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ACAD BRASIL É ASSOCIAÇÃO PARCEIRA IHRSA Ano 21 - 1ª edição - março 2019 - N° 84 Revista 84 ACAD fecha parceria com OMS Ricardo Abreu: uma vida dedicada ao setor de fitness.

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Revista

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ACAD fecha parceria com OMS

Ricardo Abreu: uma vida dedicada ao setor de fitness.

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4 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

GustAvo BORgeS

Formado em Economia pela Universidade de Michigan, EUA. Empresário e palestrante. Foi Vice-Chairman do Comitê de Atletas da FINA. Está no Hall da Fama da natação mundial: 4x medalhista olímpico; 4x recordista mundial; 19x medalhista pan-americano; 31x medalhista em Copas do Mundo. Criou uma metodologia para ensino da natação e comanda uma rede com 4 academias.

Imaginem uma associação brasileira escolhida para representar o fitness e o país em uma ação global promovida por uma das mais importantes entidades do mundo: a Organização Mundial de Saúde? Pois a ACAD Brasil foi alçada a esta categoria. Graças aos esforços da diretoria, de empresários do setor e com o apoio da nossa representante nacional, Monica marques, fomos, finalmente, reconhecidos internacionalmente como promotores de saúde. O desafio agora é fazer com que a sociedade, as autoridades nas três instâncias governamentais e, principalmente, nossos clientes em potencial, aqueles que ainda temos que conquistar para dentro das nossas academias, percebam o nosso papel.

Nesta primeira edição da revista em 2019, contamos na matéria de capa tudo sobre essa conquista: a ACAD é parceira da OMS na luta contra o sedentarismo. Essa parceria é o reconhecimento do lugar das academias na sociedade. Também nos chancela a ter mais voz em espaços de políticas públicas, como o Congresso Nacional, no qual já temos presença atuante.

Com muito pesar, trazemos nas próximas páginas uma homenagem póstuma ao advogado, empresário e um dos fundadores da nossa Associação, Ricardo Abreu. Também nesta edição, o novo interesse do mercado financeiro sobre o setor brasileiro de academias, com depoimentos de empresários que estão se beneficiando deste momento positivo. Revelam ainda a nova descoberta da Ciência: exercício físico pode prevenir e ajudar a combater o Alzheimer.

Este deve ser, para todos nós, um momento de reflexão e de, mais do que nunca, união. Por isso, convidamos aqueles que fazem parte do fitness brasileiro para o ACAD Brasil Conference: onde conhecimento e negócios se encontram, marcado para o dia 24 de maio. Na agenda do encontro, palestras, dinâmicas e troca de experiência, sob o objetivo de fortalecer nosso mercado nacionalmente.

Mais uma vez, reafirmamos nosso compromisso no trabalho que nós da diretoria realizamos quanto a políticas públicas e questões jurídicas, relacionamento com entidades como CONFEF, IHRSA e outros parceiros. E convidamos você, empresário do fitness, a se unir nessa luta, fazendo parte da ACAD Brasil.

Um abraço,

Gustavo Borges

Palavra do Presidente

[email protected]

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DIReTORIA – PReSIDeNTe: Gustavo Borges (Academia Gustavo Borges) – VICe-PReSIDeNTe: edgard Corona (Bio Ritmo/Smart Fit) – DIReTOReS: Ailton Mendes (Academia AMS Company) - Daniel Figueiredo (Grupo Bodytech) - Filipe Gaudêncio (Academia Korpus) - Marcelo Ferreira (Personal Acqua Center) - richard Bilton (Cia Athletica) – CONSeLHO FISCAL: Felipe Malburg (Academia Gustavo Borges) - Jorge lellis (Academia Vibração) - taner verçosa (Cagin Clube) STAFF: Andrea rodrigues (Gestora) - eDITORA-CHeFe: Maria José Dale – ReDAÇÃO e eDIÇÃO: lilia Giannotti PROJeTO gRÁFICO: Beto Cordeiro. /acadbrasil acadbrasil

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6 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Capa: ACAD é nova parceira da oMs Associação se une à Organização Mundial da Saúde no combate ao sedentarismo

IHRSATreino Funcional continua crescendo nos EUA 30

páginas Azuis

Ricardo Abreu: dedicação e amor ao fitness

ideias & Negócios

Mercado financeiro aposta no fitness brasileiro

Academia LegalACAD orienta: como agir em casos de denúncia de insalubridade em piscinas 36

Circuito ACADAssociação promove mais um encontro para profissionais e gestores do fitness 47

Mercado & TendênciasCiência aposta na atividade física contra Alzheimer 41

ÍNDiCe

Destaques

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8 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Matéria de CAPA

ACAD fecha Parceria com OMSAcademias brasileiras e Organização Mundial da Saúde no combate ao sedentarismo

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Capa

Nas últimas décadas, a ciência já provou al-gumas vezes que a prática da atividade físi-ca reduz o risco de incidência de muitas doenças, contribui para o tratamento de outras e é determinante na garantia da qualidade de vida das pessoas. Mas mes-mo que boa parte da classe médica indi-que exercícios para seus pacientes e que o senso comum esteja convencido de que este é um caminho certeiro não só para manter a forma, mas para prevenir enfer-midades, as academias brasileiras ainda não são reconhecidas como promotoras de saúde. A boa notícia é que, se depen-der dos esforços da ACAD Brasil, muito em breve o setor de fitness será reconhe-cido como parte essencial do combate ao sedentarismo no país. Não à toa, o traba-lho nessa direção, realizado pela entidade nos últimos anos, já está surtindo efeito. Monica Marques – representante nacio-nal da ACAD e diretora conselheira da IHRSA – foi convidada para representar as academias do Brasil nos dois primeiros encontros, em dezembro último e em fe-vereiro deste ano, promovidos pela Orga-nização Mundial da Saúde – OMS, sob o ob-jetivo de ampliar o debate do Plano de Ação Global em Atividade Física 2018-2030.

“As iniciativas da OMS de prevenção às do-enças crônicas não transmissíveis (hiperten-são, diabetes, obesidade e outras) sempre es-tiveram muito voltadas para o setor público e com grande enfoque em nutrição. Mas os resultados da última década não foram sa-tisfatórios, pois o sedentarismo não caiu na proporção originalmente estimada. O novo plano de ação pretende diminuir o sedenta-rismo global em 10% até 2025 e em 15% até 2030, e para isso a OMS está promovendo parcerias inéditas com o setor privado. Além disso, agora, nesta nova etapa do plano, a pro-moção da atividade física ganhou muito mais foco e importância, por isso acreditamos ser uma oportunidade única para as academias

que estiverem com disposição de lutar em prol desta causa”, diz Monica Marques.

O segundo encontro reuniu representantes da Nike, Reebok, IHRSA, American Coun-cil on Exercise, UNESCO, e também de as-sociações de academias da China, Austrália, Nova Zelândia, Arábia Saudita, UK e Irlan-da, além da ACAD, representando as acade-mias brasileiras. Na ocasião, ficou claro que a Organização Mundial da Saúde quer traba-lhar em parceria com alguns países, já neste ano, com esforços concentrados, nesta cam-panha mundial de combate ao sedentarismo. À frente do Departamento de Doenças Crô-nicas e Promoção da Saúde da OMS, Fiona Bull, uma das lideranças do Pacto Global, explica porque a entidade está convocando o apoio de todos, inclusive das academias.

“Nós reconhecemos que os benefícios da ati-vidade física e dos esportes podem ser alcan-çados por todos, independentemente da ida-de ou da habilidade. Compreendemos que a

Monica Marques e Kilian Fisher, assessor de Políticas Públicas internacionais da iHRSA

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10 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

colaboração multissetorial será necessária para reverter as tendências atuais e criar um mundo no qual o esporte e a atividade física não se-jam somente altamente valiosos, mas também uma parte agradável da vida. Também acredi-tamos que toda a indústria do fitness tem um papel único na criação de um mundo mais ati-vo. Percebemos que o ritmo do setor público é lento para a urgência de nossas demandas de saúde. Assim, pela primeira vez iniciamos o di-álogo e parcerias com o setor privado”.

Tudo sobre o pacto global e a nova campanha

Grande parte do mundo está se tornando menos ativo. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu um novo pla-no de ação global para ajudar os países a am-pliar as ações que promovam a prática da ativi-dade física. Segundo a OMS, esse novo plano responde aos pedidos dos países sobre a neces-sidade de orientação atualizada, contendo um quadro de ações efetivas e viáveis para aumen-tar a atividade física em todos os níveis. Uma característica fundamental deste novo plano é

a sua chamada para uma abordagem baseada em sistemas, onde a implementação efetiva exigirá uma liderança ousada combinada com parcerias multissetoriais – governos, inciativa privada, ONGs, etc. Trabalhando em parce-rias, a OMS apoiará os países a implementa-rem uma abordagem de toda a sociedade, para aumentar os níveis de atividade física junto a pessoas de todas as idades e habilidades. A coordenação e a capacidade global, regional e nacional serão reforçadas para responder às necessidades de apoio técnico, inovação e orientação.

Dentro do plano global, será lançada a cam-panha “Let´s be active – more active peo-ple for a healthier world”, ou em tradução livre: Seja ativo – pessoas mais ativas para um mundo mais saudável. O plano estabe-lece quatro objetivos e recomenda 20 ações políticas aplicáveis a todos os países, sob o objetivo criar pessoas ativas, ambientes ati-vos e sociedades ativas. As ações incluem desenvolvimento e promoção de programas para jovens e idosos, eventos de participação em massa, desenvolvimento de mecanismos de financiamento, liderança e governança, tecnologias para promoção da atividade fí-sica e integração de dados. O plano de ação foi desenvolvido através de um processo de consulta mundial envolvendo governos e as principais partes interessadas em vários seto-res, incluindo saúde, desportos, transportes, design urbano, sociedade civil, academia e o setor privado. Quem quiser saber mais deta-lhes sobre o pacto pode consultar o site ofi-cial: www.who.int/lets-be-active.

Ainda segundo a OMS, o progresso global para aumentar a atividade física tem sido len-to, em grande parte devido à falta de consciên-cia e investimento. Em todo o mundo, 1 em cada 4 adultos e 3 em 4 adolescentes (idade en-

ACAD fecha parceria com OMS

Fiona Bull tem formação em saúde pública, ciência do exercício, ati-vidade física e educação. É pesquisadora com foco na prevenção de do-enças crônicas e, especificamente, na promoção de estilos de vida saudá-veis e ativos. Busca a compreensão das causas dos comportamentos não saudáveis de forma individual, social e ambiental e o desenvolvimento e teste de programas e intervenções políticas.

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Capa

tre 11 e 17 anos) não se encontram atualmente nas recomendações globais de atividade física, definidas pela organização. À medida que os países se desenvolvem economicamente, os níveis de inatividade aumentam. Em alguns países, estes níveis podem ser de 70%, devido à mudança de padrões de transporte, aumento do uso de tecnologia e urbanização. Esse cená-rio inativo também é influenciado por valores

culturais. Na maioria dos países, meninas, mulheres, idosos, pessoas pobres, com defici-ências e doenças crônicas têm menos oportu-nidades de acesso seguro à prática de exercício. Por isso, é preciso criar programas adequados e locais em que todos possam ser fisicamente ativos.

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Criar uma sociedade ativa – normas e atitudes sociaisCriar uma mudança de paradigma em toda a sociedade, aumentando o conhecimento, a compreensão e a valorização dos múltiplos benefícios da atividade física regular, de acordo com a capacidade física das pessoas e para todas as idades.

Criar ambientes ativos – espaços e lugares Criar e manter ambientes que promovam e salvaguardem os direitos de todas as pessoas, de todas as idades, para ter acesso equitativo a lugares e espaços seguros, nas suas cidades e comunidades, para praticar atividade física regular, de acordo com a capacidade.

Criar sistemas ativos – governança e facilitadores de políticasCriar e fortalecer liderança, governança, parcerias multissetoriais, capacidades da força de trabalho, defesa e sistemas de informação em todos os setores para alcançar a excelência na mobilização de recursos e implementação de ações internacionais, nacionais e subnacionais coordenadas para aumentar a ativi-dade física e reduzir o comportamento sedentário.

Os 4 pilares da campanha

Criar pessoas ativas – programas e oportunidades Criar e promover o acesso a oportunidades e programas, em várias configu-rações, para ajudar pessoas de todas as idades e habilidades a se envolver em atividades físicas regulares como indivíduos, famílias e comunidades.

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12 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

O plano de ação global propõe soluções para fortalecer a liderança, a governança, as capaci-dades da força de trabalho e a defesa de direitos. Reconhece a necessidade de uma coordenação global, regional e nacional mais forte e a neces-sidade de um movimento social e mudança de paradigma para abordar o complexo problema da inatividade física. Promover a atividade física requer colaboração com todos os seto-res: empresas privadas, ONGs, organizações comunitárias e indivíduos devem trabalhar juntos para se engajar em soluções locais. As soluções nos níveis nacional, subnacional e municipal são detalhadas na figura acima, que mostra a natureza inter-relacionada de uma resposta abrangente à inatividade.

“As respostas políticas devem ser selecionadas e implementadas de acordo com as prioridades e contexto nacionais, e levar em consideração uma gama diversificada de recursos. A OMS trabalhará com parceiros para identificar e im-plementar vitórias antecipadas, compartilhar as melhores práticas dentro e entre países e conduzir parcerias estratégicas entre setores”, diz Fiona Bull, da OMS.

ACAD fecha parceria com OMS

Brasil luta contra dificuldades que engessam o setor

Não bastassem as centenas de projetos de leis propostos nas instâncias municipais, estadu-ais e federal, que muitas vezes atrapalham – e outras até impedem – o desenvolvimento das atividades econômicas do setor de academias, em termos legais e regulatórios, a indústria do fitness é classificada em uma categoria batizada de “outras atividades”, pagando alíquotas de impostos (lucro presumido) bem mais altas do que estabelecimentos de fisioterapia ou clí-nicas médicas.

Os brasileiros podem abater as suas despesas médicas ou fisioterápicas no Imposto de Ren-da, porém não podem abater suas despesas de atividade física. Os equipamentos usados para treinamento físico poderiam ter taxas reduzi-das de importação e de industrialização. Essas questões devem ser mudadas, uma vez que as pesquisas mundiais mostram que para cada dólar investido em atividade física há um re-torno de três dólares em economia do setor da saúde. Portanto, as academias ajudam sim na prevenção e devem ser reconhecidas por essa atividade.

Um bom sinal é que esse cenário vem mudan-do, o que pode ser extremamente benéfico

“Não agir no sentido de aumentar os níveis

de atividade física levará ao aumento dos

custos, com um impacto negativo nos sistemas de saúde, no ambiente,

no desenvolvimento econômico, bem-

estar da comunidade e qualidade de vida.

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Capa

Entidades científicas confirmam: exercício físico diminui risco de doenças

Para reforçar o que já foi ressaltado no início desta reportagem, a equipe da Revista ACAD Brasil pesquisou novidades sobre o que a ci-ência diz a respeito da prática de atividade física. O American College of Sports Medi-cine reforçou este conceito em suas novas di-retrizes de prescrição de exercício, publicadas em 2018. Após revisar centenas de estudos científicos produzidos globalmente na última década, a conclusão é de que o risco cardíaco efetivamente relacionado à prática de ativida-des físicas é bem menor do que o que se acre-ditava antigamente, e diminui ainda mais en-tre as pessoas ativas fisicamente: 1 ocorrência a cada 1,5 milhão de episódios de atividade fí-sica vigorosa; 1 ocorrência a cada 36,5 milhões de horas de esforço moderado a vigoroso (em mulheres); 1 morte a cada 2,9 milhões pessoa/hora. Em função disso, os procedimentos de avaliação para participação foram simplifica-dos e substituídos pelo PAR-Q, para eliminar barreiras e dificuldades para a pessoa seden-tária que deseja se exercitar. Neste sentido, a ACAD Brasil vem conseguindo eliminar a obrigatoriedade do atestado médico em diver-sos Estados.

não só para a indústria nacional do fitness, mas principalmen-te para a saúde da sociedade. O médico ortopedista Luiz Hen-rique Mandetta, que assumiu a pasta do Ministério da Saúde do novo governo, declarou o se-guinte em seu discurso de posse: “Queremos trazer para dentro da Saúde a Educação Física, porque eu acredito firmemente no esporte como protagonista no combate ao sedentarismo, à obesidade e à hipertensão. Esse vai ser um dos pilares desse Mi-nistério”.

“Muito nos anima a declaração do ministro. Nossa intenção, ainda este semestre, é cons-truir propostas de ações que ampliem ou possam ampliar, o acesso da população as academias. Se formos finalmente reconheci-dos como promotores da saúde, poderemos, como indústria, contribuir ainda mais com toda a sociedade e com lutas permanentes, entre as quais o combate à obesidade e ao sedentarismo. Teremos mais incentivos esta-tais e também mais garantias, para assim po-dermos cuidar de forma cada vez mais eficaz da saúde das pessoas, em uma grande força-tarefa nacional das academias, em prol da prevenção. Somos mais de 34 mil academias

no Brasil. Imaginem os milhares de profissionais preparados e todos

esses espaços equipados para receber nossa população?”, diz Gustavo Borges, presiden-te da ACAD Brasil.

Monica Marques, Fiona Bull, Kilian Fisher e Cedric Bryant, presidente do American Council on exercise

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14 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Já um estudo feito por vinte e cinco cien-tistas – da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UFRJ, universidades de Columbia e do Kentucky, nos EUA, da Queen’s University e da Universidade do Oeste de Ontário, no Canadá, Fiocruz e Ins-tituto D’Or – comprovou, pela primeira vez na história da ciência e medicina, que a ativi-dade física pode prevenir e ajudar no comba-te ao Alzheimer (leia mais nesta edição da Revista ACAD Brasil, a partir da página 41).

No Brasil, o sedentarismo – ou a inatividade física, como muitos especialistas da área de saúde es-tão chamando – já é considerado um problema de saúde pública. E deve se agravar, se a sociedade não começar a se mexer, porque trata-se de um país que tem sua população envelhecendo. Dr. João Felipe Franca destaca que a queda na prática de exercício pode ser considerada um efeito colateral do

desenvolvimento urbano. O desafio dos países, agora, é encontrar meios de, mantendo o cres-cimento econômico, criar estrutura e políticas públicas que estimulem as pessoas a se exerci-tar. “O sedentarismo faz com que as funções vitais do corpo não utilizem o seu potencial to-tal. Nossos tecidos de sustentação necessitam de estímulos. O corpo é uma máquina, precisa de movimento. Isso é resultado de um mundo

ACAD fecha parceria com OMS

No primeiro encontro, em novembro de 2018, estiveram presentes representantes de 13 entidades

em fevereiro, 22 pessoas, de diversos países e entidades se reuniram na OMS para debater a campanha global

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cada vez mais automatizado, em que as pessoas não precisam correr atrás de alimento, literalmen-te, e não precisam fazer força para se deslocar”.

ACAD propõe ações

A parceria entre a ACAD e a OMS é, segundo Monica Marques, uma oportunidade imensa de colocar o país como protagonista do combate ao sedentarismo, servindo de exemplo para outros países, contribuindo para reverter o quadro atual de inatividade.

“Neste segundo encontro na Suíça, colocamos para os representantes da OMS quais são os nos-sos esforços, como Associação que fala em nome de mais de 34 mil academias. Nosso compro-misso, como entidade, é o de convocar gestores dessas academias para se juntarem, como prota-gonistas dessa luta. Também é o de alertar gover-nantes para que sejam postas em prática políticas públicas de incentivo e acesso à prática de ativida-de física. Em junho deste ano, teremos a resposta da OMS de quais serão os cinco países que rece-berão recursos e orientações diferenciadas para acelerar o programa do Pacto Global. A esco-lha será feita com base no tamanho do país e na gravidade do sedentarismo. Sendo o Brasil um país de dimensões conti-nentais e o quinto mais sedentário do mundo e líder neste ranking negativo nas Américas, te-mos grandes chances de ser-mos escolhidos como um dos focos dessa campanha”, completa Monica.

Capa

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16 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Presidente da ACAD, em seu segundo man-dato, e um entusiasta da parceria da Associa-ção com a Organização Mundial de Saúde, Gustavo Borges conversou com a equipe da Revista para falar sobre os pontos positivos do Plano de Ação Global em Atividade Física e sobre os principais desafios de representar o Brasil no combate ao sedentarismo, como um dos países líderes neste ranking tão alar-mante.

Qual será o principal papel da ACAD neste projeto? Nosso desafio será o de mobilizar gestores das mais de 34 mil academias do país em prol da luta contra a inatividade. Faremos corpo a corpo com empresários de todas as regiões, e para tal temos a nosso favor aliados impor-tantíssimos como os representantes regionais, que já se comprometeram com a campanha. Já estamos formando os grupos de trabalho que serão responsáveis por convocar mais e mais aliados, e também vão tocar as ações (definidas em conjunto com a OMS) em cada cidade ou Estado. Também está em nossas mãos articu-lar e estabelecer novas parcerias aqui no Brasil, fazendo com que o plano da OMS ganhe ain-da mais adeptos, possa se fortalecer e ganhar o vulto que precisa para atingirmos o objetivo de diminuir o sedentarismo global em 10% até 2025 e em 15% até 2030.

O que a parceria da Associação com a OMS representa para o setor? Sermos reconhecidos como líderes da campa-nha mundial em nosso país e termos a chan-ce de nos tornarmos uma referência para a América Latina e o mundo, não só chancela

Gustavo Borges

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“Podemos ajudar a influenciar políticas públicas voltadas

para prática de atividade física, agora

com a chancela de uma das mais

importantes entidades internacionais.”

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as academias brasileiras como promotoras da saúde, mas certamente nos abrirá ainda mais portas em instâncias de suma impor-tância para o setor. Imagine a ACAD, em nome da indústria, propondo a formação de uma bancada do fitness no Congresso, com a intenção de tornar a sociedade mais ativa, o que fatalmente desonerará o setor público de saúde? Podemos ajudar a influenciar po-líticas públicas voltadas para prática de ativi-dade física, agora com a chancela de uma das mais importantes entidades internacionais.

Você acredita que a sociedade, além de se tornar mais ativa, enxergará na academia uma verdadeira aliada na busca por saúde? Sim. Nosso principal objetivo é ajudar a OMS a alcançar as metas de diminuir o

sedentarismo, mas acreditamos que essa ação pode ser uma oportunidade irrever-sivelmente boa para o mercado nacional. Estarmos à frente desta campanha nacio-nalmente contribui para que a indústria brasileira de fitness seja percebida pela socie-dade por sua verdadeira vocação: cuidar das pessoas, ajudá-las a serem mais saudáveis e a terem melhor qualidade de vida. É assim que devemos ser reconhecidos, pois nossos esforços, individualmente e como setor, são nesta direção: da prevenção, do cuidado, do bem-estar, contribuindo para que as pesso-as conquistem mais equilíbrio e saúde do corpo e da mente. Nosso mercado tem sido visto apenas como promotor de beleza e não de saúde, o que reduz demais as centenas de atividades promovidas para tratamento e prevenção. Está na hora de mudarmos esse quadro.

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IDeIAS & NegÓCIOS

A chegada do ano de 2019 foi muito esperada, principalmente pelo setor produtivo do país, que nos últimos meses sofreu uma forte desaceleração, com corte nas linhas de crédito e retração de investimentos nacionais. Ainda existiu um ambiente eleitoral, o que geralmente leva à estagnação, até que se decidam os novos governantes e legisladores. Ao que tudo parece, a economia finalmente deverá entrar nos trilhos e, segundo especialistas na área, ainda neste ano o fôlego no segmento empresarial será notado. De olho neste cenário mais promissor, a equipe da Revista ACAD Brasil ouviu alguns empresários do fitness para saber a percepção deles sobre um possível aquecimento do mercado brasileiro e se realmente há um especial interesse de investidores internacionais e fundos de private equity apostando nas academias do país.

À frente da rede Selfit, que nasceu no Nordeste brasileiro, o empresário Leonardo Pereira é um otimista e aposta que, em função da melhora da economia, o setor de fitness tende a se recuperar. “Vamos crescer, sobretudo por termos um nível de atividade, a título de consumo, considerado discricionário, ou seja, impactos na variação de renda geram consequências direta na continuidade do consumo da nossa atividade. Por esta razão, quando há uma melhora em termos de renda há, consequentemente, uma melhora no segmento de academias. Existe também um processo que deve ser levado em conta, que é o nível de conscientização, que cresce visivelmente em cidades mais desenvolvidas, mas que vem avançando em todo o país e deverá trazer melhorias para o fitness nacional, ainda em 2019”.

MeRCADO FINANCeIRO De OLHO NO fitness BRASILeIRO

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20 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Não é mais novidade que alguns fundos de investimento – a maioria de origem estrangeira e atuação internacional – já estão apostando no potencial de crescimento e consolidação das academias no Brasil. As ‘fits’ podem atrair investimentos devido às perspectivas para as áreas de saúde e bem-estar, que serão beneficiadas por ventos favoráveis na economia. Pereira fala desta aposta servir como estratégia para dar um novo fôlego ao mercado nacional de fitness. “A nossa indústria ainda é muito incipiente, então, neste cenário, faturamentos altos não significam necessariamente geração de capital. As empresas que vêm recebendo investimentos ou aquelas que já foram sondadas por fundos de private equity têm sofrido e batalhado muito para encontrar modelos mais eficientes no que diz respeito à geração de resultados. Isso está muito claro e é um dado público: existe uma certa dificuldade em avançar, sobretudo em função da falta de experiência com o setor. Mas não há dúvida que esta entrada do investimento estrangeiro, que nossas academias brasileiras experimentam desde 2010, está mexendo com mercado”.

Pereira acredita que os investimentos, em termos de consolidação, sobretudo os que são utilizados em expansão, vão continuar crescendo. “Existem movimentos claros de fundos que entraram em empresas, sobretudo as situadas como low cost, e que já estão trazendo mais profissionalismo, competitividade, lançamento de novas unidades e possivelmente novos produtos e novos modelos de negócio para o setor. Mas o desafio não é fácil: o setor ainda tem dificuldade de entregar algo sustentável em termos de gerar lucro e rentabilidade”.

Mas afinal, o que as academias brasileiras têm a oferecer? “Certamente, oportunidades. Justamente porque temos muitas chances de crescimento. Os profissionais que atuam nestes fundos estudam minuciosamente os mercados em que vão investir. Eles não entram para perder. Se olharmos para mercados estrangeiros, podemos citar exemplos clássicos como o da Alemanha, Inglaterra e o próprio Estados Unidos, onde a força motriz do crescimento e de maiores taxas de penetração do fitness se dão em função do segmento low cost ou value for money. Prefiro usar esse segundo termo que se aproxima mais da nossa entrega tropicalizada de modelo de negócios, do que o low cost, que se enquadra muito pouco na definição do nosso segmento aqui no Brasil. Value for money é o mesmo que algo muito atraente a preços competitivos. Existe um histórico internacional muito evidente e que já está se repetindo, como oportunidade no Brasil. Precisamos estar atentos para identificar eventuais pontos de saturação, quais são as empresas mais

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competitivas, se a vantagem competitiva está ancorada de forma sustentável ou não, mas o que esses fundos estão vendo são as muitas oportunidades que oferecemos. Eu fico entusiasmado de poder participar de um possível processo de consolidação deste setor”, garante Pereira.

As estratégias de vender participações nas academias para fundos de private equity têm alguns motivos claros, como a intenção de prepará-las para aberturas de capital. Neste sentido, com estrutura mais enxuta e mensalidade abaixo de R$ 100, os negócios no modelo low cost se proliferaram nos últimos anos, seguindo a Smart Fit, criada em 2009. Apesar da rápida expansão, alcançar o lucro é tarefa árdua para todas as fits e a própria Smart Fit, cujo primeiro lucro foi realizado no segundo trimestre de 2018, após nove anos de atuação. Nos próximos dois anos, o número de academias dessas quatro redes deve passar de 721 para mil. Maior empresa do setor, com 588 unidades em sete países, a Smart Fit recebeu em 2010 o primeiro aporte do Pátria Investimentos.

Depois, foi a vez do GIC, fundo soberano de Cingapura.

Fabio Guterres, Diretor Operacional da paulista Bluefit – que tem como sócio o fundo Leste Capital e vai assinar um acordo com um fundo europeu para viabilizar a abertura de mais 40 lojas neste ano, aumentando a rede para um total de 100 unidades – acredita que ainda que a instabilidade econômica tenha atingido todos os setores, inclusive o de fitness, que para as academias que operam no modelo low cost, as crises são verdadeiras oportunidades.

“Oferecemos uma estrutura muito boa, um bom serviço com valor acessível. Entendo que todos ainda estejam tirando o ‘pé do freio’, mas a tendência é que para os próximos meses haja mais otimismo no mercado, retomando a procura por investimentos”. Guterres aposta no potencial das academias brasileiras e sugere que este é um dos pontos que despertam o interesse do mercado financeiro. “O fitness nacional é relativamente novo e o Brasil tem baixa penetração em comparação com outros países, o que aponta para uma possibilidade maior para crescer. Os investimentos internacionais e entradas de fundos têm ocorrido com mais frequência, o que demonstra a oportunidade e capacidade do mercado fitness aqui no país. Isso promove a profissionalização do setor e a concorrência, obrigando que todos busquem a melhoria contínua. Aqueles que não tiverem a capacidade de acompanhar as mudanças dificilmente continuarão no mercado. Mas esse movimento certamente dará um novo fôlego aos negócios, de forma geral”.

Ideias & Negócios

Leonardo Pereira

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22 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Low cost: uma década no mercado nacional

Justamente em 2019, o chamado modelo low cost – originalmente importado dos Estados Unidos, onde as academias reunidas nesta categoria eram essencialmente de baixo custo – completa dez anos no mercado brasileiro. O primeiro estabelecimento “low” do Brasil foi inaugurado em 2009, com a criação da Smart Fit e, na ocasião, e desde então sacode o mercado, provocando reações por parte de empresários do fitness, de norte a sul do país. Durante esta década, o modelo sofreu o que os especialistas costumam chamar de uma tropicalização, uma adequação ao cenário e aos costumes brasileiros, e hoje pode-se dizer que tem um modelo próprio, abrasileirado, mas muito forte, prova disto é que o segmento low cost é um dos mais fortes atrativos de investimentos e a grande aposta dos fundos de private equity.

Mas afinal, o que as academias brasileiras têm a oferecer aos seus investidores e por que o low cost aqui é tão diferente do resto do mundo?

“O modelo low cost é novo no país, e está se adequando as necessidades e cultura do Brasil. A Bluefit se colocou em vantagem justamente por aprimorar o modelo colocando aulas coletivas e artes marciais, desde sua concepção. Outros players estão se adequando e não tinham esta perspectiva em seu DNA. Acredito que haverá outras mudanças, e muitas outras possibilidades neste modelo de negócio. Desta forma, o nome low cost deve começar a ser questionado, uma vez que com o aprimoramento do modelo não é só o valor baixo que fará a manutenção do negócio, mas sim a capacidade de entregar uma solução completa para o cliente”, diz Guterres.

Fabio guterres

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Ideias & Negócios

Sobre este tema, Leonardo Pereira acrescenta: “acredito que exista ainda uma característica muito dominante do player que fez o primeiro movimento de low cost no Brasil. No país, existe uma miscelânea na legislação que exige adaptações tropicais, quando comparamos esse modelo com o aplicado no resto do mundo. Ainda lutamos muito para conter as arbitrariedades deste ambiente regulador, ao qual nós, empresários do fitness, precisamos estar sempre atentos. A regulação de um setor tão benéfico à sociedade não pode ser engessada, precisa fluir com saúde, de forma sensata. Positivamente temos a ACAD como aliada nesse desafio”.

Desde o início, o mercado se referia a este modelo como LCLP (low cost, low price – baixo custo, baixo preço). Há cerca de três anos, essa percepção mudou, e os analistas de mercado passaram a usar a sigla HVLP (high volume, low price – alto volume, baixo preço). O que representa

essa mudança? O baixo custo operacional, que ainda é importante nas academias deste modelo, não é o principal fator que gera o preço baixo para o consumidor, mas sim o alto volume de clientes que frequentam a academia.

Mas dá para esperar sentado pelos bons resultados? “Evidente que não. Nós empresários precisamos fazer nossa parte. Um dos caminhos diz respeito à criação de políticas de incentivo, sobretudo na esfera governamental, sob o objetivo de incentivar e sobretudo exonerar as atividades das academias, por se tratar de promotoras de saúde, gerando impacto positivo na conta da saúde pública. Precisamos trabalhar muito para atrair clientes e apresentar resultados positivos aos nossos investidores”, diz Leonardo Pereira, empresário do Nordeste, que há mais de um ano vem preparando a empresa Selfit para entrar no mercado de capitais.

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24 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Gustavo Borges

Para Gustavo Borges, presidente da ACAD Brasil, novos negócios estão em expansão e outros, como é o caso da low cost, já estão consolidados. “Esses modelos vieram mesmo para ficar e estão atraindo o mercado financeiro. Muitos destes investimentos aportados na nossa indústria têm gerado escala, o que facilita a operação e o gerenciamento do negócio, possibilitando uma estrutura que ofereça valores mais baixos e obtenha crescimento significativo. Novos investidores, como os fundos estrangeiros, que estão olhando para o fitness brasileiro de uma maneira diferente, deverão contribuir para uma mobilização rumo à maior profissionalização do setor, o que tende a aumentar a capacidade de atender melhor nossos clientes, podendo criar uma nova cultura junto da atividade física, o que representa um grande potencial de crescimento para as academias. Devemos comemorar essas movimentações de investimentos e vejo com bons olhos também as questões econômica e legislativa, que este ano devem ficar mais positivas, nos trazendo algum respiro”.

Mais olhares e negócios para o fitness brasileiro

Ainda nos primeiros dias de 2019, uma companhia americana líder no segmento de gestão e cobrança para academias anunciou a compra de uma empresa, até então com capital 100% nacional. A notícia de que a ABC Financial Services adquiriu a Evo W12 mostra que os olhares e a atenção do mercado internacional estão voltados para as atividades econômicas aqui no Brasil e que a indústria brasileira de fitness – academias, serviços e soluções, equipamentos e tudo mais que a compõe – está sendo vista como uma oportunidade de investimento, como uma verdadeira aposta.

A transação cria uma única fornecedora premium de software para academias, para os mercados da América do Norte e América do Sul. A ABC é a principal provedora de

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software, faturamento e serviços de filiação para mais de 7.000 instalações comerciais e franqueadas de saúde e bem-estar na América do Norte. “Estamos incrivelmente estimulados pelo ingresso da W12 na família da ABC”, disse o presidente-executivo da ABC Financial, Paul Schaller. “A combinação das empresas irá fornecer a nossas novas operações na América do Sul processamento de pagamento, faturamento e capacidades de facilitador de pagamento, ao mesmo tempo que fornece à ABC e a seus clientes uma plataforma internacional pronta para crescimento”.

O escritório internacional da ABC e a W12 serão combinadas em uma única

subsidiária internacional, liderada pelo presidente-executivo da W12, Paulo Akiau. A nova organização irá supervisionar o crescimento rápido e contínuo nos mercados da América Central e da América do Sul, bem como executar a estratégia de expansão das operações da ABC globalmente. Paulo Akiau declarou: “Os princípios essenciais compartilhados por nossas empresas – cultura do cliente em primeiro lugar, compromisso com a inovação e liderança focada no mercado – foram as forças motrizes que viabilizaram essa transação. Estou orgulhoso por assumir a liderança dessa próxima fase do crescimento da ABC no mercado global”.

Ideias & Negócios

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26 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

No último dia 8 de fevereiro a ACAD Brasil perdeu um dos membros mais atuantes nas mais de duas décadas de existência da Associação Brasileira de Academias. Aos 52 anos, Ricardo Marques de Abreu deixa registrada uma história de amor ao esporte e à atividade física, de dedicação à indústria nacional do fitness e de uma luta constante contra abusos que prejudicassem as atividades econômicas das academias. Fica também a lembrança de um amigo e profissional, solidário, bem-humorado e espirituoso que trouxe para a cerimônia de sua despedida, centenas de pessoas entre familiares, amigos e uma legião de admiradores.

Aos 14 anos, Ricardo Abreu começou a praticar Karatê. Desde cedo, o amor pelo esporte e pela atividade física marcou todas as fases de sua vida. Também vem da adolescência, quando foi representante de turma, a vocação pela liderança e pelo associativismo. Já na Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, onde se formou em Direito, era ele quem reivindicava os direitos para os alunos, desde jovem se posicionava politicamente, mediava conflitos e buscava soluções sempre primando pela imparcialidade. Praticante de artes marciais, no Karatê, faixa preta 4º Dan − chegou a representar o país no Japão – desenvolveu habilidades como segurança, disciplina e liderança.

Não só o esporte possuía papel de destaque na sua vida, advogado renomado, empresário à frente de uma rede de academias no Rio de Janeiro, participou da criação da ACAD Brasil atuando em vários mandatos como presidente e diretor jurídico

páginas Azuis

Ricardo Abreu: uma vida dedicada ao setor de fitness

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páginas Azuis

da entidade além de fazer história como presidente e fundador à frente do Sindacad − Sindicato das Academias do Rio de Janeiro.

Quem marcava presença nos muitos eventos e reuniões promovidas pela ACAD Brasil não se esquece de tê-lo visto, defendendo o setor de fitness e as atividades das academias com força e determinação, para garantir que essa indústria tivesse o peso merecido no cenário nacional. Não se conformou enquanto não viu a associação se tornar nacional, atuando com força em todo o país e para isso contribuiu para trazer empresários dos grandes players para dentro da ACAD e foi um dos responsáveis por essa transição da representatividade nacional atual.

As contribuições jurídicas do advogado Ricardo Abreu para todo o setor, em especial apoio às pequenas academias, são incontáveis. Foi o dia a dia dele que abriu as primeiras possibilidades de a indústria do fitness se defender coletivamente. Foram os esforços deste empresário que marcaram o pontapé inicial ao tão importante e indispensável trabalho que hoje a ACAD Brasil faz nas instâncias municipais, nos Estados e com muita força em Brasília. A luta para conter projetos de lei e regulamentações arbitrárias e absurdas iniciou com ele, há mais de duas décadas, e foi sustentada por ele até seus últimos dias em atividade.

Ricardo Abreu, lutador pelas causas da indústria do fitness e que também lutou pela vida com a mesma determinação que lutava no Dojo!

No Karatê, costuma-se dizer OSS - uma saudação que simboliza “perseverança sobre a pressão“. É também uma demonstração de respeito, não por hierarquia, mas pela admiração, pelo prazer da companhia, por simpatia, confiança e respeito por si mesmo.

“Perseverança sobre a pressão” retrata o que Ricardo foi, especialmente no último ano de vida dele. OSS!

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30 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

É possível que o treinamento funcional esteja apenas começando?

uma crescenteRevolução!

Fitness funcional. Essas duas palavras tornaram-se parte integrante do dicionário da indústria, que tende a criar conceitos

poderosos. Agora, com 2019 se iniciando, é natural supor que tais programas estiveram sempre à mercê das academias,

afinal, esta forma de atividade tornou-se uma das ferramentas mais eficazes para os gestores que precisam conquistar novos clientes, abordar as necessidades dos que já frequentam o espaço e ainda crescer os negócios. É também uma das mais fortes armas da indústria do fitness para combater os malefícios da inatividade epidêmica e fora de controle da obesidade mundial. No entanto, na realidade, este protocolo de treinamento levou anos para ser desenvolvido, evoluir e tornar-se quase que onipresente na maioria das academias e também nas atividades de personal trainers.

No início dos anos 90, o Treino Funcional (TF) era apenas uma tendência de fitness que ainda se iniciava. Hoje, parece maduro, em pleno vigor.

A única pergunta a ser feita é: o que vem a seguir? A participação de clientes que praticam TF – como bootcamps, os exercícios do kettlebell, e o exercício

com peso corporal – cresceu de 15, 9% (em 2014) para 44, 4% (em 2017), de acordo com os Relatórios do consumidor publicados pela IHRSA.

Como tudo começou? Como essa abordagem envolveu o cenário mundial? E, mais importante, o que o futuro espera para treinamento funcional... e o que o TF oferece ao futuro?

Para descobrir, a equipe da Revista CBI (publicação mensal da IHRSA) foi às academias para checar como o TF serve a vários papéis, como são os participantes ativos, quem são as pessoas que fazem história no TF e contribuíram para um crescimento tão rápido.

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Nossos especialistas são:• Maureen Hagan, vice-presidente de inovação

em fitness e desenvolvimento de programas para a Good Life Fitness, sediada em Londres, Ontário e Canadá.

• Casey Conrad, presidente da Communication Consultants WBS, uma consultoria de fitness baseada em Wakefild, Rhode Island.

• Degenstein Corey, diretor de fitness no Gainey Village Health Club and Spa, que faz parte de uma rede de academias em Scottsdale, Arizona.

Todos esses consultores entrevistados reconhe-cem que o treinamento funcional mudou para sempre a própria natureza do treino físico indivi-dual e em grupo. No processo, eles apontam, que o TF produziu uma série de benefícios de negó-cios para a indústria, pois desencadeou grandes renovações em equipamentos, novas certificações e ajudou inúmeras academias a reinventarem sua

programação, reconfigurarem seus espaços, gera-rem receita adicional e continuarem competitivas.

“O TF expandiu filosofias e deu novas direções à formação”, observa Hagan. “Ajudou a construir pontes entre a formação tradicional e a reabili-tação. Eu acredito que, sem ele, a indústria teria experimentado muito mais dificuldades. O TF é apropriado para pessoas de todas as idades e níveis de habilidade. E fez a programação de fitness ficar mais emocionante do que nunca”.

Fitness se torna funcional Nem sempre foi assim. Hagan lembra-se de ter

encontrando resistência e crítica, em 1990, quan-do começou a integrar o treino funcional em seus formatos de fitness. “Eu fui criticada por um nú-mero considerável de pessoas da indústria, por treinar abdominais na posição ereta, e por usar somente o peso corporal em algumas de minhas sessões do condicionamento muscular”, recorda. “Mas, como fisioterapeuta, eu vi o movimento do exercício de forma diferente. Eu estava movendo as pessoas funcionalmente e educando-os sobre como esses exercícios poderiam ter um impacto positivo sobre o seu desempenho global, na aca-demia como na vida. “Para mim, o treinamento funcional era simplesmente bom senso prático”.

Hagan primeiro atualizou suas aulas coletivas com movimentos funcionais, em 1991, quando lançou a NewBody, uma turma inspirada em uma atividade que ela havia visto em uma academia, a Les Mills, em Auckland, Nova Zelândia.

“A NewBody não foi identificada como fitness funcional na época, mas a classe se destacou por-que era diferente de todas as que ofereciam hi-lo e step, que eram prevalentes então”, explica. “Mas eu fui imediatamente atraída pelo conceito”.

Hagan investiu pesado para melhorar a consci-ência dos membros superiores, aumentar o con-trole e a qualidade do movimento, promover a estabilidade do núcleo e proporcionar maior resis-tência para os membros inferiores.

Agora, quase 30 anos depois, NewBody ainda é reconhecida, por oferecer treino funcional, indica-do no ranking em mais de 400 unidades da Goo-dLife fitness, no Canadá.

Isso é que é poder de permanência!

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O funcional em sua raiz Nos anos 2000, o interesse

e os investimentos em trei-namento funcional tinham crescido e se espalhado. Fa-bricantes de equipamentos, inventores e outros inovado-res juntaram-se às academias para capitalizar a tendência, e começaram a desenvolver e promover mais itens proje-tados especificamente para a disciplina, entre os quais: bo-las de estabilidade, planadores e placas de peso.

Um marco importante foi a criação da Reebok de “condicionamento total do corpo”. Os prati-cantes começaram a desfrutar de resultados notá-veis com o TF, melhorando a sua força, equilíbrio e coordenação. Outro foi o advento do CrossFit, que também trouxe ao treino funcional a atenção do mundo de uma forma dramática.

“O verdadeiro catalisador que fez com que as academias tomassem conhecimento do treina-mento funcional foi o CrossFit”, sugere Conrad. “Deu ao treino funcional uma nova forma, dentro das academias”.

“Em resposta, as academias começaram a recon-figurar seus layouts da área de fitness para que pu-dessem rentabilizar esta oferta”, acrescenta Hagan.

Nesse ponto, Conrad continua, os gestores co-meçaram a enxergar os estúdios de fitness do grupo como os geradores de receita e retenção, ao invés de centros de custo, o que os levou a incluir mais desses espaços. “O treino funcional aumentou o engajamento dos clientes”, diz ele. “Quando eles viram os resultados, consideraram seus planos como sendo mais valiosos, e, assim, ficaram mais satisfeitos, permaneceram mais tempo fiéis à aca-demia”.

Enquanto a grande recessão americana restrin-giu os gastos, o TF prometeu aos gestores das aca-demias se tornar ainda mais inventivo em termos de monetização, assim, compensando quedas de clientes e receitas de personal trainers. Quanto mais as coisas pareciam difíceis, mais as pessoas precisavam do TF.

32 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

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Treino Funcional decola Os usuários reconheceram o apelo do treina-

mento funcional e, assim, também o fizeram os personal trainers, que usaram o TF para ajudar a diversificar suas ofertas, conquistando novos clientes, e impulsionando a receita produzida nas sessões.

O treinamento funcional abriu uma nova porta sobre a inovação do programa. “Cerca de 10 anos atrás, alguns treinadores começaram a mudar a sua abordagem para a formação, com base em duas escolas de pensamento: separar os músculos em grupos (pernas em um dia, volta e bíceps no próxi-mo), e treinamento esportivo específico”, explica Degenstein. “O exercício corretivo e pós-reabilita-ção estavam fazendo sucesso também”.

Com a popularidade das rotinas de preparação física, assim como o desejo dos clientes para os trei-nos que utilizaram a crescente gama de TF, surgi-ram novos equipamentos e acessórios, do simples ao exótico: kettlebell, barra fixa, pneus de trator e circuitos cada vez mais elaborados.

Alguns fabricantes deram foco ao TF e assim fizeram seu nome. Em Gainey Village, três treina-dores, tocando o potencial criativo da abordagem, começaram a postar um “Workout do dia”, em uma prancheta na sala de musculação.

“O pensamento sobre como um treino deve-ria ser, começou a mudar ali”, recorda Degens-tein. “Os treinadores começaram a incorporar exercícios com base no peso corporal, incluindo agachamentos, pular corda, abdominais, flexões,

mergulhos, barra, juntamente com balanços de kettlebells, bolas de parede, caminhadas suspensas, entre outros”.

Explorando as oportunidades, academias em todo o mundo renovaram ou colocaram de novo os holofotes para suas ofertas de TF. “Ago-ra, nossas salas de musculação têm mais espaço aberto para tiras TRX, kettleballs e exercícios de peso corporal”, descreve Degenstein. “Nas duas instalações, convertemos quadras de squash em centros de treinamento funcionais. Transforma-mos uma quadra em um espaço de treinamento funcional, como um extensão de peso livre. E um novo centro de treinamento para pequenos gru-pos oferece uma variedade de aulas voltadas para o TF”. O investimento, e ele é rápido em salien-tar, tem valido a pena. O espaço dedicado a FT aumentou a receita da academia.

As tendências funcionais

Hoje, TF parece onipresente. É um componen-te-chave para aulas coletivas, de grupo pequenos, sessões com personal trainers, bootcamps, progra-mas de condicionamento esportivo e de rotina de exercícios. Em todos esses, você encontrará ele-mentos do TF.

Mas, o fato é que o TF ainda é tendência, cres-cendo em termos de número de utilizações, va-riantes, fornecedores e participantes.

Recentemente, observa Hagan, o TF está no topo da lista de tendências dos treinamentos mais eficazes, publicada por uma das mais impor-

tantes entidades de fitness do Canadá. Também figura em 2º lugar no “Fitness Trends for 2018” lista produzida pelo Conselho Americano de Exercício (ACE, na sigla em inglês), com sede em San Diego, superado apenas pelo boxe e kickboxing. As chances são de que ele estará também na lista de 2019 do ACE.

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exercício com kettlebell

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Reprodução da matéria publicada na Revista CBI - Club Business International - janeiro 2019. Colaboração: Jacqueline Antunes (IHRSA EUA).

As informações referem-se ao mercado norte-americano.

“O TF continuará no topo das listas de ten-dências”, ela prevê. “Uma das maiores razões é fato que a maioria da população global está en-velhecendo, aqueles com mais de 65 anos são o grupo que mais cresce no mundo. Os adultos mais velhos querem ser saudáveis, fortes e ter mobilidade. Eles querem ser capazes de viver de forma independente. Querem evitar ferimentos e deficiências, viver mais tempo... Você tem que ser forte e ter mobilidade para executar com energia e vigor. E o TF é exatamente sobre isso”.

Hagan aconselha as academias a se concentra-rem nesse marketing para TF, de forma inteligen-te, uma vez que ele continua a evoluir. “Enfatizar o exercício de envelhecimento saudável e com melhor mobilidade, ao invés de apenas estética e desempenho”.

A aplicabilidade universal do TF continua atraindo novas populações e englobam mais cate-gorias de exercícios, desde o pré-natal até o fitness

juvenil, e o treinamento esportivo de elite. E os idosos não são os únicos com necessidades urgen-tes. A sociedade moderna continua inativa, com mais tecnologias que reduzem a necessidade para a atividade física, e que facilita para que as socie-dades se tornem obesas ou com excesso de peso. Este “progresso” produz uma série de sérios pro-blemas – físico, mental e emocional – que o TF é particularmente bem adaptado para atender.

As oportunidades e o mercado para serviços do TF parecem só agora estarem atingindo a matu-ridade.

“Vejo que o treinamento funcional continua a crescer em popularidade”, diz Degenstein.

“O treinamento funcional está aqui para ficar”, Hagan agress.

E, conclui Conrad: “O futuro do TF é forte. Certamente não vai desaparecer”.

34 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

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36 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

ACADeMIA LegAL

Se você é um empresário gestor de uma academia com piscina, provavelmente já foi multado, repreendido ou recebeu uma notif icação de entidades regulado-ras, por conta de alguma suposta irregu-laridade ou risco aos usuários – clientes ou profissionais instrutores. Essa é a realidade da maioria das academias que oferecem aulas de natação, hidroginásti-ca e outras atividades em piscinas. Não é nada fácil manter um modelo de negó-

cios que cotidianamente sofre ameaças, na maioria das vezes, sem fundamento técnico ou legal.

Na coluna desta edição, vamos nos ater ao caso das academias que enfrentam, com frequência, reclamações trabalhis-tas de professores de natação preten-dendo o recebimento de adicional de insalubridade. A Norma Regulamenta-dora nº 15, do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece como insalubres

PISCINA NÃO É INSALUBRE

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Academia legal

as atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhado-res. Ora, uma piscina adequadamente operada e mantida não deveria ser con-siderada insalubre. O problema é que essa decisão costuma f icar nas mãos de peritos indicados por juízes, muitos de-les sem familiaridade com o tema. Isso gera risco de conclusões equivocadas e

de indevido reconhecimento de uma insalubridade que não existe.

Para ajudar a salvaguardar as atividades destes empresários, a ACAD Brasil, por meio da equipe de advogados atu-antes na Associação e em parceria com a Associação dos Centros de Ativida-de Física - ACAF e o Sindiclubes-PR, patrocinou a elaboração de um laudo técnico, assinado por uma equipe de seis peritos. Através de argumentos téc-

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38 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

nicos e evidências estatísticas colhidas em duas academias e um clube, o lau-do demonstra que a exposição à água inerente ao trabalho dos professores de natação não é capaz de causar danos à saúde deles, quando a piscina atende às normas técnicas e legais aplicáveis.

“Esse trabalho foi minuciosamente preparado por seis especialistas peri-tos e contém uma gama de informa-ções técnicas, balizadoras, além de da-dos estatísticos que corroboram para atestar que as piscinas que atendem às normas técnicas previstas em lei não são locais insalubres para os clientes das academias e tampouco para os profissionais que nelas atuam como instrutores. Trata-se de um impor-tante instrumento de defesa da plena atividade das academias com piscina. Mais uma forte atuação da Associa-ção”, garante Mario Duarte, advoga-do da equipe jurídica da ACAD.

Esse documento não substitui o laudo do perito judicial, mas é um excelente subsídio para o assistente técnico que as academias podem indicar nas ações judiciais. Os assistentes são peritos que acompanham o trabalho do perito no-meado pelo juiz e apresentam laudos concordantes ou divergentes. Com mais e melhor informação, os próprios peritos judiciais poderão elevar o nível do trabalho. Em suma, é um material que poderá ser decisivo para o resul-tado de litígios trabalhistas e reduzir o risco do setor com o pagamento de condenações por insalubridade.

Toda academia associada à ACAD Brasil pode solicitar o documento e uma orientação de como usá-lo, caso seja envolvido em ação judicial desta natureza.

Políticas públicas: prioridade dos esforços da ACAD em 2019 Para o advogado Mario Duarte, da equipe jurídica da ACAD Brasil, o ano de 2018, por ter sido marcado pelas Eleições nacio-nais, foi um período em que os parlamenta-res estiveram dedicados às suas campanhas de reeleição e, por esta razão, os projetos de interesse do setor de fitness tiveram pouco andamento. O especialista acredita que a tendência é a de que, em 2019, este cenário mude.

“Os projetos que mais preocupavam os empresários de academias não tiverem al-terações signif icativas em sua evolução. Com as novas legislaturas, essas propostas devem ganhar um novo fôlego, com um ritmo mais acelerado principalmente no Congresso Nacional, mas também nas ca-sas estaduais, nas Assembleias”.

Duarte af irma que entre as prioridades do trabalho desenvolvido pela ACAD nesta área de políticas públicas – que tramitam na Câmara, no Senado e em diversas As-sembleias – ainda f iguram a garantia de não aprovação de projetos com foco na pretensão de livre e gratuito acesso de per-sonal trainers nas academias. “Projetos des-ta natureza estão no topo da lista de nossas ações para o primeiro semestre deste ano. O objetivo é arquivá-los, em todo o país, a exemplo de vitórias regionais que a As-sociação já conquistou neste tema, por in-constitucionalidade”.

Além de todo o trabalho de monitoramen-to e acompanhamento de trâmite de to-dos os projetos de lei que, caso aprovados, possam prejudicar as atividades do setor, a equipe da ACAD vem atuando de forma propositiva, apresentando sugestões de futuras legislações que contribuam com o desenvolvimento do setor de fitness, garan-

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tindo o pleno funcionamento econômico das atividades do setor.

“Dentre nossas propostas de projetos de lei, como exemplo desse movimento pró- ativo que estamos fazendo, está o Acade-mia Parceira. Esse PL pretende garantir a possibilidade de contratação de profissio-nais de Educação Física, e de outras áreas af ins ao fitness, por meio de parcerias e não necessariamente por relação de trabalho formal, com vínculo empregatício. Nossa intenção é reapresentar esse projeto, como ação prioritária, para que seja votado ainda este ano”.

Em instâncias federais, a Associação man-tém os olhos atentos nas tramitações de dezenas de outros projetos de lei, que se-rão acompanhados e receberão interferên-cia – sempre que necessário. No Congres-so, alguns desses projetos deverão chegar

em momentos decisivos, o que vai exigir ainda mais cuidado por parte de quem os acompanha e de todos os colaboradores da ACAD.

Há desaf ios, mas também há conquistas fundamentais para a indústria do fitness, garante Duarte. “Em 2018, nosso maior sucesso foi no Rio de Janeiro, praça onde conseguimos trabalhar pelo arquivamento de vários projetos, considerados inconsti-tucionais, que estavam há alguns anos tra-mitando na Assembleia Legislativa. Nossa vitória junto a Comissão de Constituição e Justiça deve-se também ao auxílio que a ACAD pôde prestar institucionalmen-te aos deputados, papel que contribuiu e muito para os resultados favoráveis que conquistamos para todo o setor”.

Academia legal

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40 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Academia legal

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Associado, fique atento!

Auxílio alimentação

No primeiro mês de 2019, a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil por meio da Solução de Consulta N.° 35, publicada no Diário Oficial da União (DOU de 25/01/2019, Seção I, Pág. 09), refor-mou sua posição anteriormente publicada na Solução de Consulta N.° 288, de 26 de dezembro de 2018, retirando o auxílio-alimentação pago mediante tiquetes-alimentação ou cartão-alimentação da base de cálculo das contribuições sociais previdenciárias a cargo das empresas e dos segurados empregados.

Força da ACAD em Brasília!Você sabia que, mesmo no período de férias nas transições e durante o recesso dos parlamentares, a ACAD Brasil mantém ativo o trabalho de acompanhamento de projetos de lei que tramitam em Brasília? Essa atuação garante a manutenção do bom “status” conquistado pela Associação nas duas casas legislativas federais. Para 2019, estão previstos o segundo seminário sobre o mercado de academias, reunindo parlamentares e seus as-sessores, além de duas audiências públicas – uma na Câmara e outra no Senado – sobre as possibilidades de as academias serem reconhecidas como promotoras de saúde. A Associação já realiza um trabalho identificando parlamentares que entendem a importância do setor nacional do fitness para a sociedade em geral, gerando conhecimento real das demandas do setor e montando uma força defensiva no Congresso Nacional.

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MeRCADO & TeNDêNCIAS

Quando, há mais de dois mil anos, o poeta romano Juvenal escreveu que o que se deveria desejar na vida é uma mente sã num corpo saudável (do latin, “mens sana in corpore sano”, famosa citação publicada no livro Sá-tira), mal sabia ele que já profetizava o futuro da humanidade. A boa notícia é que a Ciência acaba de provar que o escritor estava certo. Logo nos primei-ros dias de 2019, uma notícia publica-da na “Nature Medicine” – uma das mais importantes revistas científicas do mundo – revelou que o hormônio irisina, produzido por músculos, du-rante a prática de exercício físico, pode reverter a perda de memória causada pelo Alzheimer. Isso mesmo: enfim, está provado que o exercício físico pode prevenir a doença. Hoje, segundo o Ministério da Saúde, cerca de um mi-

lhão de pessoas no Brasil sofrem deste mal, enquanto mais de 35 milhões são afetadas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

A pesquisa sobre o irisina foi coorde-nada por uma equipe da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UFRJ e realizada por 25 cientistas de diversos países, com participação das universidades de Columbia e do Ken-tucky, nos EUA, da Queen’s Universi-ty e da Universidade do Oeste de On-tário, no Canadá, e ainda da Fiocruz e do Instituto D’Or. É a primeira vez que fica comprovado que a atividade física pode prevenir e ajudar no com-bate ao Alzheimer que, segundo dados da OMS, é a forma mais comum de demência, responsável por 60% a 70% dos casos.

CIêNCIA PROVA que exeRCíCIO FíSICO É O MAIOR ALIADO

CONTRA ALzHeIMeR Que tal investir, na sua academia, em serviços especiais?

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42 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Uma das responsáveis pelo estudo, Dra. Fernanda De Felice, é Pós-dou-tora em Neurobiologia da Doenca de Alzheimer pela Northwestern Univer-sity, dos Estados Unidos, atual profes-sora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e suas pesquisas procuram en-tender porque essa é uma doença que afeta a memória. Segundo a especialis-ta, essas descobertas reforçam a impor-tância dos exercícios físicos e mostram que o fato de o hormônio irisina ser produzido pelo próprio organismo di-minui as chances de efeitos colaterais, o que dá esperança para novos avanços.

“Infelizmente, hoje, não há um trata-mento para Alzheimer que funcione, por esta razão, nossa busca é muito importante. Mas agora sabemos que há uma saída possível, que estamos no caminho, uma vez que nossas desco-bertas reforçam a importância da ati-vidade física para prevenir a perda de memória e doenças do cérebro. Aqui, dizemos que o irisina não quer ver nin-guém sedentário”, diz Fernanda.

Mercado & tendências

MAiS SOBRe A PeSQuiSA

O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa incurável e a mais comum causa de demência. Ela pro-voca perda da memória e da capaci-dade cognitiva. Os pacientes podem sofrer variações de humor, ficar de-sorientados e ter delírios. A evolução da doença até a morte costuma levar, em média, de oito a dez anos. No cé-rebro dos pacientes, há acúmulo de placas de proteína beta-amiloide. Es-sas placas causam a morte dos neurô-nios e causam o declínio das funções cerebrais.

“Ainda não sabemos a dose certa de exercício para que haja esse efeito po-sitivo, de prevenção e de uma possível reversão do quadro da doença. Mas ele certamente é fundamental para o metabolismo do cérebro e das doenças provenientes do desequilíbrio cerebral que causa doenças como o Alzheimer. Temos que caminhar, nadar, peda-lar ou correr. O tipo de exercício não

“O irisina não quer ver ninguém

sedentário. O exercício, por liberar irisina,

atua duplamente: na prevenção da perda

de memória e na restauração da que

foi perdida.”

Dra. Fernanda De Felice

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OPORTuNiDADe PARA iNDúSTRiA DO fitnessO envelhecimento populacional é um fenômeno global, o que não é diferente para o cenário brasileiro. Nos últimos 10 anos, o Brasil ganhou 8,5 milhões de cidadãos acima dos 60 anos. Essa parcela da população deve chegar a 38 milhões em 2027, segundo as projeções feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Em 2060, 26,7% da população deverá ter 65 anos ou mais. Esses dados podem parecer alarmantes, caso a sociedade não se prepare para enfrentar a terceira idade da melhor for-ma. Mas também podem ser encarados como uma oportunidade, por exemplo, de ampliar o mercado de academias e colocar a indústria de fitness em seu devido lugar: promotores de saúde.

importa. O fundamental é se exercitar, sempre, tornar isso parte da vida, rotina diária. Não é fácil, mas compensa”, afir-ma Fernanda. “O exercício, por liberar irisina, atua duplamente: na prevenção da perda de memória e na restauração da que foi perdida”, conclui a pesquisa-dora.

O exercício funciona com um gatilho para os músculos liberarem irisina. O hormônio vai para o tecido adiposo branco, chamado de gordura ruim, e o transforma em gordura bege, uma forma intermediária, menos nociva. O irisina rege o metabolismo, que atua positivamente sobre o equilíbrio de os-sos e pulmões, e, agora sabemos, tam-bém está ativo no cérebro. A primeira descoberta do grupo de pesquisadores foi ver que havia menos irisina no cére-bro de pessoas com Alzheimer. O pros-seguimento do estudo com roedores mostrou que a concentração de irisina afeta a memória. Menos irisina, menos memória. No estudo, ficou comprova-do que o exercício não só aumentou a concentração de irisina como também tornou os seres pesquisados mais ap-tos a aprender. A substância ligada ao exercício atua sobre a memória e além da possibilidade de prevenir a demên-cia, o estudo abre uma porta para de-senvolver uma nova droga. A classe de drogas mais recente contra a doença tem 15 anos e não resolve. Seus efeitos são temporários, efetivos apenas para metade dos pacientes, e os remédios podem ser usados apenas por cerca de um ano e meio. Portanto, os pesquisa-dores alertam: é preciso fazer exercícios sim, porque hoje é o caminho de pre-venção e possível combate.

Mercado & tendências

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44 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Uma vez que a sociedade – cidadão co-mum, governantes, classe médica etc. – passe a enxergar as academias como aliadas na prevenção de doenças, agora com respaldo científico, como fica cla-ro no caso do combate ao Alzheimer, há então um novo nicho que merece um olhar mais atento. Empresários de academias têm em mãos a oportunida-de de ajudar as pessoas a viverem de for-ma mais produtiva e por mais tempo. Estamos falando de um novo nicho de mercado: aquele que quer prevenir ou combater uma enfermidade específica que assombra milhões, ano após ano.

Você já pensou em criar um espaço em sua academia voltado especialmente para estimular as pessoas a prevenir e potencialmente tratar o Alzheimer? Uma vez que a doença neurodegenera-tiva que mais avança no mundo à me-dida que a população envelhece e para a qual não há cura, e que a chave é o exercício físico, o setor de fitness pode abraçar essa causa, contribuir para a diminuição da incidência de casos no Brasil e ainda aquecer os negócios, com um serviço especializado.

Para entender mais sobre a relação das academias com a classe médica, a equi-pe da Revista ACAD Brasil conversou o Dr. João Felipe Franca, médico do exercício e do esporte, um dos sócios na Clinimex, inaugurada há 25 anos pelo Dr. Claudio Gil Soares de Araújo, um dos pioneiros no Brasil a trazer a acade-mia para dentro do espaço médico. A proposta reúne médicos, profissionais de Educação Física e de Fisioterapia, e oferece programas de exercícios super-visionados e uma série de testes físicos que avaliam a saúde das pessoas.

Como os resultados de uma pesquisa como esta sobre o Alzheimer podem contribuir para alertar a população a vencer a inatividade?

Quanto mais benefícios puderem ser comprovados por meio de estudos bem feitos de que a prática regular de exercí-cios físicos faz bem à saúde, tanto física quanto mental, mais impacto vai gerar na população. É preciso que as pessoas sejam alertadas sobre a importância de a atividade física ser introduzida no dia a dia, como algo natural ao ser huma-no, que pode mudar a vida e o futuro, em termos de saúde. Mas é importante alertar que cada indivíduo tem necessi-dade por uma dose apropriada, única e adaptável de exercício a ser praticada. É preciso que se garanta maior seguran-ça em relação a possíveis riscos físicos e clínicos, durante e após as sessões de

Mercado & tendências

Dr. João Felipe Franca

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exercício, reduzindo chance de lesões ortopédicas e de quedas. Também é be-néfico que se promova a otimização dos benefícios do exercício físico a partir de uma equipe treinada tanto para prescre-ver quanto para supervisionar e orien-tar a forma mais correta de execução dos movimentos.

hospitalar privado exercem uma “pres-são” sobre a classe médica, com enfoque em medicamentos e exames complemen-tares, muito mais do que em mudanças eficazes do estilo de vida. Por isso, a ló-gica da medicina que se pratica no Brasil ainda é baseada em drogas, exames inva-sivos e nada tem de preventiva.

Qual a importância da sua especialização médica e o quanto ela já evoluiu no Brasil?

A Medicina do Exercício e do Esporte é, atualmente, uma das 58 especialidades médicas reconhecidas pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM). É a espe-cialidade médica que estuda a influên-cia do exercício físico no ser humano, orientando atletas, indivíduos saudá-veis e doentes (cardiopatas, hipertensos, diabéticos, obesos etc.) quanto à práti-ca de exercícios físicos e treinamento desportivo mais adequado a cada caso e situação. A Federação Internacional de Medicina do Esporte (FIMS) define a especialidade da seguinte forma: espe-cialidade médica que inclui segmentos teóricos e práticos da medicina com o objetivo de investigar a influência do exercício, do treinamento e do esporte sobre as pessoas sadias ou doentes, com a finalidade de prevenir, tratar e reabi-litar. Desde 1962, quando a Federação Brasileira de Medicina Desportiva foi fundada, até os dias de hoje, evoluímos em termos de pesquisas e, principal-mente de resultados alcançados com pacientes. Hoje, esta associação civil foi rebatizada de Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

“É preciso que as pessoas sejam alertadas sobre a importância de

a atividade física ser introduzida no dia a dia,

como algo natural ao ser humano, que pode

mudar a vida e o futuro, em termos de saúde.”Por que ainda há resistência de parte da classe médica em indicar atividade física como tratamento?

Ha um desconhecimento da classe médi-ca em relação aos benefícios do exercício físico para a saúde e para as doenças e como prescrevê-lo adequadamente. O curso de graduação em Medicina não tem esse enfoque para uma abordagem do exercício físico como remédio. Ape-nas a especialidade médica de Medicina do Exercício e do Esporte é que prevê um olhar diferenciado desta questão e se propõe a estudar as peculiaridades que a cercam. Outro ponto a ser observado é que a indústria farmacêutica e o sistema

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46 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Como academias, classe médica e outros profissionais da área de saúde podem ajudar a combater a inatividade?

Divulgando notícias como essa sobre a importância do exercício físico no com-bate ao Alzheimer, chamando a atenção para todos os inúmeros benefícios com a prática regular de atividade. Tam-bém facilitando o acesso a locais onde seja possível praticar exercícios, esti-mulando crianças a se movimentarem desde a infância e os idosos a iniciarem essa prática ou a se tornarem cada vez mais assíduos nas aulas monitoradas por profissionais, devemos dar aten-ção principalmente a estes dois grupos. O exercício físico deve ser assunto de conversas informais para todos se mo-

tivarem a se movimentar mais e todos os dias. Poderia ainda ser um pré-re-quisito para planos de saúde terem suas mensalidades com desconto para quem estivesse se exercitando. As academias podem criar programas de milhagem ou de fidelidade com premiações, e os médicos devem, cada vez mais, prescre-ver exercício físico como parte princi-pal dos tratamentos, evitando assim o comportamento sedentário. É preciso que se crie estímulos visuais para moti-var as pessoas a subir mais escadas, a ca-minhar mais, e ter exemplos como as bi-cicletas urbanas de uso comum que são um grande estímulo, promover eventos esportivos com entrada gratuita, cui-dar de espaços públicos que permitam a prática de exercícios em grupo, com garantia de segurança urbana.

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CiRCuiTO ACAD

vocando-os para contribuir com soluções para essa indústria.

Na parte da manhã, haverá palestras espe-cialíssimas com Clóvis de Barros Filho, ad-vogado, jornalista, escritor e professor uni-versitário, e com Hilaine Yaccoub, PhD em Antropologia do Consumo.

No próximo dia 24 de maio, será realizado, em São Paulo, o ACAD Conference - onde conhecimento e negócios se encontram. A expectativa é reunir mais de 400 empresários e gestores do fitness, de todos os cantos do país, em um encontro que promete mexer com as expectativas dos participantes, con-

AssoCiAção CoNvoCA eMpresÁrios Do FItnESS pArA eNCoNtro NACioNAl

Clóvis de Barros Filho

Palestra: A vida que vale a pena ser vivida

“A filosofia tem como principal objeto a felicidade hu-mana. De tudo o que a humanidade pode conhecer o único saber realmente que importa aos homens é vi-ver bem. Mas no que consiste a vida feliz? De Platão até Nietzsche veremos as principais discussões sobre a vida e se realmente dirigimos nossa existência para satisfazer nossa própria felicidade”. Barros Filho é um dos mais requisitados palestrantes do Brasil e suas au-las e palestras sobre ética já foram ouvidas por milhões de pessoas em todos os estados do país, e também no Uruguai, na França, no México, na Argentina, na Es-panha, em Portugal, entre outros. Também atua no

mundo corporativo, tendo como clientes empresas de todos os portes, de inú-meros ramos de negócios. Tem mais de 30 anos experiência acadêmica, atua há dez anos como palestrante e consultor de grandes empresas, é autor de mais de 15 obras, entre elas o best-seller A vida que vale a pena ser vivida.

Clóvis de Barros Filho

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Pode parecer que os temas da Ética e da Antro-pologia do Consumo estão distantes da realidade cotidiana nas academias. Mas não estão. O consu-mo vai muito além da mera compra de produtos e serviços, pois é um processo que nos identifica no mundo a partir de escolhas que expressam gostos e estilo de vida. E como manter uma ética nos dias de hoje, onde tudo parece estar tão fora do compasso? As duas palestras são um convite à reflexão, mas também estão repletas de dicas de como tornar o negócio da academia algo mais atrativo, que compreenda melhor os anseios do cliente, colocando a empresa no mercado como algo diferenciado.

Já conhecido dos participantes do último encontro, Luiz Al-garra, será o condutor da dinâ-mica da programação da tarde, batizada de Despalestra - Re-flexão e construção coletivado mercado de Fitness. “Tive-mos um feedback muito positi-vo daqueles que participaram da dinâmica do workshop de 2018, onde criamos um espaço de co-criação para o fitness. A potência das pessoas construí-

rem soluções conjuntas fortalece o networking, aproxima os associados e ajuda a fortalecer a as-sociação. Por essa razão, faz muito sentido que para o encontro de maio, trouxéssemos, em um outro modelo, uma dinâmica que mais uma vez gera uma oportunidade de as pessoas se conecta-rem com relevância e intensidade”.

Algarra adianta que o espaço físico será diferen-te: no encontro anterior, as pessoas foram reu-nidas em grupos, em diversas mesas distribuídas em uma sala, e agora estarão todas juntas em um auditório, com um número muito maior de par-ticipantes. “Para esse novo formato, trarei o que chamo de ‘despalestra’, uma super conversa co-

letiva, onde as pessoas trocam ideias entre si e com o pales-trante. Teremos a participação do Saturno de Souza, como meu ‘despalestrante’ convida-do, que irá me ajudar a condu-zir essa tarde de trabalho, numa dinâmica muito ágil, muito interessante, chamando aten-ção aos temas mais relevantes para os empresários e gestores das academias”. Mais uma vez, uma reflexão e uma construção coletiva.

Hilaine Yaccoub

Palestra: O pós-consumidor na era Fitness: Comportamento, Valor, Encantamento

“O que querem as pessoas quando buscam uma academia de ginástica nos dias de hoje? Como as empresas podem se conectar a esses clientes de forma efetiva? Através da Antropologia do Consumo iremos en-tender quem é o pós-consumidor, esse novo consumidor fitness, seus valores, necessidades e como as marcas podem se posicionar para en-cantá-lo. A partir de “consumer insights” obtidos em mais de 7 anos de pesquisa no setor abordaremos premissas para elaboração de estratégias para este cenário e posicionamento. O maior objetivo é trazer os clien-tes para o centro do processo estratégico, tático e criativo das marcas e das empresas. Nossa motivação é deixar empresas mais alinhadas ao que é importante para as pessoas”. A PhD em Antropologia do Consumo possui ampla experiência em pesquisas qualitativas, nas quais utiliza a

teoria e os métodos da Antropologia para analisar o consumidor em sua totalidade, seus hábitos rotineiros encontrados em suas práticas de consumo, e propõe o desenvolvimento de novas estratégias de inteligência de mercado. Investiga tendências, conceitos, oportunidades e inovações no campo do consumo.

luiz Algarra

48 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

Hilaine Yaccoub

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Faça sua inscrição:www.acadbrasil.com.br/conference2019

Programação Dia 24 de maio

08:00 Credenciamento

08:30 Welcome coffee

09:00 Clóvis de Barros Filho: A vida que vale a pena ser vivida

11:00 Hilaine Yaccoub: O pós-consumidor na era Fitness: Comportamento, Valor, encantamento

12:15 Almoço de Negócios

13:45 Gustavo Borges – ACAD Brasil hoje

14:15 luiz Algarra e saturno: Despalestra - Reflexão e construção coletiva do mercado de Fitness

15:45 Carrossel de Apresentações

17:30 encerramento

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50 MARÇO 2019 Revista ACAD Brasil

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