Algumas Bases Sobre a Memoria e Doencas

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Memória é a capacidade de adquirir, reter e evocar, quando necessárias, informações que de alguma forma são relevantes. O processo de aquisição, como já diz o nome, é a entrada de um dado por meio dos sensores eternos, que é encamin!ado aos sistemas neurais relativos " memória onde será armazenado por algum tempo que pode ser de segundos ou mesmo de anos pelo processo de retenção . #ntre esses dois processos, acontece uma seleção de eatamente quanto desse evento ou mesmo se esse evento vai ser retido, e essa seleção é determinada pela import$ncia desse evento %por eemplo, situações com grande carga emocional, como o nascimento de um &l!o' ou pela freq()ncia com que ele acontece %o armazenamento do nosso próprio nome', quando esse dado é retido por um grande tempo ou de forma de&nitiva dizemos que aconteceu a consolidação. * evocação é o ultimo processo da memória, seria o que rotineiramente é c!amado de lem+rança, é através dele que temos acesso aos dados que nos serão teis no futuro. O esquecimento é um processo natural, e não uma fal!a, é um mecanismo de limpeza, que tenta evitar uma so+recarga de rete nção de dados, e que vez ou outra nos deia na mão deletando informações importantes, mas claro que pode !aver defeitos no sistema de esquecimento tanto por ecesso, amnésia, quanto por falta, !ipermnésia, que provoca uma confusão nas informações por ecesso de armazenamento. O aprendizado está intimamente ligado " memorização, e nada mais é do que a aquisição equili+rada de novas informações que, armazenadas pela memória, guiarão o comportamento. -lassi&cações da memóriaeditar / editar código0fonte1 2ivide0se de antemão as memórias em dois grandes grupos. 3m c!amado memória &logenética e o outro ontogenética. * memória &logenética é armazenada na +agagem genética, e promove comportamentos que são então selecionados. #ssa memória é evidente ao se o+servar comportamento de insetos. 4ários insetos vivem isolados, se encontrando apenas para reprodução. #les nascem o+viamente com uma série de comportamentos pré0programados que permitem sua so+reviv)ncia. 5á memória ontogenética, enfoque dos estudos neuro&siológicos, é adquirida em vida %mesmo que intra0uterina', é essencial para a so+reviv)ncia dos animais que a possuem, mas não são repassadas geneticamente. * memória ontogenética, por sua vez, possui diversas su+divisões. 3ma interessante maneira de classi&car estas su+divisões envolve dois critérios. 3m critério é o tempo de duração da memória e o outro a sua natureza. 6uanto ao tempo as memórias podem ser classi&cadas em ultra0rápida, de

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Memória é a capacidade de adquirir, reter e evocar, quando necessárias,informações que de alguma forma são relevantes.

O processo de aquisição, como já diz o nome, é a entrada de um dado por

meio dos sensores eternos, que é encamin!ado aos sistemas neuraisrelativos " memória onde será armazenado por algum tempo que pode serde segundos ou mesmo de anos pelo processo de retenção. #ntre esses doisprocessos, acontece uma seleção de eatamente quanto desse evento oumesmo se esse evento vai ser retido, e essa seleção é determinada pelaimport$ncia desse evento %por eemplo, situações com grande cargaemocional, como o nascimento de um &l!o' ou pela freq()ncia com que eleacontece %o armazenamento do nosso próprio nome', quando esse dado éretido por um grande tempo ou de forma de&nitiva dizemos que aconteceua consolidação. * evocação é o ultimo processo da memória, seria o querotineiramente é c!amado de lem+rança, é através dele que temos acesso

aos dados que nos serão teis no futuro.

O esquecimento é um processo natural, e não uma fal!a, é um mecanismode limpeza, que tenta evitar uma so+recarga de retenção de dados, e quevez ou outra nos deia na mão deletando informações importantes, masclaro que pode !aver defeitos no sistema de esquecimento tanto porecesso, amnésia, quanto por falta, !ipermnésia, que provoca uma confusãonas informações por ecesso de armazenamento.

O aprendizado está intimamente ligado " memorização, e nada mais é doque a aquisição equili+rada de novas informações que, armazenadas pelamemória, guiarão o comportamento.

-lassi&cações da memóriaeditar / editar código0fonte1

2ivide0se de antemão as memórias em dois grandes grupos. 3m c!amadomemória &logenética e o outro ontogenética. * memória &logenética éarmazenada na +agagem genética, e promove comportamentos que sãoentão selecionados. #ssa memória é evidente ao se o+servarcomportamento de insetos. 4ários insetos vivem isolados, se encontrandoapenas para reprodução. #les nascem o+viamente com uma série decomportamentos pré0programados que permitem sua so+reviv)ncia. 5ámemória ontogenética, enfoque dos estudos neuro&siológicos, é adquiridaem vida %mesmo que intra0uterina', é essencial para a so+reviv)ncia dosanimais que a possuem, mas não são repassadas geneticamente.

* memória ontogenética, por sua vez, possui diversas su+divisões. 3mainteressante maneira de classi&car estas su+divisões envolve dois critérios.

3m critério é o tempo de duração da memória e o outro a sua natureza.6uanto ao tempo as memórias podem ser classi&cadas em ultra0rápida, de

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curta duração e de longa duração. * memória ultra rápida dura apenasalguns segundos. * de curta duração tem duração um pouco maior,podendo se estender por alguns minutos. * de longa duração, como ésa+ido, pode durar até mesmo uma vida inteira.

6uanto a natureza a memória pode ser su+dividida em tr)s su+tipos. *epl7cita, aquela que podemos epressar com palavras %pode ser c!amadade declarativa', a impl7cita que não faz sentido evocá0la por meio depalavras. *o s e recon!ecer rostos familiares sem que sai+a eplicar oporqu), fez0se uso da memória impl7cita. 3m terceiro su+tipo é a memóriaoperacional. * memória operacional é armazenada momentaneamente paraa realização de uma atividade. *s informações de uma lin!a de racioc7niosão um +om eemplo de memória operacional.

8ode0se dividir a memória epl7cita em outros dois su+tipos9 * epsódica, queé a memória de fatos seq(enciados, com referencia temporal %osacontecimentos de uma partida de fute+ol por eemplo', e a sem$ntica queenvolve informações atemporais %time que o indiv7duo torce, nome de seuscon!ecidos e etc.'.

* memória impl7cita tam+ém pode ser su+dividida em quatro su+tipos9memória impl7cita de representação perceptual, de procedimentos,associativa, não0associativa. * primeira se refere a informações sensoriaisque são gravadas e que não é associado signi&cado, é uma memória pré0consciente. * memória de procedimentos envolve !á+itos e !a+ilidades. *associativa é o que permite o armazenamentos de informações que ligamest7mulos e respostas mutuamente. 6uando pela repetição do estimulo seatenua ou !ipersensi+iliza uma resposta a memória em questão é a nãoassociativa.

:ases *nat;micas da Memóriaeditar / editar código0fonte1

<oje é poss7vel a&rmar que a memória não possui um nico lócus.2iferentes estruturas cere+rais estão envolvidas na aquisição,armazenamento e evocação das diversas informações adquiridas poraprendizagem.

Memória de curto prazo9

2epende do sistema l7m+ico, envolvido nos processos de retenção econsolidação de informações novas. <oje em dia tam+ém se supõe que aconsolidação temporária da informação envolve estruturas como o

!ipocampo, a am7gdala, o córte entorrinal e o giro para0!ipocampal, sendodepois transferida para as áreas de associação do neocórte parietal e

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temporal. *s vias que c!egam e que saem do !ipocampo tam+ém sãoimportantes para o estudo da anatomia da memória. =nputs %que c!egam'são constitu7dos pela via f7m+ria0fórni ou pela via perfurante. =mportantesprojeções de -*> para os córtices su+iculares adjacentes fazem parte dosoutputs %que saem' do !ipocampo. #istem tam+ém duas vias !ipocampais

responsáveis por interconeões do próprio sistema l7m+ico, como o -ircuitode 8apez %!ipocampo, fórni, corpos mamilares, giro do c7ngulo, giro para0!ipocampal e am7gdala', e a segunda via projeta0se de áreas corticais deassociação, por meio do giro do c7ngulo e do córte entorrinal, para o!ipocampo que, por sua vez, projeta0se através do ncleo septal e do ncleotal$mico medial para o córte pré0frontal, !avendo então o armazenamentode informações que rever+eram no circuito ainda por algum tempo.

Memória operacional9

-ompreende um sistema de controle de atenção %eecutivo central',auiliado por dois sistemas de suporte %de natureza v7suo0espacial e outrode natureza fonológica' que ajudam no armazenamento temporário e namanipulação das informações. O eecutivo central tem capacidade limitadae função de selecionar estratégias e planos, tendo sua atividade relacionadaao funcionamento do lo+o frontal, que supervisiona as informações.

 ?am+ém o cere+elo está envolvido no processamento da memóriaoperacional, atuando na catalogação e manutenção das seq()ncias deeventos, o que é necessário em situações que requerem o ordenamentotemporal de informações. O sistema de suporte v7suo0espacial tem umcomponente visual, relacionado " região occipital e um componenteespacial, relacionado a regiões do lo+o parietal. 5á no sistema fonológico, aarticulação su+vocal auilia na manutenção da informação@ lesões nos girossupramarginal e angular do !emisfério esquerdo geram di&culdades namemória ver+al auditiva de curta duração. #sse sistema está relacionado "aquisição de linguagem.

Memória de Aongo 8razo9

a. Memória epl7cita9

2epende de estruturas do lo+o temporal medial %incluindo o !ipocampo, ocórte entorrinal e o córte para0!ipocampal' e do diencéfalo. *lém disso, osepto e os feies de &+ras que c!egam do prosencéfalo +asal ao !ipocampotam+ém parecem tem importantes funções. #m+ora tanto a memóriaepisódica como a sem$ntica dependam de estruturas do lo+o temporalmedial, é importante destacar a relação dessas estruturas com outras. 8oreemplo, pacientes idosos com disfunção dos lo+os frontais t)m mais

di&culdades para a memória episódica do que para a memória sem$ntica. 5á

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lesões no lo+o parietal esquerdo apresentam preju7zos na memóriasem$ntica.

+. Memória impl7cita9

* aprendizagem de !a+ilidades motoras depende de afer)ncias corticais deáreas sensoriais de associação para o corpo estriado ou para os ncleos da+ase. Os ncleos caudado e put$men rece+em projeções corticais e enviam0nas para o glo+o pálido e outras estruturas do sistema etra0piramidal,constituindo uma coneão entre est7mulo e resposta. O condicionamentodas respostas da musculatura esquelética depende do cere+elo, enquanto ocondicionamento das respostas emocionais depende da am7gdala. 5á foramdescritas alterações no Buo sangu7neo, aumentando o do cere+elo ereduzindo o do estriado no in7cio do processo de aquisição de uma

!a+ilidade. 5á ao longo desse processo, o Buo do estriado é que foiaumentado. O neo0estriado e o cere+elo estão envolvidos na aquisição e noplanejamento das ações, constituindo, então, através de coneões entre ocere+elo e o tálamo e entre o cere+elo e os lo+os frontais, elos entre osistema impl7cito e o epl7cito.

Ceuromodulação da memóriaeditar / editar código0fonte1

#istem acontecimentos nas nossas vidas que não esquecemos jamais.#ntretanto, nem tudo que nos acontece, &ca gravado na nossa memóriapara sempre. -omo o cére+ro determina o que merece ser estocado e o queé lioD

*ntes de discutirmos os mecanismos neurais que &ltram os acontecimentosde nossas vidas, é importante lem+rar que a consolidação da memóriaocorre momentos imediatamente após o acontecimento em questão. *ssim,sistemas neuro0!ormonais agem nesse momento para fortalecer ouenfraquecer a memorização.

* E0endor&na parece ser a su+st$ncia ligada ao esquecimento. #steprocesso, apesar de algumas vezes indesejável %como numa prova, poreemplo', é fundamental do ponto de vista &siológico. *&nal, seria inviável avida sem nen!uma espécie de F&ltroF na memória %vide !ipermnésia'.Outras su+st$ncias, como mor&nas, encefalinas, *-?< e adrenalina %as duasltimas em altas doses' facilitam a li+eração de E0endor&na, levando aoesquecimento. G por isso que situações carregadas de stress emocionalpodem levar a amnésia anterógrafa, que é o que acontece quando, após umacidente de carro, o indiv7duo não consegue relatar o que l!e aconteceu

minutos antes.

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-omo é detetada se uma informação deve ser armazenadaD 6uando umainformação relativamente importante é detectada, ocorre a li+eração dedoses moderadas de *-?<, %noradrenalina, dopamina' e acetilcolina queagem facilitando a consolidação da memória. -ontudo, doses altas dessasu+st$ncia t)m efeito contrário, provavelmente, pelo +loqueamento doscanais i;nicos.

Outra su+st$ncia fundamental no processamento da memória é o H*:*%ácido gama0amino+ut7rico', um importante neurotransmissor ini+itório dosistema nervoso central. 2rogas que inBuenciem a li+eração de H*:*podem modular o processo da memorização. *ntagonistas H*:*érgicos %emdoses su+convulsantes, pois o +loqueio total da ação do H*:* podeproduzir ansiedade, alta atividade locomotora e convulsões' facilitam a

memorização e agonistas%su+st$ncias que mimetizam a ação do H*:*' aprejudicam. *s +enzodiazepinas, os tranquilizantes mais prescritos evendidos no mundo, facilitam a ação do H*:* e, portanto, podem afetar amemória. #istem relatos de pacientes que apresentam amnésiaanterógrada após tratamento com diazepam %nome cl7nico para as+enzodiazepinas'.

Ia+e0se tam+ém que antagonistas dos receptores colinérgicos,glutaminérigos do tipo CM2* e adrenérgicos levam a um dé&cit dememória, pois di&cultam a ação das su+st$ncias facilitadoras da memória

no interior da célula.

* serotonina %outro neurotransmissor' eerce importante papel naconsolidação da memória de longo prazo, que parece estar ligada a s7nteseprotéica. * serotonina age através de receptores meta+otrópicos queaumentarão os n7veis de *M8c7clico levando a uma cascata de fosforilaçãode quinases. =sto aumenta a transcrição do 2C* e, conseq(entemente,s7ntese protéica.

Os neuropept7deos tam+ém inBuenciam a memorização. 8esquisas recentesenvolvendo a su+st$ncia 8 indicam que ela pode ter efeitos tanto reforçandoa memória quando a prejudicando, dependendo do local na qual ela teráatividade.

8or &m, é importante ressaltar o papel da am7gdala na modulação damemória, notadamente do ncleo +asolateral. #sta estrutura rece+einformações das modalidades sensitivas e as repassa para diferentes áreasdo cére+ro ligadas a funções cognitivas. 2evido a seu papel central na

percepção das emoções, a am7gdala participa da modulação dos primeirosmomentos da formação de memória de longo prazo mais alertantes ou

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ansiog)nicos e em alguns aspectos de sua evocação. 6uando !iperativada,especialmente pelo stress, ela pode produzir os tem7veis +rancos.

*mnésiaeditar / editar código0fonte1

* capacidade de armazenar fatos ou lem+rá0los de forma conscientedenomina0se memória. * retenção de informações e acontecimentos podeser dividida em dois sistemas muito estudados9 a memória a curto prazo%M-8'@ de capacidade limitada e pequena duração@ e a memória a longoprazo %MA8'@ mais estável e duradoura.

* informação captada pelo sistema sensorial é processada e armazenada noM-8, para que ela se consolide como memória a longo prazo tal informaçãodeve ser eercitada e repetida a &m de facilitar a transfer)ncia para esse

ltimo sistema. * formação dessa memória estável não ocorre de maneiraimediata. * administração de fármacos, est7mulos elétricos em certasregiões do encéfalo podem facilitar a consolidação da memória. Os variadosest7mulos processados e armazenados justi&cam a eist)ncia de diferentestipos de sistemas de memória a longo prazo. Iegundo ?ulving, o tipo maisso&sticado refere0se " memória de momentos espec7&cos da vida. O n7velseguinte t)m0se a memória sem$ntica que permite o recon!ecimento deo+jetos e situações. * memória episódica é mais frágil que a sem$ntica.

* amnésia consiste justamente na incapacidade de se processar e

armazenar fatos ou idéias no M-8 ou no MA8. * amnésia org$nica consisteem mal funcionamento das células nervosas o que acarreta diminuição noregistro e retençãode informações. * amnésia psicog)nica é consequ)nciade fatos psicológicos que ini+em a recordação de certos episódios vividos.Muitas amnésias podem ser mistas, ou seja, contam com fatorespsicog)nicos e org$nicos.

6uanto a cronologia a amnésia pode ser dividida em retrógrada eanterógrada. * primeira, refere0sea incapacidade de relem+rar fatosocorridos antes do distur+io. * segunda, de armazenar novas informações%distr+io de retenção'. *s causas principais da amnésia são traumatismocraniano, tumor cere+ral, infecção intracraniana, intoicação, doençascere+rais e de&ci)ncia de vitamina :.

2oença de *lz!eimereditar / editar código0fonte1

* doença de *lz!eimer, a forma mais comum de dem)ncia, é uma doençaneurodegenerativa cujo curso desenvolve0se ao longo de J a >K anos, deforma progressiva e ineorável. #ssa doença afeta cerca de LK dapopulação acima de NJ anos e aproimadamente >K das pessoas entre J

e NJ anos. Iua alta incid)ncia nestas faias demográ&cas, que estão emcrescimento, caracteriza0a como um grave pro+lema de sade p+lica.

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* doença foi descrita pela primeira vez em >PKQ pelo neurologista alemão*lois *lz!eimer. 2esde então são con!ecidos tanto os principais sintomas dadoença %dé&cit de memória, acompan!ado por perda progressiva dascapacidades cognitivas', quanto seus ac!ados anat;micos patológicos9 asplacas neur7ticas ou senis, os emaran!ados neuro&+rilares e a perda deneur;nios.

G comum uma relativa perda de memória com avanço da idade. Co entanto,o padrão de morte celular nesse caso é +astante diferente do encontrado nadoença de *lz!eimer. #nquanto no envel!ecimento saudável a perda celularocorre no giro denteado e no su+7culo, na doença de *lz!eimer os primeirosalvos são o córte entorrinal e a região -*> do !ipocampo. O córteentorrinal é responsável pela entrada de sinais na formação !ipocampal e a

região -*> faz parte desta. #sses danos " formação !ipocampal eplicam ofato da doença de *lz!eimer se iniciar com pro+lemas de memória.

Outro s7tio de perda celular +astante importante é o ncleo +asal deMeRnert, que é constitu7do de um conjunto de neur;nios colinérgicos. #stesneur;nios são moduladores e se projetam amplamente ao córte. 2estemodo, a sua perda prejudica as funções mentais superiores.

*s placas neur7ticas ou senis fazem parte dos ac!ados anat;micos

patológicos da doença de *lz!eimer e são acmulos etracelularesconstitu7dos por uma pequena prote7na c!amada +eta0amilóide ou *0+eta.#sta prote7na é derivada de outra maior, a precursora de +eta0amilóide ou*88, normalmente encontrada nas mem+ranas das células nervosas. Cão sesa+e qual a função da *88 no encéfalo saudável. 5á foi demonstrado que a*0+eta degenera células nervosas em cultura, indicando que a suaocorr)ncia desencadeia o in7cio da doença de *lz!eimer.

Os emaran!ados &+rilares, por sua vez, são inclusões intracelulares&lamentosas. #stas são constitu7das por uma forma insolvel de umaprote7na normalmente solvel, a prote7na tau, que faz parte docitoesqueleto. Ceste caso, o citoesqueleto encontra0se anormal,prejudicando o transporte de prote7nas ao longo dos a;nios até o terminalnervoso, comprometendo a função e a efetividade dos neur;nios.

#ntre os fatores am+ientais mais estudados está a intoicação por alum7nio,visto que este elemento encontra0se em taas SK vezes maiores no cére+rode portadores da doença de *lz!eimer.

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Os tratamentos atuais da doença de *lz!eimer t)m focalizado a perda deneur;nios colinérgicos, não evitando ou retardando sua morte, mas atravésde drogas que aumentam a li+eração de neurotransmissores nos neur;niosremanescentes. Covos tratamentos com novas a+ordagens vem sendodesenvolvidos. 8or eemplo, drogas que ini+em as proteases que produzem

o pept7deo *0+eta a partir da *88.

I7ndrome de TorsaUoVeditar / editar código0fonte1

#ssa s7ndrome foi descrita pela >W vez pelo médico russo Iergei TorsaUoV noin7cio do século X=X. Iua principal caracter7stica é a perda de memória queacompan!a certos casos de alcoolismo cr;nico. 3ma caracter7stica +astantepeculiar desta s7ndrome é a c!amada confa+ulação. #sta é usada pelopaciente para preenc!er lacunas em suas lem+ranças. #m geral essaslacunas são preenc!idas com memórias reais, mas que ocorreram em

outros momentos, ou seja, estão temporalmente desconeas. * amnésiacaracter7stica desta s7ndrome é a anterógrada, mas memórias de umpassado relativamente recente tam+ém se encontram de&citárias. Outrossintomas importantes da s7ndrome são a apatia, a indiferença, a falta deiniciativa e o +aio contedo ver+al.

#studos so+re a origem da doença não indicam um fator genético, logo ogrande culpado é mesmo o alcoolismo cr;nico. Mais precisamente, a culpa éda falta de uma das vitaminas do compleo :, a tiamina. #sta falta édecorrente do alcoolismo cr;nico que causa má a+sorção gastrointestinal,

aumento da demanda vitam7nica devido ao alto grau calórico do álcool e,associada a esses fatores, eiste tam+ém a desnutrição da dietapraticamente limitada ao álcool. #ssa de&ci)ncia vitam7nica causa lesõespor todo o tecido cere+ral, mas concentra0se especialmente nos corposmamilares e no ncleo dorsomedial do tálamo. #ste ncleo tal$mico rece+einformações do sistema l7m+ico e envia projeções para o córte frontal.Aogo, o fato do ncleo estar lesionado eplica os dé&cits cognitivos e dememória.

O tratamento para essa s7ndrome consiste, +asicamente, na administração

de altas doses de cloreto de tiamina. #m casos mais leves, !á umaregressão do quadro com poucas semanas de tratamento. 5á em casos emque a amnésia associada a alterações neuronais já está esta+elecida, otratamento a +ase de vitaminas se mostra ine&ciente, podendo então serutilizado o tratamento farmacológico para o quadro sintomático, mas não !áum retorno total da memória.

* doença de *lz!eimer é uma doença degenerativa que se torna mais grave

que a doença progride. G uma dem)ncia progressiva, devido aoaparecimento de emaran!ados neuro&+rilares e placas que variam de uma

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maneira difusa por diferentes regiões do córte cere+ral e !ipocampo%<enderson e Yinc!, >PNP@ Topelman e Morris, >PN'. #m+ora aneuropatologia da doença é difusa, inicialmente estas placas estãoconcentradas principalmente na região diencefálica média temporal e!ipocampo. Co entanto, é um grupo !eterogéneo de doentes. * área

diencep!alic está envolvido na criação de novas memórias epl7citas. G umsistema que integra as várias componentes da vida diária nos registrosintegrados de eperi)ncia %o que vemos, ouvimos, pensar, sentir'. #sta áreaé vital para o esta+elecimento de memória episódica e tam+ém contri+uipara a formação de novas memórias sem$nticas %Ic!acter, >PP'. 3ma dasprimeiras e mais pronunciadas sintomas da doença é dé&cits de memóriagraves. Os sintomas geralmente começam com a incapacidade de encontrarpalavras para descrever as coisas, ou com tend)ncia a se esqueça dedesligar a luz ou fec!ar a porta de sua casa. * amnésia é muitas vezes onico sinal patológico tendo o paciente até uma deterioração glo+al einevitável do funcionamento intelectual ocorre. *tualmente !á um grande

interesse em compreender a natureza do comprometimento da memórianesta doença. 8aciente de *lz!eimer tem certas semel!anças com opaciente amnésico como mostra a dé&cits de memória epl7cita avaliadasatravés de recordação livre. #ssas de&ci)ncias são mais pronunciadas namemória de longo prazo. ?al como para a memória de tra+al!o, veri&ca0seque o funcionamento do circuito de memória de tra+al!o articulatória depacientes e amnésico de *lz!eimer é +astante normal. Co entanto, am+osos tipos de pacientes diferem uma vez que os primeiros t)m distr+ios dememória de tra+al!o. 8acientes com *lz!eimer t)m um dé&cit na faia dememória ver+al e espacial %Ipinnler, 2ella Iala, :andeira e :addeleR,>PNN'. #nquanto pacientes amnésicos t)m uma memória epl7cita muito

po+re com uma memória impl7cita normal, os poucos estudos sugerem quepacientes com *lz!eimer t)m um desempen!o ruim em am+os os testes%por eemplo, manteigas, <eindel e Ialmon, >PPK'. 8#Z*=?*, Haleote eHonzález0Aa+ra %esse pro+lema' estudar mudanças sem$ntico0categóricasem um grupo de pacientes com doença de *lz!eimer, comparando seudesempen!o com o de um grupo de pessoas saudáveis de controle. *starefas de avaliação realizados por de&nir as categorias, analogiassem$nticas e tarefas dirigido livre e classi&cação. Os resultados desteestudo mostram uma grande varia+ilidade entre indiv7duos, tanto no grupode levemente doente e em pacientes moderados. 2e acordo 8#Z*=?* et al.,#ste seria o padrão de resultados que podem ser esperados a partir desta

doença caracterizada pelo aparecimento de lesões difusas. O grupo depacientes com *lz!eimer produzem muito menos atri+utos do que o grupocontrole, mas não parece !aver de&ci)ncia seletiva de determinadascategorias sem$nticas. Co entanto, os per&s de distri+uição de categorias émuito semel!ante nos diferentes grupos. Ca tarefa das semel!ançassem$nticas, !á uma deterioração no desempen!o. Yoi encontrado estade&ci)ncia aumenta com o grau da doença, mas um comprometimentoseletivo no tipo de relação analisados conceitual. Os resultados mostram aeist)ncia do mesmo padrão de di&culdade nos dois grupos de pacientescom doença de *lz!eimer e o grupo de controlo, a relação parte0todo o maisfácil, seguidos por a relação taonómica e funcional. 2eterioração tam+ém

aparece em pacientes de *lz!eimer em comparação com as tarefas declassi&cação do grupo de controle,. Os resultados deste tra+al!o mostram a

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compleidade da doença e seu curso ineorável rumo " perda progressivadas capacidades cognitivas em geral esses pacientes.

#plorando o artigo cient7&co a cima eposto podemos ver que o alz!eimer

provoca um dé&ce grave na memória. Os sintomas geralmente começamcom a incapacidade de encontrar palavras para descrever as coisas, ou comtend)ncia a se esqueça de desligar a luz ou fec!ar a porta de sua casa. O8aciente de *lz!eimer tem certas semel!anças com o paciente amnésicocomo mostra a dé&ces de memória epl7cita avaliadas através derecordação livre. #ssas de&ci)ncias são mais pronunciadas na memória delongo prazo. 6uanto mais o grau da doença aumenta, mais a memóriapiora.

* 2oença de *lz!eimer é um tipo de dem)ncia que provoca umadeterioração glo+al, progressiva e irrevers7vel de diversas funções

cognitivas %memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entreoutras'. #sta deterioração tem como consequ)ncias alterações nocomportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa,di&cultando a realização das suas atividades de vida diária.

[ medida que as células cere+rais vão sofrendo uma redução, de taman!o enmero, formam0se tranças neuro&+ril!ares no seu interior e placas senisno espaço eterior eistente entre elas. #sta situação impossi+ilita acomunicação dentro do cére+ro e dani&ca as coneões eistentes entre ascélulas cere+rais. #stas aca+am por morrer e isto traduz0se numaincapacidade de recordar a informação. 2este modo, conforme a 2oença de*lz!eimer vai afetando as várias áreas cere+rais vão0se perdendo certasfunções ou capacidades. 6uando a pessoa perde uma capacidade,raramente consegue voltar a recuperá0la ou reaprend)0la. 6ualquer pessoapode desenvolver a 2oença de *lz!eimer. Co entanto, é mais comumacontecer após os J anos.

* progressão da doença varia de pessoa para pessoa. Mas a doença aca+apor levar a uma situação de depend)ncia completa e, &nalmente, " morte.3ma pessoa com 2oença de *lz!eimer pode viver entre tr)s a vinte anos,sendo que a média esta+elecida é de sete a dez anos.