Apresentação 6 sedentarismo

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Fator de Risco para Doenças Crônicas: Sedentarismo Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde” Ministério da Saúde

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Fator de Risco para Doenças Crônicas: Sedentarismo

Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”

Ministério da Saúde

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O que é um Fator de Risco?

Um “fator de risco” é uma característicaindividual, física ou comportamental, associadacom uma maior possibilidade dedesenvolvimento de determinadas doenças.(Federação Internacional de Medicina do Esporte, 1991)

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Porque estudar Fatores de Risco?

Identificar os FR é assegurar ações de promoção e prevenção.

A prevalência elevada de FR requer a implementação de estratégias que reduzam a

exposição a esses fatores.

Este tipo de intervenção resulta na diminuição do desenvolvimento

desta doença.

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Porque estudar Fatores de Risco?

Alteração no perfil da população brasileira!

demográfico

epidemiológico nutricional

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Porque estudar Fatores de Risco?

Alteração no perfil da população brasileira!

demográfico

epidemiológico nutricional

Novos hábitos =

Novos Fatores de Risco

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Cenário Atual

SITUAÇÃO - BRASIL

• As doenças infecciosas,causas de morte no iníciodo século passado,convivem ou cederam lugaràs doenças crônicas nãotransmissíveis (DCNTs)dependo da região do país.

INTERVENÇÃO - SUS

• Essa transiçãoepidemiológica exigiu umareestruturação das políticasde saúde pública queatentou paradesenvolvimento deestratégias para o controledas doenças crônicas.

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A Vigilância Epidemiológica e a abordagem dos FATORES DE RISCO

As ações da vigilância epidemiológica sobre asdoenças crônicas contemplam:

1. Identificação da distribuição, magnitude e tendência deexposição da população aos fatores de risco;

2. Identificação dos condicionantes sociais, econômicos eambientais a eles atrelados;

3. Planejamento, execução e avaliação de ações deprevenção e de controle;

4. Implementação de políticas públicas de promoção asaúde.

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Os fatores de risco na população brasileira

Um estudo de revisão bibliográfica avaliou a prevalência deexposição da população brasileira aos principais fatores de risco para odesenvolvimento de DCNTs.

O estudo: Casado L, Vianna L, Thuler CS. Fatores de risco para doençascrônicas não transmissíveis no Brasil: uma revisão sistemática. Revistabrasileira de cancerologia 2009; 55 (4): 379-87http://www.inca.gov.br/rbc/n_55/v04/pdf/379_revisao_literatura1.pdf

A autora fez ressalva que há necessidade de padronizar osinstrumentos de medida, a fim de que os resultados obtidos nasdiferentes localidades possam ser comparados já que foi observadagrande variação nos diferentes estudos.

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Os fatores de risco na população brasileira

Prevalência da exposição da população aos principais fatores de

risco para o desenvolvimento de doenças crônicas no Brasil

Fator de Risco Prevalência de Exposição da População

Tabagismo 8,7% a 28,8%

Uso abusivo de álcool 0,1% a 37,7%

Excesso de peso 1,5% a 49,0%

Obesidade 9,4% a 17,6%

Sedentarismo 20,1% a 43,1%

Hipertensão arterial 5,3% a 34,0%

Diabetes mellitus 2,7% a 7,8%

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Os fatores de risco na população brasileira

VOCÊ SABIA?

Cerca de 70% da população adulta não atinge osníveis mínimos recomendados de atividadefísica. (GUALANO & TINUCCI, 2011).

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Classificação dos Fatores de Risco

Os FATORES DE RISCO para o desenvolvimento das doenças crônicas

vêm sendo classificados como modificáveis ou não modificáveis.

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Classificação dos Fatores de Risco

MODIFICÁVEISHipertensão arterial

Ingestão de álcool

Diabetes mellitus

Tabagismo

Sedentarismo

Estresse

Obesidade

Colesterol elevado

NÃO MODIFICÁVEIS

Idade (envelhecimento)

Hereditariedade

Sexo

Raça

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Fatores de risco

não modificáveis

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Fatores de risco

modificáveis

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Fatores de risco

modificáveis

Comportamentais

Passíveis de alteração

IntervençãoMudança de

hábitos

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O Fator de Risco ‘’Sedentarismo’’

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O Fator de Risco ‘’Sedentarismo’’

“(....) No decorrer dos últimos 50 anos, com aimplementação da mecanização do trabalho e das atividadesdomésticas, houve redução no gasto energético das atividades,tornando a atividade física de lazer relevante no cumprimentodas necessidades de atividade física diária. A prática de atividadefísica é influenciada por características individuais, comomotivação, habilidades motoras e outros comportamentos, e porcaracterísticas ambientais, como o acesso a espaços de lazer,custos, barreiras de disponibilidade temporal e suportesociocultural (Camões e Lopes, 2008) (...)”. (Codarin et al, 2010 P.425)

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O Fator de Risco ‘’Sedentarismo’’

Para reflexão:

“O que é utilizado, desenvolve-se,o que não o é, desgasta-se... sehouver alguma deficiência dealimento e exercício, o corpoadoecerá”.

Hipócrates

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• O sedentarismo corresponde a uma quantidade insuficiente deatividade física exercida pelo indivíduo.

Os conceitos mais recentes correlacionam a classificação doindivíduo com o seu gasto energético considerado um determinadoperíodo de tempo:

• Para a Organização Mundial de Saúde o indivíduo sedentário éaquele tem um gasto inferior a 2.200 kcal por semana.

• Outro forma de classificar o indivíduo como sedentário éconhecer o MET (unidade metabólica) de suas atividades econvertê-los em kcal (1 MET = 3,5ml de oxigênio/kg/min ou0,0175 kcal/kg/min). Estes valores foram acoplados noCompêndio de Atividade Física. Se deseja aprofundar aabordagem deste tema consulte: FARINATTI, 2007 no link:http://www.fisiologiadoexercicio.ufscar.br/artigos/a4br.pdf

O Sedentarismo: quem é considerado sedentário?

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Lembre-se que gastoenergético abrange todas aATIVIDADES FÍSICAS do sujeito oque inclui:1.Atividade ocupacional;2.Atividades domésticas;3.Atividades de locomoção;4.Atividades de lazer (exercício físico)

O Sedentarismo: quem é considerado sedentário?

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Você sabia que para atingir o consumo de 2.200

calorias por semana é necessário que o indivíduo

acumule apenas trinta minutos por dia de

atividade física?

O Sedentarismo: quem é considerado sedentário?

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Exemplo de inquérito, de fácil aplicação, que investiga o nível de

atividade física dos pacientes.

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IPAC curto

http://www.celafiscs.institucional.ws/nca/celafiscs/?c=148

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Exemplo de inquérito, de fácil aplicação, que investiga o nível de atividade física dos pacientes.

IPAC curto

http://www.celafiscs.institucional.ws/nca/celafiscs/?c=148

A partir deste instrumento , identificamos como sedentários

os pacientes INATIVO e PARCIALMENTE ATIVO.

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Conhecendo o indivíduo antes da prescrição de atividade física

Porque aplicar um instrumento para este fim?Pois, embora de modo moderado, a atividade física, expõem oindivíduo a riscos, particularmente os de natureza cardiovascular.

Que tipo de instrumento utilizar?Uma abordagem inicial pode abranger a aplicação dequestionários,; identificando-se situações de risco ouvulnerabilidade, recomenda-se a solicitação de exames médicos efuncionais, como por exemplo, o ECG de esforço.

O Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q):O PAR-Q (sigla de Physical Activity Readiness Questionnaire) temsido sugerido como padrão mínimo de avaliação pré-participação,pois é capaz de identificar, por alguma resposta positiva, anecessidade de uma avaliação médica prévia à inserção emprogramas de atividade física.

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O Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q):

QUESTÕES SIM NÃO

1. Algum médico já disse que você possui algum problema de coração e que só deveria realizar atividade física supervisionada por profissionais de saúde?

2. Você sente dores no peito quando pratica atividade física?

3. No último mês, você sentiu dores no peito quando praticava atividade física?

4. Você apresenta desequilíbrio devido à tontura e/ou perda de consciência?

5. Você possui algum problema ósseo ou articular que poderia ser piorado pela atividade física?

6. Você toma atualmente algum medicamento para pressão arterial e/ou problema de coração?

7. Sabe de alguma outra razão pela qual você não deve realizar atividade física?

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Por que o sedentarismo aumenta o risco de desenvolver doenças crônicas?

• O sedentarismo e a ausência de adaptações decorrentes do exercícioregular reduzem as reservas fisiológicas do corpo, o que:

1. causas riscos para a saúde;2. reduz as capacidades físicas dos sujeitos.

• Além do sedentarismo ser um fator de risco importante por si só, eleexerce influência negativa e direta sobre outros fatores (comoobesidade, hipertensão, metabolismo do colesterol, etc...)

• A inatividade física:1. aumenta a incidência relativa de: doença arterial coronariana (45%),infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%), câncer decólon (41%) e de mama (31%), diabetes do tipo II (50%) e osteoporose(59%) (KATZMARZYK & JANSSEN, 2004).2. Está associada à mortalidade, obesidade, maior incidência de queda edebilidade física em idosos, dislipidemia, depressão, demência, ansiedadee alterações do humor (GREGG,PEREIRA & CASPERSEN, 2000).

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Sedentarismo

Inatividade

Física

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Para melhorar ao máximo as suaspropriedadesmorfológicas, fisiológicas, bioquímicas e metabólicas, o organismohumano necessita de umadeterminada quantidade deatividade motora ao longo da vida.

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O uso adequado da musculaturaesquelética, com as suasconsequências fisiológicasadaptativas para todos osdemais sistemas, faz parte do“manual de instruções” docorpo.

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- Favorece o alcance ou a manutenção do peso ideal.

- Reduz o risco de morte por doenças cardiovasculares.

- Reduz o risco de desenvolver diabetes, hipertensão e câncer de cólon emama.

- Contribui para a melhor do perfil lipídico.

- Contribui para a melhor do de saúde mental.

- Propicia a manutenção de ossos e articulação mais saudáveis.

- Aumenta a força muscular.

- Melhora o funcionamento corporal e preserva as capacidades físicas.

- Possui correlação favorável com redução do tabagismo e abuso de álcool edrogas;

- Aumenta o bem-estar e a auto-estima.

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- Favorece o alcance ou a manutenção do peso ideal.

- Reduz o risco de morte por doenças cardiovasculares.

- Reduz o risco de desenvolver diabetes, hipertensão e câncer de cólon emama.

- Contribui para a melhor do perfil lipídico.

- Contribui para a melhor do de saúde mental.

- Propicia a manutenção de ossos e articulação mais saudáveis.

- Aumenta a força muscular.

- Melhora o funcionamento corporal e preserva as capacidades físicas.

- Possui correlação favorável com redução do tabagismo e abuso de álcool edrogas;

- Aumenta o bem-estar e a auto-estima.

A prática de atividade física, contrariamente ao sedentarismo, atua positivamente sobre a

saúde dos indivíduos, pois:

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A partir disto, identificamos:

1. A inatividade física associada a incidência e severidade das doenças crônicas.

2. A relação inversa do exercício físico/atividade física com a manifestação dessas doenças.

3. A relação positiva do exercício físico/atividade física com a qualidade de vida.

Assim sendo:

1. Identificamos o sedentarismo como um problema de saúde pública;2. O exercício físico/atividade física como uma das ferramentas

terapêuticas mais importantes na promoção de saúde (...).

Fonte: : ANS (BRASIL). “Manual Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos eDoenças na Saúde Suplementar”. 2006.

Link: http://www.ans.gov.br/portal/upload/biblioteca/manual_ans.pdf

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• Pelo menos 30 min diários, 5 vezes na semana o que garanteum consumos de 2200 kcal/semana.

• Considerar que um programa de exercícios físicos devecontemplar estímulos: aeróbio, de resistência muscular e deflexibilidade/alongamento.

Prescreva Atividade Física!

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Prescreva Atividade Física!

De modo geral recomenda-se (considerando indivíduos adultos saudáveis:

Atividade aeróbia:- de intensidade moderada (POR EXEMPLO, uma caminhada acelerada): no

mínimo 30 min, 5 dias por semana- atividades intensas (POR EXEMPLO, uma corrida): cerca de 3 vezes por

semana, pelo menos 20 min por dia.

ExercícIos resistidos:- no mínimo 2 vezes na semana com programa com cerca de 8-10 exercícios

realizados em dias alternados e priorizando os maiores grupos musculares;utilizar de 8 -12 repetições de cada exercício.

Treinamento da flexibilidade:Abranger exercícios globais realizados lentamente, até causar ligeirodesconforto os quais devem ser mantidos por cerca de 20 segundos.

(Nelson, 1994; Haskell, 2007)

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Fonte: Divisão de Educação Física do HU/UFPB.Link: http://defhuufpb.webs.com/crianaseadolescentes.htm

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Bibliografia• American College of Sports Medicine. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription.

6th ed. Philadelphia: Lippincott, Williams & Wilkins; 2000.

• Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil). Manual técnico de promoção da saúde eprevenção de riscos e doenças na saúde suplementar Agência Nacional de Saúde Suplementar.Rio de Janeiro : ANS, 2006. 65p.

• Carvalho T, et al. Atividade Física e Saúde. Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira eConselho Federal de Medicina. Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Agosto de 2011.Disponível em: http://www.bibliomed.com.br/diretrizes/pdf/atividade_fisica_saude.pdf.

• CODARIN, Maria Alice Franzini et al . Associação entre prática de atividade física, escolaridade eperfil alimentar de motoristas de caminhão. Saude soc., São Paulo, v. 19, n. 2, June 2010.

• FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE MEDICINA DESPORTIVA. A inatividade física aumenta osfatores de risco para a saúde e a capacidade física. Rev Bras Med Esporte [online].1998, vol.4, n.2, pp. 69-70. ISSN 1517-8692.

• GALUANO, B. TINUCCI, T. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Rev. bras. Educ. Fís.Esporte, São Paulo, v.25, p.37-43, dez. 2011 N. esp. P. 37-43.

• HASKELL W. L.,et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adultsfrom the American College of Sports. Medicine and the American Heart Association. Med. Sci.Sports Exerc. 39:1423–1434, 2007.

• NELSON ME, et al. Effects of high-intensity strength training on multiple risk factors forosteoporotic fractures. A randomized controlled trial JAMA 1994; 272:1909-14.