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HOSPITAL SÃO PAULO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Diretoria de Enfermagem ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA INTRAVENOSA Página 1 de 5 Controle de Emissão Elaboração Revisão Aprovação Carina Fernandes J. da Silva - COREN/SP: 68563 Flávio Trevisani Fakih - COREN/SP: 29226 Maria Isabel S. Carmagnani - COREN/SP:16708 Flávio Trevisani Fakih - COREN/SP: 29226 Fernanda Crosera Parreira - COREN/SP 22380 Luiza Hiromi Tanaka - COREN/SP: 18905 Grace M. P. Lima - COREN/SP: 57312 Resumo de Revisões Data Emissão inicial Set/2004 Primeira revisão Jul/2007 Segunda revisão SUMÁRIO 1 OBJETIVO: Administrar medicamentos que irritam o tecido muscular. Obter efeito sistêmico mais rápido. 2 APLICAÇÃO: Aos pacientes internados, ambulatoriais e de pronto atendimento com prescrição médica. 3 RESPONSABILIDADES: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. 4 MATERIAIS: Bandeja com o medicamento preparado, luvas de procedimento, bolas de algodão, álcool a 70%, esparadrapo ou adesivo hipoalergênico. 5 DESCRIÇÃO: Descrição dos Passos Preparo do medicamento: Conferir as prescrições médica e de enfermagem. Fazer a etiqueta de identificação do medicamento (nome, dose horário e via de administração) e paciente (nome e leito). Reunir todo o material numa bandeja. Realizar a higienização das mãos. Separar o frasco ou a ampola e fazer a limpeza do mesmo com algodão embebido em álcool 70%. Fazer a reconstituição do medicamento liofilizado ou em pó, e aspirar o conteúdo do frasco. Fazer a diluição do medicamento, se necessário. Colar a etiqueta de identificação do medicamento. Levar a bandeja ao quarto do paciente, colocando-a na mesa auxiliar. Se necessário, puncionar veia periférica (consulte o procedimento: “punção venosa periférica”).

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Controle de Emissão Elaboração Revisão Aprovação Carina Fernandes J. da Silva - COREN/SP: 68563 Flávio Trevisani Fakih - COREN/SP: 29226 Maria Isabel S. Carmagnani - COREN/SP:16708 Flávio Trevisani Fakih - COREN/SP: 29226 Fernanda Crosera Parreira - COREN/SP 22380 Luiza Hiromi Tanaka - COREN/SP: 18905 Grace M. P. Lima - COREN/SP: 57312

Resumo de Revisões Data Emissão inicial Set/2004 Primeira revisão Jul/2007 Segunda revisão

SUMÁRIO 1 OBJETIVO: Administrar medicamentos que irritam o tecido muscular. Obter efeito sistêmico

mais rápido. 2 APLICAÇÃO: Aos pacientes internados, ambulatoriais e de pronto atendimento com

prescrição médica. 3 RESPONSABILIDADES: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. 4 MATERIAIS: Bandeja com o medicamento preparado, luvas de procedimento, bolas de

algodão, álcool a 70%, esparadrapo ou adesivo hipoalergênico. 5 DESCRIÇÃO:

Descrição dos Passos Preparo do medicamento:

Conferir as prescrições médica e de enfermagem. Fazer a etiqueta de identificação do medicamento (nome, dose horário e via de administração) e paciente (nome e leito). Reunir todo o material numa bandeja. Realizar a higienização das mãos. Separar o frasco ou a ampola e fazer a limpeza do mesmo com algodão embebido em álcool 70%. Fazer a reconstituição do medicamento liofilizado ou em pó, e aspirar o conteúdo do frasco. Fazer a diluição do medicamento, se necessário. Colar a etiqueta de identificação do medicamento. Levar a bandeja ao quarto do paciente, colocando-a na mesa auxiliar. Se necessário, puncionar veia periférica (consulte o procedimento: “punção venosa periférica”).

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Controle de Emissão Elaboração Revisão Aprovação Carina Fernandes J. da Silva - COREN/SP: 68563 Flávio Trevisani Fakih - COREN/SP: 29226 Maria Isabel S. Carmagnani - COREN/SP:16708 Flávio Trevisani Fakih - COREN/SP: 29226 Fernanda Crosera Parreira - COREN/SP 22380 Luiza Hiromi Tanaka - COREN/SP: 18905 Grace M. P. Lima - COREN/SP: 57312

Administração do medicamento:

Explicar o procedimento ao paciente. Realizar a higienização das mãos. Calçar as luvas de procedimento. Administração por acesso venoso já instalado: Administração por punção venosa: − Limpar a conexão do acesso venoso com álcool a

70%; − Remover a tampinha da torneirinha ou cateter,

protegendo-a com uma gaze estéril; − Desconectar a agulha de proteção da seringa; − Conectar a seringa contendo o medicamento ao

acesso venoso (cateter, torneirinha); − Bloquear o acesso de soro durante o período de

administração do medicamento; − Tracionar o êmbolo da seringa até que reflua uma

pequena quantidade de sangue. (não é indicado que se aspire o cateter venoso salinizado, os cateteres plásticos ou de pequenos calibres).

− Realizar punção venosa (consulte o procedimento: “punção venosa periférica”);

− Conectar a seringa contendo o medicamento ao cateter venoso;

− Tracionar o êmbolo da seringa até que reflua uma pequena quantidade de sangue;

− Soltar o garrote.

Injetar todo o medicamento, no tempo recomendado (verifique as recomendações específicas relativas ao medicamento). Observar sinais de infiltração ou hematoma no local da punção, além de queixas de dor, desconforto ou alterações do paciente (se ocorrem, interromper a administração). Após a administração: − Recolocar a tampinha de proteção da torneirinha, ou − Reestabelecer a infusão de soro e rever o gotejamento recomendado, ou − Salinizar o cateter venoso (consulte o procedimento “salinização de cateter venoso periférico”).

Recolher o material e encaminhar os resíduos ao expurgo (sem reencapar agulhas). Descartar o material pérfuro-cortante em recipiente adequado (sem desconectar a agulha da seringa). Retirar as luvas de procedimento. Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizá-la com álcool a 70%. Realizar a higienização das mãos. Checar o horário da administração do medicamento na prescrição médica. Fazer anotação de enfermagem, se houver intercorrências.

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RECOMENDAÇÕES

Gerais:

− Ler atentamente a prescrição médica, observando nome do paciente, medicamento, dosagem, via e

horário de administração.

− Fazer o rótulo de identificação.

− Orientar o paciente sobre cada medicamento a ser administrado.

− Respeitar seu direito de recusa.

− Todo medicamento deve ser checado após sua administração e, se não foi dado, deve-se circular o

horário e anotar o motivo, no espaço reservado para anotações de enfermagem. Se o medicamento for

dado fora do horário determinado, deve-se colocar o horário administrado e checar.

− O medicamento deve ser mantido com a sua identificação e em local adequado (protegido da luz, calor,

umidade e sujidade).

− Deve-se respeitar a validade da medicação.

− Anotar qualquer tipo de reação que o paciente possa apresentar após receber determinada medicação.

− O aprazamento (horário de administração) deve ser realizado pelo enfermeiro, considerando a interação

medicamentosa.

Específicas:

Relativas aos pacientes:

− Verificar a data de inserção do cateter venoso periérico. O mesmo não deve permanecer, no mesmo

local, por mais de 72 horas.

− Verificar a presença de dor e edema (indicam que a veia foi transfixada e que o líquido injetado está

extravasado nos tecidos) ou de flebite. Neste caso deve-se interromper a infusão imediatamente e retirar

o dispositivo (consulte as escalas de avaliação de flebite e de infiltração/extravasamento no

procedimento: “punção venosa periférica”).

− Ficar atento aos possíveis reações durante a administração de medicamentos IV, como reações

pirogênicas, anafiláticas ou outras queixas do paciente.

Relativas aos medicamentos:

− Verificar a compatibilidade entre medicamentos administrados simultaneamente (em Y).

− Consultar sobre a compatibilidade entre medicamentos e os diluentes/ solução a serem utilizados.

− Verificar a compatibilidade entre medicamentos administrados simultaneamente (em Y).

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Sempre que dois medicamentos injetáveis, incompatíveis entre si, tiverem que ser administrados

simultaneamente (no mesmo horário), por uma mesma via de acesso, recomenda-se que:

a) Estes medicamentos sejam preparados em separado (não os misture);

b) Estes medicamentos sejam administrados separadamente e que, após a administração do

primeiro, a via de acesso seja “lavada” (administrando-se até 10 mL de solução fisiológica);

c) Se possível, aguarde 10 minutos para realizar a administração do segundo medicamento;

d) Se possível, escolher outra via de acesso, evitem-se infusões simultâneas prolongadas.

− Conservação de medicamentos – Considerar as características do medicamento quanto à sua

estabilidade (no seu estado original, após a reconstituição e/ou diluição),também em relação à

fotossensibilidade e termolabilidade do mesmo.

− Guarda de medicamentos manipulados:

a) Identificar os frascos dos medicamentos que forem preparados e guardados para uso posterior,

informando a concentração (mg/mL), a data e a hora de preparo. Deve-se identificá-lo logo após

o preparo, e guardá-los imediatamente, na forma (refrigerado ou não, protegido ou não da luz) e

pelo tempo recomendado;

b) Verificar o prazo de validade;

c) Observar o aspecto do medicamento.

− Homogeneizar os medicamentos e soluções antes da administração.

− Tempo de administração do medicamento por via IV:

a) O tempo de administração IV de cada medicamento é determinado em função do princípio ativo

(sua farmacocinética), da ação desejada e do volume a ser administrado. Assim sendo, é

importante que se considere as recomendações do fabricante do medicamento.

b) Devem também ser consideradas algumas características do paciente, como o peso e a

idade(parâmetros essenciais para o cálculo da dose e para a determinação do tempo de

administração de alguns medicamentos), além das condições físicas gerais (p. ex.: o calibre e as

condições da veia em que se dará a administração) e dos sintomas e alterações que o paciente

possa apresentar durante a administração do medicamento.

c) De modo geral, os modos e tempos de administração de medicamentos por via IV podem ser

assim classificados:

1) Bolus: é administração IV realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto.

2) Infusão rápida: administração IV realizada entre 1 e 30 minutos.

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3) Infusão lenta: administração IV realizada entre 30 e 60 minutos.

4) Infusão contínua: administração IV realizada em tempo superior a 60 minutos,

ininterruptamente (por exemplo, de 6 em 6 horas).

5) Infusão intermitente: administração IV realizada em tempo superior a de 60 minutos, não

contínua. – por exemplo, em 4 h, uma vez ao dia.

− Equivalências:

1 mL = 20 gotas = 60 microgotas.

1 microgota/ minuto. = 1mL/h.

1 mg = 1.000 µg.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. Carmagnani MIS et al. Manual de Procedimentos de Enfermagem. São Paulo: Interlivros;

2000.

2. Fakih FT. Manual de Administração de Medicamentos Injetáveis. Rio de Janeiro,

Reichmann & Affonso Editores; 2000. 221p.

3. Nettina SM. Práticas de Enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.

4. Ritschel WA, Handbook of Basics Pharmacokinetics. Hamilton, Drug Intelligence

Publications Inc., 4a. Edição; 1992.