muito grande de interessados na abertura de fran-quias da marca Amazonas Sandals”, acrescenta. Segundo o empresário, a estimativa é de que a Francal des-te ano tenha gerado negócios 20% superiores a mostra do ano passa-do. Para o gerente de exportações da Calçados Beira Rio, Fabiano Pi-zzato, o diferencial da feira foram os negócios com importadores, onde o incremento foi mais significativo.

A 46ª edição da Francal ocorre en-tre os dias 15 e 18 de julho de 2014. A feira é uma realização da Francal Feiras e tem o apoio da Abicalçados e Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac).

PROJETOS IMAGEM E COMPRADOR MOSTRAM A MODA NACIONALA Francal também recebeu os pro-jetos Imagem e Comprador do Bra-zilian Footwear. Considerado um empecilho em algumas estações, o preço não incomodou os importado-res que visitaram a feira pelo pro-grama. Satisfeitos com as coleções apresentadas pela indústria nacio-nal, os seis convidados da ação, sen-do cinco colombianos e um bolivia-no, fecharam 21 pedidos, totalizando 16,8 mil pares de calçados, que re-presentam US$ 270 mil. A previsão é que o número chegue a US$ 490 mil nos próximos 12 meses.

“Gostei muito do que vi na feira, inclusive dos preços praticados. As coleções estão organizadas e os produtos se conversam. Já trabalho com produtos brasileiros, que têm uma excelente aceitação entre os consumidores, e busco sempre mar-cas com apelo de moda, de vanguar-da”, destaca Vicky Maria Calderón Garrido, da Garrido Associados, que possui seis lojas na Colômbia.

ImagemA multiculturalidade e as particulari-dades de um país continental foram aos 19 formadores de opinião que participaram do Projeto Imagem. Oriundos da China, França, Itália, Colômbia, Estados Unidos, Espanha e Argentina, os convidados cumpri-ram uma agenda que incluiu visitas a lojas de pedras nacionais, shoppings,

lojas conceitos, museu e também a maior editora da América Latina, o Grupo Abril. “Não é somente calça-do; é preciso conhecer o mercado, a cultura e os hábitos do País”, frisa a jornalista Maite Ruiz Atela, da revis-ta espanhola Global Fashion.

Brand DayUm dia antes da Francal, o Brazilian Footwear realizou a segunda edição do Brand Day. Durante todo o dia, os relações públicas contratados pelo Programa para trabalhar nos mercados da China, Estados Unidos, França, Colômbia e Itália se reuni-ram com a equipe de Comunicação da Abicalçados para alinhamento interno. “É extremante importante esse momento de alinhamento, por-que temos que reforçar nosso po-sicionamento mundial e pensar em estratégias em conjunto”, comenta Cristiano Körbes, coordenador de Projetos da Abicalçados.

MARCAS E COMPORTAMENTO DO CONSUMO SÃO OS DESTAQUES DO TALK SHOEA Francal foi, mais uma vez, pal-co para as palestras objetivas do Talk Shoe. Destacando temas relativos ao marketing, marcas e comportamento do consumidor, a iniciativa da Abicalçados aconte-ceu nos dias 10 e 11.

No primeiro dia do evento, a pro-fessora Simone Simon, falou sobre as lições inovadoras de Walt Disney. O debate valorizou a forma como o consumidor é tratado no ponto de venda e ainda destacou a necessi-dade de se agregar valor a ações e produtos específicos.

O consultor Andre Scalco veio na sequência com uma análise do mercado atual, ressaltando a im-portância da coleta de todas as in-formações possíveis para entender

melhor o cliente. “As tradições cul-turais influenciam muito no ponto de venda, mas é possível influenciar as pessoas através da emoção e do desejo”, afirmou.

O último tema do dia foi trazido pelo professor Thomas Hartmann. O es-pecialista falou sobre a influência da sazonalidade no mercado varejista, assim como as melhores formas de tirar proveito das necessidades do consumidor.

Segundo diaAs palestras do dia 11 foram aber-tas pelo professor Genaro Galli, que discorreu sobre a construção de marcas em mercados competiti-vos. Segundo o especialista, o valor das marcas, que está no imaginário do consumidor, mesmo intangível,

é fundamental na hora da compra. Para a criação deste ambiente, Galli listou passos que vão desde a con-ceituação e posicionamento até a comunicação eficiente dos mesmos.

Falando sobre tendências de consu-mo, Artur Vasconcellos ressaltou a importância do aspecto experimen-tal na decisão de compra. Segundo ele, é preciso que a empresa crie pontos de contato com o consu-midor, seja através de eventos es-peciais ou no dia-a-dia. O contato pode ser criado através de tendên-cias como humanização da empresa, referências hedonistas e nostálgicas.

Fechando o ciclo de palestras, Rafael Terra falou sobre marketing digital e universo da moda. Ilustrando que as marcas são o que os consumidores dizem que elas são, o especialista destacou que se compra moda na internet por três fatores: preço, imagem e conversa. Para Terra, muitos dos consumidores da rede utilizam marcas como “bottons sociais”, o que não deve ser desprezado pelas empresas.

O Talk Shoe é um evento da Abicalça-dos que conta com o apoio da Francal Feiras e Couromoda e as parcerias de Decision Business School, Fundação Getúlio Vargas e MBA/ESPM.

Muitos expositores bateram a meta ainda no primeiro dia, destaca a promotora

Palestras objetivas receberam um grande público durante a Francal

abinforma - agosto 20136

MODA BRASILEIRA SE CONSOLIDA NA WHO´S NEXT

EUA NO ROTEIRO DO BRASIL BIBI SATISFEITA COM OS RESULTADOS DA CBME

Capital mundial da moda e do luxo, Paris recebeu cinco marcas brasi-leiras de calçado durante a Who´s Next, de 6 a 9 de julho. Amazonas Sandals, Guilhermina, Irá Salles,

Dando continuidade ao projeto de inserção no mercado asiático, a Bibi participou da CBME - Shanghai International Children Baby Maternity Industry Expo - de 17 a 19 de julho na China. Voltada ao universo infantil, a mostra reuniu mais de 2,1 mil marcas em 138 mil me-tros quadrados do Shanghai New International Expo Center . “Estamos muito felizes com os resultados da feira, que nos possibilitou contatar com vários parceiros potenciais, com grande experiência e com redes de varejo estabelecidas no mercado chinês de produtos infantis, que está em expansão“, destaca Magnus Oliveira, gerente de Exportação da Bibi.

Jorge Bischoff e Sarah Chofakian aproveitaram a mostra para con-solidar a marca made in Brazil no exigente salão parisiense que nes-ta edição apresentou as coleções

Las Vegas recebe, entre os dias 19 a 21 de agosto, 15 marcas brasileiras na FN Platform. Rider, Mel, Ipanema, Anatomic & Co, Bottero, Schutz, Pampili, Huberto S. Muller, Boaonda, Sapatoterapia, Amazonas, Stéphanie Classic, Carrano, Cristófoli e Democrata participam do evento com apoio do Brazilian Footwear. Na mostra, o Brasil também terá um espaço especial, um lounge patrocinado pelo Consu-lado Geral do Brasil em Los Angeles.

Principal destino dos calçados made in Brazil, os Estados Unidos compraram no primeiro semestre deste ano 5,1 milhões de pares, o equivalente a US$ 86 milhões. “O mercado norte-americano sempre teve grande importância para a indústria calça-

dista brasileira, que teve muito do seu cres-cimento atrelado às necessidades dos EUA. E toda essa relevância continua presente ao observarmos o interesse crescente das em-presas em participar da feira de Las Vegas”, destaca Juliana Kauer, da Unidade de Even-tos da Abicalçados.

Na edição do ano passado, os expositores brasileiros que participaram da FN Platform fecharam 120 negócios com compradores da Austrália, Canadá, Colômbia, Equador, EUA, Guatemala, Haiti, Japão, Martinica, México, Panamá, Porto Rico e Republica Dominicana. Os negócios geraram US$ 754,7 mil, com ex-pectativa de alcançar US$ 6,2 milhões nos 12 meses seguintes à mostra.

PROGRAMA DE PROMOÇÃO ÀS EXPORTAÇÕES DE CALÇADOS, DESENVOLVIDO PELA ABICALÇADOS EM PARCERIA COM A APEX- BRASILbrazilian footwear

de verão 2014 para o Hemisfério Norte. “A feira está cada vez mais se fortalecendo como lançadora de moda, a primeira a mostrar as cole-ções aos mercados. E esse pode ser o momento certo para fazer nome no mercado internacional”, destaca Cristine Kopschina, coordenadora da Unidade de Eventos da Abicalça-dos. Durante a mostra, foram reali-zados 150 contatos e a expectativa é chegar a US$ 560 mil em negócios nos próximos 12 meses.

Para a designer Irá Salles, que par-ticipou com sua grife homônima, o clima da feira é sempre muito bom,

com um espírito inovador e fresco para a moda. O momento, segun-do ela, ainda é de pesquisa para os compradores mais exigentes, já que a Who´s Next acontece cedo e eles precisam deste tempo para enten-der o direcionamento da estação.

Durante o evento, Amazonas San-dals atendeu compradores de mais de 20 países. “A Who´s Next é muito importante para imagem da Amazo-nas no mercado internacional. Au-mentamos o espaço e investimos na imagem, o que refletiu positivamen-te. Esta tem sido a principal feira para construção de marca no mun-

do”, destaca Daniel Maia, da área de exportação da empresa.

Andréia Koppe, gerente de vendas da Guilhermina, frisa que o evento é fun-damental para conquistar e consolidar o mercado francês, porque proporcio-na trabalhar próximo das comprado-ras. “Algumas lojas já estão compran-do Guilhermina pela quinta estação, o que mostra uma aceitação muito boa. É gratificante ver o resultado de um trabalho longo e persistente.”

As cinco marcas nacionais expuse-ram na mostra com o apoio do Bra-zilian Footwear.

EXPECTATIVA PARA OS PRÓXIMOS 12 MESES É DE NEGÓCIOS NA ORDEM DE US$ 3,9 MILHÕES

Mal encerra a IFLS - Interna-tional Footwear and Leather

Show e os brasileiros já aguardam a próxima edição do salão colombiano, que está marcada para 4 a 7 de fe-vereiro de 2014. Com muitos pedidos anotados e com a expectativa de ne-gócios a se realizar, as 13 empresas que representaram o Brasil com mais de 20 marcas saem do evento satis-feitas com os resultados. Durante os quatro dias da mostra, realizada de 30 de julho a 2 de agosto no Corfei-ras, em Bogotá, os expositores nacio-nais fizeram mais de 400 contatos, que geram uma perspectiva de ne-gócios na ordem de US$ 3,9 milhões para os próximos 12 meses.

Com presença em 42 países, a Ama-zonas Sandals começa a dar os pri-meiros passos no mercado colombia-no. “Estamos fazendo um trabalho de posicionamento de marca nos diferentes países que trabalhamos e estar no grupo do Brasil, que já está

consolidado aqui na Colômbia, foi muito bom para a nossa imagem”, destacou Daniel Maia, supervisor de exportação da Amazonas. A marca fez contatos com compradores da Colômbia, Venezuela, República Do-minicana, Equador, Peru e Cuba.

Para Michela Gabriel, coordenadora de negócios internacionais da Pampili, a feira proporcionou novos contatos, além de ajudar na manutenção dos clientes. “Estamos trabalhando na Co-

RelacionamentoAproveitando a oportunidade de mais uma participação na feira co-lombiana, no segundo dia da mostra, a Abicalçados promoveu um evento de relacionamento que reuniu moda, negócios e imagem no tradicional restaurante bogotano, Andrés DC. Na ocasião, mais de 100 convida-dos, entre compradores, distribuido-res, jornalistas e autoridades locais puderam conhecer as novidades das 13 empresas brasileiras que participaram da IFLS. Durante a confraternização, que contou com um showroom de calçados infantis, ocorreu um desfile de produtos fe-mininos e masculinos.

Prestigiando o evento, Camila Rey, do Centro de Negócios de Bogotá da Apex-Brasil, elogiou a iniciativa. “Precisamos divulgar o Brasil e toda a nossa indústria, então ações como essa sempre ajudam na imagem e no relacionamento.”

Nélci Schildt, gerente de exportação da Dakota, ressaltou a importância de fortalecer as marcas brasileiras na Colômbia, que tem uma indústria forte, especialmente em calçados de couro. “A noite do Brasil acabou agregando bastante para a nossa imagem e mostrou o nosso poten-cial”, destacou.

lômbia há cinco anos e temos notado um interesse crescente pelos nossos produ-tos, principalmente pelos diferenciais de conforto e design”, contou.

Participaram da IFLS as marcas Pam-pili, Bibi, Klin, Ortopé, Molekinha, Gren-dene Kids, Pimpolho, Ferracini, Sânda-lo, Rider, Beira Rio, Vizzano, Moleca, Cristófoli, Malu, Dakota, Tanara, Gren-dha, Ipanema e Amazonas. As marcas contaram com o apoio do Brazilian Footwear.

agosto 2013 - abinforma 7

balança comercial

MELISSA APOSTA NA MODALIDADE POP-UP NOS EUA

EXPORTAÇÕES REGISTRAM LEVE DESACELERAÇÃO EM JUNHO

IMPORTAÇÕES EM ALTA

WEST COAST APRESENTA ROLLING STONE LIVE COM FESTIVAL DE BANDAS

A marca de calçados brasileira Melissa, da Grendene, há quatro anos optou pela mo-

dalidade pop-up para expansão no varejo norte-americano. Os resultados, conforme a empresa, têm sido satisfatórios, pois impulsionam o cresci-mento mais rápido nos mercados potenciais.

Segundo a distribuidora da marca nos Esta-dos Unidos, Michele Levy, nos quatro anos de atuação já foram criadas 10 lojas nesta mo-dalidade no País. “Algumas foram criadas em

parceria com cadeias de lojas como Scoop, Al-chemist, American Rag, entre outras”, relata.

Somente no último bimestre, junho/julho, fo-ram dois estabelecimentos “relâmpagos”, em Houston/Texas e em Miami/Califórnia. “As lo-jas pop-ups possuem um conceito mais des-pojado, espontâneo e ao mesmo tempo permi-te comunicar o DNA da marca. Além disso, nos possibilita ser mais flexível em apresentação e seleção de produto”, avalia Michele.

As exportações de calçados brasileiros tiveram uma leve queda, em valo-res, no mês de junho, tanto no comparativo com maio (-6,5%) como ante

o mesmo mês do ano passado (-7,8%). No sexto mês de 2013 foi exportado o equivalente a US$ 80,58 milhões. No acumulado do semestre, porém, o Brasil segue com saldo positivo de 1% em dólares e 8,7% em pares com relação ao mesmo período de 2012. Até junho de 2013 já foram exportados 60 milhões de pares que renderam US$ 536 milhões, números que eram de 55,2 milhões e US$ 531,4 milhões em 2012. No período, o incremento maior foi registrado nas exportações de calçados de materiais sintéticos, 6,8% em divisas (US$ 237,7 milhões), e 10,2% em pares (48,1 milhões). Já o embarque de produtos de couro caiu 6,3% em dólares (US$ 257 milhões) e 2,5% em pares (9 milhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), processados pela Abicalçados.

O principal destino segue sendo os Estados Unidos (US$ 85,9 milhões no semes-tre), seguido por Argentina (US$ 54,3 milhões) e França (US$ 33,65 milhões).

Seguindo a tendência dos últimos anos, as importações de calçados regis-traram alta em junho. No mês passado, entraram no Brasil 3,16 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 47,6 milhões, altas de 10,7% e 7,6% com relação ao mesmo mês do ano passado. No comparativo com maio, o aumento é ainda maior, de 23,5% em dólares e 32,7% em pares. No acumu-lado do ano, as importações já registram aumento de 13,6% em dólares e 6,4% em pares. No semestre entraram no Brasil 20,6 milhões de pares, que equivalem a US$ 286,34 milhões.

Já a entrada de calçados desmontados (cabedais, solas, saltos, palmilhas, entre outros) teve uma queda de 11% em dólares (de US$ 53,2 milhões para US$ 47,3 milhões).

A West Coast e a Rolling Stone Brasil, da Spring Publicações, se uniram para apresen-tar a terceira edição do Rolling Stone Live. O evento aconteceu dia 10 de julho e reuniu cerca de mil pessoas, entre convidados, VIPs e formadores de opinião, no Cine Joia, em São Paulo/SP.

A trilha sonora da noite ficou por conta de três bandas representantes da nova cena do rock nacional. A goiana Black Drawing Chalks, parceira da West Coast, que estre-

lou a última campanha da marca, a recifense Volver e a mato-grossense Macaco Bong, animaram os presentes.

A festa celebrou, também, o lançamento da primeira coleção de vestuário da West Coast, que traz o estilo worker para as peças que estarão disponíveis para os consumidores a partir de agosto. Além disso, a marca apre-senta sua nova campanha, que faz uma ho-menagem às novas profissões. Mais informa-ções em www.westcoast.com.br .

associados

O que são?As lojas pop-ups são estabeleci-mentos abertos por um determi-nado período em locais de maior potencial. A modalidade permite uma maior flexibilidade e agilida-de de expansão, além de servir, em muitos casos, como “testes” para a criação de loja fixa.

Fonte: MDIC/Abicalçados

Fonte: MDIC/Abicalçados

abinforma - agosto 20138

produção em Birigui. No entanto, houve aumento de 2% nas contrata-ções. Isto se deve ao fato de que as indústrias passaram a trabalhar com produtos com maior valor agregado, o que demanda maior tempo e mão de obra”, afirma.

Para 2013, a expectativa é positi-va, especialmente pelo investimen-to cada vez maior em tecnologia e qualidade. “O primeiro semestre foi positivo, tendo os bons resultados nas feiras Couromoda e Projeto Compra-dor realizado no polo”, avalia Giardino.

PolíticoAs ações do Sinbi integram os âmbitos governamentais, econômicos e sociais. “Atingimos todos os segmentos das empresas, dos empresários aos traba-lhadores”, explica o dirigente.

Recentemente, o Sinbi articulou uma reunião com Rodrigo Garcia, secretá-rio de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, que contou também com a participação dos Sin-dicatos de Jaú e Franca. O encontro,

polos calçadistas

A cidade de Birigui, localiza-da a 520 quilômetros de São

Paulo/SP, abriga um dos principais clusters brasileiros para produção de calçados. Especializada na fabrica-ção de calçados infantis, a indústria local tem diversificado a produção, sendo que hoje já é reconhecida como fabricante de produtos para outros segmentos, entre eles o fe-minino, que já representa quase 18% do total produzido.

Para se ter uma ideia da importân-cia do setor calçadista para a eco-nomia local, ele emprega quase 20% das 110 mil pessoas que habitam o município. O representante das 230 indústrias de calçados, que juntas produzem cerca de 60 milhões de pares por ano, é o Sindicato das Indústrias de Calçado e Vestuário de Birigui (Sinbi). “A maior parte dos empresários da cidade come-çaram como operários e, a partir desta experiência, iniciaram seus próprios negócios. Birigui é uma ci-dade empreendedora”, orgulha-se o presidente do Sinbi, Nelson Giardino.

Conforme o dirigente, a indústria lo-cal valoriza aspectos em prol do tra-balhador como o uso de climatiza-dores, equipamentos de segurança individual e cadeiras ergonômicas. “Estes benefícios são frutos de um trabalho tripartite firmado entre o Sinbi, Sindicato dos Trabalhado-res e Ministério do Trabalho. Estas características atraem trabalhado-res de toda a região à Birigui”, co-menta Giardino.

Da produção, cerca de 3% é expor-tado para países da América Latina, Europa e Ásia. O número, porém, já foi muito maior. Os problemas cam-biais e a concorrência desleal com produtos subfaturados são aponta-dos como complicadores da perfor-mance biriguiense. Para o presidente do Sinbi, 2012 foi um ano de desa-quecimento econômico. “As políticas cambiais não contribuíram para o avanço das exportações”, lamenta. Segundo ele, a indústria tem apos-tado no valor agregado para enfren-tar os concorrentes além fronteiras. “Em 2012 houve queda de 7,5% na

MATURIDADE DO CALÇADO INFANTIL EM BIRIGUI

que aconteceu durante a Francal 2013, culminou com a criação de um comitê do setor na Secretaria, o que facilitará a conquista dos pleitos.

Além da forte atuação política, a entidade conta com projetos como o PMC (Plano de Melhoria da Com-petitividade), desenvolvido junto ao Sebrae/SP, que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de mi-cro e pequenas empresas por meio de

ações de acesso ao mercado, cursos, workshops e consultorias de marke-ting, finanças e produção. Já o braço educacional da entidade, a UniSinbi, oferece programas de formação que atendem às demandas das empre-sas. O braço social é o Instituto Pró-Criança, que tem como fundamento a erradicação do trabalho infantil e que, para isso, promove projetos edu-cativos para a emancipação social de crianças e adolescentes.

Cidade é considerada a “Capital Brasileira do Calçado Infantil”

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Divulgação/Sinbi