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    Rev. Educ. Fs. 2009 Jun: 145: 28-36. Rio de Janeiro - RJ - Brasil 28

    EDUCAO FSICAREVISTA DE

    ISSN 0102 - 8464

    ARTIGO DE REVISO

    ALONGAMENTO ESTTICO E TREINAMENTO DE FORA:UMA BREVE REVISO DE LITERATURA

    Static stretching and strength training: a brief review of literature

    Gustavo Barquilha1,2

    1 Instituto de Cincias da Atividade Fsica e Esporte - Universidade Cruzeiro do Sul2 Grupo de Estudos e Pesquisa em Exerccio Fsico e Fisiologia Aplicada - Unifi eo

    Resumo: A busca pela maximizao dos resultados obtidos com um protocolo de treinamento de fora vem levando a uma discusso sobre uma possvel interferncia do alongamento antes de um treinamento de fora. Nesse sentido, o objetivo deste estudo de reviso foi investigar a infl uncia aguda do alongamento esttico no desempenho em um protocolo de treinamento de fora. Foram utilizadas como fontes as bases de dados PUB-MED e SCIELO, assim como livros especializados no assunto. Na base de dados PUBMED foram utilizadas as palavras stretching and strength, e na base de dados SCIELO as palavras-chave alongamento e fora. Foram encontrados, ao todo, 1026 artigos. Como critrios de incluso foram escolhidos apenas artigos na lngua inglesa ou portuguesa, publicados em um perodo de at 15 anos (entre 1994 e 2009), que utilizassem alon-gamentos estticos em sua metodologia, alm de um grupo controle e uma amostra com um numero de participantes compatveis com o objetivo do trabalho. Considerados tais critrios, foram selecionados 31 artigos. Analisando a literatura escolhida, foram encontrados indcios de que o alongamento pode interferir no desempenho em um treinamento de fora, principalmente quando referido alongamento realizado em alto volume. Entretanto, a razo da existncia dessa interferncia ainda um tema controverso, fazendo-se necessrios novos estudos para elucidar a questo. Palavras Chave: Alongamento; Fora; Desempenho.

    Abstract: The search for the maximization of the results obtained with a strength training protocol has led to a discussion about a possible interfe-rence of stretching before strength training. In this sense, the objective of this review study was to investigate the infl uence of acute static stretching on performance in a strength training protocol. Were used as sources the databases PUBMED and SCIELO, as well as specialized books on the subject. The keywords searched were stretching and strength both writen in english at PUBMED and in portuguese at SCIELO. There were found 1026 articles. Inclusion criteria were selected only articles in English or Portuguese language, published in a period of up to 15 years (between 1994 and 2009), who used static stretches in its methodology, and a control group and one sample with a number of participants compatible with the ob-jective of the work. Considered such criteria, we selected 31 items. When studying the selected literature, evidences that stretching can interfere on performance during a strength training were found, especially when stretching is performed at high volume. However, the reason for the existence of such interference is still a controversial issue, making necessary further studies to elucidate the issue.Key Words: Stretching, Strengh, Performance.

    INTRODUO

    Estudos tm demonstrado que o treinamento de fora pode provocar efeitos positivos em patologias como hipertenso(1), diabetes(2), obesidade(3), osteoporose(4), entre outras, alm de proporcionar aumentos na fora(5) e potncia muscular(6), sendo essas duas ltimas adaptaes importantes tambm para atletas de alto rendimento. Para se obter melhores resultados com o treinamento, necessria uma correta prescrio das variveis envolvidas com o treinamento, como, por exemplo, o intervalo de descanso, intensidade e volume do treinamento, tipo de exerccio, entre outros(7).

    Aceito em 23/10/2009 - Rev. Educ. Fs. 2010 - 37-41. Rio de Janeiro - RJ - Brasil

    Geralmente, o treinamento de fora realizado depois de um protocolo de exerccios de aquecimento, sendo freqentemente utilizados exerccios de alongamento como forma de aquecimento antes do incio da sesso. O aquecimento serve, em tese, para elevar a temperatura corporal, aumentar a demanda de oxignio para o organismo atravs do aumento do fl uxo sanguneo, aumentar a lubrifi cao das articulaes melhorando a viscosidade dos tendes, aumentar a velocidade das reaes metablicas, dentre outras adaptaes(8).

    Entretanto, o alongamento pode acarretar alteraes morfolgicas no tecido conectivo e

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    nas fi bras musculares, com a ativao de rgos sensoriais e microleses, principalmente quando no estruturado corretamente(9,10). Neste sentido, o alongamento deixa de ser apenas um exerccio de aquecimento e passa a acarretar modifi caes importantes no organismo. Sendo assim, o objetivo deste estudo de reviso foi investigar a infl uncia aguda do alongamento no desempenho em um protocolo de treinamento de fora. Foram utilizadas como fontes as bases de dados PUBMED e SCIELO, assim como livros especializados no assunto. O presente estudo de reviso concentra-se nos estudos que analisaram os efeitos agudos de sesses de alongamento realizadas antes de uma sesso de treinamento de fora.

    REVISO DE LITERATURA

    Infl uncia do alongamento no desempenho em exerccios de fora

    Os estudos sobre o tema alongamento antes da realizao de um treinamento de fora ainda so um tanto controversos. Diversos estudos tm demonstrado queda no rendimento quando se aplica um alongamento antes de um treinamento de fora(11-13). Outros, porm, no encontraram interferncia do alongamento na produo de fora(14,15).

    Arruda et al(16) encontraram uma reduo signifi cante no desempenho em teste de 10 RM no exerccio supino em um grupo que alongou antes dos testes, sendo que no foram encontradas diferenas estatsticas em um grupo que aqueceu no prprio aparelho antes de fazer os testes. J Tricoli e Paulo(11) realizaram um estudo em que o objetivo foi investigar o efeito agudo dos exerccios de alongamento esttico no desempenho de fora mxima. Onze voluntrios realizaram um teste de 1 RM com e sem alongamento antes dos testes. Para o grupo que alongou, foram realizados seis exerccios com trs repeties de 30 segundos cada. J para o teste sem alongamento, o grupo realizou o teste de 1RM aps um breve aquecimento. Foram encontradas redues signifi cativas para o grupo que realizou alongamento antes do teste, tendo os autores concludo que uma sesso de alongamento pode reduzir o desempenho em um protocolo de fora. Recentemente, Endlich et al(17) realizaram um estudo com o intuito de analisar o efeito agudo do alongamento com diferentes

    tempos no desempenho da fora dinmica de membros superiores e inferiores em homens jovens. 14 voluntrios participaram do estudo realizando um teste de 10RM em trs situaes distintas: condio sem alongamento, aquecimento especfi co seguido do teste de 10-RM; condio com oito minutos de alongamento (AL-8), uma sesso de alongamento esttico com oito minutos de durao, seguido do aquecimento e teste de 10RM; e a condio alongamento 16 minutos (AL-16), 16 minutos de alongamento seguidos dos procedimentos descritos anteriormente. Os testes foram feitos no supino reto e leg-press 45, e os alongamentos foram selecionados de forma a atingir as musculaturas solicitadas nos respectivos exerccios. Os autores encontraram reduo da fora muscular dinmica de membros superiores e membros inferiores, tendo os autores concludo que sesses de alongamentos estticos efetuados antes de atividades que envolvam fora dinmica possuem a capacidade de alterar negativamente o desempenho dessa qualidade fsica, acarretando pior rendimento em longos perodos de alongamento. Costa et al(18) realizaram um estudo que tinha como objetivo verifi car a infl uncia aguda do alongamento esttico no desempenho de fora mxima de 20 atletas de jiu-jitsu, tendo os autores concludo que o protocolo de alongamento utilizado gerou efeito deletrio na gerao de fora mxima dos atletas avaliados. Tambm recentemente, Souza et al(19) verifi caram o efeito agudo de intervalos passivos e do alongamento esttico entre as sries sobre o nmero de repeties mximas (RM), percepo subjetiva de esforo (PSE) e volume total (VT) do nmero de repeties em um protocolo de sries mltiplas, com sobrecarga ajustada pelo teste de 8RM. Participaram deste estudo 14 homens divididos em duas situaes experimentais: teste de 8RM com intervalo passivo e teste de 8RM com exerccio de alongamento. Foram realizadas trs sries no supino reto e no agachamento, tendo os autores concludo que o alongamento esttico entre as sries tambm pode provocar diminuio no desempenho da fora em 8RM.

    Contrariando os resultados apresentados acima, Yamaguchi e Ishii(20) realizaram um estudo em que onze voluntrios realizaram trs diferentes protocolos: uma sesso com cinco exerccios de alongamento esttico e uma sesso

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    sem alongamento, ambos antes do exerccio leg press. No foram encontradas redues na produo de fora com o grupo que realizou o alongamento esttico e com o grupo que no alongou. Ribeiro et al(14) tambm no encontraram diferena estatisticamente signifi cante no teste de 10RM realizado no exerccio leg press. Foram realizados dois protocolos de exerccios, um com alongamento durante 30 segundos e outro com um aquecimento especfi co de 20 repeties leves antes de realizar o exerccio selecionado. Provavelmente, estes resultados se devem ao baixo volume do alongamento realizado antes dos exerccios de fora, indicando que exerccios de alongamento com baixo volume no interferem em exerccios de fora. Sendo assim, um fator importante a ser considerado o volume dos protocolos de treinamento de alongamento. Estudos tm demonstrado que quanto maior for o volume (tempo) de alongamento, maior a probabilidade de se encontrar uma infl uncia negativa na produo de fora aps a realizao desse alongamento(21,22).

    Possveis mecanismos envolvidos controverso ainda o real mecanismo que

    leva a reduo na produo de fora decorrente do alongamento. Uma das possveis causas da interferncia do alongamento na produo de fora pode ser o aumento da atividade do sistema parassimptico aps a sua realizao, ocasionando assim um relaxamento muscular(23). Porm essa ativao do sistema parassimptico com a realizao do alongamento parece ocorrer acima de 15 minutos de pratica de alongamento. Essa pode ser tambm a razo para alguns estudos com baixo volume de exerccios de alongamento no encontrarem interferncia no desempenho em testes de exerccios resistidos.

    O alongamento pode desencadear mecanismos neurais que estimulam o rgo tendinoso de golgi e dos receptores de dor, o que pode desencadear a inibio de fora(24,25). Alguns autores citam que o alongamento possui a capacidade de modifi car as propriedades viscoelsticas da unidade msculo-tendo, reduzindo assim a tenso e rigidez da unidade motora. bom salientar que uma das funes dos tendes a de transferir a fora produzida pelo msculo esqueltico para articulaes e ossos, sendo que uma unidade msculo-tendo mais rgida pode transmitir de

    maneira mais efi ciente as alteraes de tenso no msculo(26,27). Outro fator alm da reduo na rigidez msculo-tendnea, so possveis decrscimos na ativao das unidades motoras e da musculatura esqueltica como um todo(24) pode ser tambm um dos fatores responsveis pela queda no desempenho de fora aps a realizao de exerccios de alongamento.

    Marek et al(28) observaram uma diminuio da atividade eltrica do msculo aps a realizao de alongamento esttico, ocorrendo assim uma diminuio da fora e potncia muscular. Esses achados corroboram um estudo de reviso publicado por Shrier(29). O alongamento realizado agudamente pode infl uenciar positivamente a economia de movimento, porm ainda assim a fora e a velocidade de contrao so diminudas, possivelmente pelo fato de ocorrer um maior prejuzo fi bra muscular(30). Esses resultados vo de encontro com a hiptese de que a diminuio da fora muscular aps um protocolo agudo de alongamento seja causada pela diminuio da ativao das unidades motoras (28)

    .CONCLUSO

    So contraditrias as informaes envolvendo alongamento e treinamento de fora, sendo os diferentes protocolos utilizados nos experimentos uma das possveis causas para a contradio entre os resultados. importante salientar ainda que alguns atletas alongam antes de uma sesso de fora com o intuito de diminuir os riscos de leses decorrentes da sesso de treinamento, porm estudos demonstram que o alongamento no necessariamente diminui os riscos de leses provenientes do treinamento (31,32).

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