Aula cirurgia cardiaca 2013

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CIRURGIA CARDÍACA PROF. ANDERSON MESQUITA SETEMBRO - 2013

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CIRURGIA CARDÍACA

PROF. ANDERSON MESQUITA

SETEMBRO - 2013

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OBJETIVO

Identificar os fatores que comprometam o ato

operatório de cirurgia cardíaca.

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Tratamento Clínico

Hemodinâmico

Cirúrgico

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

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DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

É um processo de obstrução da luz das artérias

coronárias por aterosclerose, que pode levar a uma

obstrução do vaso e interrupção total (necrose) ou

parcial (isquemia) do fluxo sanguíneo ao músculo do

ventrículo esquerdo.

DEFINIÇÃO

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Angina estável= Dor precordial aos esforços ;

Angina instável= Dor intermitente mesmo em

repouso ;

Iam sem supra st= Dor persistente, mesmo em

repouso, sem supra st ao ecg ;

Iam com supra de st= dor persistente, em repouso,

com supra de st>2 mm ao ecg.

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

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DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

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MARCADORES BIOQUIMICOS

CK-MB :

Eleva -se em 3 - 6 h após início sintomas e

normaliza em 48 - 72 h ;

TROPONINA :

Muito específico e sensível para necrose miocárdica

eleva-se em 4-6hs e permanece elevada até 15 dias.

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

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Fluxo Sanguíneo

Coronário

Frequência

Cardíaca

Contratilidade

Tensão Sistólica

Parietal Capacidade de

Transporte de O2

Oferta Consumo

ISQUEMIA MIOCÁRDICA

Déficit

Energético

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

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É possível operar sem os exames pré-

operatórios?

Quando?

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

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INDICAÇÕES DE EXAMES GERAIS

Hemoglobina/Hematócrito;

Tipagem sanguínea;

Reserva de sangue;

Glicemia.

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1. Ecodopplercardiograma;

2. Cintilografia miocardica;

3. Angiotomografia das artérias coronárias.

INDICAÇÕES DE EXAMES GERAIS:

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

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RISCO CIRÚRGICO

Sociedade Americana de Anestesia (ASA)

Classe I -Paciente hígido.

Classe II -Doença sistêmica associada de leve intensidade. Não há

comprometimento de sua vida normal.

Classe III -Doença sistêmica grave que limita atividade, mas não

incapacitante.

Classe IV -Doença sistêmica incapacitante que representa ameaça

constante à vida.

Classe V -Moribundo, que não tem expectativa de vida de 24h com ou

sem uma operação.

Classe VI -Paciente com morte cerebral, os orgãos estão sendo

removidos para doação.

Adicionar entre () a letra E em caso de cirurgia de emergência.

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SISTEMA CORONARIANO

• Divide-se em 2 sistemas:

Coronariano Direito e

Coronariano Esquerdo

• Dominância:

Sistema do coração que dá

origem à Artéria Interventricular

Posterior

Dominância Direita – 75%

Dominância Esquerda – 10%

Co-dominância – 15%

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SISTEMA CORONARIANO

CORONÁRIA DIREITA

Tem origem no seio de Valsalva

Direito, percorrendo o sulco

coronariano direito.

Em metade da população,

próximo à origem, fornece um

ramo denominado

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SISTEMA CORONARIANO

CORONÁRIA DIREITA

No sulco tem origem a Artéria

Marginal Direita.

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SISTEMA CORONARIANO

Coronária Esquerda

Tem origem no seio de Valsalva

Esquerdo, passando entre o Tronco

Pulmonar e o Apêndice Atrial

Esquerdo.

Artéria Circunflexa – se dirige

à parte posterior do coração.

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CIRURGIA CARDÍACA

É um tipo de tratamento que pode ser feito para

reparar danos no próprio coração, nas artérias

ligadas à ele, ou para sua substituição deste órgão.

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Classificação da cirurgia cardíaca:

Revascularização do Miocárdio (Pontes de Safena e Mamária);

Correção de Doenças Valvares como plastia ou troca de

válvulas;

Correção de Doenças da Artéria Aorta;

Correção de Cardiopatias Congênitas;

Transplante Cardíaco.

CIRURGIA CARDÍACA

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EXISTEM TRÊS TIPOS DE CIRURGIA CARDÍACA:

Reconstrutoras (revascularização do miocárdio, plastia de

valva aórtica, mitral ou tricúspide) ;

Corretiva (fechamento de canal arterial, de defeito de septo

atrial e ventricular) ;

Substitutivas (trocas valvares e transplantes).

CIRURGIA CARDÍACA

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Existem vários tipos de enxerto que o cirurgião pode optar.

O enxerto pode ser de veia ou de uma artéria.

Safena magna;

Dos enxertos arteriais, dispomos das seguintes artérias:

CIRURGIA CARDÍACA

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CORAÇÃO RECEBEU TRÊS ENXERTOS

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Artéria torácica interna ou artéria mamária interna:

Esta artéria irriga a parede do tórax e é uma ótima opção

para a cirurgia, pois além de ter uma durabilidade maior que

a safena, por estar perto do coração, não precisa ser

retirada por completo, apenas a sua parte final, que será

implantada na artéria coronária .

CIRURGIA CARDÍACA

Page 28: Aula cirurgia cardiaca 2013

Artéria radial:

Artéria ulnar que, na ausência da artéria radial, fica

responsável por toda a irrigação da mão.

CIRURGIA CARDÍACA

Page 29: Aula cirurgia cardiaca 2013

Artéria gastroepiplóica:

Artéria responsável por irrigar parte do estômago e que, por

estar abaixo do coração, pode ser utilizada como enxerto.

Seu uso é pouco frequente.

CIRURGIA CARDÍACA

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A Circulação Extracorpórea (CEC), em um sentido mais

amplo, compreende o conjunto de máquinas, aparelhos,

circuitos e técnicas mediante as quais se substituem

temporariamente as funções do coração e dos pulmões,

enquanto esses órgãos ficam excluídos da circulação.

CIRURGIA CARDÍACA

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Bolhas Membrana

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oxigenadores

O oxigênio é dispersado no interior de uma coluna do

sangue, em microjatos, que produzem bolhas. As trocas

gasosas se processam na superfície das bolhas

Oxigenadores de Bolha

pCO2

pO2

pCO2

pO2

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Bombas propulsoras

Bombas de

Roletes

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VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS CONTROLÁVEIS

PaO2- 100 a 200 mmHg

SvO2 - > 60%

PvO2 - e 30 - 40mmHg

Composição do perfusato/Hemodiluição:

Cristalóides : Sol. Ringer, Sol. Salina 0,9%.

Colóides : plasma , gelatinas, hexa e penta-amidos.

Aditivos:

Sangue

Glicose, Albumina

Drogas - Furosemida, manitol, corticoesteróides

Page 35: Aula cirurgia cardiaca 2013

Tipo de fluxo arterial - contínuo ou pulsátil;

Pressão venosa central < 10 cm H2O ~ a 0 mmHg;

Pressão venosa pulmonar - ideal próximo a 0 mmHg.

Page 36: Aula cirurgia cardiaca 2013

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

Destaque

Melhor preservação do miocárdio

Técnica Cirúrgica

Perfusão

Anestesia

Cirurgia Cardíaca

Condição Rotineira

Avanços

Page 37: Aula cirurgia cardiaca 2013

Busca de condições

operatórias ideais

Parada Cardíaca

Transitória

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

Page 38: Aula cirurgia cardiaca 2013

Vantagens

Cirúrgicas

Efeitos deletérios

da

isquemia miocárdica

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

Page 39: Aula cirurgia cardiaca 2013

PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS DE PROTEÇÃO

MIOCÁRDICA

Impedir desbalanço entre oferta, demanda e

consumo ;

Déficit energético - lesão por isquemia ;

Impedir lesão por reperfusão.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

Page 40: Aula cirurgia cardiaca 2013

HIPOTERMIA

Reações celulares x temperatura => diminuição da

velocidade enzimática.

Hipotermia x consumo de oxigênio

Resposta heterogênea das reações celulares a hipotermia:

Reações em que há consumo de energia podem se

alterar em velocidades diferentes daquelas em que há

produção de energia.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

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PERMUTADOR DE CALOR E HIPOTERMIA

A hipotermia é induzida pela circulação de água gelada no

permutador térmico do oxigenador até o paciente alcançar a

temperatura desejada. A reversão da hipotermia, ou seja, o

reaquecimento do paciente se obtém circulando água morna

no permutador de calor.

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Protege os órgãos da isquemia ;

Permite redução no fluxo sangüíneo sistêmico ;

Permite redução do hematócrito ;

Diminui a necessidade de transfusões ;

Diminui o trauma aos elementos figurados do sangue.

VANTAGENS

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Causa disfunção plaquetária;

Aumenta a viscosidade sangüínea;

A hemodiluição necessária pode interferir com os

fatores da coagulação;

Efeitos metabólicos adversos (Diminui atividade da

ATPase da membrana celular, p.e).

DESVANTAGENS

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Cristalóide

Sanguínea

Normotérmica

Hipotérmica

Cardioplegia

Anterógrada

Retrógrada

Contínua

Intermitente

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

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PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

CARDIOPLEGIA:

Indução da assistolia => diminuição de 90% do

consumo de O2 do miocárdio.

9 ml de O2/100g/min => 1 ml de O2/100g/min

Indução da assistolia => economia de energia =>

manutenção da viabilidade do miócito por tempo

prolongado.

Estado de diástole sustentado.

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CARDIOPLEGIA INDUZIDA

• Fluxo coronário em situação fisiológica:

– Coração batendo - fluxo pulsátil.

• Infusão de cardioplegia:

– Fluxo não pulsátil.

– Perfusão heterogênea dos leitos vasculares.

– Canulação do seio coronário (via retrógrada).

– Infusão anterógrada e retrógrada: leitos capilares

distintos.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

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Hipotermia associada a Fibrilação Ventricular ;

Hipotermia associada a Isquemia Miocárdica

Intermitente ;

Cardioplegia Cristalóide Fria;

Cardioplegia Sanguínea Normotérmica Contínua.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

Page 48: Aula cirurgia cardiaca 2013

HIPOTERMIA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

Técnica:

Hipotermia: diminuição da temperatura sistêmica a 28 º C -

troca de calor da CEC.

Fibrilação ventricular: espontânea ou induzida por estímulo

elétrico.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

Page 49: Aula cirurgia cardiaca 2013

HIPOTERMIA ASSOCIADA A ISQUEMIA MIOCÁRDICA

INTERMITENTE

Técnica:

Diminuição da temperatura sistêmica (28 a 32 graus)

com o trocador de calor da CEC.

Pinçamento da aorta ascendente por períodos de 10 a

15 min.

Reperfusão por 3 a 5 min.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

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CARDIOPLEGIA CRISTALÓIDE FRIA

Técnica:

Infusão de solução cristalóide filtrada, com componente que

induz a assistolia com temperatura de 4 º C com pressão de 80

a 100 mmHg anterógrada e 25 a 50 mmhg retrógrada, após o

pinçamento da aorta ascendente.

Repetição da dose a cada 20 a 25 min.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

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A cardioplegia normotérmica é melhor até 90 minutos

de pinçamento aórtico.

Melhor função sistólica e menor liberação de CKMB;

Menor elevação de CKMB.

PROTEÇÃO MIOCÁRDICA

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HIPOTERMIA

Definição : temperatura corporal < 35ºC

Hipotermia leve - 35º a 32 ºC

Hipotermia moderada - 31ºC a 26ºC

Hipotermia profunda - < 20ºC

Hipotermia severa - 25º a 20ºC

Page 53: Aula cirurgia cardiaca 2013

Hemorragia;

Baixo debito;

Tamponamento;

Arritmias;

Insuficiência respiratória.

COMPLICACOES PÓS CIRURGIA CARDIACA

Page 54: Aula cirurgia cardiaca 2013

Em cirurgia cardiaca, a fisiopatologia do tamponamento

cardiaco é modificada por fatores especificos como a

pericardiostomia e a presenca de drenos no mediastino.

TAMPONAMENTO CARDIACO

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Respirador a volume, controlado(sedados ou

paralisados)

– FIO2 de 90% a 100%

– VC: 12 a 15 ml/Kg

– FR: 8 e 12 ciclos/min

– PEEP: 2 a 5 cm H2O

– I:E de 1:2

Ausculta dos ápices pulmonares(deslocamento,

pneumotórax, seletivo).

VENTILAÇÃO MECÂNICA

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• Pressão arterial

• Pulso

• Respiração

• Temperatura

• Pvc

• Pia

Sinais vitais

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Zeramento do nível (marcar e horário) ;

Desclampeamento ;

Aspiração contínua (10 a 20 cm de H2O) ;

Borbulhamento (pneumotórax, fístula broncopleural,

má conexação) ;

Débito urinário .

DRENOS E SONDAS

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BALANÇO DE LÍQUIDOS E SANGUE

GANHOS PERDAS

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Irrigação (contínua ou intermitente, heparinizada)

CUIDADO com catéter de átrio esquerdo (embolia

aérea ou tromboembolismo).

Linhas de pressão (arterial e átrio esquerdo)

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TRATAMENTO CIRÚRGICO

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RESUMO

1. Cite as 3 fase da doença coronariana

2. Quais são os três tipos de cirurgia cardíaca

3. Quais os tipos de enxertos pode ser realizado

para as alterações cardíacas

4. Cite 4 complicações da Cirurgia cardíaca

5. Qual a importância da hipotermia na cirurgia

cardíaca