Aula 1 introdução educação_corporativa

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Aula 1 Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento Introdução à disciplina Prof. Carlos Luiz Alves

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Aula 1 Educação Corporativa e

Gestão do ConhecimentoIntrodução à disciplina

Prof. Carlos Luiz Alves

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Aula 1

Disciplina: Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento

Professor: Carlos Luiz Alves

Tema: Introdução à Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento

Ementa: A globalização vem proporcionando novos desafios para as pessoas e organizações. Hoje, mais do que nunca, a habilidade de aprender a aprender se torna cada vez mais relevante. É neste contexto, de desenvolvimento de competências, que a Educação Corporativa pode dar a sua contribuição, uma vez que ela se preocupa com o desenvolvimento das pessoas e na gestão do capital intelectual da organização.

Objetivos:

- Conceituar Educação Corporativa

- Conceituar Gestão do Conhecimento

- Entender o desenvolvimento histórico dessas importantes áreas do conhecimento e sua importância estratégica para as organizações.

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1 – Introdução

Atualmente o termo Educação Corporativa vem sendo utilizado com frequência no meio acadêmico e empresarial. O que é realmente Educação Corporativa? É a mesma coisa de treinamento?

Para responder a essas questões, é importante que entendamos como evoluiu esta importante área estratégica do conhecimento.

Com o desenvolvimento dos processos produtivos, principalmente da industrialização, percebeu-se que o conhecimento desenvolvido nas pessoas passou a ser um diferencial competitivo para as organizações, pois nos primórdios das indústrias, o foco concentrava-se geralmente na esteira, na linha de produção, ficando as pessoas simplesmente com a incumbência de montar, apertar parafusos e coisas do gênero.

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A partir do desenvolvimento tecnológico, a linha de produção passou a ser aperfeiçoada, exigindo menos trabalho manual e muito trabalho intelectual. Hoje, a linha de produção de muitas montadoras de automóveis, por exemplo, é constituída exclusivamente por máquinas robotizadas, exigindo das pessoas menos esforço físico. Em contrapartida, as pessoas passam o maior tempo de seu trabalho desenvolvendo programas ou maneiras de controlar e aperfeiçoar as máquinas.

Todo esse processo de melhoria técnica e aperfeiçoamento do trabalho das pessoas acabou por contribuir para o desenvolvimento do conceito de capital intelectual, que passa a ser objeto de estudo da Educação Corporativa e da Gestão do Conhecimento.

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Mas afinal o que é educação corporativa e gestão do conhecimento?

De acordo com Eboli (2004, p.63), na sua incessante busca pela sobrevivência e aumento de competitividade, muitas empresas têm buscado novas formas para o aprendizado e desenvolvimento dos seus colaboradores e também de seu público externo. Como a finalidade de gerar níveis cada vez mais altos de excelência, surgiu o conceito de Educação Corporativa, que se consolidou na década de 1990 nos Estados Unidos e que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil.

Eboli (2004, p.63) aprofunda o conceito de Educação Corporativa não o dissociando com o de Universidade Corporativa. Para a autora as expressões são sinônimas e estão relacionadas à flexibilidade das organizações, à capacidade de dar respostas rápidas ao mercado, à era do conhecimento, à empregabilidade e a sobrevivência das empresas.

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Os Sistemas de Educação Corporativa apresentam, na visão de Eboli (2004, p. 57-61) sete princípios de

sucesso, que, dão um enfoque conceitual e metodológico para a concepção, a implementação e a análise

de projetos de educação corporativa realizados nas organizações de modo geral. Estes princípios são:

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1. Competitividade: valorizar a educação como forma de desenvolver o capital intelectual dos colaboradores transformando-os efetivamente em fator de diferenciação da empresa frente aos concorrentes, para ampliar e consolidar sua capacidade de competir, aumentando assim seu valor de mercado através do aumento do valor das pessoas. Significa buscar continuamente elevar o patamar de competitividade empresarial através da instalação, desenvolvimento e consolidação das competências críticas - empresariais e humanas.

2. Perpetuidade: entender a educação não apenas como um processo de desenvolvimento e realização do potencial intelectual, físico, espiritual, estético e afetivo existente em cada colaborador mas também como um processo de transmissão da herança cultural, que exerce influência intencional e sistemática com o propósito de formação de um modelo mental, a fim de conservar, transmitir, disseminar, reproduzir ou até mesmo transformar as crenças e valores organizacionais, para perpetuar a existência da empresa.

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3. Conectividade: privilegiar a construção social do conhecimento estabelecendo conexões, intensificando a comunicação empresarial e favorecendo a interação de forma dinâmica para ampliar a quantidade e qualidade da rede de relacionamentos com o público interno e externo (fornecedores, distribuidores,clientes, comunidade etc...) da organização que propiciem gerar, compartilhar e transferir os conhecimentos organizacionais considerados críticos para o negócio.

4. Disponibilidade: oferecer e disponibilizar atividades e recursos educacionais de fácil uso e acesso, propiciando condições favoráveis e concretas para que os colaboradores realizem a aprendizagem “a qualquer hora e em qualquer lugar”, estimulando-os assim a se responsabilizarem pelo processo de aprendizado contínuo e autodesenvolvimento.

5. Cidadania: estimular o exercício da cidadania individual e corporativa e da construção social do conhecimento organizacional, através da formação de atores sociais, ou seja, sujeitos capazes de refletirem criticamente sobre a realidade organizacional, de construí-la e modificá-la continuamente, e de atuarem pautados por postura ética e socialmente responsável, imprimindo assim qualidade superior na relação de aprendizagem entre colaboradores, empresa e sua cadeia de agregação de valor.

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6. Parceria: entender que desenvolver continuamente as competências críticas dos colaboradores, no intenso ritmo requerido atualmente no mundo dos negócios, é uma tarefa muito complexa e audaciosa, exigindo que se estabeleçam relações de parceria no âmbito interno e externo, com ideal e interesse comum na educação desses colaboradores.

6.1. Parcerias Internas: estabelecer relações de parceria com líderes e gestores, para que estes se envolvam e se responsabilizem pela educação e aprendizagem de suas equipes, e desempenhem plenamente o papel de educador, formador e orientador no cotidiano de trabalho para que sejampercebidos como lideranças educadoras, cujo modelo de comportamento deve ser seguido e buscado pelos demais colaboradores da empresa.

6.2. Parcerias Externas: realizar parcerias com universidades, instituições de nível superior ou até mesmo clientes e fornecedores que tenham competência para agregar valor às ações e aos programas educacionais corporativos, ancoradas numa concepção comum sobre as necessidades dequalificação da força de trabalho.

7. Sustentabilidade: ser um centro gerador de resultados para e empresa, buscando agregar sempre valor ao negócio. Significa também buscar fontes alternativas de recursos que permitam um orçamento próprio e auto sustentável, diminuindo assim as vulnerabilidades do projeto de Educação Corporativa, a fim de viabilizar um sistema de educação realmente contínuo, permanente e estratégico.

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A finalidade básica da Educação Corporativa em uma organização é, no entender de Eboli (2004, p. 48), fomentar o desenvolvimento e a instalação das competências empresariais e humanas consideradas críticas para a viabilização das estratégias de negócios, de uma forma sistemática, estratégica e contínua.

Podemos perceber, desta forma, o poder e a importância desta área de conhecimento, que requer das pessoas e das organizações extrema competitividade.

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2 – Educação Corporativa é a mesma coisa que os tradicionais Centros de Treinamento (T&D)?

É evidente que não, a Educação Corporativa preocupa-se mais com o desenvolvimento de competências e tem as pessoas (capital intelectual) como estratégia nos negócios. Enquanto que o Centro de Treinamento, como o próprio nome sugere, preocupa-se mais com o treinamento, ou seja, com o desenvolvimento de habilidades para exercer uma determinada função na organização, por exemplo.

Veja o quadro comparativo a seguir:

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Quadro 1 – Comparação entre Centro de Treinamento e Educação Corporativa.

Fonte: RODRIGUES, Andrea

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Para Nonaka et Takeuchi (2008), os desafios da globalização impõem novas demandas às organizações, que precisam se adaptarem a esse novo cenário para sobreviverem. Para que elas se tornem competitivas, os públicos internos e externos passam a ser um referencial estratégico por meio da gestão do conhecimento:

O cenário atual, vivenciado pelas organizações, compreende um ambiente de mudanças rápidas, que ocorrem em múltiplas dimensões e em ritmo acelerado. Por esse motivo, a sobrevivência e o crescimento das organizações dependerão da capacidade de se adaptar a este novo cenário, promovendo, por seu turno, alterações no seu ambiente interno, para fazer frente às novas formas de competição, globalização de mercados, avanços tecnológicos, dentre outras. A Gestão do Conhecimento (GC), definida como um processo de gerar, compartilhar e incorporar, continuamente, novos conhecimentos a produtos e serviços, tecnologias e sistemas, faz parte do portfólio das modificações (NONAKA; TAKEUCHI, 2008).

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Conclusão

Fazer a gestão do conhecimento significa criar mecanismos dentro do ambiente empresarial a fim de gerenciar um conjunto de bens intangíveis, que fazem a empresa funcionar. Esses conhecimentos são a alma do negócio e encontram-se nas pessoas. Sem esses conhecimentos e outros que poderão ser desenvolvidos, a empresa não existiria.

Finalmente, criar um espaço dentro da empresa para a Educação Corporativa significa por si só gerenciar um conjunto de ativos intangíveis indispensáveis a sobrevivência da organização.

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REVISÃOA PARTIR DAS MEMÓRIAS DE AULA DA PROFª ANDREA RODRIGUES

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Quadro 2 –Fonte: RODRIGUES, A

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Quadro 3 –Fonte: RODRIGUES, A

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Quadro 4 –Fonte: RODRIGUES, A

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REFERERÊNCIAS

ANGELONI, Maria Terezinha (org.). Organizações do conhecimento: infraestrutura, pessoas e tecnologias. São Paulo: Saraiva, 2008.

EBOLI, Marisa. Educação corporativa no Brasil: mitos e verdades. São Paulo: Gente, 2004.

RODRIGUES, Andrea, Memórias de Aula 1, Educação Corporativa e Gestão do Conhecimento, São Paulo: FMU, 2015. TAKEUCHI, Hirotaka; NONAKA, Ikujiro. Gestão do Conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2012.