Alem do horizonte

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1 INTRODUÇÃO

                   O ato de entrelaçar textos eartigos direcionados a uma ampliação do tema

dostablets tem o intuito de efetuar por um lado uma aproximação dosleitores quanto aos

objetivos da  Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciênciae a Cultura

(UNESCO), que se faz por intermédio de quatro documentos queviabilizam diretrizes em

prol da qualidadeda educação no sec. XXI, compatíveis com um ensino mais próximo da

realidade doaluno, e por outro lado pontuar itens importantes com foco na formação dos

professores direcionados ao dispositivo móvel em pauta e as convergênciaspedagógicas

necessárias a um aprendizado coerente e atualizado.

                     A literatura disponibilizada induz a uma inovação necessária diante dos

avanços tecnológicos,como também sugere diretrizes reforçando tópicos atuais. E efetuar

umacorrelação dos mesmos em face ao ultimo HorizontReport 2013, é uma proposta

desafiante.

                     Procuramos, neste artigo, uma abordagem pautada em experiências de

professores aliada a idéias pedagógicasdiferenciadas e obtidas na leitura agregadora de

noções conceituais para umanova Pedagogia através do Innovating Pedagogy

Report2013.

                     Oobjetivo desta análise documental, que se constitui uma técnica importante

napesquisa qualitativa, é permitir uma reflexão para além do horizonte propostopelos

documentos, com sugestões sobre a prática pedagógica, com um dispositivomóvel e atual,

como também propor um esboço sobre o necessário desenvolvimentodo professor na

construção do conhecimento.

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O HORIZONTREPORT 2013

                  O Horizont Report 2013 é um relatório que identifica e descrevetecnologias

emergentes, práticas educativas e tendências que podem ter impactono Ensino Superior,

como também no ensino Fundamental/Médio. A escolha do tablet se deu por se encontrar

com umhorizonte de adoção de um (1) ano ou menos. A metodologia utilizada

parapesquisa, tanto a primária quanto a secundária, neste relatório, ocorreu on-line,

através de uma wiki que contem todo o registro dapesquisa, que conta também com uma

revisão sistemática da bibliografia,possuindo um critério onde a relevância dos itens

analisados para o ensino éprimordial.

                    O tema parte do princípiode que a tecnologia móvel, através

dotablet,proporciona em curto prazo, no cotidiano escolar ou universitário,

umaaprendizagem personalizada, incidental e espontânea baseada na

investigação,quebrando formatos tradicionais da Educação, quando todo o conteúdo

acompanha oaluno em qualquer lugar.

2.1 O espaço e a mobilidadehumana

                   A mobilidade do ser humano,que por vezes chamamos de migração, é um

fator intrínseco da procura constantepor uma melhor condição de vida aliada à

sobrevivência e a liberdade. Antes desermos sedentários, exercíamos o nomadismo,

aprendíamos com a natureza eexercíamos a mobilidade com os nossos corpos, com a

utilização de animais oucom artefatos criados para suprir as distâncias. No agora o mundo

cabe em um tablet.

                   Segundo Santaella (2007, p. 178)o cyberespaço é o espaço informacional de

conexões de computadores ao redor doglobo, portanto um espaço que representa o

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conceito de rede e no qual ageografia física não importa, pois qualquer lugar do mundo

fica a distância deum clique. Desta forma com rápidos movimentos dos dígitos acessamos

imagens,sons, vídeos, textos e gráficos.

                      Com o conceito deHipermobilidade, onde a mobilidade do sujeito no espaço

físico adiciona-se àmobilidade dos dispositivos, a autora provoca uma reflexão em direção

a outraforma de ser e estar e que como conseqüência mobiliza, oferece e

proporcionaaprendizagens em ambientes formais e informais. Mas como este conceito

deambientes está ligado ao espaço o que importa é o que ocorre com a facilitaçãoda

aprendizagem.

                      A mobilidade digital, daspessoas com possível acesso a esta modalidade

tecnológica, contempla, emambientes formais e informais, aprendizagens diversas e

oportunizadas cada vezmais por uma velocidade ampliada no decorrer do fluxo de

informações obtidas epesquisadas.

                        O surgir acelerado denovidades nas ferramentas, que criamos, transformam

e atualizam a cada instantea nossa aprendizagem do mundo para curiosamente se instalar

como a internet dascoisas (sensores wireless e nanotecnologia).

2.2 A aprendizagem móvel oum-learning dentro ou fora da sala de aula

                      Aparenta ser incrível que,ao investigarmos os sentidos do termo “Mobile”,

encontremos o mais simples, queé o de uma escultura ou brinquedo abstrato, com peças

móveis que nos ofereceuma sensação de estarem, estas formas, equilibradas (fusão do

estático e dodinâmico) apesar de suspensas no ar de autoria e apresentada por A.

Calder,1932 em Paris. Sua obra procurava dialogar com o ambiente, reagindo,interagindo,

meio matéria, meio vida, a mecânica e o humano. Um conceitoartístico coerente com a

liquidez existente no fluxo de informações que nosenvolve diariamente e decerto com a

utilização da tecnologia móvel. Tudo pairano ar.

                   Através de Coutinho e Junior(2007, p. 06) encontramos que a utilização dos

dispositivos móveis para aeducação  também é uma variante do e-learnin , ao fazer

referência a umaterceira geração da EaD – Educação a Distância. A m-learning ao utilizar

dispositivos com sensores, utilizados no diaa dia, possibilitam uma maior imersão do

sujeito no mundo virtual.

                      Desta forma o termomobilidade introduz o conceito de m- learning que difere

muito pouco doconceito de u-learning. A letra “u”representa o conceito de ubiqüidade, ou

seja, a possibilidade de se estar emvariados lugares ao mesmo tempo, através da

mobilidade das tecnologias.

                    Segundo Saccol, Vitória eSchelemmer (2011), as alterações tecnológicas

interferem não apenas naeducação, mas também na formação do cidadão e sua literacia

digital, para oaprendizado contínuo, tendo em vista que a sociabilidade e necessidade

deformação contínua e uma eficaz capacitação profissional também são itens que

semodificam rapidamente.

                      A aprendizagem móvel torna-se, desta forma, um“divisor de águas”,

personalizada e interativa, já que o aluno aprenderá aselecionar os aplicativos que

atendam às suas necessidades, de aprendizagem einteresses atendendo aos seus

próprios propósitos. Não deixa de ser umaaprendizagem da transformação. A

aprendizagem informal resiste ao conhecimentoformal, já que as experiências

internalizadas pessoalmente se encontram emoposição ao formal, que na maioria das

vezes se encontra descontextualizado.Além de utilizador e consumidor de informações o

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aluno modifica sua atuaçãopara colaborador e editor destas informações. A aprendizagem

é marcada pelomultimídia, pelos hábitos de aprendizagem não seqüenciais,

interativos,assíncronos.

                        Os alunos de hoje não esperam para receberinformações passivamente.

Como sujeitos atuantes eles querem quase queinstantaneamente receber as respostas às

suas próprias duvidas. A preferênciapela internet é muito maior do que ir até uma

biblioteca infelizmente.

                      Em um sentido mais amploa comunicação global instaurada em conversas

simultâneas, que a mobilidadeprovoca, se torna a base do aprender “uns com os outros”,

mesmo sem seconhecerem, em ações de grupo, coletiva, podendo auxiliar na diluição

deresistências quanto a diferenças culturais, entre outras. 

                         Os benefícios da aprendizagem em movimentopodem ser traduzidos como

diferentes do que tem acontecido no presencial, jáque o ritmo do individuo em sua

aprendizagem acontece em qualquer lugar e aqualquer momento. A questão do tempo se

mostra interessante já que ele se tornapor vezes bem escasso.

                     Desta forma é proporcionadauma curadoria móvel do próprio aluno, traduzida

hoje em dia como “só para mim eapenas o suficiente” onde a carga única está no fato de

se aprender sozinho.Porém a carga cognitiva mais importante, como fundamento, é o

diálogo consigomesmo. Com o advento das redes sociais o ato de compartilhar e de

colaborar setornam prioritários permitindo a conexão entre o sujeito e idéias inovadoras;

umaespécie de laboratório onde a minha experiência pode alcançar a experiência dooutro.

 3 TABLET:O OBJETO E A PORTABILIDADE

                    Os objetos ou artefatos portáteiscriados, em sua maioria, facilitaram e

promoveram o contato social. Sem aportatibilidade as pessoas estacionavam em um

espaço; poderemos exemplificarcom a transformação do radio ao radio de pilha, do

fotografo “lambe-lambe” àsimagens digitalizadas no próprio dispositivo.

                    O tablet é um dispositivo sem mouseou teclado que favorece

compartilhamentos através de aplicativos, que personalizama aprendizagem, sem as

limitações espaciais das tecnologias anteriores,utilizadas em salas de informática.

                       O paradigma de um localespecífico, de acesso, possui um efeito de

“restrição” na aprendizagem que écontrario ao manancial de informações que os alunos

podem aceder de acordo com acuriosidade de cada um. Outro fator importante é a

possibilidade de que ocorra,em “trabalhos de campo”, ou ao “ar livre”, em passeios,

excursões ou visitas alocais escolhidos, a interação com a busca de informações e dados

que podem serquase que instantâneos.

                     Muito comum nos dias dehoje encontrarmos as pessoas a olhar as telas, dos

dispositivos moveis, o queantes era ocupado com o ouvido, isso para celulares. Afinal, em

nossa sociedadeimagética o analisador ótico foi tremendamente estimulado,

considerando-se aforma como o cérebro processa informações uma explicação visual

tende aaumentar a compreensão muito mais do que os textuais.

                   A interface do tablet baseada em gestos com os dígitos(touch) é intuitiva e

facilitadora deum aprendizado individualizado e personalizado provocando, através

dacuriosidade, a expansão do conhecimento. Porém problemas rondam a suautilização

levando-se em conta os alunos de escolas brasileiras, custos datecnologia, acesso

facilitado e vida da bateria.

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                     No Horizont Report 2013(Ensino superior) encontramos que equipado

comWiFi, telas de alta resolução e com uma grande variedade deaplicativos móveis

disponíveis, os tabletsestão provando ser poderosas ferramentas para o aprendizado

dentro e forada sala de aula. Já no Horizont Report 2013 (K12) relata-se que os

dispositivosmóveis são portas para a aprendizagem, colaboração e produtividade

contínuaestimuladas pela Internet.

                   Inicialmente com revistas ee-books, os aplicativos ampliaram suas ofertas

propiciando a utilização demapas conceituais, geolocalização, mobilizações ad

hoc (quando as pessoas se aglomeram por instantes em lugaresatravés de informações

de interesse comum), criação de animações, utilização degames, e-mails, fotos, vídeos e

áudios, o facetime, acelerômetro e monitoramentode saúde. Foi a natureza transformadora

dos aplicativos que auxiliaram ao tablet a se tornar uma ferramentapopular e poderosa que

resulta também em ativismos sociais.

                   Segundo Mattar (2012, p. 114)o próprio aluno organiza o seu ambiente de

aprendizagem, escolhendoplataformas, as ferramentas e os conteúdos que mais

interessam e que estejam emsintonia com o estilo de aprendizagem preponderante do

aluno.

                     Moura (2008, p. 126) sugere que falar emtecnologias móveis é também falar

de mentes móveis e que não se sabe ainda comoos alunos que aprendem através destas

tecnologias irão atuar na sociedadefuturamente e que os dispositivos móveis levam os

alunos a se envolverem naaprendizagem como nunca foi visto antes, o que certamente

terá conseqüências emseu desempenho. Desafiar os alunos a questionar e buscar

respostas onde elaspodem ser encontradas faz parte de uma aprendizagem

transformadora.

3.1 Experiências com tablets

                    Projetos de utilização do tablet na sala de aula com criançaspré-escolar

apontam a facilidade com que estas crianças interagem e salientam aforma como

partilham as descobertas com seus pares. Dominguez (2012) relata otrabalho colaborativo,

o desenvolvimento das capacidades de expressão,comunicação e da motricidade fina nos

écrans ao lado da coordenaçãoóculo-manual, além da manifestação da criatividade e do

surgir da capacidade deopiniões próprias em idades tempranas; embora seja notório

alguns pontos quedevem ser menos positivos como a possibilidade do dispositivo

promover adispersão, como também a quase inexistência de recursos em português para

odispositivo.

                   Silva, Gandin e Lipinski(2012) consideram que pensar o tempo disponível para

a formação dos professores,entre outros sujeitos implicados na inovação do ambiente

escolar, se fazprimordial, já que será efetuada uma mudança na pratica tradicional e

usualunindo-se, estas mudanças, com a aquisição do dispositivo móvel, como também

dacriação de um novo projeto pedagógico e educacional da escola, com pontos queforam

considerados importantes na execução do planejamento. Na experiência

relatadaos tabletspertenciam à instituição,sendo que foi necessária a ampliação da rede

sem fio (wi-fi), sala de aula apropriada (que recordam os laboratórios deinformática) e a

necessidade de que o professor seja portador de um perfilinvestigativo e dinâmico,

principalmente para mediar atividadesextracurriculares.

                Em Porto Alegre foi criado umprojeto intitulado “Ipad na sala de aula” com

página na web, que tem comoobjetivo usar  projetos de estudo nasescolas com o uso da

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tecnologia de informação. O foco do projeto é usar o Ipadcomo instrumento de

transformação dos tradicionais materiais didáticos emconteúdo multimídia interativo, entre

outros. Em SP são divulgadas iniciativasem escolas como Pueri Domus, Objetivo e Santa

Cruz mas não há trabalhosacadêmicos sobre as experiências, e no RJ no Centro

Educacional Miraflores,

                   Mas em contrapartida umaidéia promissora surge com o sistema BOYD, que

significa a liberação para autilização do seu próprio dispositivo na escola e esta proposta

avança a passoslargos sob a demanda da aprendizagem móvel. Os alunos se posicionam

como contribuidores do processo, háredução da competição por lugares nas salas de

informática e possibilita-se aautonomia no seu aprendizado a partir das suas preferências

individuais. Como novastecnologias estão sempre surgindo a experiência BOYD oferece

em longo prazo umaintegração tecnológica não só com tabletsonde a personalização do

ambiente de trabalho se adéqua às diferentesnecessidades de cada aluno.

4 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E APEDAGOGIA DIFERENCIADA

                   As Diretrizes da Unesco se encontramestabelecidas em texto inicial intitulado

Marco Político (2008) onde seapresentam metas e objetivos a serem alcançados

apostando na Educação e nas TICcomo força motriz para a melhoria e mudança do

ensino. Já o segundo documento,que trata das competências dos professores, apresenta,

em módulos, um conjuntode habilidades para os professores ao lado de uma abordagem

política para umamudança na Educação. O terceiro documento, trata da implementação

destascompetências com uma descrição detalhada das habilidades específicas a

seremadquiridas, evidenciando assim dois questionamentos:

- Quais as qualificações básicaspara os professores? (em atuação e em formação)

- Quais as novas habilidadespedagógicas para uma inovação? (com a utilização das TIC)

                  Perrenoud (2002), quanto aosmodelos de capacitação nas escolas aplicados

aos docentes, já indicava que oesclarecimento dos vínculos profissionais que unem ou

separam os professores emambiente de trabalho devem ser aclarados para desfazer as

diversas tramasacumuladas na história do estabelecimento escolar representando a parte

maisdifícil da trajetória. Quanto às competências faltantes o autor cita que osprofessores

não questionam suas fontes teóricas e não assumem a obrigação dedar conta das opções

feitas, e desta forma não transformam as responsabilidadesindividuais em coletivas.

                    Em paralelo ao Horizont Report 2013, foi publicado naGrã-Bretanha um

documento intitulado InnovatingPedagogy Report 2013, tendo como intuito explorar e

servir de guia para novasformas de ensino, aprendizagem e avaliações em um mundo

interativo. Segundo osautores a Pedagogia emergente baseia-se em investigações em

plena aula (p. 04),e mais adiante exemplifica “The childrenuse an aplication on a

smartphone or a tablet to log the contents of eachmeal[…](p. 17)

                    Surge assim a compreensãode uma nova possibilidade pedagógica, crítica,

que tem em vista o processohíbrido que ocorre em qualquer aprendizagem.Na revista

digital Hibridy Pedagogy encontramos que “Critical pedagogues move constantly

betweenundoing the present moment (the classroom) while assembling a future moment

(anactivity or assignment).”

                  Tendopor base os documentos da Unesco apresentotópicos, dos textos, que

direcionam uma visão inovadora para os professores eque foram construídos, via leitura

dos módulos apresentados, tendo em vistaformar professores, gestores e demais

componentes do ambiente escolaratualizados com a Tecnologia.

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                     Necessário compreender quea base, indicada pelo grupo responsável na

redação dos documentos, aponta paratrês fatores que geram o crescimento e que são a

concepção de capital, ainovação tecnológica e a necessidade de uma melhor qualidade no

trabalho.

                   Sugere também que novas abordagensaconteçam do simples para o

complexo, através da alfabetização tecnológica, oaprofundamento do conhecimento e a

criação do conhecimento. As implicações paraessa reforma devem ser construídas,

remodeladas a partir da Pedagogia, dapratica docente, da necessidade do

desenvolvimento profissional, dos currículose avaliações e finalmente a partir da

organização e gestão da escola.

                   Já o documento de 2011, (eminglês) congrega os itens acima relatados e

fornece exemplos mais apurados desituações que envolvem o professor e o aluno,

sugerindo módulos para estascapacitações.

4.1 Implicações para o uso do tablet

                 As sugestões a seguirapresentam-se unidas aos documentos da Unesco a

partir de orientações encontradase que podem ser aproximadas no sentido de capacitação

dos professores nautilização do tablet, como dispositivomóvel em sala de aula. Viabiliza-

seperante este dispositivo as seguintes aproximações e adequações quanto à pedagogiae

a prática docente:

                Quanto ao marco políticoencontramos inserido aío dispositivo móvel, que

noHorizontReport  2013 sugere uma aplicação em curto prazo, comalunos e na formação

de professores, indicando que os programas dedesenvolvimento de profissionais na ativa

e os programas de preparac ̧ãodos futuros professores devem oferecer

experie ̂nciasadequadas em tecnologia em todas as fases do treinamento. (p.1)

                   Quanto ao marco curricular,a inovação surge a partir da Pedagogia quando

lemos que as mudanc ̧asna prática pedagógica envolvem o uso de diversas tecnologias,

ferramentas econteúdo eletro ̂nico como parte de todas as atividades daturma, do grupo e

individualmente. (p. 6)

                 Quanto às abordagensencontramos em relação à alfabetização tecnológica que

mudanc ̧asna prática docente envolvem saber onde e quando usar (ou não usar)

atecnologia para as atividades e apresentações em sala de aula para tarefas degestão e

aquisic ̧ão de conhecimento (p. 6)

                 Quanto ao aprofundamento deconhecimento o texto faz referencia ao fazer

pedagógico onde a pedagogia desala de aula inclui o aprendizado colaborativo, baseados

em problemas eprojetos, onde os alunos exploram profundamente um conteúdo temático

etransportam o seu conhecimento ao enfrentar questões, os problemas em

situac ̧õesrotineiras e/ou complexas.

                 Considera também o contextoavaliativo onde a mudanc ̧a na forma de

avaliac ̧ãose concentra na soluc ̧ão de problemas complexos e em incorporar as

avaliac ̧õesem atividades de sala de aula.(p. 7) E mais, quanto ao tempo com os

alunos,sugere-se que os períodos de aula e a estrutura de sala devem ser mais

dina ̂micos,com os alunos trabalhando em grupos por longos períodos.

                  Quanto à criação deconhecimento encontramos referência à habilidade na qual

os alunos possam sercapazes de definir o que já sabem e avaliar suas compete ̂nciase

deficie ̂ncias, como também de elaborar um plano deaprendizagem, verificar seu próprio

progresso e se basear nos sucessos ecorrigir as falhas. Ou ainda, uma habilidade dos

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alunos de avaliar a qualidadede seus próprios produtos assim como dos produtos dos

outros. (p. 8)

                 Como conseqüência, entendemosque cada disciplina deve ter uma espécie de

arsenal (aplicativos)disponibilizado para o tablet, ou se estessão insuficientes, como

aplicativos em Português, aconselha-se uma abordagem depesquisa, pelo aluno, sobre os

temas abordados pelos professores. A livreescolha do caminho, por este mesmo aluno,

também é uma forma de autonomia e queposiciona o professor como mediador da

aprendizagem, em um percurso quemobiliza uma curadoria autônoma.

                 A curadoria solicita do alunoum compartilhamento da sua pesquisa e utilizar

ferramentas disponíveistransforma o aprendizado em sala de aula.

                    Ao ser possibilitado o atode ressignificar a ação pedagógica propicia-se a

idéia de implantar planejamentospilotos que possam servir de base a uma maior

veiculação de experiências. Estasações na prática distribuem idéias bases que

fundamentam o que há por vir esugerem avaliações contínuas.

                     A título de sugestão,elaboramos um exemplo de um pequeno módulo, a partir

das leituras indicadas,tendo em vista o tablet e os itensconcernentes ao uso pedagógico

com os alunos e a ótica do desenvolvimentoprofissional do docente, pinçados dos textos.

Quadro 1:

Abordagens

Pedagogia aplicada com tecnologia

Desenvolvimento profissional do professor

Alfabetização Digital

Incorporar no planejamento atividades c/ uso do tablet

Criar email

Demonstrar pesquisas boleanas simples c/ palavras

Conhecer as operações básicas do tablet e web

Compartilhar produções iniciais (curadoria)

Utilizar mensagens de texto e vídeo, blogs, wikis.

Aprofundamento do Conhecimento

Elaborar e identificar os problemas do mundo real para incorporar os principais conceitos a

serem repassados

Usar o dispositivo para buscar, analisar e avaliar informações  em busca de

aprimoramento profissional

Incorporar as atividades apropriadas em TIC aos planos de aula

Elaborar planos de unidade e de sala de aula colaborativos e onde as ferramentas possam

ser utilizadas.

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Saber reconhecer o erro comum da distração dos alunos na procura por outros  sites

Saber contornar o erro grave dos alunos de acesso a sites de adultos

Criação do Conhecimento

Elaborar atividades que envolvam situações colaborativas

Modelagem de ações a partir  do professor

Auxiliar os alunos a incorporarem uma produção multimídia

Identificar os arranjos sociais na classe que sejam adequados ou inadequados perante a

tecnologia utilizada

Estimular interações espontâneas

Fonte: Próprio autor

5 CONCLUSÃO

                 Com a inclusão dos tablets na Educação as dificuldadesemergem a partir da

distância que se dá entre as exigências tecnológicas daUnesco e a infraestrutura da

maioria das nossas escolas,  diante das realidades regionais e danecessidade de uma

formação contínua do professor que irá utilizar estedispositivo no intuito de aquisição

deinsightspara co-criar com os aplicativos utilizados. Estendendo o olhar para “além

dohorizonte” encontramos as palavras de ordem que são: refletir e planejar parainovar o

mais rápido possível, já que uma simples introdução dos dispositivosmóveis na educação

não gera resultados imediatos que sejam favoráveis a umaqualidade almejada.

              A intenção não foi, com o módulo,construir um guia, mas sim considerar que as

tentativas para colocar asTecnologias móveis e a formação de professores como ponto

central em um modelode ensino atualizado são ainda poucas, diante da enormidade do

nosso país.

              O planejamento para programaradequadamente em conjunto uma formação dos

professores através de consideraçõessobre o suporte pedagógico se faz prioridade. As

idéias aqui lançadas se apóiamem apenas dois itens, a Pedagogia e o desenvolvimento

profissional que sãoposicionamentos frutíferos e se prestam a desmistificar a tecnologia na

sala deaula e capacitar, os interessados, em direção aos 4 C: comunicação,

criatividade,colaboração e pensamento critico.

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