Abordagem Das Paresias i.2012.2

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ABORDAGEM DAS PARESIAS CASO 1 Jorge, 71 anos, vem ao seu consultório algumas semanas após receber alta do HGE. A filha conta que Jorge foi internado porque acordara com dificuldade para andar e para falar. Ao exame, você observa afasia mista, hemianopsia homônima direita, marcha ceifante, hemiparesia direita completa proporcionada, reflexos tendinosos profundos apendiculares grau 4 à direita e grau 2 à esquerda, hipertonia elástica à direita e sinal de Babinski à direita. CASO 2 Anete, 67 anos, vem trazida ao HGE por quadro súbito de paresia facial periférica à direita e hemiparesia esquerda. A tomografia computadorizada de crânio está normal. CASO 3 Ebeveraldo, 68 anos, começou a apresentar dorsalgia e fadiga nas pernas de intensidade crescente. Após cerca de 20 dias, ele desenvolveu retenção urinária, já não conseguia caminhar e sofria com a dorsalgia intensa que piorava aos movimentos. O exame clínico mostrou paraplegia espástica com nível sensitivo em T6. Radiografia de coluna torácica mostrou achatamento do corpo vertebral de T8. Foi solicitado um exame de ressonância magnética. CASO 4

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ABORDAGEM DAS PARESIAS

CASO 1

Jorge, 71 anos, vem ao seu consultório algumas semanas após receber alta do HGE. A filha

conta que Jorge foi internado porque acordara com dificuldade para andar e para falar. Ao exame, você

observa afasia mista, hemianopsia homônima direita, marcha ceifante, hemiparesia direita completa

proporcionada, reflexos tendinosos profundos apendiculares grau 4 à direita e grau 2 à esquerda,

hipertonia elástica à direita e sinal de Babinski à direita.

CASO 2

Anete, 67 anos, vem trazida ao HGE por quadro súbito de paresia facial periférica à direita e

hemiparesia esquerda. A tomografia computadorizada de crânio está normal.

CASO 3

Ebeveraldo, 68 anos, começou a apresentar dorsalgia e fadiga nas pernas de intensidade

crescente. Após cerca de 20 dias, ele desenvolveu retenção urinária, já não conseguia caminhar e sofria

com a dorsalgia intensa que piorava aos movimentos. O exame clínico mostrou paraplegia espástica com

nível sensitivo em T6. Radiografia de coluna torácica mostrou achatamento do corpo vertebral de T8. Foi

solicitado um exame de ressonância magnética.

CASO 4

Na tarde de ontem, Geane, 22 anos, iniciou dor lombar e em membro inferior esquerdo. À

noite, sem conseguir dormir e preocupada com essas dores, procurou o pronto-atendimento da cidade. Foi

receitado anti-inflamatório e indicado repouso. Hoje a paciente evoluiu com dificuldade para deambular e

urinar e notou dormência nas pernas. Resolveu procurar o HGE, onde foi observada força muscular grau 2

em membro inferior esquerdo e grau 3 em membro inferior direito com redução do tônus muscular, ROT

patelar e aquileu ausentes bilateralmente e hipoestesia táctil-dolorosa até nível de T12.

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CASO 5

Plínio, 75 anos, tem apresentado dificuldade progressiva para deambular há alguns meses.

Recentemente também tem notado perda da destreza para movimentos em mãos e dor que inicia em

pescoço e irradia para ombro direito. Plínio marcou uma consulta com o geriatra da esposa.

Ao exame clínico, o geriatra observou força muscular grau 4 em membros inferiores com

espasticidade, ROT patelar e aquileu grau 4, clônus de pés e sinal de Babinski bilateral. Em membros

superiores, Plínio apresenta atrofia em músculos intrínsecos das mãos e ROT grau 1. Há limitação

dolorosa da mobilidade cervical.

Foi solicitada uma ressonância magnética de medula cervical que mostrou alterações

degenerativas de coluna com estreitamento do canal medular.