Aula 1 fermentação ruminal

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Fermentação ruminal Disciplina: Metabolismo energético Prof. Dr. Adriana Guim Grupo 1: Gláucia Moraes Jonas UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTEGRADO EM ZOOTECNIA

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Fermentação ruminal

Disciplina: Metabolismo energéticoProf. Dr. Adriana GuimGrupo 1: Gláucia Moraes Jonas Inácio

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTEGRADO EM

ZOOTECNIA

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Introdução Durante a evolução, os animais ruminantes desenvolveram características anatômicas e simbióticas

Carboidratos Energia

Compostos nitrogenados não proteicos

Proteína

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Introdução

A fermentação em ruminantes é o resultado da atividade física e microbiológica, a qual converte os componentes dietéticos a:

Ácidos graxos de cadeia curtaProteína microbianaVitaminas do complexo B e vitamina KDióxido de carbono e MetanoAmônia e Nitrato e etc...

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Introdução A manutenção de uma população microbiana ruminal ativa depende de algumas característica ruminais que são mantidas pelo animal hospedeiro:

Suprimentode alimento mastigado ou ruminadoRemoção dos produtos de fermentação Adição de tamponantes e nutrientes via saliva Remoção de resíduos indigestíveis dos alimentosManutenção do pH e TemperaturaAnaerobiose Umidade ideais ao crescimento microbiano

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Objetivo da aula

Abordar:

A caracterização do ambiente ruminalO processo de fermentação e os fatores que

o afetamOs microrganismos e colonização de

partículasO produtos de fermentação e a cinética

ruminal.

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Caracterização do ambiente ruminal

OsmolaridadeFermentação normal (260 a 340 mOsm) Após uma alimentação à base de concentrado ou feno de alfafa peletizado (350 a 400 mOsm)

Pressão osmótica próxima de 260 mOsmFavorável aos protozoários ciliados Pressão osmótica ↑ 350 mOsmDigestão da fibra e do amido é inibida por efeito direto sobre o metabolismo microbiano

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Caracterização do ambiente ruminal

pH: 5,5 a 7,2↓ 6 Inibe bactérias fermentadoras de celulose

↓ Eficiência de síntese de Ptm

Temperatura: 38 a 41°C (ideal 39°C)

pH e Temperatura

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Caracterização do ambiente ruminal

Potencial redox Entre -250 a -450 mV refletindo ausência de oxigênio e o excesso de potencial redutor

Os microrganismos são obrigados a trabalhar com excesso de equivalentes redutores (NADH)

Para dispor desses compostos, eles reduzem todos os compostos disponíveis:

CO2 reduzido a metano Sulfatos e nitratos a sulfetos e amônia Ácidos graxos insaturados a saturados.Apesar disso, o crescimento microbiano permanece limitado pela disponibilidade de ATP

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Dieta Produtos finas da fermentação

Muda atividade metabólica dos microrganismos

A dieta é, provavelmente, o fator mais importante que influencia o número e a proporção relativa das diferentes espécies de microrganismos ruminais.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Mudança abrupta de uma dieta

• Determina o grau de perturbação da fermentação ruminal

• Potenciais distúrbios digestivos

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Quantidade e a composição da dieta

Variáveis externas

Taxa de passagem

Taxa de digestão

Turnover do conteúdo ruminal

A ingestão é regulada pela exigência do animal, composição da dieta e disponibilidade de alimento

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Dietas com altos teores de proteínaFavorecem microrganismos proteolíticos

Dietas altas em amido, que são baixas em fibra

Estão associadas a uma grande população de utilizadores de amido

.

Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

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ocorrência de microrganismos celulolíticos em um número reduzido em animais alimentados com dietas ricas em concentrados dependerá: Tamanho de partícula da

fibra Taxa de passagemPequena quantidade de forragem grosseira: Taxa de passagem pode

ser lenta ↑ Microrganismos

celulolíticos

Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

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Dietas baixas em fibra Altas taxas de degradação Produção de ácidos graxos voláteis Requer tamponantes

Condições favorecem espécies capazes de tolerar algum abaixamento do pH ruminal

Microrganismos celulolíticos e metanogênicos são menos tolerantes a

tais mudanças (Slyter, 1976)

Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

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Manipulação dietética da fermentação ruminalA modificação na fermentação ruminal pode ocorrer em três níveis: dietético, animal e microbiano.

Os principais objetivos da manipulação ruminal são:

Melhorar os processos benéficos

Minimizar, deletar ou alterar os processos prejudiciais para o animal hospedeiro

Minimizar, deletar ou altera os processos ineficientes

Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

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A manipulação dietética da fermentação ruminal é feita com a inclusão de substâncias como:

Ionóforos

Lipídeos

Leveduras

Enzimas fibrolíticas

Tampões

Controla e otimiza as reações fermentativas dos principais

componentes dietéticos

Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

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Ionóforos Os ionóforos, principalmente a monensina, é:

Antibiótico produzido pelo Streptomyces cinnamonensis

Seu uso aprovado nos USA para gado de corte em confinamento, 1976, e para animais em pastejo, em 1978.

Somente monensina, lasalocida, salinomicina e laidomicina propionato são aprovados para uso em dietas de ruminantes.

Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

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Ionóforos Altamente efetivos contra bactérias Gram-positivas

Exibem pouca ou nenhuma atividade sobre bactérias Gram-negativas

Possuem uma membrana externa que contem porinas (canais de proteína)

Tamanho limite de aproximadamente 600 dáltons

A maioria dos ionóforos são maiores que 600 Da.

Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Russell (1997)

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Dentre os efeitos benéficos dos ionóforos, podem se citar:

Melhoria na eficiência do metabolismo energético

Alterando a proporção de AGCC produzidos no rúmen

Aumento da concentração de propionato e redução nas concentrações de acetato e butirato, com diminuição na perda de energia na forma de metano;

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Dentre os efeitos benéficos dos ionóforos, podem se citar:

Redução na degradação de proteína dietética

Aumentando a quantidade de proteína de origem alimentar que chega ao intestino delgado;

Aumento da digestibilidade dos alimentos;

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Dentre os efeitos benéficos dos ionóforos, podem se citar:

Redução na incidência de acidose Aumento do pH ruminal Inibição de bactérias produtoras de ácido lático

A redução da acidose lática está relacionada ao uso de monensina, já que as bactérias produtoras de ácido lático (Streptococcus bovis e Lactobacillus spp.) são Gram-positivas e sensíveis à monensina.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Ionóforos causam:

Redução do CMS Sem alterar o ganho de

peso Melhora a conversão

alimentar

Não altera do CMS Melhora ganho de

peso Melhora a

conversão alimentar

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Enzimas fibrolíticas As enzimas comerciais são extratos de fermentação de origem bacteriana (Bacillus sp.) ou fúngica (Trichoderma e Aspergillus spp.).

Melhora no ganho de peso

Conversão alimentar de bovinos

Aumento nas digestibilidades da MS e da fibraOutros trabalhos não apresentaram efeito sobre o desempenho animal.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Enzimas fibrolíticas Quanto ao mecanismo de ação:

Sugerido que o aumento da digestibilidade da fibra seria resultante

da melhoria na colonização das partículas alimentares. Além disso, poderia haver

estímulo da atividade enzimática endógena dentro do rúmen

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Enzimas fibrolíticasEm vacas lactantes no início ou meio da lactação: Alimentadas com 55% de volumoso O uso de enzimas fibrolíticas (celulases e xilanases) imediatamente antes da alimentação permite:

aumento na produção de leiteEfeito maior nas vacas alimentadas no terço inicial da lactação

Contudo, mais pesquisas são necessárias para entender como o tratamento melhora a produtividade dos animais.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

LevedurasO aumento no número de bactérias viáveis e de celulolíticas parece ser o efeito mais consistente em resposta ao uso de Sacharomyces cerevisae.

.• Acredita-se que esse aumento seja responsável pela maior degradação da fibra e do escape ruminal de proteína microbiana

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Além disso, verificou-se que o uso de S. cerevisae estimulou o crescimento da bactéria gram-negativa utilizadora de ácido lático, Selenomonas ruminantium.

Foi sugerido também que essa levedura estimula a captação de oxigênio e isso levaria ao aumento no número de bactérias ruminais..

Entretanto, mais pesquisas são necessárias para explicar essa ação. O uso de Aspergilus oryzae mostrou resultados similares aos da S. cerevisae, principalmente no que se refere ao aumento no número de bactérias totais e celulolíticas

Leveduras

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

LipídiosOs lipídios são utilizados nas dietas de ruminantes para aumentar a energia das rações

Principalmente para vacas leiteiras no início da lactação

Decorrência da sua elevada densidade calórica para manipular a fermentação ruminal, ou para reduzir o custo das rações. Uma fonte lipídica

ideal: Aquela que tem mínima interferência sobre a

fermentação ruminal Alta digestibilidade no intestino delgado

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

LipídiosEfeitos da adição de lipídios: Depende da quantidade e da fonte dos mesmos

Apresentando os lipídios insaturados e os AGCC mais efeitos do que os ácidos saturados e os AGCL, enquanto que os sabões de Ca apresentam efeitos mínimos sobre a fermentação ruminal.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Lipídios O efeito mais consistente da suplementação lipídica é a redução na concentração de amônia ruminal

Resultante da redução na proteólise e/ou da reciclagem de bactérias, em consequência da diminuição do número de protozoários ciliados.

Pode ocorrer aumento na produção ruminal de propionato e geralmente, ocorre redução na metanogênese.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Tampões Tampões são combinações de um ácido fraco e seu sal, devendo ser solúveis em água e seu pKa deve ser próximo do pH fisiológico do rúmen, sendo o bicarbonato de sódio considerado um verdadeiro tampão com um pKa de 6,25.

Os tampões têm a função de neutralizar o excesso de ácidos produzidos no rúmen em situações nas quais os sistemas tamponantes, principalmente o fluxo salivar, são insuficientes.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Tampões A ação dos tampões no rúmen pode ser explicada pelo:

Aumento na ingestão de água Aumento na taxa de passagem de líquidos e no escape ruminal dos carboidratos solúveis, diminuindo a produção ruminal de propionato e, consequentemente, aumentando a produção de gordura do leite.

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Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação

Tampões O rúmen é bem tamponado pela secreção salivar

Mas se a quantidade de fibra dietética é restrita e a taxa de fermentação de carboidratos é rápida, o pH pode declinar.

pH cai, bactérias amilolíticas e resistentes à acidez aumentam, enquanto microrganismos celulolíticos diminuem.

Quando o pH decresce de 7,0, ficando entre 5,0 e 5,5, muitos microrganismos ruminais cessam o seu crescimento, apesar de conseguirem sobreviver mesmo em altas concentrações de H+.

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Adesão dos microrganismos ao alimento

1º passo no processo digestivo

Aproximação das enzimas digestivas aos substratos específicos

Concentra a digestão em uma área específica

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Populações associadas ao fluido ruminal

Mistura de microrganismos que se desprenderam das partículas de alimento

Aderem e iniciam a digestão de partículas ingeridasCorrespondem 20 –

30% da massa microbiana

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Populações associadas à partícula

do alimento Mistura de microrganismos fortemente associadas à partícula Correspondem 70 –

80% da massa microbiana

Responsáveis por: 80% da atv.

Endoglucanase70% amilase

75%proteases

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Para absorção de nutrientes

Degradação a partículas menores Enzimas extracelulares

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Processo de adesão possui 4 fases:Inicia logo após a ingestãoContato aleatório das bactérias livres no fluido

Ocorre a adesão não especifica pelo glicocálix

Ocorre a interação específica e induzida

Ocorre em menos de 1 hora

123

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Processo de adesão possui 4 fases:Proliferação celular e formação de colônias bact. (biofilmes) sobre as partículas potencialmente digestíveis

Ocorre ± 24 horas após a incubaçãoMáxima colonização

4

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Processo de adesão e colonização pode ser afetado por fatores

relacionados Bactérias Substrato Ambiente ruminal

Estudos mostram que a máxima adesão foi observada no estágio intermediário de crescimento celular bacteriana e qualquer fator que altere a integridade do glicocálix interfere na adesão

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Processo de adesão e colonização pode ser afetado por fatores

relacionados Bactérias Substrato Ambiente ruminal

A camada cuticular de grãos e forragens, interferem na aderência. Lignina, taninos e excesso de gordura da dieta interferem na aderência e na atv. hidrolítica da bactéria

Geralmente as bactérias ruminais evitam essa barreira física e acessam os tecidos internos prontamente digestíveis por meio de estômatos e áreas danificadas, ocorrendo a digestão de dentro para fora

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Gramíneas de clima temperado são mais susceptíveis à aderência que as de clima tropical.

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O tanino condensado - Proteína resiste à digestão microbiana. Composto fenólico depositado dentro

do vacúolo da planta O tanino condensado forma complexos com enzimas microbianas, interferindo com a adesão microbiana, inibindo a digestão da fibra por bactérias celulolíticas.

Adesão dos microrganismos ao alimento

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Guimarães-Beelen et al. (2006) avaliaram o crescimento da população de bactérias celulolíticas Ruminococcus flavefaciens submetidas a doses de taninos purificado no fluido, concluindo que há redução na população.

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Adesão dos microrganismos ao alimento

Processo de adesão e colonização pode ser afetado por fatores

relacionados Bactérias Substrato Ambiente ruminal

O pH do fluido ruminal afeta o processo de aderência e digestão das partículas. A ruminação facilita a hidratação da partícula e permite a penetração de biofilmes no interior da partícula.

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Figura 1. Efeito do pH e do tipo da dieta na DTFDN.60:40 V:C10:90 V:C

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Pires et al. (2006) compararam a degradabilidade da MS de 4 forrageiras: Alfafa (52,3% FDN) Aveia (58,4% FDN) Leucena (86%

FDN) Guandu (73,6%

FDN)

Adesão dos microrganismos ao alimento

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Degradação da celulose Ação sequencial e integrada de várias endocelulases, exocelulases e β-glicosidases que hidrolisam as ligações β-1,4 no interior e no final da cadeia liberando glicose

Degradação de carboidratos (CHO)

Degradação da hemicelulose Sistemas enzimáticos mais complexos devido sua estrutura hererogênea

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Degradação do amido Ação de amilases bacterianas do tipo α (interior) e β(extremidade) da cadeia, liberando maltose

Degradação de carboidratos (CHO)

Amido

Degradação da pectina Pelas enzimas pectinas liases, liberando galactourinídeo insaturados

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Várias espécies de bactérias aderem a grânulos de amido 1. S. bovis2. R. amylophilus3. B. fibrisolvens

Degradação de carboidratos (CHO)

Local de adesão ao substrato diferentes

Grânulos de amido e matriz proteica

Grânulos de amido

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Produtos da fermentação

Ácidos graxos de cadeia curta – AGCC

Apresentam de 1 a 7 carbonos Importantes: Acetato –

principal em mamíferos

Relação molar

75:15:10

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Produtos da fermentação

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Produtos da fermentação

CO2

Álcool

Outros produtos...

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Produtos da fermentação – Rotas

Celulolíticas

Produzem enzimas extracelulares e outras que degradam a celulose e hemicelulose

Oligossacarídeos

Glicose

Glicose-6-PFrutose-6-P

Triose-fosfato

Celulolíticas e não celulolíticas utilizam os produtos finais da ação das celulases e produzem AGCC.

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A pectina e a hemicelulose são inicialmente degradadas a xilose e outras pentoses

Amido e dextrinas são degradados a amilose e maltose maltase converte a G-6-P.

Todas as hexoses e trioses são raramente detectadas no rúmen, pois são rapidamente transformados em piruvato (via glicolítica)

Produtos da fermentação – Rotas

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Em pH baixo

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Destino dos principais AGCC

C Ac. graxoAcetato

Pelo tecido adiposo e pela glândula mamária

Velocidade: mais rápido que o C da glicose

O acetato representa de 90 a 100% do total de AGCC na circulação arterial.

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O butirato é em sua maior parte absorvidos pelo epitélio ruminal e intestinal

A maior parte do propionato é captado pelo fígado. Principal precursor da glicose em ruminantes

Destino dos principais AGCC

O propionato parece fornecer um mínimo de 50% e um máximo de 75% do requerimento de glicose do animal. Os aminoácidos, glicerol e lactato são os precursores do restante de glicose exigida.

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Proteína microbiana

A quantidade de MO digerida no rúmen e a eficiência dos

microrganismos em utilizar a energia disponível para seu

crescimento

Determina

Produção de proteína microbiana

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Proteína microbiana

No rúmen dois tipos de bactérias:

BFCF BFCNFCrescem mais lentamente e utilizam amônia para sintetizarem proteína

crescem mais rapidamente em relação aos anteriores e utilizam amônia, peptídeos e aminoácidos para sintetizarem proteína.

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Proteína microbiana

A produção: Aumenta com o aumento de MO fermentada no rúmen

A composição 62,5% PB 21,1% CHO 12,0% Gordura 4,4% Cinzas(Base na MS)

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Proteína microbiana

Exigência de energia: Mantença, crescimento e multiplicação

Na mantença inclui gastos: Motilidade Turnover dos constituintes celulares

Transporte ativo Entre outros

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CO2 + 4H2 CH4 + 2H2O

Gases da fermentação ruminal

ATP

Gasto

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O rúmen é muito complexo. Para entender os mecanismos que ocorrem sobre a fermentação ruminal, é importante conhecer as características do ambiente.

A fermentação ruminal pode ser manipulada pela dieta, utilizando ionóforos, enzimas, lipídeos, leveduras e tampões.

O sucesso da fermentação ruminal está na adesão e colonização dos microrganismos às partículas ingeridas.

Considerações finais

Page 71: Aula 1  fermentação ruminal

Obrigada!