Aula 7 - Rochas Ornamentais

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ROCHAS ORNAMENTAIS Curso de Arquitetura e Urbanismo Prof.ª Camila Vieira

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Aula sobre rochas ornamentais para arquitetura

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

ROCHAS ORNAMENTAIS

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Prof.ª Camila Vieira

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CONTEÚDO

• Definição

• Importância

• Propriedades

• Tipos de acabamento

• Patologias

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DEFINIÇÃO

Segundo a NBR 12012:2003: material rochoso natural submetido a diversos graus ou tipos de

beneficiamento, utilizado para exercer função estética.

Comercialmente existem dois tipos de rochas ornamentais: mármores e granitos.

No Brasil são comercializados mais de 500 tipos, sendo um dos principais produtores em volume e em

qualidade estética.

Granito: Azul Fantástico Granito: Rosa Bahia Granito: Floral Pádua Prata

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IMPORTÂNCIA

O domínio da especificação correta de rochas ornamentais permitirá a diminuição das frequentes

patologias pétreas observadas em ambientes onde as rochas naturais foram incorretamente

especificadas.

• A especificação depende do ambiente:

Úmidos (banheiros, cozinhas, áreas de serviço)

De grande trânsito (corredores, praças)

De ampla variação térmica (ambientes externos em geral)

Que necessitam de intensa e frequente limpeza (banheiros, cozinhas, áreas de serviço e áreas de

lazer)

Submetidos a grandes cargas (garagens, depósitos)

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PROPRIEDADES

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

Dureza é a resistência ao risco.

Para os minerais foi definida uma escala relativa e progressiva de dureza, denominado de escala de

Mohs.

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

Rochas ricas em talco, serpentina (pedra sabão, esteatitos) , gipsita e calcitas (calcário, mármores) são

rochas facilmente riscáveis, por exemplo, por grãos de areia (quartzo) presos na sola de sapatos.

Não devem ser utilizados no revestimento de pisos, a não ser nas partes centrais da casa (onde os

sapatos já estão limpos), em banheiros (a não ser aqueles nos quais o usuário usa chinelos ou está

descalço) ou outros ambientes específicos.

São rochas cuja limpeza deve ser executada com cuidado evitando-se material abrasivo (sapólios) e

agressivos (ácidos).

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

O mesmo vale para ardósias, rochas também muito susceptíveis ao risco.

Seu emprego como piso deve restringir-se às construções

rústicas e áreas de serviço.

Sua resistência ao risco pode ser aumentada quando

recobertas com resinas do tipo sinteco, que, além de

proteger as placas, confere-lhes um brilho mais ou menos

intenso (existem sintecos brilhantes, foscos e acetinados).

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Dureza

Por sua vez, rochas ricas em quartzo e feldspato, como os granitos e gnaisses, são muito

resistentes ao risco.

Piso de granito Verde Ubatuba

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Clivagem

Clivagem são planos de rompimento potenciais ou reais, paralelos, que refletem planos de

fraqueza na estrutura cristalina regular dos minerais.

A calcite apresenta clivagem porque

se parte na forma de pequenos

blocos geométricos

As micas apresentam clivagem laminar.

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Clivagem

Quando for bem desenvolvida, a clivagem segundo uma direção permitirá o desgaste do mineral por

atrito, como aquele causado por passantes, tornando a superfície irregular.

Clivagens bem desenvolvidas também facilitam

a infiltração, permitindo a fixação de sujeiras

na subsuperfície das rochas, originando

manchas e emprestando à rocha um aspecto

de sujeira difusa, mesmo quando

continuamente limpas.

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Fraturas

Fraturas são fendas irregulares em minerais não controladas por sua estrutura cristalina. A maior ou

menor facilidade de um mineral ao fraturamento (ou quebra) depende do seu coeficiente de

elasticidade.

O fraturamento permite a infiltração de agentes

líquidos e gasosos, que provocam a alteração do

mineral.

Ex.: mineral granada. Possui alta dureza e intenso

fraturamento.

Estas rochas não devem ser utilizadas em áreas de

intenso tráfego ou sujeitos a impactos (quebra de

objetos).

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Textura (Trama Rochosa)

A trama tem fundamental importância no comportamento de uma rocha, sendo analisada sob três

aspectos principais:

Tamanho absoluto dos cristais constituintes da rocha

• Este tamanho determina a granulação da rocha.

• Em rochas de granulação muito grossa os minerais geralmente apresentam clivagens e fraturas mais

desenvolvidas, o que facilita a infiltração de agentes fluidos.

• Rochas muito finas facilitam o desenvolvimento, quando impactadas, de fraturas arredondadas, as

mesmas observadas em garrafas de vidro quebradas.

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Textura (Trama Rochosa)

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Textura (Trama Rochosa)

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Tamanho relativo dos cristais

Rochas constituídas por cristais com dimensões aproximadamente iguais são denominados

equigranulares.

As rochas nos quais coexistem cristais significativamente maiores (fenocristais) numa massa de cristais

menores (matriz) são denominados de porfiríticas, porfiroblásticos ou porfiroclásticos, respectivamente

para rochas magmáticas, metamórficas ou fortemente tectonizadas.

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Tamanho relativo dos cristais

A combinação dos dois aspectos facilita a infiltração de fluídos nos fenocristais e nos seus contatos

com a matriz.

Seixos, por sua superfície externa lisa, em alguns casos, são facilmente arrancados da sua matriz

arenosa.

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PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE IMPORTÂNCIA

PARA AS ROCHAS ORNAMENTAIS

Contato entre os cristais

O contato entre os cristais formadores das rochas podem ser basicamente retilíneos, ondulados ou

irregulares.

Originam-se, assim, respectivamente tramas poligonais (ou de calçamento), lobuladas e serrilhadas

(ou engrenadas).

Estes últimos são as tramas mais resistentes e as primeiras as mais fracas. As tramas poligonais são as

mais propícias para a infiltração dos agentes fluidos que promovem a oxidação, alteração ou

dissolução dos minerais.

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TIPOS DE ACABAMENTO

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TIPOS DE ACABAMENTO

Acabamento Características

Polido Acabamento plano, liso, lustroso e altamente refletivo produzido por

abrasão mecânica e polimento.

Levigado Acabamento plano e não reflexivo, produzido por abrasão mecânica em

diferentes graus.

Flamejado (ou

térmico)

Acabamento realizado por uma rápida exposição do material a uma

chama em alta temperatura, resultando na esfoliação da superfície da

rocha, tornando-a rugosa.

Jato de areia Acabamento produzido por um jato de partículas altamente abrasivas em

alta velocidade. Seu resultado é uma superfície finamente rugosa que, em

geral, deixa a superfície um pouco mais clara do que sem acabamento.

Apicoado Acabamento conseguido por meio de um martelo pneumático com cabeça

em martelo, com numerosas pontas. O resultado é uma superfície rugosa,

com relevo de até vários milímetros.

Quebra Refere-se a superfície de quebra natural que se dá quando a rocha é

obtida por meio de cunhas.

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TIPOS DE ACABAMENTO

Apicoado

Polido

Levigado

Flamejado

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TIPOS DE ACABAMENTO

Escadas e pisos externos ou com tráfego intenso de pessoas: os acabamentos brutos, flamejados e

levigados são utilizados para se obter maior segurança, pois são antiderrapantes.

Revestimentos de muros, paredes internas ou externas, detalhes, colunas ou pés de mesa, o

acabamento apicoado confere a beleza e o charme da rusticidade à arquitetura moderna.

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TIPOS DE ACABAMENTO

Pias, lavatórios, mesas e bancadas: os materiais polidos, impermeabilizados ou resinados, transmitem

a nobreza e o requinte dos materiais, além de revelar toda a beleza das cores das pedras.

Granito Verde Ubatuba

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TIPOS DE ACABAMENTO

Escadas e pisos internos ou com pouco

tráfego de pessoas

o acabamento polido é mais indicado,

podendo ser feito nas escadas uma

faixa levigada ou frisos para torná-las

mais seguras.

Escada em mármore com acabamento levigado

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TIPOS DE ACABAMENTO

Bordas de piscina: o acabamento levigado não deixa a superfície escorregadia e nem machucam

no contato.

Áreas próximas às piscinas: também pode ser usado os acabamentos bruto e flamejado.

Borda de piscina em Granito Branco com acabamento

de superfície levigado. Piso revestido com pedra São

Tomé do Norte

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REVESTIMENTO DE FACHADAS

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Fachadas com até 3 m de altura Assentamento com emprego de

adesão física com argamassas

tradicionais.

Fachadas com até 15 m de altura

Uso de telas fixadas na estrutura

por meio de chumbadores

expansivos para ancorar as placas.

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Fachadas com até 15 m de altura

Antes da concretagem das placas, as mesmas devem ter seu dorso preparado com

ranhuras para receber arames que realização a ancoragem.

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Sistema de fixação por meio de inserts

Não há contato direto entre a estrutura e a placa de rocha. Os inserts fixam a rocha através de um

prolongamento existente em sua extremidade, sendo esse conjunto ancorado na estrutura da

edificação.

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Sistema de fixação por meio de inserts

As placas devem ser fixadas no mínimo em três pontos, sendo mais comumente por quatro.

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Especificação das Placas

Aspectos a serem considerados:

Espessura

A espessura mínima das placas em fachadas é função do ângulo de assentamento (Norma

DIN 18516-3:1990).

Horizontal

ou

Até ângulo de 60°

Acima de 60° 40 mm 30 mm

Nas normas ABNT NBR 13707:1996 e ABNT NBR 13708:1996 não existe especificação

quanto à espessura mínima, sendo que na prática brasileira é utilizado 20 mm.

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Especificação das Placas

Aspectos a serem considerados:

Controle das características da placa

Principais itens que devem ser verificados:

• As dimensões da placa devem estar de acordo com o projeto (ver tolerâncias);

• Se as placas forem recebidas na obra já furadas, devem ser conferidas individualmente, com o

projeto;

• A tonalidade e a textura das placas tem que seguir padrões definidos devendo o material ser

procedente da mesma pedreira e preferencialmente do mesmo lote;

• Rejeitar peças com fissuras, trincas e imperfeições. Esses defeitos são realçados com o umedecimento

da placa com um pano molhado.

Page 33: Aula 7 - Rochas Ornamentais

REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Especificação das Placas

Aspectos a serem considerados:

Aspectos petrográficos

É necessário conhecer o comportamento da rocha em função do tempo e do ambiente de exposição.

Mármore Não recomendados para os revestimentos externos.

Granitos contendo sulfetos

e/ou granadas ferríferas Sofrem manchamento por alteração destes materiais.

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Juntas

Os espaçamentos entre as placas têm as funções de acomodar:

• Tolerâncias dimensionais das rochas;

• Tolerâncias de montagem;

• Variações dimensionais ocorridas pelas variações de temperatura e umidade;

• Deformações do edifício;

• Efeitos de longo tempo causados por fluência.

Placas até 0,3 m2

Juntas de 6 mm

Placas até 1,25 m2

Juntas de 8 mm

Acima de 1,25 m2

Juntas de 10 mm

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REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM ROCHAS

Juntas

Podem ser aplicados selantes nas juntas e a norma NBR 13707:1996 estabelece que eles devem ser

colocados sobre um cordão de apoio inerte e não aderente inserido na junta. Ele deve ser de vinil,

polipropileno, butil e poliruetano.

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GRANITOS

Page 37: Aula 7 - Rochas Ornamentais

GRANITOS

Rocha magmática mais frequente da crosta terrestre.

Page 38: Aula 7 - Rochas Ornamentais

GRANITOS

Características Físicas

• Coloração branca, acizentada, rosada, avermelhada, esverdeada, amarelada, acastanhada.

• Textura variável de acordo com a forma de jazimento: pode ter granulação fina, média ou grossa.

Características químicas e mecânicas

• Elevada resistência à abrasão por seu elevado teor de quartzo;

• Não reage com ácidos;

• Baixo índice de absorção de água.

Page 39: Aula 7 - Rochas Ornamentais

GRANITOS

Aplicações

• Revestimento de paredes (interiores e exteriores);

• Revestimento de pisos (interiores e exteriores),

detalhes decorativos em pisos, soleiras e rodapés;

• Elementos construtivos (pilares, colunas)

• Objetos decorativos;

• Tampos de mesas e balcões de cozinha;

• Lápides;

• Pedra de construção e pavimentação;

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GRANITOS

Observações

• A oxidação da granada em certos granitos pode causar

manchas acastanhadas;

• Alguns minerais acessórios podem causar manchas

localizadas devido à sua oxidação;

• Em granitos de coloração clara as manchas de umidade

são mais visíveis que nos de coloração escura;

• Nas placas podem ocorrer manchas oleosas, por utilização

de areia suja e argamassas impróprias, na ocasião do

assentamento das placas.

Granito Vermelho Brasília

Page 41: Aula 7 - Rochas Ornamentais

GRANITOS

Page 42: Aula 7 - Rochas Ornamentais

GRANITOS

Page 43: Aula 7 - Rochas Ornamentais

GRANITOS

Page 44: Aula 7 - Rochas Ornamentais

GRANITOS

Page 45: Aula 7 - Rochas Ornamentais

MÁRMORES

Page 46: Aula 7 - Rochas Ornamentais

MÁRMORES

Material muito utilizado desde a antiguidade em monumentos ou revestindo palácios e mansões.

Características Físicas

• Coloração varia entre branca, cinza, amarela, vermelha, rosa, verde, azul e preta. Raramente

apresenta um colorido uniforme;

• Granulação varia de fina a grossa;

Características químicas e mecânicas

• Baixa resistência à abrasão;

• Resistência mecânica menor que a do granito;

• Reação com ácidos.

Page 47: Aula 7 - Rochas Ornamentais

MÁRMORES

Aplicações

• Revestimento de paredes (interiores ou exteriores não agressivos)

• Revestimento de pisos (interiores), detalhes decorativos em pisos, soleiras e rodapés, em pavimentos

de baixo tráfego;

• Objetos decorativos;

• Tampos de mesa;

• Lápides

Page 48: Aula 7 - Rochas Ornamentais

MÁRMORES

Observações

• A baixa dureza do material restringe sua aplicação em pisos de ambientes de alto tráfego, o que

acarretaria seu alto desgaste e perda de suas qualidades (brilho) e de estética arquitetônica (perda

de homogeneidade da superfície assentada)

• Por efervescer na presença de ácidos, não deve ser utilizado como revestimento em ambientes

exteriores agressivos, a não ser que seja executado um processo de proteção e impermeabilização

pós-assentamento;

• Devido à reação com ácidos, deve-se, também, evitar sua aplicação em banheiros e balcões de

cozinha, local onde são encontrados produtos de limpeza e ácidos, naturais ou não.

Page 49: Aula 7 - Rochas Ornamentais

MÁRMORES

Page 50: Aula 7 - Rochas Ornamentais

MÁRMORES

Page 51: Aula 7 - Rochas Ornamentais

QUARTZITOS

Page 52: Aula 7 - Rochas Ornamentais

QUARTZITOS

Características Físicas

• Cores claras em tons de branco, amarelo, rosa, verde ou cinza, que refletem a luz;

• Granulação fina a grossa;

• Placas com superfície áspera.

Características químicas e mecânicas

• Alta resistência à abrasão;

• Elevada absorção de água;

• Inerte a agentes de alteração (produtos de limpeza, cítricos)

Page 53: Aula 7 - Rochas Ornamentais

QUARTZITOS

Aplicações

• Revestimento de paredes (internas e externas), muros e muretas;

• Revestimento de pisos (interiores e exteriores);

• Revestimento de bordas de piscinas, por ser poroso e rugoso, impede que o piso de torne

escorregadio mesmo molhado;

• Ornamentação

Page 54: Aula 7 - Rochas Ornamentais

ARDÓSIAS

Page 55: Aula 7 - Rochas Ornamentais

ARDÓSIAS

Características físicas

• Coloração preta com tonalidade acinzentada, esverdeada, azulada, acastanhada e

avermelhada;

• Granulação fina a muito fina;

•Aspecto sedoso;

Características químicas e mecânicas

• Baixa a média resistência à abrasão;

• Inerte ao ataque de ácido.

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ARDÓSIAS

Aplicações

• Revestimento de muros, muretas, paredes, pisos em ambientes exteriores;

• Revestimento de paredes e pisos em ambientes interiores;

• Mobiliário: mesas, cadeias, bancos, tampões de pias e lousas;

• Decoração.

Page 57: Aula 7 - Rochas Ornamentais

ARDÓSIAS

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PATOLOGIAS

Page 59: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Rochas ornamentais são materiais de revestimento muito duráveis, porém, se não forem

corretamente instalados ou não receberem cuidados apropriados apresentarão problemas

que encurtarão sua vida útil e comprometerão a qualidade do revestimento e da obra.

As patologias são estudadas com o intuito de diagnosticar as causas do problema,

estabelecer os devidos reparos de acordo com o revestimento em questão, além de

fornecer os procedimentos que minimizem ou evitem a ocorrência dessas patologias em

outros revestimentos pétreos.

Page 60: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Fatores associados às patologias

1. Especificação de materiais incompatíveis com as condições de utilização, por

desconhecimento;

2. Emprego das técnicas de execução não adequadas;

3. Ausência de um projeto construtivo;

4. Falta de controle de qualidade das etapas de produção.

Page 61: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Mármores

São atacados por ácidos e resistem

pouco à abrasão.

Alteração do

revestimento

Interação dos agentes ambientais sobre a natureza da

rocha.

Granitos

São as rochas mais resistentes aos

agressores químicos e físicos.

Page 62: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Principais Patologias

•Modificações na coloração original

•Manchamentos

•Eflorescências

•Degradações

•Deteriorações

•Fissuramento ou Trincamento

•Bolor

•Perda da resistência mecânica

•Desgaste

•Descolamento

•Juntas descontínuas

•Falhas no rejuntamento

•Perda de brilho

Page 63: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Modificação da Coloração

• Presença de minerais, que quando alterados perdem suas características iniciais;

• Existência de minerais ferrosos, que quando oxidados produzem manchas castanhas na

superfície;

• Deposição de sujeira na superfície e encardidos ocasionam uma aparência amarelada na

pedra;

• Amarelamento de ceras ou outras películas utilizadas na proteção ou impermeabilização

da superfície da placa.

Page 64: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Modificação da Coloração

Ardósia manchada pela liberação de ferro.

Granito com coloração modificada

pela perde CO2 dos minerais devido

ao seu microfissuramento por dilatação

térmica.

Page 65: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Manchas de Umidade

• Características das rochas escolhidas: elevada porosidade, elevada permeabilidade,

constituição mineralógica imprópria, coloração (em pedras claras visualiza-se mais

nitidamente esse tipo de manchamento);

• Infiltrações de muros de arrimo, pilares mal vedados ou impermeabilizados;

• Percolação de água da chuva formando manchas em forma geométrica;

Page 66: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Manchas em granito devido à

infiltração de água através do piso. Manchas em granito provocadas

pelas águas das chuvas que

percolam juntas mal rejuntadas.

Page 67: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Minerais Secundários

Por decomposição um mineral primário transforma-se em outro, dito secundário num processo

no qual ocorre a liberação de certos elementos químicos.

• Sulfetos de ferro amarelos presentes em granitos, mármores e ardósias. Por alteração se

transformam em óxido e hidróxidos de ferro amarelados, castanho-avermelhados, castanhos

ou vermelhos (ferrugem).

• Magnetitas em granitos que por alteração liberam ferrugem;

Page 68: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Mármore manchado devido à

liberação de ferrugem por porta de

ferro.

Mancha de ferrugem causada pela

decomposição de minerais ferríferos

presentes no mármore com os agentes do

meio externo.

Page 69: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Ardósias verdes e pretas com manchas de ferrugem resultantes da alteração de sulfetos.

Page 70: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Argamassa

Manchamentos, fissuramento e descolamentos de placas são muito comuns em placas pétreas fixadas

pelo processo convencional, devido a:

• Excesso de água da argamassa (manchas escuras com aspecto molhado) que por exsudação, penetra

nos poros da pedra de baixo pra cima;

• Impurezas de ferro no cimento e na superfície de areia, transportadas durante a evaporação da água

da argamassa, que penetram nos poros e fissuras da pedra, causando manchas indeléveis amareladas,

vermelho-acastanhadas ou castanhas.

• Carreação de sais solúveis para a superfície da placa sob forma de manchas brancas (eflorescência)

extraídos ou de cal ou do cimento.

Page 71: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Mancha em granitos provocada pela

evaporação de água excessiva carreando

excessos de resinas da argamassa.

Manchas de ferrugem em mármore

proveniente de impurezas de ferro no

cimento e na areia da argamassa.

Page 72: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Eflorescência de carbonato de cálcio em

gnaisse bruto.

Eflorescência de carbonato de cálcio em

ardósia preta irradiando de juntas verticais

e horizontais.

Page 73: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Resina

As resinas são utilizadas geralmente para a

reconstituição de quebras na superfície das

placas. São comumente usadas em mármores

travertinos para preencher buracos

superficiais desta rocha muito porosa. A

resina perde, com o tempo, sua

transparência e sua aderência à rocha.

Page 74: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Perda de Brilho

A perda de brilho por desgaste abrasivo resulta tanto de características intrínsecas da

rocha quanto do nível de tráfego a que um piso é submetido.

Mármores, pedra-sabão, dioritos, sienitos e outras rochas pobres em quartzo têm pequena

resistência ao desgaste.

Granitos, muito ricos em quartzo, resistem muito bem a longas e intensas abrasões.

Page 75: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Perda de Brilho

Perda de brilho em mármore por

abrasão (escadaria de hotel).

Perda de brilho em mármore por

abrasão (escadaria de banco).

Page 76: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Riscos

Os riscos dependem da dureza da pedra.

Ardósias e mármores são pedras mais macias quando comparadas aos granitos, sendo mais

susceptíveis ao risco.

O risco e o desgaste são comuns em edificações que não respeitam sua finalidade inicial. É

o caso de residências transformadas em museus de intensa visitação, etc.

Page 77: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Riscos

Placa de mármore desgastada e

riscada em escadaria.

Riscos em ardósia de parede externa

de residência.

Page 78: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Deterioração

Quando grande parte de um revestimento pétreo apresenta patologias variadas, diz-se que o

revestimento está deteriorado.

Fatores que influenciam a deterioração

• Características físico-mecânicas da rocha:

rochas carbonáticas, por sua solubilidade em

ácidos naturais e artificiais sofrem, com o

tempo, degradação estética e funcional, quer

em ambientes poluídos, muito úmidos ou à

beira mar. Mármore deteriorado por dissolução

em ambiente quimicamente agressivo.

Page 79: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Fatores que influenciam a deterioração

• Presença de abundantes minerais de fácil decomposição, que por este processo comprometem a

estética e a duraibilidade do revestimento;

• Utilização de material em início ou estado avançado de decomposição, por desconhecimento das

características e propriedades do revestimento escolhido.

Incluem-se: granitos amarelos, cuja cor não é primária e sim secundária, resultante da

alteração parcial da rocha. Partes dessa rocha são muito porosas e apresentam características físico-

mecânicas pouco recomendáveis para numerosas aplicações.

• Fadiga, a longo prazo, da textura e/ou estrutura da rocha com elevado coeficiente de dilatação

térmica, por expansões e contrações sucessivas o que leva à perda de suas caracterísitca físico-

mecânicas.

Page 80: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Trincamento e Fraturamento

As trincas aparecem devido aos seguintes fatores

• Falta de cuidado no transporte (choque entre

placas) e assentamento da peça (a superfície

entre a camada de revestimento e a camada

de fixação não contínua);

Trincamento da placa de granito fruto de um assentamento

com camada de fixação descontínua.

Page 81: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

As trincas aparecem devido aos seguintes fatores

• Elevado índice de dilatação térmica das placas de

revestimento que são expostas a amplas variações

térmicas e deparadas por juntas com largura

insuficientes para evitas o contato entre placas

adjacentes.

Trincas em mármore causadas por juntas de

dilatação com espessura insuficiente.

Page 82: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

As trincas aparecem devido aos seguintes fatores

• Baixa resistência ao impacto, em casos de pisos sujeitos

a alto tráfego de pessoas, cargas ou veículos.

Trincas em mármore causadas por juntas de

dilatação com espessura insuficiente.

Fraturamento de placa de gnaisse por

impacto.

Page 83: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Falha dos selantes

Problema com os selantes das juntas (usado como rejunte no assentamento) são causados por dois

fatores:

• Excesso de produto utilizado e falta de limpeza posterior, manchando a superfície da pedra ao

redor das juntas;

• Falta do produto, havendo descontinuidade no rejuntamento o que propicia a infiltração de água

da chuva ou de limpeza e o surgimento de manchas de umidade.

Page 84: Aula 7 - Rochas Ornamentais

PATALOGIAS

Falha dos selantes

Mancha em escada de granito por infiltração de

água em juntas insuficientemente seladas.

Manchamento de granito devido à

aplicação excessiva de selante em juntas.

Page 85: Aula 7 - Rochas Ornamentais

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO

Page 86: Aula 7 - Rochas Ornamentais

EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Alan Sampaio e Ionara Pereira

Mármore com pequenos buracos. A camada polida

sofreu desgaste por receber água ou outros tipos de

substâncias.

Percebe-se pequenas elevações e manchas

brancas. A pedra não possui mais nenhum

tipo de brilho, provavelmente por ser em

uma área externa e não receber os

cuidados necessários.

Page 87: Aula 7 - Rochas Ornamentais

EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Amanda Alencar

Fruteira com pedra de mármore

Risco na pedra

Manchas amareladas

Page 88: Aula 7 - Rochas Ornamentais

EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Esteffany Rodrigues, Maria Jailza e Nathália Souza

Existem manchas que provavelmente foram causadas pelo excesso de umidade da cozinha.

Enquanto a perda do brilho é proveniente da manutenção inadequada, realizada com água

sanitária.

Page 89: Aula 7 - Rochas Ornamentais

EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Camila Mirelle, Laudemmy Layon, José de Lima Rocha e Thamires Leonel

Piso cerâmico indicado

para garagem – Não

resistente

Revestimento cerâmico para exterior –

Apresentando fungos

Page 90: Aula 7 - Rochas Ornamentais

EXEMPLOS

Autores das fotos e comentários: Camila Gonzaga de Oliveira, Olga Mara Francino de Almeida e Iasmyn

Sales de Souza

A rocha ornamental fotografada foi o granito. Sua patologia chama-se eflorescência, e é

causada pela retenção de umidade na rocha. A água, com seus sais minerais, acabam por

enfraquecer os minerais que compõem a pedra. O efeito craquelado é gerado pela

descamação superficial.

Page 91: Aula 7 - Rochas Ornamentais

FIM DA AULA