Aula 3 - Processo terapêutico
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Processo terapêutico
TITP – 2015/2016Belmira Miranda
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• “a terapia faz-se caminhando entre o rigor e a imaginação.”
Bateson
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Início da terapia
• Ir para a terapia – para muitos pacientes a referência a uma psicoterapia pode provocar perturbação e ansiedade.
• Muitas vezes devido à ignorância pode levar à ideia que o paciente está louco.
• Responder com rapidez pode levar a transferências positivas e estabelecimento de rápida harmonia.
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Ansiedade
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Início da terapia
• Ansiedade – ameaça às defesas que atuam no sentido de evitar o conhecimento da perturbação e o conflito subjacente.
• Referência ao terapeuta – desafio aos principais mecanismos de defesa.
• Enfrentar a ansiedade – significa que o paciente será auxiliado pelo terapeuta a reconhecer sua incerteza e ansiedade, e encorajado a explorar e manifestar seus sentimentos.
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Psicoterapia
• “em psicoterapia são dedicados esforços na compreensão de como os processos psicológicos desajustados são passíveis de mudança.”
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Início da terapia
• Explicações ao paciente – o terapeuta tem que deixar suficientemente esclarecido o acordo terapêutico.
• Os pacientes variam consideravelmente quanto à sofisticação e compreensão intelectual da psicoterapia.
• É conveniente perguntar ao paciente como vê e a psicologia clínica – o nível de explicação será melhor para cada caso.
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Início da terapia
• O paciente necessita de uma explicação sobre a natureza de suas dificuldades e sobre o compromisso que assumirá – duração do tratamento, frequência das sessões e o papel que vai desempenhar.
• Diagnóstico – (alguns pacientes pedem) convém que seja apresentado na forma de resumo dos sintomas, sem rotular pacientes.
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Contrato terapêutico
• O tratamento se inicia, de modo geral, ao primeiro contato entre terapeuta e paciente.
• As primeiras entrevistas, conforme sejam conduzidas, podem facilitar ou embaraçar a resposta terapêutica definitiva.
• A abordagem deve ser feita de forma sensível perante a gravidade e agudeza da aflição do paciente.
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Contrato terapêutico
• Interesse genuíno – é importante para criar o elo de confiança.
• Espera – a entrevista deve ser marcada dentro de curto prazo.
• Transtorno agudo ou inesperada crise pessoal – paciente com dificuldade de tolerar longa demora.
• Ex. Situações de violência sexual.
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Processo terapêutico
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Processo terapêutico
• Segundo Yalom, refere-se a uma dimensão totalmente diferente e com uma enorme importância. Implica num relacionamento interpessoal entre paciente e terapeuta.
• O mesmo autor defende que a terapia não deveria ser conduzida pela teoria (“theory-driven”) mas conduzida pelo relacionamento (“relationship-driven”).
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Processo terapêutico
• Yalom considera que uma elevada sensibilidade para assuntos existenciais influencia enormemente a natureza da relação entre terapeuta e paciente e afeta cada sessão única de terapia.
• Processo – o que as “palavras” nos dizem sobre a natureza da relação entre as partes envolvidas na interação.
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Processo terapêutico
• É necessária um explicação geral do processo;• Falar livremente é crucial;• A escuta do terapeuta;• Explicações sobre o papel do terapeuta e o papel do
paciente;• Prognóstico – o paciente tem direito a uma explicação;• No início existe uma incerteza real quanto ao grau de
sucesso que se poderá obter;• Qualificação do terapeuta.
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Processo terapêutico
• O terapeuta – ser ouvinte atento e exercer o papel de facilitador; entender em vez de julgar ou controlar;
• A pessoa em sofrimento precisa se sentir segura para partilhar; precisa de um espaço onde pode ser ela mesma.
• A psicoterapia constitui-se num diálogo franco com crescente familiaridade e intimidade com objetivos de mudanças; requer confronto delicado e nunca é linear.
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Bibliografia
• Bateman, Brown, Pedder, Princípios e prática das psicoterapias;
• Dewald, Psicoterapia: uma abordagem dinâmica;
• Moreira et all, Métodos de seleção e tratamento;
• Yalom, The Gift of Theory: An open letter to a new generation of therapists and their patients