Avaliação e Negociação de Inovações - Parte II - MBA de Empreendimentos Inovadores © 2009 J....
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Avaliação e Negociação de Inovações- Parte II -
MBA de Empreendimentos Inovadores© 2009 J. Antão B. Moura, Francilene P. Garcia
UFCG / PaqTcPB – Dez 2009
Negociação & Inovação
© 2009 Francilene P. Garcia
DSC/CEEI/UFCG
Dezembro de 2009
Objetivos
• Refletir, em grupo, e organizar idéias sobre: – como o processo de negociação sustenta ou atrasa a
inovação em sua fase de implementação?– como diferentes atitudes e comportamentos criam
diferentes condutas no momento da negociação?– como é possível obter resultados com uma conduta
“ganha-ganha”?– como tocar o processo de negociação quando a
inovação é a meta alvo e envolve diferentes interessados?
Por que negociamos?
• Para alcançar coisas que necessitamos
• Para resolver ou reduzir conflitos
• Para criar valor
• Para melhorar o prestígio ou reputação
Você tem uma inovação?
• Para transferir / comercializar a sua inovação serão necessários (ao menos) dois processos:– avaliação e– valoração de tecnologias
• ... complementares.
Os processos são críticos porque...
• Trazem subsídios objetivos e quantitativos para a efetivação das negociações
• Permitem hierarquizar/priorizar as tecnologias de maior interesse
• Permitem avaliar os riscos implícitos nos investimentos
Qual a importância de tais processos para os NITs das ICTs?
• Facilita a tomada de decisões sobre o portfolio de patentes e de tecnologias a serem protegidas
• Permite maior clareza acerca da melhor via para transferir tecnologia: – Licenciamento de patentes – Criação de start ups– Transferência de know-how
• Fortalece o papel da ICT nos projetos de P&D com empresas parceiras
Qual a importância de tais processos para as Incubadoras?
• Viabiliza um processo de seleção de empreendimentos mais apropriado, com foco em projetos inovadores
• Melhora as condições de apoio aos empreendimentos incubados na captação de fomento e investidores
• Facilita a sua inserção nos processos de negociação com potenciais financiadores ou parceiros
Qual a importância de tais processos para as empresas?
• Oferece elementos objetivos para análise de investimento em projetos (de P&D)
• Facilita o mapeamento de fontes de incerteza e a escolha de opções gerenciais mais adequadas ao tipo de negócio
• Ajuda nas definições de estratégias de investimento ao longo do tempo (projeções de crescimento)
A trilha da inovação ...
Num ambiente dinâmico como o de hoje, a capacidade de se medir o valor de uma tecnologia (inovação) é cada vez mais relevante.
O caminho é ...
AVALIAÇÃO VALORAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO
- relatório interno - relatório “externo”- aprofunda os
aspectos técnicos- analisa os aspectos
de negócio- qual o melhor caminho para comercializar?
- $$
Fonte: Santiago, L. P.; Santos, D. T. E.
Quais as soluções tecnológicas mais adequadas ao meu negócio? • Uma pergunta frequente nas empresas
que precisam inovar para se manterem no mercado– nestes casos, recomenda-se valorar as
alternativas existentes (nas universidades ou em outras empresas) para uma melhor análise da viabilidade de aquisição e da negociação
• Aplicação da valoração:– Aquisição / Licenciamento de tecnologias
Quais a melhores opções de investimento?
• Uma preocupação dos fundos de investimento (e de alguns pesquisadores) – que precisam valorar tecnologias para fins de
negociação de sua participação numa (potencial) start up
• Aplicação da valoração:– Investimento em start ups
Como priorizar os recursos para investimento em P&D?
• Uma demanda (bem atual) das empresas que investem em inovação– quando aportam recursos (próprios ou
assistidos) em tecnologias, sejam elas desenvolvidas ou em desenvolvimento, na criação de novos produtos/serviços
• Aplicação da valoração:– Priorização de projetos de P&D
Quanto ainda será necessário investir num projeto?
• Alguns projetos (com múltiplos cenários de incertezas) requerem uma análise do nível de investimento ainda aceitável – de forma a saírem dos estágios
intermediários de desenvolvimento e alcançarem a sua finalização
• Aplicação da valoração:– Análise de investimento em pesquisa
Não esquecer...
• A valoração de tecnologias possui diversas aplicações, sendo importante tanto para empresas inovadoras, quanto para investidores e pesquisadores
• O primeiro passo para uma “boa valoração” é entender que sem a “boa avaliação” da tecnologia não é possível obtê-la
• Valorar novas tecnologias representa um desafio devido ao alto grau de incertezas que leva ao dilema “oportunidade vs. risco”
• Sua empresa está preparada para o desafio?
Não esquecer...
• Nem toda tecnologia merece o esforço de comercialização – É importante se estabelecer uma “abordagem” de negociação
alinhada com os objetivos da comercialização
• É fundamental conhecer bem o mercado no qual a tecnologia a ser negociada se insere – Isto irá acelerar o processo de negociação e gerar confiança
entre os potenciais interessados
• O acesso à pessoas da iniciativa privada com poder de decisão é determinante para a eficiência e o sucesso do esforço de comercialização– Atualize sempre o seu networking
O processo de negociação
• No processo de negociação – ICT-Empresa, ICT-Investidor, Investidor-Empresa ou Empresa-Empresa – como em outro qualquer, o melhor valor da tecnologia é aquele onde ambas as partes saem ganhando, e para isso...– Os dois lados devem se reconhecer como parceiros... não
como numa relação cliente-fornecedor– As ICTs devem considerar a importância estratégica de outros
benefícios – além dos royalties – nem sempre mensuráveis no processo de valoração
– Conscientes da oportunidade que a relação com a ICT representa, as empresas devem “aprender” a lidar com os parceiros acadêmicos e dar a devida importância ao conhecimento gerado nesse ambiente
Poder de Negociação
Vídeo “ A Casa Monstro”
Qual a melhor trilha a seguir?
“Invention is the creation of something new.
Innovation is the creation of something new that makes
money”
Revista Fortune
Alguns números...
• Numa pesquisa conduzida pelo Boston Consulting Group, 72% dos executivos consultados elegeram a inovação dentre as suas três prioridades
• MAS…• Quase 50% dos executivos consultados
também declararam sua insatisfação com o retorno alcançado com os investimentos em inovação
Qual a razão para tal insatisfação?
• Segundo uma pesquisa conduzida em 2007 (McKinsey Group), a fonte dominante de novas idéias seria “a interação com os colegas, parceiros ou fornecedores” (75%)
• Um estudo conduzido pela IBM, em 2006, concluiu que “a colaboração externa é indispensável. Executivos enfatizaram a forte importância da inovação colaborativa – particularmente do lado de fora da empresa”
Apesar de tudo...
• “… parte considerável do tempo utilizado na negociação é gasto com documentação de aspectos que descrevem falhas ou limitações, sem uma preocupação com a estruturação do processo.
• Obrigações, compensações, cláusulas de encerramento, e outros termos similares não podem conduzir a uma interação positiva!”
• Tais termos estão dentre os 10 mais usados nos contratos...
• Fonte:http://www.iaccm.com/articles/2008top10/
Dinâmica 1
• O Dilema do Prisioneiro – Ler e refletir em grupo (máximo 5 pessoas)– Resumir a opinião do grupo
• o que vai acontecer? como o prisioneiro vai reagir?
• o que é crítico no problema?• qual será a estratégia de sucesso?
– Duração: 30 minutos
O Dilema do Prisioneiro
• A ausência de confiança é a chave da questão – nenhum dos prisioneiros confia que o outro irá permanecer em silêncio– A atitude mais racional é confessar!– Talvez esta fosse a melhor solução, se
imaginarmos um posicionamento individual...
• MAS, o que aconteceria se houvessem repetidas negociações?
O Dilema do Prisioneiro
• A estratégia “olho por olho” pode ser o melhor caminho
• Quatro questões chaves:– Cooperação– Represália– Perdão– Generosidade
Negociação olho por olho!
1. O “jogador” sempre coopera, a menos que seja provocado
2. O “jogador” reage, se provocado
3. O “jogador” perdoa rápido
4. O “jogo” continua o tempo suficiente para que atitudes de ‘represália e perdão’ alterem o comportamento do oponente
Qual o custo da “não” inovação?
Reflita...
• Nos últimos dois anos, algum de seus concorrentes apresentou ao mercado um produto ou serviço inovador que você poderia ter criado?
• Recentemente alguém lançou no seu segmento de mercado um novo modelo de negócio?
• Seus clientes começaram a se voltar para uma nova solução como forma de superação de antigas reclamações?
O custo da não inovação é o valor estimado (monetário) ganho pelo seu concorrente e que você
deixou de ganhar por não ter lançado como um esforço seu.
Quanto você pagaria pelo sequenciamento de seu DNA?
$$$
....
Como negociar a inovação?
• Como se contrata algo que não se conhece ainda ou que não se conhece qual será o retorno ao final?
• Como você se comportaria numa negociação, se você deseja que o seu parceiro (contraparte) tenha sucesso com a inovação?
Muitos “acordos” acabam trazendo aborrecimentos
• Parceiros externos são necessários na condução de processos que conduzem à inovação:– Fusões, aquisições, e joint ventures: cerca de 50% falham– Alianças: Entre 50 e 70% falham– Outsourcing: 70% renegociam condições nos dois primeiros
anos• Valor é desperdiçado nas negociações
– 56% dos executivos acreditam que 20% do valor total de um contrato é perdido durante sua implementação
– Apenas 13% relatam que seus contratos atingem 100% do valor inicialmente antecipado
– A conduta mais comum (citada por 79% dos executivos) da perda de valor era resultante da perda de oportunidades com a inovação de produtos ou serviços entregues
– Fonte: Vantage Partners e IACCM (www.iaccm.com)
A forma como a inovação é negociada é parte do problema
• A negociação, por vezes, falha por focar apenas na formalização do contrato
• Assume-se uma postura baseada em afirmações consideradas “boas condutas” no fechamento de contratos, tais como:– Evite revelar informações se há como adiar– Limite o número de pessoas envolvidas– Lide com o processo de negociação como algo separado de sua
implementação– Esteja sempre próximo– Empenhe-se num desfecho cedo– Se você não tem algo agradável para falar, não se pronuncie
• Os negociadores que focam apenas no fechamento do contrato, podem gerar situações fora da meta – inviabilizando uma implementação adequada da inovação
Estilos de negociação
• Três estilos de negociação são comuns– Competitivo– Acomodado– Arisco
• Afirmativo vs. Simpático – O melhor perfil reúne ambas as
características
Existem dois tipos de negociação
Transação compra-vendaNegociação termina com a assinatura
do contrato
Características
• o Valor é percebido num primeiro instante• Todas as condições são muito claras• O foco é ganha-ganha vs. Ganha-perde
Vendedores são bons aqui
Implementação faz parteNegociação é só o início
Características
• Você tem de interagir com o parceiro para chegar ao Valor• Você pode precisar do parceiro para atuar em situações adversas• Ganhos intermediários podem ser insuficientes no longo prazo
Negociadores são necessários aqui
A conduta assumida é decisiva: a surpresa
Transação compra-vendaNegociação termina com a assinatura
do contrato
Conduta assumida
• Surpreender pode me deixar em vantagem ... • Vou deixar para introduzir novas informações num dado momento estratégico da negociação
Implementação faz parteNegociação é só o início
Conduta assumida
• Surpreender pode nos trazer riscos• Negociar agendas antecipadamente• Apresentar dados ou questões que podem auxiliar• Encorajar sempre
A conduta assumida é decisiva: envolvimento de pessoas
Transação compra-vendaNegociação termina com a assinatura
do contrato
Conduta assumida
• Quanto menos pessoas envolvidas mais rápido se fecha o contrato• Limita a presença de tomadores de decisão e de stakeholders
Implementação faz parteNegociação é só o início
Conduta assumida
• Quanto mais cedo o envolvimento de tomadores de decisão e stakeholders, menos perdas na implementação• Qual cooperação se faz necessária? Quem pode influenciar na implementação?
A conduta assumida é decisiva: estratégia de comprometimento
Transação compra-vendaNegociação termina com a assinatura
do contrato
Conduta assumida
• Após o contrato se firmado os problemas passam a ser deles• Cláusulas de penalidades são usadas para proteção• Foco na documentação dos compromissos e não na sua operação
Implementação faz parteNegociação é só o início
Conduta assumida
• Se eles falham eu não obtenho o valor que foi antecipado• Estabeleça planos de contingência• Torne a implementação um objetivo comum
Não é suficiente vencermos. Devemos nos ocupar para que os gatos falhem ...
SEIS princípios chaves para se conduzir uma boa negociação envolvendo inovação
O contrato é apenas um meio O contrato é apenas um meio
Conversar cedo é positivo Conversar cedo é positivo
A negociação ensina a melhor forma de interagirA negociação ensina a melhor forma de interagir
Compartilhar os riscos é o melhor caminho Compartilhar os riscos é o melhor caminho
Busque o equilíbrio no comprometimento entre as partesBusque o equilíbrio no comprometimento entre as partes
O final da implementação é o ponto final O final da implementação é o ponto final
O contrato é apenas um meio
• Qual o foco do contrato?– Criar e entregar valor?– Resolver um conflito?– Definir a forma de trabalho conjunto?
• Assegure-se de que seus parceiros estão alinhados
A meta é a inovação ...
• Negocie (ganha-ganha):– Como você irá expressar suas idéias ou
demandas – Como as informações serão compartilhadas e
acessadas e quais as restrições– Quais obrigações você terá– Quais mecanismos de proteção intelectual
serão aplicados– Condutas de exclusividade, se forem
aplicadas
A meta é a inovação ...Cliente: novos produtos, por
favor.
Fornecedor: nós temos
novos valores.
PIPI
QuantoQuanto??
RFPRFP
LegislaçãoLegislaçãoMarketingMarketingetcetc
Conversar cedo é positivo
• Identifique as pessoas certas– Organize bem os papéis para minimizar
frustrações com expectativas
• Organize cedo as expectativas
• Auxilie os seus parceiros a identificar os stakeholders
Resolvendo conflitos...
• Liste os temas e sub-temas que apresentam diferentes interesses, domínio e/ou responsabilidades– Para cada tema defina expectativas antes da
troca de idéiasTema Importância Expectativa Negociação
Sim Não
Teste
Confusão das cores
• A leitura automática de palavras interfere na tarefa de nomear as cores
• A busca da resposta envolve um conflito entre o lado direito e o esquerdo do nosso cérebro
• Este tipo de conflito também ocorre em muitos dos processos nos quais nosso subconsciente pode interferir em nossa capacidade de negociar
– Fonte: PBS Onlinehttp://www.pbs.org/wgbh/nova/everest/exposure/stroopdesc.html
A negociação ensina a melhor forma de interagir
• Reflitam sobre os riscos e identifiquem quais experiências anteriores podem auxiliar
• Compartilhe com seu parceiro sua história– Troque idéias acerca de aspectos da
negociação que devem influenciar na implementação
Compartilhar os riscos é o melhor caminho
• Sistematize a identificação de riscos– Quem pode auxiliar?– Como evitar o problema? – Como mitigar o seu impacto?
Informação é útil quando não é desconfortável
Busque o equilíbrio no comprometimento entre as partes
• O plano de implementação deve ser parte da negociação
• Evite forçar comprometimentos desnecessários
Defina bem a meta e como alcançá-la
O final da implementação é o ponto final
• Siga da formalização do “contrato” para a implementação
• Tenha um plano para lidar com mudanças
Quando uma negociação chega ao seu final?
Dinâmica 2
• Artigo: Por que algumas empresas iniciantes preferem a cooperação à competição– Ler e refletir em grupo (máximo 5 pessoas)– Resumir a opinião do grupo
• o que pode ser determinante para uma empresa se definir pela cooperação? e pela competição?
• Cite exemplos • qual é a estratégia de sua empresa?
– Duração: 30 minutos
Na estratégia de negociação (adotada), não deixar de observar
• A natureza jurídica dos atores• As definições básicas do projeto ou da empresa• Aspectos do sigilo e proteção à propriedade
intelectual• Os achados da avaliação econômica e as
formas de exploração dos resultados• A expectativa de divisão dos ganhos
econômicos entre os atores envolvidos, incluindo a premiação de pesquisadores envolvidos
As condições para comercialização da inovação
Preço
vs.
Royalties
A comercialização da inovação
• A comercialização da inovação envolve: – Economia, indústria e políticas públicas
• Mercados e usuários• Estrutura organizacional• Incentivos• Procedimentos (ex. Políticas das ICTs , etc)
• A comercialização da inovação depende:– Dos processos de avaliação e valoração
Algumas questões
• Quais as melhores alternativas para criar valor?– Suporte dos processos de valoração
• Para quem vender a inovação?
• Como a inovação será vendida?
• Qual o grau de competição da inovação?
• Como proceder com a análise preliminar do valor estimado?
Formas de remuneração
• Lump sum
• Royalties
• Downpayment + royalties
• Royalties com pagamentos mínimos
• Aquisição de insumos
Lump sum
• É um modelo de contrato onde o preço global cobrado pelo produto ou serviço é determinado antes da realização do projeto
• Efetiva-se um único pagamento, no início do contrato
• Vantagens – Elimina riscos, garantindo o recebimento da quantia
negociada– Dispensa auditorias
• Desvantagens – Tende a afastar licenciados potenciais que não
possuam o capital inicial necessário
Royalties
• Refere-se a uma importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização
• Vantagens– Facilita a aproximação do “interessado” pois não exige capital
inicial além do necessário para desenvolver o produto– Viabiliza uma divisão dos riscos entre o licenciado e o
licenciador– Indica a confiança do licenciador na tecnologia
• Desvantagens – É de difícil auditagem
Definição da taxa de Royalty
• A definição da taxa a ser aplicada depende principalmente:– do tipo de licença (exclusiva e não exclusiva)– da abrangência do mercado– dos custos de produção e colocação no mercado– do campo de uso– das relações comerciais entre as partes– da competitividade do segmento de mercado– tipo de inovação e estágio de desenvolvimento
• Em geral, a taxa de royalty varia entre 1% e 40% das vendas– grande parte das taxas aplicadas atingem no máximo
15% das vendas
Variação da taxa de Royalty
Fonte: Royalty Rates for Technology-Fourth Edition. 2009Intellectual Property Research Associates, Inc
Taxas de licenciamento
Fonte: Royalty Rates for Technology-Fourth Edition. 2009Intellectual Property Research Associates, Inc
Exemplo 1: área médica
Exemplo 2: área esporte
Downpayment + royalties
• Trata-se de uma forma mista entre os royalties puros e o lump-sum
• Reúne e atenua as características de ambos sistemas de remuneração
• Temos aqui royalties com pagamentos mínimos definidos– Nessa modalidade, o licenciado se obriga a
assegurar uma remuneração mínima para o licenciador
• Essa estratégia pressiona o licenciado a colocar cedo o produto no mercado
Exemplo 3: Um caso conhecido de sucesso
• Em 1965-1966, University of Florida – pesquisadores liderados por Robert Cade desenvolveram uma bebida para ajudar os jogadores de futebol da Universidade a repor as perdas de liquido durante os jogos. O time de futebol era chamado de Gators – em 1967 foi licenciado a uma empresa com o nome - marca GATORADE.
De onde vem o fomento?FomentoFomento
$ Agências (FINEP, BNDES)
$ Agências (FINEP, BNDES) $ FAPs $ FAPs
Projeto Inovador(parceria com ICTs)
Projeto Inovador(parceria com ICTs)
• Pesquisadores• Expertise
• Labs• Biblioteca
• Infra de apoio
QUANTO VALE?
Capital de RiscoCapital de Risco
$ Empresas Inovadoras $ Empresas Inovadoras
Resultados EsperadosResultados Esperados
• Tecnologias e know how • Patentes • Softwares• Cultivares
• Artigos / Livros
Alertas: problemas típicos
• A quebra de sigilo nas negociações
• Ausência de acordos de confidencialidade
• Ausência de registros (relatórios, atas, etc) das negociações
• Negociação sem as condições desejáveis – isto é, ausência de informações possíveis do cliente e do mercado
Indicadores úteis para avaliação de resultados
• % de royalties recebidos
• Nº de novos produtos/processos desenvolvidos
• Nº de Acordos de Parcerias Firmados
• Nº de Contratos Prestação de Serviços Tecnológicos
• Nº de Patentes Concedidas / Patentes Depositadas
Conecte-se ...
• Para comercializar a sua inovação não esqueça de desenvolver as suas conexões ...
Dinâmica 3
• Inovando na (sua) Empresa PRIME– Para discutir em grupo (máximo 5 pessoas, com a
presença de pelo menos um empreendedor PRIME)– Resumir a opinião do grupo (a partir do relato do
empreendedor PRIME) sobre:1. Qual é a inovação da empresa?2. A inovação encontra-se avaliada? Se não, qual a maior
dificuldade encontrada?3. Para quem e como a inovação será vendida? 4. Existem conflitos com aspectos da PI ou estratégias de
remuneração?5. Qual o grau de competição da inovação proposta?
– Duração: 50 minutos
Open Innovation
Negociando neste cenário
Open Innovation
• Existem cerca de ½ milhão de citações sobre open innovation no Google
• Na Amazon.com são listados cerca de 4.500 livros sobre o tema
• Segundo Henry Chesbrough, "You cannot meet your growth objectives if you ignore all of the smart people out there who aren’t on your payroll."
Modelo de inovação aberta
Inovação fechada: foco em idéias internas
Inovação aberta: combina idéias internas e externas
Uma (nova) tendência
• Em sintonia com o conceito de Open Innovation, as empresas adotam como alternativa para inovar a internalização de tecnologias desenvolvidas externamente
• Nesse caso, a empresa define valores “aceitáveis” a serem pagos pela tecnologia com o intuito de auxiliar no processo de negociação
• A lógica da comercialização nesse caso é semelhante à do processo de negociação para venda dos direitos de explorar economicamente a tecnologia
Seu modelo de negócio pode se beneficiar com inovação aberta?
• O QUE: é necessário ter clareza sobre o que você espera (requer) de uma parceria. Quais valores estão sendo criados e como os envolvidos irão partilhá-los
• BUSCA: você sabe onde encontrar as inovações apropriadas? Ou será que a sua estratégia de busca é aleatória, surge num encontro casual com gerentes de negócios? (http://www.ninesigma.com/)
• ALIANÇA: você tem alguma estratégia para avaliar e negociar suas parcerias?
SETE passos (AMG's Alliance
Framework)1. Objetivos – o que motiva cada parceiro a fazer parte da
aliança? 2. Papéis – qual o papel de cada parceiro na aliança? 3. Recursos – o que cada parceiro trará para a aliança? 4. Limitações – quais as fronteiras da aliança para cada um
dos parceiros? 5. Modelo de negócio – quem e o que será percebido pelo
cliente? 6. Estratégia de exclusividade: os parceiros adotam
exclusividade para qualquer mercado, região, num dado período de tempo?
7. Cruzamentos – algum dos parceiros apresenta acordos anteriores, tais como fornecedores ou canais de venda exclusivos que limitem legalmente as ações propostas pela aliança?
Foco nos interesses da aliança
• Você adota métricas, ferramentas e algum modelo de gestão para avaliação da aliança em torno da inovação aberta?
• O processo de negociação nessas alianças poderá ser mais complexo – cada parceiro tem seus próprios interesses
no negócio – cada parceiro deve colaborar para o sucesso,
indicadores devem ser aplicados para medição de resultados
Estudo de Caso: Natura
• Mercado alvo: fragrâncias, cuidados para pele, protetor solar, cabelos, desodorantes, maquilagens, sabonetes, produtos para o público masculino
• Participação de mercado em 2006 – 22,1%– vendas diretas cobrindo mais de 90% dos municípios
brasileiros– 718 mil consultoras na América Latina (2007)– pilares sustentabilidade: financeiro, social e
ambiental• Maior centro de manufatura, logística e P&D na
América Latina, em Cajamar, São Paulo, Brasil
Natura: receita bruta e expansão internacional
P&D interno forte e integrado à Inovação...
Inovação aberta na Natura
Programa Natura Campus inovação tecnológica com ICT’s
www.natura.net/campus
Política de cooperação (negociação) Natura Campus
• Co-titularidade
• Confidencialidade de resultados
• Remuneração por exclusividade de uso e impacto da tecnologia
• Oportunidades de licenciamento para outros mercados
Resultados Programa Natura Campus 2007
• 20% das propostas de projeto recebidas pelo programa foram aprovadas internamente
• 200 grupos de pesquisa cadastrados no Portal
• 6500 acessos por mês - Potenciais parcerias ...
Resultados da aplicação do modelo de parcerias ICT’s e Empresas
Lições já aprendidas na relação ICT-Empresa
• Uma colaboração bem sucedida entre ICT-Empresa deve considerar a missão de cada um. Qualquer esforço gerado em condições de conflito com a missão de um dos parceiros pode levar ao insucesso (modelo ganha-ganha)
• Políticas institucionais e modelos de fomento devem focar na promoção de condições adequadas para as parcerias de longo prazo entre ICTs-Empresas
• ICTs e empresas devem focar nos benefícios possíveis para cada um, resultantes de colaborações e processos de negociação que assegurem uma pesquisa orientada a resultados
Referências e Leituras interessantes
• The Point of the Deal: How to Negotiate When Yes Is Not Enough. Mark Gordon, Danny Ertel. Harvard Business School Press. October 23, 2007
• Commercializing New Technologies – getting from mind to market. VijayK Jolly. Harvard Business School Press, 1997
• Open Innovation. Chesbrough, Henry W. Boston Harvard University Press, 2003
Grata