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Professor Luís Juvandes Aula 09/12/2003 Aula nº 32 Aula Teórica de 09 – 12 – 2003 Flexão Composta Estruturas sujeitas à flexão composta ou à acção axial excêntrica (continuação). Núcleo central de uma secção. Principais propriedades. Exemplos de aplicação.

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  • Professor Lus Juvandes Aula 09/12/2003

    Aula n 32

    Aula Terica de 09 12 2003

    Flexo Composta

    Estruturas sujeitas flexo composta ou aco axial excntrica (continuao). Ncleo central de uma

    seco. Principais propriedades. Exemplos de aplicao.

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    RESISTNCIA DE MATERIAIS 1 Ano lectivo 2003/2004

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    44 FLEXO COMPOSTA (continuao)

    4.2 ESTADO DE TENSO (1 material)

    Reduo das foras seco em anlise e aos eixos E.P.C.I (N, Mx, My)

    ==

    =

    i

    i

    i

    My MyMx Mx

    NN ( )( )

    Esforos

    Estado de tenso ()

    Princpio da Sobreposio dos Efeitos (P.S.E.)

    ( ) MyMxNy,x ++=

    (traco)

    (comp.)

    yI

    MxI

    MAN

    x

    x

    y

    y +=

    isto

    Centro de presso (CP) (x0; y0)

    M

    G

    y

    x MN

    y

    x

    =

    y

    xxy G

    y

    x

    N *

    *

    0

    0

    centro depresso (CP)

    e.n. eixo neutro

    passa pelos pontos

    (x*; 0) e (0; y*)

    Centro de Presso NM

    x y0=

    NM

    y x0 =

    Traduz as excentricidades nas duas

    direces X e Y

    Mx

    y

    x

    My

    N

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    Eixo neutro (e.n.)

    ( ) 0y,x =

    ou a equao da recta dada por

    0y,x

    recta que passa pelos pontos( , 0)x*(0, )y*x*x

    *y*yy =

    expresso geral

    eixo neutro passa pelos pontos

    (x*; 0) e (0; y*)

    =

    =

    0

    2x

    0

    2y

    yi

    *y

    xi

    *x

    =

    =

    AI

    i

    AI

    i

    yy

    xx

    O eixo neutro no um eixo baricentro como ocorre na flexo plana e flexo desvoada.

    EXEMPLO DE APLICAO

    Considere o pilar de seco constante representado na Figura 1, constitudo por um material resistente de igual forma a compresses e a traces. O pilar est sujeito s cargas N e H indicadas. Para a seco da base do pilar, determine: a) As tenses nos vrtices A, B, C e D. b) A posio do eixo neutro.

    Seco do Topo do Pilar

    H = 100 kN

    3.0

    m

    N = 500 kN

    0.15

    A

    0.15

    0.40

    H

    D

    CB

    y

    xN

    Figura 1

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    RESOLUO

    a)

    Dados: N = 500 kN H = 100 kN

    A

    B C

    D

    H

    y

    x

    N

    H 0.4

    0.15

    0.15

    3.0

    N

    Geometria de massas: Momentos de inrcia

    43

    344

    3m 106.1

    1240.030.0 m 109

    1230.040.0 ==== yx II

    Esforos resultantes na base do pilar: admitindo apenas flexo composta, so obtidos pela reduo das foras seco em anlise e nos EPCI.

    Seco da base do pilar

    mkN 20031002.05003H0.2NMmkN 7515.05000.15NM

    kN -500N

    y

    x

    =+=+====

    =

    A

    B C

    D

    M M

    x

    y

    y

    x

    N N = -500 kN M = 75 kNm

    M = 200 kNm y x

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    Estado de tenso: a tenso normal resultante obtida por

    yIMx

    IMN

    x

    x

    y

    yyx +=),(

    Para a seco referida vem:

    X, Y = ECPI PONTO

    x (m) y (m) (x,y) (MPa)

    A 0,2 0,15 -16,667

    B 0,2 -0,15 -41,667

    C -0,2 -0,15 8,333

    D -0,2 0,15 33,333

    b) Eixo Neutro: a posio do e.n. determinada pelo lugar geomtrico dos pontos onde a tenso

    nula.

    ====

    =

    +=

    =+=+=

    m )3(03.0x0y

    m 05.0y0

    1x30-y20

    0.05x1.5y

    0 752003.04.0

    500 0),(

    x

    yI

    xI

    yIMx

    IMN

    xyx

    x

    y

    yyx

    A

    B C

    D

    y

    x

    en

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    4.3 NCLEO CENTRAL (N.C.)

    Conceitos gerais

    Seco transversal: contorno convexo

    Seco transversal de uma barra

    contorno convexo

    Condio: Ncleo central de uma seco transversal de uma barra o lugar geomtrico dos pontos dessa seco, tais que, foras N (paralelas ao eixo da barra) neles

    aplicados (centro de presso (x0, y0)) toda a seco est sujeita a um s tipo de tenso (traco ou compresso)

    Exemplo: seco rectangular

    x

    y

    1

    e.n.e.n.

    e.n.

    23

    ncleo central

    1

    2

    3

    Centro de presso: ponto 1 - (x1; y1) ponto 2 - (x2; y2) ponto 3 - (x3; y3)

    Eixos neutros respectivos:

    e.n. 1 (x*; 0) e (0; y*) e.n. 2 (x*; 0) e (0; y*) e.n. 3 (x*; 0) e (0; y*)

    eixo neutro passa pelos pontos (x*; 0) e (0; y*)

    =

    =

    0

    2x

    0

    2y

    yi

    *y

    xi

    *x

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    Propriedades

    Vrtices do polgono convexo envolvente: correspondem a lados do ncleo central Lados do polgono convexo envolvente: correspondem a vrtices do ncleo central Centros de presso no contorno do NC: correspondem a eixos neutros tangentes

    seco (contorno convexo)

    Se o polgono convexo envolvente tiver n lados: o ncleo central tem n vrtices

    Clculo: Os limites do ncleo central duma seco poligonal determinam-se considerando

    hipotticos centros de presses (xi; yi) nos sucessivos vrtices do contorno convexo da seco. Os vrios troos dos eixos neutros (x*;0) e (0;y*) assim obtidos, contm tambm os centros de presses que correspondentes a eixos neutros que so sempre tangentes seco. A rea delimitada pelos vrios troos referidos constitui o ncleo central.

    Vrtices do contorno convexo (centro de presso)

    Lados do ncleo central (eixo neutro)

    P1 ( )11 PP y;x =*P*P 11 y,x p1 ( )

    22 PP2y;xP 2

    *P

    *P py,x 22 =

    P3 ( )33 PP y;x =*P*P 33 y,x p3 ( )44 PP4

    y;x P 4*P*P py,x 44 =

    VRTICES DO CONTORNO

    NCLEO CENTRAL

    Ponto x0 y0 x* y*

    x

    y P3P4

    P2P

    p

    p

    p

    p

    c. convexo1

    1

    3

    2

    4

    Procedimentos para o traado do NC

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    EXEMPLO DE APLICAO

    A seco transversal representada na figura 2 refere-se a um pilar constitudo por um material que resiste de igual modo a traco e a compresses. a) Determine o ncleo central da seco. b) Para uma fora exterior vertical, de compresso, a actuar no ponto P e de valor igual a

    3000 kN, calcule a tenso normal mxima instalada bem como a posio do eixo neutro.

    0.50P

    0.50

    0.50 0.50 0.50 [m] Figura 2

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    RESOLUO

    a) Os limites do ncleo central duma seco poligonal determinam-se considerando hipotticos centros de presses nos sucessivos vrtices do contorno convexo da seco. A rea delimitada pelos vrios

    troos de eixo neutro obtidos define o ncleo central.

    0.62

    5

    0.5

    0.5

    0.5 0.5 0.5

    y

    x

    Geometria de massas: Centro de gravidade e raios de girao principais

    =

    ==n

    1ii

    n

    1iii

    G

    A

    Ayy

    [ ]=

    +=n

    1i

    2Giixx y AII Gi

    [ ]=

    +=n

    1i

    2Giiyy x AII

    Gi

    =

    =

    AI

    i

    AI

    i

    yy

    xx

    ( ) ( )

    =+

    +==

    =++++

    ==

    =++=

    2

    33

    2

    22

    322

    3

    2

    m 487

    5.05.15.05.012

    5.15.012

    5.05.0

    m 19213

    5.05.15.05.0

    625.075.05.05.112

    5.05.125.0625.05.012

    5.05.0

    m 625.05.05.15.05.0

    75.05.05.125.05.05.0

    yy

    xx

    G

    Ii

    Ii

    y

    ==

    ==

    00

    2

    00

    2

    19213

    487

    yyiy

    xxi

    x

    x

    y

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    Clculo do ncleo central: a partir dos vrtices do contorno convexo da seco

    eixo neutro passa pelos pontos (x*; 0) e (0; y*)

    =

    =

    0

    2x

    0

    2y

    yi

    *y

    xi

    *x

    Vrtices do contorno convexo Lados do ncleo central

    PONTO x0 (m) y0 (m) x* (m) y* (m) recta

    Q1 0,75 -0,375 -0,19444 0,18056 1

    Q2 0,75 0,125 -0,19444 -0,54167 2

    Q3 0,25 0,625 -0,58333 -0,10833 3

    Q4 -0,25 0,625 0,58333 -0,10833 4

    Q5 -0,75 0,125 0,19444 -0,54167 5

    Q6 -0,75 -0,375 0,19444 0,18056 6

    ncleo central

    1

    2

    3 4

    5

    6 Q

    Q

    Q Q

    Q

    Q

    1 2

    3 4

    5 6

    x

    y

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    b)

    P

    M = -3000 0.125 = -375 M = -3000 0.25 = -750

    x y

    N = P = -3000 kN

    y

    x

    en

    N x

    y M

    M

    esforos nos ECPI: 1 Q

    2 Q

    3 Q 4 Q

    5 Q

    6 Q

    (x*,0)

    (0,y*)

    Momentos de inrcia:

    ( ) ( )

    433

    423

    223

    m 487

    125.15.0

    125.05.0

    m 19213625.075.05.05.1

    125.05.125.0625.05.0

    125.05.0

    =+=

    =+++=

    y

    x

    I

    I

    Equao do eixo neutro:

    ====

    ==+=+=

    m 58333.0x0y

    m 54167.0y0

    54167.0x92857.0y 0 3757500.1

    3000 0),(

    x

    yI

    xI

    yIMx

    IMN

    xyx

    x

    y

    yyx

    Clculo da max : pontos suspeitos Q4 e Q5: yIMx

    IMN

    x

    x

    y

    yyx +=),(

    ( )

    ( ) kPa 451.7549125.037575.07500.1

    30000.75,0.125-

    kPa 253.7747625.037525.07500.1

    30000.25,0.625-

    5

    4

    +=

    +=

    xy

    xy

    IIQ

    IIQ

    A mxima tenso normal ocorre em Q4 que prova, por isso, ser o ponto mais afastado do eixo neutro.

    mx