Anotações de Aula (Antropologia rural)

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11/08-14/08 O Camponês e a Indústria Karl Kautsky O sistema de produção capitalista, ao se desenvolver nas cidades atinge primeiro as indústrias. A família do camponês na Idade Media era autossuficiente, produzia para viver, construía sua casa, fabricava suas ferramentas. Com o passar dos tempos muitas coisas mudaram, mas a vida do camponês, em quase nada se alterou, pois este continuou a produzir suas benfeitorias, neste momento ainda não se preocupava muito com o comércio que gira ao seu redor. Só que com a evolução das técnicas e dos maquinários o camponês se viu frente a frente com as novidades. Os materiais artesanais começaram a ser substituídos por aqueles fabricados industrialmente. A indústria capitalista passou a eliminar a indústria doméstica. Com o início da evolução mundial em todos os setores principalmente no que diz respeito ao surgimento do transporte e das comunicações todos passaram a ter acesso a novidades industriais. Com essa evolução mundial aquele camponês que era subsistente agora se vê frente a uma novidade “o poder do dinheiro”. Ele passa a entender que com dinheiro é que ele pode comprar o que necessita ou até mais, e acaba se desligando da produção artesanal. Só que o camponês frente a esta novidade, passou a se sujeitar aos senhores feudais, ou seja, os detentores do capital. O camponês passou a depender do mercado, isto quer dizer que ele começou a transformar seus produtos em mercadoria que serviria para o consumo de outros. Surge também nesta época o intermediário, que seria aquele que pega o produto das mãos do camponês e repassa ao consumidor final. Com o aumento do mercado o camponês se viu a frente do aumento da produção, isso significa que ele teria que plantar mais para colher mais, para poder vender mais e ganhar mais dinheiro. A família rural foi reduzida ainda mais quando frente às colheitas, pois a necessidade de braços para colheita era maior que para o cuidado da casa. Com a implantação de maquinários viu-se o quanto à família rural produtora desaparecia.

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Nada de muito importante.

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11/08-14/08

O Camponês e a Indústria Karl Kautsky

O sistema de produção capitalista, ao se desenvolver nas cidades atinge primeiro as indústrias. A família do camponês na Idade Media era autossuficiente, produzia para viver, construía sua casa, fabricava suas ferramentas. Com o passar dos tempos muitas coisas mudaram, mas a vida do camponês, em quase nada se alterou, pois este continuou a produzir suas benfeitorias, neste momento ainda não se preocupava muito com o comércio que gira ao seu redor.

Só que com a evolução das técnicas e dos maquinários o camponês se viu frente a frente com as novidades. Os materiais artesanais começaram a ser substituídos por aqueles fabricados industrialmente. A indústria capitalista passou a eliminar a indústria doméstica.

Com o início da evolução mundial em todos os setores principalmente no que diz respeito ao surgimento do transporte e das comunicações todos passaram a ter acesso a novidades industriais. Com essa evolução mundial aquele camponês que era subsistente agora se vê frente a uma novidade “o poder do dinheiro”. Ele passa a entender que com dinheiro é que ele pode comprar o que necessita ou até mais, e acaba se desligando da produção artesanal. Só que o camponês frente a esta novidade, passou a se sujeitar aos senhores feudais, ou seja, os detentores do capital.

O camponês passou a depender do mercado, isto quer dizer que ele começou a transformar seus produtos em mercadoria que serviria para o consumo de outros.

Surge também nesta época o intermediário, que seria aquele que pega o produto das mãos do camponês e repassa ao consumidor final.

Com o aumento do mercado o camponês se viu a frente do aumento da produção, isso significa que ele teria que plantar mais para colher mais, para poder vender mais e ganhar mais dinheiro.

A família rural foi reduzida ainda mais quando frente às colheitas, pois a necessidade de braços para colheita era maior que para o cuidado da casa. Com a implantação de maquinários viu-se o quanto à família rural produtora desaparecia.

Os pequenos lavradores por ter pouca terra não tinham uma boa produção, então eram obrigados a trabalhar em outras terras para garantir as necessidades da família.

Os assalariados acabam se igualando aos membros da família, como trabalhadores, mas, ambos tendo como chefe o dono da terra, o pai da família.

“A antiga sociedade rural é substituída por uma sociedade assalariada, que são os funcionários do proprietário.”

Texto: A força do capitalismo/geração de capital, excedentes. De certo modo depende das pequenas propriedades _interdependência_ (naquela época); Industrialização precisava do ‘’trabalho braçal’’; Enfraquecimento da média propriedade (ou entra no mercado e se torna competitiva, ou pelo parcelamento da família, não consegue dar conta de produzir numa área grande, muitos filhos, e depois a tendência da família se tornar mais numerosa, pois cada vez mais depende do mercado para a sua subsistência);

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*O fato de ser rural não o torna subsistência. A ideia de subsistência geralmente é um olhar muito “urbano” para uma população com cultura diferente. (Questão agrária; se vai conseguir sobreviver materialmente à ‘modernidade’)

Outro termo etnocentrista é: “pequeno produtor” é como reduzi-lo;

Tem um viés determinista; a sociedade caminharia para a industrialização, expansão do capitalismo; Como alguns persistem? É o que ele pretende responder.