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CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | �

SUMÁRIO

EDITORIAL

ENTREvIsTA Diversificação e depósitos em moeda local sustentam bancos da AL durante a crise

ANáLIsE sETORIAL Juros sob controle podem garantir patamares equilibrados de crescimento no setor

CAsO DE suCEssO Incorporação abre caminho para novos negócios

INDICADOREs Banco Central puxa o freio para conter inflação

IDéIAs E TENDêNCIAs Fraude, um mal para empresas e consumidores

NOvIDADEs Líderes se reúnem em Lisboa; Serasa Experian abre megastore de certificação digital da América Latina

PRêmIO LíDEREs Reconhecimento aos destaques

OPINIãO Eficiência na cobrança. Qual o segredo?

TENDêNCIA Vantagens para a empresa e para os consumidores

DEsTAquEs Promotores de crédito se reúnem em encontro inédito no país

PELO muNDO Bogotá: cidade de contrastes

sOfIsTICAçãO & LuxO Velas ao mar

ACONTECEu NO mERCADO Credit & Marketing Vision: transformando dados em informação

PONTO DE vIsTA O mercado de crédito no Brasil: o que esperar de 2010

14 CAPAMais consciência na hora de gastar

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Se cobrança é resultado,a solução é Localcred.

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A Credit Performance é a primeira e única revista especializada na indústria brasileira de crédito e cobrança. A publicação é idealizada pela CMS People do Brasil, promotora dos mais importantes eventos deste mercado em 12 países, e conta com o apoio do Instituto GEOC e da Serasa Experian. Com periodicidade trimestral e tiragem de quatro mil exemplares, a revista oferece conteúdo especialmente desenvolvido para os executivos líderes de grandes corporações e empresas da área. Distribuição exclusiva e gratuita.

CONsELhO EDITORIAL: Adilson Melhado, Cícero de Toledo Piza Filho, Cláudio Kawasaki, Estefânia Shiromoto, Fernanda Bortolussi, João Leme, João Paulo de Mattos, Juliana Azuma, Luciana Felletti, Luis Barbuda, Pablo Salamone, Silvina Virga, Victoria Iturrieta

REDAçãO E PRODuçãO: Burson-Marsteller Brasil

DIRETOR DE REDAçãO: Pedro Corrêa

EDITORA E jORNALIsTA REsPONsávEL: Luciana Morassi (MTB 4.765)

COLAbORARAm NEsTA EDIçãO: Ana Elisa Ventura, Daniele Garcia, Mariana Loiola, Mariana Hansen e Christiane Marcondes Alves de Brito

E-mAIL DA REDAçãO: [email protected]

DIAgRAmAçãO E PRODuçãO gRáfICA: Grecco Comunicação

REsPONsávEL COmERCIAL: Madleine Rose M. Sprocatti [email protected]. (11) �868-288�/ �865-701�

Credit Performance, a revista da indústria de crédito e cobrança

ENDEREçO NA INTERNET: www.creditperformance.com.br

Credit Performance® é uma publicação da CMS People. Todos os direitos reservados, proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização

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Credit Performance, a revista do mercado de crédito e cobrança no Brasil. Para visualizar apresentações e notícias acesse www.creditperformance.com.br.

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A afirmação é de Ricardo Marino, diretor executivo da área de pessoas e unidades externas do Itaú Unibanco. Responsável pela integração de diferentes culturas no processo de fusão que deu origem ao maior banco do Hemisfério Sul, Mari-

no acumula também o papel de mentor estratégico das ações de expansão na América Latina. Acompanhe aqui entrevista exclusiva na qual o executivo aponta os desafios e as oportunidades do grupo no cenário econômico atual. O crédito imobiliário – se-gundo analistas do grupo – deve crescer acima dos 40%, acompanhando o recente crescimento desse segmento, acentuado, embora ainda pequeno nos valores absolutos em relação ao PIB brasileiro.

ENTREVISTA ENTREVISTA

SEGREDO PARA CRESCER ESTÁ NAS PESSOAS E PROCESSOS BEM ESTRUTURADOS

Christiane marcondes Alves de brito Especial para a revista Credit Performance

O fato de as economias latino-americanas, em geral, possuírem um setor bancário diversificado, com a presença também de instituições públicas fortes, mostrou-se uma vantagem na crise”.

Ricardo Marino, diretor executivo da área de pessoas e unidades externas do Itaú Unibanco

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Credit Performance – O Itaú saiu, sem dúvida, fortalecido da crise internacio-nal de 2008. Como você vê os bancos da América Latina após a crise finan-ceira internacional?

Ricardo marino – A crise, claramente, ainda não terminou. Mas é fácil perce-ber que a América Latina tem conseguido atravessá-la com, relativamente, poucos problemas. A solidez de seus sistemas bancários é um dos motivos. Basta ver que o crédito bancário internacional para a região continuou a crescer, ainda que num ritmo mais lento. No final de março deste ano, o saldo total de haveres dos bancos estrangeiros na Europa emergen-te, na Ásia emergente e no Oriente Médio caiu drasticamente, desde o princípio da crise, em meados de 2007, e até se tor-nou negativo – isto é, os bancos liquida-ram empréstimos. Já na América Latina, houve uma desaceleração do crescimen-to, mas o crédito para a região continuou

crescendo, mesmo num ritmo muito mais baixo do que antes da crise.

Credit Performance – Na sua opinião, o que diferencia os bancos da AL no ce-nário global, garantindo vantagens no enfrentamento da recente crise?

Ricardo marino – Além dos fatores ma-croeconômicos determinantes, como taxa de câmbio flutuante, disciplina fiscal, regu-lação mais rigorosa e saldo credor em re-servas internacionais, o ambiente bancário na América Latina é diferente por contar com a presença forte de bancos estrangei-ros e internacionais, e, ao mesmo tempo, com uma base de depósitos em moeda local preponderante. A captação de depó-sitos em moeda local permitiu aos bancos estrangeiros instalados na região continu-ar emprestando mesmo no auge da crise, logo após a quebra do Lehman Brothers, no final de 2008. Empréstimos de bancos estrangeiros denominados e lastreados em

No fechamento do 1º trimestre de 2010, o Itaú Unibanco integra o ranking dos maiores bancos do mundo por valor de mercado, segundo a Bloomberg. Soma, em dezembro de 2009, 4.896 agências e postos de atendimento bancários, operacionalizados por um grupo de 101.640 funcionários.

Até o final de 2010, planeja abrir aproxi-madamente 150 agências em todo o país e continua investindo fortemente para aproveitamento das oportunidades de crescimento da economia brasileira nos próximos anos.

A América Latina, fronteira já desbravada e conquistada, é o outro mercado de opor-tunidades que a instituição quer ampliar e consolidar. Pessoas e processo de fusão bem alicerçado serão pilares dessa expan-são anunciada, segundo Ricardo Marino, diretor executivo da área de pessoas e uni-dades externas.

Marino é engenheiro pela Universidade de São Paulo, com MBA no MIT Sloan

School of Management e Mestrado na Harvard Business School, EUA. Iniciou sua carreira no Banco Credit Comerciale of France (CCF) e trabalhou também no Banco de Investimentos Garantia (CSFB) e Goldman Sachs em Nova York.

Levou essa bagagem para o Itaú, onde – an-tes de assumir o atual papel estratégico de consolidação do grupo na AL – coordenou a criação da divisão de Business Intelligence da Itaucard, a Mesa de Clientes da Tesouraria, a área de crédito do Mercado Empresas e a área de Crédito Imobiliário. A experiência lhe dá a certeza: “O crédito imobiliário alicerçará o crescimento no setor de crédito e cobrança no Brasil dos próximos dez anos.”

O executivo, que também responde pelas operações da América Latina (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai) do Itaú Uniban-co, acredita que pessoas e equipes motiva-das são “fundamentais para a identifica-ção das melhores práticas e a construção de um novo, e ainda melhor, banco onde se trabalhar”. Acompanhe a seguir entre-vista exclusiva.

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ENTREVISTA

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moeda local costumam ser mais resistentes a crises ex-ternas do que o crédito em moeda estrangeira. Dessa forma, a participação de bancos e fluxos de emprés-timos internacionais não representou um canal de contágio da crise tão importante quanto no passado. Além disso, o fato de as economias latino-americanas, em geral, possuírem um setor bancário diversificado, com a presença também de instituições públicas for-tes, mostrou-se uma vantagem. A diversificação foi muito importante.

Credit Performance – O brasil surpreendeu o mundo por sua forte capacidade de recuperação. quais fo-ram, na sua avaliação, os pilares desta retomada?

Ricardo Marino – A freada brusca dos fluxos globais causou um choque cambial no Brasil. Porém, ao con-trário do que sempre ocorria por aqui, a inflação não subiu. Pela primeira vez, pudemos lançar mão das cha-madas políticas anticíclicas.

Credit Performance – Nos últimos 10 anos o brasil mostrou um forte desenvolvimento do crédito ao consumo. O que impulsionará o brasil nos próxi-mos 10 anos?

Ricardo marino – O crédito imobiliário, que deverá alicerçar o setor de crédito e cobrança.

Credit Performance – Como o maior banco da AL, quais desafios e oportunidades o Itaú unibanco visualiza no cenário atual?

Ricardo marino – A primeira oportunidade é a de empreender uma execução muito bem feita da inte-gração entre Itaú e Unibanco, de maneira a consolidar a liderança no mercado doméstico. Após essa etapa, o banco estará atento às oportunidades para servir me-lhor os seus clientes na AL, dando preferência para o ganho de escala nos países em que o Itaú Unibanco já tem presença.

O movimento de aumento do poder aquisitivo de todas as classes sociais é acompanhado de perto pelo Itaú Unibanco, que oferece produtos específi-cos para suprir as necessidades crescentes de cada perfil de cliente. Para isso, desenvolve linhas de crédito acessíveis com o objetivo de atender cada segmento social e suas particularidades.

Atento também e comprometido com a educação financeira, o banco busca ampliar a conscientiza-ção de seus públicos a respeito do emprego ade-quado do dinheiro e dos serviços, contribuindo com o desenvolvimento econômico sustentável de longo prazo do país e de sua população. Nesse sentido, o Itaú Unibanco tem ampliado sua ofer-ta de crédito ao consumidor e às empresas. Em especial, vem beneficiando pequenas e médias com produtos e taxas competitivos. Em 2010, sob um cenário de crescimento do PIB estimado entre 5,5% e 6%, prevê crescimento médio de aproxi-madamente 20% na carteira de crédito, excluin-do-se o segmento de grandes empresas.

A proposta é ampliar em 20% os financiamentos a pequenas e médias empresas, e entre 16% e 17% para pessoas físicas entre 16% e 17%. O crédito imobiliário deve crescer acima dos 40%, acompa-nhando o recente crescimento desse segmento, acentuado, embora ainda pequeno, nos valores absolutos em relação ao PIB brasileiro. Para per-mitir a expansão prevista da carteira de crédito, o índice de capitalização do banco (critério de Basiléia) é confortavelmente superior ao mínimo exigido pelo Banco Central.

Carteira do Itaú unibanco deve crescer 20% em 2010

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byE, byE CRIsE? • Recordes superados – O desempenho do primeiro trimestre de 2010 supera em 19% o recorde anterior, de 554.440 postos de trabalho, no primeiro trimestre de 2008. O saldo de março é 29% maior que os 206.556 registrados em 2008, até então melhor marca da história.

• salário – O Caged de março mostrou o crescimento do salário médio de admissão, que apresentou aumento real de 4,�7% em relação ao mesmo trimestre de 2009, ao passar de R$ 782,5� em 2009, para R$ 816,70 em 2010.

• juros – O ministro Carlos Lupi disse ser contrário à elevação dos juros pelo Banco Central, argumentando que o dinheiro fica “mais caro” e , consequentemente, o setor produtivo troca os investimentos pela especulação.

fonte: Caged – Cadastro geral de Empregados e Desempregados - Assessoria de Imprensa do mTE

ANÁLISE SETORIAL

A inclusão de novos grupos de consumidores traz grandes oportunidades, mas, ao mesmo tempo, contribui para o surgimento de novos riscos, pois o comportamento desses, na aquisição, liquidação e inadimplência, pode comprometer as análises e formatações tanto na concessão de crédito quanto nas abordagens das empresas de cobranças”.

João Paulo de Mattos,superintendente do Instituto GEOC

Não é hora, ainda, de abrir champa-nhe para comemorar, mas a crise está sob controle e o Brasil, segun-

do o Ministro do Trabalho e Emprego, Car-los Lupi, vive em abril o melhor período da história na geração de empregos: em mar-ço, bateu novo recorde, com a criação de 266.415 postos. No trimestre foram gera-dos 657.259 novos empregos.Durante o período de 2008, com as linhas de crédito e as taxas de inadimplência equi-libradas, o mercado estava em pleno cresci-mento. A chegada da crise fez com que os bancos e financeiras trabalhassem com foco na diminuição do risco e na qualidade – ain-da maior – de liberação do crédito. “Como nosso sistema financeiro tem bases muito sólidas, com graus de alavancagem dife-renciados quando comparados ao mercado internacional, ele apresenta uma saúde que permitiu um ajuste rápido e a manutenção em patamares operacionais aceitáveis, tan-to na concessão de crédito quanto na ma-nutenção dos índices de inadimplência”, assegura o superintendente do Instituto GEOC, João Paulo de Mattos.

A contribuição das empresas de recuperação de crédito, segundo Mattos, foi fundamen-tal para o restabelecimento da normalidade na economia do País. Não à toa: durante os

juros sob controle podem garantir patamares equilibrados de crescimento no setor

DO SETORúltimos anos, essas empresas fizeram inves-timentos constantes em qualificação de re-cursos humanos e na disseminação intensa de inteligência em suas operações, utilizan-do tecnologias de última geração aliadas a sólidas experiências.

Com mais de �0 anos de atuação no merca-do nacional e a parceria efetiva com bancos e financeiras, as maiores do segmento ado-taram ações estruturadas e rápidas, buscan-do a estabilização durante o processo de cri-se mundial. Mattos observa: “Quando você tem os principais players do ciclo de crédito atuando de forma coordenada e com obje-tivos claros, os impactos são menores. Po-demos dizer que entramos em 2010 com muito otimismo, porque a experiência da crise aproximou ainda mais as empresas de crédito e as empresas de recuperação de crédito e cobrança. As oportunidades de desenvolvimento conjunto e de criação de novos modelos é uma prática recorrente e tem balizado a retomada da normalidade. O setor saiu fortalecido com a superação da crise e mostrou que tem competência para transformar dificuldade em oportunidade.”

Otimismo – O Brasil vive um momento mui-to importante com relação ao crescimento da economia e o crédito é fundamental para

garantir essa escalada. O cenário é promis-sor quando se fala em crédito e cobrança. O Índice Nacional SCPC de Crédito ao Con-sumidor (INCC), baseado no movimento de consultas dos SCPCs e SPCs de todo o Brasil, atingiu 111,� pontos em março, com variação positiva de 10,7% sobre igual pe-ríodo de 2009 e de 26,2% em relação ao mês anterior. O resultado indica que a recu-peração do crédito e das vendas do varejo, iniciada a partir do segundo semestre do ano passado, está se consolidando.

Atualmente com 1.800 empresas que fatu-ram R$ 8,64 bilhões anuais, o setor de cré-dito e cobrança vivencia crescente aumento de demanda. A Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc) projeta um crescimento de �0% no fatura-mento das empresas do setor em 2010, o que significaria receitas de R$ 10 bilhões.

A expansão nas linhas de crédito, por outro lado, não deve afetar a taxa de inadimplên-cia, que se manterá inalterada. Pode haver aumento em termos de números absolutos, em função do aumento da massa de acesso ao crédito, mas, percentualmente, o índice de inadimplência não sofrerá aumento. Isso significa aumento de atividades e desenvol-vimento do setor.

A recuperação de crédito é uma das prin-cipais contribuições das empresas de co-brança ao crescimento econômico do País, no qual se destaca a chamada nova “classe média”. Esse novo contingente de consu-midores e as lições aprendidas com a recen-te crise mostram que cautela, observação, inteligência e agilidade na correção de ru-mos são ingredientes essenciais no ciclo de crédito e cobrança.

O avanço econômico conta com a susten-tabilidade da criação de empregos, que atingirá números recordes, segundo o Mi-nistério do Trabalho e do Emprego. Somen-te neste ano serão criados 2,5 milhões de novos postos, superando a previsão inicial de 2 milhões. O número é o maior na histó-ria do Brasil e representa oportunidade de emprego formal para mais de 14 milhões de brasileiros em 8 anos.

“A inclusão de novos grupos de consu-midores traz grandes oportunidades, mas, ao mesmo tempo, contribui para o surgi-mento de novos riscos, pois o comporta-mento desses, na aquisição, liquidação e inadimplência, pode comprometer as aná-lises e formatações tanto na concessão de crédito quanto nas abordagens das em-presas de cobranças”, avalia Mattos. “Se

o momento é crítico, por outro lado tam-bém é pródigo em oportunidades: a inte-gração plena entre as empresas de crédi-to e as de cobrança poderá garantir uma assimilação muito mais rápida do perfil, necessidades e características desse novo grupo de consumo. A estratégia vencedo-ra, nesse novo cenário, deve contemplar o compartilhamento de informações e de competências especificas, tanto por parte das empresas de crédito quanto de co-brança. Assim, elas poderão desenvolver os modelos ideais de atuação em relação aos novos desafios do segmento.”

Outra tendência apontada por analistas é a concentração em diversos setores da economia. O movimento, mundial, não deve prejudicar a atuação financeira no Brasil: “Quando essas competências são unificadas por aquisições ou fusões o mercado passa, inevitavelmente, a exigir ainda mais das empresas de cobrança nos quesitos investimento, estrutura, qualifi-cação e capacidade de adaptação a no-vos cenários e desafios. Portanto, com a constituição dessas superorganizações financeiras, as operações de crédito e co-brança se qualificaram e avançaram ainda mais na direção dos melhores resultados e performances”, avalia Mattos.

RADIOGRAFIA

ANÁLISE SETORIAL

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MAIS CONSCIêNCIA NA HORA DE GASTARDenise confessa que não entendia muito de economia doméstica quando começou a ancorar seus programas com 12 minutos de duração. Agora “ficou esperta” e procura le-var para a vida pessoal os ensinamentos que transmite em rede nacional.

Orçamento familiar, endividamento, inves-timento em ações, poupança e até a com-pra da casa própria são alguns dos temas que já abordou, sempre de forma simples e didática. E sempre com a consultoria da

Sábado, 10h15, a apresentadora Deni-se Chahestian dá as boas-vindas aos espectadores da TV Cultura paulista e

passa a falar sobre “educação financeira”. Longe de ser maçante, o programa, que vem interessando públicos de todos os tipos, é uma coprodução da BMF&Bovespa. Domin-go, numa escola da periferia na zona sul de São Paulo, pais, professores e líderes locais participam de workshop de educação finan-ceira e uso responsável do dinheiro. Dinâmi-cos, os encontros fazem parte do programa “Sonhos Reais”, promovido pela Serasa Ex-perian (ver detalhes na página 18).

Iniciativas como essas contribuem para der-rubar a máxima de que agente financeiro só se preocupa com lucros. Elas deixam claro que o agente financeiro sabe que só existe lucro verdadeiro quando a operação de crédito e investimento tem sustentabili-dade; do contrário, o emprego de dinheiro em desenvolvimento pessoal ou empresa-rial não constituirá solução, mas apenas um castelo de cartas pronto a desmoronar com o primeiro sopro de dificuldades.

Dicas para alcançar sustentabilidade financeiraPor Marli Aparecida Sampaio*

1.Compare seus compromissos financeiros a seus vencimentos

• No início de cada mês, antes de receber seu pagamento, faça uma soma dos seus compromissos financeiros. Compare a soma desses valores com os valores que você tem a receber.

• No início de cada ano faça uma soma dos compromissos financeiros que você já assumiu e que deverá pagar. Compare a soma desses valores com os valores que você já sabe que irá receber durante o ano.

Conheça suas reais necessidades

• Antes de fazer qualquer compra, ou aquisição, verifique se o que está comprando é algo de que realmente necessita, ou se é algo que está comprando por impulso.

• Antes de fazer grandes dívidas, ou longas prestações, ouça a opinião de pessoas de sua família que moram com você e que colaboram financeiramente com as despesas.

• Quando for fazer compras de supermercado faça uma lista, anote o preço médio dos itens anotados, assim você já irá ao supermercado ciente do quanto poderá gastar.

• Não se esqueça de se alimentar antes de ir ao supermercado. Isso ajuda a economizar com os supérfluos.

BMF&Bovespa, patrocinadora de um exten-so programa de educação financeira, que inclui várias outras ações além da co-produ-ção do programa, que entrou na grade da emissora no segundo semestre de 2009 e deve ter vida longa, a julgar pela visibilidade já alcançada.

Turma da mônica contra os superendividadosEm março último, a Mauricio de Sousa Pro-duções e a Universidade Metodista de São Paulo lançaram o gibi “Superendividados”, com a Turma da Mônica. Em 20 páginas, a

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Christiane marcondes Alves de brito Especial para a revista Credit Performance

Educação financeira não é mais um paradoxo que nubla o “céu aberto de possibilidades” do setor de crédito e cobrança no Brasil. Ao contrário, o conceito, incorporado inclusive por agentes financeiros, está dando origem a práticas de benchmark que alicerçam o desenvolvimento sustentável do setor e do País. Conheça a seguir iniciativas criativas que estão disseminando o uso equilibrado do dinheiro e o consumo consciente entre os mais diversos públicos, de crianças a “superendividados”.

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Credit Performance – Como fazer do crédito um investimento?Patricia quadros – Em nossos progra-mas de educação financeira, defendemos o uso do crédito de forma responsável. Mostramos que ele é importante para a economia, mas alertamos quanto ao seu uso dentro das reais possibilidades finan-ceiras de cada um. Incentivamos nossos alunos a pesquisar e optar por institui-ções que ofereçam os melhores custos financeiros. Mostramos ainda que, em determinados casos, o endividamento pode ser positivo. São os casos em que o crédito é usado para formação de pa-trimônio, como na aquisição da casa pró-pria, por exemplo.

Credit Performance – O que evitar para que o crédito não se torne dívida?Patricia quadros – A melhor maneira de lidar com as finanças é por meio de um

Web. Em 2007, fomos convidados a fazer parte de um grupo de trabalho liderado por entidades do governo – dentre elas, o Banco central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ficamos responsáveis por desenvol-ver um plano de iniciativas para implementar a educação financeira na grade curricular das escolas brasileiras. O primeiro resultado desse trabalho está prestes a sair. Em 2010, o projeto piloto será aplicado em 650 escolas. No programa de televisão Educação Finan-ceira somos os responsáveis pelo conteúdo e contamos com a colaboração de consultores especialistas em economia e finanças. Essa colaboração nos permite falar sobre os mais diversos assuntos e produtos financeiros.

Credit Performance – qual é a principal atitude para aprender a economizar? Patricia quadros – Na verdade, são duas: definir objetivos e ter disciplina. Quando não temos um objetivo claro fica mais difícil poupar. Nossa tendência natural é ceder aos nossos desejos, viver o agora e deixar para resolver o futuro quando ele chegar. Porém, essa atitude muda quando sabemos que o sacrifício de adiar o consumo hoje tem uma causa maior: um sonho a ser alcançado. Credit Performance – Como poupar quan-do se ganha o bastante para bancar as despesas mensais?

Patricia quadros – Por mais difícil que possa parecer, quando uma pessoa se predispõe a poupar, tudo o que ela pre-cisa fazer é organizar o orçamento e co-meçar. Se pararmos para analisar, vamos perceber que o dinheiro está em muitos momentos do nosso dia a dia. E é nesses momentos, que estão as oportunidades de começarmos uma poupança. Pode ser bem pouco no início, até mesmo centa-vos. O mais importante é cultivar o hábi-to. É preciso absorver a idéia de que uma pessoa com acesso à educação financeira pode, inclusive, mudar sua própria condi-ção social.

Credit Performance – Como organizar um orçamento pessoal?Patricia quadros – No site do programa Educação Financeira é possível baixar um modelo de planilha que pode ser usada para organizar um orçamento pessoal. Essa planilha pode ser customizada de acordo com a necessidade de qualquer pessoa, de qualquer perfil. Mas a planilha não é o único meio. Um caderno já dá conta do recado. O mais importante é as-sumir um compromisso consigo mesmo e anotar tudo o que é gasto. Tudo mesmo. Pequenas despesas podem se transformar em grandes gastos. Ou em grandes eco-nomias, o que é melhor ainda.

muito além de um programa de Tv

Grande parte da nossa vida é feita de escolhas que envolvem dinheiro. Se não tivermos disciplina, corremos o risco de pagar caro por uma vida financeira desorganizada. A educação financeira é importante para ensinar as pessoas sobre quais informações

elas devem avaliar ao tomar decisões de consumo e poupança, ensina Patricia Quadros, da BMF&Bovespa, entidade que patrocina o programa “Educação Financeira”, da TV Cultura.

orçamento pessoal. Ao colocar as receitas e despesas no papel é possível ter uma visão geral da situação financeira. Podemos visu-alizar para onde vai o dinheiro, checar se o nosso gasto é compatível ao nosso ganho e verificar onde é possível reduzir despesas com mais facilidade. No entanto, para evitar que o crédito se torne um endividamento fora de controle, além de fazer o orçamento, é preci-so ter disciplina.

Credit Performance – Como os adultos, com atitudes viciadas, correspondem a propos-tas de redução financeira? O programa de Tv é muito procurado nesse sentido?Patricia quadros – A educação financeira é um assunto que tem alcançado cada vez mais destaque. Muitas pessoas que procuram por nossos programas de educação financeira, incluindo o programa de televisão, estão em busca de soluções para uma situação de en-dividamento. Outras, por exemplo, estão pre-

ocupadas com o futuro ou em busca de um sonho. Em geral, percebemos que todas elas querem aprender a organizar o próprio orça-mento para começar uma poupança. Embora os conceitos de controle de orçamento pesso-al e de formação de poupança sejam relativa-mente simples, na prática, não é tão fácil ter disciplina para conter os próprios gastos. As pessoas estão em busca desse tipo de orien-tação e encontram suporte quando acessam nossos cursos presenciais e on-line.

Credit Performance – quais são os seus parceiros no programa e que tipo de edu-cação eles proporcionam aos seus clientes?Patricia quadros – A BM&FBOVESPA sem-pre teve um compromisso com a educação. O lançamento do programa de TV, em 2009, foi mais um passo para levar informações so-bre educação financeira a um maior número de pessoas. Mas é importante destacar que realizamos esse trabalho já há muitos anos. Em 2002, iniciamos o Programa de Popula-rização e ampliamos as nossas iniciativas de educação financeira buscando fomentar a cultura de investimentos. Em 2006, come-çamos a ministrar cursos e palestras gratui-tos sobre o assunto com o lançamento do Educar. Ainda nesse ano, lançamos a com-petição interescolar Desafio BM&FBOVESPA, que já está em sua quinta edição e agora chega a todo território nacional em versão

divertida aventura ensina as crianças a lida-rem com dinheiro. A publicação, que come-morou os 20 anos do Código de Defesa do Consumidor, completados agora em 2010, teve uma tiragem de 100 mil exemplares para distribuição gratuita em palestras de orientação sobre o superendividamento e também em escolas, associações de bairros e comunidades carentes.

Na história, Magali vai ao supermercado com seu pai e enche o carrinho com as gulodices que adora. Na hora do acerto de conta, os cartões do pai não passam pelo caixa, porque estão com os limites estoura-dos, e ele percebe, desesperado, que está endividado. Ao longo das páginas seguin-tes, o suspense que encanta os minileitores de Mauricio de Sousa traz as reviravoltas de sempre e também diversas dicas sobre como lidar com a falta de dinheiro e como economizar, para que as crianças cresçam conscientes e ajam responsavelmente na hora de fazer compras.

O Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rizzatto Nunes, e a ex-diretora executiva do PROCON-SP, Marli Aparecida Sampaio, desenvolveram o projeto, batizado de “Educação para o Consumo”, e cederam gratuitamente os direitos autorais da parte que lhes coube abordar: o superendivida-mento, desenvolvido com exclusividade para a revista especial da Turma da Mônica.

3.Cuidado com o crédito fácil

• Se você já tem um empréstimo consignado (aquele que desconta em folha de pagamento), evite utilizar o cheque especial.

• Evite pegar empréstimos nos terminais de caixas eletrônicos. Esses valores são divididos em parcelas pequenas, que, em princípio, cabem em seu orçamento, mas o problema é que após esse empréstimo virá a oferta de outro, depois outro, mais outro e quando você perceber seu salário já estará retido, na totalidade, para pagar essas parcelas.

• Se você já estiver nesta situação, procure o banco, proponha um reparcelamento dessas dívidas. Se não conseguir, procure outro banco que tenha juros e encargos menores. Lá você vai propor ao gerente a “Portabilidade de Crédito”, que é a possibilidade de o devedor movimentar o empréstimo de uma instituição para outra em busca de juros menores, conforme Resolução �.401/06 do Banco Central do Brasil.

4.Não deixe suas dívidas crescerem

• Quando perceber que não conseguirá pagar prestações de suas dívidas, procure o credor, faça uma proposta de reparcelamento, com parcelas menores. Antecipe-se ao credor. Isso lhe garante vantagens, tais como: pagamento de juros de mora, multas e outros encargos.

• Nunca pague o valor mínimo de sua fatura de cartão de crédito. Se não conseguir pagar o valor total da fatura, pague ao menos o dobro do valor mínimo.

• Se perceber que está difícil pagar a fatura do cartão de crédito, tire o cartão do bolso. Procure o gerente de seu banco e faça um empréstimo para pagar o cartão. Os juros são bem menores.

• Se fizer um parcelamento de dívidas, nunca atrase as parcelas.

5.Priorize o pagamento de gastos fixos

• Por exemplo, o valor do aluguel, das despesas de condomínio, da mensalidade escolar, da prestação da casa própria, do plano de saúde, de um empréstimo descontado em folha ou pago com carnê, os parcelamentos de dívidas, as prestações em geral.

• Utilize cartão de crédito e cheque especial com racionalidade. Ou seja, somente gaste no cartão de crédito e no cheque especial o que você vai conseguir pagar quando vier a fatura.

• Evite pagar as compras com cheque especial, pague sempre a vista.

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O mercado brasileiro de cobrança na área de recuperação de crédito está aquecido, e algumas novidades po-

dem favorecer ainda mais esse cenário. É o caso da Novaquest, que, com a incorporação da CreditOne, começa a alcançar resultados inéditos no país, segundo o sócio-diretor e fundador da NovaQuest, Nelson Martos. A manutenção da qualidade dos serviços das duas instituições, depois de apenas dois me-ses de fusão, indica que esse pode ser um bom negócio para outras empresas do setor.

Empresa especializada em serviços de recupe-ração de crédito e atendimento ao cliente, a NovaQuest foi criada em 200�, com o objetivo de prover soluções personalizadas às diversas necessidades dos clientes, oferecendo opções diferenciadas em atendimento. “Trabalhei em financeiras e bancos de 1978 a 200�, quando saí das organizações Bradesco para realizar o sonho de construir o meu próprio negócio”, relembra Nelson. “Iniciei as operações da No-vaQuest tendo como meu principal cliente o próprio Bradesco, atuando nas carteiras do BCN e da Finasa. Depois vieram Itaú, BV Fi-nanceira, BMG, entre outros. Hoje, temos dez dos melhores contratantes do mercado finan-ceiro em nosso portfólio”.

Para alcançar esses resultados, a NovaQuest busca oferecer serviços personalizados, siste-mas operacionais qualificados e equipes espe-cializadas em traçar as melhores estratégias. “As soluções personalizadas para clientes, como o próprio nome diz, não são commodi-ties ou produtos de prateleira. Surgem, espe-cialmente, em momentos pontuais, quando as soluções padronizadas já não atendem às expectativas do cliente ou quando o serviço atravessa uma mudança de premissas e re-quer criatividade para implementar essas mu-danças”, explica o executivo.

era inédito no Brasil até a aquisição da CreditO-ne pela NovaQuest, em fevereiro deste ano. “O negócio adquirido foi preservado na sua totali-dade. Nas reuniões estratégicas envolvendo as lideranças das duas equipes, juntamente com os sócios da NovaQuest, definimos diversas formas de causar o menor impacto possível na incorporação das operações”, garante.

Como as duas empresas têm compromissos em manter o nível de serviços junto aos seus clientes, desde o início, ambas as equipes se empenharam em tocar o processo sem que-bra de qualidade e produtividade: “sem dúvi-das, esse foi nosso grande desafio. Em 90% dos casos, os objetivos nesse sentido foram alcançados e superados”.

A integração entre as equipes teve de ocorrer no dia a dia e, hoje, passados dois meses da incor-poração, não é mais possível enxergar dois gru-pos ou duas empresas distintas. “De todos os objetivos almejados e obtidos, termos feito uma operação de fusão e incorporação operacional, num mercado sem histórico desse evento, e onde o resultado de 1+1 deu maior que 2, o que nos deixa muito orgulhosos”, diz Nelson.

Processo de aquisição e fusão da Novaquest aponta para nova tendência no setor

INCORPORAçãO ABRE CAMINHO PARA NOVOS NEGóCIOS

Entre as soluções bem-sucedidas desenvolvidas para os clientes, Nelson cita a criação de um serviço de atendimento especializado em vare-jo para o Banco Sofisa. Esta solução ajudou o banco a suportar a demanda crescente da car-teira de crédito de veículos, que deu um salto entre 2007 e setembro de 2008.

Logo após a crise mundial de crédito, no final de 2008, a NovaQuest também desenvolveu para o Banco BMG uma célula operacional es-pecífica e especializada em renegociação de créditos vencidos. Esta outra solução contri-buiu para a diminuição da despesa de provi-são de devedores duvidosos do banco. No se-gundo semestre de 2009, praticamente todos os bancos com grandes volumes de carteiras de créditos adotaram essa mesma forma de renegociação para diminuir as perdas.

A aquisição da CreditOne

Em mais de �0 anos de mercado, Nelson Mar-tos participou de diversos processos de fusões e aquisições de instituições financeiras, mas, se-gundo ele, especificamente no setor de serviços de recuperação de crédito, esse tipo de evento

Resultados da Novaquest após a incorporação• Aumento do portfólio de clientes em 30%

• Aumento da participação nos clientes comuns em 40%

• Crescimento de 40% no faturamento

• Participação de 700 colaboradores

• Atuação em 4 estados brasileiros

A Novaquest recebeu, em 2008, o Selo gEoc - Excelência em Serviços de Cobran-ça, que reúne uma série de critérios e exigências, como: experiência no mercado; opinião dos clientes quanto aos serviços prestados; projetos de melhoria de perfor-mance; infraestrutura e tecnologia da infor-mação; e alcance e gestão de resultados.

sERvIçO - Novaquestwww.novaquest.com.br (55 11) �52�-0200

CASO DE SUCESSO

A Universidade Metodista de São Paulo, em parceria com a Editora Atlas, Papéis Nova Mercante, Gráfica RR Donnelley Moore e Associação Civil SOS Consumidor “acredi-taram no projeto e o tornaram realidade”, conta Mauricio de Sousa.

Dinheiro não é brincadeiraPara o gestor do programa “Sonhos Reais” da Serasa Experian, Tomás Carmona, saber dizer “não” às crianças é uma das princi-pais “vacinas” contra a inadimplência que atinge os consumidores. Normalmente, os pequenos recebem tudo o que pedem ou se sentem “desvalorizadas” num universo em que “comprar é preciso”: comprar tênis de marca, os produtos da moda, os games que todos os colegas comentam.

A educação financeira não quer ser um fator que atrapalhe a inclusão do menor no seu universo de convívio, mas procura mostrar os limites entre o que é possível e o que não é possível comprar. Em última instância, pode demonstrar que o valor de uma pessoa não reside nas suas “posses”, mas no que essa pessoa pode e deve se tornar. “Esta compreensão passa pelo en-tendimento de como funciona o sistema fi-nanceiro, por exemplo, é importante saber a diferença entre parcelas de baixo valor e juros altos. As pessoas se apegam ao valor da parcela e não enxergam os juros embuti-dos”, explica Carmona.

sonhos Reais. A importância de viver sonhos possíveisA Serasa Experian também já se engajou na educação financeira do seu público, criando o “Sonhos Reais”. O nome é mais do que apropriado para um projeto que, segundo o seu gestor, Tomás Carmona, leva a pro-fessores e pais da rede pública de ensino ferramentas para lidar adequada e provei-tosamente com “dinheiro”.

O programa piloto foi implantado, em 2009, em escolas carentes da zona sul pau-listana e atualmente passa por processos de avaliação para levantamento de resultados. A julgar pelos dados empíricos, o plano im-plantado foi um sucesso e terá continuida-de no segundo semestre de 2010.

“Criamos um programa interno de forma-ção de voluntários em educação financeira com o objetivo de levar à população o tema de uma forma empática, simples, de rápida assimilação. A metodologia é importada e adaptada às necessidades das seis escolas da Regional Sul da Secretaria Estadual onde implantamos o programa. Levamos conhe-cimento aos pais, professores e líderes de comunidade carente por meio de nosso grupo de voluntários, na verdade colabora-dores que de livre e espontânea vontade se submeteram ao curso de capacitação – de 80 horas – que realizamos no primeiro se-mestre de 2009”, diz Carmona.

“Sonhos Reais” consiste em cinco workshops semanais, sempre aos domin-gos, somando 20 horas de trabalho. A metodologia, inédita no Brasil, é da Mi-cro Finances Oportunities, organização norte-americana que adaptou a ferra-menta à realidade brasileira com patro-cínio do Citibank.

Os macrotemas do workshop são orça-mento e poupança, gerenciamento de dívidas, serviços bancários e negociações financeiras, família e dinheiro, educação financeira na escola. “O interessante da educação financeira é que ela já come-ça aos quatro meses de idade, quando a criança passa a se confrontar com o aprendizado da ‘espera’; afinal, educação financeira nada mais é do que aprender a esperar, esperar para ter dinheiro e poder comprar o objeto do desejo, esperar para ver as moedas aumentarem no cofrinho e somar um valor que proporcione a com-pra de algo desejado”, ensina Carmona.

O programa acabou incorporando material que a Serasa já utilizava – antes da associa-ção à Experian – para disseminar o conceito de consumo consciente, como gibis e até manual do professor. Segundo Carmona, certamente é mais fácil ensinar crianças a lidar com dinheiro porque é muito mais fácil “criar hábitos saudáveis do que modificar hábitos equivocados”.

Ana Elisa Paiva Serg

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6.Tome atitudes efetivas quando estiver no vermelho

• Converse com sua família sobre suas dificuldades financeiras. A conversa não serve apenas para deixá-los cientes das dívidas, mas para que todos o ajudem a economizar e a sair do vermelho.

• Faça sua família se unir a você para que juntos, diminuam os gastos flexíveis (Gastos flexíveis também são fixos, mas podem variar de valor. Por exemplo, as contas com água, energia elétrica, gás e telefone, as despesas com feiras e supermercados, com vestuário etc.).

• Troque o plano do telefone fixo e celular, diminua o pacote da TV por assinatura, procure um supermercado com preços mais em conta.

• Todos esses gastos são os flexíveis.• Reduza os gastos supérfluos. Compras

de coisas que você pode deixar para uma época de menos aperto financeiro.

• Inclua no seu orçamento (anual e mensal) os gastos esporádicos, caso do licenciamento do carro, compra de material escolar, festinha da escola dos filhos, festa de aniversários, presentes, etc.

*Marli Aparecida Sampaio é co-autora da cartilha “Superendividados”, ex-diretora executiva do PROCON-SP e professora da Universidade Metodista de São Paulo.

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NelsoN MArtos: sócio-diretor e fundador da NovaQuest

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BANCO CENTRAL PUxA O FREIO PARA

Depois do pacote de medidas lan-çado pelo governo federal no final de 2008 para atenuar os efeitos da

crise internacional, o Banco Central se pre-para para conter as implicações colaterais do que foi um bom remédio para a econo-mia brasileira, como a redução de juros e os estímulos fiscais. No dia 28 de abril, na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), foi iniciado um ciclo de aperto monetário, o primeiro des-de setembro de 2008.

O aumento inicial da taxa Selic foi de 0,75 pontos percentuais, número já previsto por uma parte do mercado, acumulando 9,5%. Paulo Levy, professor da PUC-RJ e econo-mista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), acredita que a taxa básica de juros, que foi de 8,75% no primeiro tri-mestre e a mais baixa da história, siga cres-cendo e fique entre 11% e 12% até o final

As medidas do governo federal tiraram o Brasil de um período de recessão e o colocaram para crescer, mas o ‘remédio’ continuou sendo dado sem precisar. Agora, é preciso puxar o freio”.

Luís Rabi, gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian

do ano. “O aumento era necessário, pois o país estava trabalhando em nível superior ao compatível com a meta da inflação para o ano”, comenta Levy.

O gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, também apon-ta essa tendência de aumento como medi-da para conter a inflação. “Existe a meta oficial que o Banco Central persegue, de 4,5% ao ano, que está acima disso hoje, assim como as previsões para 2011”, as-sinala. O sobreaquecimento da economia, resultado direto do sucesso do pacote an-ticrise, resultou em alta da inflação. Só nos primeiros quatro meses de 2010, a inflação acumulada já é de 2,5%, mais da metade prevista para todo o ano, segundo levanta-mento do BC.

Segundo Rabi, o Brasil iniciou o ano com crescimento acentuado, acima do que era

possível crescer sem inflação e com uma infraestrutura compatível com as possibi-lidades de escoamento da produção. “As medidas do governo federal tiraram o Bra-sil de um período de recessão e o coloca-ram para crescer, mas o ‘remédio’ conti-nuou sendo dado sem precisar. Agora, é preciso puxar o freio”, comenta. Para ele, os estímulos deveriam ter sido retirados antes, por volta de setembro de 2009, evi-tando o problema da inflação: “o governo não só demorou a reverter o pacote, como gastou demais, e a produção em massa ba-teu recorde”.

Em direção oposta, a indústria de materiais de construção segue com os impostos re-duzidos até o final do ano. Para o presiden-te do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais, Jersone Tasso Moreira Silva, a manutenção das taxas da construção civil pode estar ligada ao fato de 2010 ser ano

CONTER INFLAçãO

de eleições. “É o setor que mais emprega mão de obra metropolitana, além de ter uma vasta cadeia produtiva que também se beneficia. Em ano eleitoral, construir ca-sas é um bom negócio e, para o governo, é vantagem manter esta produção alta e con-trolar com a taxa de juros”, aponta.

Em vez de aumentar impostos e cortar gastos, para Rabi, o governo federal pode amenizar os cortes previstos – por ser este um ano eleitoral –, optando por uma políti-ca fiscal mais frouxa. “O Banco Central está fazendo a parte dele, e eu espero que o go-verno também faça a sua.” Mesmo com a previsão de um ciclo de aperto, a meta de inflação do BC para 2010 não será atingida, mas deve ficar dentro da margem de tole-rância, passando dos 5%. “Agora, é corrigir a trajetória da inflação para 2011, não pas-sando dos 6%”, defende o especialista da Serasa Experian.

Na prática, o aumento da taxa básica de juros afetará as vendas a prazo: haverá o desestímulo à compra, contribuindo para a diminuição dos investimentos. Com as novas taxas, poupar será um bom negócio para o consumidor e para as empresas, e o resultado será uma economia mais lenta e um crescimento controlado. “O remédio é amargo, mas deve ser tomado”, indica Luiz Rabi. Para ele, a “doença” da inflação se-ria pior para o trabalhador de baixa renda, que não pode se defender de níveis altos de inflação.

A certeza é a de que, agora, é preciso es-perar e ver qual será a reação do mercado e dos consumidores, assim como quais ru-mos tomarão as questões econômicas in-ternacionais, que não podem ser deixadas de lado. Estas variáveis determinarão, em parte, os possíveis novos aumentos da taxa básica de juros.

Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas(deslocado 6 meses adiante)

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Christiane marcondes Alves de brito

A reação do mercado e dos consumidores, assim como o rumo das questões econômicas internacionais, determinarão os possíveis novos aumentos da taxa básica de juros.

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Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor(deslocado 6 meses adiante)

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A escala vertical está indicada em base 100, sendo este o número correspondente à média histórica registrada

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24 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE CREDIT PERFORMANCE | JUNHO 2010 | 25

...O 1º Congresso Nacional de Crédito e Recuperações, em Lisboa, acontece em 12 de outubro, no Centro Cultural de Belém. Durante o evento, líderes do mercado nacional vão compartilhar suas experiências e visões sobre o crédito e sua gestão de recuperações. No dia 11 de outubro serão realizadas atividades específicas para o “intercâmbio de negócios” entre empresas do Brasil e Portugal. Mais informações no site www.cmspeople.com.

A CMS People convoca todas as pessoas e empresas que integram a comunidade da indústria de crédito e cobrança a estende-rem a mão em solidariedade às vítimas do terremoto no Chile. A CMS escolheu como alvo das doações a Fundación “Un Techo para mi País”, organização sem fins lucra-tivos que atua na construção de casas para quem perdeu tudo no desastre. Saiba como ajudar em http://www.cmseventos.com/chile_2010/es/ayudemos_a_chile/.

Cms mobiliza ações para ajudar as vítimas da tragédia no Chile

Localcred engaja filiais de todo o país em ação solidária ao Rio de janeiro

A assessoria de cobrança Localcred, em conjunto com suas 17 filiais, arrecadou mais de mil peças de roupa em prol das famílias mais afetadas pelas fortes chu-vas no Rio de Janeiro, no começo de abril. “É uma forma singela de nossos colaboradores demonstrarem solidarie-dade aos nossos irmãos fluminenses”, diz Paulo Colello, superintendente co-mercial e de marketing da assessoria.

líderes da Indústria de Crédito e recuperações se reúnem em lisboa

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...A Serasa Experian inaugurou, no dia �1 de março, em São Paulo, sua primeira e maior loja de atendimento exclusivo para emissão de certificados digitais. “A Megas-tore Serasa Experian é um marco no mer-cado da certificação digital e é parte de nossos investimentos nos últimos anos para atender à demanda crescente deste merca-do”, diz o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro. Essa demanda abrange,

serasa Experian abre primeira megastore de certificação digital da América Latina

em 2010, cerca de 600 mil empresas que terão de emitir eletronicamente suas notas fiscais de mercadorias – e para isso neces-sitam de um certificado digital – e cerca de 1,4 milhão de empresas cujas declarações terão de ser entregues com certificação. “A Megastore está estruturada para emitir cer-ca de 40 mil certificados digitais por mês”, afirma Igor Rocha, presidente de negócios de Identidade Digital da Serasa Experian.

NOVIDADES

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As ocorrências de fraudes estão em alta no Brasil e no mundo e, na mes-ma direção, vão as perdas financeiras

das empresas e os prejuízos ao consumidor.

Hoje, a indústria das fraudes é lucrativa, co-mandada por quadrilhas, dirigida com inte-ligência e criatividade; possuem, sobretudo, muita agilidade.

Mesmo que grande parte dos negócios no país já tenha sofrido algum tipo de fraude, são poucas as empresas que, efetivamente, a compreende como risco e adota uma ges-tão estratégica adequada para gerenciá-la.

Do lado do consumidor, não há preocupa-ção ou cuidado para proteger suas informa-ções pessoais. Falta uma conscientização em relação aos riscos e às consequências da fraude, o que torna mais fácil a ação dos estelionatários. A partir do roubo de informações pessoais de um documento, ou a criação de um fictício, se busca a obtenção de crédito, causando grandes problemas para o cidadão, que poderá ter anotações negativas em seu nome. Sobra a ele provar que é vítima em várias ocorrências, o que não é uma tarefa fácil. Cabe ao consumidor extremo cuidado com sua documentação e evitar dar seus dados pessoais a qual-quer solicitação.

O crédito é um dos canais preferidos dos fraudadores, porque seu resultado é imediato. Nesse contexto, o roubo ou furto de informa-ções sempre marca o início do processo criminoso. Para qualquer empresa, a aceitação de um novo cliente, consumidor ou corpora-tivo, e seu financiamento exigem, além da confirmação dos dados cadastrais, a avaliação comportamental. Este último aspecto, o do comportamento, adquire especial importância na identificação dos sinais de inconsistências.

Para detecção de fraudes empresarias é fundamental cruzar informações, tais como: se a empresa cliente aponta mais de um endereço para o seu negócio; se várias empresas funcio-nam em um só local; se há divergência dos dados cadastrais

dos sócios e se têm ocorrido ações fora do padrão do mercado.

Para apurar as inconsistências em relação ao consumidor, é igualmente importante confirmar dados cadastrais e avaliar os as-pectos comportamentais, com o suporte de modelagem matemática e redes neurais.

Por conta das fraudes de subscrição, carac-terizadas pelas informações imprecisas e inverídicas, as empresas normalmente con-fundem a perda decorrente como de inadim-plência. Precisa ser entendido que a fraude é intencional, enquanto a inadimplência, na maior parte dos casos, não. Mais: a empresa que foi fraudada uma vez, se não se prevenir, o será outras vezes, pois o crime identifica onde há espaço para voltar.

Os estudos da Serasa Experian mostram que os setores mais visados pelos fraudadores são os de produtos de fácil comercialização, que são rapidamente reposicionados no mercado. Nem por isso esses agentes deixam de estar presentes nos golpes com automóveis, seguros, cartões de crédito etc. A empresa vulnerável às fraudes acaba sofrendo danos à sua imagem, os acionistas se sentem pre-judicados, os empregados perdem a confiança e seus processos in-ternos ficam desacreditados.

Pode-se dizer que o risco de fraude faz parte dos negócios. É recor-rente, sempre existiu e existirá. O compromisso em reduzi-lo deve estar no cotidiano das empresas. E cumpre lembrar que a forma mais eficaz de minimizá-lo é utilizar ferramentas de prevenção, compartilhar dados sobre eventos fraudulentos, monitorar os pos-sívei avisos de risco e de alteração comportamental, e consistir os dados coletados no mercado ante as informações oficiais.

Com o gerenciamento de fraudes as perdas são minimizadas, os negócios ficam mais rentáveis e seguros, favorecendo a competiti-vidade e preservando a imagem da empresa.

Sua empresa está preparada contra as fraudes?

Laércio Oliveira PintoPresidente da Unidade de Negócios de

Crédito da Serasa Experian

FRAUDE, UM MAL PARA EMPRESAS E CONSUMIDORES

IDEIAS & TENDêNCIAS

vista panorâmica de Lisboa

Acompanhe os principais eventos da CMS em 2010:

10 de junho8º Congresso Nacional de Crédito e CobrançaArgentina / Buenos Aires / Caesar Park 1 de setembro5º Congresso Nacional de Crédito e CobrançaChile / Santiago / Espacio Riesco 16 de setembro4º Congresso Nacional de financiamento de Consumo e meios de PagamentoArgentina / Buenos Aires / Hotel Four Seasons 23 e 24 de setembro5º Congresso Nacional de Crédito e CobrançaPeru / Lima / Sheraton Lima Hotel & Convention Center 8 de outubro3º Congresso Nacional de Crédito e Cobrançaequador / Quito 12 de outubro1º Congresso Nacional de Crédito e RecuperaçõesPortugal / Lisboa / Centro Cultural de Belém 14 e 15 de outubro1º Congresso Nacional de microfinançasColômbia / Bogotá / Tequendama 21 de outubro3º Congresso Nacional de financiamento de Consumo, Pagamento e RecuperaçãoUruguai / Montevideo / Radisson Montevideo Victoria Plaza Hotel 1 e 2 de novembro2º Congresso Internacional de Crédito e Cobrança e 1º fórum venezuelano de microfinançasVenezuela / Caracas / Hotel Tamanaco Intercontinental 9 e 10 de novembro6º Congresso Nacional e 8º Congresso Latino-Americano de Crédito e CobrançaBrasil / São Paulo / Teatro Alfa e Hotel Transamérica 23 e 24 de novembro2º Congresso Nacional de Crédito e Recuperaçãoespanha / Madrid / NH Eurobuilding

informações: www.cmseventos.com

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26 | JUNHO 2010 | CREDIT PERFORMANCE

DA INDúSTRIA DE CRÉDITO

Chegando à sua terceira edição em 2010, o Prêmio Líderes de Crédito e Cobrança é uma homenagem aos

principais líderes da indústria de crédito. A premiação toma lugar junto com o Congres-so Nacional de Crédito e Cobrança, que se prepara para a sua sexta edição. Inovador e exclusivo, o Prêmio reconhece os maiores destaques do setor, que, com excelência, são exemplos para os companheiros, colegas de trabalho e futuros profissionais que aspiram a uma carreira de sucesso. Como evento anual mais importante da área de CeC Ibero-Americano, o Prêmio oferece a oportunidade aos seus participantes de se tornarem peças fundamentais na escolha dos homenageados. Por meio dos seus vo-tos é que os líderes serão premiados, diante dos mais de mil profissionais que participam anualmente do Congresso.A premiação se dá em três categorias. A primeira, “Excelência em Crédito”, reco-nhece quem contribuiu consistentemente para o crescimento sustentável da área de crédito, desenvolvendo sistemas, modelos e soluções estratégicas. Na primeira edição, o vencedor foi Marcos Vanderlei Ferreira, Diretor de Crédito e Cobrança do Banco Itaucred Financiamentos. Em 2009, Adal-berto Savioli, Diretor Executivo do Banco Panamericano, foi quem teve seu trabalho reconhecido na categoria.Quando o assunto é “Excelência em Cobran-

RECONHECIMENTO AOS DESTAQUES

PRêMIO LÍDERES

ças”, Issaia Abbud, Gerente B-FSC Cobrança da Volkswagen Serviços S/A, foi o primeiro a ser premiado pelo seu desempenho no se-tor de cobranças. O Superintendente da BV Financeira, Yeh Jui Cheng, que já havia sido indicado em 2008 na mesma categoria, foi o homenageado da última edição. A terceira, “Trajetória em Crédito e Co-brança”, é o maior reconhecimento da indústria para um líder-chave. São pre-miados aqueles que, ao longo de sua vida profissional, colaboraram com novas ideias, práticas e soluções para o desen-volvimento da área. Espírito de superação, por exemplo, é um dos valores que corres-pondem à performance desses premiados. José Paulo Rodrigues, Superintendente de Cobrança do Banco Bradesco, e Luiz Ota-

vio Mathias, Diretor Comercial do Itaú, já foram contemplados.Para chegar a estes nomes, anunciados no encerramento dos Congressos, são consi-deradas quatro fases. Em um primeiro mo-mento, são escolhidos os quatro indicados pela Comissão Organizadora do evento, por meio de votação. Os nomes são disponibili-zados no site da CMS Brasil. A segunda fase é feita pelos participantes do congresso, no primeiro dia do evento. Cada um recebe, em seu material, uma cédula de votação, que é depositada na urna do evento. Os votos são apurados com fiscalização e homologação de uma empresa auditora. Por fim, ocorre a divulgação do resultado. Eleitos pelo público, os líderes são reconhecidos e homenageados pelos principais profissionais do setor.

Inscrições abertas em 2010

O 6º Congresso Nacional e o 8º Congresso Latino-Americano de Crédito e Cobrança já têm data e local definidos: São Paulo (SP), nos dias 9 e 10 de novembro. As inscrições já estão abertas no site: www.cmseventos.com. Os indicados pela Comissão Or-ganizadora serão divulgados ain-da no primeiro semestre de 2010, e os nomes ficarão disponíveis no site do evento. Inscreva-se e ga-ranta seu lugar neste encontro!

edição de 2008Excelência em CobrançaIssaia Abbud / Volkswagen Serviços S/A Excelência em CréditoMarcos Vanderlei Ferreira / Banco Itaucred FinanciamentosTrajetória em Crédito e CobrançaJosé Paulo Rodrigues / Banco Bradesco

edição de 2009Excelência em CobrançaYeh Jui Cheng / BV FinanceiraExcelência em CréditoAdalberto Savioli / Banco PanamericanoTrajetória em Crédito e CobrançaLuiz Otavio Mathias / Banco Itaú

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homenageados do prêmio líderes 2009

Os ícones do C&C

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580 HORAS DE ESPECIALIZAÇÃO EM CRÉDITO E COBRANÇAPRIMEIRA TURMA COMEÇA EM AGOSTO

INFORME PUBLICITÁRIO

O Instituto GEOC lançou o MBA executivo IGEOC em Crédito e Cobrança, estágio mais alto na formação dos pro�ssionais do setor. O curso foi elaborado pela frente de trabalho de RH do Instituto GEOC, que durante mais de oito meses se dedicou a de�nir o conteúdo que melhor atenderia as necessidades e oportunidades do segmento. Durante esse trabalho contamos com a participação e envolvimento da ACREFI – Associação Nacional das Institu-ições de Crédito, Financiamento e Investi-mento – que aportou ao projeto as necessi-dades do mercado �nanceiro, construindo uma visão desa�adora e ampla sobre o ciclo de crédito e cobrança.

A entidade de ensino escolhida para ser a responsável pela viabilidade do projeto educacional foi o Grupo IBMEC - Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais.“O MBA executivo IGEOC em Crédito e Cobrança é o primeiro passo de um projeto muito mais abrangente. O convênio entre o IGEOC e o Grupo IBMEC poderá levar cursos a distân-cia e presenciais para todo o Brasil, revela o diretor do Grupo IBMEC, Carlos Longo.

“Com a chegada do período de estabiliza-ção e os modelos competitivos na concessão do crédito, a atividade de cobrança saiu de um estágio de pouca relevância para um modelo de grande

complexidade e alta performance. Por isso sentimos a necessidade de preparar da melhor maneira possível os pro�ssionais da área”, a�rma o superintendente do IGEOC, João Paulo de Mattos. “O curso MBA execu-tivo IGEOC em Crédito e Cobrança é o primeiro do país com essa modelagem e faz parte de um conjunto de projetos desen-volvidos pelas empresas de recuperação de crédito, visando um modelo organizacional em plena sintonia com o cenário atual. Foi um curso pensado e estruturado para as necessidades desse mercado.”

Mattos informa também que o projeto educacional do IGEOC trará à discussão cases atuais do setor de crédito e cobrança. Para isso tanto o Grupo IBMEC como o IGEOC identi�caram pro�ssionais de mercado, que poderão contribuir para o sucesso educacional do projeto. “O dinamismo, a competitividade e a alta performance das empresas de crédito e cobrança estarão representadas em sala de aula, na presença de professores, alunos e palestrantes”, diz o especialista. Assim, será

possível debater em alto nível temas que vão desde a criação e concessão de produ-tos de crédito até a recuperação do crédito e cobrança, passando por todas as etapas do processo: mercado, público-alvo, �nanceiro, marketing, canais de distribuição, segmentação, risco de crédito, fraude, ouvidoria, acionamento preventivo, cobrança amigável e judicial, modelos de negociação, melhores práticas, tecnologias de ultima geração e modelos inteligentes para segmentação.

Venha fazer parte deste grupo, no qual os principais atores do ciclo de crédito e cobrança estarão lado a lado, constru-indo novos modelos para o segmento.

Mais informações:Instituto GEOC Telefone: 5511 3369 - 3800 Email: [email protected]

Cícero de Toledo Piza filho Diretor Administrativo e Financeiro do Instituto GEOC

A atividade de cobrança tem passado por grandes transformações nos úl-timos anos. Saiu de um cenário de

pouca relevância, para um modelo de gran-de complexidade e alto desempenho. No passado, seja como profissão ou atividade empresarial, não era vista como um negócio de grande importância no ciclo de crédito. Com a chegada do período de estabilização e os modelos competitivos na concessão do crédito, além da diminuição das margens, uma sensível evolução no segmento de recu-peração de crédito foi provocada. A atividade de recuperação ganhou maior destaque, na medida em que trazer de volta o crédito ao concessor contribuía diretamente para um melhor resultado nas operações. Para atingir esse novo patamar evolutivo, as empresas tiveram que investir muito em seu maior pa-trimônio: pessoas capacitadas. Podemos afirmar que o maior segredo em relação a ter eficiência em cobrança é uma equipe experiente e muito bem preparada. Gente gerando diferencial.

A atividade está chegando a um modelo cada vez mais complexo, onde a utilização das tecnologias da informação de última geração passou a ser um insumo importante. Especialização é outro segredo. Hoje a atividade de cobrança não é exercida como um grande bloco, onde as individualidades de cada produto de crédito não eram levadas em consideração, apenas o valor da dívida e, do outro lado, apenas o “devedor”. Esse antigo modelo ajudou a criar uma imagem negati-va, oferecendo resistência à atividade empresarial e ao profissional de cobrança que atua no relacionamento efetivo com os inadimplentes, que até nos dias de hoje percebe a atividade como algo punitivo.

A recuperação de crédito atualmente utiliza as relações humanas como um grande mecanismo de aproximação. Quando um negociador entra em contato com um cliente que, temporariamente, está inadimplente, suas principais características – profissão, renda, tamanho da família, local da residência, entre outros – ajudam a entender todo o contexto. Desta forma, é possível analisar e oferecer ao cliente a melhor solu-ção ou alternativas para resolver as pendências. As informações são facilitadoras na aproximação, mas o maior segredo da eficiência em cobrança que temos em nosso segmento são as pessoas.

Quando uma pessoa está em dificuldades, ser ouvido e, principalmente, entendido por seu interlocutor, é vital para a configuração da solução. A sensibilidade de um recuperador de crédito é um grande diferencial. Uma palavra mais dura ou a percepção da fragilidade do outro lado

da linha nos permite propor uma solução sob medida para o inadimplente. Já tivemos casos em que o cliente, após o acordo, enviou e-mail e telefonou agradecendo a atenção e preocu-pação com o seu momento. Tratar com digni-dade, respeito e objetividade só é possível com um time muito bem preparado. Para ter uma ideia, nesta atividade, o tempo médio de uma ligação em determinadas carteiras de crédito é totalmente diferente de outros segmentos.

Fazer com que o modelo organizacional das empresas de recuperação de crédito esteja em plena sintonia com o cenário atual de modernidade e alta performance não é um desafio fácil. É preciso deixar de lado vaida-des empresariais e buscar incansavelmente a qualidade como diferencial. As empresas par-ticipantes do Instituto GEOC desenvolveram

diversos programas, que vão desde o recrutamento e seleção até o programa de maior destaque junto às associadas – o Selo de Qualida-de Igeoc. O selo implementado em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) agora conta com a Fundação Vanzolini, da USP, como entidade certificadora. Isso tem permitido, ao longo dos últimos anos, acelerar o desenvolvimento das empresas associadas por meio de ava-liação de uma série de indicadores de desempenho, que permitem a elaboração e implantação de projetos de investimentos, focados na melhoria da qualidade operacional. O Selo de Qualidade Igeoc tem promovido uma evolução significativa nessas organizações.

Outras iniciativas que proporcionam a construção de diferenciais em eficiência em cobrança são os programas de capacitação, que o Insti-tuto implantou. Tudo começa com o recrutamento e a seleção, que dá oportunidade de ingresso ao mercado de trabalho para pessoas que, em muitos casos, têm a oportunidade do primeiro e único emprego em uma família. Segue no treinamento de formação específica em todas as fases de atuação, chegando a Universidade em Crédito e Cobrança, que possibilita aos colaboradores a qualificação educacio-nal em alto nível. Recentemente, o Instituto, por meio de seu grupo de especialistas em RH, desenvolveu sob medida o estágio mais alto na formação dos profissionais do setor, que é o MBA executivo IGE-OC em Crédito e Cobrança. Elaborado em parceria com a instituição de ensino IBMEC – Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais – com larga experiência na customização de programas específicos de for-mação executiva. Hoje podemos, sem dúvida, dizer que se existe um segredo para eficiência em cobrança é o fortalecimento do relaciona-mento com nossos clientes e o constante investimento na formação e evolução da melhor tecnologia mundial já concebida: PESSOAS.

EFICIêNCIA NA COBRANçA. QUAL O SEGREDO?

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TENDêNCIAS TENDêNCIAS

PARA A EMPRESA E PARA OS CONSUMIDORES

Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP)

Uma iniciativa do governo de São Pau-lo para conscientizar a população sobre a importância de exigir a nota

fiscal dos estabelecimentos comerciais na aquisição de mercadorias tem melhorado o comportamento dos cidadãos. O programa Nota Fiscal Paulista (NFP) devolve �0% do ICMS recolhido pelo estabelecimento, pro-porcional ao valor da nota fiscal. Para isso, basta que o consumidor informe o seu CPF ou CNPJ no momento da compra.

Em 2009, a NFP ganhou o Prêmio Excelência em Governo Eletrônico, promovido pelo Mi-nistério do Planejamento, Orçamento e Ges-tão e pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP). “A Nota Fiscal Paulis-ta representa o reconhecimento ao trabalho da equipe da Secretaria da Fazenda, que desenvolveu um sistema de fácil acesso, que aproximou os consumidores da Secretaria da Fazenda“, afirma Guilherme Rodrigues Silva, coordenador adjunto da Coordenadoria de Administração Tributária (CAT).

O consumidor pode decidir como usar o crédito gerado pelo programa. No prazo de cinco anos, é possível utilizá-lo para re-duzir o valor do débito do IPVA, para con-tribuir com entidades sociais ou ainda ser transferido para a conta corrente ou pou-pança do contribuinte. Os contribuintes

dência do governo de utilizar os meios eletrônicos como ferramentas de trabalho e disponibilizar serviços públicos utilizados pela sociedade no formato digital. A políti-ca do governo eletrônico já é realidade em alguns estados, como Pernambuco. Essa transferência do formato de documentos físicos para digitais, como a Nota Fiscal Ele-trônica, é viável por gerar uma padroniza-ção dos relacionamentos eletrônicos entre empresas e o surgimento de empregos na prestação de serviços.

Redução de custos de impressão, economia nos custos de envio do documento fiscal, li-beração de espaços usados na armazenagem de documentos fiscais e incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos com clientes foram melhorias trazidas pelo novo formato que têm beneficiado muitas empresas. Além disso, contribuem para a confiabilidade nos processos de arrecadação fiscal.

VANTAGENS

participantes ainda concorrem a sorteios com bonificações em dinheiro.

As vantagens não são apenas para os consu-midores. A Nota Fiscal Paulista surgiu como um incentivo à população e tem sido uma importante aliada do governo no combate à sonegação de impostos. Para Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP), o programa foi uma iniciati-va muito inteligente e pode servir de mode-lo para outros estados. “São Paulo sempre foi o carro-chefe. É um modelo bom para o Brasil.” Ele acredita que outros Estados de-verão seguir o exemplo e implantar sistemas parecidos, cada qual fazendo as adaptações necessárias à sua realidade.

No rumo digital

Outra iniciativa importante para melhorar a transparência nas relações entre empresas e os órgãos arrecadadores, além de agilizar e melhorar os processos de arrecadação fiscal, foi a do Conselho Nacional de Política Fazen-dária (CONFAZ) com a criação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Antigamente, as notas fis-cais eram emitidas em quatro vias e acompa-nhavam a mercadoria até o seu destino final.

Com esse processo, gastava-se mais tempo na emissão, mais papel e trabalhava-se com o

risco de possíveis erros nas notas feitas à mão. Agora, a empresa emissora gera um arquivo eletrônico com as informações da operação comercial. Uma assinatura digital garante a integridade dos dados e a autoria do emissor. O arquivo corresponde à Nota Fiscal Eletrônica e é transmitido pela internet para a Secretaria da Fazenda, que, após fazer uma pré-valida-ção do arquivo, cria um protocolo de autoriza-ção de uso. Para acompanhar a mercadoria, é impresso o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), em única via que contém a chave de acesso para consulta da nota fiscal eletrônica na internet e um código de barras que facilita a captura e a confirmação de in-formações pelas unidades fiscais.

A maior contribuição desse modelo foi a economia de papel. Desde que foi implan-tada, já houve uma redução de �0% no consumo. Para o governo, a melhora ficou na fiscalização e queda da sonegação de

impostos. Todo o processo passa a ser ele-trônico. As vantagens da nota fiscal eletrô-nica são muitas.

Além da contribuição para o meio ambien-te, há a eliminação de erros manuais e de digitação, pois é gerada eletronicamente. “Ela acaba com a cadeia de corrupção, pois a fiscalização é feita na fonte. Quan-do o fiscal chega a um estabelecimento, já tem um histórico da vida daquele comer-ciante”, afirma Sebastião Luiz, do CRC-SP.

O novo processo garante, também, mais eficácia e segurança no controle fiscal, me-lhorando a troca de informações entre os fiscos. A economia de material, de tempo e redução de despesa com armazenagem dos documentos é considerável.

Iniciativas como a Nota Fiscal Paulista e a Nota Fiscal Eletrônica evidenciam a ten-

A nota Fiscal Paulista representa

o reconhecimento ao trabalho da equipe da Secretaria da Fazenda,

que desenvolveu um sistema de fácil

acesso, que aproximou os consumidores da

Secretaria da Fazenda; ela acaba com a

cadeia de corrupção, pois a fiscalização é

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Ana Elisa Paiva

Novas maneiras encontradas para fiscalizar a arrecadação, adotadas pela secretaria da fazenda do Estado de são Paulo e do Conselho Nacional de Política fazendária, em parceira com a Receita federal facilitam e aumentam os negócios das empresas e trazem benefícios aos consumidores

População tem vantagens ao pedir notas fiscais em suas compras

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De acordo com a Covinoc, empresa com 57 anos de atuação na área de recuperação de crédito e cobrança e ampla cobertura na Colômbia, os jovens e pequenos empresários do país estão cada vez menos em dia com suas obrigações financeiras e co-merciais. A expansão dos serviços de telefone celular pós-pago e o aumento da expedição de cartões de crédito são aponta-dos como os principais responsáveis pela grande inadimplên-cia entre os colombianos. O presidente da Covinoc, John Jairo Aristizabal, atribui o crescimento das dívidas ao fato de que o forte estímulo ao microcrédito no país não foi acompanhado de políticas para promover a cultura do pagamento.

“Diante desse contexto, é fundamental conhecer o cliente para gerar oportunidades e estratégias de cobranças”, desta-cou Aristizabal, durante o 4º Seminário Regional de Crédito e Cobranças, que reuniu profissionais do setor em 15 de abril, em Bucaramanga, Colômbia. Aristizabal também estará entre os palestrantes do 7º Congresso Andino de Crédito e Cobran-ça, que ocorrerá em Bogotá, nos dias 2 e � de junho, com a abertura do Presidente da República Álvaro Uribe Velez. Mais informações em www.cmseventos.com.

BOGOTÁ,Pelo MUNDo

CIDADE DE CONTRASTES

No alto de seus 2.600 metros sobre o nível do mar, Bogotá, capi-tal da Colômbia, surpreende pela diversidade cultural e hospi-talidade de seu povo “chevere” (gíria colombiana para “baca-

na”). Um passeio pelas ruas do antigo bairro La Candelaria, a riqueza da comida e do tradicional café colombiano são algumas das atrações imperdíveis da cidade. Cidade colonial fundada em 15�8 pelos espa-nhóis com o nome de Santa Fé de Bogotá, a capital colombiana tem, hoje, mais de sete milhões de habitantes e está em rápido desenvol-vimento. Apesar de chamar a atenção do mundo pelas notícias sobre guerrilhas e narcotráfico, Bogotá é uma típica metrópole latino-ameri-cana, com shoppings, mercados ao ar livre, amplos espaços públicos, uma arquitetura variada, museus, bibliotecas, boa gastronomia, vida noturna e intensa programação cultural e de lazer.

Durante boa parte do ano, a cidade mantém uma temperatura constante de 14ºC. Como a paisagem de Bogotá é marcada pelos morros que a cercam, é possível ter uma bela vista de qualquer região da cidade, principalmente se estiver em pontos mais ele-vados, como o Morro de Monserrate. Para aliviar o mal estar cau-sado pela altitude, é comum o consumo de chá de coca, comer-cializado em lojas de produtos naturais e em algumas feiras de artesanato. Vale lembrar que a bebida não contém propriedades entorpecentes e, por isso, não é considerada ilegal no país.

Como em qualquer outra metrópole, é sempre recomendável fi-car atento ao circular pela periferia e pelos bairros mais afastados do centro, principalmente à noite. O turista pode estranhar a pre-sença de muitos policiais ou militares, camuflados e armados, nas

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Cresce inadimplência entre os jovens colombianos

Daniele garcia

País é lembrado por figuras famosas, como o artista plástico fernando botero, o Nobel gabriel garcía marquez e a cantora pop shakira

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áreas centrais. E é bom estar preparado para a revista de malas, bolsas e sacolas nos aeroportos e na entrada de museus, bibliote-cas e de alguns prédios comerciais. Além de fazerem a segurança, os policiais são ótimas fontes de informações aos turistas.

De Bogotá também é fácil o acesso a todas as regiões da Colômbia, país lembrado também por figuras famosas como o escritor e prê-mio Nobel Gabriel García Marquez, a cantora pop Shakira e o artis-ta plástico Fernando Botero. Portanto, aproveitar as comodidades da capital e incluir no roteiro destinos como o Triângulo do Café, Cartagena e Medellín também podem ser uma ótima pedida.

santuario Nossa senhora del Carmen

CAsA PREsIDENCIAL: um dos pontos turísticos de Bogotá

DESTAQUES

Pela primeira vez promotores de crédito de todo o Brasil terão um espaço para aprofundar questões específicas do se-

tor e fortalecer o debate sobre o futuro da indústria do crédito no país. O 1º Congresso Nacional de Promotores de Crédito, promo-vido pela Associação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviço ao Consumo (ANEPS), acontece durante o 6º Congresso Nacional e 8º Congresso Latino-Americano de Crédito e Cobrança, nos dias 9 e 10 de novembro de 2010, no Teatro Alfa e Hotel Transamérica, em São Paulo. O encontro, que contará com a presença e o apoio de empresários, institui-ções financeiras e promotores de crédito, pro-mete impulsionar o segmento no País.

Para o presidente da ANEPS, Luís Carlos Ben-to, esse primeiro congresso será um marco para a indústria brasileira de crédito. “Essa é uma categoria nova no Brasil, pois tomou impulso somente de dez anos para cá. Ago-ra, temos de aproveitar o grande crescimen-to econômico e nos preparar para enfrentar esse mercado crescente. O evento será mui-to importante para estruturar melhor nosso segmento”, afirma.

Um dos grandes resultados esperados a partir do encontro é fortalecer a própria entidade, que tem entre seus principais objetivos a capacitação e a certificação dos profissionais do setor, a elaboração de pro-jetos de autorregulamentação do segmen-to, além da promoção e da organização da indústria do crédito.

A qualificação da mão de obra é o maior desafio da indústria do crédito, na opinião de Marcos Etchegoyen, presidente da Ce-telem, empresa de serviços financeiros li-gada ao banco BNP Paribas. “Quanto mais especializados forem os profissionais, maior

Daniele garcia

PROMOTORES DE CRÉDITO SE REúNEM EM ENCONTRO INÉDITO NO PAÍS1º Congresso Nacional de Promotores de Crédito pretende fortalecer e promover o segmento em todo o território nacional

a produtividade do setor”, acredita. Etche-goyen será um dos palestrantes do evento, no qual apresentará a pesquisa “O obser-vador”, que busca monitorar e entender os hábitos de consumo dos brasileiros.

Desenvolvido pela Cetelem em parceria com a empresa de pesquisa IPSOS - Public Affairs, o estudo confirma a tendência do crescimen-to da classe C no Brasil nos últimos cinco anos, refletindo no consumo de crédito e de bens como um todo. “É preciso repensar o crédito como alavanca de desenvolvimento e acredito que o Congresso contribuirá muito para isso”, diz.

Fundada em 2001, a ANEPS enfrenta hoje o desafio de moralizar o mercado, de acor-do com o diretor financeiro da entidade, Manuel Magno Alves. “Defendemos que a atuação deve ser ética, harmônica e organi-zada em todo o território nacional. Infeliz-mente, ainda existem empresas que geram problemas para os bancos, como fraudes, contratos inexistentes ou forjados. Nossa proposta é justamente treinar e qualificar as operadoras e oferecer um registro que identifique os profissionais e as empresas sérias e transparentes”, afirma. O congres-so, para Alves, será uma oportunidade de divulgar a Associação e sua proposta entre os promotores brasileiros.

A indústria do crédito consignado será des-taque do 1º Congresso Nacional de Promo-tores de Crédito. “Pretendemos destacar a força que o crédito consignado tem hoje no país, assim como sua capacidade de cresci-mento e o futuro do setor”, afirma Marcia-no Testa, diretor regional da ANEPS e sócio-diretor da Agiplan, uma das 115 empresas filiadas à entidade.

Um fórum entre representantes de ban-cos sobre o crédito consignado deverá enriquecer os debates. Fernando Perrelli, diretor da Bradesco Promotora, acredita que o congresso será uma grande oportu-nidade de aprofundar a discussão sobre a necessidade de ajustes e regulamentação do crédito consignado. “Entre as carteiras de pessoa física, a do crédito consignado foi a que mais cresceu nos últimos anos e deve continuar acima das demais cartei-ras”, aposta.

Os setores de financiamento de veículos e de crédito imobiliário, no entanto, tam-bém terão espaço nos debates, já que de acordo com a presidência da ANEPS, am-bos têm potencial para alavancar a área de crédito no Brasil. “A participação do crédito imobiliário ainda é muito peque-na comparada a de outros países e ainda pode crescer muito”, aposta Bento. Já o número de operações de venda de veículos vem crescendo de forma mais acelerada e a tendência é continuar nesse ritmo, se-gundo Alves. “Os público D e E estão em ascensão. Pessoas que, anos atrás, deixa-vam de consumir bens de consumo de alto valor, agora aproveitam o aumento das ofertas de crédito. A expectativa é de que, nos próximos dez anos, a participação da indústria do crédito no PIB alcance um pa-tamar muito maior”, diz.

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Ganhar o mundo, partir rumo ao infini-to, ter um dia agradável com a família. Quem sai em busca de uma embarca-

ção própria tem à frente um mar de possibili-dades cada vez mais acessível aos brasileiros. O país representa cerca de 1% dos aventureiros que embarcam no restrito – e crescente – mer-cado de iates de luxo. Mas os ventos também sopram a favor de quem deseja um modelo de pequeno ou médio porte. Segundo a As-sociação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), o setor náutico nacional cresceu 10% em 2009, enquanto as vendas no mundo caíram �0% no mesmo pe-ríodo, por conta da crise econômica.

Um exemplo desse otimismo foi a gera-ção de cerca de R$ 150 milhões em negó-cios na última edição do Rio Boat Show, um dos maiores eventos da América La-tina. Na onda de um mercado promissor, a fabricante italiana Azimut Yachts, em parceria com a Yacht Brasil, analisou o público-alvo brasileiro que tem potencial para se tornar consumidor. Segundo a Azimut, das 800 mil famílias inclinadas à compra de uma embarcação, a maior parte se encontra em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Os paulistas li-deram o ranking, com 50% dos possíveis navegantes. De olho nesse público, a São Paulo Boat Show 2010 já tem data mar-

cada: de 14 a 19 de outubro, no Transa-mérica Expo Center, em São Paulo.

Entre os modelos mais em conta disponíveis nas revendedoras, é possível encontrar lan-chas de 16 pés a partir de R$ �2 mil. Segun-do Fabrício Guerra, gerente comercial da Guerra Náutica – revendedor autorizado da Fibrafort (veja foto) –, os marinheiros de pri-meira viagem não param na primeira com-pra. “Eles começam com uma lancha menor para esquiar. Em um ano ou dois, é comum a troca por outra mais equipada ou com ca-bine. Quando vêm pela primeira vez, muitos chegam acompanhados pela família e todos escolhem a embarcação juntos”, conta.

Já um exemplar de luxo não sai por menos de R$ 1 milhão. A maior produtora desses iates é a Itália, vendendo mais de 250 unidades por ano. Os principais fabricantes são a Azimut-Be-netti, representada no Brasil pela Intermarine, e o Ferretti Group, que mantém parceria com a brasileira Spirit. Ambas têm licenciamento exclusivo para montar essas embarcações fora da Itália. Entre as celebridades que possuem um desses estão Eike Batista, Ana Maria Bra-ga e Roberto Carlos. O cantor, aliás, é um dos muitos compradores que têm uma ligação es-pecial com suas embarcações: elas são sempre batizadas com o nome de Lady Laura, uma homenagem à mãe, recém-falecida.

LançamentosLuxo al mareUm dos destaques do último Rio Boat Show, realizado em abril, no Rio de Janeiro, foi o lançamento da Intermarine 540, embarcação de luxo, cabinada com flybridge. Tamanho: 54,65 pésPreço: sob consulta

Beleza arrojadaQuem acha que navegar é preciso e fica melhor quando o investimento não chega à cifra dos milhões, pode optar por um modelo de lancha como a Focker 270, da Fibrafort. O barco tem a maior popa da categoria. Tamanho: 27 pésPreço: entre R$ 176 mil (básico) e R$ 2�0 mil (personalizado)

De lanchas a iates de luxo, o mercado náutico segue aquecido em 2010

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CREDIT & MARKETING VISION: TRANSFORMANDO DADOS EM INFORMAçãOO estrategista Thomas Davenport, palestrante de abertura do evento Credit and marketing vision, destacou a importância da análise de dados para a tomada de decisão

Ana Elisa ventura

Nos dias 18 e 19 de maio, a Serasa Ex-perian realizou a segunda edição do Credit and Marketing Vision. Com

uma platéia de mais de 400 executivos, pa-lestrantes internacionais, debates com des-tacados líderes da economia e workshops especializados deram forma ao Vision 2010.

O destaque do encontro, que aconteceu no Hotel Grand Hyatt São Paulo, foi a palestra de Thomas Davenport, Ph.D. em Ciências Sociais pela Harvard University, que falou dos desa-fios para se tomar decisões em uma organiza-ção e sobre as melhores formas de gestão. Na abertura, o presidente da Serasa Experian e Experian para a América Latina, Ricardo Lou-reiro, destacou que um dos principais desa-fios das empresas é crescer diariamente em um ambiente cada vez mais competitivo. Afir-mou que o objetivo comum é, não só em ma-rketing como em crédito, buscar as melhores condições para decidir com mais eficiência, utilizando o crédito para alavancar negócios.

Em entrevista, Thomas Davenport disse que ainda há muita ineficiência analítica nas em-presas, ou seja, há existência de dados, mas não há a análise dessas informações na hora da tomada de decisão. O elo entre a infor-mação e a decisão é muito pequeno; dessa forma, basear as definições em fatos, infor-mações analíticas e dados do mercado é a melhor opção para acertar. “Tentei identifi-

ACONTECEU NO MERCADO

car fatores realmente importantes para um bom desempenho e cheguei a cinco: dados, empresa, liderança, públicos-alvo e analistas. Claro que essa cultura analítica tem que ser combinada com a tecnologia – e esta tem que estar disponível. Isso pode não ser tão fácil, mas acredito ser o caminho”, afirmou.

Davenport explicou que as empresas ana-líticas costumam ser eficientes e precisas nas tomadas de decisões, pois se baseiam prioritariamente em dados. Empresas brasi-leiras como Itaú, Petrobrás e Ambev foram classificadas como analíticas. Uma técnica importante, de acordo com o professor, é nunca descartar informações e ter um ob-jetivo para chegar ao êxito nas análises. O Google, por exemplo, começou com a análise de algoritmos. Um dos diferenciais das empresas analíticas é adicionar funcio-nalidade aos seus serviços e contar em seu quadro de funcionários com profissionais analíticos, como estatísticos, que saibam traduzir aos seus dirigentes os dados cole-tados para definição de estratégias.

Uma boa iniciativa para começar a percor-rer o caminho da análise é institucionalizar a tomada de decisões melhores. Na visão de Davenport, a tendência é de um futuro mais analítico, no qual haja a ligação da análise com a tomada de decisões – mas para se obter sucesso, essa análise precisa ser uma

atribuição de todos da organização, e não só dos Ph.Ds.

Outro momento de destaque do Vision 2010 foi a palestra de Francisco Valim, CEO do gru-po Experian para quatro continentes – Euro-pa, Oriente Médio, África e América Latina, que falou sobre como acelerar o crescimento dos negócios e da economia. A identificação dos mercados que efetivamente vão fazer a diferença, sobre os quais é necessário atuar e manter controle, segundo Valim, é a melhor forma de acertar em um ambiente de cons-tantes mudanças.

No segundo dia do evento, José Alexandre Scheinkman, professor de economia da Uni-versidade de Princeton, abordou o cenário eco-nômico mundial e o posicionamento atual do Brasil. “O Brasil se beneficiou de um processo de reforma que começou em 1990 e que, feliz-mente, foi continuado pelos governos seguin-tes. Nesse contexto, as empresas brasileiras se beneficiaram com ganho de eficiência, o que comprova seu ótimo cenário”, destacou.

Para a continuação do desenvolvimento do país, o professor enumerou atitudes que con-templam investimento em educação, aumen-to da produtividade do setor público, melhora das cidades quanto à ocupação do solo e cri-minalidade, além de mais investimento e pro-dução na área de ciência e tecnologia.

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vIsION 2010: Debates sobre negócios, marketing e informação

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Luis Carlos bento é presidente da ANEPS - Associação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços ao Consumo

Já está mais do que evidente o poder que a oferta de crédito exerce sobre a economia brasi-

leira. Embora seja um dos fatores que alavanca os índices de mobili-dade social, a tomada de crédito não figura apenas como opção às classes menos favorecidas. Segun-do índices do setor, consumidores cuja renda mensal situa-se entre R$ 5 e R$ 10 mil, elevaram sua procura por crédito em �2,8% em março deste ano.

A extensão territorial do nosso País pode ser considerada um desa-fio para a disseminação e distribuição do crédito em todas as regi-ões e camadas sociais. Entretanto, ainda que essas características possam configurar uma grande barreira, o Brasil é hoje referência internacional de acesso ao crédito, seja por meio do consignado às taxas mais atrativas, seja através de outras modalidades: crédito destinado à aquisição de bens de consumo, crédito pessoal ou fi-nanciamento de veículos, entre outros.

E é exatamente neste contexto que entram em cena os agentes engajados de promoção e intermediação do crédito, organizados através de empresas prestadoras de serviços voltadas a esta ativida-de. A Associação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviço ao Consumo (ANEPS) é quem representa essa categoria, que contribui sobremaneira para a democratização do acesso ao crédito.

Os agentes contratados por essas empresas têm a importante missão de propagar a possibilidade de crédito, mesmo nas re-giões mais remotas do Brasil onde nem mesmo as instituições financeiras estão instaladas. Nestes casos, o acesso ao crédito também pode ser considerado uma questão de cidadania, tama-

nho o impacto que é capaz de gerar na economia local.

Tal ação, que tanto tem contribu-ído para o desenvolvimento na-cional, pleiteia especial atenção às questões de enquadramento em uma categoria sindical espe-cífica, bem como a uma melhor visualização pela justiça do traba-lho no perfeito entendimento da atividade de promoção em se di-ferenciar das funções bancárias. Estes são os atuais desafios.

Por outro lado, no que tange às promotoras, a lição de casa está sendo feita. A ANEPS está totalmente engajada no processo de qualificação e profissionalização dos agentes que atuam com a intermediação da concessão de crédito diretamente ao público final. Apoiamos a recente iniciativa da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), no desenvolvimento do primeiro treinamento vir-tual voltado para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, com o objetivo de garantir que o aumento da propagação do crédito transcorra com a máxima transparência e ética e atenda toda a sociedade, inclusive os ór-gãos reguladores das instituições financeiras.

Além desta, outras iniciativas de capacitação que estão sendo de-senvolvidas convergem para reforçar a conscientização do crédito. Este é um compromisso que deve crescer e ser aprimorado na mes-ma proporção da euforia pela expansão do crédito como forma de fomentar o consumo. E desta forma, somente por intermédio da cooperação de todos os envolvidos no processo será possível consolidar a democratização do crédito em um case de sucesso “quantitativo e qualitativo”.

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