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ADILSON MARCOS DE MATOS FERRARESE

CAMBÉ: MEU ESPAÇO DE VIVÊNCIA

LONDRINA

2011

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ADILSON MARCOS DE MATOS FERRARESE

CAMBÉ: MEU ESPAÇO DE VIVÊNCIA

Produção Didático-Pedagógica Curso PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação realizado junto a Universidade Estadual de Londrina. Orientadora: Prof.ª Drª. Jeani Delgado Paschoal Moura

LONDRINA 2011

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura: 1 - Brasil - População Urbana e Rural .......................................................... 11

Figura. 2 - Vista Panorâmica de Cambé ................................................................... 17

Figura: 3 - Mapa de localização do município de Cambé .......................................... 18

Figura: 4 - Limites político-administrativos de Cambé ............................................... 19

Figura: 5 - Bandeira Cambé ...................................................................................... 21

Figura: 6 - Brasão de Cambé. ................................................................................... 22

Figura: 7 - Núcleos de formação da cidade ............................................................... 26

Figura: 8 - Estação ferroviária de Nova Dantizg ........................................................ 27

Figura: 9 - Marco de divisa Cambé/Londrina ............................................................. 29

Figura:10 - Cambé – População Rural e Urbana ...................................................... 33

Figura: 11 - Vista Parcial do Jardim Santo Amaro e acesso aos Bairros pela

PR 445. .................................................................................................. 37

Figura: 12 - Vista parcial da Unidade de Saúde 24 horas Maria Anideje

e Colégio Estadual Maestro Andréa Nuzzi ............................................. 38

Figura: 13 - Vista parcial do Centro da Juventude em construção e

da Academia ao Ar Livre ........................................................................ 39

Figura: 14 - Vista Parcial de Cambé. Fonte Museu Histórico de Cambé

e Prefeitura Municipal ............................................................................. 44

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SUMÁRIO

1. FICHA CATALOGRÁFICA.......................................................................... 5

2. APRESENTAÇÃO....................................................................................... 5

3. PROCEDIMENTOS..................................................................................... 9

4. CONTEÚDOS DE ESTUDO....................................................................... 10

4.1 As Cidades e a Urbanização Brasileira....................................................... 10

4.2 Êxodo Rural e Urbanização no Paraná....................................................... 14

4.3. Cidade de Cambé - PR .............................................................................. 17

4.3.1.

4.3.2.

4.3.3

4.3.4

Localização e Limites..................................................................................

Símbolos......................................................................................................

A Colonização do Norte do Paraná e o Surgimento do Município de

Cambé - Pr ..................................................................................................

Perfil Econômico .........................................................................................

17

20

24

25

4.3.5

4.3.6

4.3.7

5.

6.

7.

O Crescimento e a Expansão Urbana .......................................................

População Rural e Urbana ........................................................................

O Bairro, Meu Espaço de Vivência ..................................................

ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES .........................................

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO ...........................................................

INDICAÇOES BIBLIOGRÁFICAS ....................................................

25

33

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48

50

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1- FICHA CATALOGRÁFICA

CAMBÉ: MEU ESPAÇO DE VIVÊNCIA

Autor ADILSON MARCOS DE MATOS FERRARESE

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL MAESTRO ANDRÉA NUZZI

Município da escola CAMBÉ

Núcleo Regional de Educação

LONDRINA

Orientador PROFª DRª JEANI DELGADO PASCHOAL MOURA

Instituição de Ensino Superior

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Disciplina/Área GEOGRAFIA

Produção Didático-pedagógica

UNIDADE DIDÁTICA

Relação Interdisciplinar HISTÓRIA, SOCIOLOGIA E GEOGRAFIA.

Público Alvo ALUNOS DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Localização RUA BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO, Nº 366.

Apresentação

Ao observar a comunidade escolar, diagnosticou-se que, em geral, os alunos têm dificuldades em apreender seu espaço de vivência e de desenvolver um sentimento de pertencimento, em que se sintam parte da história e sujeitos ativos do processo de ensino e aprendizagem. Assim, buscou-se analisar o crescimento urbano do município de Cambé, suas características e implicações, resgatar sua história e contribuir para a construção de um conhecimento que valorize o espaço próximo e, assim, superar a simples reprodução de conteúdos distantes da realidade vivida. A metodologia está pautada em aulas dialogadas, leituras e produção de textos, análise de gráficos, aplicação de questionários e entrevista com pioneiros da cidade.

Palavras-chave CIDADE. BAIRRO. CIDADANIA. PERTENCIMENTO.

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2- APRESENTAÇÃO

TEMA DE ESTUDO

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

JUSTIFICATIVA

A Unidade didática “Cambé: meu espaço de vivência” como instrumento

didático-pedagógico destina-se aos alunos da 3ª série do Ensino Médio, com o

propósito de subsidiar o conhecimento acerca do processo de urbanização no Brasil

e o surgimento e crescimento da cidade de Cambé, e do seu bairro buscando

despertar um sentimento de pertencimento e seu engajamento na luta plena

Cidadania.

Para isso nos deparamos como um grande desafio, hoje diante da

massificação da sociedade atual e dos seus mecanismos de alienação crescente, é

possível instrumentalizar os alunos para o exercício da cidadania plena? Como

sensibilizá-los para o estudo do seu espaço de vivência (sua cidade e bairro) e

ajudá-los a compreenderem que são, em potencial, agentes de transformação do

seu meio? E que isso é possível com o seu engajamento enquanto Cidadão na luta

pelos seus direitos individuais e coletivos.

Sobre a importância da Geografia na construção da cidadania, ressalta

Cavalcanti (2002, p.47) que “[...] O ensino de Geografia contribui para a formação da

cidadania através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,

habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e jovens

compreenderem o mundo em que vivem e atuam [...]”. Reforçando esse pensamento

ressalta Resende:

Se o espaço não é encarado como algo em que o homem (o aluno) está inserido, a natureza que ele próprio ajuda a moldar, a verdade geográfica do indivíduo se perde e a Geografia torna-se alheia para ele. (RESENDE, 1986, p.20)

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A Geografia possibilita a construção de conhecimentos e valores que

levem os educandos a desenvolverem um sentimento de pertencimento e,

consequentemente, o seu engajamento na luta pela conquista e aprofundamento da

cidadania. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem uma prática,

para o desenvolvimento da cidadania como “[...] consciência de pertencer, interagir e

sentir se integrado com as pessoas e os lugares” (BRASIL, 1998, p.60).

Ao construírem os seus lugares, os homens criam laços afetivos, que

nascem com a vivência dos lugares, o “seu nível de permanência na vivência com

as coisas, nas relações com as pessoas, vai definindo aos poucos sua fixação a

esses lugares” (BRASIL, 1998, p.59), porém, não raras vezes, os homens são

excluídos dos espaços e bens materiais que ajudaram a construir/produzir, por isso

não criam um sentimento de pertencimento, pois o lugar não foi conquistado, o

direito do cidadão ficou, assim, no campo do Direito, o que permite afirmar que, é

conquistando o lugar que se conquista a cidadania.

OBJETIVOS

GERAL

Este trabalho visa proporcionar uma análise do crescimento urbano do município

de Cambé, suas características e implicações, objetivando auxiliar na melhor

compreensão da dimensão econômica do espaço local, podendo assim servir

como subsídio para análise do espaço de vivência.

ESPECÍFICOS

a) Subsidiar por meio da leitura, a análise do processo de urbanização no Brasil

e suas consequências;

b) Analisar as causas e consequências do Êxodo Rural no Brasil, Paraná e em

Cambé;

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c) Sensibilizar o aluno para que ele compreenda que o espaço geográfico é

construído pela sociedade, e que essa construção é resultado da combinação

de múltiplos fatores sociais, econômicos e culturais que se materializam no

presente e no passado sendo, portanto, uma construção histórica;

d) Compreender que a cidade é produto de uma sociedade desigual, e que

essas desigualdades se manifestam no espaço urbano, cabendo a ele por

meio do exercício da Cidadania, lutar pelos seus direitos individuais e

coletivos na melhoria da sua qualidade de vida.

e) Resgatar por meio de uma revisão bibliográfica o surgimento do município,

adoção do nome Nova Dantzig (e, posteriormente, sua mudança para

Cambé), o início de sua ocupação e seus colonizadores;

f) Analisar o processo de expansão urbana do município e suas características

socioeconômicas, demonstrando a importância do estudo local/regional/global

para a comunidade;

g) Tornar as aulas de Geografia mais interessantes por meio da abordagem da

realidade próxima do aluno, enfatizando o seu espaço de vivência;

h) Contribuir para a construção de um conhecimento que valorize o espaço

próximo e, assim, superar a simples reprodução de conteúdos distantes da

realidade vivida.

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3- PROCEDIMENTOS

Os procedimentos de ensino serão aplicados seguindo os passos a

seguir, os quais estão no item Conteúdos de estudo, juntamente com as atividades e

técnicas propostas.

Leitura, análise e discussão de textos;

Análise de fotos históricas do Museu Cultural de Cambé que resgatam o início

da ocupação de Cambé, seus primeiros colonizadores, o surgimento da

ferrovia e as primeiras construções;

Pesquisas e entrevistas com moradores buscando o resgate da história do

bairro, a sua percepção sobre o local, os seus problemas e necessidades;

Resolução e atividades com objetivo de apropriação de novos conceitos e

interpretação de gráficos e tabelas;

Realização de uma pesquisa junto ao aluno buscando sua percepção sobre o

seu bairro levantando os seus aspectos positivos e negativos, propondo

sugestões para torná-lo um lugar melhor para se viver;

Realização de um trabalho de campo com o objetivo de exercitar a atitude

científica de observar, investigar, comparar, estabelecendo elo entre o

conhecimento teórico e a realidade;

Publicação de um resumo sobre o tema pesquisado no jornal do Colégio de

circulação interna e externa, objetivando a socialização do conhecimento

produzido.

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4- CONTEÚDOS DE ESTUDO

4.1 AS CIDADES E A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

O Brasil possui atualmente 5.564 cidades com diferentes tamanhos e

números de habitantes que desempenham uma ou mais funções urbanas. Mas o

que é uma cidade? O conceito do que é uma cidade varia de país para país. A

maioria adota o critério demográfico-quantitativo, isto é, uma localidade é

considerada cidade quando atinge determinado número de habitantes.

Por exemplo, no Canadá e na Escócia, esse número é de 100 moradores,

enquanto na Espanha são necessários 10.000 habitantes para caracterizar uma

cidade. A Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, considera uma

cidade somente áreas urbanizadas que possuam mais de 20 mil habitantes. No

Brasil, só as sedes de município são consideradas cidades independente do seu

numero de habitantes dotadas de infraestrutura e equipamentos urbanos como rede

de transportes, assistência médico-hospitalar, escolas, creches, comércio, bancos,

áreas de lazer.

Analisando se agora o surgimento das cidades no Brasil, verifica-se que

as primeiras cidades surgiram da necessidade de garantir a posse do território e

junto com instalação das primeiras atividades econômicas, concentradas na faixa

litorânea e com alguns núcleos interioranos.

As origens das cidades brasileiras são bem variadas: algumas se

desenvolveram a partir dos primeiros portos marítimos, da produção de açúcar

voltada pra o mercado externo, com a instalação de fortes para a defesa militar

contra as invasões estrangeiras; outras nasceram com o propósito de povoamento;

há também as que surgiram em função da exploração de ouro e pedras preciosas e

da criação de gado.

A expansão da cafeicultura também teve papel importante na criação de

novas cidades no estado de São Paulo e no norte do Paraná.

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Há também aquelas que foram planejadas como: Brasília, construída para ser

a capital político-administrativa do país, e outros casos como os de Goiânia (GO),

Palmas (TO) e Belo Horizonte (MG).

O que é urbanização? Urbanização é um processo que ocorre quando a

população urbana cresce a taxas maiores que o crescimento da população rural.

Nos últimos sessenta anos, o Brasil passou por um acelerado processo de

urbanização, mas que atualmente esta em um ritmo mais lento.

Atualmente a população brasileira é de 190 milhões de habitantes, a

participação da população urbana no total da população brasileira atinge percentuais

próximos aos dos países desenvolvidos atualmente em 84%. A população urbana

hoje é de mais de 160 milhões de habitantes, enquanto a população rural é de cerca

de 30 milhões de habitantes.

Brasil – População Urbana e Rural

Anos População Urbana (%)

População Rural (%)

1950 36 64

1960 45 55

1970 56 44

1980 68 32

1991 75 25

2000 81 19

2010 84 16 Figura 1: Brasil – População Urbana e Rural

Fonte: IBGE Censo 2010

A Urbanização é um fenômeno mundial atrelado à expansão da economia

de mercado e pela divisão do trabalho cada vez mais intensa que a acompanha.

Nesse processo, a economia urbana subordina e transforma a economia rural,

submetendo a agricultura às necessidades do meio urbano.

O setor industrial e financeiro assume o comando da geração de

riquezas, ampliando a geração de empregos no meio urbano e suprimindo empregos

no meio rural. A Agropecuária é modernizada com o uso intensivo de

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tecnologia/mecanização substituindo o trabalho humano, liberando mão-de-obra

para as cidades.

Esse processo chama-se êxodo rural, que consiste na transferência da

população do meio rural para o meio urbano motivada por fatores de expulsão da

força de trabalho do campo em função do uso da mecanização das atividades,

destituindo-os do seu meio de sobrevivência; e por outro lado à atração da força de

trabalho para as cidades em busca de empregos no comercio, serviços e na

indústria.

O processo acelerado de urbanização brasileiro está relacionado à

implantação e expansão da atividade industrial, sobretudo a partir da década de 50,

como resultado da política desenvolvimentista do Presidente Juscelino Kubitschek,

adotando medidas como a abertura da economia ao capital externo e a instalação

de grandes empresas multinacionais.

A formação de uma economia de mercado no país, baseada na indústria

concentrada no Sudeste, foi carro chefe para a urbanização acelerada e desigual

que se manifesta no país.

O ritmo forte da urbanização no Brasil está relacionado, portanto, ao

processo de industrialização e modernização das atividades agrícolas que

provocaram um intenso êxodo rural, levando a um rápido crescimento urbano

acompanhado de graves problemas sociais e ambientais.

Pois as cidades não estão preparadas para atender as necessidades

básicas dos migrantes e imigrantes, o que agrava problemas, como o desemprego,

aumento da criminalidade, subemprego, a favelização, a poluição do ar, falta de

saneamento básico, assistência médico-hospitalar, ocupação desordenada das

encostas de morro e fundos de vale, o que compromete os recursos hídricos –

mananciais de abastecimento.

Tais problemas podem ver vistos em maior ou menor escala nas cidades

brasileiras, porém ficam bem evidenciados nas grandes metrópoles, sobretudo no

sudeste.

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ATIVIDADE: 1 (DURAÇÃO 1 AULA)

LEIA O TEXTO:

Ao longo do século, mas, sobretudo nos períodos mais recentes, o processo

brasileiro de urbanização revela uma crescente associação com o da

pobreza cujo locus passa a ser, cada vez mais, a cidade, sobretudo a grande

cidade. O campo brasileiro moderno repele os pobres, e os trabalhadores da

agricultura capitalista vivem cada vez mais nos espaços urbanos. A indústria

se desenvolve com a criação de pequeno número de empregados e o

terciário associa formas modernas a formas primitivas que remuneram mal e

não garantem a ocupação.

Fonte: (SANTOS, Milton. A Urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec,1993, p. 10-11)

ATIVIDADE:

Considerando-se o processo de urbanização brasileiro; faça um comentário

apontando algumas de suas características e consequências que você

identifica na cidade de Cambé – PR.

SUGESTÃO DE APROFUNDAMENTO – VÍDEO

Urbanização Sinopse: O vídeo aborda o surgimento e evolução das cidades, o processo de urbanização e suas implicações.

Duração: 4:47 Minutos

Palavras-chave: cidade, urbanização, crescimento urbano

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=_vrAU7G441Y&feature=player_detailpage> Acesso em: 20 jun 2011

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4.2. ÊXODO RURAL E URBANIZAÇÃO NO PARANÁ

No estado do Paraná atualmente 85,31% da população vive em áreas

urbanas acompanhando a tendência do Brasil. Mas como ocorreu esse processo de

urbanização?

O estado do Paraná é conhecido como celeiro agrícola do país, por liderar

a produção de gêneros agrícolas e por apresentar um setor agropecuário moderno e

competitivo, e isso se deve a reestruturação produtiva que começou a ocorrer no

setor a partir da década de 60, com introdução de novas tecnologias no processo

produtivo e a substituição do café, até então carro chefe da economia do estado,

uma cultura permanente que necessitava de muita mão de obra para o seu cultivo,

pelo cultivo de culturas mecanizadas como soja, milho e trigo.

Como desdobramento desse processo houve um intenso êxodo rural, já

que a modernização ao introduzir novos processos produtivos com o apoio

governamental, eliminou milhares de postos de trabalho no campo, o binômio soja e

trigo por necessitarem de terras mecanizadas ocupam menos trabalhadores.

Esses trabalhadores da cafeicultura denominados: volantes, meeiros e

porcenteiros, foram substituídos pelas máquinas e não tiveram outra opção senão

migrarem para as áreas urbanas ou para outras regiões de novas fronteiras

agrícolas, tal processo pode ser exemplificado com a substituição do café no norte

do Paraná pela soja e trigo.

A população do estado do Paraná ate a década de 1960 era

predominantemente rural, seja no norte, noroeste e nordeste do Estado, ligada a

produção de café estruturada em média e pequenas propriedades em grande parte

destas áreas especificamente na região norte ligadas a colonização da Companhia

de Terras Norte do Paraná (CTNP), necessitando de uma grande quantidade de

trabalhadores e atraindo mão-de-obra de várias partes do país, como: mineiros,

nordestinos e paulistas esses vindos especialmente do oeste paulista.

Nesse período do auge da cafeicultura o Paraná registra um acelerando

crescimento demográfico, e o crescimento econômico no norte do estado de cidades

como Londrina e Maringá.

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Contudo, com o declínio da cafeicultura e a reestruturação produtiva do

setor agrícola com a substituição do café pela soja, esse processo provocou a

liberação de milhares de trabalhadores que vão buscar nas áreas urbanas novas

opções de trabalho e melhores condições de vida.

E em grande parte essas cidades não possuem uma malha urbana

planejada com infraestrutura capaz de atender a essa demanda de movimentos

migratórios acelerados pela modernização agrícola, fruto da demanda e incentivos

da produção para exportação.

Esses fatos agravam os problemas urbanos de infraestrutura já existentes

nas cidades, como exemplo desse crescimento desordenado no estado do Paraná

dentre outro cidades pode ser exemplificado pelo crescimento da região norte e a

cidade de Londrina a partir da década de 1970.

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ATIVIDADE: 2 (DURAÇÃO 2 AULAS)

Considerando-se as informações do texto e dos vídeos

apresentados:

ATIVIDADES:

a) Procure analisar e descrever as causas do êxodo rural no estado do

Paraná e relacione esse processo a sua região?

b) A realidade da cidade de Cambé apresenta relação com os vídeos, caso

haja, você poderia descrever essa relação?

E quais consequências podem ser apontadas?

SUGESTÃO DE APROFUNDAMENTO – VÍDEOS A História do Café Sinopse:

Do êxito ao êxodo, caminhos do café no Norte do Paraná. Curta documentário gravado em distritos da zona rural de Londrina, traz entrevistas com trabalhadores e ex-trabalhadores do café em torno de fotografias produzidas entre 1957 e 1970 por Arminio Kaiser. Direção, Fotografia e Edição: Daniel Choma. Produção e Pesquisa: Tati Costa. Realizado pelo Instituto Câmara Clara. Mais sobre o trabalho em www.camaraclara.org.br Duração: 10:00 Minutos Palavras-chave: Londrina, Café, Cafeicultura. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=QaRkbIE7GdA&feature=player_detailpag> Acesso em: 20 jun. 2011.

Êxodo rural: Sinopse:

Êxodo rural pode ser definido como sendo o deslocamento de pessoas da zona rural (campo) para a zona urbana (cidades). No Brasil, esse fenômeno populacional foi causado pelo crescimento da indústria e vida urbana, pois o processo de mecanização do campo tirou vários postos de trabalho. Todos esses trabalhadores tinham um sonho de melhorar de vida e até de enriquecer, no entanto, quase sempre essas perspectivas eram frustradas pela dura realidade. by Bryan Wilker Duração: 04:12 Minutos Palavras-chave: Londrina, Café, Cafeicultura, êxodo rural Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u2fuFIuF-2k&feature=player_detailpage> Acesso em: 20 jun. 2011.

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4.3. A CIDADE DE CAMBÉ

Figura 2: Vista parcial de Cambé. Fonte: Prefeitura Municipal

 

4.3.1. LOCALIZAÇÃO E LIMITES  

 

O município de Cambé está localizado na região norte central

paranaense, com área de 496 km² e com altitude de 670 metros acima do nível do

mar, com as coordenadas geográficas de 23º16' de latitude Sul e 51º17' de longitude

Oeste.

A Área urbana é de 28 Km², com área rural de 44,986 ha.

Na figura 3, mapa de localização do município de Cambé, na

representatividade do estado do Paraná e a sua área urbana.

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Figura 3 Mapa de localização do município de Cambé – PR

Fonte: Prefeitura do Município de Cambé. Adaptado por CARDOZO/M.

LIMITES DO MUNICÍPIO DE CAMBÉ:

Norte: Prado Ferreira e Bela Vista do Paraíso

Nordeste: Bela Vista do Paraíso

Leste: Sertanópolis

Sudeste: Londrina

Sul: Londrina, Arapongas e Rolândia.

Sudoeste: Rolândia

Oeste: Jaguapitã

Noroeste: Prado Ferreira

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Na figura 4 a localização do município de Cambé e municípios

circunvizinhos e parte desses municípios correspondem à região metropolitana do

município de Londrina e são: Alvorada do Sul, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Cambé,

Ibiporã, Jataizinho, Londrina, Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis e Tamarana,

Figura 4: Mapa localização do Município de Cambé – PR e circunvizinhos Fonte EMBRAPA, 2007

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4.3.2. SÍMBOLOS

O HINO

Música: Maestro Andréa Nuzzi

Letra: Francisco Lopes

Deus lembrou-se desta terra abençoada, Ofertou-nos a semente da esperança E ouvirá em nosso canto agradecido, Nosso preito de louvor e confiança. Muitas raças se fundiram irmanadas, Trabalhando pela pátria brasileira, E sem falsos preconceitos dissolventes, Se aconchegam sob as cores da bandeira. O trabalho pioneiro da cultura do café Foi o pai miraculoso,

Da cidade de Cambé. Ouro verde do Brasil, Este hino de Cambé É uma prece agradecida, É calor de nossa fé. Fronte erguida peito forte, Avancemos firme o pé O Brasil sabe o que deve Para os filhos de Cambé. Avante... Cambé... Avante!

O hino foi criado pela Lei nº 24, de 08 de setembro de 1967. Fonte: SPONHOLZ (2003/2004)

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A BANDEIRA

A Bandeira (figura 6) e o Escudo de Cambé (figura 7) foram escolhidos

por um concurso, realizado em 1967, quando o Município completou o seu 20º

aniversário de emancipação política.

Muitos trabalhos foram apresentados, mas quem venceu foi o jovem

arquiteto Evertone Sola. A Bandeira e o Escudo foram oficializados pela Câmara

Municipal juntamente com o Hino a Cambé, composto pelo Maestro Andréa Nuzzi,

com letra de Francisco Lopes.

Figura 5: Bandeira Cambé

FONTE: SPONHOLZ (2003/2004)

A Bandeira compõe-se de duas faixas que simbolizam as atividades da

região, em desenvolvimento paralelo à riqueza principal: o café - representado por

um grão, em moderna estilização, na cor de uma de suas fases (vermelha). O

sentido vertical das faixas lembram a ascensão do Município. O fundo branco é sinal

do clima de paz e união, condicionados essenciais do Progresso.

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A Bandeira e o Brasão foram criados pela Lei nº 26, de 03 de outubro de

1967.

Figura 6: Brasão de Cambé.

Fonte: SPONHOLZ (2003/2004)

Na figura 6 podem-se observar Arcos de círculos, na cor verde e um grão

de café estilizado, na cor vermelha simbolizando as demais riquezas do Município,

em constante evolução, abrindo caminho para o progresso definitivo em todas as

direções.

O fundo branco, cor neutra, completa a riqueza estética do Município

digno de Município pujante e jovem.

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4.3.3 A COLONIZAÇÃO DO NORTE DO PARANÁ E O SURGIMENTO

DO MUNICÍPIO DE CAMBÉ

O surgimento do município de Cambé, bem como de muitos no norte do

Paraná, está relacionado à ação do Estado e do capital estrangeiro, por meio da

Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). O incentivo do Estado à imigração e

a difícil situação econômica do Ocidente favoreceram as condições necessárias para

a ocorrência de uma corrente migratória para o Brasil, no momento que favorecia a

expansão da cafeicultura no norte do estado.

Entre 1925 e 1927 a CTNP comprou 515 mil alqueires de terras cobertas

por uma mata, representando 14% da área total do estado do Paraná, e deu início a

um plano de colonização baseado em uma experiência semelhante realizada na

região de Birigui, no interior de São Paulo.

Assim chegaram os pioneiros de Cambé, alemães oriundos da cidade de

Dantzig atual Gdasnk, na Polônia; por se tratar de um importante porto industrial no

mar Báltico, Dantizg foi objeto de disputa entre Polônia e Alemanha, fato que

agravou ainda mais a economia já desequilibrada pelo alto índice de desemprego e

pelo peso da seguridade social. Nesse contexto, o Governo daquele país passou a

incentivar a imigração.

As primeiras dez famílias chegaram à futura colônia de Nova Dantzig em

janeiro de 1932. O nome foi escolhido pela CTNP, que previu para Cambé a vinda

de um grande número de pessoas de Dantzig. No entanto, por causa do clima

tropical a que não estavam acostumados e devido à flora e à fauna estarem

intocadas, enfrentaram muitas dificuldades para iniciar a colonização, sendo que

muitas famílias desistiram de permanecer na nova terra.

Por outro lado, atraídos pela fertilidade da terra roxa, vieram em seguida

japoneses, italianos, eslovacos, portugueses, alemães, espanhóis, libaneses, além

de paulistas e nordestinos. O Norte do Paraná, afinal, significava a oportunidade de

reiniciar vida nova em um ambiente fértil e promissor.

Depois das primeiras matas derrubadas, vieram as lavouras, formando

uma economia baseada na agricultura. A cultura cafeeira, que impulsionou a região

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durante 40 anos, constituía-se como principal atividade dos colonizadores. O

comércio, inicialmente instalado para atender a demanda local, acompanhou a

passos largos a evolução da colônia, o mesmo acontecendo com a indústria, na

época de característica puramente agroindustrial.

Já na década de 1940, o advento da II Guerra Mundial fez com que o

Governo do Estado obrigasse as cidades e as colônias de nomes relacionados com

os países inimigos a trocarem de denominação. Nova Dantzig passou a se chamar

Cambé, nome de um Ribeirão que banha o município.

O nome Cambé, origina-se da influência dos povos nativos, como

ressaltam Cortez e Lagoeiro:

O Brasil soma mais de cinco séculos de colonização europeia. No entanto, existem muitos estudos sobre povoações indígenas nativas, que contribuíram para a formação da identidade nacional. Em Cambé, que tem apenas 62 anos, essa influência começa pelo próprio nome da cidade, de origem kaingang, que significa “veado”, mamífero abundante na região nos primórdios de sua colonização, e não “o passo do veado”, como tem sido reproduzido por historiadores, jornalistas e pela própria população da cidade ao longo dos tempos. (CORTEZ; LAGOEIRO, 2009, p. 105)

Após a redemocratização do país em 1945, começou em Cambé um

movimento emancipacionista, encabeçado pelo Professor Jacídio Correia e pelo

Médico Dr. José dos Santos Rocha. Atendendo ao apelo da população e tendo em

vista o crescimento promissor de Cambé, o Governador Moysés Lupion assina a Lei

nº 2, de 10 de outubro de 1947, elevando o Distrito a Categoria de Município. A

instalação do município ocorreu no dia 11 de outubro de 1947 e Eustachio Sellmann

foi nomeado o prefeito provisório.

Com a elevação a Município era necessário que se escolhesse o primeiro

prefeito e vereadores que representassem a vontade popular. No dia 16 de

novembro de 1947, os cidadãos de Cambé elegeram o Professor Jacídio Correia

primeiro Prefeito de Cambé.

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4.3.4 Perfil Econômico

Atualmente, o município de Cambé, conta com uma população total de

96.735 habitantes, sendo 96.09% residentes na área urbana e 3.91% na área rural

do município. A economia é bem diversificada, o setor primário destaca-se pelo

cultivo de soja, trigo, milho e café (cultura que já ocupou grandes áreas de cultivo,

favorecida pela fertilidade da terra roxa e a presença da mão-de-obra imigrante. mas

que hoje tem uma área bem reduzida em função da reestruturação produtiva).

O parque industrial também se apresenta diversificado, com destaque

para a agroindústria e a químico-farmacêutica, sendo que houve um grande impulso

no início dos anos de 1990, em função da expansão de investimentos oriundos dos

grandes centros industriais, em busca de novas áreas para investimentos.

A reestruturação produtiva ocorrida a partir da década de 1960 e 1970 se

deu por meio da ação do Estado brasileiro, cujo objetivo foi o de fomentar a

modernização da agricultura mediante processos de mudanças técnicas,

econômicas e sociais.

Assim, surgiram novas relações entre agricultura e indústria a partir do

complexo agroindustrial, que ocasionou uma grave crise no setor cafeeiro

provocando profundas transformações no meio rural, fato que impulsionou o êxodo

rural e o consequente crescimento da população urbana do município de Cambé,

além de alterações no seu arranjo espacial, social, cultural e econômico. Como

ressalta Fresca:

[...] Em sua complexa inserção na divisão territorial do trabalho a atividade industrial começou a se destacar e consolidar recentemente, e envolve o processo de desconcentração espacial das indústrias a partir das metrópoles. Buscando alternativas locacionais para enfrentamento das desenconomias de aglomeração e de crises geradas a partir de macropolíticas nacionais, empresas nacionais e transnacionais transferiram a partir de meados dos anos 1990, plantas industriais para cidades de diferentes tamanhos da rede urbana norte paranaense, articuladas ou não à guerra fiscal e aos incentivos garantidos pelo poder publico na esfera estadual e municipal. (FRESCA, 2010, p.126)

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Tal processo se verifica em Cambé com a instalação da Itap Bemis com

embalagens flexíveis, Pado com cadeados e fechaduras, Inquima, com fertilizantes

agrícolas e a Hexal/Sandoz com medicamentos farmacêuticos. Estas empresas

contribuíram para a geração de empregos, mas, por outro lado, se beneficiaram com

a redução do seu custo operacional de produção em função do pagamento e

salários menores, além da incipiente organização sindical quando comparada a

outras regiões densamente industrializadas.

4.3.5 O CRESCIMENTO E A EXPANSÃO URBANA

O crescimento urbano ocorreu de forma espontânea, a partir do núcleo de

origem (central) em direção à Londrina, ao longo da BR 369 e PR 445 (industrial), e

também com a expansão urbana da região oeste de Londrina, anexando-se a região

leste de Cambé (conurbado).

Na figura 7, localização dos núcleos de formação da cidade de Cambé.

Figura 7: Núcleos de Formação da Cidade. Fonte: SIMCIC,200

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O Núcleo de Origem teve seu traçado planejado e implantado pela CTNP

(Companhia de Terras Norte do Paraná).

Estando localizado a cerca de dez Km de Londrina, desenvolveu-se de

forma radial, em torno de seu embrião: o eixo de penetração rodovia Mello

Peixoto/BR 369 (sob concessão da ECONORTE no trecho que corta o município) a

ferrovia (hoje sob concessão da América Latina Logística/ALL) e a praça da matriz.

Sendo o único meio de penetração em direção à região noroeste do

Estado, a rodovia hoje Rua Belo Horizonte, concentrava o fluxo de veículos que

passava por Cambé, e isso determinou a concentração do comércio local no trecho

da rodovia que cortava a cidade e na rua paralela: a Avenida Inglaterra.

Figura 8: Foto: Estação Ferroviária de Nova Dantizg

Fonte: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss

A cidade de Cambé, como a maioria das cidades que nasceram sob as

orientações da CTNP, foi implantada no espigão situado entre os cursos d’água,

dessa forma, os loteamentos urbanos possuem em geral, uma forma alongada, que

era a forma anterior dos lotes rurais.

Os loteamentos surgidos até a década de 1970 trazem os seus traçados

de lotes de forma que área toda da gleba era aproveitada: os lotes eram

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considerados até curso do rio, ou seja, não havia nenhuma legislação que

estabelecesse uma distância mínima dos rios e dos fundos de vales.

As consequências das transformações no setor rural e do desenvolvimento

das forças produtivas de toda região refletem-se no espaço urbano no final da

década de 1960. Isto pode ser visto ao longo da Rodovia BR 369 onde começavam

a surgir os primeiros assentamentos de processos industriais (industriais de

transformação de soja, indústria de derivados de plásticos, bebidas, metalurgia,

entre outras). A cidade perde a sua forma projetada pela CNTP, como à leste, nos

vazios existentes em direção a Londrina, formou-se um núcleo praticamente isolado

do núcleo de origem.

Com a implantação da Rodovia Celso Garcia Cid/PR 445, nos anos 1970

surgem novas opções no espaço urbano, para a localização, às suas margens, de

novas indústrias.

A industrialização nos anos 1970 passa a ser entendida como única

política capaz de promover o desenvolvimento social e econômico no Município.

Assim como o uso do solo urbano, as ações da política de industrialização são

desordenadas, fundamentando-se nos eixos rodoviário e ferroviário. Em seguida à

Instalação destas indústrias (Braswey – Indústria de derivados de soja) surgem os

loteamentos vizinhos com vistas a abrigar a mão de obra vinda do campo.

Desse modo, configura-se o Núcleo Industrial, que tinha como único meio

de ligação ao Núcleo de Origem, a Rodovia BR 369, apresentando entre estes dois

polos, extensas áreas utilizadas com agricultura ou pastagens. O núcleo se solidifica

de acordo com o surgimento de loteamentos desordenados que começaram se

instalar, sem que seguissem diretrizes de políticas urbanas de integração com o

núcleo de origem.

O prolongamento da malha urbana de Londrina para o lado oeste, de

encontro a Cambé, torna difícil a identificação do limite entre um e outro município,

formando uma área conurbada.

Na figura 9, o marco do limite entre os municípios de Londrina e Cambé

localizado na rodovia Celso Garcia Cid, entre o bairro Novo Bandeirantes (Cambé –

PR) e o bairro Jardim Sabará (Londrina - PR).

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Figura: 9 Marco de limite entre Cambé/Londrina.

Fonte: FERRARESE.A./Acervo pessoal

Além da polarização de Londrina, a intensidade do ritmo de crescimento

da população urbana neste período foi, também, resultado das transformações

ocorridas no setor agrícola regional e do processo de industrialização em

andamento.

Dessa forma, identifica-se a lógica de reprodução do capital imobiliário:

oferta abundante de pequenos lotes (250 a 300 m2), a baixo custo e pagamento em

longo prazo, por isso com completa ausência de infraestrutura básica, ausência de

áreas publicas, uso do solo urbano de forma desordenada.

Devido a essas condições o local tornou-se atrativo para a instalação da

população de ex-trabalhadores rurais, resultantes do processo de desestruturação

do meio rural.

O núcleo conurbado da PR 445 surge simultaneamente ao núcleo

industrial como resultado do crescimento urbano de Londrina, de forma que, os

primeiros loteamentos aparecem entre os ribeirões Cambé e Esperança, como se

fossem uma continuidade da malha urbana de Londrina.

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O adensamento ocorre primeiramente no sentido Londrina - Cambé, o

que leva a crer que a cidade de Cambé absorveu o crescimento de parte da área

oeste de Londrina.

Não havia ligação entre o núcleo conurbado e o núcleo de origem (área

central da cidade). A partir da rodovia PR 445, construída nos anos de 1970, que

cortou o Núcleo conurbado ao meio e a implantação da UEL – Universidade

Estadual de Londrina, é que os espaços vazios entre os dois núcleos (conurbado e

industrial) foram sendo ocupados rapidamente.

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ATIVIDADE: 3 (DURAÇÃO 2 AULAS)

Após a leitura do texto e da análise do mapa dos núcleos de formação da

cidade de Cambé – PR, localizado abaixo responda as questões:

Mapa - Núcleos de Formação da Cidade.

Fonte: SIMCIC,2001.

ATIVIDADES:

a) Comente relacionando quais fatores favoreceram a colonização do norte

do Paraná e em especial de Cambé, e de qual região do mundo eram os

primeiros colonizadores?

b) Analise o mapa dos núcleos de povoamento da cidade e localize o bairro

onde você mora e pesquise o significado de conurbação.

c) A cidade de Cambé está dentro de uma área conurbada?

Justifique sua resposta.

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ATIVIDADE: 4 (DURAÇÃO 2 AULAS)

Oficina trabalhando com banners do

Museu Histórico e Cultural de Cambé – PR

Fotógrafo: Arthur Heidam

Descrição: Retrata a cidade em vários momentos

históricos.

ATIVIDADES:

a) Pesquise nas fotos as características da paisagem da região e a

descreva.

b) Nos banners do fotógrafo Arthur Eidan, há várias fotos que retratam a

vida cotidiana nos ano 40, 50, 60 e 70. Compare a situação da vida

das pessoas de hoje de Cambé com daquela época.

O que mudou ou transformou?

O que permaneceu?

Pesquise, pense e troque idéias com seus colegas e faça um relatório.

c) Nos banners do fotógrafo Arthur Eidan, há várias fotos que retratam a

presença dos primeiros pioneiros de Cambé ainda na época de Nova

Dantizig.

Observe as fotos e faça uma relação de pioneiros.

d) Qual foto chamou mais atenção?

Por quê?

Justifique.

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4.3.6 POPULAÇÃO RURAL E URBANA

TOTAL URBANA RURAL

ANO POPULAÇÃO % POPULAÇÃO % POPULAÇÃO %

1950 19.166 100 6.435 33.5 12.730 66.5

1960 29.151 100 8.881 30.5 20.270 69.5

1970 35.604 100 13.493 37.9 22.111 62.1

1980 53.856 100 44.803 83.2 9.053 16.8

1991 73.831 100 66.730 90.5 7.101 9.5

2000 88.314 100 82.072 92.9 6.242 7.1

2010 96.735 100 92.952 96.0 3.768 3.91

Figura: 10 População Rural e Urbana do Município de Cambé – PR Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento/1993 e Censo IBGE/2010

O município de Cambé - PR apresenta a 18ª maior população do estado

do Paraná, e analisando-a em um período de 60 anos (1950-2010), observamos que

processo de transformação da população rural e urbana, foi bastante intenso; foram

incorporadas ao espaço urbano 86.517 pessoas, o que significa uma média de 1.441

habitantes/ ano; em oposição a isto a zona rural perdeu, neste mesmo período, uma

média de 149 habitantes/ano.

Portanto, a situação do quadro das populações urbana e rural foi

totalmente invertido: 96,09% ocupam a área urbana e 3,91% ocupam a área rural.

Durante as duas últimas décadas (1990-2010) o crescimento populacional urbano foi

de 26.222 habitantes, numa média de 1.311 habitantes/ano, um número expressivo,

porém menor do que o ocorrido nas décadas anteriores, o que acompanha a

tendência do país de redução no ritmo da urbanização.

Como verificamos o intenso crescimento populacional urbano de Cambé,

foi resultado das transformações ocorridas no campo, do início do processo de

industrialização ocorrido no contexto regional e estadual e particularmente da

proximidade com Londrina que é polo regional. A ordenação do uso e ocupação do

solo urbano deve estar voltada a proporcionar a melhoria da qualidade de vida da

população de uma cidade; neste caso, uma área menor pode ser mais acessível

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quanto às condições de preço, facilitando assim a aquisição do lote. Diante disso, a

Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Cambé (Lei Nº 1.068/96), prevê

algumas modificações na Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano (Lei Nº 685/89),

modificações estas que melhor se adaptem à dinâmica da cidade.

Somente através do crescimento e da consolidação da economia

municipal o Poder publico poderá investir em obras e programas de infraestrutura e

de amparo social para a sua população. Por isso, desenvolver os setores produtivos,

principalmente o secundário, é sinônimo de melhorar a qualidade de vida da

população.

Para se chegar a isso, foi adotada uma moderna política de

desenvolvimento industrial, que conta com o apoio de diversos segmentos da

sociedade e cujo maior instrumento é a dinâmica da atuação conjunta. A legislação

Municipal, maior suporte nesta questão, foi criada para tratar dos incentivos

concedidos às indústrias que se instalam no Município, entre eles estão: a venda

subsidiada de áreas industriais; terraplenagem; acesso à infraestrutura necessária

(comunicações, energia, água, entre outros), como resultado dessa política ao longo

das últimas décadas, Cambé conta hoje com um dos maiores parques industriais do

estado marcado pela diversificação.

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ATIVIDADE: 5 (DURAÇÃO 2 AULAS)

ATIVIDADES:

a) Analise a população rural e urbana de Cambé entre o período de 1950 e

2010 e comente as alterações ocorridas relacionando com a economia

do município e quais foram às consequências que essas alterações

trouxeram?

b) O rápido crescimento das cidades acarreta graves problemas

socioambientais, humanos econômicos e pode causar grandes tragédias.

Assista ao vídeo: Desordem urbana.

Faça uma pesquisa sobre:

O estatuto da cidade, e aponte qual é a importância do plano diretor e da participação do cidadão na sua elaboração.

c) A cidade de Cambé apresenta um plano diretor?

Aponte um problema que existe na cidade de Cambé – PR.

Qual sugestão que você poderia dar para resolvê-lo?

SUGESTÃO DE APROFUNDAMENTO - VÍDEO

Desordem urbana Sinopse: Os  dados  do  governo  do  Distrito  Federal  revelam  o  crescimento desordenado. Com  isso, surgem as  irregularidades. São cerca de 625 mil pessoas que vivem em  lugares onde a moradia não foi autorizada, como por exemplo em áreas de proteção. O que corresponde a aproximadamente 25% da população do Distrito Federal. Duração: 3:35 Minutos Palavras-chave: desordem urbana, crescimento desordenado, irregularidades, moradia, população Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=1_5u_35wCo8&feature=player_detailpage> Acesso em: 07 jul 2011

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4.3.7 O BAIRRO, MEU ESPAÇO DE VIVÊNCIA

Cada cidade apresenta seus bairros, e cada um apresenta características que

podem se assemelhar a outros, ou diferenciá-los, pois a realidade espacial é produto

da combinação de vários fatores, naturais, sociais, culturais e econômicos, mas que

tem como ator principal a sociedade que nela vive e viveu imprimindo suas

características.

Segundo George (1983, p.76):

[...] O bairro é a unidade de vida urbana [...]. O morador refere-se ao seu bairro quando quer situar-se na cidade: tem a impressão de ultrapassar um limite quando vai a um outro bairro. [...] Finalmente, e não é o menos importante, o bairro tem um nome que lhe confere uma personalidade.

O bairro pode ser entendido como um espaço familiar ao indivíduo dentro

da cidade, com o qual ele estabelece identidade. De acordo com Carlos (1996,

p.20), este lugar “é o espaço passível de ser sentido, pensado, apropriado e vivido

através do corpo”.

Sendo assim, entendendo o bairro como lugar, cada morador irá percebê-

lo de certa forma e a partir daí interagir, desfrutar e cuidar desse espaço de maneira

diferente (PALMA, 2007, p.2), ou seja, o indivíduo passa a se ver como sujeito

histórico na construção do seu espaço de vivência.

A falta de um sentimento de pertencimento, por vezes, torna o indivíduo

alheio ao espaço em que vive bairro/ cidade, onde ele não percebe que ele é um

importante ator no processo de construção da sua realidade, e mais, não é capaz de

visualizar que por meio do exercício da cidadania ele é capaz de realizar as

transformações no seu espaço de vivência, cobrando das autoridades competentes

as obras e serviços que sua cidade/bairro necessitam.

Nessa luta para que a cidadania se torne realidade a Geografia tem um

papel importante, pois pode instrumentalizar essa luta pela transformação da

sociedade, esclarecendo os indivíduos sobre a sua condição de cidadãos, fazendo

reconhecerem a si mesmos como sujeitos sociais que produzem seu espaço e se

reconhecem nele.

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Jardim Santo Amaro, Parque Manella e Jardim São Paulo.  

 

 

 

Jardim Santo Amaro, Parque Manella e Jardim São Paulo  

Figura: 11: Vista parcial do Jardim Santo Amaro e acesso aos bairros pela PR 445. Fonte: FERRARESE.A./Acervo pessoal

Localizados na região sudeste da cidade de Cambé, região limítrofe com

Londrina - formando uma grande área conurbada, situados às margens das

principais rodovias da região – rodovia Mello Peixoto/ BR369 e rodovia Celso Garcia

SUGESTÃO DE APROFUNDAMENTO - VÍDEO

O que é Cidadania Sinopse: Aborda o direito a liberdade a igualdade, aos direitos humanos e a cidadania Duração: 4:28 Minutos Palavras - chave: cidadania, direitos, igualdade.

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ZKi8s4cWvus&feature=player_detailpage> Acesso em: 07 jul 2011.

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Cid/PR 445 – possuem fácil acesso, sendo servidos por empresas que fazem o

transporte coletivo no município e região metropolitana.

O Jardim Santo Amaro e o Parque Manella estão localizados no espigão

entre as nascentes dos ribeirões Cambé e Esperança, enquanto o Jardim São Paulo

esta na vertente direita do córrego Esperança. Observa se que com a rápida

ocupação do espaço houve uma grande degradação das margens dos córregos,

principalmente do córrego Esperança, onde há escassas áreas verdes preservadas

(matas ciliares). O clima é o subtropical úmido mesotérmico, apresentando verões

quentes com tendência de concentração das chuvas, sem estação seca definida e

inverno com temperaturas amenas.

A economia dos bairros está baseada em atividades comerciais

tradicionais, com presença de agências bancárias, correios, lotéricas e rede de

farmácias. Já nas proximidades com as rodovias, nas marginais da BR 369 e PR

445, há concentração de atividades industriais, centrais de distribuição de

mercadorias e comércio atacadista.

No que se refere à infraestrutura, verifica-se as presenças de postos de

saúde que atendem a população das 07h00 às 19h00, e ainda de uma unidade de

saúde 24 horas, que atende toda população da cidade.

Na área da educação, há a disponibilidade de creches, escolas

municipais (ensino Fundamental I), colégio estadual (ensino Fundamental II e Médio)

e uma Faculdade.

Há cobertura de 100% de pavimentação asfáltica e rede esgoto.

Figura 12: Vista parcial da Unidade de Saúde 24 horas Maria Anideje e Colégio Estadual Maestro Andréa Nuzzi.

Fonte: FERRARESE.A./Acervo pessoal

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No lazer, a população tem a sua disposição a academia ao ar livre,

localizado no bairro Santo Amaro e em fase final de construção o centro da

Juventude que compreende um complexo poliesportivo, com quadras esportivas e

campos de futebol.

Há ainda Ginásio de esportes e quadras de esportes em cada bairro. Na

figura 13, vista das respectivas placas do Centro da Juventude e Academia ao ar

livre.

Figura 13: Vista parcial do Centro da Juventude em construção e da Academia ao Ar Livre. Fonte: FERRARESE.A./Acervo pessoal

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ATIVIDADE: 6 (DURAÇÃO 2 AULAS) CONTANDO MINHA HISTÓRIA

Esta atividade tem por objetivo obter informações sobre o aluno e que permitam verificar a sua percepção sobre o seu espaço vivido, e sensibilizá-lo da importância do seu papel de agente produtor do espaço e do seu engajamento na luta por um lugar melhor para se viver. a) Nome;

b) Idade e descendência;

c) Há quanto tempo mora na cidade de Cambé?

d) Em qual bairro de Cambé você mora?

e) Você gosta de sua cidade? Por quê?

f) Na sua opinião o que falta na sua cidade/bairro para torná-la (o) um lugar

melhor para se viver? Por quê?

g) Em Cambé quais são os locais que você mais gosta independentemente

de frequentá-los? Por quê?

h) Nas aulas de Geografia você consegue relacionar os conteúdos que são

estudados com a sua cidade? Caso sua resposta seja não, por que você

acha que isso ocorre?

I) Quais mudanças recentes você consegue identificar na sua cidade/bairro, e

que influência elas tem na sua vida?

J) Você concorda com o pensamento que diz que os problemas de uma

cidade/bairro são de responsabilidade das autoridades? Justifique sua

resposta.

k) Você acredita que sua participação enquanto cidadão na sua comunidade

contribuiria para melhorar as condições de vida?

- Justifique sua resposta.

L) Se você fosse o prefeito de Cambé, quais obras e/ou serviços faria ou

melhoraria para dar uma melhor qualidade de vida para a população?

Sugestão: Análise qualitativa das respostas:

Depois da aplicação da atividade:

O professor poderá estimular um debate promovendo uma roda de conversa para que os alunos discutam com seus pares.

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ATIVIDADE: 7 (DURAÇÃO 1 AULA)

Pesquise junto à prefeitura: 1 - Sua cidade e o bairro onde você mora, foram planejados ou surgiram

espontaneamente. Comente. Pesquise e explique por que houve a mudança de nome: 2- Resgate um pouco da história da sua fundação/criação: Cambé antes

chamava-se Nova Dantzig.

ATIVIDADE: 8 (DURAÇÃO 2 AULAS) Sabatina com Pioneiros do Bairro:

Esta atividade tem por objetivo resgatar histórias de vida de pioneiros do

bairro por meio de depoimentos, dando uma valorosa contribuição para a

pesquisa e também possibilitando a compreensão e socialização da sua

história e a do seu espaço de vivência.

Para isso: Os alunos poderão fazer questionamentos, objetivando este

resgate, com base no seguinte roteiro:

ATIVIDADES:

a) Desde quando reside no bairro;

b) Qual a razão da escolha do bairro para morar;

c) O que você sabe sobre a origem e nome do bairro;

d) Onde residia antes de se mudar para o bairro;

e) Quais são os aspectos positivos e negativos do bairro;

f) Participa de algum movimento social do bairro;

g) O que falta no bairro em termos de serviços e infraestrutura? E quais

problemas que você conhece, cite-os.

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ATIVIDADE: 9 (DURAÇÃO 4 AULAS)

TRABALHO DE CAMPO

Relacionar os conteúdos estudados em sala de aula com o que

ocorre fora dela é uma das maiores inquietações do todos nós

professores, e uma maneira de aprofundar os conhecimentos teóricos que

se complementam com a observação da realidade, é o trabalho de campo,

uma prática muito importante para a geografia.

Como afirma Tomita (1999, p.14) o trabalho de campo tem se

mostrado capaz de: chamar a atenção dos alunos; estreitar a relação

destes com os professores; conduzi-los a atitudes novas, ajudando-os na

assimilação e compreensão de conteúdos específicos e na formação da

personalidade, o que, mais trade, auxiliará na vida social e profissional.

Durante a realização do trabalho de campo o professor deve

estar atento auxiliando os alunos para que não percam o foco da

atividade, direcionando a atenção para os aspectos essenciais

estabelecidos para a atividade, Tomita (1999, p. 14) resumiu bem a

postura do professor no campo:

O professor deve manter-se como elo de motivação e despertando o interesse dos alunos, discutindo e fazendo perguntas que acossem a curiosidade, de tal forma que eles sintam a importância e a necessidade dessa atividade como complementação da aula teórica [...]

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ATIVIDADE: 9 (DURAÇÃO 4 AULAS/CONTINUAÇÃO)

Um trabalho de campo deve apresentar três etapas de

planejamento, continuadas e igualmente importantes:

Pré-campo (preparação completa);

O campo (atividade prática junto à realidade, objeto de

estudo);

E pós-campo (sistematização, organização,

disseminação e reflexão do conhecimento estudado).

Assim proponho um roteiro de trabalho de campo com os

objetivos de:

1. Analisar as transformações socioespaciais na área

delimitada para estudo, observando suas peculiaridades

tanto no quadro físico como humano;

2. Reconhecer na realidade observada elementos que

possibilitem a leitura do espaço geográfico, tais como: os

diferentes tempos históricos, as diferentes formas de

ocupação, expansão e os atores sociais envolvidos na

produção do espaço;

3. Exercitar a atitude científica de observar, investigar,

comparar, estabelecendo elo entre o conhecimento

teórico e a realidade.

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Na figura14, vista parcial da cidade de Cambé em destaque a igreja matriz

católica, característica da colonização implantada pela Companhia de Terras Norte

do Paraná, a qual o espaço central corresponde a uma quadra com igreja católica e

praça pública, nas proximidades da igreja e a partir desta iniciou a divisão em lotes e

demais bairros.

A cidade de Cambé, mesmo com a proximidade do município de Londrina

permaneceu com o crescimento em sua maioria sendo horizontal, apenas com

poucos prédios principalmente na área central e que pode ser constatado na figura

14..

Figura 14: Vista Parcial de Cambé. Fonte: Prefeitura Municipal

Cada homem vale pelo lugar onde está; o seu valor como produtor, consumidor, cidadão depende de sua localização no território. seu valor vai mudando incessantemente, para melhor ou para pior, em função das diferenças de acessibilidade (tempo, frequência, preço) independentes de sua própria condição. Pessoas com as mesmas virtualidades, a mesma formação, até o mesmo salário, têm valor diferente segundo o lugar em que vivem: as oportunidades não são as mesmas. por isso, a possibilidade de ser mais ou menos cidadão depende, em larga proporção, do ponto do território onde se está. Fonte: (SANTOS, M. O Espaço do Cidadão. São Paulo: Nobel, 1987, p.81)

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ROTEIRO DE TRABALHO DE CAMPO

PERCURSO: ÁREA URBANA

Fonte: GOOGLE EARTH roteiro traçado no site. Acesso em: 01 ago. 2011.

A. CEMAN (Conjunto Castelo Branco) – Marco de limite Cambé/Londrina (PR 445);

B. Marco de limites Cambé/Londrina (PR 445) – Entroncamentos PR 445 e BR 369 (Nascente do Ribeirão Cambé, limite entre Cambé/Londrina);

C. Entroncamentos PR 445 e BR 369 (Nascente do Ribeirão Cambé, limite entre Cambé/Londrina) – Estação de tratamento de esgoto do Jardim Santo André (limite entre a área urbana e rural);

D. Estação de tratamento de esgoto do Jardim Santo André (limite entre a área urbana e rural) – Estação ferroviária (Rua Belo Horizonte)

E. Estação ferroviária (Rua Belo Horizonte) – Museu Histórico de Cambé:

F. Museu Histórico de Cambé – Retorno ao CEMAN (Conjunto Castelo Branco).

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ATIVIDADE: 10 (DURAÇÃO 2 AULAS)

SOCIALIZANDO O CONHECIMENTO PRODUZIDO

Esta atividade visa à socialização do conhecimento produzido pelos alunos e professor PDE, sobre a cidade de Cambé e o seu bairro, para tal será elaborado um resumo, a ser publicado no jornal do Colégio Maestro Andéa Nuzzi de circulação interna e no comércio dos bairros vizinhos. RECURSOS Humanos: Alunos Materiais: Textos, TV multimídia, Fotos Históricas, Questionários,

Pendrive e o Quadro Negro.

AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados no decorrer das atividades desenvolvidas como meio de acompanhar: o interesse, a participação e o desempenho dos mesmos.

Durante o desenvolvimento das atividades e com base nos conteúdos propostos, as categorias e os conceitos geográficos serão constantemente abordados e verificados. Os alunos deverão ser capazes de compreender o processo de

urbanização ocorrido no Brasil com suas características e implicações, relacionando com a sua região e cidade.

Dessa forma, acredita-se que por meio da compreensão dos conteúdos, eles serão capazes de fazer uma leitura crítica da produção social do espaço geográfico e sensibilizar-se da importância enquanto sujeito que produz um espaço, e da sua luta pela conquista da cidadania.

A avaliação será individual e coletiva, momento em que serão observados o respeito pelos colegas e pelo material utilizado, e a responsabilidade na execução das tarefas.

Os aspectos qualitativos deverão prevalecer aos quantitativos e o professor deverá estar atento para interferir nas tarefas executadas ou retomar os conteúdos caso seja necessário.

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SUGESTÃO DE LEITURA

CIDADE E SOCIEDADE

A cidade reflete a sociedade que a construiu e que vive nela. A

cidade possui desigualdades semelhantes às dos grupos

sociais que nela residem. Há bairros onde o saneamento básico

é completo e outros onde o esgoto corre pelo meio das ruas,

assim como existem grupos sócias cujo padrão de vida é alto

enquanto outros lutam para garantir suas necessidades

básicas. A organização do espaço urbano reflete diferenças

sociais, por isso, quanto menores forem as diferenças de

rendimentos entre os membros de uma sociedade tanto mais

equilibradas serão suas áreas urbanas.

Outro aspecto que podemos notar nas cidades é que elas são

consequência tanto de ações do passado – como vemos pela

existência de casas antigas, ruas estreitas, calçamentos de

pedra – quanto de ações do presente – como prédios

modernos, grandes avenidas, metrô. Muitas cidades estão em

constante reconstrução, seja pela derrubada de prédios antigos

para construção de outros mais modernos, seja pela expansão

de seus bairros de periferia. Esta é a característica dinâmica

das cidades, que, como a sociedade, mudam constantemente

(PETTA,1995, p.11-12).

Fonte: PETTA, Nicolina Luiza de. A fábrica e a cidade até 1930. São Paulo: Atual, 1995. (A vida no tempo)

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5. ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES

Caro Amigo Professor, o presente trabalho consiste na elaboração de

uma Unidade como formato de Produção Didático Pedagógica.

A unidade didática tem como objetivo produzir um material que subsidie o

ensino de Geografia transitando com o saber geográfico da escala

Nacional/regional/local. Uma das inquietações que nos motivou na elaboração deste

material é a necessidade de mudar o comportamento dos alunos de meros

expectadores das aulas, reforçado pela ausência de discussões sobre o seu espaço

vivido nos livros didáticos e nos demais materiais disponíveis nas bibliotecas das

escolas públicas estaduais.

O desdobramento são aulas com conteúdos distantes da realidade dos

mesmos, tornando-as desinteressantes, pois sem apoio à pesquisa, dificilmente o

professor em sua prática pedagógica, irá implementar uma proposta que leve em

conta a experiência de seus alunos com seu espaço de vivência.

Assim, a dificuldade de estudo em escala local se deve, em grande parte,

pela falta de um material sistematizado em uma linguagem objetiva, que possibilite a

compreensão do aluno sobre a importância do seu papel enquanto agente produtor

e transformador do seu espaço de vivência que, ao mesmo tempo, o influencia e

sofre a sua influência, além de possibilitar a compreensão de que o espaço

geográfico é uma construção da sociedade, refletindo suas características e

contradições, e que só o seu engajamento na luta pela cidadania é capaz de

construir uma sociedade mais justa.

Assim, proponho um roteiro de estudos transitando do conhecimento da

realidade nacional, passando pelo regional e focando no local de vivência do aluno,

sua cidade e bairro, proposta que poderá ser adaptada de acordo com a realidade

trabalhada pelos demais professores da Rede Pública Estadual.

Espero assim contribuir para a discussão das questões locais que muitas

vezes não estão contempladas nos planos de estudos e, sobretudo a valorização do

espaço de vivência, ponto de partida do sujeito na luta pela cidadania, como já

afirmou Paulo Freire (1995, p. 25) “Antes de tornar-me um cidadão do mundo, fui e

sou um cidadão do Recife, a que cheguei a partir do meu quintal [...]. Eu não sou

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antes brasileiro para depois ser recifense. Sou primeiro recifense, pernambucano,

nordestino. Depois, brasileiro, latino-americano, gente do mundo”.

Penso que é da mediação entre os saberes dos professores e dos alunos que

pode surgir um avanço no ensino de Geografia, abrindo-se a uma educação

geográfica/educadora que permita a professores e alunos construírem a sua história.

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6. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

A Produção Didático-pedagógica é destinada aos professores da Rede

Pública Estadual, com os quais se pretende ampliar o diálogo a fim de averiguar os

limites e possibilidades da presente proposta e seu aprimoramento.

Assim, nesse trabalho espera-se envolver o maior número de professores que

possam disseminar, entre seus pares, a proposta de forma a valorizar o

conhecimento cotidiano dos alunos na construção do conhecimento geográfico e o

seu engajamento na busca efetiva da cidadania.

É importante salientar que esta proposta terá resultados satisfatórios em sua

implementação, se houver a preocupação de atender as necessidades dos alunos

tendo como referência o seu cotidiano, a valorização do seu saber para se alcançar

o conhecimento. Somente assim acredita-se na sua efetiva colaboração no processo

de ensino e aprendizagem.

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7. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

ALFEN, A. A. Espaço Urbano: Espaço de Consumo ou de Cidadania? Campo

Mourão, 2008.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia (3º e 4º ciclos). Brasília: MEC/SEF, 1998. CARLOS, A. F. A. O lugar no / do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996. CAVALCANTI, L.S. Geografia e a prática de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002. CORTEZ, C; LAGOEIRO, D. A. S. Cambé: os germânicos de Danzig fundaram Nova Dantzig. In: BONI, P. C. (org.) Certidões de Nascimento da história: o surgimento de municípios no eixo Londrina – Maringá. Londrina: Planográfica, 2009. (p.103 –126). FREIRE, P. À Sombra desta Mangueira. Rio de Janeiro: Vozes, 1995, p. 25. FRESCA, T. M. Em defesa do estudo das cidades pequenas no ensino de Geografia. Londrina, v. 10, n.1, p. 27-34, jan./jun. 2010. GALLO, S. Cidade e Ensino de Geografia: Contribuição a uma Educação Geográfica da e para a Cidade. 2008. Dissertação de Mestrado em Geografia. Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho.2008. GEORGE, P. Geografia Urbana. Trad. Grupo de Estudos Franceses. São Paulo: Difel, 1983. NOGUEIRA, R. Geografia em Múltiplas Escalas do Local ao Global: O Município de Cambé. Londrina 2008. PALMA, R.M.S. A cidade o bairro. 2007. Disponível em:<http:/www.diaadiadaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1036-2.pdf>. Acesso em 09 fev. 2011. PETTA, N.L. A fábrica e a cidade até 1930. São Paulo: Atual, 1995. (A vida no tempo) RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. Caminhos para uma prática de ensino. São Paulo: Loyola, 1986. SANTOS, M. A Urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec,1993, p. 10-11. ______ . O Espaço do Cidadão. São Paulo: Nobel, 1987, p.18. SIMCIC, Elenir. O Crescimento Urbano na Década de 1990-2000: O Caso da Cidade de Cambé-Pr. 2001. 73 p. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso Bacharel em Geografia - Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

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SPONHOLZ, D. O. L; COELHO, D. J. V.; ROCHA, R. P. Cinquentenário da Comarca de Cambé. Curitiba: Mult-Grafhic, 2004. TOMITA, L.M.S. Trabalho de campo como instrumento de ensino em Geografia. Revista Geografia, Londrina, vol.8, n.1, 1999, p.14.