Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    piLm^rv^CH TofuLflft

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    A l m a n a c h P o p u l a r

    PAHA

    1 8 7 8

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    A ida no tem marcos nem barreiras,

    E o pensamento*-irmo da liberdade^-

    Quando as azas sacode, abate e quebra

    Mais de uma autoridade

    Lanai vossos preceitos e tratados

    A's chanxas vivas de voraz incndio:

    Alma que sente, que

    s'inspir

    e canta

    No conhece compndio

    FAGUNDES VAREIXA.

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    1 D

    U l l

    1

    L I

    n

    n

    PARA

    O

    ANNO

    DE

    C o n t e n d o

    d iver sos ar t igos

    d e

    i n t e r e s s e g e ra l ,

    e

    u m a par t e no t i c io sa , l i tt e rar ia e recrea t iva .

    J

    E D I T A D O P O R

    POLITO D A

    PRIMEIRO ANNO

    i

    3

    1 9 3

    TYP.

    DA GAZETA DE CAMPINAS

    4 0 - R U A

    D O

    C O M M E R C I O 4 0

    C MPIN S

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    T odo e qualquer artigo que tenha de ser enviado ao Al-

    manach Populardeve ser dirigido ao editorHypolito da

    SilvaRua

    do"

    Commercio n. 40Campinas.

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    T EU

    31

    DIAS

    Entra o sol em Aquarus a 19, s 5 h. 4 2' 45" da tarde.

    PHASES DA LUA

    9 Nova, a 3 s 11 h. 10' 30 " da manh-

    3 C rescente, a 11 s 3 h. 54' 18 " da tarde.

    C heia, a 18 s 9 h. 18' 18 " da tarde.

    C Mingoante, a 25 O h, 56' 48" da tarde.

    1 Tera iji Circumciso do Senhor.

    2 Quarta s. Isidoro, b.

    3 Quinta s. Antero, papa pi.

    4 Sexta s. 'fito, b.

    5 Sabbado s. Telesphoro, papa m.

    6 DOMINGO Dia de Reis.

    ^ Segunda O. B. Luciano, presb. m.

    8 Tera s. Maximiano, m.

    9 Quarta s. Julio, m.

    10 Quinta s. Nicanor, diac

    11' 3 Sexta s. Hygino, papa e m.

    12 Sabbado s. Taciana, m.

    13 DOMINGO s. Potito, m.

    14 Segunda s. Hilrio, b. e d.

    15.Tera s. Paulo I

    o

    eremita.

    16 Quarta s. Marcello, papa e m.

    n Quinta s. Anto , abb .

    18 Sexta s. Prisca, v. e m.

    19 Sabbado s. C anuto, Rei da D inamarca.

    20 DOMINGO s. Sebastio, m.

    21 Segunda s. Ignez, v. e m.

    22 Tera s. Vicente, m.

    23 Quarta s. Raymundo de Penaforte.

    24 Quinta s. Timotheo, b. e m.

    25 C Sexta >J< A C onverso de S. P au lo.

    26 Sabbado s. Polycarpo,)). m.

    21 DOMINGO

    s.

    x

    Joo

    Chrisostomo, b. e d.

    28 Segunda Santssimo Nome de Jesus.

    29 Tera s. Francisco de Salles, b.

    30 Quarta s. Martinha,. v. e m,

    31 Quinta s. Pedro INolasco.

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    8

    F E V E R E I R O

    TEM 28 DIAS

    Entra o sol Piseis, em a 18, s 3 h. 4' 24" da Urde.

    P HASES DA LUA

    9 Nova, a 2, s 5 h. 24' 3 0" da manh.

    3 C rescente, a 10, s 10 h. 24 ' 18 " da manh.

    C heia, a 17, s 8 h. 24 ' 6" da ma nh.

    Mingoante, a 24, 0 h. 19' 4 8 " da manh.,

    1 Sexta s. Ignacio, b. m.

    2 Sabbado iji Purificao de Nossa Senhora.

    3 DOMINGO s. Braz b. e m.

    4 Segunda s Andr urcino, b .

    5 Tera s. Agueda, v. e m.

    QuartaAs Chagas de Christ.

    1 Quinta s. Romualdo, abb.

    8 Sexta s. Joo da Matta.

    9 Sabbado s Appollonia, v. m.

    10 S'DOMINGO s. Scolastica, v.

    11 Segunda s. Saturnino, ro-

    12 .Tera s. Eulalia, v. m;

    13 "Quarta s. C atharina de R iccis, v.

    14 Quinta s. Valentim, m.

    15 Sexta s. Faustino, m.

    16 Sabbado 0. B. Onesimo, b.

    n DOMINGO Da Septuagesima .

    18 Segunda s. Teotonio,

    conf.

    19 Tera Orao da Christo-

    20 Quarta s. Tyrannio, b.

    21 Quinta s. Verulo, m.

    22 Sexta A Cadeira de s. Pedro de Antioquia

    23 Sabbado s. Pedro Damio, b. e d.

    24 DOMINGO Da Sexagesim.

    25 Segunda s. Vietori.no,' m .

    26 Tera Paixo de Chrjsto.

    21 Quarta s. Alexandre, m.

    28 Quinta s. Macario, m.

    http://vietori.no%2C%27/http://vietori.no%2C%27/
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    o

    M A R O

    TEM 31 DIAS

    Entra o sol em Aries a 20 s 9 h. 50' 6" da larde.

    P UASES DA LUA

    9 Nova, a 4, 0 h. 25' 0" da m anh.

    3 C rescente, a 12,

    4

    1 h 8' 12" da manh.

    C heia, a 18, s 6 h. 14' 18" da tarde.

    C Mingoante, a 25, 1 h. 57'(', da tardu-

    1 Sexta s. Leo, m.

    2 Sabbado s. Jovino, m.

    3 DOMINGO Da Quinquagesima.

    A 9 Segunda s. C asimiro.

    5 'tera s. Phoca, m.

    6 Quarta Cinzas (Jejum at a P aschoa excepto aos do

    mingos) s. Victor, m.

    7 Quinta s. Thomaz de Aquino, d.

    8 Sexta s. Joo de Deus.

    9 Sabbado s. Francisca Romana viuva.

    10 DOMINGO I

    a

    d Quaresma, s. Caio, m.

    11 Segunda s. Heraclio, m.

    12 3 Tera s. Gregono Magro, papa e doutor.

    13 Quarta"

    (Tmporas) s.

    Sancha, v.

    14 Quinta s. Pedro, m.

    15 Sexta

    (Tmporas)

    s. Longuinhos, soldado, ni.

    16 Sabbado {Tmporas) s. Hilrio, diac.

    17 DOMINGO 2

    a

    daQuaresma, s. Patrcio.

    18 Segunda s. Gabriel, archnnjo.

    19-Tero s. Jos.

    20 Quarta s. Archippo.

    21 Quinta s. Bento, abb.

    22 Sexta s. Emygdio, b. m.

    23 Sabbado s. Victoriano, m.

    24 DOMINGO 3

    a

    da Quaresma s. Marcos, m.

    25 Segunda >J

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    - -

    A B R I L

    T EM

    30 p u s

    Entra o sol em T aurus a 20, s 2 h. 47' 30 " da m an h .

    PHASES DA LUA

    9 Nova, a 2, s 6 h. 2 1 ' 42 " da tarde .

    3 C rescente, a 10, 0 h. 2* 18" da /tard e.

    . Cheia, a 17, s 3 h. 4' 48" d manh.

    C Mingoante, a24,s 5 h. 40' 36" da manh

    1 Segunda s. Theodora, m.

    2 9 Tera s. Francisco de Paula.

    3 Quarta s. Pancracio, b. ra.

    4 Quinta s. Isidoro, b. e d.

    5 Sexta s. Vicente Ferreira.

    6 Sabbado s. Xixto.

    7 DOMINGO Da P aixo, s. Epiph anio, b .

    8 Segunda s. Edeso, m.

    9 Tera s. Prochoro; diac. m.

    10 3 Quarta s. Ezechiel, propheta.

    1L Quinta s. Leo, papa, d.

    12 Sexta s. Zeno, b. m.

    13 Sabbado s. Hermenegldo, m.

    14 DOMINGO De

    Ramos. s.

    Tiburcio, m.

    15 Segunda-Feira Santa. s. Basilissi, m.

    16 Tera-Feira Santa. s. Engracia, v. m.

    17 Q uarta-Feira Santa de T revas, s. An iceto, papa, m

    18 Quinta-Feira Santa. O b. Apollonio, m.

    19 Sexta-Feira Santa da Paixo, s. Timon, diac. m.

    20 Sabbado Santo de Alleluia. s. Sulpicio, m.

    21 DOMINGO P aschoa da Ressu rreio, s. Anselmo^ m. e d

    22 Segunda s. Sotero, papa, m.

    23 Tera s,. Jorge, m.

    24 Quarta s. Fidelis de Syg ma ringa, m.25 Quinta s. Marcos, evangelista.

    26 Sexta s. C leto, papa, m .

    27 SabbadoOb. P edro Armen grio.

    28 DOMINGO s, Paulo da Cruz.

    29 Segunda s. P edro, m . '

    30 Tera s. Catharina de Sena.

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    1 1

    M A I O

    TEM 31 DIAS

    Entra o sol em Gemini a 2 1 , s 2 h. 25' 30 " da m anh.

    P HASES DA LUA

    9 Nova, a 2, s 9 h. 57' 48 " da man h.

    3 C rescente, a 9, s 7 h. 39' 42 " da tarde.

    C heia, a 16, s 11 h. 38' 42 " da manh.

    C M ingoante, a 23 , s 10 h. 49 ' 6" da tarde

    9 Npva, a 31 , s 10 h. 55 ' 24 " da tarde

    1 Quarta s. Philippe,

    ,

    ra.

    2 9 Quinta s. Athanasio, b . e d.

    3 Sexta Inveno de Santa Cruz.

    4 Sabbado s. Monica, me de s. Agostinho.

    5 DOMINGO Maternidade de Nossa Senhora.

    6 Segunda s. Joo, apstolo.

    7 Tera s. Estanisau, b. m.

    8 Quarta Appario de s. Miguel Archanjo.

    9 3 Quinta s. Gregorio Nazianzeno, b . e d.

    10 Sexta s. Antnio, b.

    11 Sabbado s. Francisco de Jeronymo.

    12 DOMINGO Patrocnio de s. Jos.

    13 Segunda N. S. dos Mrtires.14 Tera s. Bonifcio, m.

    15 Quarta s. Isidora Agrcola, m.

    16 Quinta s. Ubaldo, b.

    17 Sexta s. Paschoal Baylo.

    18 Sabbado s. Venancio, m.

    19 DOMINGO s. P edro C elestino, papa.

    20 Segunda s. Bernardino de Sena.

    21 Tera s. Timotheo, diac. m.

    22 QuaVta A. b . Rita de C ssia, viuva.

    23 C Quinta s Epitacio, b.

    24 Sexta s. Manahen, d.25 Sabbado s. Gregorio VII, papa.

    26 DOMINGO s. Philippe Neiy.

    27 Segunda s. Maria M agdalena^de P azzis, T .

    28 Tera s. Emilio, m.

    29 Quarta s. Restituto, m.

    30 Quinta ij< Asceno de C hristo.

    31 9 Sexta s. Angela Mericia, v.

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    J U N H O

    T EM

    30

    DIAS

    Entra,o

    sol em

    Cncer

    a21, s 11 h. 10' 48" da

    manh.

    P i lSES

    DA LUA

    3 Crescente,

    a 8, 1 h. 2' 6" da

    manh.

    Cheia,

    a 14, s 8 h. 58' 30" da

    tarde.

    Mingoante,

    a 22, s 4 h. 22'

    30"

    da

    tarde,

    9 Nova,

    a 3^,

    s.9

    h. 38'

    12" da'manh.

    1 Sabbado

    s.

    Juvencio,

    m.

    2 DOMINGO

    s.

    Marcellino, presb.

    3 Segunda

    s.

    P ergentino,

    m.

    4 Tera

    s.

    Francisco Caraceiolo,

    conf.

    5 Quarta

    s.

    Bonifcio,

    b. m.

    6 Quintas . Noiber to ,

    m.

    7 Sexta

    s.

    Paulo,

    b.

    8

    3

    Sabbado (jejum)

    s.

    Maximino,

    b.

    9 DOMINGO

    s.

    Pr imo,

    m.

    10 Segunda

    s.

    Margarida, viuva,

    li Tera

    s.

    Barnab, apstolo,.

    12 Quarta

    (Tmporas

    jejrh)

    s.

    Joo

    de

    Facundo,

    conf.

    13 Quinta

    s.

    Antnio

    de

    Lisboa.

    14

    Sexta (Tempotas jejum)

    s.

    B asilio M agno,

    b. e.d.

    )5 Sabbado (Tmporas jejum)

    s.

    Vto,

    m.

    16 DOMINGO

    s.

    Joo Francisco Regis,

    conf.

    17 Segunda

    s.

    Thereza, viuva.

    18 Tera

    s.

    Marcos,

    m.

    19 Quarta

    s.

    Juliana Falconera,

    v,

    20 Quinta )J* Corpo

    de

    Deus.

    21 Sexta

    s.

    Luiz Gonzaga.

    22

    Sabbado

    s.

    P aulino,

    b.

    23 DOMINGO

    s.

    Joo, presb.

    24 Segunda

    )$(

    Nascimento

    de s.

    Joo Baptista,

    25 Tera

    s.

    Sosipater.-

    26 Quarta

    s.

    Joo

    m.

    27 Quinta

    s.

    Crescente,

    b.

    28 Sexta

    O

    Sagrado Corao

    de

    Jesus.

    29 Sabbado

    iji Os ss.

    apstolos Pedro

    e

    P aulo.

    30

    9

    DOMINGO

    A

    P ureza

    de

    Nossa Senhora.

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    J U L H O

    T EM 31 DIAS

    Entra o sol cm Lo a 22, s

    IO

    h. 4' 12" da tarde.

    P HASES DA LUA

    3 C rescente, a 7, s 5 h . 27 ' 30 " da man ha.

    ' C hi.'ia, a 14, s 8 h. 2' 12" da ma nh .-

    3 Mingoante, a 22 , s 9 h. 23 ' 24 " da man ha.

    9 Nova, a 29 , s 6 h. 47' 48 " da tarde.

    1 Segunda s. Aro, m.

    2 Tera

    (ffa

    no Arcebispado da Bahia) s. Processo, m:

    3 Quarta s. Triphon, m.

    4 Quinta s. Ozeas, propheta.

    5 Sexta s. Miguel dos Santos.

    6 Sabbado s. lsaias, propheta.

    7 3 DOMINGO O P recioso Sangue de N. S. Jesus-C hristo.

    8 Segunda s. Isabel, viuva.

    9 Tera s. Vernica Juliana, v.

    10 Quarta s. Janurio, m.

    11 Quinta s. Pio, papa, m.

    12 Sexta s. Joo Gualberto, abb.

    13 Sabbado s. Anacleto, papa, m.

    14 DOMINGO s. Boaventura, b. e d.

    15 Segunda s. Henrique imperador.

    16 Tera N. S. do Monte do Carmo.

    17 Quarta s. Aleixo.

    18 Quinta s. Simplorosa.

    19 Sexta s. Vicente de Paulo.

    20 Sabbado s. Jeronyrao Emiliano.

    21 DOMINGO s Praxedes, v.

    22 Segunda s. Maria Magdalena.

    23 Tera s. Apollinario, b. m.

    24 QuaVta s. C hristina , v. m .

    25 Quinta Sanflago, apstolo.

    26 Sexta Sant'Anna me de N Senhora.

    27 Sabbado s. Pantaleo, medico, m.

    28 DOMINGO s. Victor, papa, m.

    29 9 Segunda s Martha, v.

    30 Tera s. Abdon, np-

    31 QuaVta s. Ignacio de Loyola.

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    1 4 -

    A G O S T O

    T EM

    31

    DIAS

    EDtra

    o sol em

    Virgo

    a 23, s 4 h. 40'2 1 " da

    manh.

    PHASES

    DA LUA

    3 Crescente,

    a

    5,

    s 10 h.

    26' 42"

    da

    manh.

    Cheia,

    a 12, s 9 h. 23' 18"' da

    tarde.

    C . Mingoante,

    a

    2 1 ,

    1 h. 15' 12" da

    manh .

    9 Nova,

    a 28, s 3 h. 7' 6" d

    manh.

    1 Quinta

    s.

    Pedro.

    2 Sexta

    s.

    Affonso Maria

    de

    Ligorio,

    b. e d.

    3 Sabbado Inveno

    de s.

    Estevo, pVoto-martyr.

    4 DOMINGO

    s.

    D omingos.

    5

    3

    Segunda

    N.

    Senhora

    das

    Neves.

    6 Tera Transfigurao

    do

    Senhor.

    H Quarta

    s.

    Caetano*

    conf.-

    8 Quinta

    s.

    C yriaco, diac.

    9 Sexta

    s.

    Romo, soldado,

    m.

    10 Sabbado

    s.

    Lourenco, diac.

    ra.

    11 DOMINGO

    s.

    T iburcio,

    m.

    12

    Segunda

    s.

    Clara,

    v.

    13 T er as. Hypolito

    m.

    14 QuaVta

    s.

    uzebio, presb.

    15 Quinta

    )J de V . e pe

    diu com instncia parafallar ao proprietrio.Quando chegou sua presena entabolou-se a seguinte

    conversa :

    O senhor,diz o desconhecido, apontando para o qua

    drocomprou ha alguns dias este quadro: custou-lhe

    5:000 francos.

    Sim, senho r.

    Pois bem : eu quero-o absolutamente.

    Graceja, sem duvida. '

    No; o senhor pagou-o por

    5:000

    francos e eu lhe

    dou por elle 7:000.

    /

    Repito-lhe que no me quero desfazer deste quadro,que faltava na minha colleco.

    AfBrmo-lhe que m'o h" de ceder.

    No,

    senhor.

    Recusa ?

    Absolutamente.

    T omado de um accesso de furor, o desconhecido ergueu

    uma grossa benga lla e descarregou vigorosa pancada sobre

    a cabea do sr. de V., o qual cahiu banhado de sangue.

    Quando o sr. de V. voltou a si, o desconhecido tinha-se

    affastado, o quad ro de Joo Stein-tinha dsapparecido e

    estavam sobre a mesa sete notas de mil francos cada uma.

    O sr. de V." intentou uma querella contra este compra

    dor furioso. , ,

    Bom meio de fazer-se compras.

    CHARADA XXIII

    12Este

    sugeito por sua vez Deus.

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    135/206

    l

    l l a r t y r e s d a l i b e r d a d e

    Felippe dos Santos, esquartejado a 2 1 de Julho de 1720.

    Reinado < * .loo V.

    Jos Joaquim da Silva Xavier (Tira-dentes) enforcado e

    esquartejado no dia 21 Abril de 1792 Reinado de Maria I.

    Jos Joaquim Ribeiro de Abreu Lima (padre Rom a) fu

    zilado a 29 de Maro de 1817. Reinado de Joo VI.

    P adre Miguelinho (Miguel Joaqu im de Almeida e C as

    tro) fuzilado a 12 de JulhO de 1817. Reinado de Joo VI.

    Domingos Jos Martins a 12d e Agosto de 1817, fuzilado.

    Frei Joaquim do Amor Divino C aneca,, fuzilado a 13 de

    Janeiro de 1825.,Reinado de Pedro I.

    Joo Guilherme Rattcliff, enforcado a 17 de Maro de

    1 8 2 5 . Reinado de P edro I.

    Libero Badar assassinado a 2 de Novembro de 1830 .

    Reinado de Pedro I.

    Dr. Joaquim Nunes Machado, assassinado em combate a

    2 de Fevereiro de 1849. Reinado de Pedro II.

    Pedro Ivo Velloso d Silveira desapparecido da priso

    a 22 de Abril.de 1851. Reinado de Pedro II .

    H o r a s v a a s

    Postas 48 cartas sobre uma mesa, e havendo sido toma

    das 3 das brancas, por 3 pessoas, adivinhar qual a somma

    dos seus pontos.

    P edi a cada uma das pessoas, que conte sobre o numero

    de 'pontos da sua carta at 15, tirando das 45 as que lhe

    faltarem para esse numero. Tomai depois as cartas restan

    t e s , e contando-as disfaradameu te, o seu num ero ser a

    somma dos pontos das 3 cartas

    Assim, se a I

    a

    pessoa houvesse tirado um oito, por

    exemplo, tomaria das 45 cart as, mais 7. Se a 2

    a

    houvesse

    ficado com um nove tiraria mais 6. Se a 3

    a

    houvesse torna

    do um quatro, tiraria mais 11. D'este modo restariam das

    45 cartas21que exactamente a somma dos pontos das

    3 cartas, oito, nove, quatro.

    http://abril.de/http://abril.de/
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    - 9 8

    Ha nesse teu corpo negro, repassado

    D'um effluvio magntico^ dormente,

    A doura d'um fructo aveludado

    E a indolncia nervosa da serpente.

    Nas noites tropiceg do velho oriente

    Eu quizera n'um frmito sagrado

    Sentir pulsar o corao valente

    Do teu seio no bronze immaculadp.

    Teus olhos cheios de luar sombrio

    Vertem-me n'alma um calido amavio,

    Morna volpia, venenosa, estranha...

    E's a tulip negra, a flor escura,

    Queium lord ingle?j excntrico, procura

    Pelas velhas cidades d'Allemanha.

    Coimbra.

    GUERRA JUNQUEIRO.

    SONETO

    (EM MANH DE PRIMAVERA)

    Refresca a brisa : faxas purpurinas

    Se desdobram das bandas do levante,

    E a recem^nada aurora scintillante

    Chora gottas de luz pelas campinas.

    E' doce a atmosphera, o cu risonho,

    Rompe medrosa e tmida a violeta,

    No gramineo tapete a borboleta,

    Voa, doideja, como alado sonho;

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    - 9 8

    Enfa o sabi cano maviosa,

    E o colibri,imagem do desejo

    Passa irrequieto do jasmim a rosa ;

    O sol beija o riacho, a gua a flor,

    E Deus sorrindo n'um abrao liga

    Dois verbos santosmocidade, ampr.

    Ytu.

    F. NRDY.

    E

    esta

    Um offlcial de marinha, de volta dos mares da P olyne-

    sia, conta o seguiajte :

    C hega a uma ilha, que lhe offerece o aspecto de ciyilisao

    europa. onduzem-n'o a uma espcie de h ote l, onde"h

    vrios quartos.

    Encan tado destas apparenc ias de conforto, chama um

    criado e pede-lhe que traga uma bacia com gua para la

    var as mos.

    O indgena olha-o espantado , e decla ra-lhe que naquel-

    le paiz no se lavam as mos, attendend o a qu e, segundo

    o preceito de um propheta da terra a mo do homem

    pura, e purifica tudo o que ella toca.

    D iabo pensa o martimo.

    Estava ainda engolphado nas sua s reflexes, quando um

    outro indgena lhe apresen ta uma. carta offlcial contendo

    este convite:

    com mandante da fragata admittido esta tarde

    junto do rei pra a cerimonia do beija-mo

    CHARADA XXIV

    (DECAPITADA)

    m

    no ha uma para o senhorcomero jan tar.

    Itatibense.

    10

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    3 1 -

    A r e p u b l i c a

    Trmeis? Vde-a dormindo socegada

    a deusa dos combates sempiternos

    :

    rugem-lhe em torno os horridos invernos

    e tudo

    (

    para ejla uma alvorada.

    No penseis que ella* durma , embriagada

    no sumo grato dos reaes phalernos

    ;

    como Dante, desceu aos vis infernos

    e repousa momentos da jornada.

    Filhps do negro vai, filhos da serra,

    erguei os vossos gladios coruscajtes,

    luz daquelle olhar que se desrarra.

    Ide, ap ertae-lhe os seios ub era nte s ...

    de cada gota que cahir na terra

    ho de surgir impvidos gigantes

    Titulo hereditrio

    Foi nomeado um indivduo para cirurgio

    de

    um bata

    lho de guarda nacional, n'uma provncia, por serfilhode

    um medico.

    *'

    Dias depois

    um

    outro apresntou-se requerendo uma

    freguezia.

    Mas como quer o sr. uma freguezia se no

    padre ?

    Eu sou filho do v igrio, sim , senhor.

    CHARADA XXV

    D vida.. 1

    Encanto

    2

    Preldio

    De canto

    Bohemio.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    95

    P u d o r

    e

    a m o r

    ( R I M A S )

    Se

    eu

    fito afflicto

    na tua

    frente ardente,

    A custo

    e em

    susto

    meu

    faminto olhar,

    Singellas, bellas, odorosas rosas

    Do pejo

    eu

    vejo

    teu

    semblante ornar.

    Que santos cantos

    de

    risonhos sonhos

    Ao peito affeito

    a

    padecer

    me vem

    Minha alm a

    a

    calma

    da

    esperana alcana,

    Ea vida,

    oh

    qu'rida, mais enlevos

    tem

    E'

    que

    inda infinda, como outr'ora, agora

    Te inflamraa

    a

    chamma

    que os

    amores

    do :

    No fallas, callas;

    mas no

    anceio

    o

    seio

    Explende, accende,

    no

    rubor,paixo

    Tremes

    ai

    temes

    que, na

    infncia,

    esta anci

    Do bello anhelo,

    que a

    affeio

    te deu,,

    A inveja esteja

    com

    atrozes vozes,

    Cuspindo

    e

    rindo

    a

    macular-te

    o vu ...

    Mlogo

    o

    fogo

    das

    piores dores,

    Que

    a

    terra encerra

    no

    seu^antro aq ui,

    T inunde

    e

    afunde

    na

    fumaa

    a

    graa

    Que Deus

    dos

    cus

    te

    dispensaraa

    ti

    1

    Por isso

    o

    vio

    das

    formosas rosas

    Do pejo

    eu

    vejoabrazear-te

    o

    albor

    Commigo

    eu

    digo,

    na

    minha alma

    cm

    calma

    :

    No mente sente, como

    eu

    sinto, amor

    F. QUIRINO DOS SANTOS

    CHARADA XXVI

    (DECAPITADA)

    Nanonemo

    mo pr.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    9 6

    D.

    Gertrudes que agora

    Seus setenta conla

    ;

    justa,

    Diz, suspirando :Me custa

    Ver mocinha que namora ...

    A. TEIXEIRA.

    CHARADA XXVII

    DECAPITADA)

    A q u e parasu a alma.

    J.B.

    CHARADA XXV1I1

    12 2-rAgora mesmo* deSpi-se correndo este se

    nhor. /

    CHARADA XXIX

    12Esta medida de cor que mata.

    J u n t o d a e s t a t u a d e l o a n n a d ' A r e

    Papai quem aquella mulher ?

    Minha filha, ... um dos nossos grandes homens.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    141/206

    9 9 -

    Eis o que

    resta...

    E meus olhos se fitaram naque lle vulto immovel que

    alvejava aos'reflexos amortecidos dos brandes.

    Era um cadver

    Ainda hontem, em meio das grandezas e dos ouropeis do

    mundo, linha erguida a fronte, soberbo o

    -porte,

    scjntillante

    o olhar.

    Ainda hon tem o vento das paixes lhe contrahia o sem

    blante, e aodado nas veias lhe corria generoso o sang ue.

    Depois, e hoje a mo descarnada da morte lhe roou a

    face,

    o som lugubre e fatal da eternidade soou-lhe aos ou

    vidos,

    a hora extrema bateo-lho... cadver apenas

    E alli pst deitado no feretro a do rmir esse som no de que

    no pode desp ertar. Ahi est frio como ge lo, immovel

    como a estatua de pedra que se v nos mausoleos ...

    C omo horrvel o aspecto da m orte,, meu D eu s ... C omo

    se comprime o corao

    Aquelles olhos embaciados que nenhum movimento ani

    ma e nenh um a luz refletem, aque lle sem blante sem cor,

    aquelles lbios frios e roxos, aqu lla rigidez de membros ,

    e, sobre tudo isso, esse ho rror que esvoaa em torno da

    morte, esse silencio que eria os cabellos e faz o suor chir

    em bagas

    C omo feia a morte ...

    Vi-o m orr er... Sobre o lei to/ revolvia-se o misero em

    horrvel convulso, os olhos, j to fundos e meio vidra

    dos,

    agitavam -se nas orbitas ; a voz lhe estava presa nas

    fauces, e apenas feria-me os ouvidos esse som rouco e s

    pero,

    essa intonao agreste que o preldio do estertor

    que>se approxima.*

    Nas palpebras despontou-lhe uma lagrima, que treraeo

    um ins tan te, depois desceu-lhe pela face fria, e foi cahir

    nas dobras da travesseiro.

    Ouvia-se o m urm urar surdo de um gemido, grito com

    primido de uma, dor profunda ; mas logo comeou o ester

    tor da agonia

    Era a lu ta ; m as terrvel, mas implacvel, sem interru p

    o e sem trego as, ent re a vida que se esvaecia, que ia sa

    rando a cada contraco dos msculos, a cada soluar do

    misero, era a morte que' vinha segurar a presa...

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    9 8

    Eram os ltimo s, mas hericos esforos da alma para

    conservar a posse desse corpo em que por tantos annos vi

    ve ra... eram os extremos arrancos desse corpo alquebradqg

    e sem foras, que lutava e se debatia ainda...

    E continuou por algum tempo...

    Mudo e horrorisado assisti a esse com bate travado entre

    a vida e a morte . Vi esta ir pouco a pouco triump hand o ;

    acompanhei-lhe os p rogressos, segui-lhe os passos, e de

    pois o moribundo ergueo o corpo, em uma derradeira

    convulso estendeo os braos, revirou os olhos, escancarou

    medonha bocca, soltou um gemido, um suspiro arrancado

    do intimo do peito , nova lagrima lhe brilho u nos olhos,

    como a derradeira expresso de saudade mand ada terra;

    depois tombou a cabea, deixou cahir pesados e desfalle-

    cidos os braos, murmurou um gemido, mas to baixo que

    mal pude ouvil-o...

    T o depressa, meu Deus ... C omo rpida essa transi

    o solem ne C omo horrvel a morte C omo

    medonha essa luta

    Ahi est elle, cadver j .. . Esto rigidos os membros

    como o m rm ore; immoveis e frios como a estatia de pe

    dra collocada sobre o mausoleo.

    Brandes acrcssos reflectem pallida e lugubre luz na-

    quelle sem blan te decomposto e livido ; depois entram os

    pad res, e recitam em torno de feretro essas lamentaes

    plangentes e triste s, esses suspiros, sentidos do propheta,*

    es

    ses ais doridos que tanto se casam com a tristeza da morte/

    E elle, que ainda hon tem, no meio das grandezas e dos

    ouropeis do m undo , tinha erguida a fronte, altivo o porte

    e scintillante o olhar, vai ser hoje, dentro de algumas ho

    ras,

    pasto de vermes que lhe devoraro os mem bros, vai

    sentir o frio da terr a, vai envo lver-se no silencio, nas tre

    vas e no horror do tmulo ...

    Cadver, podrido, terra, nada

    Quanta lio no ha ahi no meditar do tm ulo, no con

    templar do cadver ...

    T anta vaidade na vi(ia, tanta g randeza, tanto orgulho ...

    e depois, ao sopro gelado do archanjo da morte, esvae-sa

    vida e apena s resta um corpo inanim ado e frio que horro -

    risa os vivos

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    - 99

    Mais tarde, um pouco de terra, uma cruz e um cypreste.

    eis o que resta c-o hom em

    t

    Conego

    F . B SOUSA.

    Quando Angela nasceu, no valle urabroso

    Onde a casa paterna se escondia,

    O rio murmurou mais sonoroso,

    As aves concertaram na harmonia ;

    Houve canes do vento na palmeira ;

    A veiga de "perfumes rescendeu ;

    Teve um sorriso a natureza inteira,

    Quando Angela nasceu.

    Quando Artgela viveu, em torno delia

    O mundo em paraiso transformou-se.

    Ao passar-lhe por frente da janella,

    Enternecia o vento a voz to doce

    Foi mais rtilo o sol e mais fecundo ;

    Mais amorosa a lua enlangueceu...

    Como que Dous este# s no mundo,

    Quando Angela viveu.

    Quando Angela morreu, qundo ao degredo

    Resgatou-se dos anjos a irm presa,

    Os ventos soluaram no arvoredo,

    Os sabis gemeram na de veza;

    O rio teve lagrimas de espuma ;

    A luz vivida o sol amorteceu,

    E amortalhou-se o vallp em densa bruma,

    Quando Angela morreu

    Lcio

    DE MENDONA.

    CHARADA XXX

    1iste

    elemento sustenta e fere.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    8 0

    O d e s p o n t a r d a a u r o r a

    (VERSO)

    Que espectaculo para um am ante da simples natureza I

    Assentada no cimo dos roched os, vejo sob meus ps uma

    infinidade de ilhasinhas que se formam ao capricho dos

    reg ato s; vejo dspenharem -se as guas com fragor do al

    to das mo ntanhas e, espedaando-se em sua queda irem

    com a sua inconstncia passear pela planiie. Jalgo -me a

    Deusa da fonte que co rre a meu lado ; este ban co revesti

    do de musgo, parece ser o throh o que a natureza permit-

    tio-me go sa r: ella quer sem duvida que eu reine nestes

    lugares para ser testemunha de seu triumpho.

    Que ar fresco

    que aroma embalsamado das hervas que

    elevam-se em redo r de m im , e que parecem rasgar o seio

    rido dos rochedos, para coroal-os depois com suas folhas

    O dia comea a m isturar-se com as sombras da nou te;

    mas ellas elevam-se insensivelmente : dir-se-hia que vu

    que cobre a natureza comea a des enro lar-se . Logo uma

    parto do cu clar : os astros que nelle esto suspensos,

    empallidecendo parecem occultar-se com a approximao

    d dia, em quanto que, do lado^do poente, a noute estende

    -ainda debaixo das abobadas celestes um vu semea^f-

    saphiras; as brilhan tes estrellas que esclareciam-n'a pare

    cem reanim ar-se de todo seu fogo para opporem-se ao

    despontar da aurora ; mas seus esforos so baldados; todo

    o oriente tinge-se d as mais ricas e fillas cores : a nature

    za ann uncia terra o seu dispertar pela voz de todos os

    anim aes : um vento manso agita docem ente as folhas das

    arv ore s; e, das cabanasvisinhas,,vejo sahirem nuvens de

    fumaa* que ndiceim a cessao do repouso e o principio'

    d'um trabalho penoso.' ,

    A estrella Vnus disputa ainda aurora o imprio da

    manh ; mas, contente de ter combatido um momento, an

    tecipa sua derrota por uma fugida lenta, que deixa a victo-

    ria ihdecisr

    Da aurora o trium pho rpido; No ha nada mais bri

    lhante do que o alvorecer da aurora, a verdadeira imagem

    da natureza, porm nada to curto cqmo a sua du ra o

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    8

    C a l o t e i r o g e n e r o s o

    Ah sois vs, m est re? Em que vos posso ser til? Diz

    um jano ta ;voltando-se na cama (era uma hora da tarde)" e

    cumprimentando umhomem que lhe fora intrpduzido no.

    quarto, ou que ahi entrara sem serannunciado.

    Trago a conta de todo o facto que me deveis.e nesta

    occasio m uito me obsequiareis' dahdo-me algum dinheiro.

    Abri, abri

    a

    minha secretaria, n'ma dessas gavetinhas

    de baixo...

    O alfaiate abre uma gaveta.

    No essa, a outra.

    O alfaiate abre segunda gaveta?

    T ambm no essa,a imraediata.,. excellente ; acer-

    tastes agora. Que vedes nessa gaveta.

    Papeis, diz o credor.

    No'ha duvida; so contas,e podeis tambm ahi met-

    ler a vossa. Adeuse voltou-se para o outro lado.

    O feitio contra o feiticeiro

    , Um pequeno aldeo recm-chegado de P oruga l entrou

    por casualidade n'uma taverna^para com prar dous vintns

    de bananas. Achava-se l um sugeito que gosava do foro de

    jocoso.

    A modo que o estou conhecendo,"s moco?(lhe diz

    o sujeito.)

    No duvido (responde o rapaz.)

    A modo que conheo teu pai...

    No duvido.

    A modo que era sapateiro...

    Quem sabe?

    Se no me engano foi elle que fez isto... que tragonos

    pes? .

    Tambm podia ser. Meu pai era ferrador.

    O jocoso metteu a viola n sacco.

    VEREDIANO DE CARVALHO

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    8 * -

    Certo doutor a um campino

    P oro de palha comprou

    Para alimento d'um burro,

    Que ao cheiral-a a regeitou.

    Era de m qualidade,

    Por isso o pobre animal

    No mettia nella o dente,

    Mesmo com fome infernal

    Dahipor tempo.o campino,

    Cheio de manha talvez,E carregado de palha,

    Torna ao doutor outra vez

    Diz o doutor :Leve a palha,

    No volte c, que me espanta

    Tenho a outra atravessada

    Ainda aqui na garganta I

    MANOEL DE CASTRO SAMPAIO.

    C a s a m e n t o , e o s p r i m e i r o s " t r s

    p o e t a s d e I n g l a t e r r a

    Shakespeare casou e abandonou a mulher.

    Milton casou trs vezes, e foi abandonado pela primeira

    mulher.

    Ryron casou, e deixou

    a

    mulher pouco tempo depois.

    De quem seria a culpa, delles ou dellas ?

    CHARADA XXXII

    3

    2-Esta ave queima uma cidade.

    C H A R A D A X X X I I I

    22 A dignidade canta e falia.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    - 8 1

    E s t a t s t i c a

    c u r i o s a

    De um jornal que se publica em P ortugal, transcreveu o

    Artista do Rio Grande os seguintes dados artsticos, que

    merecem ser colleccinados aos monumentaes despachos

    e officios de alguns dos actuaes .delegados de policia e lu

    teranos subdelegados e mais agentesda situao.

    Eil-os.

    *^

    j

    Dados estatsticos pelo senhor administrador, aos quaes

    eu o ringedor desta freguezia ind irigo a seguinte relaxao

    do anno que corre digo corrente.

    Mortos na freguezia.Nenhum aqui todos morrem em

    suas casas.

    Nascidos. Idem po r idem.

    C idados.Dez, e mais oito , e mais o tio Roque Mar-

    manjo, o Z da Rita, o Thomaz Estolla e muitos outros.

    Almas.Nenhuma ; nesta freguezia no se cr em to

    lices.

    Casas publicas.A do sr. prior e a da sra. fidalga; to

    das as mais so uns palheiros.

    C ontribuio. Nesta freguezia devem pagal-as os pro

    ves,

    que os rriais no teem com que.

    C eriaes.Aqui no ha ceriaes nem mel e porque no

    mais abelhas do que as abespas ; quan to ao mais apa

    nha se cebada e palha para o consumo dos cidados.

    Gado vaccum.O boi do juiz ord inrio , algumas cabras

    da famlia delia e borregs de leite.

    Gado do outro.O porco do meu escrivo e algumas

    gallinhas, pintos, patos e alguns indivduos proprietrios.

    P r e v e n o e x t e m p o r n e a

    Um falso devoto preparava-se n'um a sexta feira para se

    fortificar com um caldo succulen to de carn e, de que ja ti

    nha engolido o primeiro sorvo, quando o creado por es

    crpulo lhe lembrou que era dia de magro.

    Toma, diz-lhe o gloto, applicaudo-lhe um murro.

    Nunca me prevines seno m ui to cedo, ou muito tarde ,

    quando j no tem remdio.E c ontinuou a tomar o caldo-

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    149/206

    8 5

    6 s c r e n t e s

    A O M E U A M I G O I . L A C E R D A

    I

    Elle, era alferes de Z uavos ; ella , costureira em uma d a s

    ruas mais escuras de P aris. No preciso dizer que se

    amavam porque essa circumstancia adivinha-se logo que se

    principia a leitura de um conto.

    II

    Elle por occasio da guerra franco-prussiana teve de par

    tir para a fronteira ; ella teve de serrar com m ais cuidado

    a porta do seu qua rto para que as balas inimigas no en

    trassem sem pedir licena. Quando se despediram juraram-

    se amor eterno.

    111

    A imagem d'ella que 0 collocava sempre na vanguarda

    dos exrcitos e a delle que a fazia trabalhar at altas horas da noite ao som da metralha que j ameaava Paris de

    muito perto.

    IV

    Entraram os prussianos em P a ri s; vencedores, era im

    possvel dete l-os na carreira vertiginosa que lhes traou a

    victoria, e naquelle cen tro de elegncia e luxo, fascinou-os

    tambm a virtude e a belleza.

    Quizeram raptar a costureira.

    O denod o com que o alferes tinha pellejadofquando se

    tratava d defesa da ptria provam -n'o as feridas que rece

    bera e o posto que j exercia, de coronel dos Z uavos. Aca

    bada a guerra voltou a Paris e procurou a interessante cos

    tureira.

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    - 8 6

    VI

    Subiu ao quarto andar da casa em que ella hab itava eachou a porta fechada.

    Retrocedendo, pediu imformaes da sua querida , v i -

    sinha do primeiro an da r; e sta, apenas lhe pde dizer que

    no primeiro dia depois da guerra em que se no ouvio um

    s estampido do canho, vira subir pelas escadas dois mi

    litares que conseguiram forar a porta do quarto da desven-

    turada menina ; mas no mesmo instante o povo agglomCra-

    va-se em volta do seu cadver que jasia na rua.

    T inha-se atirado , da janella abaixo. O coronel sem dar

    grandes mostras de tristeza, disse.de si para si: Slvou-se

    VII

    Acreditando em ou tra vida alm da campa, vida de ven

    turas infinitas desejava morrer para as fruir.

    Uma das feridas que no conseguira curar, fez-lhe o favor

    de o deixar.morrer.

    Poucos momentos antes de exhalar o ultimo suspiro disse

    com a serenidade da convico :

    Realiza-se o meu desejo, vou ser feliz.

    VIII

    No cemitrio do P re Lach aise, meia noite, hora em

    que as W ibis exhibem as suas darsas vertiginosas e des

    enfreadas e em que soltas d todas as convenes sociaes se

    entregam aos prazeres que a imaginao lhes sugge-

    rio em ou tros tempos o coronel e' a costureira segredavam

    encostados prpria campa : no fomos-perjuros, porisso

    somos felizes agora.

    E as danas abafaram=-lhes o colloquio.

    MORAL

    ainda qt

    J. OLIVEIRA.

    F e esperana, meu amigo, e ainda que seja no outromundo

    Campinas.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    8 9

    E s b o o s

    Ard" a lenha em um canto da lareira

    Na meio d'uns tijollos dennegridos :

    E transborda no cho sobre uma esteira,

    A uia dos cajds recem-colhidos..

    Era cima de uma tosca prateleira,

    Presa por dous cips bem retorcidos

    Fum egam n'uma folha de palm eira...

    Batatas, girim, nambu cosidos.

    Trs creancinhas louras, no terreiro,

    Riem, de um bem-te-vi que est cantando

    Nas esteiradas ramas de um coqueiro.

    O pae anda na roa mourejando,

    E a me, com ar feliz e prasenteiro.

    Vae o caf do almoo preparando.

    CHARADA XXXIV

    22Depois de parvo, pregando moral

    D e p o i m e n t o

    Um homem foi citado como testemunha para comparecer

    n'um tribunal de audincia geral.

    - Am igo, diz-lhe o presidente, quando chegou a sua vez

    de depor. Sabeis como a desordem comeou ?

    Testemunha.

    Eis aqui as expresses de que se servio o

    ru, sr. juizVs sois um imbecil, sois...

    / .

    (percebendo que os jurados e o auditrio comea

    ram a rir da ingenuidade da testemunha) dirigi-vos, di

    rigi-vos antes, aos srs. jurados.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    8 8

    I > e f e z a d e r u

    A um certo que havia morto um co com ura golpe d'a-

    labarda, e que havia sido chamado a juizo, perguntou o

    juiz porque, lhe "no tinha antes batido comocabo da ala-

    barda.

    P orque elle me no mordeu com a cauda, respondeu

    o canicida.

    L o g o g r i p h o

    Meu leitor

    Tenha cuidado

    Que por lettras

    Decifrado.

    Mulher.

    Homem

    Mulher.

    Homem

    , Mulher.

    Homem

    Mulher.

    Homem

    Mulher.

    Homem

    Mulher.

    Homem

    Campinas.

    1,3, 3, 7 ,5 ,1 ,5 ,6 , 2.

    2 , 4 , 1 , 5 , 6 , 7 , 8

    1,2,3,4,2.

    1,

    5i 6, 8.

    7,

    8, 6, 2, 4 , 5, 2.

    2 , 7 , 4 , 5 , 2 , 8 ' . ' .

    5 , 4 , 5 , 2 .

    2 , 7 , 4 , 5 , 2 , 6 , 8 .

    Pense agora

    no conceito:

    Nomeprprio

    d'm sujeito.

    J. F. DE

    CAMARGO

    PAES.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    8-

    Na ponte de Itoror

    ( F E I T O S G L O R I O S O S DO E X E R C I T O B R A Z I L E I R O

    No dia

    5

    de Dezembro de 1868, transpondo uma forte di

    viso do exercito, ao mando do marechal Alexandre Gomes

    de Arglo Ferro'(visconde de Itaparica),uma ponte sobre

    o regato Itoror , no P araguay, o general Jos Joaquim de

    Andrade Neves (baro do Triumpho) reproduzio ahi o feito

    herico

    de

    Bonaparte na ponte d'Arcle sobre o Alpon,

    quando vendo a sua diviso apoderar-se de um terror indi-

    sivel, exclamou : C amaradas, acompanhae o vosso ge

    neral

    Andrade Neves, vendo a diviso de que fazia parte apo

    derada do terror causado pela metralha que varria todaa

    ponte, exclamou : Camaradas, acompanhem este estan

    darte E collocando-se frente de seus bravos companhei

    ros, de um s impeto galgou a terrvel posio pouco antes

    inarcessivel, passando todaa fora sobre os cadveres dos

    nossos que entulhavam a ponte, que tinha sido cortada pe

    los paraguayos antes do combate,e desabara pouco antes

    ;deste feito her ico.

    Tambm na occasio do desabamento da ponte o general

    Gorjo,

    ao

    cahir no precipcio, exclamou : C am aradas...

    vejam como m or re um soldado ., ,

    So factos estes dign os'dos descendentes dos hericos

    lusitanos.

    THOM GONALVES FERREIRA MENDES.

    Ooiticidencias

    Em 12 de Outubro de 1492, Christovam Colombo desembarcando

    em

    C at-Island, uma das ilhas Baham , caio de

    joelhos, com todaa sua equipagem, dando graas a Deus

    por haver descoberto a America.

    4

    Em 12 de Outub ro de 1798 nasceu em Lisboa d. P edro rv.

    Em 12 de Outubro de 1822, proclamando-se a indepen

    dncia do Brazil foi acclamado Imperador.

    L/6

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    -o

    ISao

    sei

    Dize,

    sinh, o que

    fizeste,

    hontem

    da flor mimosa que te dei ?

    Guardei

    Se por acaso meu amor te desse,

    tu guardarias como a flor?

    No seiI

    O que fizeste da pombinha rola,

    que no jardim te confiei?

    Matei.

    P ois tu mataste a pobresinha ? Entoeras capaz de me matar

    No sei

    Onde guardaste a poesia triste,

    que ao teupiano,recitei?

    , Rasguei

    E nem ao menos conservaste um verso,

    para o author no oxidar1

    No sei

    A i

    no me mates respondendo assim

    Deixa um momento de zombar commigo 1

    Dize se posso acalentar a esp'rana,

    de ser amado por voc.

    No digo

    E's muito ingrata1P ois ters coragem,

    de ver a esp'rpa que me resta, morta ?

    Queres a sorte da rlinha dar-me ?

    Queres que eu morra de paixo

    Qu'importa ?

    Pois bem eu juro me esquecer de ti,

    Mas,

    dize ao menos porque assim me tratas

    Ser porque teu corafco tem dono?

    No me aborrea, v plantar batatas

    BAPTISTA NUNES.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    OI

    ]> o s e n t e s a m o r ?

    A '

    E X M A . S R A . D . M A R IA A . D E A . SE A BR A

    Que sentes quando escutas

    Em noite d'alvo luar,

    Na frondosa e bella floresta

    Doce brisa a sussurrar?

    0 que sentes quando escutas

    Da rola o triste gemido,

    Na folhagem do arvoredo

    Sempre magoado e dorido?

    Que sentes quando avistas

    Sobre os ramos da palmeira

    O mavioso canarinno

    Affagando a companheira?

    Do terno sabi s'escutas

    O sonoro modular,

    O que julgas que elle exprimeNo harmonioso cantar?

    Quando vs a natureza

    Se ostentar com tal primor.

    Tu no soffres como eu soffro

    ?

    No sentes tambm amor

    ?

    Mogy-mirim.

    M. CARMELITANA

    D

    ARANTES.

    I t O g o g r i p h

    (POR LETTRAS)

    E' um nome 1, 4, 6, 7.

    Um nome 5, 3, 5, 3, 4, 7.

    E' um nome 1, 2 ,3 ,-4 ,7 .

    Um nome .

    C ampinas-1877. ^ ^ ^ ^

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    Requerimento curioso

    Diz um corao amante, nascido no lugar do Tormento,

    termo da villa da fflco, freguezia dos MartyriqA bispa

    do do districtodo Desgosto e residente na cidadeawPenas,

    que passando o sippficado pela rua dos Mysterios, encon

    trou-se com a ronda de seus olhos, sendo preso ordem

    de seus affectos,achando-se,; pois, recolhido s adas de

    sua ausncia, carregado com os du ros e pe adAfijgrilhes

    de seu amor, o supplicado vem perante a sua rt 6eeza

    requerer queo faa soltar do tyranno degredo de suain

    gratido,

    pelo que:"'

    P .

    a v. exc. se digne chamal-o sala livre de seu peilo,

    afim deser interrogad o, e confessar o

    crime de am al-a

    eternamente-r-E. R. M.

    despachoLastimando seriamente talacontecimento,

    seja o supplicado posto em liberdade ; devendo consolar-se

    com o presente despacho, e tendo mais cautela em n se

    encon trar com a ronda de meusolhos,pra no ter a des

    ventura de que ia sendo victima.

    CHARADA XXXV

    21Deus no espao homem.

    Paraphrase

    C erto* orador brazileiro de grande nom eada, hoje falle-

    cido,

    estando na oppsio do senado, e tendo cahido o mi

    nistrio, que guerreara" dissertou sobre a vida do defunto

    governo, e concluio deste modo : abiit, excessit, evas,

    erupit.

    Sendo instigado a fallar. vulg arm ente ,'assim verteu o l-,

    tim: Amolou canellas, estirou asgambias, deu s trancas;

    e fi-se cm os diabos

    EUSEBIO FAYARD.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    3

    E s c o l a u o o t u r n a

    D A L O J A M A O N I C A I N D E P E N D N C I A

    Esta aula que funcciona regu larm ente foi fundada pela

    loja Independncia a I

    o

    de Junho de 1875, e desde ento

    de dia para dia augmenta-se o numero de alumnos, que j

    eleva-se a 110, proporo que o publico vai reconhecen

    do sua utilidade.

    Alli presta-se realm ente grande servio causa da ins

    truo.

    O m ethodo do ensino inteiramen te practico, isto ,

    aqulle que melhor tem provado e que adoptajdo nas mo

    dernas escolas de primeiras lett ras , imitao do system a

    americano.

    O ensino dado gratuitamente, e a loja fornece tambm

    gratuitamente aos alum nos todos os objectos necessrios

    ao estudo, o que sobremodo reala o fim altamente huma

    nitrio que se tem em vista.

    A matricula franca s pessoas de todas as classes ou

    condies uma vez que o matriculando no seja menor de

    7 annos, e sujeite-se disciplina estabelecida.

    O curso do ensino compe-se de leitura, escripta, arith-

    rnetica, practica (exerccios sobre as 4 operaes fundamen-

    taes), elementos de gramm atica portugueza , noes de

    geographia e historia ptria.

    At Dezembro de 1876 leccionaram os srs . Manoel Jos

    da Fonseca e Jos Manoel de Faria.

    Cumpre aqui mencionar que estes distinctos cavalheiros,

    prestaram-se gratuitame nte a ensinar, empregando todos

    os esforos e dedicao para que os alum nos apro veitas

    sem ; pelo que so merecedores dos maiores encomios.

    O actual professor, sr. Bento C unha tambm digno de

    elogios pela sollicitude que emprega no desempenho de

    seu cargo.

    A escola Independncia mais uma dessas provas irre

    cusveis que a maoneria costuma oppor s injustas a ccu -

    saes que de continuo lhe fazem raalevolamenteosespritos

    E ' espancando as trevas pela diffuso das luzes der ra

    madas pela escola, pela imp rensa, pela tribuna e por to-

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    1

    dos os meios adequados, que essa philantrop ica instituio

    trabalha em penhadamente para levar a effeito a sacrosanta

    misso a que se impoz, afim de dar ao povo pelo exerccio

    effectiv de sua liberdade e de seus direitos civis e polticas

    toda a felicidade e melhoramentos de que pde gozar.

    Oxal possa ella realisar logo esse nobilissimo inten to,

    e vejamos de vez dissipadas essas negras e sinistras nuvens*

    que toldam o horisqnte

    da-

    ptria, dando-nos srios receios

    1

    pelo futuro

    J

    J. P . DE CAMPOS.

    Dormeno lindo divan

    Foi a fronte recostar

    Nos lbios perpassa um riso

    Como um raio de luar

    Sonhana fronte serena

    De noiva cinge a grinalda

    E'

    linda como a florinh

    Da rocha suspensa fralda

    Despertaum olhar febril

    Dirige ao redor de si

    Depois, de novo dormente

    Pende a cabea d'Uri

    Da pobre Julieta^a vida

    Como a flor, emmurcheceo:

    Dormio... sonhou... sorrio.,.

    Pendeo a fronte. . . morreo

    *

    Campinas1877.

    . S . P j N T O .

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    5

    A,

    t i . . .

    W lth thee conversing, 1 forgetall time .

    (MILTONParadise

    lost.)

    Que hora3

    que eu

    passo risonho, esquecido

    meu anjo querido , sosinho

    a teu

    lado

    ;

    que breves instantes, alegre

    que eu

    goso

    teu rosto formoso mirando enlevado

    1

    Teus negros cabellos

    nos

    homb ros...

    to

    soltos,

    na fronte, revoltos

    me

    imprimem seus beijos...

    iimYalma

    se

    afunda

    n'um mar de

    delicias,

    e suaves caricias,

    de

    loucos desejos:

    P quando

    td

    fallas,

    que o

    pudico seio

    fiajpita

    em

    anceio, mulher adorada

    ai, penso

    que

    vejo

    bem

    longe

    n'um

    sonho

    formoso

    e

    risonho viso encantada

    Oh1 quantos ardores

    dos

    olhos derramas,

    que [lcidas chammas

    n'um

    tmido olhar

    que amor,

    que

    perfume do collo nevado

    que

    o

    peito abrazado

    vem

    mais abrazar.

    Semelhas-tes virgens Urisdo propheta,

    a casta Julieta,

    aos

    archanjos

    do ceu ;

    oh pallida estrella surgida no escuro

    meu triste futuro allumia...

    sem vu

    E agora

    que a lua

    tranquilla vagando

    prosegue scismando

    teu

    seio

    a

    beijar...

    escuta,nofujas meu louco desejo

    n'um fervido beijo

    tu

    deixas matar?...

    Campinas.

    HELEODORO COSTA.

    CHARADA XXXVI

    25E' fora do commum

    ;

    desusado.

    ARGEMIRO C. DE

    OLIVEIRA

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    6

    SONETO

    Oh C hqunha no sei s'i st o maniaOu.mesmo se loucura ou demncia :

    Tenho tamanha sde de sciencia,

    Que at vou estudar astronomia

    Receio, se perder a paciepcia,

    Que a sede v crescendo dia a dia I

    Se assim acontecer,

    :

    a hypocondria

    Far do mira um ente sem consciepcia

    Sem deixar os meus doces ideaes,

    Vou lanar-me dos livros- nos -escolhos

    Estudando as scierfcias naturaes.

    Sim Preciso lutar nesses abrolhos

    Para.vr se os teus lbios so coraes

    E estudar as estrellas dos teus olhos

    FAVILLA NUNES.

    O s d o u s t a l e n t o s

    A certo sujeito, que no era tolo,jperguntaram :

    Quando aprecia V. o talento do homem?

    Quando falia.

    E o da mulher ?

    Quando calla.

    D . J o o I I I , e o n . 5

    D

    r

    Joo IH , foi o dcimo quinto rei de P ortuga l, reinou

    trinta e cinco annos, m orreu, de cincoenta o cinco annos e

    cinco dias,, casou em 1525, com a irm de C arlos V , e o

    seu quinto filho m orreu de cinco annos.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    9

    (D

    vmm

    u r in a Q w a i t k o

    J unto da janella de uma casa de modesta apparencia, a

    menina Rosahnda, dava-se por uma bella tarde de Abril aos

    misteres d costura, garganteando uma ligeira cano.

    Ao mom ento em que se lhe ia acabar a Jjnha, que ento

    pespontava em pontos unidos e quasi imperceptveis, uma

    pea d. lvissima bre tan ha , quiz retom ar descuidosam en-

    te o novello que pousava sobre o balco da jane lla.

    P orem as costas da mo da gentil dona tendo dado de .

    encontro ao novello, este precepitou rse do balco e ro

    lou no passeio.

    C omo de p rever, Rosalinda teve um ligeiro susto , er

    gueu-se rpida e ficou sobre duvidosa, meia curvada no pa-

    rapeito.

    Ha sempre um "cavalheiro delicado a prestar-se em soc-

    corro de uma dama affiicta. A menina Rosalinda encon

    trou o seu anjo salvador.

    C asualmente, vinha passando o sr. Alfredo, galhardo

    moceto, e cuja delicadeza proverbial; ao ver toda rosa

    da

    e

    cheia de perturb ao a formosa dam a, baixou-se .mais

    que rpido, ergueu o novello, e com um acortezia toda ur

    banidade, fez delle entrega bella Rosalinda.

    Houve ento um comm ercio mutuo de phrases galantea-

    doras, ondejo corao metteu-se de permeio com seu jogue

    te todo intimo.

    Encurtando a historia, dah i por diante Alfredo cas sou

    repetidas vezes, e todos os dias, por casa de Rosalinda, es

    perando occasio asada de ap anha r mais algum novello.

    Rosalinda tentava s vezes pres tar-se ao prazer do obse-

    quoso cava lheiro, mas as faces tingiam -se-lhe de pejo

    quando em tal pensava, e substitua este anheto por um

    olhar que dizia mais que todos os novellos da terra.

    Neste procurar de novellos passou Alfredo, um bom par

    de mezes, at que afinal sentindo o corao tornado em

    brazeiro incrvel, foi depol-o aos ps de Rosalinda que sen

    tia queimar-se o seu na mesma pyra.

    Dizem que duro com duro no faz bom muro; mas fogo

    13

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    162/206

    8

    com fogo do-se optim am ente, a ju lga r p*r Alfredo e Ro

    salinda, que no dom ingo passado uniram -se para s se

    apartarem, quando a morte chamar um delles

    Esto, pois, casados: julg ue-se por isto a influencia que

    um nv(llo de linha pde exercer sobre dous c oraes.

    JLIO DE ALBERGARIA.

    CHARADA XXXVII

    Eu tenho, tu tens, elle tem1

    Eu estou; tu ests, elle est1

    Eu sinto, tu sentes, elle sente 1

    C O N C E I T O

    Eu sou, tu s, elle .

    Campinas.

    CHARADA XXXVIII

    21 Reinando Phebo esta flor sacerdote.

    Campinas.

    Dona H. L.

    A. QUEIROZ.

    G E R E B I T A

    Quem entre ns no conhece o Gerebita ?

    Ainda spam aos nossos ouvidos os roucos e inintelligiveigdiscursos, declamados em alta voz, nas horas mo rtas da nou

    te,

    nas ruas desta cidade.

    Muitas vezes a chuva cahja a cn taro s, os raios cruza

    vam-se nos cus, rompendo por vezes o man to negro da

    procella ,e o vulto legendrio do nosso here trocando

    pujas^s com os troves no espao, desafiava com 'gesto

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    - o

    enrgico e im po nen te a gua que o ensopava, e os raiosque o 8llum iavam . ,

    Era bello de ver-se En tretanto , dentro daquelle craneo

    est um espirito atrophiad o pela embriaguez perennee

    naquelle peito b ate um corao profundamen te mo nar-

    chico.

    Quando alguma vez algum desses espiritos pervertidosda

    pocha pela mon omania democrtica, querendo pr a p ro

    va oamor mona rchia, d Gerebita, bradava-lhe no ouvido:

    Viva a R epublica 1

    Elle, como despertado do profundo en torpec ime nto, que

    dominava suas faculdades, respondia:

    Arg entina Viva S. M. o Imperador

    E por este modo conciliava as sua s idigs com as do in -

    terpellante; saudava a Repu blica Arg entin a, mas no a

    idia republicana.

    C ontava o Gerebita nesta cidade protectores altam ente

    collocados. Nunca faltu-lhe o codrio, nem o po quoti

    diano. Trajava com certo apuro e elegncia, o que no im

    pedia de fazel-o s vezes bem phahtasia .

    Tinha elle um fundo bom, um interior perfeitamente bem

    formado, encoberto pela mascara, sempre alyarmente riso-

    nha, que no o aban don ava.

    Ningum ouviu de sua boce uma palavra que denu n

    ciasse, siqu er, o trat am en to que 'lhe era dado pelos seus

    protectores; e nem estes nunca proferiram contra elle a m

    nima palavra de queixa.

    Um dia um g aiato carregou-o para Y t. A nossa cidade

    eterna acolheu mal o Gereb ita. Abandonado pelas ruas

    dessa cidade tristem ente bella, onde a vida corre mansa e

    tranquillam ente, e onde com dificuldade abrem -se os cor

    des d bolsao que a tornou celebre na provnciao Ge

    rebita passou pelas, agru ras da mizeria e da fome. En tre

    tanto o G erebita foi muito tempo sach risto d parochia de

    Santa Cruz desta cidade; o que devia ser uma cousa recom-

    mendavel para o reverendissimo povo . -

    Os coraes bem fortoados quo tisaram-se nesta cidade

    e o dinheiro, como semp re, appareceu a rodo, e dentro em

    poucoo Gerebita cavalgando, ufano, um quadrpede m uar,

    estendia suas vistas saudosas por sobre os horizontes tfe

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    lot

    S?cS"a^

    alC

    1

    '

    t e Q d 0

    - m p r e

    as

    pernas firmes

    umi

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    Lu rfW

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    '

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    C O m o d e c o s t u m e

    '

    n a

    P

    r t a d

    b

    t

    e

    "

    quim

    do

    Luiz Cometa,

    no

    saguo

    do

    theatro.

    Ahi

    appa-

    rcceu

    um

    inglez bastante emborrachado,

    e

    disposto ain

    da

    chupar mais alguma cousa.

    Similia similibus facile congregantur. Vendo

    o

    Gerebita,

    dirigiu-se

    elle

    em

    tom emphatico

    o

    Bife: Voc brazilei-

    ro;

    eu

    inglez. Voc negro;

    eu

    branco. Mas todos

    ns so

    mos bebedorese du-lhe

    um

    formidvel abrao.

    Expanses destas

    no

    so raras.

    Li certo

    que o

    Gerebita

    ra um

    pndego

    de

    fora;

    tambm

    certo

    que nas

    occasies solemnes sabia despir

    oar magano

    de

    borracho,

    e

    revestir-se

    de

    gravidade adqua-

    da

    ao

    caso.

    E '

    assim que, quando,

    aos

    domingos,

    ia

    pre

    encher

    as

    suas funces

    de

    sachrista, envergando o trajo

    domingueiro,

    ningum enxergava, e resmungava

    o la-

    tinrio

    com a

    mesma gravidade

    com que

    engulia

    um co-

    pasio

    do seu

    homonymo.

    Nestas occasies

    uma

    cousa o encommodava: Quando

    levava ao sacerdote ovinun, sentia

    um

    prurido-na

    garganta;

    os

    seus olhos cresciam para

    o

    calix;

    as

    narinas

    dilatavam-se;

    e,

    eraquanto oSanguis C hr ist i-p erm an e

    cia

    no

    calix, sentia elle

    um

    anceio religioso que o fazia

    desejar commungar, como o padre,

    uma, cem, mil

    vezes.

    Em verdade, tris te sacrifcio, verdadeiro supplicio de

    T a n-

    talo soffria aquella natureza identificada comovinho, vendo-

    o correr

    por

    outra garganta, que no

    a sua .

    Um

    dia,

    o ingra to, enlevado

    e

    todo paramentado, bateu

    a linda plumagem

    em

    companhia

    de ura

    amigo

    do

    peito;

    e hoje

    a

    Pauliceia possue

    em

    seu seio esse ente original

    e

    excntrico,

    que por

    muito tempo

    foi o

    encanto

    de

    algun*

    campineiros felizes.

    Campinas.

    A . \J

    CHARADA

    XL1

    2 - 1 Esta fructa harmoniosa

    animal,

    famninas.

    *

    ( ,ES

    -

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    ?

    1

    E T E A ^ I E I

    Como ? perguntas meu anjo

    Se acaso amei-te algum dia

    Olvidaste por ventura

    As juras que eu proferia

    De amr-te para sempre

    Embora despresasses

    O meu amor constante,

    As illuses fugaces ?

    Oh por D eu s,n o me perguntes

    Se o meu amor e desvello

    E' to puro como a rosa

    Com que enfeitas teu cabello:

    Mulher, amo-te tanto

    Quanto se ama a Deus

    O meu amor puro

    Como o puro azul dos cus

    Campinas

    S< -

    A. DE GoDoy

    CHARADA XL

    22 Olha na Hespanha como bello na F ra n ca e ste no

    tavl vulto.

    Campinas.

    J. GES".

    CHARADA XLI

    12 O nico que no dorme este instru m en to.

    Campinas.

    J . GES.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    1 0 3

    H O N T E M E H O J E

    H iiive um tempo em que teus olhos

    Meigamente me fictaram:

    No volver terno, indiscreto,

    Um segredo revelaram.

    Foi no tempo em que o sorriso

    Que a teus lbios assomava,

    Illudindo os sentimentos

    A meus olhos enganava.

    Nesse tempo s' a verte

    Os momentos empregava,

    E a tua imagem bella,

    A meus sonhos povoava.

    Quando a tua voz ouvia

    De ternura repassada,

    Tinha a alma por instantes

    N'uma illuso emballada.

    Mas c'o o tempo tudo muda,

    E a tua ingratido,

    Ennumblou ditosos dias,

    Tornou frio o corao.

    Nem um s dos teus sorrisos

    Nem dos olhos um volver

    Nem da voz meigos acentos,

    Me faro enternecer.

    Nem sequer em sonhos vejo

    A tua sombra querida:

    No encantas, no facinas,

    Porque foste fementida.

    Campinas.

    J. CSAR DE G ES.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    - O I

    LOGOGRIPHO

    (Ao sr. H. da Silva)

    Desculpe se o logogripho

    No feito com engenho;

    Agora, se achar difficil

    Desembrulhal-o, convenho.

    Tercia e tercia bem unida

    Pondo ainda um vogl

    E' uma fructa com certeza,

    E' do reino vegetal.

    Tercia prima,e uma nota,

    Lindo peixe saboroso;

    Quarta e prima lem bra a velha.

    Desse tempo to ditoso.

    Segunda, quarta e terceira

    Mudando a Jvogal do fim

    T ens nome prprio sem custo

    Sem ser Antnio ou Joaquim.

    Terceira e mais um ditongo

    Bem dissesegurai bem I

    Tercia, quarta e uma letra

    Nos rios, no mar tambm.

    O todo uma espcie de sacco sem fundo

    No qual se derrama milhes de reales;

    Uns crem ser o throno das glorias divinas,

    Mas outros affirmam ser fonte de males.

    Campinas.

    JOS' FRANCISCO DE CAMARGO PAES.

    C HARADA XL1I

    12 Esta preposio na musica secreta.

    Campinas.

    J. GES.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    - 1 0 5 -

    Alexandre Herculauo

    e

    Guerra Junqueiro

    Os jorna es tm publicado ultimam ente diversos epis

    dios da vida do primeiro historiador e philosopho por

    tuguez.

    Todos esses factos trazidos pela imprensa ao conheci

    mento publico tendem a dem onstrar a inabalvel austeri

    dade de caracter e a sizudez do inspirado artista, que cin-

    zelou

    B

    colossal assombrosa estatua de Eurico.

    En tretan to, He rculan o, fora das suas horas de concen

    trao, era jovial e faceto, como o revela a seguinte anec-

    dola :

    Guerra Junqueiro, ao concluir o seu notvel poema

    A Morte de D. Joo, lembrou-se, muito naturalmente, de

    o dedicar ao grande escriptor.

    P edio cartas de apresentao e dirigio-se a Vai de Lo

    bos,

    onde Herculano o recebeu com benevolncia e affabi-

    lidade extremas.

    Junqueiro chegara de noite a Vai de Lobos f, no obs-

    ^ m t e o cansao da jornad a, prolongou at ao amanhecer a

    "rotura do poema.

    Herculano, costum ado a deitar-se muito cedo , soffria,

    apparentemente resignado, mas intimam ente constrang ido,

    o Supplicio que o imaginoso poeta lhe quiz inflingir.

    No dia" immediato, Junqueiro ouvia da boca do veneran

    do mestre a mais lisongeira opinio acompanhada do con

    sentimento para a dedicatria.

    Regresso a Lisboa

    hoje"

    mesmo c vou cheio de orgulho,

    disso Junqueiro.

    No, accudio He rcu lan o; o meu amigo ha de per-

    mittir que eu lhe mostre tambm as minhas obras novas.

    Demore-se at amanh.

    T oda a gente suppunha que Herculano possua preciosos

    trabalhos inditos e Junq ueiro pensou desde logo no grande

    trium pho que colheria sendo o primeiro a revelar e a fallar

    dos escriptos que o auctor da Historia de Portugalno

    mostrara aos mais ntimos amigos.

    Ficou.

    Herculano pedio o brao ao joven revolucionrio e l

    14

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    1 0 8

    foram os dois para a formosa qu int a, em alegre con ver

    sao.

    'C hegados ho rta, Herculano mostrou a Jun queiro a

    grande variedade de hortalias, os rotuudos repolhos, as

    bellas cpuves, dizendo d'onde mandara vir as sem ente s,

    como preparara a terra...

    Dalli foram ao jardim .

    Estas flores, explicava He rcu lano, so, minhas filhas.

    Fui eu que lhes dei cores to variadas pela combinao do

    pllen de muitas flores...

    Depois percorreram os olivaes. Herculano fallava sem

    pre,

    no sanindo de asumptos agrcolas.

    A' noite voltaram para a modesta vivenda. Jun queiro

    manifestava-se ancioso pelo cum prim ento da prom essa de

    Herculano.

    Este, percebendo a anciedade do*hospede, disse-lhe :

    J lhe mostrei as minhas obras novas, meu am igo.

    C onfesse que ninguem,em P ortugal,come m elhor, repolho do

    que eu...

    Junqueiro ficou desapontado GASPAR DA SILVA.

    CHARADA XLIII

    21 Ilha chineza da C aledonia.

    Campinas. J .G E S .

    On entre, on crie,

    Et c'est Ia vie ,

    On crie, on sort,

    Et c'est Ia mort.

    A S O N E D E C H N C E L

    E ' N I G M E

    Je ne suis pas ce que je suis

    Car sij 'tais ce que je suis

    Je ne serais ce que je suis.

    DOUBLE-SIX.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    1 9

    (POR

    LETTRAS)

    Foi propheta8, 9, 4, 8, 11, 9.

    Este senhor ; - 4 , 3 , 11, 9, 10, 4, 6, 8, 2.

    E' da musica4, 5, 8, 11.

    E s t a f l r -3 , 1 1 , 5 , 6 , 8 , 9 , 2 .

    Uma fructa10, 4, 1, 11, 5, 4.

    Q ueda s u s to - 10 , 8 , 5 , 2 .E en ca n ta -7 , 11, 5 , I, 2 , 3 , 8 , 4 .

    Este arbusto6, 11 , -3 ,3 , 4 .

    Decifre meu leitor,

    Se bom decifrador.

    Campinas.

    F. LADEIRA.

    A f o r m o s u r a

    O' formosura nico objecto cuja posse no se pde

    adquirir, nem mesmo a troco dos mais opulentos theso u-

    souros ; eternam ente inaccessivel aquelles que no lo

    gram possuil-a ; flor ephem era e frgil que desponta,

    cresce, desabrocha sem haver necessidade de cultiv al-a,

    puro dom do cu formosura a mais valiosa entre,

    todas as coroas que o acaso pde offertar a uma cabea

    T u s admirvel e rara como tudo que existe fora da ini

    ciativa do homem ; como o azul do Armam ento, o ouro

    das estrellas e o cndido aroma dos lyrios E' possvel

    trocar um tosco banco por um thro no , conqu istar o m un

    do,

    illudir a fria dos elementos P orm , quem poder

    resistir a ajoelhar diante de ti, esplendida personificao do

    pensamento de Deus 1

    (Gautier) D. GUIOMAR TORREZO.

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    1 0 8 -

    S O I N

    A' MINHA AMIGA D . ELOISA;DE LA T OUR DUFR ESNE

    Cara amiga, se me estimas

    avec un profoundamour,

    d licena que estas rimas

    puissententrer danstonsejour

    Sim,- permitte que estas

    phrases,

    sans aucune construction,

    possam Ir agora, audazes,

    altirer ton attentiqn.

    Se o mundo chamar-te

    formosa e gentil,

    v bem que te cercam

    beaucoup

    de prilsl

    Considera, minha amiga,

    que ce monde est bien cruel

    quasi sempreovicio,a in triga,

    s'enveloppent ddn s le miei1

    Quantas rozas perfumadas

    aux abimes sont tombes

    pelos prantos orvalhadas

    de leurs tiges detaches

    Eu vi muitas vezes

    em linda manh

    dormir sob flores

    de Ires laids serpents I

    Ai

    por Deus nunca tropeces,

    aux pines duchemin

    ao senhor envia preces,

    en priant toujurs le bien1

    Vejas sempre na virtude

    ta compagne e[seule amie i-

    sincera, no te illude,

    ni te donne pas oVennui

    Ha muito quem saiba

    somente fingir I

    o mundo .comedia,

    Qui fait tressaillirI

    (Porto-AlegreBrazil.)

    D. ANNALI VIEIRA DO NASCIMENTO.

    CHARADA XLV

    11 T odo paizdev"~~ter ura p ronom e que al im en ta .

    Campinas. *

    J. GES,-

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    Corte.

    1 1

    De tudo ellecapaz

    E'

    o

    homem

    das

    affrontas

    Traz sempre

    as

    armas promptas

    ...

    Mas afinal

    de

    contas,

    . . . . muitobom rapaz...

    A R T H U R A Z E V E D O .

    Q U A D R O

    (NO LBUM

    DE UMA

    SENHORA)

    E' blloo co dolar... Entre umsorriso

    Gozam dois coraes n'um s transporte,

    Sonha oesposo feliz, vidoe sfrego

    Bebe

    os

    sorrisos

    da

    feliz consorte.

    -Ergue-sea esposa em e . . . seu vulto ednico

    Comoqueostenta-se en* clares im m erso ...

    Beijanafronte oesposo idolatrado ,

    Ese inclina asorrir por sobreumbero

    Rompem

    da

    terra

    as

    m elodias mgicas,

    Brotam floresde luz no ethereo trilho,

    E Deus passando junto

    ao

    bero exclama

    :

    Bemdita sejaam e que em bala ofilho ...

    Bem dito

    anjo

    do lar nos

    lbios delle

    Brilha

    a

    prece vivaz como

    um

    diama nte. ..

    Feliz exulta

    o

    pae,

    e a

    esposa oscla

    A loira fronte

    ao

    festejado infan te

    I

    Ouve-se

    uma

    harmonia,

    e

    lentamente

    P or entre

    os

    dedos

    do

    Senhor desfilam

    Todas

    as

    flores

    que no

    co

    se

    occultam,

    Todososastrosque noco scintillam ...

    CARLOS FERREIRA.

    FIM

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    175/206

    A l m a n a c h P o p u l a r

    PARA 178

    S e n h o r a s

    cujos nomes honram as paginas deste Almanach

    lllmas. e Exmas. Sras.

    D.

    Amlia Janny.

    D.

    Aunalia Vieira do Nascimento.

    D.

    C atharina R. A . Lucas.

    D.

    Francisca Carolina Garcia Redondo

    -

    D.

    Guiomar Torrezo,

    D.

    H. L.

    1). Jesephina Sarm ento.

    I).

    M. Carmehtana de Arantes.

    D.

    Maria A. Salles Pinto.

    D.

    Narcisa Amalia.

    A u c t o r e s

    dos artigos assignados deste Almanach

    A. J. Magalhes.

    A.Teixeira.

    A. Queiroz.

    A. C.

    Affonso Celso Jnior.

    Alfredo Benicio de Souza.

    Antnio Joaquim Daniel do P rado.

    Argemiro C. de Oliveira.

    Arthur Azevedo.

    Avelino Rraziliense.

    Ausone de C hancel.

    Baptista N unes.

    Bohemio.

    Carlos Ferreira

    Christovam Ayres.

    Double-Six.

    Euzebio Fayard.

    F. Ladeira.

    F. B. de Souza (conego.)

    F. Nardy.

    F. Quirino dos Santos

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    176/206

    Favilla Nunes.

    Fernandes da Cunha Filho.

    Fus Roupinho.

    G. Souza. .

    Gaspar da Silva.

    Guerra Junqueiro.

    Guilherme Braga-

    H .

    H . daS .

    Heleodoro Costa

    Ignacio Lacerda.

    Itatibense.

    J. A. de Godoy.

    J . B .

    J. Csar de Ges.

    J . F .

    J. F. de Camargo Paes.

    J. P. de Campos.

    J . S .

    P into .

    Joaquim Ladeira-

    Joaquim Oliveira.

    Joaquim Xavier da Silveira.

    Jos de Maistre.

    Jlio de Albergaria.

    Jlio Cezar Machado.

    Jlio Mesquita.

    L.

    Lcio de Mendona.

    M. daM. 1.

    Manoel de Castro Sampaio

    P edro da Silveira.

    P inheiro C hagas.

    Publio Syro.

    Samuel Smiles.

    Sacramento Macuco.

    Thom Gonalves F. Mendes.

    Um charadista.

    Um portuguez,

    Veridiano Carvalho.

    Victor C hampiers.

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    177/206

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    e Ilhas.

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    178/206

    A O B R A V O D E V E N E Z A

    59 R u a L u z U a n a - 5 9

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    D l O G O A/VI A R A L & C .

    Os proprietrios deste conhecido estabele

    cimento de fazendas, participam aos seus

    numerosos amigos e freguezs, que lendo

    resolvido vender s a dinheiro ; -fizeram

    grandes abatimentos nos seus preos. O

    sortimen to da nossa casa feito pelos princi-

    paes importadores do Rio de Jan eiro , pelo que

    podemos garantir que todas as fazendas, que

    verfdemos, finas ou grossas, no tem rival,

    quer no preo, quer na qua lidade, no mercado

    de Xani

    pinas.

    E s p e c i a l i d a d e s :

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    179/206

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    P a r a c h a v e s

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    suem as seguintes vantagen s :

    Servem pa ra ajuntar as cha

    v e s , e ao mesm o tem po , sendo

    argolas, ha lugar para o nome

    do dono.

    So fceis de ab rir e fechar.

    So feitas de pr ata allem , e

    no so sujeitas a enferrujar,

    q u eb ra r ou ab rir , como as ar

    golas de ao : so muito fortes

    e bonitas.

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    180/206

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    Este antigoebem conhecido estabeleci

    mento tem sempre o mais completo sortimen

    to de fazendas de algodo, l, linho e seda.

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    181/206

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    182/206

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    A

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    linho de diversos padres, ch itas, cretones

    padres lindssimos, chitas setim de todasas

    cores,

    beija-flor brancosede cores, objectos

    de phantsia prprios para presentes, o ou

    tros muitos artigos que seria longo *mencio-

    nal-os.

    5

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    -

    R u a

    D i r e i t a

    -

    5 A

    CAMPINAS

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    183/206

    A'Casa

    Vermelha

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    *

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    Antnio Joaqu im R ibe i- |

    ro,

    tem sempre grande sor

    time nto de fazendas de to- I

    das as qualidad es, roupas |

    feitas, arm arin ho e tudo f

    quanto possa constituir o f

    sortim ento de um estab ele- |

    cimento desta or de m . I

    P r e o s b a r a t i s s i m o s |

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    184/206

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    185/206

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    186/206

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    187/206

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    188/206

    A L F A I A T A R I A

    A n t n io A l v e s d a S i l v a

    EM

    C A M P I N A S

    Aprompta com perfeio lisf

    e brevidade quesquer en- /

    commendas, tanto desta,ci

    dade como de fora, para o

    que possue hbeis profissio-

    naes.

    Preos commodps.

    R u a

    d o C o m m e r c i o - i l

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    189/206

    CASA EM PARIZ

    RE DEPARADIS P OISSONNIERE-11

    W e i l l F r r e s

    R U A D 0 C 0 M M E R C I 0 - 3 6

    O A M ^ I I S T A S

    Temos sempre um grande

    sortimento

    de

    fazendas

    das ul

    t imas modas

    de

    P ariz. Assim

    como: roupas feitase camisas

    para homense meninos. T en

    do nossa casa scio

    em

    P ariz

    para fazer especialmente

    as

    nossas compras, estamos habi

    litados

    a

    vender tudo

    por

    pre

    os muito moderados.

    3 6 - R u a

    d o

    C o m m e r c i o - 3 6

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

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    A u g u s t o

    d e

    A n d r a d e C o u to

    23-RUA DffiEITA-23

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    T em sempre" grande e variado sortimento de g

    neros am ericanos, austracos, ieglezes v francezes.

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    petes, redes, selins inglezes, camas de ferro, 'cadei

    ras de .balano, venezianas, lampees de keros ene,

    cestas para roupa, cestos para com pras, e t c , etc.

    P r e o s m d i c o s

    R U A J M R E I T A - 2 3

    C A M P I N A S

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    191/206

    o _

    C M

    A O

    P A R A S O T E R R E S T R E

    GRANDE BAZAR DA JUVENTUDE

    R u a D i r e i t a -

    Neste bem sortido

    e

    novo estabelecimento

    encontra-se sempre grande variedade de

    artigos de utilidade e p hantasia, como

    sejam :

    Livros recreativos, scientificos e religio

    s o s ; completo sortimento de papel, livros

    para escripturao mercantil e objectos de

    escriptorio, lbuns, quad ros, imagens e

    estampas ; charutos, fumos diversos e ar

    tigos para fumantes.

    ELECTR1C1DADE

    Do-se gratuitam ente choques electri-

    cos s pessoas que soffrerem de convul

    ses nervosas, e vendem-se campainhas

    electricas, lan ternas mgicas, eollares e

    atineis electricos; e bem assim muitos

    outros artigos do

    HAUTE NOUVEAIT

    G u i l h e r m e d e L i m a

    CjfciUEPi l t&S

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    192/206

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  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    193/206

    Chapas americanas

    marcar vestidos, roupa de cama, gunrdanapos, len

    os e todo o gnero de roupas de seda, linho e al

    godo, assim como tambm cartes de visitas, li

    vros, envelopes, e toda a qualidade de papeis, clara

    e]exactamente com o nome da pessoa com peten te.

    Garante-se dar

    uma chap a

    to boa, como pode

    ria conseg uir-se em

    L o n d r e s o u N e w - Y o r k

    Cada chapa com o nome da pes

    soa e acompanhada de um fras-

    qu inho de tinta, um pincel e uma

    direco sobre a m aneira de em

    pregar a chapa, custando tudo

    P r e o l i x o 3 S O O O

    Manoel Alves

    de

    Barros Cruz

    3 0 - R U A DO C OM M E RC IO 30

    O u

    no Armarinho Campineiro (Largo do Rosrio)

    S A DINHEIRO

    C a m p i n a s

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    194/206

    A

    E S M E R A L D A

    Este estabelecimento, con

    tinua sempre a ter o mais

    variado e completo sortimen

    to de fazendas, modas, per-

    fumarias, ohjectosde arma

    rinho e de phantasia.

    Os seus preos j reconhe

    cidamente moderados, / de

    vem ser um incentivo para

    que o pbJico d preferencia

    a esta casa que est nos ca

    sos de satisfazer completa

    mente todas as exigncias

    da economia.

    R u a d o C o m m e r e i o - 4 5B

    E U G N I O

    -R

  • 8/12/2019 Almanaque Popular 1878 Varias Coisas Entre Elas Varela

    195/206

    F r a n a , C a m a r g o

    &

    I r m o

    14 A-RUA DO GENERAL 0S0R I0-1 4 A

    LARGO D O R O S R I O

    Nesta casa encontra-se

    sem pre l indo e variado sor

    timento de