Apostila FUNPRESP

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apostila para concurso públicofundação com personalidade juridica privada de natureza pública.

Transcript of Apostila FUNPRESP

  • FUNPRESPFUNDAO DE PREVIDNCIA COMPLEMENTAR DO

    SERVIDOR PBLICO FEDERAL DO PODER EXECUTIVO

    Lngua Portuguesa

    tica e Conduta Pblica

    Raciocnio Analtico

    Noes de Legislao da Previdncia Complementar

    Noes de Administrao Geral

    ANALISTA REA ADMINISTRATIVA

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

  • GG EDUCACIONAL EIRELISIA TRECHO 3 LOTE 990, 3 ANDAR, EDIFCIO ITA BRASLIA-DF

    CEP: 71.200-032TEL: (61) 3209-9500

    [email protected]

    AUTORES:

    Bruno Pilastre / Viviane Faria

    Rebecca Gimares / J. W. Granjeiro / Rodrigo Cardoso

    Beto Fernandes / Marcelo Borsio

    Z Carlos / Flavio de Sousa / Bruno Eduardo

    PRESIDNCIA: Gabriel Granjeiro

    DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado

    CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e Joo Dino

    DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira

    SUPERVISO DE PRODUO: Marilene Otaviano

    DIAGRAMAO: Charles Maia, Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves

    REVISO: Carolina Fernandes, Emanuelle Alves Melo, Hudson Maciel, Luciana Silva e Sabrina Soares

    CAPA: Pedro Wgilson

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperao de informaes ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrnico ou mecnico sem o prvio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.

    1/2016 Editora Gran Cursos

    GS1: 789 86 2062 146 9

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  • LNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................................................5

    TICA E CONDUTA PBLICA ........................................................................................................................69

    RACIOCNIO ANALTICO ............................................................................................................................371

    NOES DE LEGISLAO DA PREVIDNCIA COMPLEMENTAR .................................................................89

    NOES DE ADMINISTRAO GERAL ......................................................................................................253

    NDICE GERAL

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  • MATRIA

    SUMRIO

    LNGUA PORTUGUESA

    COMPREENSO TEXTUAL ....................................................................................................................... 37

    ORTOGRAFIA ............................................................................................................................................ 2

    SEMNTICA ............................................................................................................................................. 32

    MORFOLOGIA ......................................................................................................................................... 16

    SINTAXE ................................................................................................................................................... 23

    PONTUAO .......................................................................................................................................... 35

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    PARTE 1 GRAMTICA

    CAPTULO 1 FONOLOGIA

    ORTOGRAFIA OFICIAL

    Iniciamos nossos trabalhos com o tema Ortografia Oficial. Sabemos que a correo ortogrfica requisito ele-mentar de qualquer texto. Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar no s o sentido da palavra, mas de toda uma frase. Em sede de concurso pblico, temos de estar atentos para evitar descuidos.

    Nesta seo, procuraremos sanar principalmente um tipo de erro de grafia: o que decorre do emprego inade-quado de determinada letra por desconhecimento da grafia da palavra.

    Antes, porm, vejamos a distino entre o plano sonoro da lngua (seus sons, fonemas e slabas) e a representao grfica (escrita/grafia), a qual inclui sinais grficos diversos, como letras e diacrticos.

    importante no confundir o plano sonoro da lngua com sua representao escrita. Voc deve observar que a representao grfica das palavras realizada pelo sis-tema ortogrfico, o qual apresenta caractersticas espec-ficas. Essas peculiaridades do sistema ortogrfico so res-ponsveis por frequentes divergncias entre a forma oral (sonora) e a forma escrita (grfica) da lngua. Vejamos trs casos importantes:

    I Os dgrafos: so combinaes de letras que repre-sentam um s fonema.

    II Letras diferentes para representar o mesmo fone-ma.

    III Mesma letra para representar fonemas distintos.

    Para ilustrar, selecionamos uma lista de palavras para representar cada um dos casos. O quadro a seguir apre-senta, na coluna da esquerda, a lista de palavras; na coluna da direita, a explicao do caso.

    Exemplos Explicao do caso

    AcharQuiloCarroSanto

    Temos, nessa lista de palavras, exemplos de dgra-fos. Em achar, as duas letras (ch) representam um nico som (fricativa ps-alveolar surda). O mesmo vale para a palavra quilo, em que o as duas letras (qu) representam o som (oclusiva velar surda).

    ExatoRezarPesar

    Nessa lista de palavras, encontramos trs letras diferentes (x, z e s) para representar o mesmo fonema (som): fricativa alveolar sonora.

    XadrezFixo

    HexacantoExamePrximo

    Mesma letra para representar fonemas distintos. A letra x pode representar cinco sons distintos: (i) con-soante fricativa palatal surda; (ii) grupo consonantal [cs]; (iii) grupo consonantal [gz]; (iv) consoante frica-tiva linguodental sonora [z]; e consoante fricativa cncava dental surda.

    H, tambm, letras que no representam nenhum fonema, como nas palavras hoje, humilde, hotel.

    DICA PARA A PROVA!

    Os certames costumam avaliar esse contedo da se-guinte forma:

    1. O vocbulo cujo nmero de letras igual ao de fone-mas est em:a. casa.b. hotel.c. achar.d. senha.e. grande.

    Resposta: item (a).

    Palavras-chave!

    Fonema: unidade mnima das lnguas naturais no nvel fon-mico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com significados diferentes, como faca e vaca).Slaba: vogal ou grupo de fonemas que se pronunciam numa s emisso de voz, e que, ss ou reunidos a outros, formam pala-vras. Unidade fontica fundamental, acima do som. Toda slaba constituda por uma vogal. Escrita: representao da linguagem falada por meio de signos grficos.Grafia: (i) representao escrita de uma palavra; escrita, trans-crio; (ii) cada uma das possveis maneiras de representar por escrito uma palavra (inclusive as consideradas incorretas); por exemplo, Ivan e Iv; atrs (grafia correta) e atraz (grafia incor-reta); farmcia (grafia atual) e pharmacia (grafia antiga); (iii) transcrio fontica da fala, por meio de um alfabeto fontico ('sistema convencional').Letra: cada um dos sinais grficos que representam, na transcri-o de uma lngua, um fonema ou grupo de fonemas.Diacrtico: sinal grfico que se acrescenta a uma letra para conferir-lhe novo valor fontico e/ou fonolgico. Na ortografia do portugus, so diacrticos os acentos grficos, a cedilha, o trema e o til.

    EMPREGO DAS LETRAS

    EMPREGO DE VOGAIS

    As vogais na lngua portuguesa admitem certa varie-dade de pronncia, dependendo de sua intensidade (isto , se so tnicas ou tonas), de sua posio na slaba etc. Por haver essa variao na pronncia, nem sempre a mem-ria, baseada na oralidade, retm a forma correta da grafia, a qual pode ser divergente do som.

    Como podemos solucionar esses equvocos? Temos de decorar todas as palavras (e sua grafia)? No. A leitura e a prtica da escrita so atividades fundamentais para evitar erros.

    Encontros consonantais

    Por encontro consonantal consideramos o agrupa-mento de consoantes numa palavra. O encontro consonan-tal pode ocorrer na mesma slaba (denominado encontro consonantal real) ou em slabas diferentes (denominado encontro consonantal puro e simples).

    Vejamos exemplos de encontros consonantais:br braobm submeter

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    cr escravo bj objeto gn digno pt rptil

    Dgrafos

    Denominamos dgrafos o grupo de duas letras usadas para representar um nico fonema. No portugus, so dgra-fos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, s, xc; incluem-se tambm am, an, em, en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais nasais), gu e qu antes de e e de i, e tambm ha, he, hi, ho, hu e, em palavras estrangeiras, th, ph, nn, dd, ck, oo etc.

    importante observar a distino entre encontro con-sonantal e dgrafo:

    (i) o encontro consonantal equivale a dois fonemas; o dgrafo equivale a um s fonema.

    (ii) o encontro consonantal formado sempre por duas consoantes; o dgrafo no precisa ser formado necessaria-mente por duas consoantes.

    Palavra-chave!

    Consoante: som da fala que s pronuncivel se forma slaba com vogal (tirante certas onomatopeias, margem do sistema fonolgico de nossa lngua: brrr!, cht!, pst!). Esta definio fun-cional vlida para o portugus, mas no para outras lnguas, em que h sons passveis de pertencer categoria das conso-antes ou das vogais. Diz-se de ou letra que representa fonema dessa classe. Do ponto de vista articulatrio, h consoante quando a corrente de ar encontra, na cavidade bucal, algum tipo de empecilho, seja total (ocluso), seja parcial (estreitamento).

    Separao silbica

    O Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa afirma que a Separao Silbica (Base XX Da diviso silbica) faz-se, em regra, pela soletrao, como nos exemplos a seguir:

    abade: a-ba-debruma: bru-macacho: ca-chomalha: ma-lhamanha: ma-nhamximo: m-xi-moxido: -xi-doroxo: ro-xo

    tmese: tme-se

    Assim, a separao no tem de atender: (i) aos elementos constitutivos dos vocbulos

    segundo a etimologia: a-ba-li-e-narbi-sa-vde-sa-pa-re-cerdi-s-ri-coe-x-ni-mehi-pe-ra-c-sti-coi-n-bilo-bo-val

    su-bo-cu-larsu-pe-r-ci-do

    (ii) ou estruturao morfolgica da palavra:in-fe-liz-men-te

    A separao silbica ocorre quando se tem de fazer, em fim de linha, mediante o emprego do hfen, a partio de uma palavra. Vejamos alguns preceitos par-ticulares em relao separao (segundo a Base XX do Acordo Ortogrfico de 1990):

    1. So indivisveis no interior da palavra, tal como ini-cialmente, e formam, portanto, slaba para a frente as sucesses de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou seja, aquelas sucesses em que a primeira consoante uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: a-bluo, cele-brar, du-plicao, re-primir, a-clamar, de-creto, de-glutio, re--grado; a-tltico, cte-dra, perme-tro; a-fluir, a-fricano, ne-vrose.Com exceo apenas de vrios compostos cujos prefixos terminam em b, ou d: ab- legao ad- ligar sub- lunar em vez de a-blegao a-dligar su-blunar

    2. So divisveis no interior da palavra as sucesses de duas consoantes que no constituem propriamente grupos e igual-mente as sucesses de m ou n, com valor de nasalidade, e uma consoante:

    ab-dicar Ed-gardo op-tar sub-por ab-soluto ad-jetivo af-ta bet-samita p-silon ob-viar des-cer dis-ciplina flores-cer nas-cer res-ciso ac-ne ad-mirvel Daf-ne diafrag-ma drac-ma man-chu

    t-nico rit-mo sub-meter am-nsico interam-nense bir-reme cor-roer pror-rogar as-segurar bis-secular sos-segar bissex-to contex-to ex-citar atroz-mente capaz-mente infeliz-mente am-bio desen-ganar en-xame Mn-lio

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    3. As sucesses de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes so divisveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que so indivisveis (de acordo com o preceito (1), esse grupo forma slaba para diante, ficando a con-soante ou consoantes que o precedem ligadas slaba anterior; se nelas no entra nenhum desses grupos, a diviso d-se sempre antes da ltima consoante. Exem-plos dos dois casos: cam-braia ec-tlipse em-blema ex-plicar in-cluir ins-crio subs-crever trans-gredir abs-teno disp-neia inters-telar lamb-dacismo sols-ticial Terp-score tungs-tnio

    4. As vogais consecutivas que no pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai-roso, cadei-ra, insti-tui, ora-o, sacris-tes, traves-ses) podem, se a primeira delas no u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita:

    ala-de re-as ca-apeba co-ordenar do-er flu-idez perdo-as vo-os

    O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de diton-gos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai-ais cai-eis ensai-os flu-iu

    5. Os digramas gu e qu, em que o u se no pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo imediato (ne-gue, ne-guei; pe-que, pe-quei), do mesmo modo que as com-binaes gu e qu em que o u se pronuncia: -gua amb-guo averi-gueis longn-quos lo-quaz quais-quer

    6. Na translineao de uma palavra composta ou de uma combinao de palavras em que h um hfen, ou mais, se a partio coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por clareza grfica, repetir-se o hfen no incio da linha imediata: ex- -alferes seren- -los-emos ou seren-los- -emos vice- -almirante

    Apesar de relativamente complexas, as regras enume-radas na Base XX do Novo Acordo Ortogrfico possuem um elemento em comum, a saber:

    Toda slaba nucleada por uma vogal.

    Tradicionalmente, observamos essas regras, as quais so simplificadas:

    Regra Exemplo

    No se separam os ditongos e tri-tongos.

    foi-ce, a-ve-ri-guou.

    No se separam os dgrafos ch, lh, nh, gu, qu.

    cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-gus, quei-xa

    No se separam os encontros con-sonantais que iniciam slaba.

    psi-c-lo-go, re-fres-co

    Separam-se as vogais dos hiatos. ca-a-tin-ga, fi-el, sa--deSeparam-se as letras dos dgra-fos rr, ss, sc, s e xc.

    car-ro, pas-sa-re-la, des--cer, nas-o, ex-ce-len-te

    Separam-se os encontros con-sonantais das slabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante l ou r.

    ap-to, bis-ne-to, con-vic--o, a-brir, a-pli-car

    PROSDIA (BOA PRONNCIA)

    A prosdia a parte da gramtica tradicional que se dedica s caractersticas da emisso dos sons da fala, como o acento e a entonao.

    Observe algumas orientaes em relao posio da slaba tnica:

    (i) So oxtonas (ltima slaba tnica): cateter faz-se mister (= necessrio) Nobel ruim ureter

    (ii) So paroxtonas (penltima slaba tnica): mbar caracteres recorde filantropo gratuito (ui ditongo) misantropo

    (iii) So palavras que admitem dupla prosdia: acrbata ou acrobata Ocenia ou Oceania ortopia ou ortoepia projtil ou projetil rptil ou reptil

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    USO DA LETRA MAISCULA INICIAL

    (i) nos antropnimos, reais ou fictcios: Pedro Marques Branca de Neve

    (ii) nos topnimos, reais ou fictcios: Lisboa Atlntida

    (iii) nos nomes de seres antropomorfizados ou mitol-gicos:

    Adamastor Netuno

    (iv) nos nomes que designam instituies: Instituto de Penses e Aposentadorias da Previ-dncia Social

    (v) nos nomes de festas e festividades: Natal Pscoa Ramado

    (vi) nos ttulos de peridicos, que retm o itlico: O Estado de So Paulo

    (vii) Em siglas, smbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maisculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiscula:

    FAO ONU Sr. V. Ex.

    USO DA LETRA MINSCULA INICIAL

    (i) ordinariamente, em todos os vocbulos da lngua nos usos correntes;

    (ii) nos nomes dos dias, meses, estaes do ano: segunda-feira outubro primavera

    (iii) nos biblinimos (nome, ttulo designativo ou intitula-tivo de livro impresso ou obra que lhe seja equiparada) (aps o primeiro elemento, que com maiscula, os demais voc-bulos podem ser escritos com minscula, salvo nos nomes prprios nele contidos, tudo em grifo):

    O senhor do Pao de Nines ou O senhor do pao de Nines.

    Menino de Engenho ou Menino de engenho.

    (iv) nos usos de fulano, sicrano, beltrano.

    (v) nos pontos cardeais (mas no nas suas abreviaturas): norte, sul (mas SW = sudoeste)

    (vi) nos axinimos (nome ou locuo com que se presta reverncia a determinada pessoa do discurso) e haginimos (designao comum s palavras ligadas religio) (opcio-nalmente, nesse caso, tambm com maiscula):

    senhor doutor Joaquim da Silva

    bacharel Mrio Abrantes o cardeal Bembo santa Filomena (ou Santa Filomena)

    (vii) nos nomes que designam domnios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, tambm com maiscula):

    portugus (ou Portugus).

    COMO ABREVIAR

    (i) Comumente, as abreviaturas so encerradas por consoante seguida de ponto final:

    Dr. (Doutor) Prof. (Professor)

    (ii) Mas os smbolos cientficos e as medidas so abre-viados sem ponto; no plural, no h s final:

    m (metro ou metros) h (8h = oito horas. Quando houver minutos: 8h30min

    ou 8h30) P (Fsforo smbolo qumico)

    (iii) So mantidos os acentos grficos, quando existirem: pg. (pgina) sc. (sculo)

    (iv) aconselhvel no abreviar nomes geogrficos: Santa Catarina (e no S. Catarina) So Paulo (e no S. Paulo) Porto Alegre (e no P. Alegre)

    ACENTUAO GRFICA

    Quatro diacrticos (sinal grfico que se acrescenta a uma letra para conferir-lhe novo valor fontico e/ou fono-lgico) compem a acentuao grfica: o acento agudo, o acento grave, o acento circunflexo e, acessoriamente, o til. Vejamos, em sntese, as caractersticas de cada um.

    (i) o agudo (), para marcar a tonicidade das vogais a (parfrase, txi, j), i (xcara, cvel, a) e u (cpula, jri, mido); e a tonicidade das vogais abertas e (exrcito, srie, f) e o (inclume, dlar, s);

    (ii) o grave (`), utilizada sobretudo para indicar a ocor-rncia de crase, isto , a ocorrncia da preposio a com o artigo feminino a ou os demonstrativos a, aquele(s), aquela(s), aquilo;

    (iii) o circunflexo (^), para marcar a tonicidade da vogal a nasal ou nasalada (lmpada, cncer, espontneo), e das vogais fechadas e (gnero, tnue, portugus) e o (trpego, bnus, rob);

    (iv) e acessoriamente o til (~), para indicar a nasalidade (e em geral a simultnea tonicidade) em a e o (crist, cristo, pes, cibra; coraes, pe(s), pem).

    A seguir h as principais regras apresentadas pelo Novo Acordo de 1990. uma tabela muito importante, a qual deve ser estudada cuidadosamente.

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    Assunto O acordo de 1990Alfabeto O alfabeto formado por vinte e seis (26) letras:

    a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z

    Sequncias con-sonnticas

    O acordo de 1990 afirma que, nos pases de lngua portuguesa oficial, a ortografia de palavras com consoantes mudas passa a respeitar as diferentes pronncias cultas da lngua, ocasionando um aumento da quantidade de palavras com dupla grafia. Pode-se grafar: fato e facto (em que h dupla grafia e dupla pronncia) aspecto e aspeto (dupla pronncia e dupla grafia)

    Acentuao gr-fica Oxtonas

    Primeiramente, observa-se que as regras de acentuao dos monosslabos tnicos so as mesmas das oxto-nas. So assinaladas com acento agudo as palavras oxtonas que terminam nas vogais tnicas abertas a, e, o, e com acento circunflexo as que acabam nas vogais tnicas fechadas e, o, seguidas ou no de s: fub cafs bob mercs babalaAs palavras oxtonas cuja vogal tnica, nas pronncias cultas da lngua, possui variantes (, , , ) admitem dupla grafia: matin ou matin coc ou coc

    So assinaladas com acento grfico as formas verbais que se tornam oxtonas terminadas em a, e, o, em virtude da conjugao com os pronomes lo(s): d-la am-la-s sab-lo disp-lo

    assinalado com acento agudo o e das terminaes em, ens das palavras oxtonas com mais de uma slaba (exceto as formas da 3 pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter, vir e seus derivados, que so marcadas com acento circunflexo): tambm parabns (eles) contm (elas) vm

    Acentuao gr-fica Paroxtonas

    So assinalados com acento agudo os ditongos tnicos i, u, i, sendo os dois ltimos (u, i) seguidos ou no de s: fiis rus heris

    No se usa acento grfico para distinguir oxtonas homgrafas: colher (verbo) colher (substantivo)

    A exceo a distino entre pr (verbo) e por (preposio)

    So assinaladas com acento grfico as paroxtonas terminadas em:a) l, n, r, x, ps (e seus plurais, alguns dos quais passam a proparoxtonas): lavvel plnctons acar nix bceps

    As excees so as formas terminadas em ens (hifens e liquens), as quais no so acentuadas graficamente.

    b) (s), o(s), ei(s), i(s) um, uns, us: rf(s) sto(s) jquei(s) frum lbum vrus blis

    O acento ser agudo se na slaba tnica houver as vogais abertas a, e, o, ou ainda i, u e ser circunflexo se houver as vogais fechadas a, e, o.

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    Observa-se que as paroxtonas cuja vogal tnica, nas pronncias cultas da lngua, possui variantes (, , , ) admitem dupla grafia: fmur ou fmur nix ou nix pnei ou pnei Vnus ou Vnus

    No so assinalados com acento grfico os ditongos ei e oi de palavras paroxtonas: estreia ideia paranoico jiboia

    No so assinaladas com acento grfico as formas verbais creem, deem, leem, veem e seus derivados: des-creem, desdeem, releem, reveem etc.

    No assinalado com acento grfico o penltimo o do hiato oo(s): voo enjoos

    No so assinaladas com acento grfico as palavras homgrafas: para (verbo) para (preposio) pela(s) (substantivo) pela (verbo) pela (per + la(s)) pelo(s) (substantivo) pelo (verbo) pelo (per + lo(s)) polo(s) substantivo polo (por + lo(s))

    A exceo a distino entre as formas pde (3 pessoa do singular do pretrito perfeito do indicativo) e pode (3 pessoa do singular do presente do indicativo).

    Observao 1: assinalam-se com acento circunflexo, facultativamente, as formas: dmos (1 pessoa do plural do presente do subjuntivo) demos (1 pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo) frma (substantivo) forma (substantivo; verbo)

    Observao 2: assinalam-se com acento agudo, facultativamente, as formas verbais do tipo: ammos (pretrito perfeito do indicativo) amamos (presente do indicativo) louvmos (pretrito perfeito do indicativo) louvamos (presente do indicativo)

    Oxtonas e Parox-tonas

    So assinaladas com acento agudo as vogais tnicas i e u das palavras oxtonas e paroxtonas que constituem o 2 elemento de um hiato e no so seguidas de l, m, n, nh, r, z: pas ruins sade rainha

    Observaes:1) Incluem-se nessa regra as formas oxtonas dos verbos em air e uir em virtude de sua conjugao com os pronomes lo(s), la(s): atra-las possu-lo-s

    2) No so assinaladas com acento agudo as palavras oxtonas cujas vogais tnicas i e u so precedidas de ditongo crescente: baiuca boiuna feiura

    3) So assinaladas com acento agudo as palavras oxtonas cujas vogais tnicas i e u so precedidas de ditongo crescente: Piau tuiuis

    4) No so assinalados com acento agudo os ditongos tnicos iu, ui precedidos de vogal: distraiu pauis

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    No se assinala com acento agudo o u tnico de formas rizotnicas de arguir e redarguir: arguis argui redarguam

    Observaes: 1) Verbos como aguar, apaziguar, apropinquar, delinquir possuem dois paradigmas:a) com o u tnico em formas rizotnicas sem acento grfico: averiguo ague

    b) com o a ou o i dos radicais tnicos acentuados graficamente: averguo gue

    2) Verbos terminados em -ingir e -inguir cujo u no pronunciado possuem grafias regulares. atingir; distinguir atinjo; distinguimos

    Acentuao gr-fica Proparox-tonas

    Todas as palavras proparoxtonas so acentuadas com acento grfico: rpido cnico mstico mendrico cmodo

    Trema O trema () totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas: delinquir cinquenta tranquilo linguia

    O trema usado em palavras derivadas de nomes prprios estrangeiros com trema: mlleriano, de Mller

    Hfen O hfen usado em compostos, locues e encadeamentos vocabulares.

    O Acordo de 1990 observa que so escritas aglutinadamente palavras em que o falante contemporneo perdeu a noo de composio: paraquedas mandachuva

    Emprega-se o hfen nos seguintes topnimos:- iniciados por gr e gro: Gro-Par- iniciados por verbo: Passa-Quatro- cujos elementos estejam ligados por artigo: Baa de todos-os-Santos

    Os demais topnimos compostos so escritos separados e sem hfen: Cabo Verde. As excees so: Guin--Bissau e Timor-Leste.

    Emprega-se o hfen em palavras compostas que designam espcies botnicas e zoolgicas: couve-flor bem-te-vi

    Emprega-se o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando encadeamen-tos vocabulares: ponte Rio-Niteri

    Hfen sntese das regras do uso do hfen no caso de prefixos e falsos prefixosPrimeiro elemento Segundo elemento

    aero agro(terra)alfaanteantiarquiautobetabibiocontra

    dieletroentreextrafotogamageogigaheterohidrohipohomo

    ili/ilioinfraintraisolactolipomacromaximegamesomicromini

    monomorfomultinefroneoneuropaleoperipluripoliprotopseudo

    psicoretrosemisobresupraletetetratriultra

    a) iniciado por vogal igual vogal final do 1 elementob) iniciado por h

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    ab ob sob sub iniciado por b, h, rco (com) iniciado por h (a ABL sugere eliminar essa letra, passando-se a grafar,

    assim, coerdar, coerdeiro, coipnimo etc.)ciber inter super nuper hiper

    iniciado por h, r

    ad iniciado por d, h, rpan a) iniciado por vogal

    b) iniciado por h, m, n [diante de b e p passa a pam]circum a) iniciado por vogal

    b) iniciado por h, m, n [aceita formas aglutinadas como circu e circum]almaqumex (cessamento ou estado anterior)recm

    semsotasotovice

    qualquer (sempre)

    ps pr pr

    sempre que conservem autonomia vocabular

    DISTINES

    Distino entre a, , h e

    (I) a. A palavra a pode ser:(i) artigo feminino singular: Eu comprei a roupa ontem. A menina mais bonita da rua.

    (ii) pronome: Mara muito prxima da famlia, mas no a vejo h

    meses.

    (iii) preposio: Andar a cavalo sempre prazeroso.

    (II) . A palavra (com o acento grave) utilizada quando ocorre a contrao da preposio a com o artigo feminino a:

    Joo assistiu cena estarrecido. [assistir a (preposio) + a cena (artigo feminino)].

    (III) h. A palavra h uma forma do verbo haver: H trs meses no chove no interior do Par. [H = faz]No h mais violncia no centro da cidade. [H = existe]Na BR040 h muitos acidentes fatais. [H = acontecem]

    (IV) . A palavra um substantivo e designa a letra a: Est provado por mais b que o vereador estava

    errado.

    Distino entre porque, porqu, por que e por qu

    Estes so os usos das formas porque, porqu, por que e por qu:

    (I) porque: a forma porque pode ser uma conjuno (causal ou explicativa) ou uma pergunta que prope uma causa possvel, limitando a resposta a sim ou no:

    Ela reclama porque carente. [conjuno causal]Ela devia estar com fome, porque estava branca. [conjuno explicativa equivale a pois]O preso fugiu porque dopou o guarda? [pergunta que prope uma causa possvel, limitando a

    resposta a sim ou no]

    (II) porqu: a forma porqu substantivo e equivale ( sinnimo) a causa, motivo, razo. acentuada por ser uma palavra tnica:

    No sabemos o porqu da demisso de Jos. [equivale a: No sabemos o motivo/a causa/a razo

    da demisso de Jos]

    (III) por que: a forma por que (com duas palavras) utilizada quando:

    (i) significa pelo qual (e flexes pela qual, pelas quais, pelos quais). Nesse significado, a palavra que pronome relativo.

    No revelou o motivo por que no compareceu aula. [No revelou o motivo pelo qual no compareceu

    aula]

    (ii) equivale a por qual, por quais. Nessas formas, a forma que pronome indefinido.

    Ela sempre quis saber por que motivo raspei o cabelo.

    (iii) a forma por que advrbio interrogativo. Nessa estrutura, possvel subentender uma das palavras motivo, causa, razo.

    Por que [motivo] faltou aula?

    (iv) a forma por que faz parte de um ttulo.Por que o ser humano chora.

    (IV) por qu: a forma por qu (com duas palavras e acentuada) usada aps pausa acentuada ou em final de frase.

    Estavam no meio daquela baguna sem saber por qu.

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    Distino entre acerca de e cerca de

    (I) A locuo acerca de equivale a a respeito de, sobre. Por exemplo:

    Ns, linguistas, pouco conhecemos acerca da origem da linguagem.

    [= sobre a origem da linguagem a respeito da origem da linguagem]

    (II) A locuo cerca de tem valor de aproximada-mente, quase:

    Cerca de duas horas depois da missa o proco faleceu. [= aproximadamente duas horas depois quase

    duas horas depois].

    Distino entre ao encontro de e de encontro a

    (I) A locuo ao encontro de possui o significado equi-valente s expresses em direo a, a favor de. Veja os exemplos:

    Os vndalos saram ao encontro dos policiais, que fechavam a avenida.

    [= em direo a]Com a deciso da Presidente Dilma, o governo vai ao

    encontro das reivindicaes da populao. [= a favor de]

    (II) A locuo de encontro a antnima locuo ao encontro de. De encontro a significa choque, oposio, sendo equivalente forma contra. Observe a frase a seguir:

    O caminho perdeu os freios e foi de encontro ao carro do deputado.

    [= contra]A deciso do governo foi de encontro aos desejos do

    Movimento Passe Livre. [= contrariou]

    Distino entre aonde e onde

    (I) A forma aonde a contrao da preposio a com do advrbio onde. Emprega-se com verbos que denotam movi-mento e regem a preposio a (verbos ir, chegar, levar):

    Aonde os manifestantes querem chegar? [verbo chegar].Os investigadores descobriram aonde as crianas

    eram levadas. [verbo levar].

    (II) O advrbio onde utilizado com verbos que no denotam movimento e no regem a preposio a:

    Onde mora o presidente da Colmbia? [verbo morar]Os investigadores descobriram onde o dinheiro era

    lavado.[verbo lavar]

    Distino entre eminente e iminente

    Os adjetivos eminente e iminente so parnimos (so quase homnimos, diferenciando-se ligeiramente na grafia e na pronncia).

    (I) O adjetivo eminente tem os seguintes significados:(i) muito acima do que o que est em volta; proemi-

    nente, alto, elevado:

    A torre eminente a mais fotografada.

    (ii) que se destaca por sua qualidade ou importncia; excelente, superior:

    O mestre eminente era seguido por todos.

    (II) O adjetivo iminente, por sua vez, tem o seguinte significado:

    Iminente: o que ameaa se concretizar, que est a ponto de acontecer; prximo, imediato:

    O desabamento iminente o que mais preocupa as autoridades.

    O edital iminente deixa os candidatos ansiosos.

    Distino entre mas e mais

    Na escrita, muito comum haver a troca da forma mas pela forma mais. Os estudantes produzem frases como:

    O pas rico, mais a gesto pblica ineficiente.

    Na oralidade, o fenmeno comum em formas seme-lhantes palavra mas:

    faz/fa(i)z; paz/pa(i)z; ns/n(i)s.

    preciso, porm, distinguir as duas formas, pois na frase O pas rico, mais a gesto pblica ineficiente h inadequao, uma vez que se deve utilizar a forma mas: O pas rico, mas a gesto pblica ineficiente.

    A distino das duas formas a seguinte:

    (I) A palavra mas conjuno que exprime principal-mente oposio, ressalva, restrio:

    O carro no meu, mas de um amigo.

    (II) A palavra mais advrbio e traduz a ideia de aumento, superioridade, intensidade:

    Ele sempre pensa em ganhar mais dinheiro.Ele queria ser mais alto que os outros.

    Distino entre se no e seno

    (I) A forma se no (separado) usada quando o se pode ser substitudo por caso ou na hiptese de que:

    Se no perdoar, no ser perdoado.[se no = caso no. conjuno condicional]Se no chover, viajarei amanh.[se no = na hiptese de que no]

    Tambm h o uso da forma se no como conjuno condicional, equivalendo a quando no:

    A grande maioria, se no a totalidade dos acidentes de trabalho, ocorre com operrios sem equipamentos de segu-rana.

    [se no = quando no](II) A palavra seno (uma nica palavra) possui as

    seguintes realizaes:

    (i) conjuno e significa: (a) de outro modo; do contrrio:Coma, seno ficar de castigo. (b) mas, mas sim, porm:

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    No obteve aplausos, seno vaias.

    (ii) preposio quando equivale a com exceo de, salvo, exceto:

    Todos, seno voc, gostam de bolo.

    (iii) substantivo masculino e significa pequena imper-feio; falha, defeito, mcula:

    No h qualquer seno em sua prova.

    Para concluir nossos estudos sobre Fonologia, vamos ler uma reportagem sobre o Acordo Ortogrfico, a qual foi publicada no dia 28 de dezembro de 2012, no jornal Folha de So Paulo.

    GOVERNO ADIA PARA 2016 INCIO DO ACORDO ORTO-GRFICO

    O governo federal adiou para 2016 a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortogrfico. A deciso foi publicada nesta sexta-feira no "Dirio Oficial da Unio".

    A implantao das novas regras, adotadas pelos seto-res pblico e privado desde 2009, estavam previstas para o prximo dia 1 de janeiro.

    A reforma ortogrfica altera a grafia de cerca de 0,5% das palavras em portugus. At a data da obrigatoriedade, tanto a nova norma como a atual podero ser usadas.

    O adiamento de trs anos abre brechas para que novas mudanas sejam propostas. Isso significa que, embora jor-nais, livros didticos e documentos oficiais j tenham ado-tado o novo acordo, novas alteraes podem ser implemen-tadas ou at mesmo suspensas.

    Diplomacia

    A deciso encarada como um movimento diplomtico, uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as mudanas com Portugal.

    O pas europeu concordou oficialmente com a reforma ortogrfica, mas ainda resiste em adot-la. Assim como o Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um perodo de transio maior.

    No h sanes para quem desrespeitar a regra, que , na prtica, apenas uma tentativa de uniformizar a grafia no Brasil, Portugal, nos pases da frica e no Timor-Leste.

    A inteno era facilitar o intercmbio de obras escritas no idioma entre esses oito pases, alm de fortalecer o peso do idioma em organismos internacionais.

    " muito difcil querer que o portugus seja lngua oficial nas Naes Unidas se vo perguntar: Qual o portugus que vocs querem?", afirma o embaixador Pedro Motta, represen-tante brasileiro na CPLP (Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa).

    (Folha de So Paulo)

    (Folha de So Paulo)

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    CAPTULO 2 MORFOLOGIA ESTRUTURA E FORMAO DAS PALAVRAS

    Neste captulo estudaremos, de modo esquemtico, o assunto morfologia/morfossintaxe. um assunto importante, o qual recorrentemente cobrado em concursos. Observamos que a abordagem a seguir predominantemente lingustica.

    Iniciamos a exposio com a noo de morfema. Nas lnguas humanas, um morfema a menor unidade lingus-tica que possui significado, abarcando razes e afixos, formas livres (por exemplo: mar) e formas presas (por exemplo: sapat-, -o-, -s) e vocbulos gramaticais (preposies, conjun-es). Observe que, em algumas palavras, pode-se identificar duas posies de realizao dos sufixos:

    Prefixo (antes da raiz) Raiz Sufixo (depois da raiz)in- feliz -menteinfelizmente

    H tcnicas para identificao da estrutura mrfica das palavras. Vejamos duas:

    Teste de comutao: mtodo comparativo buscando a deteco das unidades significativas que compem a estru-tura das palavras.

    msica msicasamavam amaram

    Segmentao mrfica: possibilidade ou no de diviso de palavras em unidades menores significativas.

    SolMardeslealdade des- leal -dade

    Palavras-chave!

    Morfema: a menor parte significativa que compe as palavras. um signo mnimo. Radical e afixos: o radical o morfema bsico que constitui uma palavra de categoria lexical (substantivo, adjetivo, verbo e advrbio); os afixos so morfemas presos anexados a um radical (prefixos e sufixos).

    Em morfologia, dois processos so importantes: a flexo e a derivao.

    Flexo: processo morfolgico que consiste no emprego de diferentes afixos acrescentados aos radicais ou aos temas (nominais, verbais etc.) das palavras variveis para exprimir as categorias gramaticais (nmero, gnero, pessoa, caso, tempo etc.).

    Derivao: processo pelo qual se originam vocbulos uns de outros, mediante a insero ou extrao de afixos.

    Kehdi (1993) classifica os seguintes tipos de morfemas em portugus:

    Classificao de carter formal (destaque para o significante)

    Classificao de base funcio-nal (destaque para a funo dos morfemas)

    aditivo: fazer refazer.subtrativo: rfo rf.alternativo: ovo ovos.reduplicativo: pai papai.de posio: grande homem homem grande.zero: casa casas.cumulativo: amamos (-mos = desinncia nmero-pessoa).vazio: cafeZal.

    radicalafixosdesinnciasvogais temticasvogais e consoantes de liga-o

    A frmula geral da estrutura do vocbulo verbal portu-gus a seguinte (Camara Jr., 1977):

    T (R + VT) + SF (SMT + SNP)[em que T (tema), R (radical), VT (vogal temtica), SF

    (sufixo flexional ou desinncia), SMT (sufixo modo-tempo-ral), SNP (sufixo nmero-pessoal)]

    A flexo verbal caracteriza-se na lngua portuguesa

    pelas desinncias indicadoras das seguintes categorias gra-maticais: (a) modo, (b) tempo em um morfema cumulativo , (c) nmero, (d) pessoa em um morfema cumulativo.

    (Folha de So Paulo)

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    Modo: refere-se a um julgamento implcito do falante a respeito da natureza, subjetiva ou no, da comunicao que faz. Indicativo, subjuntivo e imperativo.

    Tempo: refere-se ao momento da ocorrncia do pro-cesso, visto do momento da comunicao. Presente, pret-rito (perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito), futuro (do pre-sente, do pretrito). Tempos compostos: auxiliar (ter e haver) + particpio.

    As formas nominais do verbo so: infinitivo (-r), gern-dio (-ndo) e particpio (-do).

    Sobre as formas nominais, Camara Jr. (1977) pronun-cia-se da seguinte maneira:

    Resta uma apreciao semntica, nas mesmas linhas, das cha-madas formas nominais, cujos nomes tradicionais so infinitivo, gerndio e particpio. Aqui a oposio aspectual e no tempo-ral. O infinitivo a forma mais indefinida do verbo. A tal ponto, que costuma ser citado como o nome do verbo, a forma que de maneira mais ampla e mais vaga resume a sua significao, sem implicaes das noes gramaticais de tempo, aspecto ou modo. Entre o gerndio e o particpio h essencialmente uma oposio de aspecto: o gerndio (processo inconcluso), ao

    passo que o particpio de aspecto concluso ou perfeito. O valor do pretrito ou de voz passiva (com verbos transitivos) que s vezes assume, no mais que um subproduto do seu valor de aspecto perfeito ou concluso.Entretanto, o particpio foge at certo ponto, do ponto de vista mrfico, da natureza verbal. no fundo um adjetivo com as marcas nominais de feminino e de nmero plural em /S/. Ou em outros termos: um nome adjetivo, que semanticamente expressa, em vez da qualidade de um ser, um processo que nele se passa. O estudo morfolgico do sistema verbal portu-gus pode deix-lo de lado, porque morfologicamente ele per-tence aos adjetivos, embora tenha valor verbal no mbito semn-tico e sinttico. O gerndio, ao contrrio, morfologicamente uma forma verbal.

    Depreenso morfolgica (como identificar morfemas)

    A tcnica de depreenso simples: se tivermos uma forma verbal a ser analisada, procedemos comutao ao mesmo tempo com o infinitivo impessoal e com a primeira pessoa do plural do tempo em que se encontra o verbo. O infinitivo sem o /r/ apresenta o radical e a vogal temtica. A primeira pessoa do plural exibe a desinncia [-mos] (SNP ou DNP). O que sobrar ser a desinncia modo-temporal.

    Exerccio: indique nos quadros em branco a VT, os SMT e os SNP.

    Ind i ca t i vo Presente

    VT SMT SNP P r e t r i t o imperfeito

    VT SMT SNP Sub jun t i vo Presente

    VT SMT SNP

    AmoAmasAmaAmamosAmaisAmam

    AmavaAmavasAmavaAmvamosAmveisAmavam

    CanteCantesCanteCantemosCanteisCantem

    As categorias verbais

    A categoria de tempo

    A categoria de tempo constitui uma relao entre dois momentos: momento da comunicao e momento do pro-cesso.

    Em portugus: passado x presente x futuro.

    Tempos simples:I Presente: simultaneidade entre momento da comu-

    nicao e momento de ocorrncia do processo. II Passado ou pretrito: anterioridade entre o mo-

    mento da ocorrncia do processo e o momento da comunicao (o processo que se est enunciando ocorreu antes do momento da fala).

    III Futuro: indica relao de posterioridade. O proces-so ainda vai ocorrer, posterior fala.

    Tempos complexos: ocorrem quando h dois proces-sos. Alm de estabelecer relao entre os dois processos e o momento da comunicao, deve-se estabelecer relao entre os dois processos entre si.

    Verbos notveis

    Antes de estudar alguns verbos notveis da lngua por-tuguesa, importante que o estudante saiba da existncia de duas caractersticas dos verbos: ser rizotnico ou arrizotnico.

    Rizotnicos: so as estruturas verbais com a slaba tnica dentro do radical.

    Arrizotnicos: so as estruturas verbais com a slaba tnica fora do radical.

    Arrear

    Verbo irregular da 1 conjugao. Significa pr arreio. Como ele, conjugam-se todos os verbos terminados em -ear. Variam no radical, que recebe um i nas formas rizotnicas.

    Presente do Indicativo: arreio, arreias, arreia, arrea-mos, arreais, arreiam.

    Presente do Subjuntivo: arreie, arreies, arreie, arree-mos, arreeis, arreiem.

    Imperativo Afirmativo: arreia, arreie, arreemos, arreai, arreiem.

    Imperativo Negativo: no arreies, no arreie, no arree-mos, no arreeis, no arreiem.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Pretrito Perfeito do Indicativo: arreei, arreaste, arreou, arreamos, arreastes, arrearam.

    Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: arreara, arre-aras, arreara, arreramos, arrereis, arrearam.

    Futuro do Subjuntivo: arrear, arreares, arrear, arrear-mos, arreardes, arrearem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: arreasse, arreas-ses, arreasse, arressemos, arresseis, arreassem.

    Futuro do Presente: arrearei, arrears, arrear, arrea-remos, arreareis, arrearo.

    Futuro do Pretrito: arrearia, arrearias, arrearia, arre-aramos, arreareis, arreariam.

    Infinitivo Pessoal: arrear, arreares, arrear, arrearmos, arreardes, arrearem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: arreava, arreavas, arreava, arrevamos, arreveis, arreavam.

    Formas Nominais: arrear, arreando, arreado. Arriar

    Verbo regular da 1 conjugao. Significa fazer descer. Como ele, conjugam-se todos os verbos terminados em -iar, menos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.

    Presente do Indicativo: arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.

    Presente do Subjuntivo: arrie, arries, arrie, arriemos, arrieis, arriem.

    Imperativo Afirmativo: arria, arrie, arriemos, arriai, arriem.

    Imperativo Negativo: no arries, no arrie, no arrie-mos, no arrieis, no arriem.

    Pretrito Perfeito do Indicativo: arriei, arriaste, arriou, arriamos, arriastes, arriaram.

    Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: arriara, arria-ras, arriara, arriramos, arrireis, arriaram.

    Futuro do Subjuntivo: arriar, arriares, arriar, arriar-mos, arriardes, arriarem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: arriasse, arriasses, arriasse, arrissemos, arrisseis, arriassem.

    Futuro do Presente: arriarei, arriars, arriar, arriare-mos, arriareis, arriaro.

    Futuro do Pretrito: arriaria, arriarias, arriaria, arriar-amos, arriareis, arriariam.

    Infinitivo Pessoal: arriar, arriares, arriar, arriarmos, arriardes, arriarem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: arriava, arriavas, arriava, arrivamos, arriveis, arriavam.

    Formas Nominais: arriar, arriando, arriado. Ansiar

    Verbo irregular da 1 conjugao. Como ele, conjugam--se mediar, remediar, incendiar e odiar. Variam no radical, que recebe um e nas formas rizotnicas.

    Presente do Indicativo: anseio, anseias, anseia, ansiamos, ansiais, anseiam.

    Presente do Subjuntivo: anseie, anseies, anseie, ansiemos, ansieis, anseiem.

    Imperativo Afirmativo: anseia, anseie, ansiemos, ansiai, anseiem.

    Imperativo Negativo: no anseies, no anseie, no ansiemos, no ansieis, no anseiem.

    Pretrito Perfeito do Indicativo: ansiei, ansiaste, ansiou, ansiamos, ansiastes, ansiaram.

    Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: ansiara, ansiaras, ansiara, ansiramos, ansireis, ansiaram.

    Futuro do Subjuntivo: ansiar, ansiares, ansiar, ansiar-mos, ansiardes, ansiarem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: ansiasse, ansias-ses, ansiasse, ansissemos, ansisseis, ansiassem.

    Futuro do Presente: ansiarei, ansiars, ansiar, ansiaremos, ansiareis, ansiaro.

    Futuro do Pretrito: ansiaria, ansiarias, ansiaria, ansiaramos, ansiareis, ansiariam.

    Infinitivo Pessoal: ansiar, ansiares, ansiar, ansiar-mos, ansiardes, ansiarem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: ansiava, ansiavas, ansiava, ansivamos, ansiveis, ansiavam.

    Formas Nominais: ansiar, ansiando, ansiado. Haver

    Verbo irregular da 2 conjugao. Varia no radical e nas desinncias.

    Presente do Indicativo: hei, hs, h, havemos, haveis, ho.

    Presente do Subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam.

    Imperativo Afirmativo: h, haja, hajamos, havei, hajam.

    Imperativo Negativo: no hajas, no haja, no haja-mos, no hajais, no hajam.

    Pretrito Perfeito do Indicativo: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram.

    Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: houvera, houveras, houvera, houvramos, houvreis, houveram.

    Futuro do Subjuntivo: houver, houveres, houver, hou-vermos, houverdes, houverem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: houvesse, houves-ses, houvesse, houvssemos, houvsseis, houvessem.

    Futuro do Presente: haverei, havers, haver, have-remos, havereis, havero.

    Futuro do Pretrito: haveria, haverias, haveria, have-ramos, havereis, haveriam.

    Infinitivo Pessoal: haver, haveres, haver, havermos, haverdes, haverem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: havia, havias, havia, havamos, haveis, haviam.

    Formas Nominais: haver, havendo, havido. Reaver

    Verbo defectivo da 2 conjugao. Faltam-lhe as formas rizotnicas e derivadas. As formas no existentes devem ser substitudas pelas do verbo recuperar.

    Presente do Indicativo: ///, ///, ///, reavemos, reaveis, ///.

    Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, reavei vs, ///.Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Pretrito Perfeito do Indicativo: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.

    Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: reouvera, reouveras, reouvera, reouvramos, reouvreis, reouve-ram.

    Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: reouvesse, reou-vesses, reouvesse, reouvssemos, reouvsseis, reou-vessem.

    Futuro do Presente: reaverei, reavers, reaver, rea-veremos, reavereis, reavero.

    Futuro do Pretrito: reaveria, reaverias, reaveria, rea-veramos, reavereis, reaveriam.

    Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reaver-mos, reaverdes, reaverem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: reavia, reavias, reavia, reavamos, reaveis, reaviam.

    Formas Nominais: reaver, reavendo, reavido.

    Precaver

    Verbo defectivo da 2 conjugao, quase sempre usado pronominalmente (precaver-se). Faltam-lhe as formas rizo-tnicas e derivadas. As formas no existentes devem ser substitudas pelas dos verbos acautelar-se, prevenir-se. As formas existentes so conjugadas regularmente, ou seja, seguem a conjugao de qualquer verbo regular terminado em -er, como escrever.

    Presente do Indicativo: ///, ///, ///, precavemos, preca-veis, ///.

    Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, prevavei vs, ///.Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///.Pretrito Perfeito do Indicativo: precavi, precaveste,

    precaveu, precavemos, precavestes, precaveram.Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: precavera,

    precavera, precavera, precavramos, precavreis, pre-caveram.

    Futuro do Subjuntivo: precaver, precaveres, preca-ver, precavermos, precaverdes, precaverem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: precavesse, preca-vesses, precavesse, precavssemos, precavsseis, pre-cavessem.

    Futuro do Presente: precaverei, precavers, preca-ver, precaveremos, precavereis, precavero.

    Futuro do Pretrito: precaveria, precaverias, precave-ria, precaveramos, precavereis, precaveriam.

    Infinitivo Pessoal: precaver, precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: precavia, precavias, precavia, precavamos, precaveis, precaviam.

    Formas Nominais: precaver, precavendo, precavido. Prover

    Verbo irregular da 2 conjugao que significa abas-tecer. Varia nas desinncias. No presente do indicativo, no presente do subjuntivo, no imperativo afirmativo e no impe-rativo negativo tem conjugao idntica do verbo ver; no

    restante dos tempos, tem conjugao regular, ou seja, segue a conjugao de qualquer verbo regular terminado em -er, como escrever.

    Presente do Indicativo: provejo, provs, prov, pro-vemos, provedes, provem.

    Presente do Subjuntivo: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam.

    Imperativo Afirmativo: prov, proveja, provejamos, provede, provejam.

    Imperativo Negativo: no provejas, no proveja, no provejamos, no provejais, no provejam.

    Pretrito Perfeito do Indicativo: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.

    Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: provera, proveras, provera, provramos, provreis, proveram.

    Futuro do Subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: provesse, pro-vesses, provesse, provssemos, provsseis, proves-sem.

    Futuro do Presente: proverei, provers, prover, proveremos, provereis, provero.

    Futuro do Pretrito: proveria, proverias, proveria, proveramos, provereis, proveriam.

    Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, prover-mos, proverdes, proverem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: provia, provias, provia, provamos, proveis, proviam.

    Formas Nominais: prover, provendo, provido. Requerer

    Verbo irregular da 2 conjugao que significa pedir, solicitar, por meio de requerimento. Varia no radical. No presente do indicativo, no presente do subjuntivo, no imperativo afirmativo e no imperativo negativo tem con-jugao idntica do verbo querer, com exceo da 1 pessoa do singular do presente do indicativo (eu requeiro); no restante dos tempos, tem conjugao regular, ou seja, segue a conjugao de qualquer verbo regular terminado em -er, como escrever.

    Presente do Indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.

    Presente do Subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.

    Imperativo Afirmativo: requere, requeira, requeira-mos, requerei, requeiram.

    Imperativo Negativo: no requeiras, no requeira, no requeiramos, no requeirais, no requeiram.

    Pretrito Perfeito do Indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram.

    Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: requerera, requereras, requerera, requerramos, requerreis, requereram.

    Futuro do Subjuntivo: requerer, requereres, reque-rer, requerermos, requererdes, requererem.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, requerssemos, requers-seis, requeressem.

    Futuro do Presente: requererei, requerers, reque-rer, requereremos, requerereis, requerero.

    Futuro do Pretrito: requereria, requererias, reque-reria, requereramos, requerereis, requereriam.

    Infinitivo Pessoal: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: requeria, reque-rias, requeria, requeramos, requereis, requeriam.

    Formas Nominais: requerer, requerendo, reque-rido.

    Verbos defectivos 1

    Colorir

    Verbo defectivo, da 3 conjugao. Faltam-lhe a 1 pessoa do singular do Presente do Indicativo e as formas derivadas dela. Como ele, conjugam-se os verbos:

    aboliraturdir (atordoar)brandir (acenar, agitar a mo)banircarpirdelir (apagar)demolirexaurir (esgotar, ressecar)explodirfremir (gemer)haurir (beber, sorver)delinquirextorquirpuir (desgastar, polir)ruirretorquir (replicar, contrapor)latirurgir (ser urgente)tinir (soar)pascer (pastar)

    Colorir

    Presente do Indicativo: ///, colores, colore, colori-mos, coloris, colorem.

    Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.Imperativo Afirmativo: colore, ///, ///, colori, ///.Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.Pretrito Perfeito do Indicativo: colori, coloriste,

    coloriu, colorimos, coloris, coloriram.Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: colorira,

    coloriras, colorira, colorramos, colorreis, coloriram.

    1 Diz-se do verbo que no apresenta todas as formas do paradigma a que pertence.

    Futuro do Subjuntivo: colorir, colorires, colorir, colorirmos, colorirdes, colorirem.

    Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: colorisse, colo-risses, colorisse, colorssemos, colorsseis, coloris-sem.

    Futuro do Presente: colorirei, colorirs, colorir, coloriremos, colorireis, coloriro.

    Futuro do Pretrito: coloriria, coloririas, coloriria, coloriramos, colorireis, coloririam.

    Infinitivo Pessoal: colorir, colorires, colorir, colo-rirmos, colorirdes, colorirem.

    Pretrito Imperfeito do Indicativo: coloria, colorias, coloria, coloramos, coloreis, coloriam.

    Formas Nominais: colorir, colorindo, colorido. Falir

    Verbo defectivo, da 3 conjugao. Faltam-lhe as formas rizotnicas do Presente do Indicativo e as formas delas derivadas. Como ele, conjugam-se:

    aguerrir (tornar valoroso)adequarcombalir (tornar debilitado)embair (enganar)empedernir (petrificar, endurecer)esbaforir-seespavorirforagir-seremir (adquirir de novo, salvar, reparar, indenizar,

    recuperar-se de uma falha), renhir (disputar)transir (trespassar, penetrar)

    Falir

    Presente do Indicativo: ///, ///, ///, falimos, falis, ///.Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, fali, ///.Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.Pretrito Perfeito do Indicativo: fali, faliste, faliu,

    falimos, falistes, faliram.Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo: falira, fali-

    ras, falira, falramos, falreis, faliram.Futuro do Subjuntivo: falir, falires, falir, falirmos,

    falirdes, falirem.Pretrito Imperfeito do Subjuntivo: falisse, falisses,

    falisse, falssemos, falsseis, falissem.Futuro do Presente: falirei, falirs, falir, faliremos,

    falireis, faliro.Futuro do Pretrito: faliria, falirias, faliria, falira-

    mos, falireis, faliriam.Infinitivo Pessoal: falir, falires, falir, falirmos, falir-

    des, falirem.Pretrito Imperfeito do Indicativo: falia, falias, falia,

    falamos, faleis, faliam.Formas Nominais: falir, falindo, falido.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Processo de criao de palavras (derivao)

    A derivao o processo pelo qual se originam voc-bulos uns de outros, mediante a insero ou extrao de afixos. Pode ocorrer por:

    Processo Exemplificao

    Prefixao ou sufixao: Infeliz (prefixao: in- + feliz)Felizmente (sufixao: feliz + -mente)

    Prefixao e sufixao: Infelizmente (prefixao e sufi-xao).

    Derivao imprpria: forma-o de palavras por meio da mudana da categoria gra-matical sem a modificao da forma.

    Passagem do substantivo pr-prio para o comum (barnab, benjamim, cristo), de substan-tivo comum a prprio (Oliveira, Leo), de adjetivo a substan-tivo (barroco, tnica), de subs-tantivo a adjetivo ou apositivo (burro, rosa, padro, D. Joo V), de verbo a substantivo (o fazer, o dizer).

    Derivao parassinttica: for-mao de palavras em que se verifica prefixao e sufixao simultaneamente.

    aclarar < claroentardecer < tarde

    Derivao regressiva: criao de um substantivo pela elimi-nao de sufixo da palavra derivante, e acrscimo de uma vogal temtica.

    abalo, de abalarsaque, de sacar

    Derivao prpria: forma-o de palavras por meio da adio de sufixos derivacio-nais a um radical.

    livraria, livreiro < livroinfeliz < feliz

    Aglutinao: reunio em um s vocbulo, com significado independente, de dois ou mais vocbulos distintos; ocorre perda de fonemas e especial-mente de acento de um dos vocbulos aglutinados.

    aguardente por gua + ardentepernalta por perna + alta

    Justaposio: reunio, em uma s palavra com signifi-cado independente, de pala-vras distintas que conservam, cada uma, sua integridade fontica.

    laranja-peraporta-malasmadreprolacantocho

    As classes de palavras H dez classes de palavras em portugus:

    1) Substantivo2) Adjetivo3) Verbo4) Advrbio5) Pronome6) Preposio7) Artigo8) Numeral9) Conjuno10) Interjeio

    Vejamos a definio de cada uma delas:

    SubstantivoClasse de palavras com que se denominam os seres,

    animados ou inanimados, concretos ou abstratos, os estados, as qualidades, as aes.

    Qualquer morfema susceptvel de ser antecedido por outro da classe dos determinantes, compondo com ele um sintagma nominal.

    AdjetivoQue serve para modificar um substantivo, acrescentando

    uma qualidade, uma extenso ou uma quantidade quilo que ele nomeia (diz-se de palavra, locuo, orao, pronome).

    Palavra que se junta ao substantivo para modificar o seu significado, acrescentando-lhe noes de qualidade, natu-reza, estado etc.

    VerboClasse de palavras que, do ponto de vista semntico,

    contm as noes de ao, processo ou estado, e, do ponto de vista sinttico, exercem a funo de ncleo do predicado das sentenas.

    Nas lnguas flexionais e aglutinantes, palavra perten-cente a um paradigma cujas flexes indicam algumas cate-gorias, como o tempo (que localiza ao, processo ou estado em relao ao momento da fala), a pessoa (indica o emis-sor, o destinatrio ou o ser sobre o qual se fala), o nmero (indica se o sujeito gramatical singular ou plural), o modo (indica a atitude do emissor quanto ao fato por ele enunciado, que pode ser de certeza, dvida, temor, desejo, ordem etc.), a voz (indica se o sujeito gramatical agente, paciente ou, ao mesmo tempo, agente e paciente da ao), o aspecto (for-nece detalhes a respeito do modo de ser da ao, se unit-ria, momentnea, prolongada, habitual etc.).

    AdvrbioPalavra invarivel que funciona como um modificador

    de um verbo (dormir pouco), um adjetivo (muito bom), um outro advrbio (deveras astuciosamente), uma frase (feliz-mente ele chegou), exprimindo circunstncia de tempo, modo, lugar, qualidade, causa, intensidade, oposio, afirma-o, negao, dvida, aprovao etc.

    PronomePalavra que representa um nome, um termo usado com

    a funo de um nome, um adjetivo ou toda uma orao que a segue ou antecede.

    PreposioPalavra gramatical, invarivel, que liga dois elementos

    de uma frase, estabelecendo uma relao entre eles.

    ArtigoSubcategoria de determinantes do nome. Em portugus,

    sempre anteposto ao substantivo.

    NumeralDiz-se de ou classe de palavras que indica quantidade

    numrica.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    ConjunoVocbulo ou sintagma invarivel, usado para ligar uma

    orao subordinada sua principal, ou para coordenar per-odos ou sintagmas do mesmo tipo ou funo.

    InterjeioPalavra invarivel ou sintagma que formam, por si ss,

    frases que exprimem uma emoo, uma sensao, uma ordem, um apelo ou descrevem um rudo (por exemplo: psiu!, oh!, coragem!, meu Deus!).

    A seo a seguir tem por objetivo proporcionar a voc, estudante, uma tcnica eficaz de identificao das classes gramaticais mais importantes.

    Identificao das classes gramaticais

    Iniciemos pela forma como as palavras so classifica-das morfologicamente:

    Forma: define-se segundo os elementos estruturais que vierem a compor ou a decompor paradigmaticamente as palavras.

    Funo: conforme a posio ocupada no eixo sintag-mtico.

    Sentido: depreende-se da relao entre ambas as coisas, associado quase sempre a fatores de ordem extra-lingustica.

    Substantivo Adjetivo Verbo Advrbio

    Palavra-chave!

    Sintagmtico: diz-se da relao entre unidades da lngua que se encontram contguas na cadeia da fala e no podem se substituir mutuamente, pois tm funes diferentes (por exemplo, em cu azul e eles chegaram, a relao entre cu e azul, e entre eles e chegaram).Paradigmtico: relativo a ou que pertence a uma srie de unida-des que possuem trao(s) em comum e que podem se substituir mutuamente num determinado ponto da cadeia da fala; asso-ciativo.

    IMPORTANTE:

    A lngua no funciona em relao a um nico eixo (paradigmtico ou sintagmtico).

    Fator sinttico (posio horizontal)

    homem grande/grande homem funcionrio novo/novo funcionrio

    Mudana no eixo paradigmtico tambm altera a cons-truo de sentido, ainda que a classificao permanea inal-terada.

    Este o romance mais bonito de Jorge Amado. Este o barco mais bonito de Jorge Amado.

    A definio semntica no suficientemente adequada para definir substantivo, adjetivo e verbo.

    Caminho terico mais coerente: explicaes de car-ter formal e sinttico (e morfossinttico).

    Os critrios mrfico (ou formal) e sinttico para classificao morfolgica

    Tais ocorrncias envolvem cortes verticais no eixo paradigmtico? Envolve elementos estruturais das palavras (gramemas dependentes, como desinncias, afixos etc.)?

    Explicao mrfica: flexo e derivao.

    gato/gata moral/imoral/amoral Explicao sinttica: Personagem esquisita um bonito personagem Este pires muitos pires.

    Quais palavras (independentemente de serem seres ou no) se deixam anteceder pelos determinantes?

    No funo popular impedir reajustes de preo na prxima temporada.

    funo (os) reajustes (o) preo temporada

    A fora substantivadora dos determinantes to grande que pode transformar qualquer palavra de qualquer outra categoria em substantivos.

    AdjetivoSomente as palavras que so adjetivos aceitam o

    sufixo mente (originando, dessa forma, um advrbio).

    IMPORTANTE:

    Todo adjetivo palavra varivel em gnero e/ou nmero e deixa-se articular (ou modificar) por outra que seja advrbio.

    ou adjetivo toda palavra varivel em gnero e/ou nmero que

    se deixar anteceder por to (ou por qualquer intensificador como bem ou muito, dependendo do contexto).

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Como exerccio, encontre os adjetivos nestas sentenas:

    No funo _____ popular___ impedir reajustes de preo na _____ prxima___ temporada.

    Ele no _____ homem para isso.

    A resoluo est organizada a seguir:

    No funo (to) popular(es) impedir reajustes de preo na (to) prxima(s) temporada.

    Ele no (to) homem para isso.

    IMPORTANTE:

    Constatar a flexo e a articulao com o substantivo so procedimentos fundamentais para distinguir o adjetivo do advrbio.

    VerboO verbo, na lngua portuguesa, constitui a classe de

    maior riqueza formal e, por esse critrio, torna-se facilmente identificvel.

    Apenas os verbos articulam-se com os pronomes pes-soais do caso reto (Eu, Tu, Ele/Ela, Ns, Vs, Eles/Elas).

    AdvrbioNo eixo sintagmtico: articula-se com verbos, adjetivos

    e advrbios.

    Ela fala bem. Ela parece extremamente cansada. Ela fala muito bem.

    IMPORTANTE:

    advrbio toda palavra invarivel em gnero e/ou nmero que se deixa anteceder por TO (ou por bem, ou por muito, dependendo do contexto).

    CAPTULO 3 SINTAXE

    SINTAXE DA ORAO E DO PERODO

    Frase, perodo e orao

    Frase a construo que encerra um sentido com-pleto, podendo ser formada por uma ou mais palavras, com ou sem verbo, ou por uma ou mais oraes; pode ser afirma-tiva, negativa, interrogativa, exclamativa ou imperativa.

    Vejamos alguns exemplos: Pare! Fogo! Parada de nibus. Vendem-se casas. A Maria disse que o Joo voltar amanh. O governo no dar continuidade poltica de sane-

    amento bsico. Os dirigentes chegaram? Isso um absurdo! Adicione duas xcaras de leite.

    Orao uma frase, ou membro de frase, que contm um verbo (ou locuo verbal 2). A orao pode ser coorde-nada ou subordinada:

    O Joo chegou e j se sentou. O governo afirmou que as polticas pblicas sero mais

    eficazes.

    O perodo uma frase que contm uma ou mais ora-es. Inicia-se por letra maiscula e encerra-se por ponto final (ou equivalente).

    A ordem dos termos

    Em portugus, as sentenas so organizadas na ordem (direta):

    Sujeito Verbo Objeto (complemento) Adjuntos

    O governo investiu R$ 100 milhes em educao no ano passado.

    Vozes do verbo

    Vozes so a forma em que se apresenta o verbo para indicar a relao que h entre ele e o seu sujeito. Em lngua portuguesa, h trs tipos de voz: ativa, passiva e refle-xiva. Vejamos a definio de cada uma:

    1. Voz ativaVoz do verbo em que o sujeito pratica a ao (por exem-

    plo, Joo cortou a rvore)

    2. Voz passivaVoz do verbo na qual o sujeito da orao recebe a inter-

    pretao de paciente, em lugar da de agente da ao verbal (por exemplo, Pedro foi demitido)

    2.1. Voz passiva analticaVoz passiva com o verbo principal na forma de particpio

    e com verbo auxiliar (ser, estar, andar etc.) recebendo as indicaes de tempo, modo e concordncia.

    O sujeito equivale ao objeto direto da ativa correspon-dente, e o sintagma agentivo, opcional, vem precedido de por:

    O cocheiro foi mordido (pelo cavalo).

    2.2. Voz passiva sintticaVoz passiva com o verbo na terceira pessoa construdo

    com o pronome apassivador se, sem indicao do agente. Por exemplo:

    No se encontrou nenhum vestgio de vinho no copo.Vendem-se livros usados.

    3. Voz reflexivaVoz com verbo na forma ativa tendo como complemento

    um pronome reflexivo, indicando a identidade entre quem pro-voca e quem sofre a ao verbal:

    2 Conjunto de palavras que equivalem a um s voc-bulo, por terem significado, conjunto prprio e funo grama-tical nica. O Joo vai chegar cedo.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Feri-me.Eles se prejudicaram.

    O sujeitoSujeito termo da orao sobre o qual recai a predi-

    cao da orao e com o qual o verbo concorda. Pode ser:

    I Indeterminado: Pedro, disseram-me que voc falou mal de mim. Precisa-se de empregados (ndice de indetermina-

    o do sujeito). Vive-se bem aqui (ndice de indeterminao do sujeito).

    II Impessoal: H bons livros na livraria. Faz frio. Chove.

    III Explicitado lexicalmente: O sol um astro luminoso.

    IV Explicitado pronominalmente: Eu estudo no colgio Dom Pedro II.

    V Desinencial: Brincamos todos os dias na praa.

    As formas pronominais retas (as quais ocupam a posi-o de sujeito) so as seguintes:

    1 pessoa (singular ou plural): eu ns. 2 pessoa (singular ou plural): tu vs. 3 pessoa (singular ou plural): ele eles.

    Paralelismo sinttico

    Paralelismo sinttico a identidade de estrutura numa sucesso de frases. Vejamos a frase a seguir:

    O esforo grande e o homem pequeno.

    Nessa frase, h uma simetria estrutural entre as duas oraes. Ambas so estruturadas por um verbo de ligao e um predicativo do sujeito.

    Segundo Azeredo (2008), paralelismo sinttico a perfeita correlao na estrutura sinttica da frase. Como a coordenao um processo que encadeia valores sintticos idnticos, presume-se que os elementos sintticos coorde-nados entre si devam apresentar, em princpio, estruturas gramaticais similares. Portanto, a coordenao sinttica deve comportar constituintes do mesmo tipo.

    muito importante observar que o paralelismo sinttico no se enquadra em uma norma gramatical rgida. poss-vel construir sentenas na lngua que no seguem o princ-pio do paralelismo:

    Este um carro possante e que alcana grande velo-cidade.

    Veja que nessa frase coordenamos termos de nature-zas distintas: um sintagma adjetival bsico (possante) e um sintagma adjetival derivado (que alcana grande veloci-dade). Respeitar-se-ia o princpio do paralelismo se a frase tivesse a seguinte estrutura:

    Este um carro que tem muita fora e que pode alcanar grande velocidade.

    Nessa ltima frase, coordenamos dois sintagmas adje-tivais derivados.

    Por fim, tambm importante destacar que ambas as formas so perfeitamente aceitveis, pois nenhuma das frases fere a integridade sinttica do sistema lingustico. A escolha entre ambas uma questo estilstica.

    CONCORDNCIA NOMINAL E VERBAL

    A exposio dos contedos a seguir (Concordn-cia Nominal e Verbal, Regncia Verbal e Nominal e Rela-es de Coordenao e Subordinao entre oraes e entre termos da orao) ser baseada nas orientaes do Manual de Redao da Presidncia Repblica. Optamos por essa abordagem pelo fato de a obra de referncia (Manual da Presidncia) ser objetiva, sinttica e completa.

    Concordncia

    Concordncia o processo sinttico segundo o qual certas palavras se flexionam, na sua forma, s palavras de que dependem.

    Veremos que essa flexo ocorre quanto a gnero e nmero (nos adjetivos nomes ou pronomes), nmeros e pessoa (nos verbos). Iniciemos pela Concordncia Verbal, mais extensa.

    Concordncia Verbal

    A regra geral para a concordncia a seguinte: o verbo concorda com seu sujeito em pessoa e nmero.

    Se o sujeito for simples, isto , se tiver apenas um ncleo, com ele concorda o verbo em pessoa e nmero. Vejamos os exemplos:

    O Chefe da Seo pediu maior assiduidade. A inflao deve ser combatida por todos. Os servidores do Ministrio concordaram com a

    proposta. Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir mais

    de um ncleo, o verbo vai para o plural e para a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1 pessoa tem priori-dade sobre a 2 e a 3; a 2 sobre a 3; na ausncia de uma e outra, o verbo vai para a 3 pessoa.

    Eu e Maria queremos viajar em maio. Eu, tu e Joo somos amigos. O Presidente e os Ministros chegaram logo.

    Em concursos pblicos, h certas estruturas recorren-temente cobradas. Vejamos, a seguir, algumas questes que costumam suscitar dvidas quanto correta concordn-cia verbal.

    a) H trs casos de sujeito inexistente:1. com verbos de fenmenos meteorolgicos:Choveu (geou, ventou...) ontem.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    2. em que o verbo haver empregado no sentido de existir ou de tempo transcorrido:

    Haver descontentes no governo e na oposio.Havia cinco anos no ia a Braslia.

    Para certificar-se de que esse haver impessoal, basta recorrer ao singular do indicativo: Se h ( e nunca: *ho) dvidas... H (e jamais: * Ho) descontentes...

    3. em que o verbo fazer empregado no sentido de

    tempo transcorrido:Faz dez dias que no durmo.Semana passada fez dois meses que iniciou a apura-

    o das irregularidades.

    IMPORTANTE:

    Fazem cinco anos que no vou a Braslia. (Inadequado) Faz cinco anos que no vou a Braslia. (Adequado)

    So muito frequentes os erros de pessoalizao dos verbos haver e fazer em locues verbais (ou seja, quando acompanha-dos de verbo auxiliar). Nestes casos, os verbos haver e fazer transmitem sua impessoalidade ao verbo auxiliar:

    Vo fazer cinco anos que ingressei no Servio Pblico. (Inadequado)

    Vai fazer cinco anos que ingressei no Servio Pblico. (Adequado)

    Depois das ltimas chuvas, podem haver centenas de desabrigados. (Inadequado)

    Depois das ltimas chuvas, pode haver centenas de desa-brigados. (Adequado)

    Devem haver solues urgentes para estes problemas. (Inadequado)

    Deve haver solues urgentes para estes problemas. (Adequado)

    b) Concordncia facultativa com sujeito mais prximo: quando o sujeito composto figurar aps o verbo, pode este flexionar-se no plural ou concordar com o elemento mais prximo.

    Venceremos eu e voc.Ou: Vencerei eu e voc.Ou, ainda: Vencer voc e eu.

    c) Quando o sujeito composto for constitudo de pala-vras sinnimas (ou quase), formando um todo indiviso, ou de elementos que simplesmente se reforam, a concordn-cia facultativa, ou com o elemento mais prximo ou com a ideia plural contida nos dois ou mais elementos:

    A sociedade, o povo une-se para construir um pas mais justo.

    Ou ento: A sociedade, o povo unem-se para construir um

    pas mais justo.

    d) O substantivo que se segue expresso um e outro fica no singular, mas o verbo pode empregar-se no singular ou no plural:

    Um e outro decreto trata da mesma questo jur-dica.

    Ou: Um e outro decreto tratam da mesma questo jur-

    dica.

    e) As locues um ou outro, ou nem um, nem outro, seguidas ou no de substantivo, exigem o verbo no singu-lar:

    Uma ou outra opo acabar por prevalecer. Nem uma, nem outra medida resolver o pro-

    blema.

    f) No emprego da locuo um dos que, admite-se dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo no plural (preva-lece este no uso atual):

    Um dos fatores que influenciaram (ou influen-ciou) a deciso foi a urgncia de obter resultados concre-tos.

    A adoo da trgua de preos foi uma das medidas que geraram (ou gerou) mais impacto na opinio pblica.

    g) O verbo que tiver como sujeito o pronome relativo quem tanto pode ficar na terceira pessoa do singular, como concordar com a pessoa gramatical do antecedente a que se refere o pronome:

    Fui eu quem resolveu a questo. ou: Fui eu quem resolvi a questo.

    h) Verbo apassivado pelo pronome se deve concordar com o sujeito que, no caso est sempre expresso e vem a ser o paciente da ao ou o objeto direto na forma ativa correspondente:

    Vendem-se apartamentos funcionais e residncias oficiais.

    Para obterem-se resultados so necessrios sacri-fcios.

    Compare: apartamentos so vendidos vendem apartamentosresultados so obtidos obtiveram resultados

    Verbo transitivo indireto (isto , que rege preposio) fica na terceira pessoa do singular; o se, no caso, no apassivador pois verbo transitivo indireto no apassiv-vel:

    *O prdio carecido de reformas. * tratado de questes preliminares. Assim, o

    adequado : Assiste-se a mudanas radicais no Pas. (E no

    *Assistem-se a...) Precisa-se de homens corajosos para mudar o

    Pas. (E no *Precisam-se de...) Trata-se de questes preliminares ao debate. (E

    no *Tratam-se de...)

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    i) Expresses de sentido quantitativo (grande nmero de, grande quantidade de, parte de, grande parte de, a maioria de, a maior parte de, etc.) acompanhadas de com-plemento no plural admitem concordncia verbal no singular ou no plural. Nesta ltima hiptese, temos concordncia ideolgica, por oposio concordncia lgica, que se faz com o ncleo sinttico do sintagma (ou locuo) nominal (a maioria + de...):

    A maioria dos condenados acabou (ou acabaram) por confessar sua culpa.

    Um grande nmero de Estados aprovaram (ou aprovou) a Resoluo da ONU.

    Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram) as medidas.

    j) Concordncia do verbo ser: segue a regra geral (concordncia com o sujeito em pessoa e nmero), mas nos seguintes casos feita com o predicativo:

    1. quando inexiste sujeito: Hoje so dez de julho. Agora so seis horas. Do Planalto ao Congresso so duzentos metros. Hoje dia quinze.

    2. quando o sujeito refere-se a coisa e est no singular e o predicativo substantivo no plural:

    Minha preocupao so os despossudos. O principal erro foram as manifestaes extempo-

    rneas.

    3. quando os demonstrativos tudo, isto, isso, aquilo ocupam a funo de sujeito:

    Tudo so comemoraes no aniversrio do muni-cpio.

    Isto so as possibilidades concretas de solucionar o problema.

    Aquilo foram gastos inteis.

    4. quando a funo de sujeito exercida por palavra ou locuo de sentido coletivo: a maioria, grande nmero, a maior parte, etc.

    A maioria eram servidores de reparties extintas. Grande nmero (de candidatos) foram reprovados

    no exame de redao. A maior parte so pequenos investidores.

    5. quando um pronome pessoal desempenhar a funo de predicativo:

    Naquele ano, o assessor especial fui eu. O encarregado da superviso s tu. O autor do projeto somos ns.

    Nos casos de frases em que so empregadas expres-ses muito, pouco, mais de, menos de o verbo ser fica no singular:

    Trs semanas muito. Duas horas pouco. Trezentos mil mais do que eu preciso.

    CONCORDNCIA NOMINAL

    A regra geral de concordncia nominal a seguinte: adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais con-cordam em gnero e nmero com os substantivos de que dependem:

    Todos os outros duzentos processos examinados... Todas as outras duzentas causas examinadas...

    Vejamos, a seguir, alguns casos que suscitam dvida:

    a) anexo, incluso, leso: como adjetivos, concordam com o substantivo em gnero e nmero:

    Anexa presente Exposio de Motivos, segue minuta de Decreto.

    Vo anexos os pareceres da Consultoria Jurdica. Remeto inclusa fotocpia do Decreto.Silenciar nesta circunstncia seria crime de lesa-ptria

    (ou de leso-patriotismo).

    b) a olhos vistos locuo com funo adverbial, inva-rivel, portanto:

    Lcia envelhecia a olhos vistos. A situao daquele setor vem melhorando a olhos

    vistos.

    c) possvel: em expresses superlativas, este adjetivo ora aparece invarivel, ora flexionado (embora no portu-gus, moderno se prefira empreg-lo no plural):

    As caractersticas do solo so as mais variadas pos-sveis.

    As caractersticas do solo so as mais variadas pos-svel.

    REGNCIA NOMINAL E VERBAL

    Em gramtica, regncia sinnimo de dependncia, subordinao. Desse modo, a sintaxe de regncia trata das relaes de dependncia que as palavras mantm na frase. Dizemos que um termo rege o outro que o complementa.

    Numa frase, os termos regentes ou subordinantes (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos regidos ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposies) que lhes completam o sentido.

    Termos Regentes Termos Regidosamar, amorinsistiu, insistnciapersuadiuobediente, obedinciacuidado, cuidadosoouvir

    a Deus.em falar.o Senador a que votasse. lei.com a reviso do texto.msica

    Como se v pelos exemplos acima, os termos regentes podem ser substantivos e adjetivos (regncia nominal) ou verbos (regncia verbal), e podem reger outros substanti-vos e adjetivos ou preposies.

    Em concursos pblicos, sabemos que as dvidas mais frequentes quanto regncia esto relacionadas necessi-dade de determinada palavra reger preposio, e qual deve ser essa preposio.

    O contedo deste e-book licenciado para jefferson do nascimento morais - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo,a sua reproduo, cpia, divulgao ou distribuio, sujeitando-se aos infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Vejamos, a seguir, alguns casos de regncia verbal que costumam criar dificuldades na lngua escrita e, claro, so constantemente cobradas em provas.

    Regncia de alguns verbos de uso frequente

    Anuir(Concordar, condescender: transitivo indireto com a

    preposio a): Todos anuram quela proposta. O Governo anuiu de boa vontade ao pedido do sin-

    dicato.

    Aproveitar(Aproveitar alguma coisa ou aproveitar-se de alguma

    coisa): Aproveito a oportunidade para manifestar repdio

    ao tratamento dado a esta matria. O relator aproveitou-se da oportunidade para emitir

    sua opinio sobre o assunto.

    Aspirar(No sentido de respirar, transitivo direto): Aspiramos o ar puro da montanha. Aspir-lo.(No sentido de desejar ardentemente, de pretender,

    transitivo indireto, regendo a preposio a): O projeto aspira estabilidade econmica da

    sociedade. Aspira a ela. Aspirar a um cargo. Aspirar a ele.

    Assistir(No sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, transitivo

    direto): Procuraremos assistir os atingidos pela seca

    (assisti-los). O direito que assiste ao autor de rever sua posi-

    o. O direito que lhe assiste...(No sentido de estar presente, comparecer, ver

    transitivo indireto, regendo a preposio a): No assisti reunio ontem. No assisti a ela. Assisti a um documentrio muito interessante.

    Assisti a ele.(Nesta acepo, o verbo no pode ser apassivado;

    assim, em linguagem culta formal, incorreta a frase): A reunio foi assistida por dez pessoas.

    Atender O Prefeito atendeu ao pedido do vereador. O Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em

    sua reivindicao. Ou O Presidente atendeu ao Ministro (atendeu a ele)

    em sua reivindicao.

    Avisar(Avisar algum (avis-lo) de alguma coisa): O Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da neces-

    sidade do recadastramento.

    Comparecer(Comparecer a (ou em) algum lugar ou evento): Compareci ao(ou no) local indicado nas instrues. A maioria dos delegados compareceu (ou na)

    reunio.

    Compartilhar(Compartilhar alguma (ou de alguma) coisa): O povo brasileiro compartilha os (ou dos) ideais

    de preservao ambiental do Governo.

    Consistir(Consistir em alguma coisa (consistir de angli-

    cismo)): O plano consiste em promover uma trgua de

    preos por tempo indeterminado.

    Custar(No sentido usual de ter valor, valer): A casa custou um milho de cruzeiros.(No sentido de ser difcil, este verbo se usa na 3

    pessoa do sing., em linguagem culta formal): Custa-me entender esse problema. (Eu) custo a entender esse problema.[ linguagem oral, escrita informal, etc.] Custou-lhe aceitar a argumentao da oposio.[Como sinnimo de demorar, tardar Ele custou a

    aceitar a argumentao da oposio tambm lingua-gem oral, vulgar, informal.]

    Declinar(Declinar de alguma coisa (no sentido de rejeitar)): Declinou das homenagens que lhe eram devidas.

    Implicar(No sentido de acarretar, produzir como consequ-

    ncia, transitivo direto): O Convni